Jornal comunhão Março de 2013 - Diocese de Guaxupé

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A SERVIÇO DAS COMUNIDADES A SERVIÇO DAS COMUNIDADES NIDADES DAS COM SERVIÇO A Impresso Especial 9912259129/2005-DR/MG CORREIOS MITRA FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ ANO XXIX - 280 MARÇO DE 2013 “Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo” Páginas 08 e 09 Diocese abre comemorações do Centenário Página 06 Juventude em foco Artigo sobre a força simbólica do jovem Página 03 Leia mais:

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1DIOCESE DE GUAXUPÉDIOCESE DE GUAXUPÉ

A SERVIÇO DAS COMUNIDADESA SERVIÇO DAS COMUNIDADESNIDADESDAS COMSERVIÇOA

ImpressoEspecial

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JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ ANO XXIX - 280 MARÇO DE 2013

“Agora confi emos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo”Páginas 08 e 09

Diocese abre comemorações do CentenárioPágina 06

Juventude em focoArtigo sobre a força simbólica do jovemPágina 03

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2 JORNAL COMUNHÃOJORNAL COMUNHÃO

editorial

voz do pastorDom José Lanza Neto

Diretor geralDOM JOSÉ LANZA NETO

Editor e Jornalista Responsável PE. GILVAIR MESSIAS DA SILVA - MTB: MG 17.550 JP

RevisãoMYRTHES BRANDÃO

Projeto gráfico e editoração AGÊNCIA TOM - www.agenciatom.com - (35) 3064-2380Tiragem3.950 EXEMPLARES

ImpressãoGRÁFICA SÃO SEBASTIÃO

IlustraçãoMARCELO A. VENTURA

Conselho editorialPADRE JOSÉ AUGUSTO DA SILVA, PADRE HENRIQUE

NEVESTON DA SILVA, IR. MÁRCIO DINIZ, MARIA INÊS

MOREIRA E NEUZA MARIA DE OLIVEIRA FIGUEIREDO.

RedaçãoPraça Santa Rita, 02 - Centro

CEP. 37860-000, Nova Resende - MG

Telefone(35) 3562.1347

E-mail [email protected]

Os Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal.

Uma Publicação da Diocese de Guaxupé

www.guaxupe.org.br

expediente

O ano tem lá suas surpresas. No pri-meiro dia de janeiro, é possível pensar: o que será deste tempo que começa, o que será deste menino que nasce?

Fevereiro teve a surpresa de Bento XVI. E março terá a surpresa... “Bendito o que vem em nome do Senhor...”

Fevereiro teve, na Diocese, a abertu-ra das comemorações de seu centenário, um triênio para festejar, celebrar e viver a bela história da Diocese de Guaxupé. A juventude marcou expressiva presen-ça nessa primeira ocasião. É a Igreja que se propõe a ser... com rosto de juventu-de, com sangue sempre renovado, com ardor missionário. Também nesse mês, a ordenação de jovens para o ministério diaconal alegrou a Igreja. O momento é carregado de entusiasmo... de esperan-ça, de participação cativante... A Jornada

Mundial da Juventude e a Campanha da Fraternidade, aberta ofi cialmente na quarta-feira de cinzas, dão à Igreja neste histórico momento, um alegre fl orescer, semelhante às “quaresmeiras” que costu-mam fl orir nesta época do ano.

Fevereiro destacou-se sobretudo, para o gesto de Bento XVI... A história saberá dizer melhor a expressão do fato no seio da Igreja. A renúncia causou es-tranheza, admiração, fez o povo rezar, chorar, fez ver a vida, a Igreja, o mundo... O gesto abriu as portas para muitos olha-res. O que ninguém poderá negar é a coragem do papa. Renúncia, neste caso, é mais um gesto de confi ança do que de medo. Confi ança em Jesus Cristo, o dono da “Barca de Pedro”. O papa humanizou a Igreja... Mostrou-se servidor como to-dos, frágil, vulnerável. Para isso, mostrou-

-se humilde, sábio, virtuoso. O pontífi ce que sempre insistiu na premissa de que o cristão de hoje só o é se tiver uma expe-riência com a pessoa do Cristo, testemu-nhou a força de suas palavras ao confi ar a Igreja ao seu Pastor Supremo. Quebrou assim toda ideia de pretender usar do serviço ao Cristo uma forma de poder. Bento XVI deixa confi ante o ministério de Pedro porque tem consciência de que a Igreja é de Jesus Cristo.

Março terá suas fl ores... A Igreja quer fl orescer, fl orir, viver. O mundo preci-sa da missão da Igreja. As chuvas que caem nesta região e fazem a relva sorrir verde também caiam nos canteiros do Vaticano, da Diocese, das paróquias, das comunidades! É tempo de fl orescer a es-perança à espera dos frutos da Páscoa, da prometida Passagem.

“Agora confi emos a Santa Igreja à solicitude

do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo.” (Bento XVI)

Prezados diocesanosA Paz do Cristo ressuscitado!O farol do carro é indispensável. Ao

tomarmos o volante, pensamos que tudo está em nossas mãos. De repente, anoitece; apesar do carro não perder sua força e sua velocidade, precisamos do fa-rol, ou melhor, nos damos conta de que o veículo é o mesmo e nos leva aonde queremos; mas deparamo-nos com a realidade da noite. Assim, nossa vida e a humanidade caminham em seu curso normal e natural... Parece que não nos falta nada, tudo o mais é dispensável. Ai de quem ousa nos chamar a atenção ou propor algo diferente. Arrepiamo-nos e dispensamos qualquer interferência.

A vida é assim. Gostaríamos de que nada nos incomodasse e mesmo quando

nos acontece algo que nos aborrece, tei-mamos que toda a interferência ou aju-da são dispensáveis. Aliás, hoje em dia, parece que tudo é dispensável. Como é prazeroso conjugar esse verbo. Em todas as esferas, “dispensar” parece fazer parte essencial daquilo que somos e quere-mos construir. É verdade que podemos dispensar coisas, pensamentos, objetos... Mas como no carro, algumas coisas são indispensáveis: roda, direção, motor, ga-solina e o farol que parecia dispensável, tornam-se essenciais.

Na noite, ninguém caminha; ninguém chega a lugar algum. Na noite, o farol nos dá a dimensão da estrada, livra-nos de perigos, coloca-nos em movimento e nos faz chegar ao destino certo. Esta-mos prestes a celebrar a festa litúrgica de

maior acento de nossa fé, a saber: a pás-coa da Ressurreição do Senhor. Na noite da vigília pascal, iniciamos a celebração com a bênção do fogo e acendemos o círio pascal. Adentramos na Igreja com o círio e nossas velas são acesas. Ele é colo-cado em lugar de destaque – símbolo do Cristo Vivo e Ressuscitado. O celebrante diz: “A Luz de Cristo, que ressuscitou res-plandecente, dissipe as trevas de nosso coração e de nossa mente.”

A Páscoa é a festa da luz a contagiar--nos por inteiro. Luz ou farol indispensá-vel na busca do sentido mais verdadeiro de nossa existência. Essa luz não nos ofusca; ofusca sim, quando teimamos em permanecer em nós mesmos. Perde-mos a direção, o sentido de nossa pró-pria vida. Deixemos que esse tempo da

CRISTO, NOSSO FAROL!CRISTO, NOSSO FAROL!

graça ilumine tudo quanto estamos nos propondo, isto é, a renovação de nossa fé, nosso compromisso com a evange-lização da juventude, nosso plano de pastoral diocesano e paroquial, nossos empreendimentos (preparação para o centenário, santas missões populares e grupos de refl exão), nosso desejo de su-perar e deixar para trás tudo aquilo que nos é pesado e sem sentido.

