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NOTICIÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI Nº 936 DE 15/09/1959 JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA Nº 167 - JAN-FEV - 2015 Na capital da República, ocasião única para discutir oftalmologia VIII CONGRESSO NA CIONAL D A SOCIED ADE BRASILEIRA DE OFT ALMOLOGIA, BRASÍLIA, DE 9 A 11 DE JULHO A ceite o convite do presidente da SBO, João Alberto Holanda de Freitas, e do presidente do VIII Congresso, Durval Moraes de Carvalho Jr., venha a Brasília e discuta com seus pares as alternativas para enfrentar a conjunta des- favorável, a pressão política e a ameaça de “Mais Especialistas”. - Não adianta se queixar da vida. O impor- tante nesse momento é a união de todos em prol da boa saúde ocular da população, conclama João Alberto Holanda de Freitas, que destaca ain- da o programa científico e a oportunidade de con- fraternizar com colegas, como boas razões para estar em Brasília de 9 a 11 de julho próximo. - A oftalmologia brasileira está em pé de igualdade com as melhores do mundo, temos quadros para suprir as deficiências de Norte a Sul, do Leste ao Oeste do país. Só não vê quem não tem olhos, o que parecer ser o caso das au- toridades, complementa João Alberto. EDITORIAL, PÁGINA 5 E OPINIÃO Fortalecer a SBO e a especialidade principais objetivos de João Alberto Natural do Ceará, mas radicado em Campinas, São Paulo, João Alberto Holanda de Freitas assumiu a presidên- cia da Sociedade Brasileira de Oftalmo- logia para o biênio 2015-2016 com um compromisso de fortalecer a entidade, fundada em 1922, e lutar junto ao Go- verno Federal por melhores condições de trabalho e respeito à especialidade. Crítico em relação às últimas medidas do Governo Federal, afirma que a escolha de Brasília para sediar o VIII Congresso Nacional se impôs pela sua condição, como capital federa, de facilitar a deflagração de um movimento político favorável às reivin- dicações dos oftalmologistas. Pesou também a distância de não mais de duas horas das principais cidades do país. PÁGINA 3 Marcus Safady recebe de João Alberto Holanda de Freitas certificado de presidente da SBO no biênio 2013-2014 Os ideais que norteiam o VIII Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Oftalmologia estão sintetizados na Catedral de Brasília com seus vitrais. Ela eleva o espírito e chama para o congraçamento de todos. Que ela inspire os oftalmologistas, são os votos de João Alberto Holanda de Freitas e Durval Moraes de Carvalho Jr. Sociedade Catarinense de Oftalmologia participa do programa Bem Estar Global Desde cedo, filas se formaram no atendimento na Tenda dos Olhos do programa Bem Estar Global, em Forianópolis, no Trapiche Beira Mar Com o apoio da SBO, a Sociedade Catarinense de Of- talmologia participou no dia 30 de janeiro do programa Bem Estar Global, em Florianópolis, quando foi fei- ta distribuição de folhetos explicativos sobre a importân- cia do exame oftalmológico, além de exame de acuidade visual. O fortalecimento do relacionamento com as socie- dades filiadas é outro objeti- vo da gestão de João Alberto Holanda de Freitas. PÁGINA 12 Jackeline Nigri Divulgação Endrigo Righeto

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NOTICIÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIARECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI Nº 936 DE 15/09/1959

JORNAL BRASILEIRO

DE OFTALMOLOGIANº 167 - JAN-FEV - 2015

Na capital da República, ocasiãoúnica para discutir oftalmologia

VIII CONGRESSO NACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA, BRASÍLIA, DE 9 A 11 DE JULHO

Aceite o convite do presidente da SBO, JoãoAlberto Holanda de Freitas, e do presidente

do VIII Congresso, Durval Moraes de CarvalhoJr., venha a Brasília e discuta com seus paresas alternativas para enfrentar a conjunta des-favorável, a pressão política e a ameaça de“Mais Especialistas”.

- Não adianta se queixar da vida. O impor-tante nesse momento é a união de todos em prolda boa saúde ocular da população, conclamaJoão Alberto Holanda de Freitas, que destaca ain-da o programa científico e a oportunidade de con-fraternizar com colegas, como boas razões paraestar em Brasília de 9 a 11 de julho próximo.

- A oftalmologia brasileira está em pé deigualdade com as melhores do mundo, temosquadros para suprir as deficiências de Norte aSul, do Leste ao Oeste do país. Só não vê quemnão tem olhos, o que parecer ser o caso das au-toridades, complementa João Alberto.

EDITORIAL, PÁGINA 5 E OPINIÃO

Fortalecer a SBO e a especialidadeprincipais objetivos de João Alberto

Natural do Ceará, mas radicado emCampinas, São Paulo, João AlbertoHolanda de Freitas assumiu a presidên-cia da Sociedade Brasileira de Oftalmo-logia para o biênio 2015-2016 com umcompromisso de fortalecer a entidade,fundada em 1922, e lutar junto ao Go-verno Federal por melhores condições detrabalho e respeito à especialidade.

Crítico em relação às últimas medidasdo Governo Federal, afirma que a escolhade Brasília para sediar o VIII CongressoNacional se impôs pela sua condição, comocapital federa, de facilitar a deflagração deum movimento político favorável às reivin-dicações dos oftalmologistas. Pesou tambéma distância de não mais de duas horas dasprincipais cidades do país. PÁGINA 3

Marcus Safady recebe de João Alberto Holandade Freitas certificado de presidente da SBO nobiênio 2013-2014

Os ideais que norteiam o VIII Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Oftalmologia estão sintetizados na Catedral de Brasília com seus vitrais. Ela eleva o espírito e chama para o congraçamentode todos. Que ela inspire os oftalmologistas, são os votos de João Alberto Holanda de Freitas e Durval Moraes de Carvalho Jr.

Sociedade Catarinense de Oftalmologiaparticipa do programa Bem Estar Global

Desde cedo, filas se formaram no atendimento na Tendados Olhos do programa Bem Estar Global, emForianópolis, no Trapiche Beira Mar

Com o apoio da SBO, aSociedade Catarinense de Of-talmologia participou no dia30 de janeiro do programaBem Estar Global, emFlorianópolis, quando foi fei-ta distribuição de folhetosexplicativos sobre a importân-cia do exame oftalmológico,além de exame de acuidadevisual. O fortalecimento dorelacionamento com as socie-dades filiadas é outro objeti-vo da gestão de João AlbertoHolanda de Freitas.

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia

João Alberto Holandade Freitas - Presidenteda SBO 2015-2016

“O perigo nos ronda”

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PÁGINA PÁGINA

Confira ..................................................... 2

Editorial ................................................... 2

Posse João Alberto Holanda de Freitas ... 3

Opinião- Durval Moraes de Carvalho Jr. ... 4

VIII Congresso Nacional .......................... 5

A Visão da Justiça- Renato Battaglia ...... 6

Fique de Olho- Questões tributárias ........ 8

Entrevista: Silvana Vianello e

Jacqueline Coblentz ................................ 10-11

Filiadas à SBO- Bem Estar Global SCO .... 12

International Corner- Liliana Werner ........ 13-14

2º Interligas de Oftalmologia ................... 14

Seção Brasil - 90 anos

Aderbal de Albuquerque Alves ................. 15

Tempo e Memória .................................... 17

Conta-Gotas ............................................ 19-22

Ações Sociais- Instituto Ver e Viver ........ 21

Fique de Olho - Seguros para

oftalmologista ......................................... 23

Calendário de Eventos Oftalmológicos .... 23

Colegas,Assumimos a direção da Socieda-

de Brasileira de Oftalmologia commuito entusiasmo e toda a garra defazer uma ótima gestão nestes doisanos. Olhando para trás observamosnestes 93 anos, de Abreu Fialho aMarcus Safady, quantas conquistas anossa querida entidade conseguiu comrelação à defesa profissional e ao ensi-no da especialidade.

Resta-nos tentar descobrir um mo-delo de gestão mais adequado aos nos-sos tempos, com o objetivo de tornara SBO mais ágil, competente e ad-mirada por sua atuação não só emrelação à educação continuada, mas so-bretudo em defesa de nossos direitose reivindicações, sempre tendo emmente a saúde ocular da populaçãobrasileira.

Muito cuidado, estejam atentos,o perigo nos ronda, se o GovernoFederal acha que o Programa MaisMédicos foi um sucesso, agora vemcom a ideia de Mais Especialistas aoalcance da população . Este mesmogoverno, agora renovado e repetido,cassou o ato médico. Qualquer téc-nico, na visão dele, pode fazer diag-nóstico etc.

Com relação ao Programa Mais Es-pecialistas, que vem sendo elaboradopelo Ministério da Saúde, estejam vi-gilantes, pois será mais uma traição àclasse médica brasileira e à população.Quem sabe, vão soltar pelo interior,por exemplo, técnicos de Raio X fa-zendo exames, dando diagnósticos esugerindo condutas. Parteiras substi-tuindo médicos ginecologistas/obste-tras para fazer os partos.Optometristas soltos por aí a receitar

óculos, escondendo por trás doençasque levam à cegueira evitável, comoo glaucoma, a retinopatia diabética,etc. Estejam atentos e denunciem maisesta falcatrua dos nossos dirigentes deBrasília.

Um dos motivos para a realizaçãodo VIII Congresso Nacional da SBOna capital federal, é também o desejode provocar um momento político fa-vorável para discutir estes assuntos vi-tais de nossa profissão. Urge que so-memos força todos juntos: SBO,CFM, CBO, CRMs, Cooeso, Fecooeso,neste momento que realizaremos nos-so evento nacional repleto de infor-mações científicas, mas também focadoem pontos importantes de defesa pro-fissional.

Brasília está a duas horas de vôodireto de qualquer capital estadual, éfácil chegar lá. O Centro Internacio-nal de Convenções do Brasil é novo,confortável, muito próximo do setorhoteleiro e do Aeroporto Internacio-nal Juscelino Kubitchecl de Oliveira.Imperdível. Esperamos todos lá.

Vamos discutir temas científicosrelevantes e também aspectos da prá-tica diária de nossa especialidade,mas também as recentes medidas eas que estão para vir na área da Saú-de e, especificamente na Oftalmo-logia que, por suas particularidades,exige toda nossa atenção. Não po-demos ser novamente surpreendidoscom medidas baixadas de cima parabaixo. E em Brasília poderemos teruma visão privilegiada dos desdo-bramentos da política do GovernoFederal para a Saúde.

Cordialmente,João Alberto

Aderbal de Albuquerque Alves, primeiroresidente de oftalmologia do Brasil

Neste número do JBO, Seção Brasilpresta uma homenagem a Aderbal deAlbuquerque Alves, primeiro residentede oftalmologia do Brasil, ex-presidenteda Sociedade Brasileira de Oftalmologia,que completou 90 anos no dia 6 de janei-ro passado.

Ainda em plena atividade, reconheci-

Aderbal deAlbuquerque Alvescercado pelafamília, vendo-se àsua direita, aesposa Nelly Rayol,e à sua esquerda anora oftalmologistaJuliana Bohn Alvese a neta MarcelaAlves, residente deoftalmologia. Naextrema esquerda,a nora MonickGoecking, tambémoftalmologista

De volta ao JBO, International Cornerpublica entrevista de Liliana Werner

Coube ao ex-presidente da SociedadeBrasileira de Oftalmologia e membro fun-dador e ex-presidente da Sociedade Brasi-leira de Catarata e Implantes Intraoculares,hoje Associação Brasileira de Catarata eCirurgia Refrativa, Miguel Ângelo Padilha,trazer de volta a seção International Cornerentrevistando Liliana Werner, professoraassociada da Universidade de Utah ecodiretora da Intermountain OcularResearch Center, John A. Moran EydeCenter, em Salt Lake City.

Liliana Werner é uma das maiores au-toridades mundiais em estudos ligados àpatologia dos implantes intraoculares. Ex-discípula de David Apple, foi com ele quecomeçou a se interessar por esta área, ain-da na Carolina do Sul, se transferindodepois para Utah. Na entrevista, ela res-

ponde a alguns temas importantes emlentes intraoculares e novas técnicas ci-rúrgicas, hoje na ordem do dia, tais comoo uso do femtosegundo na cirurgia decatarata. PÁGINA 13

Miguel Ângelo Padilha e Liliana Werner emrecente congresso nos Estados Unidos, quandoda entrevista para o International Corner

Galeria de Presidentes SBO confirma: medicina ainda é profissão masculina

João Alberto Holanda de Freitas e Marcus Safadycom Valéria Homem, que propõe campanha paraeleger mais mulheres

De cada dez estudantes de medicina,seis são mulheres. E na oftalmologia, paracada dois profissionais homens existe umamulher. No entanto, apesar deste avanço,o mundo da medicina ainda é masculino.Constatação feita na prática por ValériaHomem, ao olhar a Galeria de Presiden-tes no auditório da SBO, na posse de JoãoAlberto Holanda de Freitas. Irreverente,como sempre, Valéria propôs uma cam-panha pela eleição de mais mulheres, logoendossada pelas médicas presentes.

Esta constatação de que ainda hoje, asmulheres são minoria em cargos executi-vos encontra uma explicação, entre ou-tras, no acúmulo de funções: médica, es-posa, mãe. Mas com o apoio do marido/companheiro, a situação fica mais fácil,como mostram as entrevistas com as duas

mulheres da atual diretoria da SBO:Silvana Vianello (MG) e JacquelineCoblentz (RJ).

