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JORNAL CIENTÍFICO DA FACULDADE PAN AMERICANA ANO - I/Nº 03 - CAPANEMA-PA - BRASIL -SETEMBRO DE 2011 IV FÓRUM DE PEDAGOGIA: os desafios da educação de campo na Amazônia Educação do Campo: um possível empreendedorismo sustentável para a Amazônia. “Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes.” (Paulo Freire, se referindo a Educação do Campo). Fonte: http://diariodoverde.com/, 2011. O IV FÓRUM DE PEDAGOGIA da Faculdade Pan Americana tem como tema geral: OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO DE CAMPO NA AMAZÔNIA e traz a reflexão sobre a educação escolar no contexto amazônico, tomando como base a situação do estado do Pará. Focando os aspectos que consideramos centrais não apenas para os educadores pensarem na educação, como também para aqueles segmentos da sociedade que estão comprometidos em participar mais efetivamente da construção de um futuro melhor para a sociedade, com justiça, equidade e solidariedade. Neste sentido, nossa reflexão começa por delinear rapidamente o contexto sociocultural e econômico-político da região amazônica, com o argumento de que a educação se concretiza de modo inter-relacionado com as outras dimensões da sociedade, pelo que assume especificidades decorrentes da maneira como se desenvolve a economia, a política, a cultura e a formação social na região. Complementando nossa argu- mentação, abordamos as oportu- nidades e os desafios da educa- ção – enquanto uma prática me- diadora de informação, formação, capacitação e transformação – a fim de participar da construção de um mundo melhor, em que defini- mos uma utopia socialmente pro- jetada. A peculiaridade geográfica fundamental da região amazônica diz respeito à sua exuberante na- tureza: a vasta floresta tropical e a gigantesca bacia hidrográfica do rio Solimões/Amazonas/Tocan- tins. A existência de enormes re- servas de recursos naturais (flo- rístico, faunístico e mineral) vem balizando as relações econômi- cas, políticas e sociais na sua história, na medida em que é vista como uma das últimas reservas biológicas e uma das últimas fron- teiras de exploração de recursos, na expansão da economia mundial. Isto tem significado o estabelecimento de conflitos – quer no âmbito da definição e desenvolvimento de políticas, quer nos níveis das ações e relações cotidianas; conflitos estes ligados à ocupação e ordenamento dos espaços, à exploração, à apro- priação e à utilização dos recursos naturais e à implantação de proces- sos de produção que envolve tecno- logias modernas. É neste contexto de interesses de ocupação e investidas interna- cionais sobre a região que se deve compreender a situação educacional de suas populações, analisando, quantitativa e qualitativamente, os resultados e os diversos fatores e condições que estão produzindo esta situação, de modo a poder me- lhor direcionar as ações relativas à educação. Considerando a diversidade humana e cultural, ao examinar se o modo de crescimento da região pode-se afirmar que os modelos de desenvolvimento e modernização da Amazônia não têm se pautado por princípios adequados à sua socio- diversidade e biodiversidade, na medida em que alguns índices apontam: a) Aumento da emigração rural compulsória e inchaço dos núcleos urbanos; este crescimento desor- denado produziu, na região, um elevado índice de aglomerados su- bnormais, três vezes maior que no resto do Brasil, em que este índice é de 5,1%3. b) Crescimento de pobreza, com o aumento da concentração de ren- da, cujo nível é avaliado pelo índice de Gini4. Os cálculos do IBGE atestam um aumento de 0,04 deste índice na região Norte, entre 1981 e 1995, passando de 0,53 para 0,57. c) Aumento de prostituição e de crianças desassistidas nos centros urbanos. d) Aumento de destruição do meio ambiente, com o crescimento de áreas desmatadas, da polui- ção das águas e dos riscos de desaparecimento de espécimes (animais e plantas). Estes índices sugerem, de um lado, que programas e projetos sociais e econômicos que vêm sendo implantados no âmbito das políticas governamentais não têm conseguido viabilizar uma elevação substancial do nível de vida das parcelas pobres da população urbana, não têm possibilitado o desenvolvimento dos homens do interior, nem têm conseguido conter os processos de depredação do ambiente e do patrimônio natural e cultural. De outro lado, sugerem tam- bém certo distanciamento e falta de diálogo entre quem planeja e decide e aqueles que experimen- tam o viver no interior da Amazô- nia – coletores, extratores, pescadores, agricultores, índios, etc – cujo saber e ciência empírica poderiam subsidiar a elaboração de modelos e programas adequados a uma utilização não predatória dos recursos naturais. Outrossim, estas questões sociais e culturais colocam – tanto para os gestores, técnicos da educação e os professores, quanto para outros segmentos sociais comprometidos com a produção de uma vida melhor – dois grandes desafios: o primeiro diz respeito à extensão da escola para cada criança e jovem, extinguindo a exclusão educa- cional, e o segundo, à produção de uma educação competente, capaz de elaborar um discurso, uma ética e um conjunto de conhecimentos e atitudes, dire- cionados ao respeito ao multi- culturalismo e à prática da conser- vação ambiental na nossa região. Prof. Dr. Lucinaldo Blandtt Coordenador de Graduação e Pós-graduação em Pedagogia Faculdade Pan Americana

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JORNAL CIENTÍFICO DA FACULDADE PAN AMERICANAANO - I/Nº 03 - CAPANEMA-PA - BRASIL -SETEMBRO DE 2011

IV FÓRUM DE PEDAGOGIA: os desafios da educação de campo na Amazônia

Educação do Campo: um possível empreendedorismo sustentável para a Amazônia.

“Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes.”(Paulo Freire, se referindo a Educação do Campo).

Fonte: http://diariodoverde.com/, 2011.

O I V F Ó R U M D E PEDAGOGIA da Faculdade Pan Americana tem como tema geral: OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO DE CAMPO NA AMAZÔNIA e traz a reflexão sobre a educação escolar no contexto amazônico, tomando como base a situação do estado do Pará. Focando os aspectos que consideramos centrais não apenas para os educadores pensarem na educação, como também para aqueles segmentos da sociedade que estão comprometidos em participar mais efetivamente da construção de um futuro melhor para a sociedade, com justiça, equidade e solidariedade.