Que a luz e a força do ressuscitado nos encorajem para superarmos todo o desânimo, apatia e conformismo. Assim, seremos suas testemunhas diante de um mundo e de pessoas que criam para si “luzes próprias”, dispensáveis.

Feliz e Santa Páscoa!

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3DIOCESE DE GUAXUPÉDIOCESE DE GUAXUPÉ

opinião

A sociedade é o produto de uma longa construção histórica, do confron-to de forças das mais variadas nuances; da presença do “poder simbólico” e dos habitus que impregnam os nossos pensamentos, ações e o ser social; do encontro e desencontro de culturas; do desenvolvimento da técnica e da ciên-cia; do avanço da produção material de bens e serviços; da cumplicidade e do confl ito de gerações. Falar sobre a ju-ventude requer, portanto, um olhar na direção do contexto histórico presente no mundo dos jovens e nas nossas aná-lises, pensamentos e ações.

HABITUS

Na verdade, somos seres interde-pendentes. O entusiasmo e o vigor que os jovens carregam podem ou não es-tar presentes nos vários momentos e contextos da existência humana, isto é, nos momentos da juventude, das idades adulta e idosa. Socialmente, to-dos nós carregamos as bases materiais e ideológicas que caracterizam o pre-sente e que trazem as marcas de outros contextos e momentos históricos. No mundo real da sociedade, do país, do sistema produtivo, do comércio, do tra-balho, das ações políticas, do mercado, do sistema fi nanceiro, da educação, da religiosidade, das igrejas, da arte, da mí-dia, da dor, da alegria, enfi m, em meio a um contexto carregado e movido por muitas forças e atores, é irreal olharmos para a juventude como uma força autô-noma e independente. Ela existe imersa nas sociedades, nas formas das relações de trabalho predominantes, nas diver-sas formas de capital – familiar, escolar, cultural, simbólico, tecnológico, dentre outros – historicamente construídos, nas ideias trabalhadas e veiculadas nos meios de comunicação social.

Ser jovem, nesse sentido, é antes de tudo estar no mundo com todas as suas belezas, problemas, sofrimentos, pressões, arte, trabalho, fé, fundamen-talismos, guerras, esportes, músicas, encontros e alegrias. É também estar num mundo social, econômico e politi-camente imposto. Mas, se por um lado, a juventude traz o entusiasmo e o vigor, por outro, não estaríamos todos nós, principalmente jovens e adultos, desa-fi ados a conhecer melhor a nós mes-mos? Ou seja, conhecermos um pouco mais os habitus que impregnam nossas falas, nossas ações e o corpo social em que estamos inseridos?

Habitus se refere a disposições, gostos, que, ao integrar experiências passadas, funciona como uma matriz de percepções em cada momento. Os habitus vivenciados pelos jovens no

mundo se diferenciam pelos caminhos que perseguem a distinção, nos grupos que produzem crenças, nas instituições que forjam entendimentos, na busca pela afi rmação do ser socialmente re-conhecido. Nesse sentido, o conceito juventude precisa ser contextualizado, questionado enquanto grau de gene-ralidade que pretende abarcar e tornar homogênea uma totalidade de jovens, pois os jovens são muitos e diversos no ser social caracterizado por habitus dis-tintos.

PODER SIMBÓLICO

Há, de fato, uma força presente no meio dos agentes e suas histórias, que se relaciona com o capital simbólico, isto é, com o reconhecimento que um grupo proporciona a quem detém esse capital. Ora, reconhecer o poder simbó-lico signifi ca ignorar sua arbitrariedade, ou seja, esse poder é uma relação que se situa no campo da crença, na legiti-midade de quem está investido do po-der de falar.

Assim, a ordem ou a sua subversão estão relacionadas, essencialmente, com o reconhecimento de quem as pronuncia. A violência simbólica, que tem consequências reais, é reconhecida (ignorada) e legitimada. O reconheci-mento ou não de uma dada enunciação e a legitimação ou a subversão de uma ordem por parte de jovens têm uma re-lação direta com o que é socialmente

JUVENTUDE, JUVENTUDE, HABITUSHABITUS E PODER SIMBÓLICO E PODER SIMBÓLICOPor Fábio César da Fonseca, cientista social, mestre em Desenvolvimento Econômico, Doutor em Sociologia e Professor do Depar-

tamento de Filosofi a e Ciências Sociais da UFTM – Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba (MG). Reside em Passos

construído, isto é, com aquilo que carre-ga heranças, com as diversas formas de capitais acumulados na complexa cons-trução da história humana no mundo.

PODER SIMBÓLICO E SER CRISTÃO

Teríamos assim, diante de nós, ou-tro grande desafi o: enquanto cristãos, temos habitus incorporados. Nesse sen-tido, como poderíamos construir reali-dades coerentes com o amor, a doação e a fraternidade?

A Igreja Católica Apostólica Romana tem um grande poder simbólico: a fala, o poder de quem fala, os paramentos, o lugar de onde se fala, o dom de perdo-ar as faltas, os ritos, a tradição, os tex-tos sagrados, a linguagem profunda e transformadora de Jesus Cristo, a beleza e a mística dos salmos, a força e o vigor da comunicação dos profetas, a ação do Espírito Santo, a fé no Deus da vida e da eternidade. De um ponto de vista socio-lógico, o poder simbólico exerce forças, infl uencia, constrói e muda a realidade.

Os jovens cristãos carregam uma herança oriunda da formação cristã, tra-zem um capital familiar cristão. Mas, ser cristão é estar no mundo com todas as suas realidades e consequências posi-tivas e negativas. No mundo, os jovens cristãos convivem com jovens não cris-tãos, com os que carregam habitus dis-tintos do ser cristão, que herdaram ou-tras confi gurações de capitais. Não só. Incorporam habitus e formam capitais

escolares distintos. Tudo isso torna ain-da mais complexa a vivência e as rela-ções entre os próprios jovens, que, por sua vez, se relacionam com crianças, adultos, idosos, instituições, política, políticos, economia, produção, fábricas, meios de transportes, formas distintas de práticas religiosas, confl itos étnicos, violência, desemprego, desigualdades sociais etc..

Ser cristão é também se relacionar com o poder simbólico da Igreja, é le-gitimar a fé no Deus da vida e do amor, do perdão e da misericórdia, é crer nas palavras das pessoas investidas de au-toridade eclesiástica. O simbólico, que é profundamente signifi cativo, é tão presente na Igreja Católica que o calen-dário litúrgico se mistura ao mundo dos homens, à fé, à escatologia e à esperan-ça, de tal modo que o tempo que vive-mos neste momento é o da quaresma, o qual se relaciona essencialmente com a vivência da busca da conversão, da mudança de vida. Mas, a vida carrega habitus incorporados, relações distin-tas com distintas pessoas, fé e crenças. Ora, a conversão não confi guraria outro grande desafi o para os cristãos, sejam leigos ou clérigos?

A conversão pode caracterizar-se como ponto de infl exão a partir do qual a Igreja pode, de fato, avançar e parti-cipar na construção de habitus ilumi-nados pelos princípios do amor e da fraternidade, principalmente junto às crianças, adolescentes e jovens, tomar o poder simbólico como serviço, como força que produz modos de viver a vida próxima das ações e refl exões de Jesus Cristo. O poder simbólico aqui não se-ria um fi m em si mesmo, o poder pelo poder, mas o esclarecimento de que a legitimidade que os cristãos dispensam aos ritos, às falas das autoridades eclesi-ásticas e aos textos sagrados é acompa-nhada de uma relação de cumplicidade e da esperança de que a construção de um Reino de Justiça e de Fraternidade começa neste mundo.