PÁGINAS 10 E 11

do por sua contribuição ao estudo da re-fração no Brasil, pai de três oftalmologis-tas, sogro de duas oftalmologistas e avôde uma residente de oftalmologia,Aderbal de Albuquerque Alves respira aespecialidade 24 horas por dias. “É a mi-nha segunda pele”, afirma .

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3Janeiro - Fevereiro - 2015

João Alberto Holanda de Freitas preside SBO até 2016No discurso de posse, o novo presidente para o biênio 2015-2016 destaca principais metas de sua gestão

Comissões biênio

2015-2016

Defesa Profissional

Adamo Lui Neto (SP)Frederico Valadares de Souza Pena (RJ)Leonardo Akaishi (DF)Leonardo Mariano dos Reis (GO)Paulo Polisuk (RJ)Renato Battaglia (RJ)Roberli Bichara Pinto (RJ)Walbert de Paula E Souza (SC)

Educação Continuada

Cléber Godinho (MG)Dácio Costa (CE)Haroldo Vieira de Moraes Jr. (RJ)Leonardo Akaishi (DF)Marcos Ávila (GO)Oswaldo Moura Brasil (RJ)Reinaldo Sieiro de Oliveira (MG)Ricardo Uras (SP)

Ética Médica

José Fernando Maia Vinagre (MT)Adalmir Morterá Dantas (RJ)Luiz Carlos Pereira Portes (RJ)Paiva Gonçalves Filho (RJ)Sérgio Pinho Costa Fernandes (RJ)

Inclusão Social do Deficiente Visual

Canrobert Oliveira (DF)Hélder Alves da Costa Filho (RJ)Rogério Neurauter (RJ)

Memória da Oftalmologia

Aderbal de Albuquerque Alves (RJ)Almiro Pinto de Azeredo (RJ)Carlos Henrique Bessa (RJ)Elisabeto Ribeiro Gonçalves (MG)

Projetos Especiais

Marcus Safady (RJ)José Eduardo da Silva (RJ)Israel Rosemberg (RJ)Newton Kara José Jr. (SP)Renato Ambrósio Jr. (RJ)

Relações Internacionais

França - Ricardo Paletta Guedes (MG)Inglaterra - Nélson Sabrosa (RJ)Alemanha - Rodrigo Pegado (RJ)Itália - Miguel Ângelo Padilha (RJ)Portugal - Luis Carlos Pereira Portes (RJ)Espanha - Cinthia Ohiama (PR)Canadá - Flávio Rezende Filho (RJ)

EUA, Argentina, Paraguai, Uruguai,Chile, Libano, Israel, Paises Africanosde Língua Portuguesa

Sociedades Filiadas

Evandro Lucena (RJ)Hélcio José Fortuna Bessa (RJ)Maurício Pereira (RJ)Roberto de Almeida Teixeira (RJ)Ubirajara Moulin de Moraes (ES)

Parte da nova diretoria da SBO com José Teixeira Alves Jr., do Sindicato dos Médicos do Rio deJaneiro, quarto da esquerda para a direita: André Portes, Armando Crema, Mário Motta, FranciscoCordeiro, Durval M. de Carvalho Jr., João Alberto Holanda de Freitas, Miguel Hage Amaro, Ricardode Almeida Neves e Oswaldo Ferreira Moura Brasil

Com a presença do presidente da Aca-demia Nacional de Medicina, PietroNovelino, da presidente da Sociedade deMedicina e Cirurgia, Marília Abreu, derepresentantes do Cremerj e do Sindica-to dos Médicos do Rio de Janeiro, JoãoAlberto Holanda de Freitas tomou possena presidência da Sociedade Brasileira deOftalmologia, no dia 15 de janeiro. Tam-bém estiveram presentes Lucino Odorizzi,dos Lions Clubs Internacional, e IsisPenido, presidente da Abrag-RJ, tradici-onais parceiros da Sociedade nas campa-nhas sociais, tais como as de prevençãodo glaucoma e de refração.

Durante sua gestão, o novo presidenteda SBO tem como plataforma de traba-lho: aumentar o quadro social da Socieda-de, realização do VIII Congresso Nacionalem Brasília, de 9 a 11 de julho de 2015,realização do XIX Congresso Internacio-nal, no Rio de Janeiro, em 2016 promoverparcerias com o CBO e a Cooeso para lutarjunto ao Governo Federal por melhorescondições de trabalho e respeito à especi-alidade, manter e ampliar o Curso de Pós-Graduação da SBO, promover campanhaspara o controle do glaucoma e daretinopatia diabética, colaborar com as re-sidências médicas e divulgar a importân-cia do exame oftalmológico.

No seu discurso, o novo presidente, daSBO, primeira entidade oftalmológica do

país, enfatizou a preocupação em renovar oquadro de sócios, trazendo a nova geraçãode oftalmologistas para “dentro da Socie-dade”, lembrando que atualmente mais de50% dos associados tem mais de 45 anos.

Para colocar em prática seus objetivos,João Alberto, sócio da SBO desde 1967,disse que espera contar com o apoio não sóda diretoria, mas também dos membros dasoito comissões: Defesa Profissional, Edu-cação Continuada, Ética Médica, InclusãoSocial do Deficiente Visual, Memória daOftalmologia, Projetos Especiais, Relações

Internacionais e Sociedades FiliadasA cerimônia, realizada no auditório da

sede nacional da Sociedade, no Rio deJaneiro, foi prestigiada por nove ex-pre-sidentes: Oswaldo Moura Brasil, FlávioRezende, Sérgio Fernandes, Miguel Ân-gelo Padilha, Carlos Fernando Ferreira,Yoshifumi Yamane, Luiz Carlos Portes,Mário Motta e Aderbal Alves Jr..

Na ocasião foi inaugurado o retrato deMarcus Safady, presidente da SBO no biênio2013 e 2014, na Galeria dos Presidentes.Após a posse, foi servido um coquetel.

Na mesa da posse, João Alberto Holanda de Freitas, quarto da esquerdapara à direita, com Serafim Borges Ferreira (Cremerj), Pietro Novelino,presidente da ANM, Francisco Cordeiro, Durval M. Carvalho Jr, Miguel HageAmaro, Marília de Abreu, presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia, eJosé Teixeira Alves Jr., do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro

Oito dos nove ex-presidentes da SBO presentes na posse: Luiz CarlosPortes, Sérgio Fernandes, Aderbal Alves Jr., Mário Motta, CarlosFernando Ferreira, Miguel Ângelo Padilha, Oswaldo Moura Brasil e FlávioRezende, com Marcus Safady, segundo da direita para à esquerda, quepresidiu a entidade no biênio 2013-2014

Na primeira fila, antes da cerimônia, à direita,Gustavo Amorim Novais, novo diretor de cursos,em substituição a Almir Ghiaroni, que pormotivos particulares não pode assumir o cargo

Também antes do início da cerimônia, observadopor João Alberto Holanda de Freitas, MarcusSafady, presidente da SBO no biênio 2013-2014,inaugura sua foto na Galeria dos Presidentes

Yoshifumi Yamane, presidente da SBO no biênio2005-2006, ladeado por Miguel Ângelo Padilha,Mário Motta, Oswaldo Moura Brasil e FlávioRezende, que também presidiram a Sociedade

João Alberto Holanda de Freitas com CarlosArce, amigo de longa data, que veioespecialmente de Campinas para a sua possena SBO, e Renato Ambrósio Jr.

No coquetel, à esquerda, Paulo Polisuk comFrancisco de Assis Cordeiro Barbosa, vice-presidente (PE) da SBO, de costas. No fundo,Marcelo Diniz gerente administrativo da SBO

Almir Ghiaroni, Durval M. Carvalho Jr. ,presidente do VIII Congresso Nacional, e RenatoAmbrósio Jr., membro da Comissão de ProjetosEspeciais da SBO para o biênio 2015-2016

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia4

Durval M. de Carvalho Jr*

Em toda minha carreira oftalmológicanunca presenciei tamanha falta de reco-nhecimento da classe médica. Como senão fosse suficiente o questionamentocada vez mais desconfiado por parte dospacientes ou mesmo até o constante es-magamento pelos convênios , agora temosmais outros fantasmas que nos rodeiam,os médicos internacionais, projetos pú-blicos de saúde com intuito político e aoptometria com chance real de acontecer.

É neste cenário desfavorável do ano de2015, que acontece o VIII CongressoNacional da Sociedade Brasileira de Of-talmologia, justamente em Brasília, ca-pital das decisões. O evento, além de vircom o propósito de atualização científicareunindo os grandes nomes da oftalmo-logia, será uma chance de promover umgrande debate sobre a situação atual dosoftalmologistas e propor metas para amelhoria da classe.

Desde que fui convidado a assumir estagrande responsabilidade de presidir oCongresso venho ouvindo as mais diver-sas opiniões entre os colegas oftalmolo-gistas sobre as nossas necessidades. Ape-sar da grande variação dos interesses per-

Venha ao Congresso SBO 2015 e ajude adignosticar os problemas da oftalmologia

cebi uma confluência na busca pelo ino-vador, acessível, resoluto, prático, respei-toso e reconhecimento profissional. Sãoestas vertentes que tenho me dedicado aserem encontradas neste Congresso daSociedade Brasileira de Oftalmologia.

O alto nível deste evento começa pelasua instalação. O Centro Internacional deConvenções do Brasil, que sediará o Con-gresso, é considerado um dos mais mo-dernos e de maior capacidade de todo opaís. A sua versatilidade na montagemdas salas permitiu uma personalização dosauditórios e salas conforme a nossa soli-citação.

Um grande esforço está sendodirecionado para a parte científica. Oavanço tecnológico está por todas as es-pecialidades e será alvo de nossas pales-tras. Teremos a oportunidade de conhe-cer de perto a nova tecnologia deFemtosegundo não somente através dasaulas, mas também de cirurgia ao vivo ecursos teóricos- práticos. A cirurgia aovivo será transmitida em alta definição(Full HD), quando reconhecidos cirurgi-ões poderão compartilhar conosco suaexperiência e destreza.

Toda a oftalmologia brasileira estarárepresentada através dos mais renomadosespecialistas, os quais tiveram a indicaçãopela Comissão Científica, que inclusive temtido uma função essencial neste Congres-so do qual tenho muito orgulho de ter sidoescolhido para presidir .

Haverá sessões de todas assubespecialidades: Catarata, Glaucoma,Refrativa, Córnea, Lente de Contato, Re-tina, Oculoplástica, Estrabismo,Oftalmopediatria ,Visão Subnormal,Uveíte, Neuro-Oftalmologia, Tumor eÓrbita. .Quem quiser ver um pouco decada subespecialidade, experimente assis-tir ”Dia a dia da Oftalmologia”, sessão játradicional do SBO, onde são apresenta-dos casos rotineiros do consultório.

Outra marca registrada deste Congres-so é atenção à atualização e reciclagem atra-vés dos cursos sobre a propedêutica básicae avançada de Refração, Biomicroscopia,Urgências, Facoemulsificação, Ultrassom,OCT de retina, Campimetria, Nervo ópticoe Gonioscopia.

Para a grande novidade das lentes decontato especiais será destinado um cursoteórico- prático. Outro curso teórico- prá-

tico imperdível será o de LentesIntraoculares Premium, pois teremos achance única de aprender as especificaçõese montagem de várias. Logo no primeirodia de Congresso teremos o Fórum dos Re-sidentes e o Encontro Nacional das LigasAcadêmicas, um espaço dedicado aos no-vos talentos. Caso queira compartilhar seutrabalho conosco, também terá seu espaçoatravés do bloco de Temas Livres e Pôsteres.

Mas não poderíamos deixar de daratenção especial à defesa de classe, quan-do esperamos reunir os principais líderese envolvidos da área, para enfim poder-mos diagnosticar a nossa oftalmologia,que anda ameaçada..

O Congresso da Sociedade Brasileirade Oftalmologia em 2015 será a chancede se atualizar , fortalecer a classe,confratenizar e também para conhecermelhor Brasília, que apresenta locais derara beleza histórica.

Estamos nos esforçando de maneiraimensurável para fazer um grande con-gresso e recebê-lo de braços abertos.

*Vice-presidente da SBO (DF) e pre-sidente do VIII Congresso Nacional daSociedade Brasileira de Oftalmologia

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5Janeiro - Fevereiro - 2015

VIII Congresso Nacional da SBO em Brasília, de 9 a 11 de julhoNo CICB, 3º maior centro de convenções do país, encontro de oftalmologistas de praticamente todas subespecialidades

Participe do Congresso da SBO e descubra uma Brasília diferente, você vai se surpeender!!!

Um monumento a céu aberto,Patrimônio Cultural da Humanidade, projetada por Lúcio Cos-

ta e Oscar Niemeyer, Brasília foi inau-gurada em 21 de abril de 1960. Atual-mente conta com quase 2,8 milhões dehabitantes, sendo a quarta cidade brasi-leira em população. As três primeiras:São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.

Com uma grande população jovem,mais de 3 mil bares e 3,5 mil restauran-tes, possui intensa vida noturna e cul-tural, o que certamente facilitou osurgimento de bandas como Paralamasdo Sucesso, Capital Inicial, Legião Ur-

bana, Raimundos e, Plebe Rude, quefizeram sucesso em todo o país.

Mesmo para quem já conhece Brasília,a cidade surpreende sempre. Os vitrais,por exemplo, espalhados pela capital nospontos mais importantes como MemorialJK, Câmara dos Deputados, Senado Fe-deral, Superior Tribunal de Justiça, Pa-lácio do Jaburu, Panteão da Liberdade eo principal, a Catedral de Brasília.