Neste sentido, nossa reflexão começa por delinear rapidamente o contexto sociocultural e econômico-político da região amazônica, com o argumento de que a educação se concretiza de modo inter-relacionado com as outras dimensões da sociedade, pelo que assume especificidades decorrentes da maneira como se desenvolve a economia, a política, a cultura e a formação social na região.

Complementando nossa argu-mentação, abordamos as oportu-nidades e os desafios da educa-ção – enquanto uma prática me-diadora de informação, formação, capacitação e transformação – a fim de participar da construção de um mundo melhor, em que defini-mos uma utopia socialmente pro-jetada.

A peculiaridade geográfica fundamental da região amazônica diz respeito à sua exuberante na-tureza: a vasta floresta tropical e a gigantesca bacia hidrográfica do rio Solimões/Amazonas/Tocan-tins. A existência de enormes re-servas de recursos naturais (flo-rístico, faunístico e mineral) vem balizando as relações econômi-

cas, políticas e sociais na sua história, na medida em que é vista como uma das últimas reservas biológicas e uma das últimas fron-teiras de exploração de recursos, na expansão da economia mundial. Isto tem significado o estabelecimento de conflitos – quer no âmbito da definição e desenvolvimento de políticas, quer nos níveis das ações e relações cotidianas; conflitos estes ligados à ocupação e ordenamento dos espaços, à exploração, à apro-priação e à utilização dos recursos naturais e à implantação de proces-sos de produção que envolve tecno-logias modernas.

É neste contexto de interesses de ocupação e investidas interna-cionais sobre a região que se deve compreender a situação educacional de suas populações, analisando, quantitativa e qualitativamente, os resultados e os diversos fatores e condições que estão produzindo esta situação, de modo a poder me-lhor direcionar as ações relativas à educação.

Considerando a diversidade

humana e cultural, ao examinar se o modo de crescimento da região pode-se afirmar que os modelos de desenvolvimento e modernização da Amazônia não têm se pautado por princípios adequados à sua socio-diversidade e biodiversidade, na medida em que alguns índices apontam:

a) Aumento da emigração rural compulsória e inchaço dos núcleos urbanos; este crescimento desor-denado produziu, na região, um elevado índice de aglomerados su-bnormais, três vezes maior que no resto do Brasil, em que este índice é de 5,1%3.

b) Crescimento de pobreza, com o aumento da concentração de ren-da, cujo nível é avaliado pelo índice de Gini4. Os cálculos do IBGE atestam um aumento de 0,04 deste índice na região Norte, entre 1981 e 1995, passando de 0,53 para 0,57.

c) Aumento de prostituição e de crianças desassistidas nos centros urbanos.

d) Aumento de destruição do meio ambiente, com o crescimento

de áreas desmatadas, da polui-ção das águas e dos riscos de desaparecimento de espécimes (animais e plantas).

Estes índices sugerem, de um lado, que programas e projetos sociais e econômicos que vêm sendo implantados no âmbito das políticas governamentais não têm conseguido viabi l izar uma elevação substancial do nível de vida das parcelas pobres da população urbana, não têm possibilitado o desenvolvimento dos homens do interior, nem têm conseguido conter os processos de depredação do ambiente e do patrimônio natural e cultural.

De outro lado, sugerem tam-bém certo distanciamento e falta de diálogo entre quem planeja e decide e aqueles que experimen-tam o viver no interior da Amazô-nia – coletores, extratores, pescadores, agricultores, índios, etc – cujo saber e ciência empírica poderiam subsidiar a elaboração de modelos e programas adequados a uma utilização não predatória dos recursos naturais. Outrossim, estas questões sociais e culturais colocam – tanto para os gestores, técnicos da educação e os professores, quanto para outros segmentos sociais comprometidos com a produção de uma vida melhor – dois grandes desafios: o primeiro diz respeito à extensão da escola para cada criança e jovem, extinguindo a exclusão educa-cional, e o segundo, à produção de uma educação competente, capaz de elaborar um discurso, uma ética e um conjunto de conhecimentos e atitudes, dire-cionados ao respeito ao multi-culturalismo e à prática da conser-vação ambiental na nossa região.

Prof. Dr. Lucinaldo BlandttCoordenador de Graduação e Pós-graduação em Pedagogia Faculdade Pan Americana

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ANO - I/Nº 03 - CAPANEMA-PA - BRASIL - SETEMBRO DE 2011

Educação do Campo: um possível empreendedorismo sustentável para a Amazônia.

Prof. Dr. Lucinaldo S. BlandttChefe de EditoraçãoEditorial

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Editado pela Equipe de Comunicação da Faculdade PAN Americana.

Av. João Paulo II, nº xx, Fátima Capanema-Pa Cep 68700-000 Fone: 91 3462-4548

E-Mail: [email protected],com.br

Impressão:Gráfica: IDEMA Serviços Gráficos

CNPJ: 08.892.588.0001/47São Luis - MA

Tiragem:5.000 Exemplares

FACULDADE PAN AMERICANA – FPAMantenedora: IMES - INSTITUTO MISSIONARIO DE

EDUCAÇÃO SUPERIOR

DIRETORIA:

DIRETOR GERAL:Dr. Dom Dirceu Milani

DIRETORA ADMINISTRATIVA-FINANCEIRAProf. Esp. Cleudimar Soares Milani

DIRETORA ACADÊMICAProf. Esp. Auréa Silva e Silva

DIRETOR DE PESQUISA E EXTENSÃOProf. Dr. Lucinaldo S. Blandtt

DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO E NEGÓCIOSAdv. Tarcisio Soares Milani

SECRETÁRIO ACADÊMICO/PESQUISADOR INSTITUCIONAL

Prof. Lionel Soares Milani

COORDENADOR ADMINISTRATIVODom Geraldo Santos de Magela Neto

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores.

