Jornal Bem Estar Zona Sul - Ed.51

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APRENDER A SER LIVRE E ASSUMIR A RESPONSABILIDADE PODE DAR SENTIDO A TODA UMA EXISTÊNCIA Há um assunto urgente diante de todos: viver a vida sendo a pessoa que se é, essencialmente, ou seguir modelos públicos pouco válidos e dar-se conta de que nunca se esteve realmente vivo? JORNAL DE COLEÇÃO • Ano 4 • nº 51 • DEZEMBRo 2012 • 10.000 ExEMp. • TEl. (51) 3268.4984 • ZONA SUL D i s t r i b ui ção gr a t u i t a BELEZA Conheça as poderosas manteigas hidratantes feitas de frutos exóticos Incentivada socialmente, o álcool é uma droga perigosa e que preocupa PERIGO CAMUFLADO CUIDANDO DOS BICHOS Os animais também precisam fazer check-up!

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Jornal BEZS Dezembro/2012 - O Jornal de Qualidade de Vida da zona sul de Porto Alegre.

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Aprender A ser livre e Assumir A

responsAbilidAde pode dAr sentido A

todA umA existênciA

Há um assunto urgente diante de todos: viver a vida

sendo a pessoa que se é, essencialmente, ou seguir

modelos públicos pouco válidos e dar-se conta de que nunca

se esteve realmente vivo?

Jornal de Coleção • Ano 4 • nº 51 • DEZEMBRo 2012 • 10.000 ExEMp. • TEl. (51) 3268.4984 •

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Conheça as poderosas manteigas hidratantes feitas de frutos exóticos

Incentivada socialmente, o álcool é uma droga

perigosa e que preocupa

PeRIGO CaMUFlaDO

CUIDaNDO DOS bICHOS

Os animais também precisam fazer

check-up!

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Lições de Vida

Somos transformados a partir dos en-contros, desde que estejamos aber-tos e livres para sermos impactados pela ideia e sentimento do outro.

Você já viu a diferença que há entre as pedras que estão na nascente de um rio, e as pedras que estão em sua foz? As pedras na nascente são toscas, pontiagudas, cheias de arestas. À medida que elas vão sendo carregadas pelo rio sofrendo a ação da água e se atritando com as outras pedras, ao longo de muitos anos, elas vão sendo polidas, desbastadas.

Assim também agem nossos contatos humanos. Sem eles, a vida seria monóto-na, árida. A observação mais importante é constatar que não existem sentimentos, bons ou ruins, sem a existência do outro, sem o seu contato.

Passar pela vida sem se permitir um relacionamento próximo com o outro, é não crescer, não evoluir, não se transfor-mar. É começar e terminar a existência com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.

Quando olho para trás, vejo que hoje carrego em meu ser várias marcas de pes-soas extremamente importantes. Pessoas que, no contato com elas, me permitiram ir dando forma ao que sou, eliminando ares-tas, transformando-me em alguém melhor, mais suave, mais harmônico, mais integra-

Ninguém muda ninguém; ninguém muda sozinho; nós mudamos nos encontros. Simples, mas profundo,

preciso. É nos relacionamentos que nos transformamos.

ATRITE-SERobeRto CRema

do. Outras, sem dúvidas, com suas ações e palavras me criaram novas arestas, que pre-cisaram ser desbastadas. Faz parte...

Reveses momentâneos servem para o crescimento. A isso chamamos experiência. Penso que existe algo mais profundo, ainda

nessa análise. Começamos a jornada da vida como grandes pedras, cheia de excessos. Os seres de grande valor, percebem que ao final da vida, foram perdendo todos os excessos que formavam suas arestas, se aproximando cada vez mais de sua essência, e ficando cada

vez menores, menores, menores... Quando finalmente aceitamos que somos pequenos, ínfimos, dada a compreensão da existência e importância do outro, e principalmente da grandeza de Deus, é que finalmente nos tor-namos grandes em valor.

Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado? Sabemos quanto se tira de ex-cesso para chegar ao seu âmago. É lá que está o verdadeiro valor... Pois, Deus fez a cada um de nós com um âmago bem for-te e muito parecido com o diamante bru-to, constituído de muitos elementos, mas essencialmente de amor. Deus deu a cada um de nós essa capacidade, a de amar... Mas temos que aprender como. Para che-garmos a esse âmago, temos que nos per-mitir, através dos relacionamentos, ir des-bastando todos os excessos que nos impe-dem de usá-lo, de fazê-lo brilhar.

Por muito tempo em minha vida acre-ditei que amar significava evitar sentimen-tos ruins. Não entendia que ferir e ser fe-rido, ter e provocar raiva, ignorar e ser ig-norado faz parte da construção do apren-dizado do amor. Não compreendia que se aprende a amar sentindo todos esses sen-timentos contraditórios e... os superando. Ora, esse sentimentos simplesmente não ocorrem se não houver envolvimento... E envolvimento gera atrito.