Criados por Marianne Peretti, únicamulher a integrar a equipe de artistasque acompanharam Oscar Niemeyer naconstrução de Brasília, os principais vi-trais agora podem ser vistos no livro

“Marianne Peretti- A Ousadia da Inven-ção” , edições Sesc SP, que traz textosde Jacob Klintowitx, Joaquim Falcão,Veronique David, Sonia Marques e YvesLo-Pinto Serra. As fotografias são deBreno Laprovitera, Jarbas Júnior, KaduNiemeyer, Saulo Cruz, Robson Lemos eMichel Moc.

No dia 21 de maio próximo, a CaixaCultural Brasília inaugura a exposição“Marianne Peretti- 60 anos de arte”. Masindo a Brasília, o melhor é ver os vi-trais, já comparados às monumentaisobras do Renascimento por OscarNiemeyer, ao vivo e a cores!!!

Catedral de Brasília, projeto de Oscar Niemeyer e vitrais deMarianne Peretti, nascida em Paris, filha de pai pernambucano emãe francesa, vive hoje em Olinda

Vitrais do Santuário Dom Bosco, em homenagem ao padroeiro deBrasília, tem 12 tonalidades de azul. Projeto do arquiteto CláudioNeves, com imenso lustre central de Alvimar Moreira

Vitral da Capela Jaburu, no Palácio Jaburu, em Brasília, residênciaoficial do vice-presidente do Brasil, às margens do Lago Paranoá,recentemente retratado em grande paínel fotográfico

Usufrua da comodidadedo VIII CongressoNacional: Brasília fica aduas horas dasprincipais cidades doBrasil, e o CentroInternacional deConvenções do Brasil,localizado na Asa Sul,no Setor de ClubesEsportivos Sul, Techo02, Conj.63, Lote 50, aapenas 15 minutos doAeroporto Internacional

Depois de realizar o VII CongressoNacional em Foz do Iguaçu (PR),a Sociedade Brasileira de Oftal-

mologia promove o seu VIII Congressoem Brasília, de 9 a 11 de julho, no Cen-tro Internacional de Convenções do Bra-sil (CICB), o terceiro maior do país: su-plantado apenas pelo do Anhembi (SP)e Riocentro (RJ).

Distante 15 minutos do Aeropor-to Internacional, 8 minutos do SetorTurístico/ Hoteleiro Norte e 12 mi-nutos do Setor Hoteleiro Sul e Norte,o Centro Internacional de ConvençõesBrasil fica a 3 minutos do SetorGastrônomico, a 10 minutos daEsplanada dos Ministérios e a 8 mi-nutos do Setor de Embaixadas.

-Todos esses fatores vão contribuirpara o fácil acesso dos congressistas, acre-ditam João Alberto Holanda de Freitase Durval Moraes de Carvalho Jr., res-pectivamente presidente da SociedadeBrasileira de Oftalmologia e do VIIICongresso Nacional, que destacam tam-bém as dimensões e estrutura do CICB,permitindo eventos e reuniões de gran-de, média e pequenas dimensões, sem-pre com o objetivo de proporcionar omelhor ambiente aos participantes, ga-rantindo conforto e segurança.

No entanto, para João Alberto eDurval Jr., o mais importante fator para

que os colegas participem do VIII Con-gresso é a Programação Científica (a gra-de e parte dos palestrantes já confirma-dos estão disponíveis no sitewww.sbo2015.com.br e no 2º Comu-nicado já enviado) é a qualidade do con-teúdo, que abrange praticamente todasas subespecialidades.

- Além das palestras, estão confirma-das Cirurgias ao Vivo com Femtosegundo,Fórum dos Residentes, III Encontro Na-

Obra de Marianne Peretti reúne os destaquesdas seis décadas de trabalho da única mulher aintegrar a equipe de Oscar Niemeyer

cional das Ligas Acadêmicas, Defesa Pro-fissional, Cursos Teóricos de Gonoscopia eNervo Óptico (estereofoto de papila eOCT), Campimetria, Lentes Refrativas(Artisan, Artflex, ICL e Sulcoflex), CTRetina, Ultrassonografia, Smartphones eTablets na Oftalmologia, Faco Básico eFaco Avançado.

- Outro destaque são os Workshops(Teórico/Prático) abordando: Femto-segundo Lensx e Verion, LIO Premium

(Tórica, MF/montagem), Lentes de Con-tato Especiais (Escleral, Rose K).

- As inscrições para os sócios quitescom a anuidade de 2015 da SBO sãogratuitas, mas obrigatórias, alertam JoãoAlberto Holanda de Freitas e DurvalMoraes de Carvalho Jr., lembrando queas vagas são limitadas. Para os cursosteóricos e práticos haverá cobrança detaxas de R$ 200,00 e R$ 150,00, res-pectivamente.

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia6

Aspectos práticos do Consentimento InformadoRenato Battaglia*

Na última edição do JBO (nº 166),vimos a importância de o médico obter oTermo de Consentimento Livre e Esclare-cido (TCLE) de seu paciente, uma vez queos tribunais o estão exigindo e condenan-do o médico que não provar tê-lo obtido,previamente do paciente.

Vejamos agora oito aspectos práticosque podem contribuir para que o colegaoftalmologista não tenha muito aborre-cimento, estresse emocional, com perdade tempo, reputação e dinheiro.

1. Forma - Nenhuma Lei exige formal-mente o TCLE, apenas o Conselho Federalde Medicina (CFM) o faz. O CFM aceitatanto a forma escrita como a oral. Recomen-damos expressamente que você use ape-nas a forma escrita do TCLE. Em uma dis-puta judicial, se o paciente disser que vocênunca falou sobre TCLE, como você preten-de provar sem um documento escrito? Seráa sua palavra contra a dele? E se o juiz dis-ser que você é quem tem que provar?

2. Linguagem - Use as palavras maissimples possíveis. Nada de termos técni-cos. O paciente não sabe o que é afacia ouamaurose. Nem o juiz! O Código de De-fesa do Consumidor (CDC) obriga oprestador de serviço (você, médico) a ori-entar o consumidor (ele, paciente) em lin-guagem clara e adequada a seu (dele, pa-ciente!) grau de compreensão.

3. “Customização”-Evite redigir umTCLE que pareça um “Termo de Adesão”.Termo de Adesão é aquele em que o propo-

nente apre-senta um docu-mento e o consumidor não pode mudarnada, apenas assina. O proponente é o “ladoforte” e o consumidor é o “lado fraco”, queapenas adere, sem poder mudar cláusulaalguma. Um TCLE “genérico” demais, pas-sando a sensação de que o coitadinho do pa-ciente não teve alternativa, a não ser assi-nar, será muito provavelmente des-considerado pelo juiz. Tente redigir umTCLE o mais “customizado” possível, comose fosse específico para aquele paciente. Sa-bemos que é trabalhoso, mas pode ser demuito valor. Existem uns TCLEs específi-cos, que algumas sociedades desubespecialidades criaram, como: “para ci-rurgia de catarata”, “para refrativa”, etc., etc.Não são o ideal, mas são melhores do que otermo genérico ou de adesão.

4. Dizeres - “Escrevo tudo de negati-vo/drástico/ruim que pode acontecer”?

Óbvio que sim! “Mas aí, o paciente poderádesistir da cirurgia”, você dirá. Escreva tudoe converse com o paciente. Desmistifiqueseus medos. Você saberá passar-lhe confi-

ança. Pense que, se acontecer algumproblema imprevisto no TCLE, oadvogado do paciente dirá queeste não foi informado do risco,

para decidir se queria corrê-lo ounão. Você precisará de uma defesa mui-

to técnica e consistente, do ponto devista médico, para provar que teria havidoum “insucesso médico” e não um “erromédico”. Do contrário, muito provavel-mente você perderá esta ação na Justiça.

5. Testemunhas - Temos visto mui-tos TCLEs com assinatura de apenas umatestemunha. Por favor, tenha sempre duastestemunhas, com nome legível e CPF. Dêpreferência para que as testemunhas se-jam familiares ou acompanhantes do pa-ciente, desde que maiores de idade. Nafalta de testemunhas do paciente, colo-que suas testemunhas.

6. Uso - Em todos os procedimentoscirúrgicos e nos procedimentos clínicosde risco. Na tonometria? Não. Naangiofluoresceinografia? Sim. Ajude oseu advogado. É melhor, não é?

7. Quando? - “Se for na 1ª consulta,talvez o paciente não volte”. Sim, mas sefor assinado com o paciente deitado namaca, no corredor de entrada do CentroCirúrgico, o juiz vai desconsiderar! Temosvisto clínicas que entregam o TCLE no mo-

mento da marcação da cirurgia. O pacien-te o leva para casa e o traz de volta no diada cirurgia. Isto pode ser ideal, desde quehaja um intervalo de pelo menos 3 a 4 diasentre a entrega e a devolução do TCLE. Éclaro que constará do TCLE que houve esteintervalo entre a entrega e a devolução!Jamais daremos chance para que o advo-gado do paciente diga que não houve tem-po para uma decisão consciente!

8. “Ghost Surgeon”- Se você resol-veu que chamará um “cirurgião fantas-ma”, mais experiente, para o ajudar, con-verse com o paciente e inclua-o no TCLE.Agora ele deixa de ser um fantasma e passaa ser real. Soubemos de um caso em queum oftalmologista chamou um colegaexperiente, sem que o paciente sequersuspeitasse. Só depois que o paciente en-trou na Justiça, ficou claro que o verda-deiro autor do fato era “o outro”. Soube-mos que o desfecho foi mau.

Um TCLE bem adequado, bem escri-to e completo, ajuda muito, mas não as-segura que você ganhará a ação. Au-sência do TCLE garante a sua condena-ção por negligência médica (“culpa mé-dica”). Já um TCLE inadequado e mal es-crito, provavelmente garante a sua con-denação, no mínimo, por “dano moral”.

*Médico e advogado. Membro da Co-missão de Defesa da SBO 2015-2016.Presidente da Comissão de Direito Médi-co e da Saúde da OAB/Barra. Sócio-dire-tor da Battaglia Advogados Associados.

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7Novembro - Dezembro - 2014

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Proposta para melhor remuneração nos planos de saúde

RECORTE E GUARDE

NÚMERO 10

Questões tributárias, contábeis e fiscais na área de Saúde

Grupo Asse, Sindicato dos Médicos do RJ e Dieese buscam melhor remuneração para médicos

VITOR MARINHODiretor do Grupo Asse

[email protected]

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia8

Grupo Asse, através de seu diretorfundador Vitor Marinho, contador e ana-lista tributário, esteve, reunido com di-retores do Sindicato dos Médicos doRJ, Drs. Rogério Barros e Teixeira, juntocom a advogada do Sinmed-RJ, RenataZaed e do economista do Dieese, JardelLeal, com fim de fazermos um estudo devalores para proposta de remuneração deplanos de saúde e convênios.

O Sindicato tem se empenhado emfazer parcerias para que juntos possamosviabilizar possibilidades de implantaçãode cargos, carreiras e salários para os mé-dicos junto à rede municipal e estadual,melhores condições de atendimento aospacientes e remuneração justa para osmédicos, tão defasada há anos pelos pla-nos de saúde e convênios.

Para o médico que tem o seu con-sultório, as despesas em proporção àconsulta recebida, em média de R$70,00, inviabiliza o atendimento, poisas despesas são expressivas à percepçãodeste honorário, como aluguel, condo-mínio, funcionário e encargos sociais,

impostos, energia elétrica, telefone,materiais limpeza, conservação,descartáveis, escritório, reparos e con-servação, depreciação estrutura física,

contador, anuidades de classe, impres-sos e livros de atualização profissional,roupas, refeição, locomoção e tantasoutras necessárias, que deixam o médi-

co no vermelho. São 9 anos de estudopara salvar vidas.

É digno de nota que sobre esta con-sulta média de R$ 70,00, o governo exi-ge 27,5% de IR. Façam as contas e vejamque absurdo! O médico recém formadosem pacientes fica à mercê dos planos desaúde e convênios.

O Simples Nacional, que reduziria acarga tributária para o médico, o gover-no demonstrou como vê os médicos noBrasil com injustiça e falta de dignidade,dando para os advogados uma alíquota de4,5% quando para os médicos concedeuuma alíquota de 16,93% a 22,45%.

Em pouco tempo de parceria com oSinmed-RJ o Grupo Asse abriu um canalsem qualquer ônus, a todos médicos sin-dicalizados, para que tirem suas dúvidasfiscal, tributária, contábil, depto.pessoalou acessem o site do Sindicato, do qualconstam centenas de matérias de interes-se de todos médicos.

A partir da esquerda, Renata Zaed, advogada do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, VitorMarinho, do Grupo Asse, com o economista do Dieese, Jardel Leal, e dois dirigentes do Sinmed RJ,Rogério Barros e José Teixeira Alves Jr.

Divulgação

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Apesar dos avanços, o mundo da medicina ainda é masculinoConjugar a carreira com a maternidade ainda são problemas para a maioria das médicas

Atualmente de cada dez estudantes de medicina, seissão mulheres. E na oftalmologia, para cada dois profissionais homens existe uma mulher. No entanto,

apesar da crescente participação feminina, a oftalmologiaainda é um “Clube do Bolinha”, como constatou ValériaHomem observando a Galeria de Presidentes no auditórioda SBO, na posse de João Alberto Holanda de Freitas.

Com sua tradicional irreverência, Valéria Homem(RJ), professora do curso de pós-graduação da SBO,verbalizou um sentimento dominante entre as mulhe-res médicas: o mundo da medicina ainda é masculino eo da oftalmologia não foge à regra. E a razão para estefato não é a falta de competência profissional, mas osinúmeros papéis assumidos pelas mulheres na socie-dade moderna, assim como as atribuições e cobranças.