Diretor Superintedente: Prof. Dr. Lucinaldo S. Blandtt

Diretora de Redação: Profª Esp. Grazielle Leal

Edição Gráfica: Ivan Nazareno

Jornalistas:

- Albenize Maciel

- Carmeci Mendes

- Francilma Bulhões

- Márcio Douglas

- Márcio Mota

- Maria de Fátima

- Solange Sousa

dores-peito às

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03ANO - I/Nº 03 - CAPANEMA-PA - BRASIL - SETEMBRO DE 2011

SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESAO presente artigo defende a ideia

de que o ensino de língua portuguesa deve possibilitar o domínio efetivo e consistente das habilidades de leitura e escrita, audição e oralidade. No entanto , cabe à esco la desenvolver as competências necessárias para que o sujeito interaja com seu meio social por usos específicos da linguagem sem negligenciar seu desenvolvimento uma vez que a linguagem realiza-se como uma atividade de natureza reflexiva, uma atividade de análise linguística.

Essa reflexão é fundamental para a expansão da capacidade de produzir e interpretar textos. É uma entre as muitas ações que alguém considerado letrado é capaz de realizar com a língua. Autores afirmam que saber falar uma língua é conhecer e saber sua gramática, mas não apenas algumas regras que se aprendem na escola, pois além do domínio da estrutura formal é necessário entender o funciona-mento discursivo que situa o texto em contextos histórico-sociais nos quais ocorre a interação.

Linguistas e estudiosos acerca do ensino-aprendizagem do por-tuguês como língua materna vêm apontando em suas pesquisas e reflexões algumas contradições e equívocos desse processo. Apesar de todos os esforços de pedagogos e técnicos da área de língua, ainda não se chegou a um consenso e a uma prática eficaz no ensino aprendiza-gem da língua materna.

O objetivo de ensino de uma língua para pessoas já falantes dela deve ser a possibilidade de levá-las ao domínio efetivo e consistente das habilidades de leitura e escrita, audição e oralidade. Ou seja, a escola deve formar alunos capaci-tados como leitores, e que possam produzir qualquer tipo de texto, inclusive usando da modalidade oral. Porém esse objetivo não será alcançado sem uma prática, mais uma vez vale registrar: ler e escrever devem ser atividades essenciais no ensino da língua.

Silva (1995) aborda as contra-dições no ensino de português, enfocando – principalmente por par-te da escola que representa o poder dominante – o não reconhecimento das variedades linguísticas tanto nos níveis populares como nos níveis cultos de uso da língua, ressaltando que a questão é complexa, uma vez que o domínio e o uso da língua, desta ou daquela variedade, está

intimamente ligado a questões políticas e econômicas.

No entanto, as competências necessárias para que o sujeito interaja com seu meio social passam, sem dúvida alguma, por usos específicos da linguagem e a escola não pode negligenciar o desenvolvimento do aluno nesse âmbito. Por esse motivo, os professores da Educação Básica têm recebido muitos apelos para que mobilizem seus esforços no sentido de redirecionar as práticas de ensino de português.

Quando se pensa e se fala sobre a linguagem mesma, realiza-se uma atividade de natureza reflexiva, uma atividade de análise linguística. Essa reflexão é fundamental para a expan-são da capacidade de produzir e inter-pretar textos. É uma entre as muitas ações que alguém considerado letrado é capaz de realizar com a língua.

O ensino de Língua Portuguesa, pelo que se pode observar em suas práticas habituais, tende a tratar essa fala da e sobre a linguagem como se fosse um conteúdo em si, não como um meio para melhorar a qualidade da produção linguística. É o caso, por exemplo, da gramática que, ensinada de forma descontextualizada, tornou-se emblemática de um conteúdo estrita-mente escolar, do tipo que só serve para ir bem na prova e passar de ano — uma prática pedagógica que vai da metalíngua para a língua por meio de exemplificação, exercícios de reconhe-cimento e memorização de nomencla-tura. Em função disso, tem-se discutido se há ou não necessidade de ensinar gramática.

No entanto, como todas as crianças quando ingressam na escola já possuem uma gramática internalizada, deve-se explorar a expressividade e permitir que essas variedades linguís-ticas sejam desenvolvidas e aperfei-çoadas para que sirvam bem às diversas situações sociais. Tal prática levaria ao ensino da norma culta pelo contraste – comparando a língua que se tem posse com aquela que é exigida como padrão na sociedade, a fim de que o educando possa adequar-se gradativamente ao novo modelo, sem medos ou imposições.

Segundo Possenti saber falar uma língua é conhecer e saber sua gramática, mas não apenas algumas regras que se aprendem na escola, pois além do domínio da estrutura formal é necessário entender o funcionamento discursivo que situa o texto em contextos histórico-sociais nos quais ocorre a interação. Nesse limiar, entende-se que para se ensinar

gramática, deve-se partir da fala, sendo que as aulas não podem passar por amontoados de regras, pois o aluno não compreenderá nada. Então, primeiro o professor precisa observar o cotidiano do aluno, levando-o à reflexão acerca da estrutura linguística – isso ajudará em sua elaboração escrita mais consistente e coerente e lhe permitirá mesmo perceber a importância da leitura na formação do indivíduo, isso porque, a partir do momento em que consegue organizar sintaticamente uma frase, o aluno passa refletir e melhorar sua fala e escrita.

Se os alunos tiverem desenvolvido as quatro habilidades básicas: falar, ouvir, ler e escrever, certamente esses erros desaparecerão gradativamente. Só com muita prática, com o uso efetivo da língua em situações que se aproximam da realidade e que têm significado para os alunos é que se estará de fato promovendo um ensino capaz de contribuir para a construção de um cidadão atuante em sua comunidade. E a gramática normativa passará a ser apenas um dos instrumentos nesse processo, não o eixo principal. E os alunos talvez não insistam mais na ideia de que não sabem o português ou de que ele é muito difícil. Quiçá até se apaixonem pela língua e seus encantos.

Segundo os PCN,

O domínio da língua, oral e escrita, é fundamental para a participação social efetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. Por isso, ao ensiná-la, a escola tem a responsabili-dade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos, neces-sários para o exercício da cidadania, direito inalienável de todos. (1997, p.15)

Ou seja, a linguagem é uma forma de ação interindividual orientada por uma finalidade específica; um processo de interlocução que se realiza nas práticas sociais existentes nos dife-rentes grupos de uma sociedade, nos distintos momentos da sua história, o que é necessário é apenas adequação dos interlocutores no momento da utilização uma vez que “produzir lingua-gem significa produzir discursos” (PCN, 1997, p.22).