Minha palavra final: ATRITE-SE! Não existe outra forma de descobrir o amor. E sem ele a vida não tem significado.

e-mails

Envie seu comentário para: zonasul @ jornalbemestar.com.br

Gratos

Renato GuarigliaEditores - Zona Sul

Fábio FerreiraArte Final

Renato GuarigliaComercial

Impressão: Grupo SinosTiragem: 10 mil exemplaresContato: (51) 3268.4984

Que todos os méritos gerados por esse trabalho beneficiem e tragam

felicidade para todos os seres.

PORTO ALEGRE ZONA SUL

CENTRAL BEM ESTARInFoRmações de QualIdade

Ralph VianaEditor de Conteúdo e Arte

Érico VieiraDiretor de Relacionamento

max BofDiretor de Operações

Jornalista responsável: Max Bof (MtB 25046) material: Revistas CUERPOMENtE, UNO MISMO, NEW AGE, PSYCHOLOGY tO-DAY, BUENA SALUD, tHE QUESt, PSYCHOLOGIES, SHAMBHALA SUN, MAGICAL BLEND, NOUVELLES CLÉS.

Informes publicitários, textos e colunas assinadas não cor-respondem necessariamente à opinião do jornal e são de responsabilidade de seus autores.

zonasul

@ jornalbemestar.com.br

O conflito entre o ego e o corpo priva o indivíduo da paz de

espírito. O fluxo de pensamento excessivo reduz o contato

com o corpo, com o ambiente e diminui a capacidade

de amar. Para alcançá-la, a Bioenergética propõe uma

integração de sua abordagem com as meditações orientais.

LEIA NA PRÓXIMA EDIÇÃO

UMA VIDA PLENA EXIGE BOAS INFORMAÇÕES

BEM ESTARBEM ESTARPessoas inteligentes adoram ler. E anunciar.

Um jornal de leitura essencial no nosso caminho de evolução. Parabéns!

luileny dos Santos

Veículo bem intencionado, como se fos-se preparado para as pessoas e não apenas mais um jornal comercial. Ótimo trabalho.

Marilia pena Silva e João Ba-tista da S. Filho

Vocês estão de parabéns pelas ma-térias, pelos noticiários. Pena que em minha cidade não há um jornal com este enfoque, mais gostaria muito que essa ideia se expandisse para todo mundo.

nathany dos Santos

É um jornal muito interessante e estimula as pessoas a pensarem em seus comportamentos diários.

Rosa Maria lope

Muito bom! Só tenho a declarar que esse jornal traz bem-estar aos leitores. Parabéns a todos que nos proporcionam esta leitura maravilhosa.

Renan Vasconcelos

Adoro o BEM ESTAR. É de uma im-portância fundamental nos dias de hoje.

Vani pauli

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3 • Nº 51 • Dezembro 2012 • BEM ESTARInformações importantes

para sua saúde e bem-estar

DUygU AgAR/STOCk.xChNg/BE

kEN

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Shi/F

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/BEChega a noite e não consegue pregar os

olhos? Muitos são os fatores que po-dem levar uma pessoa a ter insônia ou

dormir mal. A alimentação é um deles. Para a nutricionista funcional Daniela Jobst, alimentos muito pesados ou gordurosos ingeridos próxi-mo ao horário de dormir são um dos maiores inimigos de uma boa noite de sono. “É bom evi-tar carne vermelha, gordura, coisas com creme ou muito queijo. Senão, o corpo gastará energia para fazer a digestão e não para garantir o sono”.

Outros alimentos que devem ser evitados são os estimulantes que contêm cafeína, como chá mate, chá verde, café, refrigerantes, chocola-tes, castanhas, nozes e amendoim.

Alimentos ricos no aminoácido triptofano, como leite, queijo magro e iogurtes, são opções que ajudam a relaxar e ter um sono mais tran-quilo. Este nutriente também pode ser encontra-do na alface e na banana.

Segundo Daniela Jobst, a banana é a melhor

Azeite CompAnheiro

O tEMPO é DE SALADAS E cOMIDAS LEVES, NOS PREPARANDO PARA O VERãO. E O MELHOR

cOMPANHEIRO DELAS é O SAUDáVEL AzEItE.

Os benefícios do azeite de oliva já são razoavelmente-mente conhecidos. Mas ele

é bom não apenas para a saúde do coração. É também fonte de vitamina E, A e k, ferro, cálcio, magnésio, po-tássio e aminoácidos. Faz bem, por-tanto, para a pele, olhos, ossos, saú-de das células e função imunológi-ca. Estas e outras peculiaridades do azeite foram elaboradas pelo ‘Con-selho Oleícola internacional’. leia, vale a pena.

