Jornal AEAMESP - edição 08

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PÁGINA 1 JORNAL AEAMESP N o 8 – PRIMAVERA DE 2005 JORNAL AEAMESP NÚMERO 8, PRIMAVERA DE 2005 PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL DA AEAMESP – ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS EARQUITETOS DE METRÔ E O QUE NOS ENSINA A 11 a SEMANA O OPINIÃO DA DIRETORIA DA AEAMESP [email protected] V D AEAMESP ELEGE DELEGADO À 2 a CONFERÊNCIA DAS CIDADES ntre outros pontos, as discussões desta 11 a Semana reafirmaram que os sistemas sobre trilhos são bons investimentos, que trazem consideráveis benefícios sociais e econômicos. Trata-se de soluções benéficas e atrativas para todo e qualquer administrador público que esteja preocupado em oferecer mais sem deixar de racionalizar os recursos disponíveis. Isso porque, incontestavelmente, enquanto servem à população, ajudam a reduzir a poluição, os congestionamentos e os acidentes (bem como os custos que essas externalidades acarretam), e – com tempo, utilizando mecanismos jurídicos já existentes – trazem também retorno financeiro para o Tesouro. Diante de tais vantagens, não se pode deixar de notar que vivemos em uma época de contradições, na qual somente em São Paulo temos o avanço das obras de expansão do Metrô e de renovação da CPTM, e no restante do País, há a quase estagnação dos sistemas sobre trilhos. ebatemos nesta 11 a Semana formas de obtenção de recursos e, mais uma vez, constatamos que esses recursos existem, porém, sua disponibilização tem sido sempre muito complicada. E quanto a isso, deparamo-nos com mais contradições: os recursos da CIDE, em vez de melhorar a infra-estrutura de transporte urbano e a inclusão social, servem para aumentar o superávit fiscal – emprestamos recursos para outros países enquanto temos imensa dificuldade de conseguir financiamentos para os nossos sistemas. Com isso, fica um claro sinal: é preciso perseverar na busca de estratégias e em ações firmes, que nos ajudem a fazer com que os recursos cheguem de fato ao setor (ou seja, à população) mais rapidamente e em maior quantidade utro aspecto que ficou claro nos quatro dias é que a sustentabilidade das metrópoles depende da reordenação do espaço urbano de forma integrada com a ampliação e qualificação do transporte público. Somente assim, poderemos conquistar a inclusão social e qualidade de vida para a população desses grandes aglomerados urbanos. Nesse quadro, é mais do que evidente que a implantação e manutenção do transporte público metroferroviário, por meio de projetos bem estruturados e fundamentados, é crucial para a racionalização da mobilidade nas grandes cidades. erificamos ainda que é imprescindível uma gestão metropolitana e a integração física e tarifária, para que se tenha uma maior racionalização, com reflexos na melhoria e na eficiência dos sistemas. Com a 11 a Semana, aumentamos a nossa sinergia e o número de aliados, plantamos sementes que necessitam ser regadas e adubadas, mas com certeza crescemos. Os quatro dias foram muito produtivos, restando a certeza de que essas conclusões nos permitirão, tecnicamente, como profissionais; institucionalmente, como associados desta e de outras entidades do setor, e politicamente, como cidadãos, ajudar a concatenar e a colocar em prática ações que nos tragam soluções efetivas – imediatamente, mas também em médio e longo prazo. presidente da AEAMESP, Manoel da Silva Ferreira Filho, foi designado um dos 221 delegados paulistas à 2 a Conferência Nacional das Cidades, nos dias 30 de novembro e 1, 2 e 3 de dezembro de 2005, em Brasília, no segmento que congrega Entidades Profissionais, Acadêmicas e de Pesquisa. O suplente da AEAMESP será o vice-presidente de Atividades Técnicas, Jayme Domingo F o . O processo de definição dos delegados estaduais paulistas foi concluído nos dias 16 e 17 de setembro de 2005, quando da Conferência Estadual, que reuniu 1.500 delegados e foi realizada no Memorial da América Latina, na capital, ocasião em que foram validadas as Conferências Municipais realizadas em 267 cidades. O lema da 2 a Conferência Nacional das Cidades é Reforma Urbana: Cidade para Todos. O encontro dá seguimento a um processo iniciado há dois anos, quando se realizou a 1 a Conferência e se criou o Conselho das Cidades (ConCidades), empossado em 2004. Desde então, o tema vem sendo discutido em todo o País e as propostas recolhidas têm sido sistematizadas servindo de base para a formulação da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU). MODELO. Membro do Conselho Estadual de Cidades, Laerte Mathias, integrante da direção do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo e associado de primeira hora da AEAMESP, informou que no processo de estruturação da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano, está sendo discutida a criação do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social e de seu conselho gestor, modelo que deve ser desdobrado para os níveis estadual e municipal e também para outras áreas, como a de transporte público. A idéia é buscar que a parcela da Cide que cabe ao governo federal passe a integrar esse fundo, impulsionando investimentos no setor de transporte público urbano. Ainda segundo Laerte Mathias, outros temas em pauta no processo de discussão da 2 a Conferência Nacional das Cidades têm sido a adoção de combustíveis limpos – incluive, alternativos – e o fim da tarifa horo-sazonal, que penaliza os grandes sistemas estruturantes sobre trilhos nos horários de pico. O Obra em túnel da Linha 2-Verde

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Jornal com notícias importantes sobre a comunidade metroferroviária brasileira

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PÁGINA 1JORNAL AEAMESP No 8 – PRIMAVERA DE 2005

JORNALAEAMESP

NÚMERO 8, PRIMAVERA DE 2005

PUBLICAÇÃOTRIMESTRALDA AEAMESP –ASSOCIAÇÃODOS ENGENHEIROSEARQUITETOSDE METRÔE

O QUE NOS ENSINA A 11a SEMANA

O

OPINIÃO DA DIRETORIA DA [email protected]

V

D

AEAMESP ELEGE DELEGADO À2a

CONFERÊNCIA DAS CIDADES

ntre outros pontos, asdiscussões desta11a Semana

reafirmaram que os sistemassobre trilhos são bonsinvestimentos, que trazemconsideráveis benefícios sociaise econômicos. Trata-se desoluções benéficas e atrativaspara todo e qualqueradministrador público que estejapreocupado em oferecer maissem deixar de racionalizar osrecursos disponíveis. Issoporque, incontestavelmente,enquanto servem à população,ajudam a reduzir a poluição, oscongestionamentos e osacidentes (bem como os custosque essas externalidadesacarretam), e – com tempo,utilizando mecanismos jurídicosjá existentes – trazem tambémretorno financeiro para oTesouro. Diante de taisvantagens, não se pode deixarde notar que vivemos em umaépoca de contradições, na qualsomente em São Paulo temos oavanço das obras de expansãodo Metrô e de renovação daCPTM, e no restante do País,há a quase estagnação dossistemas sobre trilhos.