É válido ressaltar que o ensino de língua portuguesa desenvolve-se a partir da articulação de três variáveis: o aluno, a língua e o ensino. O aluno, como primeiro elemento da tríade, realiza a ação de aprender. O segundo, a língua, possibilita o conhecimento para o desenvolvimento da fala e da

escrita. E o terceiro elemento, o ensino, é desenvolvido pela prática educacional que faz relação entre o conhecimento e o aprendizado.

No entanto, cabe à escola viabilizar o acesso do aluno ao universo dos textos que circulam socialmente, ensinar a produzi-los e a interpretá-los (PCN, 1997, p. 26) para com isso poder utilizá-los de forma coerente de acordo com a realidade pela qual estão inseridos, comparar diferentes pontos de vista, argumentar a favor ou contra uma determinada hipótese ou teoria, permitindo assim o acesso à informação escrita com autonomia para o bom aprendizado possibili-tando o aprendizado de diferentes conteúdos.

De acordo com os PCN (1997)

A questão não é falar certo ou errado, mas saber qual forma de fala utilizar, considerando as características do contexto de comunicação, ou seja, saber adequar o registro às diferentes situações comunicativas. É saber coordenar satisfatoriamente o que falar e como fazê-lo, considerando a quem e por que se diz determinada coisa. É saber, portanto, quais variedades e registros da língua oral são pertinentes em função da intenção comunicativa, do contexto e dos interlocutores a quem o texto se dirige. A questão não é de correção da forma, mas de sua adequação às circunstân-cias de uso, ou seja, de utilização eficaz da linguagem: falar bem é falar adequadamente, é produzir o efeito pretendido. (p. 26)

Sabe-se que no ensino de português a linguagem é encarada como algo social e coletiva, uma interação humana sujeita à transformações para que o aluno ele se torne também um criador, e não apenas um reprodutor do conhecimento já que todas as sociedades, ricas ou pobres, oralizadas ou letradadas, todas elas reconhecem o valor educacional, cultural e psicológica.

ReferênciasBrasil. Secretaria de Educação

F u n d a m e n t a l . P a r â m e t r o s curriculares nacionais: língua por tuguesa / Secretar ia de E d u c a ç ã o F u n d a m e n t a l . – Brasília:1997.

Grazielle LealProfª Graduada em Letras (UVA) e

Especialista em Língua Portuguesa e Literaturas (UFPA)

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ANO - I/Nº 03 - CAPANEMA-PA - BRASIL - SETEMBRO DE 201104

A turma de Pedagogia 022 da Faculdade Pan Americana, com auxílio do Profº Esp. Renato Mendes, no dia 03 de Setembro 2011 foi até o Stander do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) que estava localiza-do na Av. Barão de Capanema para prestigiar a exposição de produtos fabricados por um grupo de pessoas que trabalham na fabricação de beiju de diversos sabores.

Após o conhecimento da fabricação desses produtos e de uma breve conversa com seus produtores, tivemos a palestra com a Analista de Negócio do

SEBRAE Gisele Targino sobre os seguintes temas: O que é o S E B R A E ? E M P R E E M D E D O R I S M O e EMPREENDEDOR INDIVIDUAL.

Descobriu-se então, que o SEBRAE é uma instituição sem fins lucrativos que foi criado para dar apoio aos empresários de peque-nos negócios e fomentar o empreendedor ismo. Para o SEBRAE, o conhecimento é a ferramenta mais importante para garantir a sobrevivência do conhecimento dos empreendedo-res em todo o País.

Segundo a analista, “Empreen-dedorismo é o estudo voltado para o desenvolvimento de competênci-

as e habilidades relacionadas à criação de um projeto técnico, científico e empresarial”. Origina-se do termo empreender que significa realizar, fazer ou executar. O empreendedor é aquele que apresenta determinadas habilida-des e competência para criar, abrir e gerir um negócio, gerando resultados positivos.

A fim de esclarecer mais algumas dúvidas , Gisele Targino explicou ainda sobre o Em preendedor Individual, que “é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário”. Para ser um empreendedor indiv idual , é necessário faturar no máximo até

R$ 36.000,00 por ano, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular e ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria. D e p o i s d e termos esses conhecimento sobre o tema “Empreendedoris-mo” foi possível perceber ser uma área que está se desenvol-vendo a cada dia mais em termos mundial, e que o nosso país está entre os primeiros no ranking de empreendedores.

EMPREENDEDORISMOEMPREENDEDORISMO

Francilma BulhõesSolange Sousa

Acadêmicas de Pedagogia da Faculdade Pan Americana

VOTORANTIM - Audiência Pública esclarece impacto ambiental.

Ginásio Dr. Almir Gabriel (http://www.portalquatipuru.net/?pg=not%EDcia&id=856)

Prefeita Cleuma Bezerra e profissionais da Votorantim (http://www.portalquatipuru.net/?pg=not%EDcia&id=856)

O projeto, com investimento de R$ 400 milhões, envolve a instalação de uma fábrica de cimento com capacidade para produzir um milhão de toneladas por ano. No primeiro encontro formal com o governador Simão Jatene, os diretores informaram que o projeto está em fase de licenciamento ambiental e que o EIA-RIMA já foi apresentado à Secretaria de Estado de Meio Ambientem (Sema). Durante a implantação do projeto – prevista para durar 18 meses – serão gerados 1.200 empregos. Na fase de produção, o empreendimento vai gerar 200 empregos diretos e 300 indiretos.

Assim, na tarde de 06 de Agosto de 2011, na cidade de Primavera (Pará), aconteceu a Prévia de Lançamento da Fábrica da Votorantim, onde aproxi-madamente 5 mil pessoas, dentre elas a população de Primavera, políticos, empresários, estudantes e executivos da Votorantim, puderam compartilhar esse mo-mento histórico para o município e também para o estado do Pará.

A audiência pública aconteceu com objetivo de informar ao público os potenciais impactos ambientais do projeto de extração de calcário e fábrica de cimento, para atender disposições legais sobre a

participação popular nas decisões ambientais.

O encontro possibilitou a dis-cussão e o debate sobre o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) e ainda auxiliou o parecer técnico a ser emitido pela Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente), com a finalidade de licenciamento am-biental.

