Jornal AEAMESP - edição 01

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P`GINA 1 JORNAL AEAMESP N o 1 PRIMAVERA DE 2003 JORNAL AEAMESP OPINIÃO DA DIRETORIA DA AEAMESP NÚMERO 1, PRIMAVERA DE 2003 PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL DA ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS E ARQUITETOS DO METRÔ DE SÃO PAULO LUTAR POR RECURSOS PARA O TRANSPORTE PÚBLICO o analisar os resultados da 9 a Semana de Tecnologia Metroviária, realizada de 2 a 5 de setembro de 2003, o presidente da AEAMESP, Emiliano Affonso, disse acreditar que o evento teve amplo êxito, não só em razão do esforço da AEAMESP, mas também em razão do apoio de todos que contribuíram para sua concretização. “Foi um sucesso, mas saímos com grande missão e responsabilidades”, disse, referindo-se aos dados sobre exclusão social relacionados com o elevado custo das tarifas, a insuficiência de transporte público e a falta de investimentos no setor. Para Emiliano, é obrigação do setor buscar a eficiência e convencer governantes e representantes no Congresso de que a alocação de recursos em transporte público não é uma despesa e sim investimento em eficiência e na inclusão social. “É o caminho para manter nossas cidades vivas, dando aos seus cidadãos e às suas economias a possibilidade de crescer e diminuir as desigualdades sociais”. MOMENTO. Referindo-se ao momento crítico do segmento metro-ferroviário, assinalou que as obras praticamente pararam, a busca de recursos através do BOT (Building Operation Transfer) não deslancharam e as experiências realizadas nos últimos anos se mostraram ineficientes ou regrediram. “Estamos atrasando o pagamento de fornecedores e temos dificuldade em manter nossas equipes ou obter os recursos mínimos necessários para operarmos eficientemente e recuperarmos nossos sistemas; não há prioridade real ao transporte coletivo e nossas cidades e suas economias perdem renda, empregos e competitividade”. De todo modo, não deixou de registrar aspectos positivos, como o fato de o Metrô-SP e a CPTM evidenciarem união de propósitos, com a reunião de seus processos de planejamento em uma mesma diretoria. Disse que o esforço de recuperação da CPTM vem sendo reconhecido e sublinhou que a atuação do Metrô-SP foi considerada pela população – em pesquisa de opinião — como o melhor serviço público. A Linha 4 – Amarela deve ser iniciada ainda este ano e a continuação da Linha 2 – Verde tem aval do BNDES e deverá ter as obras retomadas em 2004. A O QUE ESTÁ ACONTECENDO NO METRÔ ? Com esta primeira edição do JORNAL AEAMESP, inaugura-se uma nova etapa do processo de comunicação com associados e organizações externas. Em momentos anteriores, tivemos 29 edições da REVISTA AEAMESP e, em seguida, cinco edições do boletim INFO AEAMESP. A proposta é retomar, com regularidade, esse trabalho de informação. E, para tanto, optou-se por definir uma trajetória bem objetiva: uma publicação com recursos gráficos mais simples e, portanto, menos onerosos, com periodicidade trimestral – patamar que deve ser aprimorado com o passar das edições, num processo que deverá envolver a participação de parceiros e anunciantes. Desde já, o JORNAL AEAMESP está aberto à participação de todos os associados. (RE)NASCE O NOSSO JORNAL Companhia do Metropolitano de São Paulo passa por uma fase que coloca interrogações sobre o seu futuro. Problemas financeiros, se existem, se resolvem com criatividade, cumplicidade e união. No momento em que o Governo de Estado anuncia a ampliação da malha metroviária com a construção da Linha 4 – Amarela e a iminente retomada do empreendimento Linha 2 – Verde, e o Metrô é eleito o melhor serviço prestado na RMSP, a CMSP decide diminuir seu quadro de funcionários, através de um corte linear. Todos sabem que o Metrô de SP acumulou nos seus 35 anos de existência conhecimentos que o transformaram em um dos melhores serviços públicos, porém sua política de recursos humanos enquanto desenvolvia continuamente os seus funcionários, inclusive através de planos de excelência gerencial, impediu que as áreas técnicas contratassem novos técnicos por um período de 15 anos. Como resultado, possuímos o melhor corpo técnico da área de transporte e infra-estrutura metro-ferroviária do País, porém que não teve a possibilidade de repassar seus conhecimentos de forma desejável. Uma das características de nossa Companhia é o envolvimento e a dedicação de seus funcionários, que sempre procuraram melhorar o desempenho e literalmente brigam pelo aperfeiçoamento e o crescimento da empresa. A experiência do PDV, há quatro anos, foi frustrante; ao final do ano seguinte tínhamos o mesmo quadro de funcionários e grandes vazios em setores técnicos. O corte indiscriminado ora proposto, sem critérios de competência, despreza os investimentos feitos em treinamento, pode desestruturar áreas altamente especializadas e compromete a autoestima de todos os metroviários. As decisões tomadas que provocaram o desequilíbrio econômico- financeiro ainda não foram perfeitamente esclarecidas. São as demissões fundamentais? Foram esgotadas as outras possibilidades? Nós ainda não conseguimos estas respostas. empre defendemos posturas administrativas adequadas, a garantia da preservação da qualidade dos empreendimentos, a preservação do domínio e do desenvolvimento tecnológico e ambiental, a renovação dos quadros técnicos, a expansão do sistema, a manutenção dos conhecimentos adquiridos, os nossos técnicos, o Metrô e a STM. Lamentamos que, no momento em que temos uma diretoria de metroviários altamente qualificada, a qual, por meio de posicionamentos corajosos, propiciou o início de um novo ciclo de expansão, sejamos lançados neste paradoxo de expansão e demissão em momento de recessão. De uma coisa temos certeza, nem o Metrô nem o Governo do Estado ganharão com isto. A S Na sessão de abertura da 9 a Semana,Luiz Carlos David, presidente do Metrô-SP; Emiliano Affonso, presidente daAEAMESP,o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e o secretário nacionalde Transportee Mobildiade Urbana, José Carlos Xavier [email protected]

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Jornal com notícias importantes sobre a comunidade metroferroviária brasileira

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PÁGINA 1JORNAL AEAMESP No 1 � PRIMAVERA DE 2003

JORNALAEAMESP

OPINIÃO DA DIRETORIA DA AEAMESP

NÚMERO 1, PRIMAVERA DE 2003

PUBLICAÇÃOTRIMESTRAL DAASSOCIAÇÃODOS ENGENHEIROSE ARQUITETOSDO METRÔ DESÃO PAULO

LUTAR POR RECURSOS PARAO TRANSPORTE PÚBLICO

o analisar osresultados da 9a

Semana deTecnologia Metroviária, realizadade 2 a 5 de setembro de 2003, opresidente da AEAMESP,Emiliano Affonso, disseacreditar que o evento teveamplo êxito, não só em razão doesforço da AEAMESP, mastambém em razão do apoio detodos que contribuíram para suaconcretização. “Foi um sucesso,mas saímos com grandemissão e responsabilidades”,disse, referindo-se aos dadossobre exclusão socialrelacionados com o elevadocusto das tarifas, a insuficiênciade transporte público e a falta deinvestimentos no setor.