ebatemos nesta11aSemana formas deobtenção de recursos

e, mais uma vez, constatamosque esses recursos existem,porém, sua disponibilização temsido sempre muito complicada.E quanto a isso, deparamo-noscom mais contradições: osrecursos da CIDE, em vez demelhorar a infra-estrutura detransporte urbano e a inclusãosocial, servem para aumentar osuperávit fiscal – emprestamosrecursos para outros paísesenquanto temos imensadificuldade de conseguirfinanciamentos para os nossossistemas. Com isso, fica umclaro sinal: é preciso perseverarna busca de estratégias e emações firmes, que nos ajudem afazer com que os recursoscheguem de fato ao setor (ouseja, à população) maisrapidamente e em maiorquantidade

utro aspecto queficou claro nos quatrodias é que a

sustentabilidade das metrópolesdepende da reordenação doespaço urbano de forma

integrada com a ampliação equalificação do transportepúblico. Somente assim,poderemos conquistar ainclusão social e qualidade devida para a população dessesgrandes aglomerados urbanos.Nesse quadro, é mais do queevidente que a implantação emanutenção do transportepúblico metroferroviário, pormeio de projetos bemestruturados e fundamentados,é crucial para a racionalizaçãoda mobilidade nas grandescidades.

erificamos ainda que éimprescindível umagestão metropolitana e

a integração física e tarifária,para que se tenha uma maiorracionalização, com reflexos namelhoria e na eficiência dossistemas. Com a 11a Semana,aumentamos a nossa sinergia eo número de aliados, plantamossementes que necessitam serregadas e adubadas, mas comcerteza crescemos. Os quatrodias foram muito produtivos,restando a certeza de queessas conclusões nospermitirão, tecnicamente, comoprofissionais; institucionalmente,como associados desta e deoutras entidades do setor, epoliticamente, como cidadãos,ajudar a concatenar e a colocarem prática ações que nostragam soluções efetivas –imediatamente, mas tambémem médio e longo prazo.

presidente daAEAMESP, Manoel daSilva Ferreira Filho, foi

designado um dos 221delegados paulistas à2a Conferência Nacional dasCidades, nos dias 30 denovembro e 1, 2 e 3 dedezembro de 2005, em Brasília,no segmento que congregaEntidades Profissionais,Acadêmicas e de Pesquisa. Osuplente da AEAMESP será ovice-presidente de AtividadesTécnicas, Jayme Domingo Fo.

O processo de definição dosdelegados estaduais paulistasfoi concluído nos dias 16 e 17de setembro de 2005, quandoda Conferência Estadual, quereuniu 1.500 delegados e foirealizada no Memorial daAmérica Latina, na capital,ocasião em que foram validadasas Conferências Municipaisrealizadas em 267 cidades.

O lema da 2a ConferênciaNacional das Cidades éReforma Urbana: Cidade paraTodos. O encontro dá

seguimento a um processoiniciado há dois anos, quandose realizou a 1a Conferência ese criou o Conselho dasCidades (ConCidades),empossado em 2004. Desdeentão, o tema vem sendodiscutido em todo o País e aspropostas recolhidas têm sidosistematizadas servindo de basepara a formulação da PolíticaNacional de DesenvolvimentoUrbano (PNDU).

MODELO. Membro doConselho Estadual de Cidades,Laerte Mathias, integrante dadireção do Sindicato dosEngenheiros do Estado de SãoPaulo e associado de primeirahora da AEAMESP, informouque no processo deestruturação da PolíticaNacional de DesenvolvimentoUrbano, está sendo discutida acriação do Fundo Nacional deHabitação de Interesse Social ede seu conselho gestor, modeloque deve ser desdobrado paraos níveis estadual e municipal e

também para outras áreas,como a de transportepúblico.

A idéia é buscar que aparcela da Cide que cabeao governo federal passe aintegrar esse fundo,impulsionandoinvestimentos no setor detransporte público urbano.

Ainda segundo LaerteMathias, outros temas empauta no processo dediscussão da 2a

Conferência Nacional dasCidades têm sido a adoçãode combustíveis limpos –incluive, alternativos – e ofim da tarifa horo-sazonal,que penaliza os grandessistemas estruturantessobre trilhos nos horáriosde pico.OObra em túnelda Linha 2-Verde

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PÁGINA 2 JORNAL AEAMESP NO 8 – PRIMAVERA DE 2005

é uma publicação da Associação dos Engenheiros eArquitetos de Metrô – AEAMESP, Rua do Paraíso, 67,

2o andar, 041103-000, São Paulo-SP, telefone (11)3287-4565, fax (11)3285-4509. DiretoriaExecutiva – Presidente: Manoel da Silva Ferreira Filho. Vice-Presidentes: Ayres Rodrigues Gonçalves(Assuntos Associativos) e Jayme Domingo Filho (Atividades Técnicas). 1o Diretor Tesoureiro:Sergio Henrique da Silva Neves. 2o Diretor Tesoureiro: Antonio Marcio Barros Silva. 1o DiretorSecretário: Antonio Luciano Videira Costa. 2o Diretor Secretário: Carlos Augusto Rossi. ConselhoDeliberativo – Eduardo Curiati, Nestor Soares Tupinambá, José Carlos Ganzarolli, Mario Gallo,Argimiro Alvarez Ferreira, Maria Beatriz Pestana Barbosa, José Alberto Horta Pimenta, LuizRoberto Hiroshi Narata, Roberto Torres Rodrigues, Yoshihide Uemura, Paulo Donini, AntonioFioravanti (titulares) Carlos Wanderley Alves Carneiro, Marcos Camelo Barbosa, Nelson Fernandesda Silva Filho, Luis Guilherme Kolle (suplentes). Conselho Fiscal – José Istenes Eses Filho,Manoel Santiago da Silva Leite, Ivan Finimundi (titulares) Celso Franco Porto Alegre, AntonioGarcia de Medeiros e Francisco Maria Baptista (suplentes). Conselho Consultivo. EmilianoAffonso, José Ricardo Fazzole Ferreire, Luiz Felipe Pacheco de Araujo, Laerte Conceição Mathiase Luiz Carlos de Alcântara. Jornalista Responsável: Alexandre Asquini (MTb 28.624).

JORNAL AEAMESP

NOTÍCIASINFORMAÇÃO

FE Aurante a 11a Semana,houve o lançamento domanual Capacidade do

Transporte Urbano dePassageiros sobre Trilhos,produzido por técnicos do Metrô-SP para disponibilizar às demaisoperadoras o conhecimento daspráticas e metodologias deestudo adotadas na operação dosistema paulistano.

O trabalho foi desenvolvidotendo como referência o manualTransit Capacity and QualityService, da federal TrânsitAdministration (FTA), órgão dogoverno dos EUA , e fundamenta-se nos conhecimentosacumulados por técnicos daoperação do Metrô-SP. Seiscapítulos compõem o manual:Fundamentos, Sinalização eControle de Trens, Tempo deParada nas Estações, Nível deConforto, Aspectos Operacionais eCapacidade de SistemasSegregados.

ASPECTOS. De acordo comos organizadores, os trêsprincipais componentes queinfluenciam na capacidade detransporte dos sistemas –sinalização e controle de trem,tempo de parada nas estações enível de conforto – são abordadosno manual, bem como outrosaspectos operacionais queafetam diretamente aqueles trêscomponentes.