É assim que juventude, habitus e poder simbólico se relacionam, ou seja, a juventude são os jovens que consti-tuem distintas formas de existir a partir dos habitus incorporados e da forma de se relacionarem com o poder simbólico. Em meio às vicissitudes do mundo atu-al, formar habitus que contribuam com o acúmulo de capital cultural, capital fa-miliar, capital escolar e capital religioso, que carregam em si o amor, a esperança e a tolerância, requer de todos os cris-tãos um caminhar persistente pelas tri-lhas da conversão, do respeito à digni-dade humana, ao trabalho e à natureza.

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4 JORNAL COMUNHÃOJORNAL COMUNHÃO

notícias

PADRES PARTICIPAM DE ENCONTRO REGIONALPADRES PARTICIPAM DE ENCONTRO REGIONAL

PADRE DO CLERO DE POUSO ALEGRE É NOMEADO BISPOPADRE DO CLERO DE POUSO ALEGRE É NOMEADO BISPO

COMUNIDADES ACOLHEM NOVOS DIÁCONOSCOMUNIDADES ACOLHEM NOVOS DIÁCONOS

Por Pe. César Acorinte

Por Pe. Gilvair Messias

Fonte: CNBB

Da esquerda para a direita, os padres Luiz Tavares, César, Vítor, Luiz Lemos e Edmar

Da esquerda para a direita: Diáconos Claudemir, Gilmar e Glauco, dom José Lanza, diáconos Pedro e Wellington

Aconteceu em Cachoeira do Cam-po (MG), de 21 a 25 de Janeiro, o 29º Encontro de Formação Permanente do Clero do Regional Leste II, promo-vido pela Conferência Regional de Presbíteros Leste II.

Dos mais de 80 padres vindos das 33 dioceses do regional, destaca-se a participação dos padres César, Vítor, Luiz Tavares, Luiz Lemos e Edmar, to-dos da Diocese de Guaxupé.

O tema central abordado no en-contro foi: “O presbítero à luz do Con-cílio Vaticano II.” Uma abordagem do decreto Presbiterorum Ordinis, cujo assessor foi o Pe. Manoel Godói da Arquidiocese de Belo Horizonte. O assunto levou todos os participantes

Os jovens Claudemir Lopes, Gilmar An-tônio Pimenta, Glauco Siqueira dos San-tos, Pedro Alcides Sousa, Wellington Cris-tian Tavares foram ordenados diáconos no último 08 de fevereiro, em solene ce-lebração na Catedral de Guaxupé. Vários padres, religiosos, leigos das paróquias de origem dos ordinandos e de outras pa-róquias, prestigiaram a esperada ocasião. Também esteve presente o bispo de Urua-çu (GO), dom Messias dos Reis Silveira.

Durante a celebração, dom José Lanza Neto, bispo diocesano, motivou os novos diáconos à missão que a Igreja lhes confi a.

O papa Bento XVI nomeou no dia 21 de fevereiro o padre Marco Aurélio Gubiotti, como bispo da diocese de Itabira-Coronel Fabri-ciano (MG). A sua ordenação episcopal será no dia 26 de maio, em Ouro Fino.

Padre Marco Aurélio Bubiotti é mineiro de Ouro Fino (MG), e tem 49 anos de idade. Cursou filosofia no Seminário Arquidiocesano de Pouso Alegre, e a teologia no Instituto Teológico Sagrado Coração de Jesus, em Taubaté (SP). Foi ordenado presbítero em 1989, e exer-ceu a missão paroquial nas cidades de Brasópolis, Jacutinga, Tocos do Mogi, Bela Vista e Santa Rita do Sapucaí. Obteve o título de Mes-tre em Estudos Bíblicos pela Faculdade Nossa Senhora da Assunção, de São Paulo (SP). Colaborou com a formação no Seminário Arqui-diocesano de Pouso Alegre e foi diretor do Instituto Teológico Inter-diocesano São José (2000 a 2005) e da Faculdade Católica de Pouso Alegre (2006 a 2009). Atualmente, padre Marco Aurélio era pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Pouso Alegre.

a uma séria reflexão da vida e minis-tério dos presbíteros no mundo de hoje, a teologia e a pastoral do minis-tério ordenado, abrindo espaço para a pastoral do cuidado presbiteral.

O primeiro dia do evento foi de es-piritualidade, orientado pelo Pe. Luiz Eustáquio, também da Arquidiocese de Belo Horizonte e uma manhã em que se trabalhou o tema da CF 2013 e a Jornada Mundial da Juventude com o Pe. Sebastião, da Diocese de Olivei-ra e também assessor do Setor Juven-tudes do Regional Leste II.

Foram momentos muito ricos de aprofundamento nos temas propos-tos e de uma fraterna convivência en-tre os participantes.

Foto: Arquivo – Pastoral Presbiteral

Foto: João dos Reis

Foto: Arquidiocese de Pouso Alegre

Disse também da necessidade pastoral de clérigos atentos às urgências da Igreja.

Com o lema “Eu estou meio de vós como Aquele que serve” (Lc 22.27b), os diáconos foram assim enviados ao exer-cício de seu ministério: Claudemir, para a Paróquia de Campestre; Gilmar, para a Pa-róquia São Sebastião de Poços de Caldas; Glauco, para a Paróquia Nossa Senhora da Penha de Passos; Pedro, para a Paró-quia Nossa Senhora Aparecida de Passos; Wellington, para a Paróquia Nossa Senho-ra Aparecida de Alfenas.

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5DIOCESE DE GUAXUPÉDIOCESE DE GUAXUPÉ

JOVENS SE PREPARAM PARA O BOTE FÉJOVENS SE PREPARAM PARA O BOTE FÉ

PARÓQUIA CRIA ALTERNATIVAS PARA IDA À JMJPARÓQUIA CRIA ALTERNATIVAS PARA IDA À JMJ

CEBs ORGANIZAM 30CEBs ORGANIZAM 300 ENCONTRO DIOCESANO ENCONTRO DIOCESANO

Por Carlos Alberto Isidoro, Lara Vecchi Silveira, Rafael dos Reis Ribeiro

Por Pe. José Luiz Gonzaga do Prado

Por Rafael Lemos

Evento setorial aconteceu na Paróquia Mãe Rainha de Guaranésia

Jovens foram incentivados de várias formas à participação na JMJ

No dia 02 de fevereiro de 2013, na Pa-róquia Senhor Bom Jesus e Mãe Rainha da cidade de Guaranésia, foi celebrada a missa, presidida pelo pároco Antônio Do-nizeti de Oliveira, em preparação ao Bote Fé, evento que acontece nas dioceses que antecede a Jornada Mundial da Ju-ventude (JMJ), reunindo assim, os jovens das mais variadas expressões e carismas, em foco a evangelização dos jovens do

Os peregrinos da Paróquia de São Be-nedito de Passos, já estão arrumando as malas para a Jornada Mundial da Juventu-de, no próximo mês de julho, no Rio de Ja-neiro. Com as inscrições realizadas no mês de janeiro, os últimos detalhes são acerta-dos para o tão aguardado encontro com o Santo Padre junto a milhões de jovens de todo o mundo.