Para Emiliano, é obrigaçãodo setor buscar a eficiência econvencer governantes erepresentantes no Congresso deque a alocação de recursos emtransporte público não é umadespesa e sim investimento emeficiência e na inclusão social.“É o caminho para manternossas cidades vivas, dando aosseus cidadãos e às suaseconomias a possibilidade decrescer e diminuir asdesigualdades sociais”.

MOMENTO. Referindo-seao momento crítico dosegmento metro-ferroviário,

assinalou que as obraspraticamente pararam, a buscade recursos através do BOT(Building Operation Transfer)não deslancharam e asexperiências realizadas nosúltimos anos se mostraramineficientes ou regrediram.“Estamos atrasando opagamento de fornecedores etemos dificuldade em manternossas equipes ou obter osrecursos mínimos necessáriospara operarmos eficientementee recuperarmos nossossistemas; não há prioridadereal ao transporte coletivo enossas cidades e suaseconomias perdem renda,empregos e competitividade”.

De todo modo, não deixoude registrar aspectos positivos,como o fato de o Metrô-SP e aCPTM evidenciarem união depropósitos, com a reunião deseus processos deplanejamento em uma mesmadiretoria. Disse que o esforço derecuperação da CPTM vemsendo reconhecido e sublinhouque a atuação do Metrô-SP foiconsiderada pela população –em pesquisa de opinião —como o melhor serviço público.A Linha 4 – Amarela deve seriniciada ainda este ano e acontinuação da Linha 2 – Verdetem aval do BNDES e deverá teras obras retomadas em 2004.

A

O QUE ESTÁ ACONTECENDO NO METRÔ ?

Com esta primeira edição do JORNAL AEAMESP,inaugura-se uma nova etapa do processo de comunicaçãocom associados e organizações externas. Em momentosanteriores, tivemos 29 edições da REVISTA AEAMESP e,em seguida, cinco edições do boletim INFO AEAMESP.

A proposta é retomar, com regularidade, esse trabalho deinformação. E, para tanto, optou-se por definir uma

trajetória bem objetiva: uma publicação com recursosgráficos mais simples e, portanto, menos onerosos, com

periodicidade trimestral – patamar que deve ser aprimoradocom o passar das edições, num processo que deveráenvolver a participação de parceiros e anunciantes.

Desde já, o JORNAL AEAMESP está aberto à participação detodos os associados.

(RE)NASCE O NOSSO JORNAL

Companhia doMetropolitano deSão Paulo passa por

uma fase que colocainterrogações sobre o seufuturo. Problemas financeiros,se existem, se resolvem comcriatividade, cumplicidade eunião.

No momento em que oGoverno de Estado anuncia aampliação da malhametroviária com a construçãoda Linha 4 – Amarela e aiminente retomada doempreendimento Linha 2 –Verde, e o Metrô é eleito omelhor serviço prestado naRMSP, a CMSP decide diminuirseu quadro de funcionários,através de um corte linear.

Todos sabem que oMetrô de SP acumulou nosseus 35 anos de existênciaconhecimentos que otransformaram em um dosmelhores serviços públicos,porém sua política derecursos humanos enquantodesenvolvia continuamente osseus funcionários, inclusiveatravés de planos deexcelência gerencial, impediuque as áreas técnicascontratassem novos técnicospor um período de 15 anos.Como resultado, possuímos omelhor corpo técnico da área detransporte e infra-estruturametro-ferroviária do País, porémque não teve a possibilidade derepassar seus conhecimentosde forma desejável.

Uma das característicasde nossa Companhia é oenvolvimento e a dedicação deseus funcionários, que sempreprocuraram melhorar odesempenho e literalmentebrigam pelo aperfeiçoamentoe o crescimento da empresa.A experiência do PDV, há

quatro anos, foi frustrante;ao final do ano seguintetínhamos o mesmo quadro defuncionários e grandes vaziosem setores técnicos.

O corte indiscriminadoora proposto, semcritérios de competência,despreza os investimentosfeitos em treinamento, podedesestruturar áreas altamenteespecializadas e compromete aautoestima de todos osmetroviários. As decisõestomadas que provocaram odesequilíbrio econômico-financeiro ainda não foramperfeitamente esclarecidas.São as demissõesfundamentais? Foramesgotadas as outraspossibilidades? Nós ainda nãoconseguimos estas respostas.

empre defendemosposturasadministrativas

adequadas, a garantia dapreservação da qualidade dosempreendimentos, a preservaçãodo domínio e do desenvolvimentotecnológico e ambiental, arenovação dos quadros técnicos,a expansão do sistema, amanutenção dos conhecimentosadquiridos, os nossos técnicos,o Metrô e a STM.

Lamentamos que, nomomento em que temos umadiretoria de metroviáriosaltamente qualificada, a qual,por meio de posicionamentoscorajosos, propiciou o iníciode um novo ciclo de expansão,sejamos lançados nesteparadoxo de expansão edemissão em momento derecessão.

De uma coisa temoscerteza, nem o Metrô nemo Governo do Estadoganharão com isto.

A

S

Na sessão deabertura da 9 aSemana, LuizCarlos David,presidente doMetrô-SP; EmilianoAffonso, presidenteda AEAMESP, osecretário deTransportesMetropolitanos,Jurandir Fernandes,e o secretárionacional deTransporte eMobildiade Urbana,José Carlos Xavier

[email protected]

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PÁGINA 2 JORNAL AEAMESP No1 � PRIMAVERA DE 2003

m 1o de outubro de2003, o governadorGeraldo Alckmin

assinou os contratos paraconstrução da Linha 4 -Amarelado Metrô-SP, anunciando queas obras serão iniciadas emjaneiro de 2004.

A Linha 4-Amarela vai ligara Vila Sônia, na Zona Oeste, àEstação Luz, no Centro. Aprimeira etapa prevê aconstrução do túnel da linhainteira, com 12,8 quilômetrosde extensão, e cinco estações:Butantã, Pinheiros, Paulista,República e Luz, além do pátiode manobras da Vila Sônia. Ademanda prevista para otrecho, que deve ser concluídoem 2007, é de cerca de 900mil passageiros por dia.

O consórcio Via Amarela,formado por CBPO, OAS,Queiróz Galvão e Alstom, éresponsável pela construçãodos 12,8 quilômetros de vias eestações. As obras do pátio demanutenção de Vila Sôniaestarão a cargo de outroconsórcio, integrado pelasempresas Camargo Corrêa,Andrade Gutierrez e Siemens.

A segunda etapa da Linha4 prevê a construção dasoutras seis estações:Morumbi, Três Poderes, FariaLima, Fradique Coutinho,Oscar Freire e Higienópolis,que devem ser entregues em

DEPOIS DE 15 ANOS, METRÔ-SPCONTRATA UMA NOVA LINHA

2010. Para a segunda etapa,haverá um novo processolicitatório e o governo doEstado espera contar com aparticipação da iniciativaprivada.