Segundo levantamento recente da Isma-BR

Jornal Brasileiro de Oftalmolo-gia-Como resolveu estudar medicina?Influência familiar? Por que a esco-lha pela oftalmologia? E pela retina evítreo?

Silvana Vianello- Na verdade a es-colha da profissão é algo que fazemosmuito cedo, sem conhecer exatamente oque desejamos fazer a vida toda. Comi-go não foi diferente, pois ao 16 anos jáme preparava para entrar na universi-dade sem certeza do que escolher. A mi-nha decisão foi baseada no meu desem-penho escolar e no grande desejo quemeus pais e minha avó tinham de teruma médica na familia, além da novida-de de estudar em outra cidade...

Costumo dizer que se escolhi a me-dicina sem maturidade, acertei muito aoescolher a oftalmologia.É uma especia-lidade linda e desafiadora.Tive um co-lega que me influenciou muito e meapresentou a especialidade, assistindo asprimeiras cirurgias, revelando fotos deretinografia em laboratório e ganhandomeus primeiros "trocados" na medicina.

Confesso que a área de retina e vítreome encantou na primeira fundoscopiaque fiz. Passava minhas tardes livres fa-zendo fundoscopia nos pacientes deAIDS para Dr. Kalil Hallack, um profes-sor infectologista .Já na residência tivecomo mestre Dr. Márcio Nehemy que meinspirou na especialidade por sua disci-plina, competência e habilidade e eu, ain-da muito jovem com 23 anos de idade,decidi sem dúvidas pela subespecialidade.

JBO-Quando entrou para a facul-dade, o número de mulheres era igualao de homens?

SV-Faço parte de uma geração de mu-lheres que foram criadas para estudar eserem profissionais bem sucedidas. Naminha turma o número de mulheres já erabem próximo da metade e as alunas erammuito bem colocadas com rendimento es-colar equivalente ao dos rapazes.

JBO- Hoje, os dados do IBGE mos-tram que o número de mulheres estácrescendo na medicina, particularmen-te em algumas subespecialidades, comodermatologia. Na oftalmologia também.Qual seria, na sua opinião, a razão dessecrescimento? Acha que o fato de sermulher muda a prática médica? Algu-mas mulheres acham que são mais aten-ciosas, detalhistas, o que ajuda na práti-ca diária. A senhora concorda?

SV-Acho que homens e mulheres

ção médico-paciente, da clínica sobera-na pelos recursos técnicos indiscri-minadamente. A tecnologia nos trouxemuito, mas não pode nos tirar o que étradicionalmente bom e humano.

Também tem essa banalização da fi-gura do médico e a má remuneração. Tem-pos difíceis e improváveis aos meus olhosquando me formei há duas décadas...

JBO-Fora da prática médica quaissão suas áreas de interesse? Tem al-gum hobby, por exemplo?

SV-Adoro decoração e arquitetura.Estudo e se pudesse fazia uma obra todoano. Também gosto de História e costu-mo fazer viagens com minhas filhas bus-cando Historia Brasileira.

Não tenho muito tempo atualmen-te, mas adoro esportes.

JBO-Ainda é pequeno o número demulheres oftalmologistas em cargos dedireção de entidades. Na sua opinião,qual seria a razão? Pensaria em secandidatar a um cargo executivo numaentidade oftalmológica? Vê discrimina-ção de gênero?

SV-Acho que cargos diretivos exi-gem muita dedicação, o que só é possí-vel para uma mulher com disponibili-dade para isto, sem filhos ou com filhosjá crescidos e independentes. Tambémexige uma companheiro muitoparticipativo e desapegado.

Tenho participado de diretorias e atu-almente sou diretora de assuntos profis-sionais da SBRV, onde também já fui vice-presidente regional.Fundei a AZMO comcolegas da Zona da Mata Minera e fuipresidente por dois anos com importan-tes conquista de classe do grupo.

Não me sinto discriminada, meus co-legas são muito generosos comigo e ficomuito lisonjeada pelo respeito que venhoconquistando na oftalmologia, mas seidas minhas limitações quanto a tempoetc... e no momento, meus projetos estãodentro das minhas possibilidades.O fu-turo " a Deus pertence"...

JBO-Quais os conselhos/suges-tões daria para quem quer fazer of-talmologia?

SV-Os mesmos que daria a todos quequerem estudar medicina, incluindominhas filhas: respeito ao ser humano,comprometimento, dedicação egenerosidade.Todo o resto de bom a vidalhe devolve com o tempo. É uma profis-são que exige, mas é justa e generosa comos bons profissionais.

Para Silvana, depois do nascimento da primeira filha, a segunda e terceiramaternidade tiveram que ser adiadas até a conclusão da tese de doutorado

(International Stress Management Association em in-glês), organização voltada para a pesquisa e o desen-volvimento da prevenção e tratamento do estresse nomundo, 88% das mulheres sofrem de ansiedade e en-tre os homens, esse índice cai para 81%.

O acúmulo de funções: mãe, esposa, profissional,amiga, cidadã, ainda hoje, gera um sentimento de cul-pa entre as mulheres, de acordo com a Associação Bra-sileira de Mulheres Médicas (ABMM).

Aproveitando as comemorações do Dia Internaci-onal da Mulher (8 de março) e o Dia Nacional da Mu-lher (30/4), a Sociedade Brasileira de Oftalmologiaentrevistou Jacqueline Coblentz (RJ) e Silvana Vianello(MG), respectivamente, membros efetivo e suplente doconselho fiscal para o biênio 2015-2016.

Silvana Vianello, formada em Medicina pela Uni-

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Glaucio, Silvana eas três filhas:Isabela, Giovanna eMariana. Em suatese de doutorado,em 2002, Silvanasó tinha Isabela,Nosagradecimentos, umespecial àprimogênita: “agoravamos poder brincarde bonecas...”

No centro cirúrgico, só o paciente é importante,afirma Silvana Vianello, que fundou o Centrode Estudos da Visão em 2004

têm a mesma capacidade para exercer amedicina. É claro que existem caracte-rísticas muito marcantes de cada sexoque são levadas para a maneira de lidarcom o paciente. As mulheres têm a in-tuição e o instinto de cuidar maisaflorados e talvez por isto sejam consi-deradas mais atenciosas. Emcontrapartida, os homens dispõem demaior senso prati-co e objetividade.Penso que é indis-pensável a ambos ocomprometimentoe a vocação para serbom profissionalda medicina.

JBO-Acha queexiste alguma es-pecialidade médi-ca que ainda é di-fícil para a mu-lher que é mãe?

SV-Acho quequalquer profissão éum desafio para amulher que é mãe edona de casa! Traba-lho com secretárias,enfermeiras, executivas, médicas e, emnossas conversas, percebo que a dificul-dade para administrar tarefas domésticase trabalho é semelhante. Há cerca de trêsanos estive em um almoço em Boston comDra. Susan Bressler quando este assuntofoi debatido entre as médicas oftalmolo-gistas retinólogas americanas. Como po-demos ver, é uma questão universal!

JBO-Você é cirurgiã e clínica,como concilia sua profissão com amaternidade?

SV-Preciso estar com os compromis-sos bem organizados. Também precisoter sempre um "plano B" para o caso deocorrer um imprevisto.

De uma maneira geral, minhas filhasse adaptam bem a esta rotina meio com-plexa, com mãe que falta à reunião esco-lar, chega atrasada às vezes, mas se sen-tem muito orgulhosas quando falam aos

coleguinhas sobre amamãe que viaja aoexterior e opera pes-soas e dá aulas, etc.

JBO-Você écasada com ummédico. Esse éum fator que faci-lita ou dificulta odia a dia familiar?

SV-Imaginemdois médicos... e to-dos os imprevistos eurgências de ambos,além de congressos,agenda apertada.Não é fácil não, mastalvez exista maiscompreensão deambos nas situações

imprevisíveis.JBO-Como vê a medicina e espe-

cialmente a oftalmologia no Brasilatual?

SV-Vejo com muita preocupação.Como já tenho 20 anos de profissão, achoque posso fazer uma análise retrospec-tiva longa, e realmente acho que muitodos valores importantes da profissão vêmse perdendo, com um foco muitoimediatista dos novos profissionais (comexceções, é claro). Há uma troca da rela-

versidade Federal de Juiz de Fora, em 1991, fez Resi-dência no Instituto Hilton Rocha. Com mestrado e dou-torado, é casada com um médico cirurgião de abdômen,Gláucio, e tem três filhas: Isabela, Giovanna e Mariana.

Formada em Medicina pela Universidade GamaFilho em 2002, Jacqueline Coblentz fez Residênciano Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, da Uni-versidade Federal do Estado do Rio de Janeiro(Unirio). Tem mestrado pela UFF e está viajando parao Canadá, convidada por Miguel Burnier, para fazerdoutorado na McGill University, em Montreal. Sua teseserá sobre melanoma uveal.

Confirmando a importância do apoio familiar,Jacqueline vai ficar um ano e meio fora, acompanhadado marido, Rafael, administrador de empresas, e dosdois filhos, Gabriel e Lucas.

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11Janeiro - Fevereiro - 2015

Jornal Brasileiro de Oftalmologia-Como resolveu estudar medicina? In-fluência familiar/ Por que a escolha daoftalmologia? E pela retina e vítreo?

Jacqueline Coblentz-Não tive ne-nhuma influência familiar, mas muitoincentivo tanto por parte dos meus pais,da minha avó materna, quanto dos meusirmãos Inicialmente pensei até em fazerLetras, já que domino inglês, francês eespanhol. Mas a medicina era meu sonho,queria ser cirurgiã geral. Trabalhando noHospital Municipal Miguel Couto, osplantões e as emergências na cirurgia melevaram a repensar minhas opções, umavez que sempre soube que queria ser mãe.Na ocasião, a oftalmologia me pareceu amelhor opção, pois eu poderia clinicar,fazer cirurgias, mas emergências seriammais raras. Devo muito naquele momen-to também à influência do prof. MárioMotta, meu maior exemplo na especiali-dade que acabei escolhendo.

JBO- Quando entrou para a facul-dade, o número de mulheres era igualao de homens?

JC- Era praticamente igual, princi-palmente na Residência Médica.

JBO- Hoje, os dados do IBGE mos-tram que o número de mulheres estácrescendo na medicina, particularmen-te em algumas subespecialidades, comodermatologia. Na oftalmologia também.Qual seria, na sua opinião, a razão dessecrescimento? Acha que o fato de ser

mulher muda a prática médica? Algu-mas mulheres acham que são mais aten-ciosas, detalhistas, o que ajuda na práti-ca diária. A senhora concorda?

JC- Concordo com a Silvana, achoque qualquer profissão é um desafiopara a mulher que é mãe e dona de casa!Mas certamente, abraçar a medicina éum desafio maior do que em algumasoutras profissões.

JBO- Como clínica e cirurgiã,como conciliar sua profissão com amaternidade?

JC- Meu marido, que é administradorde empresas, e eu, decidimos ter filhoslogo e sem dar um grande intervalo entre

os dois (Gabriel tem 6 anos e Lucas, 3).Para isso contei e conto com o apoio dele,da minha mãe e sogra. Como decidimosnão ter babá, dedico minhas manhãs àscrianças, exceto nos dias em que trabalhono Hospital Gaffreé e Guinle, da Unirio,de cujo staff faço parte. À tarde estou noconsultório e os meninos na escola. Comomeu marido tem um horário relativamen-te fixo, ele fica com as crianças até eu che-gar e depois jantamos todos juntos. Por-tanto, tenho pouco tempo livre, pois osfins de semana são dedicados a eles.

Ao observar muitas colegas,estressadas, com sentimento de culpa pelapouca atenção que podem dispensar aosfilhos, acho que fiz a opção certa. Mas, cla-ro, cada caso é um caso. Quem tem queajudar a família, por exemplo, não podedeixar de trabalhar em plantões, por maisestafantes e mal remunerados que sejam.

JBO- Como vê a medicina e especi-almente a oftalmologia no Brasil atual?

JC- Faço minhas as palavras daSilvana, embora tenha menos tempo deprofissão, observo, principalmente noserviço público, a deterioração crescenteda medicina. Razão pela qual aceitei comentusiasmo o convite para ir para o Ca-nadá. É um sonho que vou realizar: estu-dar num país do Primeiro Mundo numauniversidade do ranking da McGill, queacaba de inaugurar seu novo hospital.

JBO- Fora da prática médica,

Jacqueline, o marido Rafael e os filhos Gabriele Lucas. Todos vão acompanhá-la no doutoradono Canadá, em Montreal

Companheirismo e compreensão são indispensáveis, diz Jacqueline,que está indo para o Canadá com o marido e os filhos para fazer doutorado

Na Clínica de Olhos Mário Motta, seu maiorincentivador, Jacqueline trabalha à tarde. Ascirurgias são geralmente no final do dia

quais são as suas áreas de interesse?Tem algum hobby, por exemplo?

JC- Como já disse, me sobra poucotempo para outras atividades, além damedicina e da maternidade, mas meumarido e eu não abrimos mão de reuni-ões com amigos, aquele papo informal,jogar conversa fora etc. Gostamos tam-bém de ouvir música, ir ao teatro. En-fim, os programas comuns entre casais.

JBO- Quais os conselhos/suges-tões que daria a todos que queremfazer oftalmologia?

JC- Persistir do seu sonho, sempre.Procurar dar o seu melhor. Buscar o nichoque acha mais condizente com sua perso-nalidade, seja a prática clínica, cirúrgicaou acadêmica. Nunca esquecer que dooutro lado da mesa de um consultório temuma pessoa que conta com a sua ajuda.