O estudo destacou todos os pontos positivos e negativos. Os técnicos da Votorantim ouviram tudo com paciência, e reafirmaram o compromisso de tomar todas as precauções. "Todas essas consi-derações são pertinentes. Já firma-mos termo de compromisso com a

prefeitura (de Primavera), para tocar-mos um projeto de sustentabilidade, inclusive criando uma consultoria para ajudar a prefeitura. Garantimos os empregos prometidos, mas temos que nos prevenir contra acidentes.

Vamos preparar esses traba-lhadores", afirmou Edivaldo Ra-belo, da Votorantim. Estimam-se produções anuais de 1.550.000 toneladas de minério bruto e 1.200.000 toneladas de cimento, com vida útil da mina de 55 anos. O início da operação do empreen-dimento está previsto para o final de 2012.

A participação da sociedade primaverense também foi colo-cada como essencial para o anda-mento do projeto, por isso será criado o Conselho Comunitário, que terá papel consultivo. O grupo anunciou um montante de 8 mi-lhões em investimentos no muni-cípio até 2014, como parte do Acor-do de Cooperação Técnica firmado entre Votorantim e Prefeitura Muni-cipal de Primavera.

Vale ressaltar que o Estado do

Pará hoje conta com três fábricas

de cimento em operação e a mais

antiga é no município de Capane-

ma que desenvolve as mesmas

atividades, pela qual a Votorantim

pretende desenvolver, com

geração de emprego diretos e

indiretos.

Grazielle LealProfª Graduada em Letras (UVA) e

Especialista em Língua Portuguesa

e Literaturas (UFPA)

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ANO - I/Nº 03 - CAPANEMA-PA - BRASIL - SETEMBRO DE 2011 05

XV FEIRA PAN AMAZONICA DO LIVRO, UM EVENTO IMPORTANTE PARA OS AMANTES DA LEITURA.

Na primeira semana do mês de Setembro, aconteceu no HANGAR (Centro de Convenções e Feiras da Amazônia), em Belém, a XV Feira Pan Amazônica do Livro.

O evento promovido pela Secretaria de Estado de Cultura (SECULT) tem por finalidade, divulgar obras literárias e científicas importantes que facilitam à vida acadêmica dos professores, e de todos os amantes da leitura e também para divulgar a cultura e a literatura paraense, valorizando a produção dos autores da nossa região.

O evento teve início no dia 02 de s e t e m b r o d e 2 0 11 c o m o pronunciamento do Excelentíssimo Governador do Estado, Dr. Simão

Jatene. Por oferecer uma programação extensa e atrativa, o evento contou com a presença de um grande número de visitantes vindos de todo o Estado do Pará e de outras regiões do País.

Quem aproveitou esta oportuni-dade para adquirir seus livros, teve a grata surpresa de encontrar no evento várias atrações entre elas, os escritores Fábio Stassi, Ismael Caneppele, Mafalda Minnozzi (cantora), Márcia Tiburi, Valter Hugo Mãe, Zuenir Ventura, Ronaldo Fraga entre tantos outros que presentearam os visitantes com suas canções e poesias, proporcionando a todos uma agradável viagem pelo imaginário mundo dos sonhos.

Também na oportunidade foi homenageada a escritora Dulcinéa Paraense. Dulcinéa, nasceu em Belém, em 2 de janeiro de 1918, etrilhou a sua História pelos caminhos da poesia. A escritora é reconhecida pelos seus inúmeros poemas publicada em revistas da sua época tendo, no entanto, seu primeiro livro de poesia será lançado pela SECULT somente no encerramento deste evento que acontecerá no dia 11 de setembro de 2011, onde estará presente.

Além de homenagear várias personalidades literárias e oferecer palestras e oficinas, o evento também homenageou a Itália como país que tem grande influencia na cultura paraense.

A feira do livro como é conhecida, tornou-se um compromisso para os leitores que aguardam com ansiedade pela oportunidade de adquirir seus livros e assim, aprimorar seus conhecimentos acerca dos progressos da sociedade.

No dia 04 de setembro, quem também aproveitou a oportunidade e se fez presente no referido evento foi à “Turma de Pedagogia 019” da Faculdade Pan Americana. Os Acadêmicos, futuros pedagogos, acompanhados de Professor Jocsan Pires Silva, prestigiaram a feira Pan Amazônica. Em busca de adquirir seus livros, foram agraciados com uma programação espec ia l e bem diversificada que incluía entre outras: Shows, Teatro de Fantoches, Oficina de Mini Livro com receitas italianas, Oficina de Porta Correspondência, Maurício Rocha, Contos do Imaginário Amazônico, Contador da História bem como uma grande diversidade de obras a preços promocionais, entre

elas: Oleaginosas da Amazônia, O Pentateuco, O reino entre nós, Orquídeas Nativas da Amazônia Brasileira II, Os Livros Históricos, Pedagogia da Humanização, A pedagogia humanista de Paulo Freire, Programas especiais - natal e ano novo e muito mais.

Na sessão infantil estavam expostos livros e jogos didáticos, vídeos educativos e uma variedade de ofertas que despertou o interesse dos pais e professores que prestigiavam o evento. Os discentes da Pan Americana preocupados em buscar mais conhecimentos para aplicar em suas práticas de sala de aula e dar início aos seus trabalhos de conclusão de curso (TCC), e n c o n t r a r a m n a f e i r a a oportunidade que precisavam para adquirir as obras necessárias às suas pesquisas e às suas leituras diárias, uma vez que o professor é de fato um eterno leitor, pois “se e x i s t e a l g u é m c a p a z , d e transformar uma sociedade, esse alguém é... você professor”!

Carmecy Mendes Acadêmica do Curso de Pedagogia da Faculdade Pan Americana

DESFILE DE 7 DE SETEMBROO dia sete de setembro

representa o marco de nossa emancipação, a separação da colônia Brasil e o colonizador Portugal que ocorreu no ano de 1822. É neste dia que Capanema realiza seu desfile anual de comemoração e homenagem ao

grito de D. Pedro que suposta-mente libertou-nos as margens do rio Ipiranga.

Assim, cumprindo o cronogra-ma elaborado pela Prefeitura municipal, o desfile foi realizado na principal avenida da cidade (Avenida Barão de Capanema), foi

acompanhado e exibido por todos os meios de comunicação, em tempo real.