ESTRATÉGICA. A nova linhamaximizará o aproveitamento deinvestimentos realizados naLinha C – Celeste da CPTM ena Linha 5 – Lilás,incrementando a demanda depassageiros. Isso porque aLinha 4 – Amarela tem aestratégica função deaprimorar a interconexão dosistema metro-ferroviário naRMSP, encontrando-se comcinco linhas ferroviárias daCPTM e com as outras trêslinhas do Metrô.

Com a Linha 4, o sistemametroviário de São Paulo vaiassumir efetivamente a formade uma rede, fazendo com quesetores da cidade de SãoPaulo estejam cercados porlinhas de metrô pelos quatrolados, com melhoria daacessibilidade a esses pontos.

A futura linha balanceará ademanda, absorvendo eajudando a distribuir ospassageiros que chegaremao complexo de estações dobairro da Luz e quedesejarem seguir em direçãoàs porções noroeste esudoeste da cidade.

governo do Estadode São Paulodivulgou

recentemente nota dandoconta de que foi asseguradapara o Metrô de São Paulo epara a Companhia Paulista deTrens Metropolitanos (CPTM)verba de R$ 154,1 milhões,para novos investimentos emsuas linhas. Esse montantedeve ser acrescido decontrapartida do Tesouro doEstado.

Do total do financiamento,R$ 99,4 milhões maiscontrapartidas serãodestinados ao Metrô-SP, para

complementação do sistemade ventilação da Linha 2 -Verde (Paulista) e conclusãoda impermeabilização daEstação Vila Madalena.

A CPTM deverá empregara verba no aprimoramentodos sistemas de sinalização,controle e telecomunicaçãoem duas linhas. As melhoriasdeverão permitir a redução dointervalo dos trens doExpresso Leste, entre asestações Brás e Guaianazes,numa extensão de 21,8quilômetros, aumentando acapacidade de transporte noshorários de maior movimento.

RECURSOS DO BNDESPARA METRÔ-SP E CPTM

epresentada por seupresidente, EmilianoAffonso, a AEAMESP

passou a integrar o ConselhoDiretor da ANTP na gestãoreferente ao biênio 2003-2005.A eleição do Conselho Diretor eda Diretoria da ANTP ocorreuem assembléia realizada em15 de outubro de 2003, duranteo 14

o Congresso Brasileiro de

Transporte e Trânsito, em Vitória.Ao lado de outras liderançasdo Movimento Nacional peloDireito ao Transporte Públicode Qualidade para Todos(MDT) e do deputado DevanirRibeiro, da Frente Parlamentardo Transporte Público,Emiliano Affonso foi um dosdebatedores na mesa-redonda Conquistando aqualidade no transportepúblico, em sessão do 14

o

Congresso da ANTP presididapelo secretário nacional deTransporte e da Mobilidade, doMinistério das Cidades, JoséCarlos Xavier.

Secretaria Estadualdos TransportesMetropolitanos de

São Paulo e as empresas aela vinculadas – Metrô-SP,CPTM e EMTU – se unemao Grupo de Trabalho deAcessibilidade da ANTPpara realizar, nos dias10 e 11 de novembro de2003, no Hotel CrownePlaza, em São Paulo,o 2o Encontro Nacionalsobre Acessibilidadenos TransportesPúblicos.

CONCEITO. O programado evento tem comoreferência o conceitoampliado de acessibilidadeque contempla o desenhouniversal para o meiourbano, envolvendo aadequação das edificações,calçadas e dos transportes.Dessa forma, qualquercidadão com restrição demobilidade estará incluído nacidade: idosos, gestantes,pessoas portadoras dedeficiência, acidentados eoutros.

PAINÉIS. O encontro estáorganizado em grandespainéis: As CidadesAcessíveis, A Legislação e aInclusão Social, OsSistemas de Transporte eAs Experiências Nacionais eInternacionais de Sucesso.Em cada um dessespainéis haverá aparticipação de instituiçãoque congrega ou atendepessoas portadoras dedeficiência e commobilidade reduzida, paraestimular os debates.

A intenção é discutir asprincipais questões relativasà acessibilidade, nosmunicípios e regiõesmetropolitanas, de pessoascom restrição de mobilidadee encaminhar possíveisações para enfrentamentodos problemas.

MAIS INFORMAÇÕES.informações mais detalhadassobre o seminário podem serobtidas no site da ANTP, noendereço www.antp.org.br

ENCONTRO DEBATEACESSIBILIDADENOS TRANSPORTES

AEAMESP PASSA AINTEGRAR CONSELHODIRETOR DA ANTP

E

EXPANSÃO

A

m 25 de setembro de2003, houve encontrodo governador

Geraldo Alckmin com aprefeita Marta Suplicy,acompanhados de algunssecretários, quandoanunciaram um conjunto de11 parcerias.

Os jornais informaramque, entre as medidasacordadas, está ocompromisso do governadorde alterar o sistema decatracas do Metrô-SP, o quepermitirá que o bilhete únicomunicipal possa ser usadonesse transporte. O Estadodeverá contribuir com aextensão das avenidas Jacu-Pêssego e Radial Leste,repassando terrenos aosmunicípios. A Prefeitura, porsua vez, deverá promoveruma operação urbana, cujosrecursos serão destinados àsestações Faria Lima e VilaSônia, da futura Linha 4 –Amarela do Metrô-SP.

E

ONZE PARCERIASENTRE ESTADOE PREFEITURA

O

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PÁGINA 3JORNAL AEAMESP No 1 � PRIMAVERA DE 2003

m novembro de 2003,um grupo de 25 jovensengenheiros completa

um ano de atuação no Metrô-SP. Contratados para atuar emdiferentes áreas daCompanhia, eles provam, comseu desempenho, que arenovação é salutar e oxigenaqualquer organização.

Um dos engenheirosintegrantes desse grupo,Nelson Lúcio Nunes, participouda 9a Semana de TecnologiaMetroviária, apresentando, aolado de outros colegas, otrabalho Avaliação de métodopara estudo preliminar deimpacto de vibrações oriundode linhas metro-ferroviárias.

"Gostei muito, pois foi umaoportunidade de integrar etrocar experiências", disse,ressaltando que o evento anualda AEAMESP é o que tem ofoco mais concentrado nasquestões metro-ferroviárias,embora se abra para o examede temas sócio-econômicos.

Sobre sua experiênciapessoal como engenheiro doMetrô-SP, Nelson Lúcio Nunesdisse que o processo seletivo,nos seis meses queantecederam sua contratação,foi marcado por uma naturalansiedade, mas também pormuita expectativa de trabalharna companhia. Sua relaçãocom o Metrô era de usuário,

embora tivesse interesseespecial nessa modalidade detransporte, evidenciada empesquisas freqüentes sobre otema na biblioteca dafaculdade.

Ele afirma que, uma vezcontratado e em atividade, foigrande o aprendizado, emtodos os aspectos. "Entendique o Metrô-SP não é só umprojeto técnico, mas tambémum projeto de interesse detoda a sociedade". Ele elogia oprojeto de integraçãoelaborado pela GRH, quemostrou globalmente acompanhia, fato que o auxilioumuito, inclusive nodesenvolvimento de trabalhospontuais do seu departamento.