Continuação da página 10

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia12

Com apoio da SBO, Sociedade Catarinense participa de evento da TV GloboPara Ramon Ghanem, Programa Bem Estar Global permitiu divulgar cuidados para a boa saúde ocular

O Programa Bem Estar Global reali-zado no dia 30 de janeiro de 2015,em Florianópolis, Santa Catarina,

no Trapiche Beira Mar, contou com a par-ticipação de diversas sociedades médicasde especialidades, destacando-se a Tendados Olhos, sob a coordenação da Socieda-de Catarinense de Oftalmologia -SCO,filiada à SBO.

O evento, apoiado pela Sociedade Bra-sileira de Oftalmologia, que financiou obanner e parte do material gráfico da Ten-da dos Olhos, reuniu cerca de 5 mil pes-soas apesar da chuva, segundo estimati-vas da produtora da TV Globo, KarinaDorigo, que destacou ainda o fato de pelaprimeira vez o programa ter sido todotransmitido do local do evento.

O programa Bem Estar vai ao ar todasexta-feira das 10 às 11 horas, após o pro-grama da Ana Maria Braga, na TV Globo.O objetivo é focar assuntos de interessena área de saúde e lazer, sempre visando obem estar da população. Bimestralmenteele é realizado fora dos estúdios, em cida-des pré-determinadas antecipadamente,com transmissão pela filiada local da TVGlobo durante todo o dia. Nacionalmenteé transmitido no horário normal do pro-grama.

Segundo Ramon Ghanem à época ain-da presidente da SCO, em Florianópolisforam feitos 256 exames de acuidade vi-sual, tendo cada visitante recebido umacompleta explicação sobre as principais

doenças oculares. Houve também fartadistribuição de folhetos explicativos so-bre a importância do exame oftalmológicoperiódico, que só pode ser feito por ummédico oftalmologista.

Os folhetos também listavam asprincipais doenças oculares, trazendouma breve explicação de cada uma,alertando sobre aquelas que podem le-var à cegueira. Também foram distribu-ídos livretos, já na 7ª edição, elabora-dos pelos Drs. Vinicius Coral Ghaneme Cleusa Ghanem.

No palco, o apresentador Fernando Rocha e a consultora dedermatologia do programa, Márcia Purcelli, estimularam aparticipação nas atividades de saúde e lazer

Na Tenda dos Olhos, informações sobre a importância do exameoftalmológico, que só pode ser feito por médico oftalmologista edistribuição de folhetos

À direita, o então presidente da Sociedade Catarinense deOftalmologia, Ramon Ghanem, orienta uma participante sobreos cuidados com os olhos

Da esquerda para a direita, Ricardo Isensee, administrador da SCO, a oftalmologistaAyla Bogoni, os residentes Fabíola Miani Licorni, Gustavo Bitencourt Wernercom Ramon Ghanem e a oftalmologista Renata Portella Nunes

Os médicos oftalmologistas e residentes do Hospital Governador CelsoRamos se revezaram das 9 às 15 horas para atender a população ávidapor informações. Os folhetos e livretos se esgotaram rapidamente

Antes do início dasatividades, as tendas jáprontas. O evento contacom o apoio do Sesi e jános programas Bem EstarGlobal de Belo Horizonte eBelém as tendas foramclimatizadas, ajudando oatendimento e realizaçãode exames

Novos presidentes dirigem a Associação Rondoniense de Oftalmologiae as Sociedades Catarinense de Oftalmologia e Paraense de Oftalmologia

Ano novo vida nova para diversas sociedades filiadas à SBO.2015 começa com trêsentidades sob novos presidentes.Renata Campos Sales substitui Cleiton Cassio Bach na presidência da Associação

Rondoniense de Oftalmologia.Ayrton Roberto Bravo Ramos foi empossado na presidência da Sociedade Catarinense de

Oftalmologia, substituindo Ramon Coral Ghanem , no recente XII Congresso Sul-Brasileirode Oftalmologia/ XVIII Simpósio de Atualização em Oftalmologia, realizado em Joinville,no Bourbon Business Hotel.

Na Sociedade Paraense de Oftalmologia, Frederico José Correa Lobato substitui LauroJosé Barata Lima.

Leia na próxima edição do JBO a participação da Sociedade Brasileira de Oftalmologia nos programas Bem Estar Global de Belo Horizonte, Minas Gerais,sobre a coordenação de Cléber Godinho, e de Belém do Pará, com a Sociedade Paraense de Oftalmologia presidida por Frederico José Correa Lobato

Ayrton Roberto BravoRamos

Frederico José CorreaLobato

Renata Campos Sales

Fotos Endrigo Righeto

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13Janeiro - Fevereiro - 2015

Jornal Brasilei-ro de Oftalmolo-gia- Recentemen-te, a empresaBausch&Lomb so-licitou um recallno Brasil das len-tes EnVista®, ale-gando que emmuitos dos frascos

a solução que embala a lenteintraocular teria “evaporado” e o fa-bricante se propunha a trocar de ime-diato o produto caso isto fosse cons-tatado pelos cirurgiões. No passadojá tivemos problemas exatamente como sistema de fechamento de frascosacondicionando lentes intraocularesem soluções. Este fato pode nos levara um grau maior de preocupação comestes sistemas de embalagem?

Liliana Werner -Há algum tempo atráseu estava fazendo umestudo in vitro que in-cluía estas lentes. No-tei este problema emalguns dos frascos eimediatamente entreiem contato com o fa-bricante explicando osachados. A lente per-de a sua flexibilidadequando seca, assim esteé um problema impor-tante. Eles iniciaramuma investigação e fa-laram que iriam corri-gir o problema, o queacredito já foi feito.

JBO- Num passa-do recente, convivemos com verda-deiras epidemias de opacificação delentes intraoculares. Aparentemen-te, hoje não se questiona muito estacomplicação. Isto é um fato ou vocêainda constata que opacificação delentes continua sendo um aconteci-mento raro, mas existente? Em quelentes? Quais as razões?

LW - Ainda recebemos no nosso la-boratório lentes explantadas devido àopacificação pós-operatória. Em geral,recebemos lentes de 3 peças de PMMAque foram implantadas muitos anosatrás (nos anos 80/90), explantadas de-vido a “snowflake degeneration” (estescasos estão ficando mais raros), lentesem silicone explantadas devido acalcificação na superfície óptica posteri-or em olhos com hialose asteróide, e a

maioria ainda é representada por lenteshidrofílicas acrílicas calcificadas. Nestescasos, temos recebido um número cres-cente de lentes hidrofílicas acrílicas quese calcificaram após cirurgia do tipoDSEK, DMEK, ou semelhante, commúltiplas injeções intracamerulares dear ou gás. Nosso último artigo sobre esteproblema apareceu na capa do “Journalof Cataract & Refractive Surgery” emjaneiro deste ano. Esta complicação noslevou a recomendar que em pacientesque serão operados de catarata, mas quetêm um problema corneano que podelevar à indicação de DSEK, DMEK, ouprocedimentos semelhantes que, even-tualmente poderão estar associados amúltiplas injeções de ar ou gás, deve-seevitar o implante de lentes hidrofílicasacrílicas.(1)

JBO- A questão da presença de“glistenings” conti-nua sendo um temade preocupação paraos cirurgiões ouvocê, em suas obser-vações, já não vêmais este fenômenocomo alarmante?Quais as lentes ondeo fenômeno é maisexuberante ? No pas-sado, David Applemanifestava grandepreocupação com es-tas alterações estru-turais presentes emalgumas lentes e che-gou a prever gravesprejuízos visuaispara os pacientes du-

rante uma de suas palestras naASCRS. Como você vê este panora-ma nos dias de hoje?

LW - Glistenings, com certeza, podemser observados em lentes diferentes, masainda estão mais relacionados ao materialda lente AcrySof® (Alcon). Nestas lentes,um exame bem feito sob lâmpada de fendaem geral mostra a sua presença em grausvariados. Estudos demonstraram que aincidência e intensidade dos glistenings po-dem aumentar até mais ou menos 3 anosapós a cirurgia, ficando estáveis após estetempo. Em termos de impacto clínico, amaioria dos estudos clínicos não mostrainfluência sobre a acuidade visual e exis-tem alguns relatos de uma possível in-fluência sobre a sensibilidade de contras-te em condições específicas. Em geral, édifícil estabelecer uma correlação precisa

entre o grau de glistenings e sintomas dospacientes.(2)

Outro achado que tem sido bastantedescrito na literatura nos últimos anossão os nanoglistenings, também relaciona-dos à hidratação do material da lenteAcrySof®. Enquanto os glistenings sãovacúolos preenchidos por líquido, emgeral medindo de 1 a 20 micras e distri-buídos dentro da óptica da lente, osnanoglistenings são moléculas aquosas bemmenores, encontradas apenas na superfí-cie óptica da lente. Durante exame à lâm-pada de fenda, se a luz tem um ângulode incidência de 30 graus ou mais, a len-te pode apresentar uma aparênciaesbranquiçada (devido à dispersão lumi-nosa – “light scattering”). Parece que ograu de nanoglistenings pode aumentar até10 anos ou mais após a cirurgia. No en-tanto, estudos até agora não demonstra-ram influência sobre atransmissão luminosada lente, ou sobre afunção visual.(3,4)

JBO- Apesar detodo um esforço demarketing com as len-tes multifocais (LIOsM), o que se observade fato é que opercentual de colegasque as utilizam aindacontinua menor queuns 30% (por favor,me corrija se estiverequivocado). Em suaexperiência, quais asmaiores razões deexplantes de lentesintraoculares? E porquê mais de 70% dos cirurgiões de ca-tarata ainda não “confiam” plenamen-te em implantá-las?

LW - No último artigo que publica-mos relacionado aos questionários sobreo explante de LIOs, o segundo tipo maisfrequente de lentes explantadas foramlentes multifocais (23% das respostas re-cebidas). Os sintomas mais comuns fo-ram aberrações visuais e diminuição daacuidade visual. A razão mais comumpara o explante destas lentes foi glare/aberrações ópticas (68%). Alguns cirur-giões acreditam que a taxa de explantede LIOs multifocais seja maior do que oque é em geral descrito na literatura, jáque alguns pacientes acabam procuran-do outros oftalmologistas para avaliar ossintomas de glare/aberrações ópticas, enão é o cirurgião original, que acaba

explantando a lente. Conversando comum cirurgião daqui, ele comentou quejá explantou várias lentes multifocaisimplantadas por outros colegas, mesmoque em geral ele não implante estas len-tes (e devido a esta experiência ele nãopretende incrementar seu número de im-plantes de lentes multifocais).(5)

JBO - Algumas das contrain-dicações para o emprego de LIOs Mseriam presença de floatters, altera-ções corneanas, retinopatia diabética... e, um pouco controverso, presen-ça de DMRI. Alguns acreditam que adegeneração não impediria a indica-ção. Pessoalmente, sou contra. Hoje,um paciente aos 70 anos pode não terDMRI, mas e se vier a desenvolveresta maculopatia aos 75 ou 80 anos?Como ficaria a visão? A sensibilidadede contraste? Como você analisa esta

situação ou mesmoseus colegas mais pró-ximos?

LW - Eu pessoal-mente concordo plena-mente, e conversandocom colegas aqui, elesnão implantariam umalente multifocal em umpaciente que tivessequalquer sinal, mesmomuito inicial deDMRI.

JBO- No campoda cirurgia de catara-ta assistida porfemtosegundo, umtrabalho recente falaem casos de haze eruptura de cápsula.

Como sabemos, a capsulotomiacurvilínea anterior a laser não passade um processo de picotamento des-ta membrana com o femto (muito si-milar “às bordas de selo postal”). Atéonde isto configura um enfraqueci-mento das bordas destas capsu-lotomias e que possam comprome-ter a fratura de um núcleo denso?

LW- Estudos demonstraram que ageometria e circularidade da capsu-lotomia anterior feita com o laser defemtosegundo são melhores e maisconstantes em comparação àcapsulotomia manual. No entanto, osbordos da capsulotomia manual sãomais regulares. As irregularidades nosbordos da cápsula anterior após

A opinião de uma expert em lentes intraocularesLiliana Werner analisa os avanços na implantação de lentes intraoculares, mas recomenda cautela

A seção International Corner do JBO traz uma nova entrevistacom a brasileira Liliana Werner, hoje também cidadã norte-ameri-cana, nome que dispensa apresentações. Professora Associada naUniversidade de Utah e codiretora da Intermountain OcularResearch Center, John A. Moran Eye Center, de Salt Lake City,Liliana Werner é considerada uma das maiores autoridades mundi-ais em estudos ligados à patologia dos implantes intraoculares.

Na edição 144 do JBO, Liliana Werner, entrevistada porFernando Trindade, falou sobre sua formação profissional, iniciada

no Brasil, depois na França, onde começou estudando retina, ecomo se interessou pelo estudo de lentes intraoculares, o que alevou a terminar sua formação nos Estados Unidos, com DavidApple. Na ocasião, em 2011, surgia a nova geração de lentesintraoculares acomodativas, tema também da entrevista.

Hoje, no número 167 do JBO, entrevistada por Miguel ÂngeloPadilha, Liliana Werner aprofunda alguns temas importantes emlentes intraoculares e novas técnicas cirúrgicas, inclusive o recenterecall no Brasil das lentes EnVista®.