O azeite facilita a digestão e ab-sorção de nutrientes, incluindo im-portantes vitaminas lipossolúveis (o que aumenta os benefícios das sala-das livres de gordura).Também é na-turalmente livre de colesterol, sódio e carboidratos.

O óleo comum, não o extra-vir-gem, é o melhor para fritura graças à grande quantidade de ácido oléi-co. Os óleos de oliva não penetram os alimentos, então os que são fritos neste produto são menos gorduro-sos do que os feitos por outros ti-

Come e DormePARA DORMIR MELHOR, cONHEÇA OS ALIMENtOS cERtOS

qUE DEVEM SER INGERIDOS à NOItE

pos. Mas convém não abusar, fritu-ras são frituras.

Na medicina popular, o azeite tem sido utilizado para diversas fun-ções como reduzir dores musculares e ressacas, além de servir de laxante e ser afrodisíaco e sedativo.

fonte de triptofano e o indicado é comer uma unidade aquecida no micro-ondas coberta com canela, à noite, para ajudar a dormir melhor. De acordo com ela, alimentos fonte de magnésio trabalham o relaxamento muscular e ajudam o corpo a deixar de lado as tensões do dia para se ter um bom sono. Entre eles estão o grão-de-bi-co, a soja e a couve. Todos devem ser ingeridos no jantar para se ter efeito ao longo da noite.

É bem interessante e impressionante que cientistas, nutricionistas e médicos descubram, após anos de pesquisa, aquilo que nossos avós diziam a mais de meio século atrás...

“tOME SUA VIDA EM SUAS PRóPRIAS MãOS E O qUE AcONtEcE? ALGO tERRíVEL: NãO Há NINGUéM A qUEM cULPAR.”

Erica Jong

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BEM ESTAR • Nº 51 • Dezembro 2012 • 4

Quando você mostra, com arte e bom gosto, o que você faz, o produto que você vende, você não está gastando dinheiro,

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DAViD BOylE/FliCkR/BE

F im de ano chegando, com suas fes-tas e os habituais excessos no con-sumo de álcool. O constante discur-

so contra as drogas, feitos com um copo de bebida na mão, não deve esconder esta realidade: o álcool é uma droga perigosa e a que traz mais prejuízos à sociedade, em todos os níveis. É uma droga, não vamos esquecer, socialmente aceita, incentivada e consumida abertamente.

Outras drogas legais são as prescritas por médicos para combater problemas de saúde. E há as ilegais, que alimentam o trá-fico. Em comum, todas elas têm o poten-cial de causar dependência e danos perma-nentes à saúde.

SEMpRE pRESEnTESAs drogas são consumidas pelo ho-

mem ao longo da sua história. há indícios de que o vinho já existia 5.000 anos a.C. Traços de maconha, ópio e coca foram encontrados em achados arqueológicos de civilizações de mais de 3.000 anos a.C.

Todas as drogas provocam alguma sensação de prazer a princípio e, quando seu efeito passa, fazem com que o organis-mo “queira” outra dose. E se não a obtém, entra em sofrimento. É assim que nasce o vício. Algumas criam dependência qua-se imediata. O efeito do crack dá um pra-zer intenso, dura de três a cinco minutos, e uma vontade irresistível de ter mais. Por-tanto a dependência vem muito rápida.

O fato é que esta dependência do or-ganismo faz com que várias substâncias se tornem muito perigosas. Mesmo que se

perigo CAmuflADoAcEItA E MESMO INcENtIVADA SOcIALMENtE, áLcOOL é UMA DROGA

PERIGOSA, A qUE MAIS PREOcUPA ESPEcIALIStAS.

prada: o álcool.“Fizemos um estudo na região metro-

politana de São Paulo e constatamos que 85% das pessoas consomem bebidas alco-ólicas. O álcool predispõe a uma série de doenças graves, tem alto índice de mor-bidade, e um altíssimo índice de incapaci-tação. O indivíduo vive mal física e social-mente”, diz a psiquiatra Camila Magalhães, do grupo de Estudos de Álcool e Drogas do hospital das Clínicas da USP.

Usualmente a bebida é incentivada pu-blicamente, pela publicidade massiva e mui-tas vezes a iniciação do jovem é feita por familiares, que oferecem e até insistem para que bebam, além de acharem graça de porres e excessos.

É uma droga de efeito pessoal devas-tador e no campo da saúde pública tem al-tíssimo custo social, com tratamentos, au-sências no trabalho etc. Em alguns países, como na Rússia, é o principal problema de saúde do Estado.

Apesar de todo esse mal, não significa que o álcool precisa ser banido da sua vida. O importante é consumi-lo com modera-ção. E nunca seguidamente, para não criar dependência orgânica. Assim, poucas do-ses e no mínimo em dias alternados.