O Prefeito Eslon Martins esteve presente durante todo o evento, juntamente com a Primeira Dama Senhora Tatiana Martins, o vice-prefeito Senhor Antônio David Peixoto e seus secretários, autoridades e convidados.

O Hino Nacional Brasileiro foi entoado antes do desfile, em seguida o prefeito declarou a abertura do evento que teve como tema “Estado do Pará, unidos somos mais fortes”.

Mil i tares começaram o desfile, que foi seguido pelos integrantes da Guarda Munici-pal, homens da secretaria de obras exibindo seus maquiná-rios, depois as creches, escolas do ensino fundamental e médio e outras secretarias do municí-pio, destacando a Secretaria de Assistência Social, que veio a avenida mostrando todos os seus programas.

E assim o povo de Capanema

demonstra mais uma vez, toda a

sua civilidade e patriotismo em

um dos eventos mais esperados

durante o ano.

XV FEIRAPAN-AMAZÔNICA

DO LIVRO

Fonte: www.capanema.pa.gov.br

Márcio Douglas Camurça

da Faculdade Pan Americana

Acadêmico do Curso de Pedagogia

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ANO - I/Nº 03 - CAPANEMA-PA - BRASIL - SETEMBRO DE 2011

MINISTÉRIO PÚBLICO - inovações e parcerias estratégicas para melhorias sociais.

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O Ministério Público do Estado Pará, por meio dos Promotores de Justiça, Mário Sampaio Netto Chermont, Nadilson Portilho Gomes e Grace Kanemitsu Parente, promoveu hoje, o “1º Encontro no Ministério Público na Escola”, dentro do “Programa MP na Escola”, executado pelos promotores de justiça de Capanema para apresentar e debater aspectos técnicos, operacionais, jurídicos e políticos, relacionados ao funcionamento da educação.

O objetivo do encontro foi esclarecer a importância do papel de todos os atores sociais e dos direitos diretamente relacionados à educação, estimulando a mobilização social e o fortalecimento de toda a rede de ensino, com valor ização dos profissionais.

O evento contou com uma palestra inaugural sobre o Panorama da Educação Nacional, ministrada pela promotora de justiça Grace Parente e com várias mesas redondas sobre Panorama da Educação

Cine Cultura - 09/09/2011Noite de abertura - 08/09/2011

Municipal, Fundeb, piso salarial e fiscalização, violência escolar e mobilização social e programas

governamentais da área educacional, reunindo atores sociais importantes para a melhoria da educação. Ainda, com apresentações culturais e homenagens aos melhores trabalhos de educação no município.

A presidente do Conselho Estadual de Educação, Professora Sueli de Melo Castro Menezes, presente no evento, enfatizou a importância desse novo olhar do Ministério Público sobre a educação, onde “antes buscava-se culpados, hoje soluções para os problemas”.

Ao final do evento, foi aprovada a Carta do Encontro, na qual o Ministério Público do Estado do Pará, por meio

dos Promotores de Justiça de Capanema, professores, diretores, profissionais da educação em geral, alunos, pais de estudantes e sociedade civi l , assumiram o compromisso pela educação, mediante a conjugação dos esforços do Estado e Município, estabe-lecimentos universitários, em regime

de colaboração, das famílias e da comunidade, em proveito da melhoria da qualidade da educação. Ainda, foi aprovada moção de apoio ao "Programa MP na Escola" e ao trabalho do Grupo Cultural Timbiras.

Promotoria de Justiça de Capanema e Assessoria de Imprensa

O Ministério Público do Estado do Pará, Promotoria de Capanema, Núc leo de Atend imento de Capanema, promoveu mais uma edição do “MP e a Comunidade”, no dia 17 de setembro de 2011 (sábado), na comunidade da Portelinha, em Capanema, com vár ios serv iços soc ia is , de expedições de documentos e atendimentos médicos.

No evento, participaram os Promotores de Justiça Nadilson Portilho Gomes, Mário Sampaio Netto Chermont, Grace Kanemitsu Parente e Érika Menezes de Oliveira.

Os serviços tiveram apoio da equipe do “MP e a Comunidade” da Capital, do Poder Judiciário, Defen-soria Pública, Exército, SENAR, SESPA, Prefeitura Municipal, Câmara Municipal, Secretaria de Segurança Pública do Estado, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Conselho Tutelar, entre outros.

O “Programa MP e a Comuni-dade”, em Capanema, está inovan-do porque está se abrindo a parceiros estratégicos na melhoria de vida do povo, indo para locais mais carentes, não se conformando

com a mera expedição de docu-mentos, tratando de demandas coleti-vas, sociais e difusas, asseverou a Promotora de Justiça Grace Kanemitsu Parente.

O trunfo da ação, segundo o Dr. Nadilson Portilho Gomes, Coordena-dor do Programa, “é unir os órgãos e sociedade civil, de tal forma que pos-samos, juntos, efetivamente, me-lhorar a vida das pessoas, como sempre falo, todos são convidados para participar e colaborar, pois é tempo de caridade, porque um candidato escolhe só o dia da eleição para ajudar o povo, quando a lei proíbe? Até na bondade deve haver coerência ética”.

O evento contou com locais improvisados, como os fundos de uma residência para emissão de certificado de reservista e alistamento eleitoral e até uma chácara.

Também, a Igreja Católica e a Assembléia de Deus uniram-se na organização do evento, juntamente com a comunidade, construindo um grande evento, sendo que a Prefeitura Municipal levou vários serviços para a população.

Promotoria de Justiça de Capanema e Assessoria de Imprensa

O MP na comunidade da Portelinha

Informações sobre as Ações do Ministério Público e a Comunidade Av. Barão de Capanema, 1188 - Centro - Capanema - Pará

Fone: 91 3462-2482 / 3462-2442 / 8871-2129 http://www.mp.pa.gov.br - E-mail: [email protected]

Emissões de documentos - 17/09/2011

Noite Cultural - 16/09/2011 Noite Cultural - 16/09/2011

Atendimento Jurídico - 17/09/2011

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Participantes do 1º Encontro do MP na Escola

Estudantes compromissados pela educação

Núcleo de Atendimento Capanema-PA

Arte: Ivan Silva

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O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos programáticos dos cursos em que estão matriculados. O exame é obrigatório para os alunos selecionados e condição indispensável para a emissão do histórico escolar.