Liliana Werner

“Embora fato raro,ainda recebemos no

nosso laboratóriolentes explantadas

devido àopacificação pós-

operatória. Em gerallentes de 3 peças

de PMMA”

“Eu pessoalmente,assim como outros

colegas, nãoimplantaríamos umalente multifocal em

um paciente quetivesse qualquer

sinal, mesmo muitoinicial, de DMRI”

Continua na página 14

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia14

Mauro Menegaz, presidente da Liga deOftalmologia da UFF, uma das presençasconfirmadas

Dia 23 de maio, na SBO2º Interligas de Oftalmologia

capsulotomia a laser têm um potenci-al de se transformar em um rasgo(“tear”) da cápsula.(6)

Um estudo publicado na “Ophthal-mology” demonstrou uma taxa de rasgoda cápsula anterior significativamentemaior após capsulotomia a laser em com-paração à manual, com mais complica-ções do tipo extensão do rasgo até a cáp-sula posterior.(7)

Mais recentemente, em um estudocom mais pacientes, os mesmos autoresdescreveram que, apesar de que a ocor-rência de rasgos na cápsula anterior re-presenta uma preocupação na cirurgia alaser, as duas técnicas (cirurgia de cata-rata utilizando o laser de femtosegundoa laser, ou cirurgia padrão através defacoemulsificação) são aparentementeigualmente seguras. No entanto, nãocreio que os estudos disponíveis avalia-ram especificamente casos com núcleosmais densos.(8)

Referências bibliográficas

1. Werner L, Wilbanks G, Nieuwendaal CP,Dhital A, Waite A, Schmidinger G, Lee WB,Mamalis N. Localized opacification ofhydrophilic acrylic intraocular lenses afterprocedures using intracameral injection of airor gas. J Cataract Refract Surg. 2015Jan;41(1):199-207.

2. Werner L. Glistenings and surface lightscattering in intraocular lenses. J CataractRefract Surg. 2010 Aug;36(8):1398-420.

3. Werner L, Morris C, Liu E, Stallings S, Floyd

Cirurgia de catarata com femto e com facoA, Ollerton A, Leishman L, Bodnar Z. Lighttransmittance of 1-piece hydrophobic acrylicintraocular lenses with surface light scatteringremoved from cadaver eyes. J Cataract RefractSurg. 2014 Jan;40(1):114-20.

4. Morris C, Werner L, Barra D, Liu E, Stallings S,Floyd A. Light scattering and light transmittanceof cadaver eye - explanted intraocular lenses ofdifferent materials. J Cataract Refract Surg. 2014Jan;40(1):129-37.

5. Mamalis N, Brubaker J, Davis D, EspandarL, Werner L. Complications of foldableintraocular lenses requiring explantation orsecondary intervention - 2007 surveyupdate. J Cataract Refract Surg. 2008Sep;34(9):1584-91.

6. Mastropasqua L, Toto L, Calienno R, MatteiPA, Mastropasqua A, Vecchiarino L, Di IorioD. Scanning electron microscopy evaluationof capsulorhexis in femtosecond laser-assistedcataract surgery. J Cataract Refract Surg.2013 Oct;39(10):1581-6.

7. Abell RG, Davies PE, Phelan D, GoemannK, McPherson ZE, Vote BJ. Anteriorcapsulotomy integrity after femtosecondlaser-assisted cataract surgery. Ophthal-mology. 2014 Jan;121(1):17-24.

8. Abell RG, Darian-Smith E, Kan JB, AllenPL, Ewe SY, Vote BJ. Femtosecond laser-assisted cataract surgery versus standardphacoemulsification cataract surgery:outcomes and safety in more than 4000 ca-ses at a single center. J Cataract Refract Surg.2015 Jan;41(1):47-52.

Continuação da página 13

Professora Associada daUniversidade de Utah e co-diretorada Intermountain Ocular ResearchCenter, John A. Maran Eye Center,

Salt Lake City

Natural de Porto Alegre (RS), filho depais empresários do ramo de eventos esobrinho de oftalmologistas, MauroMenegaz idealizou e foi um dos funda-dores da Liga de Oftalmologia da Uni-versidade Federal Fluminense, em 2014,incentivado pelos professores, em espe-cial Luiz Cláudio Santos de Souza Lima,atual orientador da Liga, e Pedro CarlosCarricondo, diretor do Proto Socorro doHospital de Clínicas da Faculdade deMedicina da Universidade de São Paulo.

Um apaixonado pela especialidade,embora ainda esteja no 11º período doCurso de Medicina, Mauro Menegaz es-

tará participando, no próximo dia 23 demaio do 2º Interligas, das 8h30m às 13horas, no auditório da Sociedade Brasi-leira de Oftalmologia. Na ocasião, abor-dará Estrabismo junto com o prof. LuizCláudio Santos da UFF.

O 2º Interligas terá a participação dosex-presidentes Mário Motta (Unirio) eYoshifumi Yamane (Estácio Uchoa). Par-ticiparão o presidente da Liga da UFRJ,Rafael Lani Louzada, entre outros, desta-cando-se Arlindo Portes, da Unesa, Ro-gério e Guilherme Horta, da Souza Mar-ques.

Haverá coffee break e sorteio de livros.

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15Janeiro - Fevereiro - 2015

Aderbal de Albuquerque Alves, das Alagoas para o RioPrimeiro Residente de Oftalmologia, Aderbal comemora 90 anos homenageando o HFSE, sua “segunda pele”

Dr. Aderbal de Albuquerque Alves, segundo da direita para a esquerda, em pé, na fila do meio, emfoto da década de 1950, com o staff do Serviço de Oftalmologia do Hospital dos Servidores doEstado, hoje Hospital Federal dos Servidores do Estado

No dia 6 de janeiro de 2015 comple-tou 90 anos Aderbal de AlbuquerqueAlves, primeiro residente de Oftalmolo-gia do Brasil, presidente da SociedadeBrasileira de Oftalmologia de 25/3/1966a 31/3/1967, autor do livro “Refração”,referência sobre essa área da especialida-de, já na 6ª edição.

Por seu amor à Oftalmologia e ao Hos-pital dos Servidores do Estado, “sua se-gunda pele”, que transmitiu a três dosseus seis filhos e uma neta: Aderbal deAlbuquerque Alves Jr. (presidente daSBO no biênio 2011-2013), Marco An-tonio Alves, Luiz Filipe de AlbuquerqueAlves e Marcela Bohn Alves (ainda fazen-do Residência), o JBO não podia deixarde homenageá-lo nessa Seção Brasil.

-Recordar é o maior prazer que podemter os velhos, disse Aderbal de AlbuquerqueAlves na comemoração dos seus 90 anos, quereuniu um número significativo de mem-bros da família, jovens e velhos amigos, dasAlagoas, onde nasceu, e do Rio, para ondeveio tão logo se graduou como médico pelaUniversidade Federal de Pernambuco, com“o desejo de aprimorar meus conhecimen-tos médicos e oportunidade de viver nestacidade fascinante pela natureza e por suagente alegre e sedutora”.

Aderbal de Albuquerque Alves nasceuem 1925 na cidade alagoana de Passo deCamaragibe, à época desfrutando “de im-pressionante atividade econômica graçasà existência das casas de engenho”, comoressaltou. Foi o caçula de seis irmãos, netodo médico Pedro da Cunha, deputado,senador, chefe político, filho do advogadoJosé Mendonça Alves, também político.

No seu discurso de agradecimento nascomemorações dos 90 anos, Aderbal recor-dou com saudade seu estado natal, lembran-do alguns vultos da história, que nasceramem Alagoas, como o marechal Deodoro daFonseca, Floriano Peixoto, general GóisMonteiro, Aurélio Buarque de Holanda, tam-bém de Camaragibe, assim como um dosmaiores juristas do país, Pontes de Miranda.

Além do fascínio que o Rio de Janeiro,então capital da República, exercia sobre osjovens, Aderbal contou que foi atraído peloelevado conceito do Hospital dos Servidoresdo Estado (HSE), hoje HFSE, o qual desdesua inauguração em 1947 conquistara umafama inigualável entre as demais instituiçõessimilares, inclusive o mérito de ser o único

hospital sul-americano a receber classifica-ção A do Colégio Americano de Cirurgiões.

-O sistema de Residência Médica, atéentão inexistente no Brasil, explicou, foiimplantado pelo diretor Aloysio Salles daFonseca, com o apoio do pediatra Luiz Tor-res Barbosa e do ortopedista Gastão Velloso.

-Fui o primeiro residente em Oftalmo-logia, quando a fragmentação da Oftalmo-logia não existia. A Residência começavaem estágios probatórios de dois meses emdiversos Serviços, em áreas relacionadascom a especialidade, que ocupava um ano.Na época, o Serviço de Oftalmologia erachefiado pelo Dr. Rui de Castro Rolim e oDr. Orlando da Silva Rebello era o chefede Clínica. Ambos também presidiram aSBO. Assim como foram presidentes osdemais membros do corpo clínico na oca-sião: Drs. Almiro Pinto de Azeredo, Ruyda Costa Fernandes e Luiz Eurico Ferreira.

Ao traçar um perfil do staff, Aderbal deAlbuquerque Alves destacou a grande cul-tura médica do Dr. Rui de Castro Rolim, quetambém era exímio cirurgião. “O que palpi-tava em seu coração com maior intensidadeera o sentimento de sua própria dignidade”.

- Dr. Orlando Rebello, uma figura singu-lar, com vida plena de gestos de amizade cons-trutiva. Dr. Ruy Costa Fernandes, ímpar porsua cultura e inteligência superior, um autên-tico formador de líderes, que sempre soubetransmitir suas ideias, os seus ensinamentos,a todos que com ele conviviam.

- Dr. Almiro Pinto de Azeredo, umaverdadeira vocação de professor, que pararesponder às indagações de estagiáriosdeixava de atender sua numerosa clínicaparticular. Foi catedrático da Faculdadede Medicina de Ribeirão Preto-USP

(1959-1981) e professor titular de Oftal-mologia da UFRJ (1984-1991).

-O mais jovem da equipe, Dr. LuizEurico Ferreira, competente e ambicioso,já revelava fé em si próprio, um profissio-nal reconhecido em todo mundooftalmológico brasileiro. Solicitou demis-são do Hospital dos Servidores para ocu-par a cátedra da Universidade Gama Filhoe, posteriormente, por concurso, a da Uerj.

Como depoimento muito significati-vo sobre aquela época, Aderbal deAlbuquerque Alves leu a carta de despe-dida do Dr. Luiz Eurico:

“Estou realmente saudoso desse am-biente, sem frustração, sem disputasrecrimináveis, sem ostentações e sem or-gulho e com simplicidade, amizade,companheirismo e propósitos, creia-meAderbal, difícil encontrar um ambiente

em que cada um ensina e aprende de to-dos, com pureza e personalidade. Gosta-ria imenso, continuar a merecer de vocês,sempre que a oportunidade surgisse, omesmo tratamento, a mesma amizade, omesmo entrosamento”.

Para Aderbal de Albuquerque Alves,que posteriormente foi chefe do Serviçode Oftalmologia do HFSE até sua aposen-tadoria compulsória aos 70 anos, “conhe-cer a história do Hospital é a nossa fideli-dade ao passado e as nossas esperanças nofuturo. O HSE promovia a presença degrandes figuras de real destaque interna-cional: José e Joaquim Barraquer,António Castanheira, Harold Ridley,Hans Golmann, Scheie, Franceschetti,Ramón Castroviejo, Salleras, Schepens,além de brasileiros radicados no exteriorcomo Roberto Abdalla Moura”.

Para seu filho, Marco Antonio de SouzaAlves, chefe do Setor de Córnea do Serviçode Oftalmologia do HFSE, “o adjetivo ve-lho não se aplica ao pai, que ainda hoje vaide segunda a quinta-feira à Clínica de OlhosAderbal Alves, por ele fundada, adora a con-vivência com os jovens e a recíproca é ver-dadeira, participa de eventos da especiali-dade como palestrante em diversos estados,tem uma memória prodigiosa e é um entu-siasta das novas tecnologias. Usa normal-mente celular, computador, tem vários pendrives, enfim está “antenado”.

- O único assunto que o tira do sério,é falar da aposentadoria compulsória doHospital aos 70 anos. O HFSE era e é suavida, acrescentou Marco Antonio, lem-brando que foi lá que conheceu sua pri-meira mulher, Maria Aparecida. E viúvo,a segunda, Neli Rayol.

Aderbal e o prof. Almiro Pinto de Azeredo comMarco Antônio, Sérgio Kandelman, Luiz Filipe,Sérgio Neves Cavalcanti, Gilberto dos Passos eJosé Aparecido Deboni, de costas

Confraternização na enfermaria do HSE, Aderbalde Albuquerque Alves com Gilberto dos Passos,que o substituiu na chefia do Serviço deOftalmologia. À esquerda, Beatriz Simões

Também no início da década de 1950, em pé, da esquerda para a direita, Drs. Ivaldo Dourado, ofrancês Duvid Bileque, Evilásio Veloso, Miguel. Sentados: Drs. Tulio, Ângelo Jordão, Julio Dicksteine Aderbal de Albuquerque Alves

Comemorando 90 anos, Aderbal de AlbuquerqueAlves com a esposa Nely Rayiol, e os filhosLuiz Henrique, Marco Antônio, Aderbal AlvesJúnior, Luiz Filipe

Inaugurado em 1947, primeira instituiçãobrasileira a oferecer Residência emOftalmologia, o Hospital Federal dos Servidoresdo Estado, na Rua Sacadura Cabral, 178-Saúde,no Rio de Janeiro, foi o único hospital latino-americano a conquistar na época a classificaçãoA do Colégio Americano de Cirurgiões

Fotos do acervo do Dr. Aderbal de Albuquerque Alves e do HFSE

Ricardo Alves

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17Janeiro - Fevereiro - 2015

SBOTempo e Memória

João Diniz

Mário de Goes e Vasconcellos- Forma-do em 1910 pela Faculdade de Medicina doRio de Janeiro – Assistente da ClínicaOftalmológica da Faculdade de Medicina doRio de Janeiro –Livre Docente de Oftalmolo-gia da Faculdade de Medicina do Rio de Janei-ro – Catedrático de Oftalmologia da Faculda-de de Medicina da Faculdade Fluminense deMedicina – Major Médico do Corpo de Bom-beiros do Rio de Janeiro – Membro Fundadorda Sociedade Brasileira de Oftalmologia –Membro da Société Française d´Opthalmologie– Membro da Sociedade de Medicina do Riode Janeiro.