Reunindo-se frequentemente desde abril do ano passado, a Comissão Orga-nizadora Paroquial criou uma forma de parcelamento com pagamentos mensais a serem feitos na Secretaria da Paróquia, mediante carnê, o que possibilitou àqueles que não teriam condições de quitar o valor da inscrição numa parcela única, levantar a quantia necessária para se inscreverem, permitindo que até os menos favorecidos

Será no Carmo do Rio Claro, de 26 a 28 de abril, o 30º Encontro Dioce-sano das Comunidades Eclesiais de Base. Essa busca de viver a Igreja do Vaticano II, em consonância com o tema da CF 2013, pretende mobilizar aqueles que participaram ou partici-

Paróquia São Benedito

setor Guaxupé. À frente da procissão de entrada, a

cruz do bote fé, representando a vitória do Cristo ressuscitado e as nações do mundo todo. Em seguida, contou-se com a participação dos jovens das cidades vi-zinhas: Monte Santo de Minas, Guaxupé, Muzambinho e jovens dos movimentos da cidade de Guaranésia. Para esse mo-mento, foram confeccionadas 05 bolas

de linha, nas cores dos continentes para representar os jovens do mundo todo, como num enlace, unidos com o mesmo objetivo de celebrar a vida, a eucaristia, o encontro com Cristo.

Para receber a palavra de Deus, os fi éis se deparam como que com uma surpresa que os levou a refl exão. Foi escolhido a música Sobre a minha santa bíblia do Padre Zezinho, e a palavra de Deus, literalmente veio em forma de ali-mento, em forma de pão. Este que foi feio caseiramente, sovado e assado com a bí-blia dentro. Para o olhar de todos na ce-lebração era somente pão, que era apre-sentado aos fi éis, mas ao chegar ao altar o presidente da celebração, com o gesto de partir o pão retirou o livro sagrado de dentro do mesmo, para mostrar que a palavra de Deus é o alimento necessário como o pão nosso de cada dia, ao repar-tir com o próximo ninguém passará fome de justiça, paz e presença de Deus. “...Tu que foste conhecido pelo simples gesto de partir o pão, tu que foste oferecido como sacrifício de libertação. Eis aqui a minha oferta, dou-te parte do que é meu. Tens me dado tanta paz que é justo o que é meu também se torne teu”.

Todas as leituras da celebração foram proclamdas por jovens. Estiveram pre-

sentes os paroquianos da Paróquia Santa Bárbara, e a presença de seu pároco Pa-dre Gentil Lopes de Campos Júnior, que convocou todos os fi éis para a participa-ção neste importante momento, celebra-tivo para a juventude e para as famílias.

Após a santa missa foi feita a exposi-ção do Santíssimo Sacramento para ado-ração. Momento marcante e profundo de oração e intercessão pela Igreja, pela juventude e pelos eventos celebrativos e formativos deste ano de 2013: abertura do tríduoe m comemoração do cente-nário da diocese no dia 03 de fevereiro, Campanha da Fraternidade, Bote Fé, Se-mana Missionária, JMJ. Em determinado os símbolos da JMJ foram acesos, ilumi-nando toda a igreja.

“É fato que no passado a juventu-de era vista como uma fase de rebeldia, incerteza, irresponsabilidade e descon-fi ança dos mais velhos. Mas o mundo mudou. Nunca o desenvolvimento inte-lectual e humanístico do jovem foi tão valorizado. A politização do jovem, sua busca por melhorias, a vontade de par-ticipar das decisões da sociedade, estar engajado no ceio da Igreja, são fatores que elevaram a juventude ao patamar de ser atuante”, refl etiu-se durante o evento.

participem da peregrinação. Além das par-celas mensais, os peregrinos realizaram uma domingueira para arrecadar fundos, em dezembro de 2012, que teve o apoio e a participação em massa da comunidade, e já se preparam para um bingo no mês de abril, com a mesma fi nalidade.

Com a primeira etapa de preparação concluída, já que todos os 84 peregrinos foram inscritos na JMJ no mês de janei-ro, iniciou-se em fevereiro a preparação espiritual, que contará ainda com várias atividades, como a presença dos peregri-nos durante a visita aos ícones da JMJ na Diocese de Guaxupé neste mês de março, vigílias, celebrações eucarísticas e atendi-mento de confi ssões por parte do Pe. Robi-son Inácio, que também irá peregrinar ao Rio de Janeiro.

pam da Pastoral da Juventude. Para isso, como era de se esperar, o Carmo se prepara com todo o entusiasmo.

Serão convidados a participar do Encontro especialmente os antigos membros dessa pastoral, que serão motivados a atuar na formação e na

manutenção dos Grupos de Reflexão. O pensamento da Coordenação é que muitos dos que atuaram na pastoral da juventude agora estejam buscan-do um espaço onde atuar. Esperamos que eles encontrem esse espaço nos Grupos de Reflexão.

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6 JORNAL COMUNHÃOJORNAL COMUNHÃO

notícias

DIOCESE SOLENEMENTE ABRE COMEMORAÇÕES PARA CENTENÁRIODIOCESE SOLENEMENTE ABRE COMEMORAÇÕES PARA CENTENÁRIOPor Pe. Gilvair Messias

Na Diocese de Guaxupé, 2016 é um ano para ser celebrado em três. Uma história de 100 anos merece memória e movimento de todo o povo. Em 03 de fevereiro de 1916 é que tudo começou. Dom Antônio Augusto de Assis, também por 03 anos, preparou as bases da nova Igreja Particular. E, no último 03 de feve-reiro, dom José Lanza Neto declarava a abertura das comemorações centenárias.

Às 09h, uma procissão conduzida pela imagem da padroeira, Nossa Senho-ra das Dores, deixava a avenida Conde Ribeiro do Vale e seguia em direção à ca-tedral. Na saída, um grupo de jovens da cidade motivava, com cantos festivos, o encontro. Padres, religiosos, seminaristas e leigos representantes das 84 paróquias que compõem a diocese, entraram no templo em ação de graças pela ocasião celebrada.

No início da missa, o chanceler do bis-pado, padre Claiton Ramos, fez a leitura do Decreto que anuncia o triênio come-morativo. Em seguida, foram acolhidos pela assembleia o mapa da diocese, or-ganizado em seus 07 setores pastorais, também as logomarcas do Ano da Fé e da Jornada Mundial da Juventude, enfa-tizando as atividades principais que nor-tearão esse primeiro ano de preparação jubilar.

Durante a homilia, o bispo destacou a caminhada histórica e a necessidade atual de uma diocese profética em sua missão evangelizadora. Aos padres que compareceram à solenidade, agradeceu sua sensibilidade à unidade e também destacou a presença dos representan-tes dos Conselhos de Pastoral Paroquial

Fotos: João dos Reis

(CPP) que os acompanharam. Disse ain-da, referindo-se aos jovens que participa-vam da celebração, que a juventude na Igreja é viva quando atendida nos aspec-tos “acolhida, espaço e identifi cação”.

Durante a oração da comunidade, fi -zeram-se representadas todas as pessoas que compõem a diocese, por responsabi-lidades comunitárias, sociais e eclesiais, por idade e urgência pastoral.

Ao fi nal da celebração, por convoca-

ção de dom Lanza, jovens, representando suas paróquias, deixaram a assembleia e dirigiram-se até ao presbitério para acompanhar a bênção e imposição das cruzes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Irmão Márcio Diniz, coordenador diocesano do Setor Juventudes, moti-vou-os a fazer da paróquia um espaço jo-vem de missão. O bispo disse que os en-viava às suas comunidades para anunciar o evangelho com expressões próprias do

ser jovem, através de todas as atividades propostas no oportuno momento.