VALOR. Outro engenheirodo grupo, Marco Aurélio AbreuPeixoto, concorda que esteprimeiro ano de trabalho foi deum rico aprendizado sobre arealidade. Disse que todos

NOVOS ENGENHEIROS TRAZEM OXIGÊNIOentraram na companhia com avisão de que era o melhor lugardo mundo para se trabalhar,mas viram que, como emoutros lugares, também hádificuldades.

De todo modo, acredita queo período foi gratificante e quepuderam contribuir com acompanhia. "Estimulados pelotrabalho necessário à Linha 4,discutimos idéias e fizemossugestões, que, acredito,agregaram algum valor àcompanhia".

Nelson confirma que todosrealmente viveram este ano coma motivação de quem é novo, ouseja, com muita vontade deaprender, de buscar coisasnovas e contribuir. "Lembro queuma das primeiras coisas quefiz foi programar uma planilhapara ajudar no cálculo degabarito. Naquele momento, eunão tinha idéia do quanto aqueleesforço seria útil para acompanhia", conclui.

pós 15 anos semlicitações, o Metrô-SP recomeça sua

expansão por meio da Linha 4e da Linha 2 .

Dentro dessa perspectiva,esperamos que seja bempensada a necessidade dedemissões de técnicos daCompanhia. No mínimo, portrês fortes motivos,apresentados a seguir.

1) KNOW-HOW. Se para aCompanhia do Metrô écomplexo reter tecnologias,muito mais tem sido para asconsultoras, que sofrem muitomais cedo e mais fortemente osimpactos financeiros daausência de projetos. O know-

TRÊS MOTIVOS PARA MANTER INTACTA A EQUIPEA

E

how metroviário está, ainda, emgrande medida, no Metrô-SP.Não é sem razão que temosvisto problemas de projeto,construção, manutenção eoperação em linhas de metrôconstruídas no País.

2) OPORTUNIDADES. Seolharmos o PITU-2020 epensarmos apenas na RMSP,desconsiderando todas asoutras regiões do Estado,ainda assim veremos que hámuito trabalho e por muitosanos para o Metrô-SP.

3) MELHOR RELAÇÃOCUSTO-BENEFÍCIO.Esquecendo propositalmenteo novo balanço social (com

economia de R$2,4 bilhõespara a RMSP), lembramosque a nossa condição, única,de estarmos, há anos,projetando e incorporando osfeed-backs, negativos epositivos – nos custos, nosprojetos, nas obras, naoperação e na manutenção –tem trazido vantagens naimplementação de novaslinhas, o que compensa, delonge, o custo de manternossa equipe de Expansão.

CONFIANÇA . Temoscerteza de que isto seráequacionado e que 2004 e osanos posteriores serão demuito trabalho para toda anossa equipe.

MOMENTO

COMPANHIA

PONTO DE VISTA

9a Semana deTecnologiaMetroviária

apresentou resultadossuperiores aos esperados.Nos últimos anos, o temárioe participantes vêm abrindoum espaço de discussãoacima das questões internasdos metroviários e ampliandosua presença na vida culturalda cidade.

Este evento, em especial,torna-se marcante por duasquestões principais. Aprimeira, um consenso deque a tecnologia não serestringe a métodos eequipamentos para bens ouserviços produzidos, mas,também, à gestão daempresa e do transportepúblico.

segunda questão etambém decorrentedesse processo foi

o lançamento do MDT –Movimento Nacional peloDireito ao Transporte deQualidade para Todos.

A participação demetroviários nessadiscussão, apesar do poucotempo de existência daempresa, é um fatomarcante no cenárionacional. Há muitos anosnosso corpo técnico temcontribuído para odesenvolvimento do parqueprodutivo nacional e para odesenvolvimento de órgãos,gestores e operadores, dosistema de transporte.

Esse acúmulo foi degrande sustentação nadefesa dos interessesmaiores do transporte,como no caso da CIDE, enunca de forma isolada ecorporativa. Isso temgarantido o respeito dosusuários do sistema e oapoio cada vez maior dosdiversos órgãos einstituições que pensam otransporte no Brasil.

RESULTADOSSUPERIORES AOS

ESPERADOSEduardo Pacheco

A

A

Eduardo Pacheco é metroviárioe atua na CNTT/CUT

é uma publicação da Associação dos Engenheiros eArquitetos do Metrô de São Paulo – AEAMESP, Rua do

Paraíso, 67, 2o andar, 04103-000, São Paulo-SP, telefone (11)287-4565, fax (11)3285-4509. www.aeamesp.org.br, [email protected]. Diretoria Executiva: Presidente:Emiliano S. Affonso Neto. 1o Vice-Presidente: José Geraldo Baião. 2o Vice-Presidente: IvanL. Piccoli. 1o Diretor Tesoureiro: Ayres R. Gonçalves. 2o Diretor Tesoureiro: Mário De Mieri.1o Diretor Secretário: Manoel S. Ferreira Filho. 2o Diretor Secretário: Manoel S.S. Leite.Conselho Deliberativo: Eduardo Curiati, Eduardo Maggi, José Nicodemos P. Barretos,Carlos A. Rossi, Nestor S. Tupinambá, Odécio Braga Loureiro Filho, Iria A. HissnauerAssef, Antônio Márcio B. da Silva, Arnaldo Luiz Borges, Ivan Finimundi, Marcos FigueiredoVicentini e Milton Carlos de Campos Vergani. Conselho Fiscal: Paulo Donini, Antônio L.Videria Costa e Jelson Antônio S. Siqueira (titulares). Conselho Consultivo: LaerteConceição, José R. Fazzole, Luiz Felipe P. Araújo e Luiz C. Alcântara. Jornalista Responsável:Alexandre Asquini (MTb 28.624).

JORNAL AEAMESP

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processo de debatebuscado com arealização da 9a

Semana de TecnologiaMetroviária não poderiaprescindir da experiência deoutras operadoras atuantesno País, justamente paraenriquecer os trabalhos eacentuar o caráter nacionalque a AEAMESP vemimprimindo ao seu principalevento anual.

Em uma das sessões da9a Semana, o fóruminternacional Realizações eRealidade do Sistema Metro-ferroviário Ibero-Americanoapresentaram-se trêsoperadoras brasileiras.Alexandre José Farahmostrou os planos da Rio

PRESENÇA DE OPERADORAS BRASILEIRAS ACENTUACARÁTER NACIONAL DAS SEMANAS TECNOLÓGICAS

Trilhos para a expansão doMetrô do Rio de Janeiro,Pedro Benvenuto fezexplanação sobre oprograma de modernizaçãodo trem metropolitano,empreendido pelaCompanhia Paulista deTrens Metropolitanos –CPTM, e Manoel Marinhoexpôs os planos deexpansão do Metrô deRecife, o Metrorec.

CONVERGÊNCIA. O diretorde Planejamento do Metrô-SP,Renato Viegas, que respondepelo planejamento doMetrô-SP e da CPTM,abordou o tema do transportesobre trilhos na RMSP,deixando claro o caráter de

convergência e cooperaçãoentre as duas empresas nosentido de responder aosdesafios do transporteestrutural na região.