Outra atitude importante para evi-tar a instalação do vício é não começar na adolescência – isso vale para todas as dro-gas. Evite beber na frente de menores e ja-mais os incentive a beber e a ficarem ‘al-tos’. lembre-se que é justamente nesta fase que se está mais suscetível, com mais desejo de experimentação.

trate de um medicamento prescrito por um especialista, toda precaução é pouca quando se trata de uma substância com po-tencial de causar dependência. “Médicos no mundo inteiro prescrevem em exces-so os benzodiazepínicos (remédios como Rivotril e lexotam) porque desconhecem seus efeitos colaterais. A recomendação é que essas substâncias sejam usadas por no máximo de quatro a seis semanas”, afir-ma o psiquiatra do hospital das Clínicas de

São Paulo, ivan Mario Braun, autor do li-vro “Drogas – perguntas e respostas” (Mg Editores).

ACEITA E InCEnTIVADADentre as inúmeras drogas com alto

potencial de dependência e excessos, a que mais preocupa em termos de saúde públi-ca é justamente a mais aceita socialmente, que nem precisa de receita para ser com-

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5 • Nº 51 • Dezembro 2012 • BEM ESTAR

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BEM ESTAR • Nº 51 • Dezembro 2012 • 6

Bicho de Estimação

MONikA WiSNiEWSkA/iSTOCkPhOTO/BE

O s animais podem sofrer de diabetes, problemas cardía-cos e uma série de doenças que poderão ser diagnosti-

cadas com precisão e prevenidas, ou tra-tadas de uma forma adequada se forem identificadas por um check-up. Esta che-cagem é realizada por meio de pesqui-sa bioquímica do sangue e por imagens, através da ultra-sonografia, do ecodo-plercardiograma ou do eletrocardio-grama.

A ultra-sonografia permite, em animais, a avaliação de órgãos abdominais como fígado, rins e o útero nas fêmeas, em tempo real e “in loco“. Este exame permite detectar várias anomalias, den-tre elas inflamações, congestão, cistos, neoplasias etc.

O ecodoppler permite o diag-nóstico precoce para indicação de

CUIDANDO BEM DE SEUS AMIGOS BICHOS

Algumas medidas saudáveis que tomamos são aplicáveis a eles. Os animais também precisam fazer check-up!

tratamentos das diferentes cardiopatias. O eletrocardiograma computadorizado tem sua aplicação para diagnóstico de is-quemias de miocárdio, desvio de eixo e arritmias.

Além desta tecnologia colocada à dis-posição da medicina veterinária, é funda-mental que o dono siga corretamente o calendário das vacinações e ofereça ao animal uma alimentação balanceada, ga-rantindo assim, uma qualidade de vida que proporcionará a longevidade.

CUIDADOS NA VELHICEQuem esteve a vida toda ao seu lado

merece atenção quando envelhece. O dono responsável é aquele que antecipa

os cuidados para que, ao chegar à terceira idade, o animal não te-nha graves problemas de saúde. Evitar atividades físicas de alto

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7 • Nº 51 • Dezembro 2012 • BEM ESTAR

lEANDRO CAViNATTO/STOCk.xChNg/BE

impacto e o peso em excesso são medidas importantes para impedir apareçam dores na coluna.

De acordo com especialistas, em al-gumas raças os problemas de coluna são mais frequentes na terceira idade do que em outras. Cães com o corpo comprido e patas curtas como dachshund, basset, be-agle e pequinês são os que sofrem mais com as dores na coluna, incluindo o famo-so bico-de-papagaio.

Quem tem um cão na terceira idade, precisa se preocupar ainda mais com a ali-mentação, utilizando rações especiais para

os animais idosos e fazer visitas periódicas ao veterinário.

Proporcionar ao animal um envelhe-cimento cercado de muito carinho é sinô-nimo de respeito a quem por muitos anos alegrou nossa vida, sem pedir nada em tro-ca, somente que não o deixasse abandona-do a própria sorte, nos momentos mais di-fíceis de sua vida.

Vamos ser generosos com nossos ani-mais.

Fonte: pET REDE

“O dono responsável é aquele que antecipa os cuidados para que, ao chegar à terceira idade, o animal não tenha graves problemas de saúde.”

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matéria de Capa

er livre é um dos valores mais desejados e pelo qual os seres humanos mais têm lutado. A maioria das vezes associamos liberdade com a possibilida-de de viver a vida como decidimos, e com uma sé-rie de condições facilitadoras: a escolha política, a

religião, as condições trabalhistas e econômicas. Todos nós desejamos contar com essa série de requisitos que, acredi-tamos, permitirão, por fim, nos sentirmos livres.

