A Casa de Saúde Rainha Santa Isabel (CSRSI), estabelecimento do Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus (IIHSCJ), uma IPSS sem fins lucrativos, cuja atividade principal é a prestação de cuidados de saúde em psiquiatria e saúde mental, tem por finalidade o trata-mento, a recuperação e a reabilitação de doentes com patologias associa-das a esta área da Saúde. A Congregação das Irmãs Hospitalei-ras do Sagrado Coração de Jesus, fundada a 31 de Maio de 1881, em Ciempozelos, Madrid (Espanha), sob o impulso de S. Bento Menni, Mª Josefa Récio e Mª Angústias Gimenez, encontra-se presente em 27 países. O primeiro Centro Hospitaleiro em Por-tugal foi inaugurado em 1894. Hoje, o IIHSCJ é composto por 12 estabeleci-mentos de Saúde, com cerca de 3000 camas de internamento. A CSRSI foi fundada pela Rev. Madre Provincial Eloísa de Jesus, com a sua digníssima Secretária e Terceira Con-selheira e uma Irmã, a 24 de Janeiro de 1959, pelo que assinalamos o seu aniversário. Em poucas palavras, podemos descrever o centro como estando localizado na “Quinta dos Silvais”, com uma área aproximada de 8 hectares, em Condeixa-a-Nova.

Para a história, importa referir que recebeu a primeira doente no dia 20 de Março de 1961. Em 1972 foi inau-gurado o Colégio Apostólico do Sagrado Coração de Jesus, com capa-cidade para 120 alunas internas, que funcionou até 1977 e externas até 1978. Devido a uma grande afluência de doentes, houve necessidade de serem efetuadas diversas obras de adaptação dos edifícios. Por isso, atualmente possui uma lotação de 410 camas distribuídas por 9 unida-des de internamento, 3 apartamentos “Repartir”, 4 vivendas na “Quinta Pedagógica das Romãzeiras” e um apartamento para “Ganhos de Auto-nomia”. Salientamos que se encon-tram em curso, entre muitos outros, os projetos “Reabilitação Pedagógica do Campo”, “Sentidos”, “Oficinas Terapêuticas” e “Samaritano”. Em 2013 recebeu a certificação da Qualidade de acordo com a NP EN ISO 9001:2008 e o EQUASS - Euro-pean Quality in Social Services, que visa estimular o desenvolvimento do setor dos serviços sociais, assumindo-se como um instrumento de garantia da qualidade reconhecido pelos clientes a nível europeu, o que repre-senta uma vantagem competitiva.

NESTA EDIÇÃO: • Editorial

• Casa de Saúde Rainha Santa Isabel:

55 anos

• Dia Mundial do Doente

• Desfile de Carnaval

• Jazida Pré Histórica da Eira Pedrinha

EDITORIAL Caros Leitores!

Saudações hospitaleiras!

Nesta primeira edição de “A Prenda” de 2014,

vamos abordar várias atividades realizadas

com os clientes/utentes, que proporcionam

momentos de folia, divertidos e em Família,

promovendo-se o reforço dos laços de afeto.

Comemorou-se o dia Mundial do Doente,

com uma ação de sensibilização às famílias,

realização da assembleia-geral da Associação

Dar Voz, um almoço partilhado entre todos os

familiares, seguindo-se de uma animada tarde

recreativa com um grupo musical.

O serviço de terapia Ocupacional organizou o

desfile de Carnaval, sobre a temática “Jogos”,

que encantou a todos aqueles que participa-

ram e assistiram.

Cumprimentos Hospitaleiros e uma Santa Pás-

coa FELIZ!

Jornal A Prenda

Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus N.º 1, JAN/FEV - 2014

Entramos num ano novo, com ele comecemos uma vida nova. (Bento Menni carta 188)

Casa de Saúde Rainha Santa Isabel: 55 anos

No passado dia 11 de fevereiro de 2014 realizou-se no salão polivalente da Casa de Saúde Rainha Santa Isabel uma ação de preparação para a Euca-ristia do Dia Mundial do Doente. Uma frase síntese do Evangelho proclamada pelo Papa Francisco, refe-rindo-se à Fé e Caridade: “Também nós devemos

dar a vida pelos nossos

irmãos” (1 Jo 3,16), foi o mote para o dia 11 de fevereiro, Dia Mundial do Doente. Neste dia, os familiares, os

voluntários e amigos dos doentes/utentes da Casa de Saúde foram convida-dos a participar ativamen-te em prol dos seus mais queridos, com a seguinte programação: - 10H30M receção aos familiares; - 11H Eucaristia; - 12H Assembleia-geral da Associação “Dar Voz”, seguida de Conferência sob o tema: “Um olhar

sobre as famílias” , - 13H Almoço de confra-ternização no campo de férias, - 15H tarde recreativa.