A publicação demonstra,também, que o cálculo dacapacidade de transporte depassageiros em sistemas detransporte de massa éfundamental para o seu sucesso,tanto na fase de projeto como,principalmente, na fase deoperação.

Mostra ainda que, numsistema segregado, os padrõesde conforto e segurançaestabelecidos para a operação,além de dependerem dos limitesfísicos das instalações, dosequipamentos e do materialrodante, dependem também dedecisão administrativa.

Os padrões do serviçodevem, acima de tudo, refletir umaposição da alta administração daempresa, uma vez que sãodeterminantes na inserção doserviço prestado no mercado detransporte da região que elaatende. Os padrões surgemcomo resposta à seguintepergunta: Que tipo de serviço serácolocado no mercado?

ComissãoMetroferroviária daANTP vai realizar na

primeira semana de abril de2006 o 6o SeminárioMetroferroviário, no Rio de

Janeiro. Ainformaçãofoi prestadapelo diretordeOperação eManutençãoda CPTM e

membro daquela comissãotécnica, o engenheiro JoséLuís Lavorente (foto).

EM NOVEMBRO. Emnovembro de 2005, tambémhouve atividades. De 7 a 9 denovembro, foram realizadosem Recife, tendo comoanfitrião o Metrorec, a 69a

Reunião da ComissãoMetroferroviária e o IIEncontro sobre Manutenção –este evento contou com oapoio da AssociaçãoBrasileira de Manutenção(Abraman).

Também na capitalpernambucana, no dia 9 denovembro, foi realizada umareunião com o objetivo depromover a formação de umGrupo de Trabalho deOperação da ComissãoMetroferroviária da ANTP, queterá como temaspreliminarmenteestabelecidos: Terceirizaçãodos serviços; Comercializaçãoatravés de máquinas, nasáreas pagas das estações;Venda automática de bilhetes;Sistema de arrecadação;Comunicação especial paradeficientes visuais; escalas deserviço.

ATUALIDADE. José LuísLavorente considerou o temada 11a Semana – O Metrô e a

oi divulgado emoutubro o resultado doConcurso de

Monografia CBTU 2005 - ACidade nos Trilhos, com o temaTransporte metroferroviário,mobilidade e desenvolvimentourbano. O objetivo do concursoé estimular a pesquisa na áreade transporte público urbano,reconhecendo os trabalhos dequalidade técnica e deaplicabilidade no setor detransporte.

Os premiados foram osseguintes: 1o lugar - EstaçãoIntermodal como Gerador deCentralidades Metropolitanas:o nó metroferroviário da Luz,de Lourenço UrbanoGimenes; 2o lugar - ArticulaçãodoTransporte - Desenvolvimento:Elementos Conceituais e Estudode Caso, de Ronald ColmanPamphile; 3o lugar - ProcedimentoBaseado nas Centralidades paraIntegrar o Sistema Metroferroviárioe o Desenvolvimento Urbano, deJorge Augusto MartinsGonçalves e Licinio da SilvaPortugal; 4o lugar - A Estrada deFerro Mauá: O Trem deDesenvolvimento Urbano deMagé, de Isabel Cristina dosReis Lima e Silva e Raul CahetLisboa, e 5o lugar - Conflitos eRupturas em Torno doTransporte Urbano: A Geo-História dos Trilhos comoIndutor da Urbanização no Brasilno Século XX, de Amélia Mariada Costa Silva.

MENÇÕES. Receberammenções honrosas:Desenvolvimento Tecnológicona Modernização do TransporteMetropolitano de Passageiros,de Raphael Kling David; OsTransportes sobre Trilhos naRegião Metropolitana de SãoPaulo: O Poder PúblicoAcentuando a Desigualdade, deFlávio Villaça e Silvana MariaZione e O Retorno do Bonde:Análise da Implantação deNovas Redes de TransporteUrbano sobre Trilhos na França,de Maria Beatriz Almeida Cunhade Castro.

NOVO. O site da CBTU játraz as condições para asinscrições para 2o Concurso deMonografia CBTU 2006 - ACidade nos trilhos http://www.cbtu.gov.br/publicacoes/concurso/concurso.htm

COMISSÃO METROFERROVIÁRIA ANUNCIAEVENTOS E CRIA NOVO GRUPO DE TRABALHO

Ferrovia para o desenvolvimentosustentável nas metrópoles –"absolutamente necessário eatual".

Ele entende que ocrescimento desordenado dasgrandes cidades, sem a infra-estrutura necessária, temprovocado a queda brutal daqualidade de vida dos seushabitantes."Promovertransporte ambientalmentesustentável é o grandedesafio que nos compete",frisou.

Lavorente defendeu ossistemas sobre trilhos. "Paraos corredores estruturais degrande demanda em nossasmetrópoles, as redes sobretrilhos são, certamente, ossistemas mais apropriados,não só em termos dequalidade, oferta, resistênciae segurança e com respeitoao meio ambiente, mastambém pelo impulso queimprimem na revitalizaçãourbana e na renovação deseu entorno".

Segundo o diretor daCPTM, do ponto de vistaeconômico, os sistemas sobretrilhos, quando analisadospelo seu ciclo de vida, são osmais econômicos e de menorcusto por passageirotransportado, além deconstituir em soluções sólidase definitivas. Frisando que otema foi abordado em váriaspalestras, assinala que oBNDES, o grande banco defomento do Brasil, já estáconvencido disso.

"Se vocês me permitemuma metáfora, não adianta vera foto, tem que ver o filme",disse, acrescentando: "Nofilme, o sistema sobre trilhosse mostra mais atrativo evantajoso para grandes redesestruturais de altacapacidade".

CBTU PREMIAMONOGRAFIAS

UM MANUAL SOBRECAPACIDADE DEMETRÔS E TRENS

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11a SEMANA DE TECNOLOGIA METRO-FERROVIÁRIA

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ATO COMEMORA OS QUINZE ANOS DE ATIVIDADES DA AEAMESP

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m ato ao final doprimeiro dia da 11aSemana de Tecnologia

Metroferroviária marcou ascomemorações do décimoquinto aniversário daAEAMESP.

Em seu pronunciamento deabertura dos trabalhos, opresidente Manoel da SilvaFerreira Filho assinalou aimportância técnica e políticada AEAMESP. "NossaAssociação está, por assimdizer, saindo da adolescência,com a maturidade e acredibilidade de umaorganização responsável,adulta, capaz de externar seuspontos de vista sobre temascruciais do nosso setor e quesão igualmente relevantes paraa toda a sociedade e para oPaís".