No entanto, é obvio que mesmo contando com meios, na prática poucas pessoas se atrevem a ouvir real e pro-fundamente o que realmente desejam. Quando chega ao mundo, cada pessoa tem um temperamento e determina-das condições biológicas, emocionais, familiares, a época e o lugar onde nasce. De certo modo, parte de um “destino” não escolhido vai influenciar no tipo de pessoa que se é e no tipo de vida que decide viver. Nasce, além disso, com-pletamente vulnerável e dependente de um adulto. Não só para sobreviver, mas também para ir aprendendo a enten-der e a lidar com a vida. Esse aprendizado se dá à medida que a criança adquire capacidade de consciência e destreza.

Um bebê é completamente dependente. Não tem consciência de ser um indivíduo diferente e separado da mãe. Sua adaptação ao mundo é instintiva. À medida que cresce, a criança vai tomando consciência de seu corpo e

de si mesmo e começa a explorar, se expressar e a se relacionar com o mun-do. Essa curiosidade e necessidade de ex-pressão são vitais para o desenvolvimento de um ser humano conectado consigo mes-mo e livre.

A criança necessita, por um lado, de todo es-paço possível para realizar essa exploração e, por ou-tro, de proteção e modelos de onde aprender. Quanto mais frágil é, mais precisa de um vínculo com os pais para sobreviver, assim, algumas vezes pode sacrificar seus pró-prios desejos e motivações por sentir que sua integridade está em perigo. A falta de modelo e de espaço para se de-senvolver, e sua própria vulnerabilidade, levarão a estabele-cer relações de dependência.

Na adolescência aparece um novo im-pulso para um encontro consigo mes-mo e para a independência. O adolescente se opõe ao que aprendeu num confronto com a busca de si mesmo,

auRoRa moReRa Vega

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matéria de Capa

almejando sair do papel de criança. Procura no-vos modelos de referência no grupo de amigos, em outros adultos ou em determinados mitos e costumes da época. Começa a tomar decisões, muitas vezes protesta contra o que vive em casa como algo imposto, iniciando assim um duro e apaixonante processo para a maturidade e a li-berdade. Duro, porque à medida que vai cortan-do os vínculos primários que lhe davam segurança,

terá que enfrentar o mundo e superar de alguma maneira um estado de solidão e impotência, muitas

vezes insuportável. Apaixonante, porque a pessoa co-meça a descobrir o mundo a partir

de seus próprios olhos e de sua capacidade de criação.

infelizmente, vive-mos em uma cultu-

ra que, mesmo de-fendendo a indi-

vidualidade e a liberdade,

sofre com

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BEM ESTAR • Nº 51 • Dezembro 2012 • 10matéria de Capa

modelos públicos pouco válidos e precária formação emocional, assim esse processo se torna, em muitas ocasiões, mais difícil e doloroso do que já é.

De alguma maneira precisamos supe-rar esse estado de impotência e solidão, estabelecendo contato com os outros e com o mundo. Como disse Erich Fromm, nos são abertos dois caminhos. Um con-duz à liberdade e o segundo à dependência e ao automatismo. “A pessoa que escolhe o caminho da liberdade estabelecerá sua conexão com o mundo por meio do amor e do trabalho, expressando suas genuínas emoções, sensações e pensamentos. A pessoa que escolhe o caminho da depen-dência abandonará sua liberdade e tratará de superar a angústia e a solidão, adaptan-do-se. Esse último caminho alivia a angús-tia, mas à custa de renunciar a si mesmo e, por tanto, não pode proporcionar um ver-dadeiro contato com o mundo”.

Uma vida alienada de si mesmo impli-ca uma existência triste e sem sentido, ain-da que aparentemente mais vem ganhando consciência e perdendo sua conexão com os instintos animais; mas também, nos últi-mos tempos temos sofrido outra perda: as tradições que haviam servido de orientação a uma conduta pessoal e coletiva estão dei-xando de ter valor. O ser humano precisa tanto de instinto quanto de uma orientação para o que “deve” ser feito. isso se soma ao fato de que a maioria nem sequer aprendeu a descobrir o que gostaria de fazer.

A liberdade, então, implica sustentar certa solidão, a de tomar e manter suas próprias decisões e se responsabilizar por

, ou seja, o ser humano não pode fazer tudo o quer fazer. Por-tanto, a liberdade humana não se iden-tifica com a onipotência. Nem sempre podemos escolher como nos sentimos nem as circunstâncias em que vivemos. Em vez disso, a liberdade parte da acei-tação do que acontece e a escolha da atitude e o caminho que se irá seguir.

, para não cair na arbitrariedade, e implica maturida-de de assumir as próprias escolhas, com seus riscos, dificuldades e realiza-ções.

elas. E essa responsabilidade gera ansieda-de, como característica básica do ser hu-mano livre. Assim, a ansiedade não é ne-cessariamente patológica, mas ao contrá-rio, uma força importante. A ansiedade acontece quando a pessoa tem que esco-lher sem ter uma orientação clara e sem saber quais serão os resultados. Também aparece quando somos conscientes de que cada um é responsável por suas próprias ações e por sua própria vida. Por isso, a coragem para viver plenamente traz consi-go o aceitar essa ansiedade associada à in-certeza. Não é algo prazeroso e que aco-lhemos com gosto, mas é o preço que de-vemos pagar para sermos a pessoa livre e responsável que somos capazes de ser.

lUiS CARlOS TORRES/iSTOCkPhOTO/BE SPROUT CREATiVE/FliCkR/BE

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GuARDE e consUlte sEMPRE!