Ainda em 2013, no dia 03 de março, ocorrerá na catedral diocesana grande concentração da juventude para acolhi-da aos ícones da JMJ. Durante os meses seguintes, setores pastorais farão estu-dos e plenárias de temas do Concílio Va-ticano II. 2014 e 2015 serão preparativos e realizadores das Santas Missões Popu-lares.

Catedral é lotada por membros de CPPs e representantes jovens paroquiais

Dom José Lanza destaca unidade diocesana para centenário ser celebrado Juventude é enviada, com imposição de cruz, à JMJ

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7DIOCESE DE GUAXUPÉDIOCESE DE GUAXUPÉ

catequese

CATEQUESE E JUVENTUDE CATEQUESE E JUVENTUDE

A juventude é a fase das grandes decisões. Os jovens passam a assumir seu próprio destino e suas responsa-bilidades pessoais e sociais. Buscam o verdadeiro significado da vida, a soli-dariedade, o compromisso social e a experiência de fé, pois uma de suas ca-racterísticas é ser altruísta e idealista.

Nessa fase, a juventude costuma enfrentar vários desafios como o de-sencanto e a falta de perspectiva no campo profissional; experiências ne-gativas na família; exposição a uma sociedade erotizada que lhe dificulta o desenvolvimento sexual; insatisfação, angústia; em muitos casos, experimen-ta marginalização e dependência quí-mica. Pelo marcante significado e pe-los riscos a que estão expostos nessa fase da vida, os jovens são interlocuto-res que merecem uma atenção espe-cial da catequese.

Frequentemente se nota também o afastamento e a desconfiança em relação à Igreja. Não é raro constatar--se falta de apoio espiritual e moral das famílias e a precariedade da cateque-se recebida. Nossa responsabilidade

com o Evangelho e com os jovens in-clui cuidar da comunidade cristã para que ela seja de fato um testemunho de coerência com o projeto de Jesus e sua proposta: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá o dinheiro aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me” (Mt 19,21). É uma proposta que faz deles interlocu-tores, sujeitos ativos, protagonistas da evangelização e construtores de uma nova sociedade para todos. A cateque-se procure adaptar-se aos jovens, sa-bendo traduzir a mensagem de Jesus na linguagem deles.

Deve levar em consideração, ainda, as diferentes situações religiosas, emo-cionais e morais, entre as quais: jovens não batizados, batizados que não rea-lizaram um processo catequético nem completaram a iniciação cristã, jovens que atravessam crise de fé, ao lado de outros que buscam aprofundar a sua opção de fé e esperam ser ajudados. Há ainda jovens tão maltratados pela vida, que estão em risco de perder a esperança e precisam de um atendi-mento especial.

A catequese aos jovens será mais proveitosa se procurar colocar em prá-tica uma educação da fé orientada ao conjunto de problemas que afetam suas vidas. Em particular, é preciso uma catequese que aprofunde a ex-periência da participação litúrgica na comunidade, que dê importância à educação para a verdade e a liberda-de segundo o Evangelho, à formação da consciência, à educação ao amor, à descoberta vocacional, à oração alegre e juvenil e ao compromisso cristão na sociedade.

Diz João Paulo II que “nessa fase será preciso uma catequese que de-nuncie o egoísmo apelando para a generosidade, que apresente, sem simplismo e sem esquematismos ilusó-rios, o sentido cristão do trabalho, do bem comum, da justiça e da caridade, uma catequese da paz entre as nações e da dignidade humana, do desenvol-vimento e da libertação, tais como es-sas coisas são apresentadas nos docu-mentos recentes da Igreja” (Extraído do DNC n.º 189 a 194).

Nosso jovem catequizando é esta juventude de diversas faces e carac-terísticas, espaço profícuo para o de-senvolvimento das relações humanas, sociais e religiosas. Momento de ama-durecimento do ser Cristão para uma melhor abstração, ou seja, pensar, re-fletir e assumir o projeto do Reino para sua vida de forma permanente.

Assim como a missão da Igreja, o jo-vem catequizando é chamado a ser fer-mento no meio do povo, assumindo o projeto de Deus e propagando o Evan-gelho em todos os lugares, lutando por uma sociedade que seja promotora da paz, da justiça e da dignidade humana.

O mais importante é reacendermos, no jovem, a alegria de viver, de esco-lher sua vocação no mundo, uma pers-pectiva de vida como protagonista de sua própria história. Para isso, a/o ca-tequista deve munir-se de muito amor, escuta paciente e acolhedora. Paz e Alegria!

Por Leandro Moreno Souza, Membro da Equipe Diocesana de Catequese

Page 8: Jornal comunhão Março de 2013 - Diocese de Guaxupé

8 JORNAL COMUNHÃOJORNAL COMUNHÃO

judeus e cristãos, ao condenar em, Auschwitz, o morticínio de inocentes durante a II Guerra Mundial e, em visita a Israel e territórios palestinos, pediu a cooperação entre suas populações. Em 2009, buscou aproximar anglicanos ao catolicismo. Todos esses fatos deram ao papado de oito anos, tempo sufi-ciente para experimentar a angústia do “Monte das Oliveiras”, a crueldade do “Calvário” e a frieza da cruz.

Por outro lado, em suas encícli-cas, nenhum papa chegou a dialogar e debater tão bem com Marx, Hegel, Nietzsche, entre outros pensadores da modernidade, tornando inseparáveis

os campos da razão e da fé. Facilitou o diálogo e a tomada de decisões com as Conferências Episcopais, reduziu puni-ções. Enfatizou a luta da Igreja contra o que chama de “ditadura do relativismo do mundo moderno”. Quando se espe-rava de Joseph Aloisius Ratzinger, um papa de posturas rígidas às ideologias dos tempos modernos, revelou-se, dis-cretamente, um papa de “fardo leve e jugo suave.” Preferiu dizer em sua pri-

meira encíclica sobre o amor de Deus e, posterior a isso, de maneira atraente, da luz da fé e do fascínio que é ao cris-tão, decidir-se pela pessoa do Cristo. Defensor da fé, uma de suas qualida-

O mundo foi surpreendido por um único gesto, no dia 11 de fevereiro. Bento XVI apresentava sua renúncia como Sucessor da “Barca

de Pedro”. O fato é que as águas fi caram agitadas com a notícia. Sabe-se que a Igreja não será mais a mesma ... nem o mundo. Muitos

se comoveram com o gesto. Determinante é que várias situações serão movidas e removidas com a decisão do Pontífi ce. Nos últimos

seis séculos, nenhum papa renunciou ao ofício, a não ser por questões políticas do Vaticano. Ratzinger indicou que infalibilidade

papal é a fi rmeza da decisão de um papa e não a permanência de seus atos. O gesto é de “lavapés”, de inclinação, que faz o mundo ver

que “Ontem, Hoje e Sempre” – somente o Cristo, de quem unicamente todos os cristãos, independente de sua função, são servidores.

A TRAJETÓRIA DE BENTO XVI

O papa que chegou para ser tran-sitório na Igreja, tornou-se homem de grandes marcas. Um dos personagens mais criticados da história da Igreja por sua intransigência teológica e dogma-tismo eclesiástico. O “cardeal de ferro”, por 24 anos com rótulo de inquisidor, mostrou em seu papado a força de suas convicções e a fraqueza da insti-tuição nos tempos atuais, nunca antes tão velozes nas mudanças.