PRESENÇAS. Tambémestiveram presentes emdiferentes sessões da 9a

Semana de TecnologiaMetroviária representantesdas superintendências daCBTU, responsáveis pelossistemas em operação emJoão Pessoa e em Maceió;da companhia federalTrensurb, de Porto Alegre,e da companhia estadualcearense Metrofor, deFortaleza, e, ainda, dascompanhias cariocasCentral e Opportrans.

m quatro dias deatividades, 717técnicos e autoridades

do setor participaram da9a Semana de TecnologiaMetroviária, que a AEAMESPrealizou, de 2 a 5 de setembrode 2003, em São Paulo, com otema geral Ações para aExpansão do Sistema Metro-Ferroviário nas RegiõesMetropolitanas.

Houve painéis sobreAdministração da eficiência nossistemas metro-ferroviários,Tecnologia Metro-Ferroviária –conquistas técnicas para asociedade brasileira e Recursos

COM 717 PARTICIPANTES, 9a SEMANA DEBATETECNOLOGIAS, EXPANSÃO E INCLUSÃO SOCIAL

e fontes alternativas para otransporte público sobre trilhos.

Houve também oitopalestras com especialistas dealto nível, alguns procedentesdo Exterior; um fóruminternacional, envolvendooperadoras brasileiras, doChile, de Espanha e Portugal,além de um fórum técnico, com24 trabalhos apresentados porequipes do Metrô-SP, de outrasoperadoras e empresas.

Participaram da 9a Semanao secretário nacional deTransporte e MobilidadeUrbana, do Ministério dasCidades, José Carlos Xavier, osecretário dos TransportesMetropolitanos do Estado deSão Paulo, Jurandir Fernandes,e o representante do FórumNacional dos Secretários eDirigentes de Transporte,Francisco Macena.

Na sessão deencerramento, houve o pré-lançamento do MovimentoNacional pelo Direito aoTransporte Público comQualidade para Todos (MDT),que seria oficialmente lançadoem 25 de setembro de 2003,em Brasília.

O

E

9a SEMANA DE TECNOLOGIA METROVIÁRIA

ntecedendo à sessãode encerramento da9a Semana, houve

uma solenidade emhomenagem ao amigo e colegaAntônio Carlos Cechi,engenheiro, chefe de canteiroda Gerência de ConstruçãoCivil da Companhia do Metrô-SP, associado e conselheiro daAEAMESP desde 1990,falecido em maio de 2003.

O ato foi conduzido pelo ex-presidente da AEAMESP, LuizFelipe Pacheco de Araújo.“Cechi foi uma pessoa decaráter e bondade comopoucos”, disse o orador,assinalando, com um traço decarinho: “Tudo lá em cima deveestar mais bonito, porque, semdúvida, o Cecchi arrumou umjeito de cuidar dos detalhes deacabamento do Céu”.

Coube ao presidente daAEAMESP, Emiliano Affonso,entregar uma lembrança àesposa de tantos anos, Olga, eaos filhos Luiz Carlos e Daniela.

HOMENAGEM AOAMIGO ANTÔNIOCARLOS CECHI

A

Acima, a mesa dasessão de encerramentoda 9a Semana. Ao lado, opresidente da AEAMESP

concede entrevista àRede Globo

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desenvolvimentotécnico e gerencial nosetor metroviário passa

pelo intercâmbio com metrôs deoutros países, e foi justamentepor essa razão que a 9a Semanatrouxe dirigentes dos metrôs decidades do Chile, da Espanha ede Portugal.

Na sessão de instalação, ogerente-geral Rodrigo AzócarHidalgo fez uma explanaçãosobre a expansão do Metrô deSantiago, um sistema que contahoje com três linhas, totalizando34,9 km, e é responsável pelotransporte de 800 mil

AS EXPERIÊNCIAS DOS METRÔS DE SANTIAGO, MADRI E PORTOpassageiros diariamente. Faloutambém sobre como suacompanhia conseguiu equilíbrioeconômico na operação.

O secretário-geral daAssociação Latino-Americana deMetrôs e Subterrâneos (Alamys)e dirigente do Metrô de Madri,Aurelio Rojo Garrido, referiu-se àimportância da engenhariainstitucional que articula governocentral, comunidade de Madri emunicípios em torno da capitalpara a sustentação de umconsórcio encarregado deplanificar e definir a estrutura dotransporte naquela área do país.

Também participou do fóruminternacional o professordoutor Manuel de OliveiraMarques, presidente daComissão Executiva e

m dos pontos de realcenas exposições dosrepresentantes de

outros países nesta 9a Semanafoi a possibilidade de comprovar,uma vez mais, a importância daparticipação de todas as esferasde governo no financiamento dotransporte público. “O queverificamos como tendênciamundial é o fato de a mobilidadeser mantida por investimentos afundo perdido nas malhasestruturadoras – basicamentetrens, metrôs e VLTs”, disseEmiliano Affonso, presidente daAEAMESP.

Há subsídios também para aoperação. Aurelio Rojo Garridoinformou que o Metrô de Madrirecebe uma quantia em euro porpassageiro transportado. E orepresentante do FórumNacional de Dirigentes deTransporte Urbano e Trânsito,Ricardo Mendanha, mostrouque, na Europa, há subsídios degovernos nacionais e locais parao barateamento das passagens.Os usuários do transportepúblico de Roma, por exemplo,pagam apenas 10% do custo datarifa, sendo os restante 90%cobertos com recursos públicos.

Para o conselheiro daAEAMESP, Nestor Tupinambá,a disposição dos governos demuitos países em subsidiar otransporte público reflete,naturalmente, sensibilidadesocial, mas também significaum entendimento claro dopapel da mobilidade para ofuncionamento da economia,algo que os indicadores do

O QUE APRENDER NO EXTERIOR SOBRE INCLUSÃO SOCIAL?Balanço Social do Metrô-SPmostram nitidamente.

TRILHOS E MOBILIDADE .Informações trazidas à 9 a

Semana revelam que a exclusãosocial se acentua com a quedada atividade econômica e com aperda de renda, o que reduz apossibilidade de amplascamadas da população teremacesso ao transporte público.

O diretor de Planejamento doMetrô-SP, Renato Viegas, contouque a série de pesquisas origem-destino decenais conduzidaspelo Metrô-SP na RegiãoMetropolitana de São Paulomostra crescimento da rendamédia da população entre 1977e 1997, mas, na correção dosdados da última pesquisa,realizada em 2002, evidenciou-se uma dramática queda narenda familiar para os mesmosníveis observados em 1977.

O estudo realça aimportância dos investimentosem transporte público, sobretudoem sistemas estruturadores.Contrariando o que se poderiaesperar a partir da queda derenda da população, pelaprimeira vez na história daspesquisas origem-destinocresceu a mobilidade na RMSP.As pesquisas anterioresapresentavam como constante ecrescente a perda de mobilidadee o aumento do uso dotransporte individual. Nacorreção de 2002, voltou-se apresenciar o incremento dotransporte individual, mas houveaumento da mobilidade da

população, e isso devido ainvestimentos feitos nos últimosanos na melhoria da malha e naqualidade dos serviços daCPTM, e à integração gratuitacom o Metrô.