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11 • Nº 51 • Dezembro 2012 • BEM ESTAR matéria de Capa

Cada ser humano tem um caminho único e quatro asas, como as de uma borboleta, para atravessá-lo: consciência, autenticidade, atitude e responsabilidade.

Víktor Frankl, psiquiatra judeu e pri-sioneiro em campos de concentração na-zistas, pode comprovar na prática sua teo-ria sobre a capacidade humana de ser livre diante de qualquer circunstância.

As condições em que nascemos e vi-vemos nos influenciam, e não podemos negar ou rejeitar essa influência, embora não nos determinem, pois a personalidade individual segue sendo imprevisível. O ser humano tem a capacidade de se colocar diante de suas próprias condições e ain-da de seus próprios instintos e tomar uma decisão a respeito do que fazer. Em outras palavras, decide a cada instante e tem a li-berdade de mudar. O ser humano não está determinado, e sim determina a si mesmo. E essa é, justamente, uma das característi-cas principais da existência humana, a ca-pacidade de se colocar frente a suas difi-culdades e transcendê-las.

Em último termo, disse Frankl, o ser humano é livre e autotranscendente. As circunstâncias nunca nos obrigam a agir: só nos obrigam a escolher. Pode ser que não gostemos, que escolher nos cause an-siedade, mas serão nossas escolhas, e não as circunstâncias, que determinarão a vida que teremos.

O limite derradeiro da liberdade hu-mana é a morte e, com ela, as perdas em geral. No entanto, a morte é um aspec-to essencial que dá sentido à necessidade de nos esforçarmos para sermos livres e responsáveis. A vida tem significado justa-

Quanto maior é nossa consciência, maio-res são nossas possibilidades de escolha. No entanto, uma vida mais consciente não é uma vida mais cômoda nem mais tranquila, mas ao contrário: a consciência leva o ser humano a se comprometer com a própria vida.

vida com toda sua complexidade e parado-xos. Toda atitude nos colocará diante de pro-blemas e dificuldades inevitáveis e o que pre-cisamos não é ter poucos problemas, mas sim aprender a forma de como superá-los. Cada vez que atuamos, escolhemos e nos criamos a nós mesmos tal e qual como desejamos ser, e esse processo não acaba nunca.

concreta e te-mos de respon-

der, ou seja, assu-mir a vida respon-

savelmente. No fim, viver significa assumir a responsa-

bilidade de encontrar respostas para os problemas e cumprir as

tarefas que a vida atribui continua-mente a cada indivíduo.

Seu caminho é único. O contato com os outros dá suporte e sentido à própria vida, mas o caminho dos demais não é seu cami-nho. Cada vez que paramos para nos compa-rar com os outros, a exigir do outro ou deixar que eles nos exijam algo, estamos perdendo a liberdade e a responsabilidade de nossa pró-pria vida e voltando a ser crianças.

As coisas não são fáceis, mas o traba-lho quase sempre dá bons frutos. Se deixar sua responsabilidade nas mãos dos outros ou do destino, algumas vezes poderá ter sorte e outras não, embora na maioria das vezes você vai se entediar, porque nada vai aconte-cer. Você escolhe. É livre para isso, queira você ou não.

Necessitamos cora-gem para nos afirmar e vi-ver com autenticidade. Desco-brir e expressar quem somos é uma luta difícil e para toda a vida. Requer capacidade para observar o exterior e se auto-ob-servar, para se fazer perguntas difí-ceis e se dar respostas honestas.

É importante aprender a diferenciar que aspectos da vida podemos modificar e quais não, e aprender a aceitar a própria

Não somos nós que temos que pergun-tar à vida, e sim a vida que nos faz pergun-tas. Somos questionados em cada situação

STígUR kARlSSON/iSTOCkPhOTO/BE

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BEM ESTAR • Nº 51 • Dezembro 2012 • 12

mente porque acaba. O presente é valioso porque na verdade é tudo o que temos. Se fôssemos imortais, poderíamos adiar com razão qualquer atitude. Mas diante da mor-te como limite inexorável de nosso futuro e de nossas possibilidades, nos encontra-mos pressionados a aproveitar o tempo e a não deixar passar inutilmente as oportu-nidades únicas, cuja soma “limitada” repre-senta toda a vida.