Seu legado é vasto. Sinalizou aber-tura para discutir questões de moral sexual, ficou frente a frente com o problema da pedofilia e cobrou rigor e punição a esse ato no seio da Igreja, enfrentou a corrupção bancária dentro dos muros do Vaticano, suportou a hu-milhação da infidelidade quando do-cumentos secretos caíram nas mãos da mídia. Durante seu papado, viveu ain-da o conflito com o Islã ao citar um de-bate sobre a incidência superior da ra-zão no cristianismo, quando pareceu, aos ouvidos do Oriente, sugerir que a religião maometana era de violência. Na relação com o judaísmo, aproximou

des principais, promulgou o Ano da Fé na ocasião do cinquentenário de abertura do Concílio Vaticano II. Após a apresentação de renúncia, no dia 14, quinta-feira, reunido com padres de Roma, pediu unidade e renovação na Igreja. Segundo o Pontífice, cabe aos presbíteros “trabalhar para que se rea-lize verdadeiramente o Concílio Vatica-no II e se renove a Igreja.”

Sucessor de João Paulo II, um papa carismático, Bento XVI, com marcas históricas de bravo pastor, assumiu um papado de grandes conflitos no inte-rior da Igreja e nas periferias do mun-do, “cercado por lobos” e observado por feras. O gesto de 11 de fevereiro certamente não será esquecido pela memória coletiva. De grandeza tão nobre, todas as palavras do papa, após essa data, fizeram eco no mundo. Toda sua vida passou a ser contemplada e apreciados seus ensinamentos. Nem sua morte falaria tão alto, “pois o amor é mais forte que a morte.” O gesto últi-mo de seu pontificado ganhou autori-dade, talvez a maior exercida em toda sua vida.

reportagem especialreportagem especial

O GESTOO GESTO DO PAPA DO PAPA

Por Pe. Gilvair Messias

Sucessor de João Paulo II, um papa ca-Sucessor de João Paulo II, um papa ca-rismático, Bento XVI, com marcas históri-rismático, Bento XVI, com marcas históri-cas de bravo pastor, assumiu um papado cas de bravo pastor, assumiu um papado de grandes confl itos no interior da Igreja de grandes confl itos no interior da Igreja e nas periferias do mundo, “cercado por e nas periferias do mundo, “cercado por

lobos” e observado por feras.lobos” e observado por feras.“

Page 9: Jornal comunhão Março de 2013 - Diocese de Guaxupé

9DIOCESE DE GUAXUPÉDIOCESE DE GUAXUPÉ

O COMUNHÃO ouviu alguns membros da diocese sobre a presente situação da Igreja. Todos veem no gesto do papa um testemunho de solidariedade para com a Igreja.

“Esta atitude ou decisão do Santo

Padre, o Papa, nos pega de surpre-

sa. Chegamos mesmo a fazer alguns

questionamentos. Parece que tudo

estava ocorrendo na ‘normalidade’,

mas eis a surpresa: sua renúncia. De-

pois de ouvir e ler vários artigos e co-

mentários, damo-nos por satisfeitos,

mas, mesmo assim, temos nossa im-

pressão pessoal. Pensamos que este

gesto foi de amor à Igreja, pois não

faz tanto tempo assim, assistíamos

ao sofrimento e à impossibilidade

do Papa João Paulo II no governo da

Igreja. Percebemos o limite de suas

forças e a necessidade de respostas

urgentes diante do mundo; conscien-

te e lúcido, toma esta decisão que nos

surpreende. Valem nossas orações

para que ele tenha forças neste mo-

mento delicado, eclesial e histórico.”

Dom José Lanza Neto – Bispo dio-cesano

“Vejo na atitude do Santo Padre

um indelével amor à Igreja. Sabe-

dor de suas limitações físicas e ide-

ológicas, Bento XVI deixa a cátedra

de Roma como alguém sintonizado

às urgências contemporâneas e, ao

mesmo tempo, desejoso de que as in-

vectivas do Vaticano II sejam mais de-

cididamente empreendidas por seu

sucessor. Atitude de quem congrega

sabedoria e humildade, num momen-

to crucial da história da humanidade.

A nós, povo de Deus em marcha, cabe

humilde avaliação de como temos vi-

vido nossos compromissos batismo/

crismais, buscando nesse tempo fa-

vorável da quaresma, amoldar-nos à

estatura Daquele que é razão maior

de nossa peleja: Jesus de Nazaré. So-

mos convidados, pelo gesto do Sumo

Pontífice, a colocar-nos em oração

para que o futuro eleito responda

aos sinais dos tempos com ousadia e

amorosa coragem.”

Pe. José Augusto da Silva – Poços de Caldas

“Verdadeira renovação - foi isso

que o Papa Bento XVI pediu ao clero.

‘Temos que trabalhar para que se re-

alize verdadeiramente o Concílio Va-

ticano II e se renove a Igreja’ - assim

afirmou após comunicar sua renún-

cia. Sabemos que não é fácil, tanto é

que o próprio Bento XVI deu-se por

fisicamente incapaz de realizar tal

tarefa. No entanto, acreditamos que

seu ato de humildade traduz-se em

força para nossa Igreja levar adian-

te o que ele pede. É claro que não se

trata de renunciar a toda nossa histó-

ria, a toda nossa Tradição. Entretanto,

aproveitando o espírito do momento,

devemos mais uma vez escutar nosso

papa: ‘deixemos de lado a hipocrisia

religiosa, o comportamento de quem

busca o aplauso e a aprovação do pú-

blico. O verdadeiro discípulo não ser-

ve a si mesmo ou ao público, mas ao

Senhor, de maneira singela, simples

e generosa.’ Sua decisão revoluciona

e humaniza a figura papal. Suas pa-

lavras quebram qualquer rótulo. ‘Em

plena liberdade, pelo bem da Igreja’,

Bento XVI tomou a decisão de deixar

o papado. Pelo bem da Igreja e pela

liberdade, que o Espírito conduza o

conclave à melhor escolha para seu

sucessor.”

Maísa e Edon Fonseca Borges, Mon-te Santo de Minas

“Gosto especialmente das cate-

queses de Bento XVI nas audiências

das quartas-feiras. Ele tem um jeito

especial de traduzir o que é essencial

para a vida cristã. Acompanhei mais

de perto tudo que ele escreveu e fa-

lou sobre a Igreja e o desafio do diálo-

go fé e cultura. Surpreendi-me várias

vezes com a beleza, leveza e profun-

didade dos textos. Revelam um ho-

mem lúcido e atento à realidade. Tal-

vez esses dias que antecederam a sua

saída serviram para uma redescober-

ta de sua pessoa. Impressionou-me e

comoveu-me sua renúncia, gesto de

grandeza humana, sabedoria e pro-

fecia.”

Lucimara Trevizan - Centro Loyola de Belo Horizonte

“A renúncia de nosso Santo Padre

Bento XVI, depois da perplexidade,

gerou em nossos corações sentimen-

tos de gratidão por tudo que ele nos

legou em seu pontificado. Admira-

mos sua humildade e desapego, seu

realismo despretencioso, seu amor

pela Igreja. Durante seu breve ponti-

ficado, apesar de tantos desafios, so-

frimentos e decepções, o Santo Padre

sempre se mostrou firme, seguro, le-

vando a ‘barca de Pedro’ com força e

coragem, sem vacilar nem abater-se.