O exame será aplicado no dia 6 de novembro de 2011, a partir das 13h (horário de Brasília). Segundo o MEC (Ministério da Educação), estima-se que 1,2 milhão de estudantes sejam inscritos este ano e que cerca de 400 mil façam as provas.

O Enade é desenvolvido com o apoio técnico de Comissões Assessoras de Avaliação de Áreas e Comissão Assessora de Avaliação da Formação Geral. Essas comissões, compostas por especialistas de notório saber, atuantes na área, são responsáveis pela determinação das competências, conhecimentos, saberes e habilidades a serem avaliadas e todas as especificações necessárias à elaboração da prova a ser aplicada pelo Enade.

Em 2011 serão avaliados os estudan-tes dos cursos que:

ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO E SUAS DEFINIÇÕES

Embora sejam tidas por muitos como sinônimos, as palavras linguagem, língua e fala, tem conceitos e significados diferentes, e ao analisar essas definições, pode-se visualizar melhor essas caracte-rísticas especiais de cada uma delas.

A linguagem é o instrumento que permite o ser humano se comunicar com outro e assim viver em sociedade. Ela originou-se a partir da necessidade de interação entre eles. Observamos dois tipos de linguagem: a verbal e a não verbal.

A linguagem verbal por sua vez compreende dois modelos: a oral, que acontece através de comuni-cação com palavras faladas e, a linguagem escrita, que como o próprio nome diz, encontra-se em jornais, folhetos, revistas, e etc.

A Linguagem não verbal pode ser identificada através de símbolos, sinais, desenhos, gestos, expres-sões corporais, mímicas, e outros meios que não sejam palavras.

A Língua é um extrato retirado de dentro do termo linguagem, ou seja, trata-se do idioma que cada país ou região utiliza como forma de comunicação. Assim sendo, pode-se afirmar que a língua é independe da ação humana para existir, pois o ser humano ao nascer, precisa se adaptar a ela uma vez que o falante de uma língua não depende neces-sariamente do conhecimento das regras gramaticais, pois a criança traz consigo uma gramática interna-lizada sobre a qual tem domínio e embora pequena, já consegue se expressar, de forma que seus pais entendam o que ela quer transmitir. Isso demonstra que a língua vai ser internalizando dentro dela a partir de sua convivência em sociedade.

Segundo os PCN (1997), O domínio da língua, oral e escrita, é fundamental para a participação social efetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e

defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. (p.15)

A língua, não pode ser modificada por um único indivíduo pelo fato de ser uma instituição social de caráter abstrato e coletivo. O homem, ao nascer tem totais condições de aprender muitas coisas: manusear ferramentas, caçar, trabalhar, enfim viver em sociedade. No entanto, ele jamais aprenderia a falar sem que haja de dentro dele esse interesse em desenvolver o ato da fala.

A fala é o meio que o indivíduo usa para revelar suas ideias, emoções, e experiências. É um ato individual de vontade e inteligência, ou seja, ele e somente ele pode a partir de sua vontade, e de sua capacidade intelectual desenvolve-la. Caracteriza-se como a concretização da língua, pois cada pessoa ao pronunciar uma palavra qualquer está se comunicando. Ela é também individual, dependente da visão cultural de cada ser humano. É ideológica, pois cada pessoa ao falar está repassando um pensamento particularizado que pode ser contraria-do por outro individuo.

(...) a língua é um sistema de signos histórico e social que possibilita ao homem significar o mundo e a realidade. Assim, aprendê-la é aprender não só as palavras, mas também os seus significados culturais e, com eles, os modos pelos quais as pessoas do seu meio social entendem e interpretam a realidade e a si mesmas. (PCN, 1997, p.22)

Assim, conclui-se que os termos linguagem, língua e fala, têm suas particularidades em seus significados. Alguns mais complexos outros não, porém no final de tudo temos o resultado mais que perfeito dessa mistura: a comunicação.

http://www.arteexpressao.com.br

Celimar Santos de Sousa

Acadêmica do Curso de Pedagogia

da Faculdade Pan Americana.

A CPA (Comissão Própria de Avaliação) funciona com o objetivo de coordenar e articular o processo interno de avaliação, bem como sistematizar e disponibilizar informações e dados, da FPA – Faculdade Pan Americana.

Composta por representantes de todos os segmentos da comunidade acadêmica e da sociedade civil organizada, ao final do Processo de autoavaliação, a CPA prestará contas de suas atividades aos órgãos colegiados superiores, apresentando relatórios, pareceres e, eventualmente, recomen-dações.

Busca-se com isso resultados que visem a melhoria da qualidade acadêmi-ca e o desenvolvimento institucional pela análise consciente das qualidades, problemas e desafios para o presente e futuro.

Todos os membros da comunidade educativa – professores, estudantes, técnicos – administrativos, ex-alunos e outros grupos sociais relacionados estão chama-dos a se envolver nos

p rocessos ava l i a t i vos pa ra a Integração, articulação e participação.

Além do objetivo principal que é oferecer os dados que o MEC considera determinantes para a fiscalização das Instituições de Ensino Superior vamos poder trabalhar os elementos obtidos em pesquisa e entrevistas para planejar os passos futuros. O que quere-mos, o que poderemos realizar e como nos organizaremos em termos de ações administrativas e educacionais.

A autoavaliação deve ser um processo cíclico, de reflexão e autoconsciência institucional. Criativo e renovador de análise e síntese das dimensões que definem a instituição. Um pro-cesso em que, quem participa conquista direitos.

Estamos preparando vár ios eventos para a divulgação e atuação efetiva da CPA em nosso meio. AGUARDE!!!

C P A – A V A L I A R P A R A MELHORAR! PARTICIPE!!!

VOCÊ SABIA?