Se alguém consegue se estabelecer nessa realidade, no mesmo momento se dá conta da imensa responsabilidade que a pessoa tem em qualquer momento da vida. Nada pode ser eliminado do mundo

depois que já aconteceu. Mas não é mui-to mais importante que se introduza algo próprio nesse mundo?

Embora as condições da vida sejam importantes para nos sentirmos livres, não podemos dizer que seja suficiente. A épo-ca em que vivemos é de mais consciência, liberdade de expressão e bem-estar do que qualquer outra época da história da humanidade. Os meios eletrônicos e a tec-nologia da informação nos proporcionam, teoricamente, mais tempo que nunca. No

entanto, não basta ter mais liberdade ou mais tempo “de” algo, pois o relevante é que essa liberdade seja usada “para” algo.

O vazio, a solidão e o tédio são, em nossa sociedade, uma das principais cau-sas de doenças psíquicas e da infelicidade. O que está sob o tédio é o vazio existen-cial e a falta de sentido, e esse vazio de sentido provoca mal-estar e preocupação. Frequentemente mascaramos essas desa-gradáveis sensações acelerando o ritmo de nossa vida e enchendo de atividades nosso dia a dia; ou o oposto, adotando uma atitu-de desesperançada e depressiva de inativi-dade e vícios. Nossa cultura tende a subes-

timar a fraqueza, o fracasso, e perceber o vazio e o tédio pode ser vivido como algo ruim. Mas ao contrário, isso não é algo do-entio, e sim completamente humano e é a porta de entrada para as verdadeiras moti-vações e possibilidades internas.

Se desejamos nos transformar em se-res humanos livres e com paixão pela vida, temos que olhar a realidade com aceitação e responsabilidade. O que precisamos não é de uma vida cômoda, sem tensões nem dificuldades, mas nos esforçarmos e lu-tarmos por um objetivo que valha a pena. Cada ser humano há de encontrar e deci-dir quais são suas metas em cada momen-to da vida. Ou, o que é o mesmo, que va-lores e que sentido quer construir.

De nada serve ficar sentado pensan-do em qual é o sentido da vida. Não é pos-sível conhecer o sentido de uma vida até que toda ela tenha se transcorrido, nem é possível pretender uma mudança a par-tir de algo que não se pode realizar. O que nos corresponde é decidir em cada situ-ação concreta o que queremos dar valor e dedicar-lhe nossa atitude e tempo pre-sentes, e essa decisão é peculiar para cada pessoa e situação. Só podemos atuar des-de onde estamos e de acordo com o que somos e, ao mesmo tempo, nos transfor-marmos com cada decisão que tomamos e cada atitude que empreendemos.

Esse sentido e valores, embora te-nham de sair do interior da pessoa, só se pode construir no mundo e não em si pró-

matéria de Capa

AlEkSANDR STENNikOV/iSTOCkPhOTO/BE

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prio com algo fechado. Algumas vezes de-sejamos ser mais livres para obter mais prazer, ou poder... ou autorrealização. No entanto, a autorrealização ou a satisfação não podem ser um fim, mas uma consequ-ência. E a liberdade nos conduz a uma vida com sentido quando é usada como instru-mento para colocar no mundo o ser que somos; quando a pessoa se entrega a algo, além de si mesma, seja na forma de rela-ções e amor, trabalho, espiritualidade ou ideais.

Não temas ter medo da morte e do passar do tempo. Não temas sentir-se an-sioso ou com problemas. Não fujas. Ao contrário, aceite esse medo e essa res-

ponsabilidade de encarar suas dificulda-des. Todas essas emoções são humanas e importantes. Use-as não para paralisar-se mais, mas para dar-se conta de um assun-to urgente que tens à sua frente: escolher entre viver a vida tratando de chegar a ser a pessoa que és capaz de ser, ou permitir que a vida passe e dar-se conta ao final de que nunca esteve realmente vivo.

AURoRA MoRERA VEGA é Gestalt terapeuta

kRiSTiAN SEkUliC/iSTOCkPhOTO/BE

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MANTEIGAS HIDRATANTES

ElENA EliSSEEVA/iSTOCkPhOTO/BE

Num país ensolarado como o nosso, a hidratação da pele é fundamental. Produtos sofisti-cados não faltam nas prateleiras,

com todos os tipos de preços. Fórmu-las hiper complexas e sofisticadas apa-

recem nas bulas, seguidas de muitos zeros nas etique-tas, mas os resultados muitas vezes não corres-pondem à propaganda e os valores cobrados. Compra-se mais pro-messas que resultados.

A fonte natural pode ser uma ótima alternati-

va, e seus resultados são óti-mos em vários produtos. Três

árvores nativas da Bacia Amazôni-ca proporcionam à indústria cosmé-

tica matérias-primas de altíssima qua-lidade. O cacaueiro, a palmeira tucumã e

a árvore de cupuaçu fornecem frutos que dão origem a manteigas com alto poder de hidratação. O quarto fruto vem da ár-vore de karitê, originária de Burkina Faso, no oeste de África. São árvores considera-das sagradas, que produzem uma noz que dá origem a uma pasta rica e espessa co-nhecida como manteiga de karitê (incor-

porada recentemente à formulação de vá-rias marcas de cosméticos).