A tarde foi abrilhantada por uma banda musical, um conjunto de amigos e músicos da Casa de Saúde Rainha Santa Isabel. Tiveram uma atuação de reportório variado com músicas, entre outras, de Zeca Afonso (Venham

mais Cinco), de José Cid, Luís Represas (Feiticeira), The Beatles (Let it be). Este dia proporcionou o convívio familiar e momentos repletos de animação e alegria. Natalina Heleno

Página 2 JANEIRO/FEVEREIRO 2014

Clientes/Utentes

a desfilarem

Dia Mundial do Doente

Desfile de Carnaval

No passado dia 28 de

Fevereiro, realizou-se o

desfile de Carnaval com a

participação de várias ins-

tituições de Condeixa-a-

Nova.

Na frente do desfile iam

as crianças do agrupa-

mento de escolas, segui-

das pela Casa de Saúde

Rainha Santa Isabel, e na

retaguarda, a APPACDM.

Em relação à CSRSI,

salienta-se o facto de o

tema escolhido para este

ano serem os jogos, sen-

do que estavam divididos

em vários grupos, sendo

que um deles estava mas-

carado de cartas, outro de

cartas de UNO, outro de

bowling, outro de dominó

e outro de matraquilhos.

O desfile percorreu várias

ruas do concelho, tendo

sido feita uma paragem

na praça da República,

onde se aproveitou para

serem tiradas fotografias

e onde o grupo da

APPACDM apresentou

uma dança.

A animação não faltou ao

longo de todo o percurso,

sendo que toda a gente

se divertiu neste dia de

fantasia.

Andreia Duarte &

Jéssica Gomes

Estagiárias de Terapia

Ocupacional

“O doente é o centro que aglutina e unifica a Comunidade Hospitalei-ra”. Bento Menni

Página 3 Jornal A Prenda

Saber não ocupa lugar!...”

Certamente, muitos dos que vivem ou trabalham nas Irmãs Hospitaleiras do SCJ em Condeixa, mesmo os que são naturais ou habitam nas povoações vizinhas, nunca ouviram falar ou por qualquer outra forma conhecem a existência da jazida pré-histórica da Eira Pedrinha ou abrigo do Covão de Almeida, como também é conhecido o sítio arqueológico quase confi-nante com a Quinta dos Silvais. Com efeito, só numa região tão rica de património arqueológico como é a nos-sa, cujo expoente é a cidade romana de Conímbriga, permite relegar para o conhecimento dos cientistas da disciplina, para a discreta referência de roteiro turísti-co ou para a vaga memória de simples curioso, como é o caso presente, a existência de um testemunho tão anti-go de ocupação humana do espaço que, dia a dia, pisa-mos. Trata-se de um achado pré-histórico há muito conheci-do dos habitantes locais, mas apenas estudado na década de quarenta do século passado por uma equipa científica dirigida por um ilustre Médico e Antropólogo de que vale a pena recordar o nome: o Professor da Universidade do Porto Doutor Mendes Correia. Uma gruta, ou o que dela resta, com 10 metros de boca por seis de profundidade, onde foi encontrada uma Necrópole (Cemitério) pré-histórica com os restos esqueléticos de mais de 150 indivíduos.

De mistura com os despojos humanos foi identificada também uma variedade de utensílios característicos do Neolítico (em que a utiliza-ção dos metais era ainda desconhecida): furadores, punhais e alfinetes manufa-turados em osso e sílex, bem como vários vasos inteiros e fragmentados do tipo da cerâmica conhecida para a mesma época históri-ca. Todo o espólio recolhido, esqueletos e utensílios, foi datado de cerca de 2500 a 1500 anos a.C., o que signi-fica uma média de mais de 4.000 anos de antiguidade. Estamos assim, como já antes referimos, perante um importante e antiquíssimo testemunho da presença humana na Quinta dos Sil-vais e, como adiante se verá, em todo o espaço envol-vente. O Covão de Almeida é vizi-nho próximo da Quinta dos Silvais. Localiza-se, mais ou menos, no prolongamento do plano ocupado pela Quinta Pedagógica das Romãzeiras, mas fora dos limites da propriedade hos-pitaleira. A Gruta de que falamos é um dos vários abrigos ainda existentes, embora muito deteriorados pela erosão, na escarpa de tufos calcários que separam todo o espaço plano da Quinta e propriedades con-tíguas do aglomerado habi-tacional da Eira Pedrinha. Não estou a convidar nin-guém para lá ir, desde logo porque tal seria praticamen-te impossível, e o mais que se possa ver são buracos entupidos por vegetação espessa e desgovernada.