EXCLUSÃO. Em suaexposição, Alexandre Gomide,do Instituto de PesquisaEconômica Aplicada (IPEA),assinalou que as classes D e Etêm poucas condiçõeseconômicas de utilizarconstantemente o transportepúblico urbano. No Brasil todo,isso significa mais de 50 milhõesde pessoas. Na RMSP, mesmocom a melhora indicada nacorreção da pesquisa origem-destino, 5,3 milhões de pessoastêm dificuldades para utilizarregularmente o metrô, trem ouônibus para trabalhar, ir àescola ou usufruir de serviços eoportunidades urbanas.

Recente pesquisa doInstituto de Desenvolvimento eInformação em Transporte(Itrans), cobrindo dez regiõesmetropolitanas, confirmou queos deslocamentos para otrabalho ou para procuraremprego figuram entre osprincipais problemas demobilidade para a população debaixa-renda. E revelou, entremuitos outros obstáculos narelação entre mobilidade epobreza, a impossibilidade deum grande número de mãesdeslocarem-se com seus filhospara atividades de lazer, por faltade dinheiro e pela precariedadedo atendimento de transporte.

Nas periferias do Rio deJaneiro, conforme reportagensrecentemente divulgadas, umpercentual dos moradores derua tem trabalho e moradia,mas não tem recursos paravoltar para casa, a não ser nosfinais de semana.

DESALENTO . Outro estudodetectou uma nova categoria dedesempregado, referenteàqueles que entram em estadode desalento, por não teremmais condições financeiras degastar o dinheiro para osdeslocamentos urbanosnecessários para pleitear are-inserção em sua área detrabalho.

Esse desempregadocomeça gastando uma certaquantia por dia e, como não temêxito de imediato, vai limitandoas viagens à quantia disponível,até chegar o momento em que aúnica opção é ir a pé até oslocais de possíveis empregos, oque significa não sair do própriobairro ou imediações, reduzindoainda mais suasoportunidades.

Dessa forma, sem condiçõesde ter acesso ao transporte, elevê desmanchadas suasrelações profissionais, ascondições para exercício dacidadania e os laços familiares,sem falar que está sujeito apagar preços mais elevados porgêneros de primeiranecessidade, já que tem que seabastecer nos mercadinhos daperiferia, com preçosnaturalmente mais elevados.

integrante do Conselho deAdministração do Metrô doPorto, falando sobreinvestimentos e realizações desua companhia.

U

O

Acima, Manuel deOliveira Marques. Ao

lado, Rodrigo Azócar e Aurelio Rojo Garrido

Page 6: Jornal AEAMESP - edição 01

PÁGINA 6 JORNAL AEAMESP No1 � PRIMAVERA DE 2003

a sessão deencerramento, ovice-presidente da

AEAMESP, Ivan Piccoli,agradeceu o apoio recebidopara a realização da 9a

Semana de TecnologiaMetroviária. Ele mostrou os25 logotipos que se aliaram àAEMAESP para que o evento

uando doencerramentoda 9a Semana de

Tecnologia Metroviária, umconsiderável número departicipantes destacava oconjunto de 24 trabalhostecnológicos levados porespecialistas do Metrô-SP,de outras operadoras e deempresas fornecedoras deprodutos e serviços para osetor. Esses trabalhos foramapresentados, sobretudo,durante o Fórum Técnico,em sessões simultâneasdas tardes dos dias 3 e 4 desetembro de 2003.

José Alberto Pimenta,diretor adjunto daAEAMESP, assinala quetodos esses trabalhostécnicos, bem como outrasapresentações e discussõesde natureza sócio-econômica, que integraramo temário da 9a Semana,estarão disponíveis a partirde novembro no endereçowww.aeamesp.org.br.

SESSÕES DO DIA 3. Naprimeira sessão do dia 3, osparticipantes puderam optar

TRABALHOS SOBRE TECNOLOGIA ESTARÃO DISPONÍVEIS NO SITE DA AEAMESP

PARCEIROS VIABILIZARAM A 9a SEMANApudesse se tornar umarealidade. “Uso o logotipocomo uma referênciasimbólica, já que elerepresenta as diversasinstituições e empresas quesempre nos apoiaram emuitas delas que a partir deagora, com certeza, passarãoa nos apoiar na efetiva

realização dos próximoseventos”, afirmou.

APOIO. Apoiaram o eventoa Secretaria de TransportesMetropolitanos, Companhia doMetropolitano de São Paulo –Metrô e a UniversidadeCorporativa do Metrô –UNIMETRO, AssociaçãoBrasileira da IndústriaFerroviária – ABIFER, ConselhoRegional de Engenharia,Arquitetura e Agronomia de SãoPaulo –CREA-SP, SindicatoInterestadual da Indústria deMateriais e EquipamentosFerroviários e Rodoviários –SIMEFRE, Sindicato dosEngenheiros no Estado e SãoPaulo – SEESP.

PARCEIROS. As empresasparceiras da AEAMESP naconcretização da 9a Semana deTecnologia Metroviária foram:

Alstom, Amorim, AndradeGutierrez, Baulfour Beatty,Bombardier Transportation,Camargo Corrêa, Odebrecht-CBPO Engenharia, CDM,Chauvin Armoux, Ezalpha, IERSIS Geo, IEME Brasil, MCBauchemie Brasil, Pandrol,Siemens, OAS, Queiroz Galvão,Socicam, Teknites, ThyssenKrupp Elevadores e TrendsEngenharia.

EQUIPE. A Diretoria daAEAMESP agradece aosfuncionários, associados ediretores diretamente envolvidosna organização da 9a Semana,incluindo os diretores de mesa,que, apesar de seu interessepessoal em outras palestras, sedispuseram a dar o materialhumano à realização do evento.

entre um estudo sobre aproblemática deinteroperação na base decomunicação do controle detrens em Nova Iorque, umaexposição sobre o novomodelo de atuação daGerência de Construção Civildo Metrô na fiscalização deobras, um trabalho sobremanutenção centrada emconfiabilidade em operadorasde metrô e umaapresentação da Alstom arespeito do conceito de“estação inteligente”.

Na sessão seguinte, aescolha foi entre um trabalhosobre o sistema de mediçãoda Linha 4 do Metrô-SP, oconceito de “estação dofuturo” e uma nova soluçãopara modernização deacionamento em correntecontínua e economia deenergia. Uma das salasnessa faixa de horário teveapresentação do presidenteda AEAMESP, EmilianoAffonso, sobre um temapolítico-institucional: asconquistas e expectativasquanto à Cide/Combustíveis.

Na última sessão do dia,

houve a apresentação deuma avaliação de métodopara estudo preliminar doimpacto de vibraçõesoriundo de linhas metro-ferroviárias e, paralelamente,em outras salas, a discussãodo tema de diminuição deheadway na região de PSE1,o impacto da tarifa de traçãonos custos do sistema metro-ferroviário e a aplicação detecnologia Gi2 paradiagnóstico de rodovias,sistemas metro-ferroviários esítios urbanos.