Sua sabedoria e unção nos deixaram

marcas profundas através de seus

escritos, pronunciamentos e gestos

proféticos. A proclamação do Ano da

Fé foi para nós um desses gestos que

veio revelar uma visão clara da reali-

dade do povo tão conturbado em sua

fé e necessitado de reforçá-la ainda

mais. Que Deus abençoe nosso Papa

Bento XVI e abençoe toda a Igreja

neste momento histórico que vive-

mos!” Irmãs Carmelitas - Passos

Page 10: Jornal comunhão Março de 2013 - Diocese de Guaxupé

1010 JORNAL COMUNHÃOJORNAL COMUNHÃO

JUVENTUDE E CONVERSÃO PASTORAL JUVENTUDE E CONVERSÃO PASTORAL Por Adriana Eugenio, membro da Paróquia São José Operário de Guaxupé, coordenadora diocesana do Ministério Jovem da RCC e componente do Setor Diocesano Juventudes

A expressão Conversão Pastoral apa-rece no Documento de Aparecida: “exige que se vá além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decidida-mente missionária” (DA 370). Esta conver-são “desperta a capacidade de submeter tudo ao serviço da instauração do Reino da vida” (DA 366).

Esta capacidade vem sendo inserida na caminhada da nossa diocese, que nos propõe, como Objetivo Geral, “Evangeli-zar a partir do encontro pessoal com Je-sus Cristo, formando a pessoa, renovan-do a comunidade, à luz do jeito antigo/novo de ser Igreja e transformando a so-ciedade, atentos a Palavra: ...tendo parti-do, pregaram por todas as partes.”

Conversão signifi ca mudança de di-reção, retorno para assumir o caminho correto.

Se aprofundarmos um pouco mais, vamos perceber que a palavra conversão está diretamente ligada ao jovem. Hoje, não é raro, nos depararmos com “grupos de jovens” nos quais se trabalha essa te-mática e há um constante apelo à con-versão. Sabemos que cada pessoa tem um processo de caminhada diferente e

também responde de modo muito par-ticular às situações.

No entanto, é preciso um olhar mais atento, uma vez que conversão pessoal tende a motivar em nós uma conversão comunitária, ou seja, pastoral. E hoje, acompanhamos os resultados do início das mudanças em nossa diocese, cujos trabalhos de evangelização com a ju-ventude estão voltados para transfor-mar a vida de outros jovens, a partir de Jesus Cristo. Acredito no Setor Juventu-de como uma resposta a essa conversão pastoral.

Antes de iniciarmos esse trabalho em 2010, as pastorais e movimentos juve-nis estavam espalhados pelos cantos da diocese, cada um caminhando em uma

direção. Foi um empreendimento muito válido e também frutuoso, uma vez que todos tinham o mesmo intento, Jesus Cristo, autor da fé.

Há uma verdade que não se pode negar: nem tudo que era para evange-lizar alcançou plenamente seu objetivo, porque não falávamos uma mesma lin-guagem. Tratando-se de evangelização, hoje conseguimos olhar para os desafi os que envolvem a juventude. Muitas pro-postas surgem e, nesse sentido, acredito que devemos assumir essa Conversão Pastoral. Somos uma juventude diversifi -cada e a cada um, Deus fez um chamado e confi ou uma missão.

Recordo-me de Dom José Mauro em uma ocasião na qual estive com ele,

logo que chegou a nossa diocese. Ele fez a seguinte comparação: as pastorais e movimentos jovens na Igreja são como um jardim, onde Deus plantou vários canteiros, rosas, violetas, margaridas, lí-rios... Nos dias de grande festa, a Igreja colhe todas estas fl ores e forma um belo buquê. Porém, cada um deve fl orir onde Deus plantou.

Essa Conversão Pastoral se dá quando consideramos o modo de compreender dos jovens dentro da realidade em que vive cada um. Precisamos estar abertos, acolhendo o novo para que o jovem de hoje descubra seu espaço na Igreja.

Hoje somos marcados pela grande infl uência dos meios de comunicação so-ciais, mas também pelas características da modernidade, tais como o individu-alismo, o consumismo, a tecnologia, en-tre outras. É preciso coragem para uma verdadeira conversão, crescimento e amadurecimento pastoral. Sendo assim, nossa missão e evangelização se tornam efi cazes e fecundas quando deixamos de ser apenas um grupo e nos tornamos Igreja Jovem de Jesus Cristo.

juventudes

Se aprofundarmos um pouco mais, vamos Se aprofundarmos um pouco mais, vamos perceber que a palavra conversão está direta-perceber que a palavra conversão está direta-mente l igada ao jovem. Hoje, não é raro, nos mente l igada ao jovem. Hoje, não é raro, nos

depararmos com “grupos de jovens” nos quais depararmos com “grupos de jovens” nos quais se trabalha essa temática e há um constante se trabalha essa temática e há um constante

apelo à conversão.apelo à conversão.

Page 11: Jornal comunhão Março de 2013 - Diocese de Guaxupé

1111DIOCESE DE GUAXUPÉDIOCESE DE GUAXUPÉ

comunicação

AGENDA PASTORAL DE AGENDA PASTORAL DE MARÇOMARÇO

DECRETODECRETO

COMEMORAÇÕES DE MARÇOCOMEMORAÇÕES DE MARÇO RENÚNCIA DE BENTO XVIRENÚNCIA DE BENTO XVI

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Diocese: Reunião da Coord. Diocesana da Catequese em GuaxupéReunião da Coord. Diocesana da Formação de Leigos em GuaxupéReunião da Coord. Diocesana de CEBs em GuaxupéDiocese: Acolhida da Cruz e do Ícone da Jornada Mundial da Juventude em GuaxupéDiocese: Reunião do Conselho de Presbíteros em GuaxupéSetores (Cássia, Paraíso, Passos e Guaxupé): Reunião dos Coord. Paroquiais da CatequeseFormação para os Coord. dos Grupos de Oração – RCC em PetúniaDiocese: Dia de Espiritualidade para os Agentes do SAVSetores (Alfenas, Areado e Poços): Reunião dos Coord. Paroquiais da CatequeseSetores Alfenas e Areado: Reunião dos PresbíterosSetor Passos: Reunião dos PresbíterosDiocese: Reunião do Conselho de Formação Presbiteral em GuaxupéSetor Guaxupé: Reunião dos Presbíteros na Catedral em GuaxupéDiocese: Reunião Diocesana - Catequese com Adolescentes em GuaxupéReunião da Coord. Diocesana dos Grupos de Refl exão em GuaxupéDiocese: Encontro com os Presbíteros até 05 anos de ministérioSetores Cássia e Paraíso: Reunião dos Presbíteros na Paróquia Nossa Sra. do SionReunião do Conselho Diocesano do ECC no Setor PoçosCongresso de Abertura dos Trabalhos do Mov. da Mãe Rainha no Santuário em Poços

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NATALÍCIO

Pe. José Carlos Carvalho

Pe. Adelmo Arantes Rosa

Pe. José Augusto da Silva

Pe. Fernando Alves da Silva

Pe. José Ronaldo Neto

Pe. Gilgar Paulino Freire

Pe. Gilvair Messias da Silva

Pe. Célio Laurindo da Silva

Pe. Benedito Donizetti Vieira

Pe. Ronaldo Robster

Pe. Guaraciba Lopes de Oliveira

Pe. Claiton Ramos

ORDENAÇÃO

Frei Aldo NaselloPe. Heraldo de Freitas Lamim Dom Messias dos Reis Silveira - episcopal Pe. Dirceu Soares AlvesPe. Edno Tadeu de Oliveira Pe. Juvenal Cândido Martins

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DECRETO

Dom José Lanza Neto

Por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica

Bispo Diocesano de Guaxupé

A todos e todas, saudação, paz e bênção em nosso Senhor Jesus Cristo!Com a bula Universales Ecclesiae Procuratio, de 03 de fevereiro de 1916, o papa

Bento XV criou a Diocese de Guaxupé, desmembrando-a da então diocese de Pouso Alegre.