Ele ressaltou que, em todosestes anos, a AEAMESP temconseguido estabelecer metas,definir as ações e agir paraalcançá-las, e, dessa forma,tem atuado de forma decisivapara o fortalecimento e odesenvolvimento técnico e

urante acomemoração dodécimo quinto

aniversário da AEAMESP, noinício da 11a Semana deTecnologia Metroferroviária,houve a assinatura doconvênio entre a AEAMESP e

AssociaçãodosEngenheirosda Estradade FerroSantos-Jundiaí(AEEFSJ),esta

representada por seupresidente, Adelson MartinsPortela (foto). "Este convênioreforça a aproximação dosprofissionais do setor metro-ferroviário de São Paulo, ematividades técnicas, sociais eesportivas", afirmou opresidente da AEAMESP,Manoel da Silva Ferreira Filho.

tecnológico bem como napromoção dos profissionais donosso setor, compromisso quea atual gestão reafirma.

Manoel disse ser motivode orgulho para toda aDiretoria estar à frente daAEAMESP num momento tãoimportante como este. "Mas épreciso assinalar que é grandetambém a nossaresponsabilidade quanto aassegurar e expandir asconquistas obtidas por nossoscompanheiros em gestõesanteriores. Sentimo-nos fortespara isso, tanto mais porquetemos a certeza de semprepoder contar com o apoio detodos os senhores, que são aAEAMESP", frisou.

PRIMEIROS PASSOS. Noencerramento da 11a Semanade Tecnologia, Laerte Mathiasvoltou ao tema dos 15 anosda AEAMESP para resgatar osmomentos que antecederamcriação da entidade. Disseque em junho de 1990, foiconstituída a ComissãoOrganizadora Pró Fundação

da AEAMESP, com aparticipação, entre outros, deJosé Carlos Ganzaroli, RicardoFazzole, Ivan Generoso, quese achavam presentes a 11aSemana de Tecnologia.

"Em 14 de setembro de1990, nós fundamos aAEAMESP e, em 1994,

implementamos a primeiraedição da Semana deTecnologia, apoiada peloSindicato dos Engenheiros,que aportou recursos queviabilizariam aquela iniciativa,e apoiada também peloInstituto de Engenharia, quenos cedeu o seu auditório".

AEAMESP AJUDARÁ DEPUTADOS A ACERTAR MAISNAS VOTAÇÕES TÉCNICAS, DIZ RODRIGO GARCIA

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AssembléiaLegislativa do Estadode São Paulo terá o

apoio técnico dosengenheiros e arquitetos demetrô, por meio de umainteração institucional,transparente e pública comesse setor, para que, nosmomentos das decisões dosdeputados, possa dispor deinformação com respaldo

técnicoparaacertarmais eerrarmenos.

Assimse resume

o entendimento do presidentedo legislativo paulista,deputado estadual RodrigoGarcia (foto), sobre oprotocolo de intençõesfirmado pela AEAMESP epela Assembléia Legislativa,na sessão de abertura da 11aSemana.

Pelo acordo, as duas

organizações secomprometem a desenvolverestudos sobre apossibilidade deintercâmbio, integração ecooperação técnica, visandoà análise e sugestão deproposições legislativasrelativas a assuntos deinteresse público e do setorrepresentado pela entidade,assuntos relativos aostransportes metropolitanos,além de outros que visem aoaprimoramento dolegislativo. Assinaram odocumento, representando aAssembléia Legislativa,Rodrigo Garcia e também odeputado Fausto Figueira,primeiro secretário.

INTERATIVIDADE. "Esteacordo propiciará maiorinteratividade nas questõesdo transporte público, entreo legislativo e a entidade,visando à análise esugestão de propostarelativas a assuntos de

interesse público e do setor",disse o presidente ManoelFerreira, que assinou odocumento comorepresentante da AEAMESP.

SIGNIFICADO. Osecretário de TransportesMetropolitanos, JurandirFernandes (foto), também fezreferência ao acordo e àparticipação do presidente e

do primeirosecretário daAssembléiaLegislativano evento daAEAMESP.Disse quetodos se

sentiam muito honrados coma presença dos dirigentes dolegislativo estadual,acentuando: "Isso é paratodos motivo de muitasegurança, porque por aquelaCasa passam projetos demuita importância para toda apopulação", sublinhou osecretário.

UM CONVÊNIOCOM A ASSOCIAÇÃODE ENGENHEIROS DAESTRADA DE FERROSANTOS A JUNDIAÍ

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Dirigentes se confraternizam diante do bolo de 15 anos da AEAMESP

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METRÔ E TRENS URBANOS NADO DESENVOLVIMENTO SUSTE

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11a SEMANA DE TECNOLOGIA ME

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o período de 20 a 23de setembro de 2005,em São Paulo, a

AEAMESP realizou sua 11a

Semana de TecnologiaMetroferroviária, atraindo1.100 participantes, entrerepresentantes dasoperadoras, fabricantes,projetistas, construtores,fornecedores de equipamento,bem como especialistasnacionais e internacionais,além de representantes doMinistério das Cidades, doBNDES e de SecretáriasEstaduais e Municipais.

Houve a apresentação de36 trabalhos técnicos além deseis debates técnicos,e cincopainéis temáticos, com aparticipação de 49debatedores, abordando deforma aberta temas deinteresse do setormetroferroviário.

SOLUÇÕES. A propostadesta 11a Semana deTecnologia foi promover odebate de temas agudos paradelinear soluções possíveis e,de imediato, empreender umesforço para fazer com queestas soluções sejamcompreendidas, aceitas eimplementadas – sempredentro do entendimento deque o metrô e as ferroviasestão na rota dodesenvolvimento sustentáveldas metrópoles.

As contribuições doprimeiro dia vieram com aapresentação de MariaAntônia Garcia San Andrés,responsável pela Manutençãodo Material Rodante do Metrôde Madri, representandoAurelio Rojo Garrido,secretário-geral da Alamys eDiretor de Operações doMetrô de Madri, que fez umrelato a respeito da estrutura edos procedimentos demanutenção naquele sistema.

O sociólogo e professorGilberto Dupas, daUniversidade de São Paulo,expôs aspectos econômicos esociais do drama da exclusãosocial nos principais centrosbrasileiros. Um texto assinadopor ele, com o exato teor dapalestra que fez na 11aSemana foi publicado naseção Tendências&Debates,

da Folha de S. Paulo, e podeser lido no site da AEAMESP(www.aeamesp.org.br).

CUSTOS. Os debates dosegundo dia levaram àconstatação de que o metrônão é caro, exatamenteporque sua implantação nãosignifica um gasto, mas, sim,um investimento, que, alémde impulsionareconomicamente asmetrópoles e trazer melhoriade qualidade de vida para apopulação, também acarretaefetivo retorno financeiro paraos três níveis de governo.

Divulgar esseentendimento, fazendo comque seja encampado porlíderes de opinião e poraqueles que detêm o poderde decidir sobre políticaspúblicas, é um passo políticofundamental para que secriem facilidades para novosinvestimentos em transportespúblicos, sobretudo, emsistemas estruturantes sobretrilhos.

No painel Transporte,Meio Ambiente eDesenvolvimentoSustentável, foramapresentados os altos custosdecorrentes da poluiçãogerada pela opção pelamobilidade centrada nosautomóveis e seus efeitos nadiminuição do nosso tempo

de vida. A direção daAEAMESP frisa que aEntidade saiu desse debatecom o compromisso de juntarforças com a Secretária doMeio Ambiente, a companhiaambiental paulista – Cetesb –,e com professor Paulo HilárioNascimento Saldiva, daFaculdade de Medicina daUSP para o desenvolvimentode ações conjuntas.