Cassemiro Laborne Tavares – Nasceuem Jaboticabal-SP, em 22/12/1892 – Faleceuem 26/06/1973 – Formou-se pela Faculdadede Medicina da Universidade de Minas Geraisem 1917 – Livre Docente de Oftalmologia daFaculdade de Medicina de Minas. Gerais (1924)– Ex-Chefe do Serviço de Tracoma deMinas.Gerais – Ex-Chefe do Serviço de Oftal-mologia e Prevenção do Estado de Minas. Ge-rais – Ex-Chefe da Rede Mineira de Viação –Fundador e Ex-presidente do CentroOftalmológico de Minas.Gerais – Fundador eEx-presidente da Sociedade de Oftalmologia deMinas Gerais – Fundador e Ex-presidente daAssociação Médica de Minas Gerais – Membroda Societé Française d’Oophthalmologie- Mem-bro da Academia Médica de Minas Gerais –Membro da Sociedade Brasileira de Oftalmo-logia – 33 trabalhos publicados.

Archimede Busacca- Nasceu na Itália em1893 – Faleceu em março de 1971 – Exerceua oftalmologia a partir de 1921 em Cagliari,Turim, Bolonha e Florença-Livre docente emFlorença- Emigrou para o Brasil em 1928-Revalidou o título de médico na Faculdade deMedicina do Rio de Janeiro– Em São Paulo,exerceu a oftalmologia e escreveu livros por maisde 40 anos.

Colombo Moreira Spínola- Nasceu emSalvador-BA, em 14/07/1894- Faleceu em 07/09/1973– Formou-se em 1917 pela Faculdade

de Medicina da Bahia – Professor de Oftalmo-logia da Escola Bahiana de Oftalmologia – Vice-presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmo-logia – Fundador e presidente da Fundação Con-tra a Cegueira Santa Luzia – Fundador da Aca-demia Bahiana de Medicina – Membro daSociétè Française d´Ophthalmologie.

Waldemar Rangel Belfort Mattos – Nas-ceu no Rio de Janeiro – RJ, em 24/04/1897 –Faleceu em 28/12/1956 – Formado em 1919pela Faculdade de Medicina da Universidade deSão Paulo – Prêmio João Florêncio Gomes (1920)– (Tese de doutoramento): Prêmio Moura Brasilda Academia Nacional de Medicina (1930) –Membro Correspondente da Academia Nacio-nal de Medicina – Membro Fundador e Ex-pre-sidente da Sociedade de Oftalmologia de SãoPaulo – Fundador dos Arquivos Brasileiros deOftalmologia – Presidente do Conselho Regio-nal de Medicina – Fundador da AssociaçãoPaulista de Medicina - x trabalhos publicados.

Francisco Amendola– Nasceu em Cam-pinas-SP, em 03/10/1897 – Faleceu em 29/12/1963 – Professor do Curso de Aperfeiçoamentode Oftalmologia da Escola Paulista de Medicina– Presidente do Centro de Estudos de Oftalmo-logia Prof. Moacyr Álvaro - Presidente do Depto.de Oftalmologia da Associação Paulista de Me-dicina – Presidente da Academia de Oftalmolo-gia de São Paulo – Prêmio Moura Brasil de 1945da Academia Nacional de Medicina – Prêmio

Abreu Fialho e Medalha de Ouro do CongressoBrasileiro de Oftalmologia (1950) .

Ivo Correa Meyer – Nasceu emUruguaiana –RS, em 16/06/1899-Faleceu em1974-Formou-se pela Faculdade de Medicinado Rio de Janeiro em 1923 – Doutor em Me-dicina em 1924 – Livre Docente de Oftalmo-logia da Faculdade de Medicina do Rio de Ja-neiro, em 1930- Professor Catedrático da Fa-culdade de Medicina de Porto Alegre (1932-1966) – Presidente do Conselho Brasileiro deOftalmologia (1958/59 e 1967/1969) – Presi-dente do II Congresso Brasileiro de Oftalmo-logia (1937), Presidente do XV CongressoBrasileiro de Oftalmologia (1969) – 1o Diretorda Faculdade Católica de Medicina de PortoAlegre (1961) – Vice-presidente da Associa-ção Pan -Americana de Oftalmologia (1948-1952) – Fundador da Sociedade de Medicinade Alegrete (1926) – Fundador (1934) e presi-dente (1934-1935) da Sociedade de Oftalmo-logia e Otorrinolaringologia do Rio Grande doSul – Fundador e diretor dos Arquivos de Of-talmologia e Otorrinolaringologia (1934) –Diretor da 25a Enfermaria da Sta. Casa de Mi-sericórdia de Porto Alegre (1934-1968) da Clí-nica Oftalmológica da Faculdade de Medicina– Sócio benemérito e honorário de várias socie-dades da especialidade- 80 trabalhos publica-dos.

Moacyr Eyck Álvaro- Nasceu no Rio de

Janeiro – RJ, em 12/08/1899 – Faleceu em19/07/1959 – Formado pela Faculdade deMedicina do Rio de Janeiro em 1922 – Assis-tente GehimratAugenkl (1923/1924) – Assis-tente Clínica Oftalmológica da Escola Paulistade Medicina (1927/1936) – Catedrático de Of-talmologia da Escola Paulista (1936/1959) –Secretário Geral do I Congresso Brasileiro deOftalmologia – Fundador da RevistaOphthalmologia Ibero Americana (1939) –Presidente da Sociedade de Oftalmologia de SãoPaulo (1944-1945) – Membro da AcademiaNacional de Medicina (1940) – Idealizador eDiretor executivo do Conselho Brasileiro de Of-talmologia (1941) – Idealizador dos Cursos deAperfeiçoamento de Oftalmologia da EscolaPaulista de Medicina (1937) – Idealizador doCentro de Ortóptica – Membro do ConselhoInternacional de Oftalmologia (1950) – Presi-dente do Congresso Inter-Americano doAmerican College of Surgeons – Presidente doIII Congresso Interim? de Oftalmologia (1954)– Medalha do C.E.O. - Grande PresidenteEmérito do I.D.O.R.T. - Presidente daFundaão Honorário da Associação PanAme.?De Oftalmologia – Presidente do X Congres-so Brasileiro de Oftalmologia – Membro Titu-lar da American Ophthalmological Society –Membro Titular da American Academy ofOphthalmology – Fellow American College ofSurgeons – Membro Correspondente da Aca-demia Nacional de Medicina - Sócio Honorá-rio da Sociedade Brasileira de Oftalmologia –Sócio Honorário da Associação Médica do Ins-tituto Penido Burnier – Sócio Honorário daSociedade de Oftalmologia ORL? do RGS –Sócio Honorário das Sociedades de Oftalmolo-gia de Cordoba e Madrid (Espanha),do Insti-tuto Horacio Ferrer (Cuba) e da Sociedade Pe-ruana de Oftalmologia.

Neste número do JBO, termina a série di-vidida em três partes, dos principais nomesda oftalmologia no Brasil do século XIX até aprimeira metade do século XX.

Ícones da oftalmologia no Brasil na primeira metade do século XX

Fontes: Livros de Atas da SBO, Revista Brasileira de Oftalmologia, Jornal Brasileiro de Oftalmologia, arquivos iconográficos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia

Mário de Goes Vasconcellos Ivo Correa MeyerMoacy Eyk Álvaro

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INFORME PUBLICITÁRIO

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19Janeiro - Fevereiro - 2015

SBO homenageia presidente do Metrô Rioe governadora do Lions por apoio à Campanha

Para agradecer o apoio do Metrô Riona Campanha Nacional do ExameOftalmológico, realizada nas principaisestações até janeiro de 2015, o coordena-dor da Comissão de Projetos Especiais daSBO e presidente da entidade no biênio2013-2014, Marcus Safady, reuniu-se comFlávio M. Alamada, presidente da conces-sionária, no dia 9 de fevereiro passado.

Participaram da reunião, FranciscaRodrigues Talarico, governadora do LionsClube, Roberto Régis Bittencourt, ex-gover-nador do Lions, Lucino Odorizzi, tambémdo Lions, e Renata Prado, diretora da NextProduções, a quem coube o desenvolvimen-to da Campanha, que deverá entrar breve-mente na sua segunda etapa, abrangendotambém as Barcas S/A, segundo informou.

Para Flávio Alamada, projetos como oda Campanha Nacional do ExameOftalmológico são importantes para con-

Flávio M.Alamada, presidente do Metrô Rio, eFrancisca Gomes Talarico, governadora do Lions,com os diplomas entregues por Marcus Safady,em reconhecimento ao apoio por ocasião dolançamento da Campanha. À direita, RobertoRégis Bittencourt e Lucino Odorizzi

tribuir na conscientização da populaçãosobre a importância dos cuidados com avisão. Ele acenou com a possibilidade dasegunda fase da Campanha começar nosegundo semestre de 2015.

A partir de setembro, estarão abertas asinscrições para fellow em Retina e Vítreono Hospital de Olhos do Paraná, que temde um a dois anos de duração dependendose há interesse em direcionamento cirúrgi-co. As inscrições podem ser feitas pelo sitewww.hospitaldolhosdoparana.com.br

César Motta, Angélica Machado e Gustavo Pinheiro exibemorgulhosos o Certificado de Conclusão do Estágio emFellowship no Hospital Pacini

Depois de um ano e meio em Brasília, César Mottajá está atendendo da Clínica Mário Motta, seu pai

Na noite de 29 de janei-ro passado, em clima demuita emoção e alegria,César Motta, Angélica Ma-chado e Gustavo Pinheiroreceberam o Certificado deConclusão do EstágioFellowship realizado noHospital Pacini, emBrasília.

Enquanto Angélica Ma-chado e Gustavo Pinheiropassaram a integrar o corpoclínico do Hospital Pacini,César Motta já está de vol-ta ao Rio, trabalhando na Clínica Má-rio Motta, em Botafogo. Ele se especi-

Centro de Estudos e Pesquisas OculistasAssociados comemora 50 anos em 2015Para come-

morar os 50anos da Clínicade Olhos Ocu-listas Associa-dos do Rio de Janei-ro, o Centro de Estu-dos e Pesquisas Ocu-listas Associados(Cepoa) preparou uma extensa programa-ção. Com inscrições gratuitas, as ativida-des serão realizadas no dia 29/5, no Audi-

tório JúlioSanderson-Cremerj, naPraia de Bo-tafogo, 228,

loja 1198, e no dia30/5, no AuditórioJoviano de RezendeFilho, na Rua Jorna-

lista Orlando Danta, 49, também emBotafogo.Informações e inscrições no sitewww.cepoa.com.br

Fellow em Retina e Vítreo no Paraná, sobcoordenação de Carlos Augusto Moreira Jr.

O Corpo Docente é constituído deCarlos Augusto Moreira Jr. (Chefe doPrograma), Jayme Arana, EzequielPortella, Alexandre Grandinetti, LuisAugusto Arana, Fabio Alves, Rafael Fer-re, Rommel Zago e RobertoSchunemann.

alizou em segmento anterior, e cirur-gia de catarata.

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21Janeiro - Fevereiro - 2015

Em 2014, o Instituto Ver & Viver(IVV), uma iniciativa da Essilor Brasilpara desenvolver o projeto 2.5 New VisionGeneration, conseguiu mudar a realida-de de mais de 36.000 brasileiros. Na prá-tica, isso significa que aqueles que antesnão conseguiam adquirir seus óculos porfalta de recursos, hoje estão com a visãocorrigida. Esse resultado foi obtido gra-ças às parcerias com os médicos oftalmo-logistas, que participam ativamente dasações, além dos órgãos públicos e priva-dos, colaborações com ONGs e demaisprojetos sociais, fortalecendo iniciativasde empreendedorismo e inclusão social,possibilitando levar de maneira susten-tável a missão de melhorar a qualidadede vida das pessoas através da visão.

“Todos que passam pelas campanhasdo IVV recebem na avaliaçãooftalmológica informações sobre a impor-tância da saúde ocular, mesmo aquelesque não são diagnosticados para o usodos óculos. Então, ao atingirmos 36.000novos usuários, impactamos em torno de90.000 pessoas com essa mensagemeducativa”, ressalta Diana Paes,supervisora de Novos Negócios. No mun-

do, o projeto 2.5 New Vision Generationjá impactou mais de 250.000 pessoas.