· conferem diploma de bacharel em Arquitetura e Urbanismo e Engenharia;

· conferem diploma de bacharel ou licenciatura em Biologia, Ciências Sociais, Computação, Filosofia, Física, Geografia, História, Letras, Matemática e Química;

· conferem diploma de licenciatura em Pedagogia, Educação Física, Artes Visuais e Música; e

· conferem diploma de tecnólogo em Alimentos, Construção de Edifícios, Auto-mação Industrial, Gestão da Produção Industrial, Manutenção Industrial, Proces-sos Químicos, Fabricação Mecânica, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Redes de Computadores e Saneamento Ambiental.

Ficam dispensados da participação na prova a ser aplicada em 06 de novembro de 2011, cuja inscrição deverá ser realizada pela própria IES, os estudantes:

· ingressantes de cursos avaliados pelo Enade 2011; e

· ingressantes e concluintes em situação irregular junto ao Enade de anos anteriores.

Fiquem atentos:

● 20/09/2011 - Divulgação eletrônica da lista dos estudantes inscritos e obrigados a participação no Enade 2011(Inep)

● 07/10/2011 - Início do período para resposta eletrônica ao Questionário do Estudante e consulta ao local de prova (Estudante)

● 06/11/2011 - Término do período para resposta eletrônica ao Questionário do Estudante e consulta ao local de prova (Estudante)

● 06/11/2011 - Aplicação das provas do Enade 2011 (Inep)

● 07/11/2011 - Início do período para resposta eletrônica ao questionário do Coordenador do Curso (IES)

● 21/11/2011 - Término do período para resposta eletrônica ao questionário do Coordenador do Curso (IES)

● 06/12/2011 - Previsão de divulgação da Relação de Estudantes em Situação Regular junto ao Enade 2011 (Inep)

Mais informações: e http://www.inep.gov.br http://enade.inep.gov.br

INFORMAÇÕES SOBRE O ENADE

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Um Pouco Sobre a História Bragantina

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Foto: Abdias Pinheiro, Bragança – Pará – 2011

Francilma BulhõesSolange Sousa

Acadêmicos da FaculdadePan Americana

Bragança é um município brasileiro do estado do Pará. Localizada a 210 quilômetros de Belém, capital do Pará, a cidade de Bragança tem muito que mostrar aos turistas: praias, monumentos históricos e a cultura forte do povo bragantino são alguns dos irresis-tíveis convites para conhecer a bela do nordeste paraense.

A área em que se localiza hoje o município de Bragança era habitada pelos índios apotiangas da nação Tupinambás, onde existiam várias tribos que povoavam as margens do rio Caeté, por isso também eram conhecidos como índios Caeteuras (ARQUIVO, 1880).

Segundo Enciclopédia (1957), foram os franceses da expedição de Lavardière os primeiros europeus a conhecerem a terra dos índios Caeteuras em 8 de julho de 1613. Segundo Saraiva (et ali, 1998), a re-cepção dos índios aos franceses, foi favorável ao visitante, tanto é que franceses procuraram homenageá-los, dando o nome de BENQUE-RENÇA, a nova terra, que significa: índios Caetés BEM QUISERAM os franceses.

Porém, em 1616, a expedição portuguesa comandada por Pedro Teixeira, a qual levava a notícia a

Jerônimo de Albuquerque, no Mara-nhão, da fundação de Belém, passou pelas terras onde hoje se situa o município de Bragança, reconhecendo um forte guardado por franceses numa aldeia indígena (ARQUIVO, 1898). Em Bragança, a Lei Municipal de 07 de julho de 1978, reconhece a data de 08 de julho de 1613, como a homenagem à chegada dos primeiros brancos nobres em Bragança, sendo a datação do Feriado Municipal da Fundação de Bragança, e com isso, gerando muita controvérsia sobre o primeiro povoado europeu na Amazônia não ser Belém (fundada em 1616), e sim Benque-rença (ocupada em 1613), onde se ergueu Bragança.

Sua localização, à margem do rio Caeté, foi o que lhe rendeu o apelido carinhoso de "Pérola do Caeté".

A cidade é uma das mais antigas do Estado. Sua história começa no século XVI, quando suas terras foram alvo de disputa entre duas famílias: a do então Governador Geral do Brasil, Gaspar de Souza, e de Francisco Coe-lho de Carvalho. A briga só terminou depois que a corte portuguesa deu a posse das terras ao herdeiro de Gaspar de Souza, Álvaro de Souza que anos depois, em 1634, fundou ali, à margem direita do rio Caeté, o que seria o primeiro povoado de Bragança.

Contudo, devido às dificuldades de comunicação com Belém, o núcleo habitacional foi transferido para o lado esquerdo do rio, onde, atualmente, está localizada a sede municipal de B ragança , que só t o rnou -se verdadeiramente cidade em 1854 por decreto do então presidente da Província, tenente-coronel Sebastião do Rego Barros. Entre 1875 e 1908, o governo provincial e federal finan-ciaram a construção da Estrada de Ferro de Bragança-Belém, que serviu de base para a economia de todo o Nordeste Paraense, fazendo crescer importante núcleos populacionais e econômicos, entre estes, destacamos Capanema e Castanhal.

Bragança além de sua beleza como já foi falado, tem seu lado folclórico histórico que é a tradicional Festividade de São Benedito, que tem a Marujada, uma dança trazida pelos escravos que se tornou tradição e cultura não só Bragantina como Paraense, que é

realizada no dia 26 de dezembro. A desta atrai turistas e fiéis não só brasileiros mais de outros países também. A marujada de Bragança é considerada pela lei ordinária nº 7.330, publicada no Diário Oficial em 17 de novembro de 2009, como patrimônio cultural e artístico de Estado do Pará.

A cidade é de grande influência da arquitetura barroca, pois até hoje se encontra prédios históricos como a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, a Igreja de São Benedito que é do Barroco Amazônico sem muito luxo mais muito bonita. A educação também era de forte influencia religiosa como o Instituto de Santa Terezinha fundado em 23 de novembro de 1938 e idealizado pelo padre D. Eliseu Maria Corolli, segunda escola de ensino Normal do Pará. Hoje funciona a residência das freiras e Escola de Ensino Fundamental, Médio e Educação infantil.

Assim podemos ver que somos um Estado de grande influencia cultural e religiosa e temos que conhecer cada vez mais as riquezas que possuímos, pois assim como Bragança, temos muitas outras cidades com riquezas naturais e culturais que precisamos conhecer.