AMPLIAR. No terceiro diados trabalhos, houveaproximação com setorimobiliário e firmou-se um outrocompromisso: buscaralternativas para maximizar opotencial dos nossos sistemase com isso aumentarmos asreceitas não operacionais e osbenefícios para a cidade.

Também se chegou àconclusão de que não podehaver planejamento dotransporte feito de modosetorial, desvinculado doplanejamento e do uso eocupação do solo.

E, num debate comrepresentantes da comunidadeda Freguesia do Ó, daAssociação Comercial doIpiranga e do Rotary, ficouevidenciado o caminho paraampliação da sinergia com asociedade civil e para oestreitamento de laços, para ocrescimento de nossossistemas.

SEMANA DE TECNOLOGIA AGORA m seupronunciamento naabertura da 11a

Semana de TecnologiaMetroferroviária, o presidenteda AEAMESP, Manoel daSilva Ferreira Filho, chamoua atenção para o fato de queo evento passou a focalizar atecnologia metroferroviária, enão mais metroviária. "Issopor entendermos que nossosdebates abrangem todo otransporte sobre trilhos nasregiões metropolitanas – eque, portanto, dizem respeitonão apenas a metrôs, mas,também, aos trensmetropolitanos, já queambos são fundamentaispara a reordenação e

racionalização do transportepúblico".

FELIZ. O presidente daCPTM, Mário Bandeira(foto),

disse estarfeliz pelofato de, pelaprimeiravez, CTPMter seintegradodessa forma

aos debates da AEAMESP."Já não era sem tempo. ACPTM não poderia ficar foradas Semana de Tecnologia,uma vez que o metrô e aferrovia compõem umsistema único praticamente,pois são integrados física e

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a11a Semana deTecnologia, osecretário de Transportes

Metropolitanos do Estado de SãoPaulo, Jurandir Fernandes,mostrou e criticou um conjunto depráticas persistentes, as quaisdificultam projetos que ampliam equalificam a mobilidade urbana.

"É importante que as grandeslinhas de financiamento nestePaís sejam mais coerentes",disse, assinalando o impasse como BNDES, com a negativa deliberação de recursos para novaslinhas do Metrô-SP.

Ele se referiu também aalguns custos de insumos, como aenergia de tração, gravada pelahoro-sazonalidade. "Trata-se deabsurdo, que nós nãoconseguimos resolver".

Assinalou que há mais de umano o setor discute o tratamentodiferenciado para o diesel usadono transporte público sobre pneuse, em setembro, houve reajustenos derivados de petróleo,cabendo ao diesel acréscimomaior do que o da gasolina. E sequeixou de que o setor é tambémfortemente tributado.

Criticou o fato de não haveruma definição clara de quem sãoos beneficiários das políticas degratuidades e, principalmente, asfontes de custeio dessesbenefícios. Ele criticou apossibilidade de haver práticascomo a de pessoas oficialmenteincapacitadas para o trabalho que,não obstante, conseguememprego registrado em carteira equerem os dois benefícios: agratuidade e o vale-transporte.

O secretário se referiu à"indústria de liminares", que atribuia um mercado "autofágico,predador, que se mata". Segundoexplicou, a Justiça recebe umpedido e concede uma liminar em24 horas, e vai examinar o temadepois de 40 ou 50 dias, e,enquanto isso, tudo se paralisa,gerando custos; a população estálá aguardando, e os excluídoscontinuam andando a pé!"

Ele criticou o andamento dosprocessos ambientais, os quaisnão podem ser antecipados paraagilizar a implantação da obra."Ninguém é contra essesprocedimentos, nem quer passarpor cima deles. Mas é preciso queos aparelhos de estado que tratamdessa matéria se modernizempara dar respostas rápidas".

JURANDIR CRITICAENTRAVES A PROJETOS

QUE AMPLIAMMOBILIDADE URBANA

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NOS NA ROTASUSTENTADO

CNOLOGIA METRO-FERROVIÁRIA

ÚLTIMO DIA. No último diade atividades da 11a Semana deTecnologia, ficou evidenciadoque, com empenho, inovação eboa vontade, é possível colherfrutos. Um dos exemplos foi oda CPTM, que, por intermédioda Companhia Paulista deParcerias, desenvolveu umconvênio com base emmodelagem de securitização dereceitas, de modo que possacaptar recursos financeiros nomercado pagando com a ofertafutura de passageiros.

Os debates apontaram atambém ser necessárioconstruir políticas de transporteque levem em consideração osefetivos custos dedeslocamentos e que muito háque se fazer para que otransporte público tenha aefetiva prioridade. Será precisouma mobilização do setor paraque as barreiras que dificultamos financiamentos sejamderrubadas e que os recursoscativos fluam para o setor.

Também a Semana mostrouque, se houver vontade política,os sistemas metro-ferroviáriospodem cresces e dar frutos,como está acontecendo em SãoPaulo, cujo governo estadualtem priorizado o setor e foimostrado pelo secretárioJurandir Fernandes, pelo diretorde Engenharia do Metrô de SP,Sergio Salvadori, e porrepresentante da CPTM.

.

AGORA DEBATE OS DOIS SISTEMAS SOBRE TRILHOStarifariamente. Na realidade,são complementares, e nãoexcludentes", frisou.

CONTRIBUIÇÃO.Representando a SecretariaNacional de Mobilidade eTransporte Urbano doMinistério das Cidades,Renato Boareto(foto) disse tervindo com muita vontade de

participarda 11a

Semana deTecnologia."Issoporque aAEAMESPtem se

constituído em verdadeirareferência na discussão

sobre sistemasmetroferroviários no Brasil etambém na América Latina,com toda sua competência ecom todo o conhecimentoacumulado dos profissionaisque integram o Metrô deSão Paulo e agora tambéma CPTM".

EXPANDIR. Boaretoapontou o que consideraoutro desafio para ostécnicos do setor: colocartodo o conhecimento que oBrasil produz à disposiçãoda população, visandoprincipalmente à reduçãode custos de deslocamento.

Ele disse ser precisoque toda a discussão e

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reflexão se expanda paraalém do setor de transportepúblico, alcançando umpúblico mais amplo.

"A sociedade brasileiraprecisa ter muitaconsciência do modelo demobilidade adotado nosmaiores centros brasileiros equais são os seus efeitossobre a população, emtermos de custos, deacidentes, de poluição, emtermos de perdas de vidashumanas, e esseconhecimento, esse desafiode mudança dessa políticade mobilidade e deconstrução dessa políticainclusiva que contribua paraa cidade sustentável".

A 12ª Semana deTecnologia Metroferroviáriae a exposição de produtos eserviços a ela associada, aMetroferr, serão realizadasem de setembro de 2006,

também no Centro deConvenções do Shopping

Frei Caneca, em São Paulo.Em breve, será divulgado o

tema principal da 12ªSemana, a ser definido com

base nas sugestões queestaremos colhendo por

meio de manifestações nosite da AEAMESP.