Em 2015 o Instituto começou comnovidades: campanhas de doação pelainternet e parceria com universidade sãoalgumas delas. “Arrecadamos com doa-ções o suficiente para realizar uma cam-panha de saúde para 60 pessoas e temos

Instituto Ver e Viver: foco na importância da saúde ocularDepois de atender a 36 mil brasileiros em 2014, o IVV quer estender as campanhas mais para o interior

Diana Paes,supervisora de NovosNegócios do InstitutoVer e Viver, destacasaldo positivo dasatividades no ano de2014, que permitempromover em 2015mais campanhas e irpara o interior onde ademanda é maior:“Estamos mapeandomédicos que possamestar conosco levandoacesso a quemprecisa”

um grupo de estudantes de administra-ção organizando campanhas de saúde vi-sual como parte da matéria de Gestão deProjetos”, explica Diana Paes, que tam-bém diz estar buscando parceria com no-vas residências médicas, “queremos fazermais campanhas e ir para o interior ondetemos demanda, por isso estamos

mapeando médicos que possam estarconosco levando acesso a quem precisa”.

Para médicos que estejam interes-sados em participar ou saber mais infor-mações sobre o Instituto é só visitar osite www.institutovereviver.org.br ouenviar um e-mail diretamentepara [email protected]

Divulgação

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22 JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia

Versão digital do “Atlas de Glaucoma” facilitaacesso a informações para médicos oftalmologistasD i s p o n í v e l

para iPhone e iPad,a versão digital do”Atlas de Glau-coma” torna as in-formações sobre adoença mais acessí-veis a médicos eainda traz imagensque facilitam oaprendizado e aten-dimento aos paci-entes, segundo opresidente da Soci-edade Latino-Ame-ricana de Glauco-ma, Paulo Augustode Arruda Mello, acrescentando que oaplicativo foi desenvolvido com a coope-ração de oftalmologistas da América La-tina, que enviaram seus materiais de es-tudos de casos para compartilharem comseus colegas de profissão.

O aplicativo está sendo lançado pelaSociedade Latino-Americana de Glaucoma(SLAG) com o apoio da divisão oftal-

Depois do lançamento daedição digital,“Oftalmologia na PráticaClínica” tem versãoimpressa, disponível nasprincipais livrarias dopaís

Márcio Nehemy, em colaboração com Elke Passos,lança edição digital de “Oftalmologia na Prática Clínica”

Destinado a estudantesde medicina e generalistas, olivro “Oftalmologia na Prá-tica Clínica, editado porMárcio Nehemy, professortitular de Oftalmologia daFaculdade de Medicina daUniversidade Federal de Mi-nas Gerais, foi lançado emdezembro passado.

O livro, que contou coma colaboração de Elke Pas-sos, contem inúmeras ferra-mentas que a mídia eletrô-nica oferece, incluindo vídeos de algunsprocedimentos oftalmológicos e cirurgi-as tais como catarata, trauma, estrabismoe vitrectomia. A versão eletrônica pode

ser acessada na Apple Storepelo link HTTP://goo.gl/pQbXjO.

Ainda no primeiro semestre, serálançada a versão impressa, que estará dis-ponível nas principais livrarias, segun-do Márcio Nehemy.

mológica da Aller-gan. Paulo Augustode Arruda Melloacredita que oaplicativo irá auxi-liar o médico oftal-mologista a tomardecisões clínicasapropriadas para apreservação da visãoe da qualidade devida em portadoresou suspeitos deglaucoma. Ele lem-bra que o glaucomaatinge cerca de 2%da população brasi-

leira acima de 40 anos de idade e esse nú-mero pode triplicar após os 70 anos.

No “Atlas de Glaucoma” é possível esco-lher o idioma com o qual a pessoa quer nave-gas (português ou espanhol) e acessar imagensque mostram desde o dianóstico, exames depacientes com glaucoma, até tipos da doençae tratamento. O aplicativo já está disponívelpara download na loja Apple Store.

Clínica da Visão Rio de Janeiro doa livrose equipamentos para a Sociedade Brasileira

A Sociedade Brasileira de Oftalmologia registra e agradece a doação de di-versos livros sobre Oftalmologia e equipamentos: Campímetro Humphrey esinoptoforo. A doação foi feita pela Clínica da Visão Rio de Janeiro, através domédico responsável Ivan dos Anjos Ferreira.

EyeDrop: aplicador de colírio exclusivopara facilitar tratamento e adesão

Com o objetivo de facilitar o trata-mento de glaucoma no Brasil e demaisdoenças oculares que necessitam do usoregular de colírios, a Allergan lançou oEyeDrop, aplicador de colírio. O projetofoi desenvolvido pelo designer SidneyRufca, diretor de Negócios & Design daVanguard Design. Recentemente, oaplicador foi submetido à avaliação deta-lhada em estudo conduzido pelo prof.Tiago Prata, professor da pós-graduaçãoda Unifesp e diretor do Hospital de Me-dicina dos Olhos, que o considerou mui-to satisfatório. O resultado do seu estudofoi publicado recentemente na revistainternacional “Clinical Ophthalmology”

Paulo Augusto de Arruda Mello, presidente daSociedade Latino-Americana de Glaucoma,responsável pelo projeto, com o apoio da Allergan

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Rua São Salvador, 107Laranjeiras

Rio de Janeiro - RJCEP 22231-170

Tel. (21) 3235-9220Fax (21) 2205-2240

[email protected]://www.sboportal.org.br

DIRETORIABiênio 2015-2016

PresidenteJoão Alberto Holanda de Freitas (SP)

Vice-presidentesArmando Stefano Crema (RJ)

Durval Moraes de Carvalho Jr. (SP)Francisco de Assis Cordeiro Barbosa (PE)

Miguel Hage Amaro (PA)Sérgio Kwitko (RS)Secretário Geral

Arlindo José Freire Portes (RJ)1º Secretário

Oswaldo Ferreira Moura Brasil (RJ)2º Secretário

Jorge Carlos Pessoa Rocha (BA)Tesoureiro

Mário Martins dos Santos Motta (RJ)Diretor de Cursos

Gustavo Amorim Novais (RJ)Diretor de Publicações

André Luis Freire Portes (RJ)Diretor de Biblioteca

Evandro Gonçalves de Lucena Junior (RJ)Conselho Consultivo

Carlos Alexandre de Amorim Garcia (RN)Eduardo Henrique Morizot Leite (RJ)

Marco Antonio Rey de Faria (RN)Conselho Fiscal

EfetivosJacqueline Coblentz (RJ)

Marcelo Lima de Arruda (RJ)Ricardo Lima de Almeida Neves (RJ)

SuplentesArnaldo Pacheco Cialdini (GO)

Helcio José Fortuna Bessa (RJ)Silvana Maria Pereira Vianello (MG)

Jornalista Responsável:Eleonora Monteiro - M.T. 12574

[email protected]@sboportal.org.brConselho Editorial:

João Alberto Holanda de FreitasAndré Portes

Oswaldo Ferreira Moura BrasilJoão Diniz

Marcelo DinizEditoração Gráfica:

Sociedade Brasileira de OftalmologiaResponsável: Marco Antonio Pinto

DG 25341RJPublicidade:

Responsável: João DinizTel.: (21) 3235-9220

E-mail: [email protected]@sboportal.org.br

Publicação: BimestralImpressão: Stamppa Grupo Gráfico

Os artigos assinados são de responsabilidadeexclusiva de seus autores e seu conteúdo nãorepresenta, obrigatoriamente, a opinião do JBO.A SBO não se responsabiliza nem endossa aqualidade dos serviços e produtos anunciadosnesta publicação.Qualquer reclamação deverá ser feita diretamen-te ao fabricante ou ao prestador de serviços.É permitida a reprodução de artigos, desdeque citada a origem.

JBO

EXPEDIENTE

Sociedade Brasileirade Oftalmologia

JORNAL BRASILEIRODE OFTALMOLOGIA

Para divulgar eventos científicos oftalmológicos no Jornal Brasileiro de Oftalmologia (JBO), envie as informaçõespara a SBO, na Rua São Salvador, 107 - Laranjeiras - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22231-170 -

Tel. (21) 3235-9220 - Fax (21) 2205-2240 - e-mails: [email protected] - [email protected] o calendário completo no site da SBO

VIII Congresso Brasileiro deCatarata e Cirurgia Refrativa/

VI Congresso Brasileiro de Admi-nistração em Oftalmologia/I Congresso Brasileiro de

Enfermagem em Oftalmologia

De 3 a 6 de junho de 2015, VIIICongresso Brasileiro de Catarata e Ci-rurgia Refrativa/ VI Congresso Brasi-leiro de Administração/I CongressoBrasileiro de Enfermagem em Oftalmo-logia, na Costa do Sauípe, Mata de SãoJoão (BA).Contato: [email protected]

28th International Congress ofGerman Ophthalmic Surgeons

De 11 a 13 de junho de 2015, 28thCongresso f German OphthalmicSurgeons, no Congress Center Leipzig(Alemanha).Contato: [email protected]: www.doc2015.de

22º Simpósio Internacional deAtualização em Oftalmologia da

Santa Casa de São Paulo

De 19 a 20 de junho, 22º SimpósioInternacional de Atualização em Oftal-mologia da Santa Casa de São Paulo, noCentro de Convenções Hebraica (SP).Contato: www.oftalmosantacasa.com.br

Janeiro - Fevereiro - 2015

Walton McComb BizantinoE-mail: [email protected](21) 3045-3966 / (21) 9966-13159

Seguros para oftalmologistas

Como funciona o consórcio para compra de imóvelEm parceria com a Sociedade Brasileira de

Oftalmologia, a Segna Corretora de Seguros eConsórcios oferece aos sócios inúmeros servi-ços, que podem ser disponibilizados mediantecontato com Walton McComb, diretor deUnidade da Corretora.

- Os consórcios, por exemplo, explicaWalton, são uma modalidade deautofinanciamento desenvolvida no Brasil, usa-da por milhões de pessoas para comprar algumbem – um imóvel, por exemplo. Funciona daseguinte maneira: a administradora do consór-cio, uma instituição financeira, reúne um grupode pessoas com o objetivo comum de comprar omesmo bem - imagine, por exemplo, que 200pessoas se juntam para comprar 200 imóveis,dividindo os pagamentos em 100 parcelas men-sais. A cada mês, o dinheiro das parcelas pagopor todos os participantes é usado para que aomenos dois deles possam fazer a aquisição.

Segundo ainda Walton, as pessoas que te-rão direito a comprar o bem serão determina-das de duas formas. A primeira é por sorteio,com a participação de todos os membros dogrupo. A pessoa sorteada receberá uma cartade crédito no valor definido no começo do con-sórcio e poderá usá-la para comprar seu imó-vel. Mas quem não quiser contar apenas com asorte também poderá fazer um lance: o maiorleva a carta de crédito. No lance, cada uma das200 pessoas desse mesmo grupo poderá dizerem quanto deseja antecipar o pagamento dasprestações do consórcio. Se alguém se compro-meter a quitar 50% da dívida em um único

lance e nenhum outro participante do grupoestiver disposto a pagar um percentual maiordo que esse, ele também será contemplado coma carta de crédito.

- Comprar um imóvel por meio de um con-sórcio é bem diferente de fazer a mesma coisapagando à vista ou tomando dinheiro empresta-do em um banco. Ao contrário do crédito imo-biliário, no consórcio não há o pagamento dejuros à instituição financeira porque o dinheiroque permite que ao menos uma pessoa obtenhaa carta de crédito por mês vem do bolso de todosos membros do grupo – e não do banco. O con-sorciado terá que arcar com outros custos, mas,se for sorteado rapidamente, poderá adquirir umimóvel com condições mais interessantes do quecom o crédito imobiliário, informa o diretor.

- Os consórcios de imóveis, acrescenta, po-dem financiar a compra de imóveis de baixo,médio e alto padrão. O valor das cartas de cré-dito começa em cerca de R$ 40 mil e vai atéR$ 3 milhões. O número de parcelas de paga-

mento do consórcio também varia bastante epode chegar a até 200 meses. O aumento donúmero de parcelas pode reduzir o valor dasprestações mensais. Por último, os valores dasparcelas mensais começam em R$ 200 e po-dem superar R$ 3 mil.

No entanto, alerta, apesar de o consórcionão incluir a cobrança de juros, os consumido-res terão de arcar com outras despesas. A insti-tuição financeira responsável pelogerenciamento do grupo cobrará uma taxa deadministração de todos os consorciados. A taxaé diluída durante todo o tempo de existênciado grupo, mas, em alguns consórcios, poderáser um pouco maior nos cinco primeiros mesesporque é acrescida da chamada “taxa de anteci-pação”. Na maior parte dos consórcios, será tam-bém necessário contribuir mensalmente comum fundo de reserva que cobrirá a eventualinadimplência de alguns participantes do gru-po – se todo mundo pagar as prestações direi-tinho, o dinheiro do fundo de reserva retornaao bolso dos consorciados ao final do grupo.Por último, algumas administradoras tambémexigem o pagamento de um seguro prestamis-ta que cobrirá o saldo devedor de algum con-sorciado que venha a falecer. Todos esses custosjuntos costumam representar um pouco maisde 20% do valor do imóvel.

Para mais informações, inclusive sobre ou-tros veja www.oftalmoseguro.com.br

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VIII Congresso Internacional doHemisfério Norte, América

Central e Caribe da ALACCSA-R

De 15 a 17 de julho de 2015, VIIICongresso Internacional do Hemisfé-rio Norte, América Central e Caribe daALACCSA-R, em Cancun (México).Contato: www.alaccsa2015.com

VIII Congresso Baianode Oftalmologia

De 16 a 18 de julho de 2015, VIIICongresso Baiano de Oftalmologia, emSalvador (BA).Contato: www.sofba.com.br/[email protected]

XXXI CongressoPan-Americano de Oftalmologia

De 4 a 8 de agosto, XXXI Congres-so Pan-Americano de Oftalmologia, emBogotá (Colômbia).Contato:www.panamericano2015.socoftal.com

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