FECHAMENTO. Em 4 desetembro, houve outras trêssessões com quatroapresentações simultâneas.Inicialmente, as opções foramentre um estudo sobrequalidade e regulamento daprestação de serviço emtrens da CPTM, odesenvolvimento do tema dagestão de risco em sistemade transporte de massa,novas tecnologias de injeçãopara tratamento de trincas eum trabalho sobrerecomposição do sistemamassa-mola em via

permanente, sem interrupçãoda operação comercial.

Na segunda sessão,uma discussão sobre osdestinos da Engenharia noPaís, um trabalho arespeito da evolução daacessibilidade no Metrô-SP,um estudo sobre o tema danova fonte de recursos paraexpansão, aberta pelo PlanoDiretor Estratégico da capitalpaulista, e um trabalho acargo da empresa IEMEBrasil sobre investigaçõesteórico-experimentais paraprevisão de impactos vibro-acústicos em vizinhanças delinhas metro-ferroviárias

A sessão final incluiu umaapresentação sobre sistemasde transporte de médiacapacidade no Japão e naEspanha, uma exposiçãosobre a manutenção de trensno Metrô-SP, a apresentaçãodo Metropass, um cartão“inteligente”, e umaexposição a cargo daSiemens sobre o novosistema de sinalização CBTC,de comunicação entre o treme equipamentos fixos deestação e a margem da via.

N

Q

9a SEMANA DE TECNOLOGIA METROVIÁRIA

No espaço de exposição da 9a Semana, painéis sobre a Linha 4 – Amarela

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PÁGINA 7JORNAL AEAMESP No 1 � PRIMAVERA DE 2003

QUEDA NA DEMANDA DE PASSAGEIROSas cidades européias,cresce a demanda porviagens atendidas por

transportes coletivos. Mesmonos Estados Unidos, paraísodo automobilismo, começa areversão da queda depassageiros, ocorrida durantedécadas. No entanto, nametrópole de São Paulo, de1995 a 1999, os transportespúblicos perderam 37% dademanda e até o metrô sofreuuma redução de 6,6% depassageiros neste período.Nos anos posteriores, ademanda pelo metrô, juntocom o trem, voltou aapresentar um crescimentosuperior à quase estagnaçãoda demanda nos transportescoletivos em geral.

rede de metrô temse diferenciado nestequadro de redução de

viagens graças acaracterísticas próprias develocidade, segurança ecapacidade de transporte comimpactos reduzidos sobre oambiente, qualidades quecompensam largamente aseventuais reduções de confortonos horários de pico.

Parte importante da perda deusuários sofrida pelos demaismeios de transporte pode seratribuída a dificuldades dasituação econômica e àeclosão recente dotransporte clandestino.Porém a mais duradourainfluência na queda dademanda por viagens viatransporte coletivo é devidaao uso de automóveis nasviagens urbanas, reforçadopelas deficiências dosserviços regulares e pelo valorelevado e crescente das tarifasnos transportes coletivos.Atualmente, metade dosdeslocamentos motorizadosem São Paulo é feita emautomóveis. Além disso, ocongestionamento crescentecontribuiu também para aredução geral do número deviagens motorizadasrealizadas por pessoa.

queda demobilidade sofretambém influência

das mudanças profundas queestão ocorrendo nasociedade. O grandeprogresso técnico nascomunicações reduz a

necessidade de viagens,ainda que venha a favorecero surgimento de outras.Muitas compras já são feitaspor telefone ou internet. Hojeem dia, há mais diversõesno ambiente familiar, como atelevisão a cabo, internet evídeos. Nos últimos anos,ocorreu também uma grandedescentralização do comércioe serviços, que já havia sidoantecedida de umaredistribuição das vagasescolares. O comércioagrupado em shoppings esupermercados, por sua vez,propicia a racionalização deviagens. Aumentará tambéma incipiente realização detrabalhos no próprio domicílio.

stes inúmerosfatores provavelmentejá contribuíam para a

diminuição do número deviagens per-capita nas duasúltimas décadas. Em 1977eram feitas 1,5 viagensmotorizadas por habitante.Este índice baixou para 1,32em 1987, caindo ainda maisem 1997, para 1,23. É, cadavez mais, caro e penosoviajar na grande São Paulo.

ace a este quadro deredução de viagensnos transportes

coletivos, é possível preverum acirramento da disputaentre empresas paraconquistar passageiros emdetrimento das demais, sejapela melhoria da freqüênciaou conforto, seja porartifícios legais e comerciais.Esta fase, para a qualprevejo resultados limitados,deverá ser substituída poroutra, caracterizada pelacooperação entre asempresas e por ações comfoco nas necessidades easpirações de deslocamentoda população. Entretanto, nocaso do metrô, a necessáriaintegração em novos moldescom os outros meios detransporte necessita que sejaantes solucionado o graveproblema de saturaçãoespantosamente crescentena sua única linha na regiãoleste da cidade.

Rogerio Belda émetroviário e vice-presidenteda Associação Nacionalde Transportes Públicos(ANTP).

AA

N F

E

REFLEXÕES

Rogerio Belda

MDT quer adestinação para otransporte público

urbano de 25% dos recursosda CIDE/Combustíveis,administrados pelo Ministériodas Cidades, com a exigênciade que Estados e Municípiosofereçam contrapartidas paraos investimentos e promovama efetiva integração entre osmodos de transporte.

Quer uma políticapermanente de incentivo aouso de combustíveis etecnologias menos poluentesna frota de transporte públicode passageiros. E, também, adesoneração dos principaisinsumos do setor e ainstituição de tarifa específicapara os sistemas sobretrilhos que utilizem energiaelétrica, com a eliminação desobre-taxação decorrente datarifa horo-sazonal, que, num

contra-senso, penaliza asoperadoras pelo excesso deconsumo de eletricidade,justamente no horário de picodo fim da tarde, quando apopulação volta para casa,usando os trens e metrôs.

Para o movimento, énecessária a criação defundos estaduais emunicipais de transportecoletivo e isentar do ICMStodos os veículos destinadosao transporte público coletivode passageiros.

ESSENCIAL. O transportepúblico é essencial para apopulação mais pobre e, porisso, o MDT advoga tratamentotributário diferenciado paraesse serviço, com a adoçãodas seguintes medidas:equiparação do transportepúblico aos gênerosalimentícios de primeira

necessidade para fins detributação; desoneração doscustos da folha depagamentos das empresasde transporte público urbano(tributo sobre faturamento enão sobre os salários), eequiparação das operadorasàs empresas de utilidadepública com alíquotasespeciais para o setor.

NA VIA. O movimento querque os espaços viáriosurbanos sejam em boamedida novamente ocupadospelo transporte público, pormeio da implantação de viase faixas exclusivas.

Pleiteia repartição doscustos das gratuidades comtoda a sociedade, com acriação de fontesextratarifárias para essafinalidade e eliminação degratuidades sem caráter deinclusão social.

Propõe também o

fortalecimento, a fiscalizaçãoe a ampliação do vale-transporte, para favorecercategorias não formais dasociedade.