Acompanhe pela Internet –www.aeamesp.org.br.

O PRÓXIMOENCONTRO,EM 2006

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Ingrid, viuva do companheiroLuís Gonçalves Clemente,engenheiro civil, coordenador doProjeto da Linha 2 –Verde, doMetrô-SP, homenageado nesta11a Semana de Tecnologia.

Maria Antônia Garcia San Andrés, responsável pelaManutenção do Material Rodante do Metrô de Madri,

recebe exemplar do Livro Dom Quixote.

Aspecto geral do ambiente da Metroferr 2005

Sérgio Salvadori e Manoel Ferreira

Gilberto Dupas

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PÁGINA 6 JORNAL AEAMESP NO 8 – PRIMAVERA DE 2005

11a SEMANA DE TECNOLOGIA METRO-FERROVIÁRIA

AO TODO, 36 TRABALHOS TÉCNICOS11a Semana deTecnologia possibilitoua apresentação de 36

trabalhos técnicos. Resumosdos conteúdos desses trabalhosforam reunidos em um cadernoespecífico, distribuído na pastado encontro, o que facilitou aosinscritos a escolha dos temas aacompanhar.

MATINAIS. As sessõesdestinadas à apresentação dostrabalhos técnicos aconteceramno período matutino. No dia 21de setembro, o público pôdepresenciar a apresentação deum trabalho sobre a avaliação doestado estrutural de vias sobrelastro, da CPTM, conformesistemática adotada naFaculdade de Engenharia Civilda Unicamp, ou assistir àexposição sobre estratégias derelacionamento com a populaçãono processo de expansão doMetrô em São Paulo, ou ainda,um trabalho sobre simulações detrens, focalizando métodos eferramentas para concepção delinhas metroviárias.

Os trabalhos apresentadosna segunda faixa horária dessedia estavam voltados paramanutenção da via permanente,monitoramento e medida deproteção ambiental em obrascivis no processo de expansãoda Linha 2 - Verde, em SãoPaulo, e uma palestra sobrepintura de peças de plásticoreforçado de uso em carrosmetroferroviários e que atendama requisitos internacionais decomportamento ao fogo.

Ainda no primeiro dia, houveapresentação de um trabalho arespeito da metodologia dereparo interno dostransformadores dassubestações retificadora naLinha 3 - Vermelha do Metrô deSão Paulo e um estudo sobremodelo de tratamento e deimplantação de gestão ambientalem áreas operativas do metrô.

SEGUNDO DIA. Comocontrolar e manter sob controleprocessos foi um dos temasdesenvolvidos na primeira etapade apresentação de trabalhostécnicos, no segundo dia deatividades. Houve tambémapresentação do projeto Vá deMetrô, de estimulo ao uso dometrô para atividades de lazer,cultura, turismo e diversão namaior cidade do País; umaexplanação sobre a correlaçãoentre o Plano Diretor doMunicípio de São Paulo e aspolíticas de transporte na RegiãoMetropolitana da capital paulista,e a apresentação de um trabalhosobre detecção de incêndio poraspiração e aplicações especiaispara metrôs.

Na segunda faixa,apresentou-se a metodologiapara negociação dos novoscontratos de energia elétricapara o Metrô de São Paulo eseus impactos operacionais,uma explanação sobre otratamento do eixo RangelPestana e Celso Garcia com umsistema de metrô leve e umaavaliação dos impactos urbanose sociais do metrô. Coube à

Siemens apresentar um estudosobre resinalização einteroperabilidade, comapresentação de exemplosinternacionais.

As apresentações dosegundo dia foram concluídascom quatro trabalhos. Um delesfocalizava a importância daqualidade de software emsegurança crítica, outro, o planoplurianual de investimentos emacessibilidade, elaborado peloMetrô-SP para atender ànecessidade imposta pelodecreto presidencial queregulamenta as leis deacessibilidade. Houve aindaapresentação de estudo sobre otema da mobilidade urbana esustentabilidade na bacia doGuarapiranga com aimplantação de sistemas detransporte, e uma explanação daAlstom com o título Manutençãoà distância – tecnologia em callcenter.

SESSÃO FINAL. No últimodia, houve apresentação dotrabalho Auto-suficiênciafinanceira para expansão erenovação do sistemametroviário, através damaximização das receitas não-tarifárias; Avaliação do AHP paraPriorização de Atuações emsistemas metroferroviários;Simulação digital do sistema de

tração elétrica: conceituação,métodos e evolução eDesenvolvimento comercial emestações de passageiros: aexperiência do terminalrodoviário Tietê em São Paulo.

Na segunda faixa,apresentou-se um estudo arespeito da otimização dosinvestimentos e redução doscustos operacionais dos metrôs,um estudo sobre o simuladorpara treinamento do Metrô deSão Paulo, um trabalhocontendo análise comparativaentre acionamento C.C. e C.A.em sistemas de tração, e oestudo Usuário cruzado: umademanda virtual.

O último conjunto detrabalhos da 11a Semana incluíaos estudos: Gestão CorporativaCPTM – foco na prestação deserviços do trem metropolitano;Os dimensionamentos preliminare final de um sistema de tração,e Influência do índicepluviométrico na vida útil demateriais de desgastes desistemas de freio por atrito e naperiodicidade das manutençõesde veículos ferroviários e outrosveículos. Representante daSiemens Energy Automationdo Brasil discorreu sobre otema IEC 61850 - Impactosna proteção deequipamentos deautomação.

a sessão deencerramento da11a Semana de

Tecnologia Metroferroviária, ocoordenador da ComissãoOrganizadora, EmilianoAffonso, agradeceu aosexpositores e patrocinadores –Alstom, Siemens, PhelpsDodge, Consórcio CamargoCorrêa/Andrade Gutierrez,Consórcio Via Amarela -Queiroz Galvão, OAS,Odebrecht, Nossa Caixa,Trends, Electrowatt, Gerb/Getzner, MC-Bauchemie,Kanaflex, CDM, IEME Brasil,

Ezalpha, Socicam e Tekhnites.Ele se referiu ao "apoio

imprescindível do Metrô deSão Paulo e da Secretaria dosTransportes Metropolitanos", àcolaboração do Sindicato dosEngenheiros do Estado de SãoPaulo e do CREA-SP, etambém ao apoio institucionalda ABIFER, da ANTP, doMinistério das Cidades, doInstituto de Engenharia e doSimefre.

PARTICIPANTES. Emilianofalou da dedicação de todos ospalestrantes, coordenadores

de sala, membros dacomissão organizadora,integrantes da comissão doconcurso da logomarca, alémda equipe da Technical Fairse associados e amigos "quenão pouparam esforços parafazer deste evento umsucesso".

Agradeceu ainda a ajuda

da equipe da própriaAEAMESP, funcionários,associados, conselheiros ediretores.

Por meio de carta no siteda AEAMESP(www.aeamesp.org.br), opresidente Manoel da SilvaFerreira Filho reitera osagradecimentos.