Talvez, com muita sorte, se pudessem enxergar algu-mas das estalactites e esta-lagmites que os milhares de anos de infiltrações teriam produzido ao arrastar o calcário de que se forma o complexo de várias grutas. É claro que tudo quanto tinha algum interesse, quer no plano antropológico quer arqueológico, foi estu-dado e guardado pelos cientistas referidos e ainda por outros ligados à Univer-sidade de Coimbra que, mais tarde, retomaram o interesse pelo local e respe-tiva investigação. Este valio-so espólio pertence hoje à referida Instituição Universi-tária. Contudo, o facto que a ciência prova é que aqui ao nosso lado, povos ainda muito arcaicos aconchega-ram os seus mortos numa gruta, e, junto deles, deixa-ram alguns dos objetos de que em vida se serviram. Esta realidade, só por si, evidencia outra: estas Comunidades, por muito primitivas que fossem, man-tinham já a eterna crença numa Entidade Superior que, de alguma forma, as protegia e lhes garantia a eternidade. Concluímos este breve apontamento sobre o pas-sado histórico do Centro Hospitaleiro CSRSI, com uma breve reflexão: se estes antiquíssimos grupos huma-nos aqui veneraram os seus mortos... aqui viveram!... Amaram!... E, para subsistir, tiveram que ser solidários, numa dinâmica de milé-nios... de séculos!...Até aos nossos dias e aos dias que serão!... JA.

Jazida Pré-Histórica da Eira Pedrinha

Quinta Pedagógica das Romãzeiras

Jazida da Eira Pedrinha

Utensílios do Neolítico encontrados na Jazida da Eira Pedrinha

cho, o açúcar e a mantei-ga. Deixa-se levantar fer-vura e adiciona-se, de uma só vez, a farinha peneirada. Mexe-se a massa sobre o lume até fazer bola e se desprender do tacho. Retira-se a massa do lume e põe-se a arrefecer. Depois de fria, juntam-se à massa os ovos, um a um, batendo bem entre cada adição. Só se adicio-na o ovo seguinte depois do anterior ter sido com-pletamente absorvido. Quando a massa tiver a consistência de um merengue bem espesso, dispõe-se em montinhos (à colher) sobre um tabu-

leiro untado e polvilhado. Levam-se a cozer em for-no bem quente (cerca de 220º C). Retiram-se as fofas do forno quando estiverem bem loiras. Podem ou não rechear-se com creme de baunilha ou de limão. Há quem junte a farinha a pouco e pouco, misturan-do fermento em pó (30 g para 500 g de farinha).

BOM APETITE !

Ingredientes:

• 500 g farinha ;

• 5 dl de líquido (água e leite) ;

• 2 colheres de sopa de sementes de funcho ;

• 2 colheres de sopa de açúcar ;

• 125 g de manteiga ou de margarina ;

• 1 colher de chá de sal ;

• 15 ovos ;

• creme de baunilha ou de limão (facultativo) Confeção: Num tacho deita-se a água e o leite (podem ser em partes iguais), o sal, as sementes de fun-

Fofas do Faial

SOPA DE LETRAS A D A R L V O Z U X B I T O P

M I F A M I L I A T K L M N D

O V O P I A D O E N T E T I I

R A E R L N V C T U X Z R H A

B O N E C O T D E Y N E V E U

O C T S I N C E R A D A R O D

N A I E M I N V E R N O I U E

E N T N E X S O L A Q I M T I

C C C T I V A L P A Z T A O R

A A X E R O U H U M I L D N E

S O O S A D D O Q D O P A O I

T I O Z J A N E I R A S M Q S

DAR VOZ DOENTE PAZ INVERNO BONECO DE NEVE JANEIRAS DIA DE REIS PRESENTES

IHSCJ - Casa de Saúde Rainha Santa Isabel Rua Padre Bento Menni 3150-146 Condeixa-a-Nova Tel: 239949070 Fax: 239945329 E-mail: direccao.csrsi@irmashospitaleiras.pt Ficha Técnica Edição: Casa de Saúde Rainha Santa Isabel Coordenação: Sónia Góis e Bruna Santos Redação: José Amado, Andreia Duarte, Jéssica Gomes e Natalina Heleno. Arranjo Gráfico: Equipa Coordenadora E-mail: aprendacsrsi@gmail.com

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