OUTRAS. As demaispropostas apresentadas peloMDT – todas consideradasprioritárias e urgentes – sãono sentido de que se garantaprioridade para o transportepúblico no trânsito dascidades e que os sistemasde transporte público sobrepneus e sobre trilhosrecebam investimentos eprogramas que aumentemsua eficiência tecnológica eambiental, propiciem maiorconforto e segurança para osusuários, melhorem ascondições de trabalho dosoperadores e aprimorem odesempenho da gestão. Paraconhecer o Manifesto e oDocumento Base do MDT:www.aeamesp.org.br

O QUE PROPÕE O MDT

O

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a sessão de pré-lançamento do MDT,durante a 9a Semana

de Tecnologia Metroviária, osecretário de TransportesMetropolitanos do Estado deSão Paulo, Jurandir Fernandes,recomendou que o setor semantenha alerta, mesmo apósuma vitória preliminar obtida noprocesso da reforma tributária,com o acordo na CâmaraFederal para que uma parcelada Cide/Combustíveis sejadestinada a Estado eMunicípios. “Isso foi bom, masé preciso que tenhamos plenaconsciência de que essedinheiro não vai comdestinação certa para otransporte público, nem seurecebimento implica aobrigatoriedade decontrapartida de Estados eMunicípios”.

Disse ter o temor de que osvalores dirigidos a Estados eMunicípios possam,gradativamente, substituirrecursos do orçamento.Afirmando que a capacidadeorçamentária está sempreaquém das necessidades daadministração, afirmou serperfeitamente possível que asáreas de finanças busquemalguma substituição. Elemencionou como exemplo asmultas de trânsito, “que tinhamum sentido único de aplicaçãoe que hoje acabam cobrindoaté décimo terceiro salário demunicípios”.

MOBILIZAÇÃO. Comentandoas colocações de JurandirFernandes, Emiliano Affonsoafirmou que só a mobilização dosetor pode impedir que osrecursos entrem por uma portae saiam por outra. “Semantivermos essa união, tenhoa certeza de que nós vamosconseguir aumentar essesrecursos e impedir que setransformem numa nova CPFM”,e complementou: “Temos quebrigar, temos que estarpresentes, temos que arregaçaras mangas e partir para frente.O que não podemos é esperarque os outros façam por nós oque devemos fazer”.

AEAMESP NO HISTÓRICO LANÇAMENTO DO MDT EDA FRENTE PARLAMENTAR DO TRANSPORTE PÚBLICO

epresentando aAEAMESP, opresidente Emiliano

Affonso integrou comitiva de 36lideranças do setor que, no dia25 de setembro de 2003,entregou ao vice-presidente daRepública, José Alencar, umconjunto de propostas pararedução das tarifas e para amelhoria dos transportescoletivos. O vice-presidenterecebeu também o DocumentoBase e o Manifesto doMovimento Nacional pelo Direitoao Transporte Público deQualidade para Todos (MDT), eum manifesto da Frente Nacionalde Prefeitos em favor deredução das tarifas.

O lançamento do MDTaconteceu no próprio dia 25, na

Câmara dos Deputados, emBrasília, numa solenidade emque também se lançou a FrenteParlamentar do TransportePúblico. O MDT congrega 200entidades, entre organizaçõesnão governamentais, empresasoperadoras, associações, órgãospúblicos e sindicatos. A FrenteParlamentar conta com 112deputados e 14 senadores.

COROAMENTO. Osurgimento do MDT e da FrenteParlamentar coroa os esforçosde mobilização do setor,iniciados em 2001 pelaAEAMESP junto com aAssociação Brasileira daIndústria Ferroviária (ABIFER),Sindicato dos Engenheiros doEstado de São Paulo (SEESP) e

Sindicato Interestadual daIndústria de Materiais eEquipamentos Ferroviários eRodoviários (SIMEFRE). Essasentidades, com o apoio daAssociação Nacional deTransportes Públicos (ANTP) eoutras entidades, constituíram oGrupo de Ação Pró-Transporte(GAT), lançado em 2002.

Uma das conquistas do GATfoi a aprovação do projeto de leide regulamentação da CIDE/Combustíveis na Câmara dosDeputados e no Senado, o quegarantia 75% dos recursosdessa contribuição para o FundoNacional de Infra-estrutura deTransportes, dos quais 25%seriam para transportes públicos– item vetado pelo governoanterior com anuência do atual.

xposição do diretor-executivo da ANTP,Nazareno Affonso,

marcou o pré-lançamento doMovimento Nacional peloDireito ao Transporte Públicode Qualidade para Todos(MDT), em 5 de setembro de2003, na sessão deencerramento da 9a Semana.Ele fez questão de ressaltarque foi no encerramento da 8

a

Semana, em 2002, que selançou o Grupo de Ações Pró-Transporte (GAT), embrião doque viria a ser o MDT.

O presidente da AEAMESP,Emiliano Affonso, pregou oengajamento de técnicos etrabalhadores do setor metro-ferroviário no MDT. “Quantomais eu vejo os dados da crisede mobilidade e da exclusãosocial, inclusive com a

CERIMÔNIA DE PRÉ-LANÇAMENTO NA 9a SEMANA

impossibilidade para milhõesde pessoas terem acesso aotransporte coletivo, maisacredito que nós, técnicos etrabalhadores da área, temosa obrigação de arregaçar asmangas e participar dessamobilização”, disse. Eacentuou que se trata de umaatitude fundamental para todoo País: “Longe de sercorporativista, esta é uma açãoque busca corrigir o caminhoque trilha a nossa economia,beneficiando toda a nossasociedade”.

Representando opresidente do Metrô-SP, LuizCarlos David, o diretor deOperações da Companhia,Décio Tambelli, saudou acriação do MDT e aproveitou aoportunidade para ressaltaroutra ação visando à inclusão

social, refletida no trabalhomultifuncional da Companhia doMetrô, por intermédio do Grupode Mobilidade da PessoaPortadora de Deficiência.“Trata-se de um trabalho que,por sua dedicação, peloresultado que temos alcançado,trouxe avanços significativos”,assinalou.

MESA. Compuserama mesa da solenidade de pré-lançamento do MDT asseguintes personalidades:Décio Tambelli, Luís CesárioAmaro da Silveira, presidente daABIFER; Valeska Peres Pinto,presidente do Sindicato dosArquitetos do Estado de SãoPaulo; Murilo Celso de CamposPinheiro, presidente do Sindicatodos Engenheiros; Luís Carlos deAlcântara, vice-presidente doConselho Regional deEngenharia, Arquitetura eAgronomia do Estado de SãoPaulo (CREA-SP); Fabio Mazzeo,presidente do Metrus – Institutode Seguridade Social; FlávioGodói, presidente do Sindicatodos Metroviários de São Paulo;Ronaldo da Rocha, diretor doDepartamento Metro-ferroviáriodo SIMEFRE e EduardoPacheco, da ConfederaçãoNacional dos Trabalhadoresem Transporte.

RECURSOS DACIDE NÃO ESTÃO

GARANTIDOS

N R

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TRANSPORTE E INCLUSÃO SOCIAL

No pré-lançamento, Nazareno Affonso apresenta as teses do MDT

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