AEAMESP AGRADECE APARCEIROS E ASSOCIADOS

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Integrantes da Diretoria e da Equipe da AEAMESP

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PÁGINA 7JORNAL AEAMESP No 8 – PRIMAVERA DE 2005

AS PERSPECTIVAS DA INTEGRAÇÃOTARIFÁRIA ENTRE TRILHOS E PNEUS

O

A o participar em SãoPaulo da 3a ConferênciaRegional da Divisão

América Latina, da UniãoInternacional de TransportesPúblicos (DAL-UITP), a respeito

do tema RedesIntegradas deTransporte –evento realizadode 17 a 19 deoutubro de 2005–, o diretor dePlanejamento e

Expansão dos TransportesMetropolitanos do Metrô-SP,Renato Viegas, fez consideraçõessobre as perspectivas deintegração tarifária com aextensão do bilhete único dosistema sobre pneus para a redesobre trilhos na RegiãoMetropolitana de São Paulo.

Explicou inicialmente que,hoje, há um sistema de linhasintegradas, com tarifa única, umcartão com tarja magnética. Essesistema sobre trilhos temtransferência livre e independentedo tempo – tanto do metrô com opróprio metrô, quanto do metrôcom a ferrovia.

Os trilhos e os ônibus,principalmente os municipais, têmuma integração tarifada, utilizadapor apenas 3% dos usuários.Asgratuidades são dadas a idosos,escolares, desempregados,deficientes físicos e os subsídiossão para a operadora e oressarcimento é feito pelo Tesouro.

O Metrô-SP, pela Lei deResponsabilidade Fiscal, éobrigado a ter sua taxa decobertura positiva, garantindomais autonomia administrativa.

"Se receber qualquer subsídiopara o seu custeio – não parainvestimento –, deixa de ser'controlada', e passa a ser'dependente', e perde muito daautonomia administrativa, o quevai ter reflexos claros e evidentessobre a qualidade dos serviços".

FUTURO. Viegas explicouque a autoridade de transportena RMSP é múltipla. Otransporte é estadual no sistemasobre trilhos e nos ônibusintermunicipais, havendo aindaos sistemas municipais deônibus, com a participaçãosignificativa da Capital.

Num futuro próximo – adata anunciada é 28 denovembro de 2005 –, haverá aadoção do bilhete inteligenteem uso nos ônibus da Capitaltambém no sistema sobretrilhos. Essa medida foidefinida por meio de convêniojá firmado entre autoridadesestaduais e municipais do setor.

Em 19 de outubro de 2005,foi realizada audiência pública,para o lançamento, até o finalde 2005 ou início de 2006, doedital para concessão da Linha4, em construção. "Com essaconcessão, a transferêncialivre do sistema sobre trilhosterá que ter um ressarcimentoao concessionário", disse.

REDE ESTRUTURADA.Conforme o diretor do Metrô, a

extensão da bilhetagem para osistema sobre trilhos e aconcessão da Linha 4 levam aRMSP a ter, em futuro próximo,uma rede estruturada detransporte. "Em função dasnovas expansões que estamosfazendo, será criado umdesenho de rede. Teremos umcartão inteligente aindatrabalhando com créditos deviagem, mas teremos já umressarcimento ao concessionáriodo sistema sobre trilhos. Vamoster um uso difundido dessanossa integração tarifada deônibus e metrô, porque, com obilhete inteligente, todospassarão a se beneficiar de umatarifa que será menor do que asoma dos dois serviços".

O convênio entre autoridadesa partir da adoção do bilheteúnico, já assinado, vai determinarum acordo de rateio de receitas.Por outro lado, o governo doEstado já encaminhou àAssembléia Legislativa umprojeto de lei prevendo aorganização da RMSP.

POSSIBILIDADES. Comesse conjunto de tendências,segundo Viegas, abrem-sealgumas possibilidade, uma dasquais a de aplicação de tarifasdiferenciadas, o que é permitidopelo cartão inteligente. "Achofundamental essa possibilidade,porque considero que vamos serobrigados, com essa

complexidade da regiãometropolitana, a pensar muitomais nas alternativas de viagensque o usuário possa fazer, e nasalternativas que cada empresa,respeitadas suas características,terá que adotar para que hajaequilíbrio econômico. O bilheteinteligente possibilita essadiversidade, essa flexibilidade".

Viegas disse também serimportante pensar nesse bilhetecom a possibilidade transportarcrédito de viagem e trazertambém o porta-moedas. Fazparte do compromisso com oedital da concessão, como jáestá estabelecido no convêniocom o Município da Capital, quese caminhe para haver umaempresa independente dasoperadoras, realizando ostrabalhos de arrecadação.

INTEGRAÇÃO TOTAL. Odiretor do Metrô-SP disse aindaque, com a rede estruturada ecom o cartão inteligente, serápossível pensar numaintegração total, com rateio entreos modos.

Haverá um conhecimentomais preciso de todas asmovimentações e dos custos decada empresa, podendo ocorrera aplicação de tarifas própriaspara cada sistema ediversificadas.

Quanto às gratuidades,será possível garantir quesejam destinadas a quem defato necessita delas, e ossistemas de transporte sejamressarcidos pelo setor públicoresponsável pela concessãodaquele benefício.

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OBRAS RENOVAM INSTALAÇÕES DA ESTAÇÃO TIETÊ, DA LINHA 1 – AZUL

A Companhia doMetropolitano de SãoPaulo informou que até

o início deste mês de dezembro,estarão concluídas as obras derenovação das instalações daestação Tietê, da Linha 1- Azul,em operação há mais de 30 anos.Com a denominação de ProjetoRenova Tietê, contando comrecursos da ordem de R$370 mil,a iniciativa busca oferecer maisconforto e segurança dosusuários.

O conjunto de intervençõesinclui a recuperação do piso emgranito nas áreas de acesso emezanino da estação, até a linhade bloqueios, devolvendo o seutom original. Haverá a substituiçãodo piso em ladrilho hidráulico,junto aos acessos leste e oeste

da estação, por um modelo"intertravado", que além deatender às recomendações denormas técnicas propicia umaredução do nível demanutenção das peças deacabamento.

AMPLITUDE. Além deganhar piso novo após areforma, a estação Tietê ficarámais clara e com melhoriluminação.Todas as placas deamianto, material agressivo àsaúde durante manuseio emanutenção, utilizadasatualmente como elemento deacabamento nas paredes daestação, serão substituídas.

No lugar das placas deamianto, que apresentamirregularidades de difíceis

correções, o Metrô utilizará acromatização como técnica deacabamento. A estação ficarámais clara já que o efeito doconcreto em sua forma naturalserá reduzido.

Para o acabamento dasparedes laterais e do teto daestação serão utilizadas tintasem tons claros, gerando umasensação de maior amplitude eum ambiente mais agradável.

As bilheterias e a Sala deSupervisão Operacional (SSO)também receberão coresinternas novas. Junto àsbilheterias, serão instaladosnovos anunciadores de chamadade fila. Para aprimorar asegurança, o Metrô também farámodificações nas escadas fixase rolantes da estação Tietê.