Em comum, as quatro manteigas têm propriedades altamente hidratantes. Têm também fundamentos protetores, nutriti-vos, calmantes, curativos, confortáveis e regeneradores, de acordo com caracterís-ticas próprias que cada fruto acrescenta ao fator hidratação.

MANTEIGA DE CACAUÉ muito mais do que a conhecida bar-

rinha em formato de batom, usada para proteger os lábios da agressão do sol for-te e do ressecamento do frio intenso. A manteiga de cacau é aproveitada em fór-mulas cosméticas e dermatológicas. Tem propriedades hidratantes, suavizantes e emolientes (ou seja, recupera a oleosida-de do tecido). É um excelente hidratante, facilmente absorvido pela pele, atingindo as camadas mais profundas. Rica em poli-fenóis - pigmentos naturais com atividade antioxidante -, a manteiga de cacau tam-bém previne contra o envelhecimento ce-lular, eliminando os radicais livres forma-dos no processo natural de envelhecimen-to. Além de cremes e loções hidratantes, a

MANTEIGAS HIDRATANTESFrutos de árvores da Amazônia e da África produzem manteigas perfeitas para a pele

Dicas de Beleza

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15 • Nº 51 • Dezembro 2012 • BEM ESTAR Beleza Natural

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manteiga de cacau também aparece em sa-bonetes e xampus, pela capacidade de re-generação da fibra capilar, deixando-a ma-cia e maleável.

MANTEIGA DE CUPUAÇUÉ uma pasta emoliente e lubrificante,

que amacia e suaviza a pele. Pela alta ca-pacidade de absorção de líquidos, dimi-nui a perda de água e é fator importante no equilíbrio hídrico dos tecidos. Promo-ve alta hidratação e melhora a elasticida-de da pele. Está na composição de produ-tos para os cabelos, linhas spa, sabonetes, maquiagens, linhas para homens e em pós--depilatórios.

MANTEIGA DE TUCUMÃRica em ômega 3, 6 e 9, é um excelen-

te hidratante e emoliente, se espalha com facilidade e proporciona um toque sedoso e macio à pele. É uma pasta obtida a partir da amêndoa de tucumã e também da pol-pa que a reveste, um elemento particular-mente rico em nutrientes. Aparece tanto em cremes hidratantes e delicadas loções corporais, quanto em produtos para cabe-los danificados.

MANTEIGA DE KARITÉEssa tem história. A cidade de Bobo

Dioulasso, em Burkina Faso, tem a maior concentração das majestosas árvores de karitê. É um verdadeiro santuário às mar-

gens do rio Oue, abaixo do deserto do Sa-ara. Uma vez que as árvores são conside-radas sagradas pela tradição local, é proibi-do colher o fruto - ele só pode ser apanha-do do chão. E apenas mulheres podem to-car neles. As nozes secas e esmagadas são batidas, formando uma pasta que é depois trabalhada para obter a famosa manteiga de karitê.

O segredo da preparação é reservado às mulheres, que há séculos descobriram as propriedades de proteção, nutrição e hi-dratação da pele ressecada pelo sol e pela areia fina transportada pelos ventos quen-tes do deserto.

O fundador da l’Occitane, Olivier Baussan, conheceu os poderes da karitê quando viajou a Burkina Faso, em 1982. Ele percebeu que as mulheres que trabalhavam na colheita tinham a pele hidratada só pelo contato com a manteiga que produziam.

A expressão “ouro das mulheres” surgiu em função da forma de colheita e comercialização cooperativada entre a l’Occitane e estas comunidades que pro-duzem artesanalmente a manteiga de ka-ritê certificada. Conhecida pela preocupa-ção com a sustentabilidade na fabricação de cosméticos, a empresa criou uma cer-tificação para o produto. No aniversário de 30 anos da marca foi criada a Funda-ção l’Occitane, que mantém projetos so-ciais, centros de alfabetização e programas de microcrédito para mulheres. No início, o comércio com a l’Occitane envolvia ini-cialmente 100 mulheres. Agora já são cer-ca de 12 mil em 60 comunidades.

HIDRATE-SE. MANTEIGUE-SE

Como vimos, as manteigas são usadas em diversos produtos, mas podem ser en-contradas ‘in natura’. Você pode usá-las di-retamente no corpo, como usa-se a man-teiga de cacau. Ou então procurar hidra-tantes à base destas manteigas. O fato mais relevante é que são naturais e de origem vegetal, não utilizando sofrimento animal para sua confecção.

hidratada e ecologicamente correta – nada mais bonito a atual.

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