As escadas fixas terão asextremidades dos degrauspintadas na cor amarela. Já osacessos às escadas rolantesganharão melhor iluminação,com o rebaixamento dasestruturas de suporte dasluminárias. As escadasreceberão novos adesivos depiso e a plaquetas amarelas nasmuretas próximas, commensagens de orientação dotipo Utilize o Corrimão.

As intervenções incluemainda a substituição dosportões de acesso, tratamentopaisagístico das áreas verdes,rebaixamento de guias comrampas e adequação de toda acomunicação visual deorientação de fluxo, bem como ainstalação de novos mapas.

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INFORMAÇÃO

Page 8: Jornal AEAMESP - edição 08

PÁGINA 8 JORNAL AEAMESP NO 8 – PRIMAVERA DE 2005

EM QUESTÃO

A REGRA DE DEMISSÕES NOMETRÔ TERÁ DE SER REVISTA?

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Movimento Nacionalpelo Direito aoTransporte Público

de Qualidade para Todos(MDT), de cuja direção aAEAMESP faz parte, estáelaborando e esperaaprovar ainda em novembrode 2005 um novo Manifesto,assinalando seus dois anosde luta.

Nesse documento, omvoimento denunciará aparalisia nas esferas federal eestadual quanto a soluçõespara a melhoria damobilidade urbana.

DESINTERESSE. OSecretariado do MDT entendeque tem havido desinteressedos governos em relação aosetor do transporte público,uma vez que os esforçospara viabilizar recursos,incluir investimentos no PPI ebaratear os serviços por meiode medidas diversas, comoleis, ações tributárias edesoneração, poucocaminharam.

Na verdade, observam-seações do governo federal nacontramão destes esforços,como o desvio dos recursosda CIDE e a sua nãoutilização no setor, adiminuição dos investimentosna CBTU e o aumento dopreço do diesel e daeletricidade usada na traçãode sistemas de transporte.

Já os governos estaduais– com algumas exceções –vêm se mantendo afastadosdessa questão.

AGRAVAMENTO. Para aslideranças do MDT, oadiamento de ações quepriorize o setor de transportepúblico traz comoconseqûëncias a ampliaçãode muitos dos gravesproblemas já enfrentadospelas cidades brasileiras:congestionamentos, grandenúmero de mortescausadaspela poluição e pelotrânsito e o recrudecimentoda exclusão social, quepermanece em patamaresinaceitáveis.

MDT DENUNCIARÁFALTA DE AÇÃO DEGOVERNOS SOBRE

MOBILIDADE URBANA

Oma decisão tomadaem agosto peloSupremo Tribunal

Federal (STF), a instânciamáxima do Poder Judiciário,modifica interpretação feitapelo Tribunal Superior doTrabalho (TST) quanto àseguinte questão:aposentadoria espontâneaextingue o contrato detrabalho?. O TST dizia quesim e o STF diz, agora, quenão.

O rompimento do vínculofoi o elemento justificativo deum grande número dedemissões no Metrô-SP nofinal de 2003.

TST interpretou quea aposentadoria peloINSS acarretaria de

forma automática orompimento do vínculoempregatício. Dessa forma,um funcionário aposentadonão poderia continuartrabalhando numa empresa

estatal como o Metrô-SP, jáque qualquer emprego públicode carreira só pode serpreenchido medianteconcurso.

Engenheiros e arquitetosdo Metro-SP demitidos nofinal de 2003 disseram aoJORNAL AEAMESP que sesentiram enganados pelaCompanhia. Relataram que aCompanhia os chamou parapalestras de orientação, emauditório, afirmando que seriabom para eles aderir àaposentadoria, poisreceberiam um dinheiro amais e continuariamtrabalhando normalmente noMetro-SP. Depois que houveum grande número deaposentadorias, veio oentendimento do TST.

ambém falando aoJORNAL AEAMESP,opresidente do Metrô-

SP, Luiz Carlos David, negouno início de 2004 que a

T

Companhia tivesse agido decaso pensado, garantindo quea empresa não conheciapreviamente o entendimentodo TST. De todo modo,justificou em 2004 o processode enxugamento do quadro edefiniu novas as regras dedemissão que talvez tenhamque ser revistas

David informou quepessoas com 55 anos oumais, aposentadas pelo INSS,que fazem jus a umacomplementação da Metrus eque não estão comissionadas,serão demitidas.

"Uma pessoa com 54anos, aposentada, sabe queserá demitida aos 55 anos.Quem se aposentar agora,tenha 53 ou 48 anos,automaticamente estarádemitido", foram as palavrasdo presidente do Metrô-SP háquase dois anos.

Resta saber se, com onovo entendimento do STFessas regras terão de serrevistas.

O assunto pode ser lidono Informativo do STF,neste endereço http://www.stf.gov.br/noticias/informativos/anteriores/info401.asp

NO INÍCIO DO MÊS DE DEZEMBRO, SERÁ PUBLICADOO EDITAL PARA A CONCESSÃO DA LINHA 4 - AMARELA

S erá no início de dezembro de 2005 a

publicação doedital correspondente aoprocesso de concessão daLinha 4-Amarela do Metrô-SP, interligando a estaçãoLuz à Vila Sônia, comprolongamento até o vizinhomunicípio de Taboão daSerra.

AUDIÊNCIA PÚBLICA. Em19 de outubro de 2005,houve audiência pública noInstituto de Engenharia,quando os interessados dosetor privado em participardessa concorrência tiveramacesso às informaçõesnecessárias sobre aexploração da operação danova linha.

O período de consultapública encerra-se em 21 denovembro. Obrigatória pelalei de Parcerias Público-Privadas, essa fase tem porobejtivo permitir oencaminhamento de

comentários ou sugestõespor parte dos interessados.O recebimento daspropostas será em fevereirode 2006, e a assinatura docontrato deverá ocorrer emmarço próximo.

VALORES. Conformenoticiou a Companhia doMetropolitano de São Paulo, aPPP referente à Linha 4 –Amarela estipula aconcessão da operaçãocomercial dessa linha a umagente privado por 30 anos.

O concessionário seráresponsável peloinvestimento na compra dafrota de trens e de outrossistemas operacionais(sinalização e controle,telecomunicações móveis esupervisão e controlecentralizado), com odesembolso de cerca de US$340 milhões.

Segundo o presidente doMetrô-SP, Luiz Carlos David,que considera esta a

primeira experiência degrande porte de PPP noBrasil, será possível obtercom a concessão todo omaterial rodante da novalinha – 14 trens na suaprimeira etapa e 15 trens nasegunda etapa, num total de29 trens além da conclusãoda sinalização.

O governo estadualpaulista investirá US$ 922milhões, destinados à infra-estrutura, obras civis esistemas de alimentaçãoelétrica, telecomunicaçõesfixas, arrecadação,ventilação e escadasrolantes.

FRENTES. A nova linhametroviária está emimplantação, com 21 frentesde obras civis nos 12,8quilômetros de túneis entre aestação Luz e o futuro pátiode estacionamento emanutenção de trens em VilaSônia, próximo ao bairro doButantã.

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