A criação de uma nova Diocese sempre foi e será fonte e origem de renovada esperança. De fato, muitos frutos puderam ser colhidos nesses cem anos, expressão do empenho de muitos leigos e leigas, consagrados e consagradas, seminaristas, padres e todos meus predecessores que deram sua vida no serviço da evangeliza-ção.

Com o intuito de dar novo ânimo e vigor, bem como fomentar uma ação pasto-ral mais intensa em toda a Diocese de Guaxupé, havemos por bem decretar, como de fato o fazemos pelo presente, Triênio Jubilar do Centenário, fevereiro de 2013 a fevereiro de 2016.

Que todas as forças vivas: leigos e leigas, religiosos e religiosas, seminaristas e sacerdotes empenhem-se para que a celebração do Centenário de nossa Diocese possa constituir-se em um tempo de graça para todo o povo de Deus desta Igreja Particular.

Dado e passado em nossa Cúria Diocesana, nesta Episcopal Cidade de Guaxupé, aos 03 de janeiro de 2013.

Dom José Lanza Neto

Bispo Diocesano de Guaxupé

E eu, Pe. Claiton Ramos, Chanceler do Bispado, a subscrevi.

Padre Claiton Ramos

Chanceler do Bispado*** Pede-se transcrever o presente decreto no livro do Tombo das Paróquias

“Caríssimos Irmãos, convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma de-cisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter exa-minado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igual-mente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é neces-sário também o vigor quer do corpo quer de ânimo; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reco-nhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confi ado. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Suces-sor de São Pedro, que me foi confi ado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, fi cará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífi ce.

Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu mi-nistério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confi emos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cris-to, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bonda-de materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífi ce. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.”

Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.

BENEDICTUS PP XVI

Page 12: Jornal comunhão Março de 2013 - Diocese de Guaxupé

12 JORNAL COMUNHÃO1212 JJJJOOOORRRRNNNNAAALLLL CCCCOOOOMMMMUUUUNNNNHHHHÃÃÃÃOOOOJOOOORRRRNNNNAAAL CCCCOOOOMMMMUUUUNNNNHHHHÃÃÃÃOOOO

História

No fi nal do ano de 2009, brota no cora-ção de alguns jovens a vontade de fazer mais por sua comunidade. Os jo-

vens: Dar-lene, Valdirene, Anderson e Samuel

Bueno juntamente com o pároco Antônio Carlos e alguns casais participantes do ECC (Encontro de Casais com Cristo) passam a gestar a formação de um grupo de jovens o qual teve seu primeiro “encontrão” no dia 31 de janeiro de 2010. A partir daquele dia, o grupo passou a se reunir semanal-mente com o intuito de integração, formação e descobrirem suas afi ni-dades, principalmente sua identidade.

Organizaram-se momentos de vivên-cia: “Tarde da Famí-lia”, homenagem às mães, outros en-contrões, retiros no Rancho São José, participação nos DNJ’s (Dia Nacio-nal da Juventude) com devida preparação, Grito dos Excluídos e servir nas Celebrações Eu-carísticas como animadores, leitores e tam-bém no coral, inclusive, alguns jovens inte-gravam a equipe de acólitos.

Muitos jovens passaram pelo grupo. Alguns permaneceram e outros, não. São inúmeros os motivos para que não perma-necessem: incompatibilidade de horários, ideias, carisma... Cada pessoa tem seu tem-po e limite, pois cada ser é único e nós res-peitamos isso. Cada um segue sua vida, seu caminho, mas um pouquinho do JOTA leva eternizado em seu coração...

Hoje

Atualmente o grupo se encontra mais unido e enraizado na fé, pois passou a ex-pressar mais a pastoral, ajudando a lançar

Nome do grupo : JOTA – Jovens Organizados Trabalhando com Amor Paróquia: Nossa Senhora Aparecida de SerraniaSímbolo do grupo: Sapo (signifi ca mudança e transformação, devido à mudança que o réptil sofre quando deixa de ser girino ), de nome Hope (esperança).Cor utilizada: VerdeIdade do grupo: 03 anos (completos em 31 de janeiro )Identidade : PJ ( Pastoral da Juventude )

e realizar dois projetos: PJotando (projeto diocesano com fi nalidade de conhecer e m a - pear os grupos de PJ na Diocese,

através de visitas aos grupos do mesmo setor) e o Maná (projeto do Setor Alfenas para evange-lizar os jovens e adolescentes, especialmente crismandos), além de outras ações, como a conscientização e adesão à doação de sangue, visita ao Lar São Vicente de Paulo e ao Instituto Vida Viva que trata de pessoas com câncer (em vista da CF/2012), formação dos jovens, caminhada em comunhão com o setor e diocese, participando sem-

pre dos cursos, encontros, reuniões e formações nessas instâncias.

Há jovens do JOTA engajados nos seto-res (coordenador de grupo de refl exão), na catequese (catequistas), liturgia (coordena-ção e membros). O grupo encontra-se em preparação para a JMJ e CF/2013.

Mais do que ação, é espaço de convivên-cia, amadurecimento e apoio. A juventude, diferente do que muitos dizem, é uma fase

da vida. E é fato que muitas pessoas en-gajadas na vida da

Igreja, tiveram sua formação na PJ. Quantas amizades verda-deiras, casamentos, pessoas comprometi-das com a política e ações sociais nasceram no seio dos grupos de jovens! A atual for-mação do JOTA está muito unida e tem feito experiências únicas de grupo,

além de testemunhar que cada geração tem suas luzes e que em meio às mudanças de época e à crescente corrente da vida “light”, há sim, jovens interessados em um mundo e numa vida melhor!

Depoimentos

“O JOTA age de uma forma muito especial na minha vida. É neste grupo que me sinto cada vez mais viva e mais à vontade para expressar minha opinião sobre assuntos religiosos e outros assuntos. Mudei o modo de pensar e ama-dureci minhas ideias! No grupo, a gente cativa amizades. Cada um se importa com o sentimento do outro e acho isso muito im-portante nas relações do grupo!” (Diovana, 16 anos, estudante e crismanda).

“Quando fui convidado a participar do JOTA, tinha em mente um lugar com mui-tos jovens, com o objetivo de falar da Igreja e nada mais. Estava enganado! O primeiro encontro com a ‘família JOTA’ estava pra mu-dar a minha vida. Receberam-me de uma tal forma que não dá pra esquecer. Naquele momento, me senti mais próximo de Deus. Sinto-me muito bem participando dos encontros. Posso afi rmar que o JOTA é meu lugar e era tudo o que meu coração queria.” (Wesley, 16 anos, estudante e crismando ).

“Ser cristã não é uma atitude isolada na Igreja ou no JOTA, mas sim, em todo e qualquer lugar em que eu esteja. Não preciso fi car fa-lando que sou cristã, apenas devo a g i r como tal! O grupo tem me proporcionado isso todos os dias! (Darlene, 28 anos, cate-quista, funcionária pública, fundadora e co-ordenadora do grupo JOTA)

“Pra mim, não tem como escolher um só momento especial no grupo JOTA, porque todos os momentos são especiais, pois é como se fôssemos uma grande famí-lia...” (Giselle, 28 anos, agente comunitário e membro da Pas-toral da Criança)

“O grupo de jovens JOTA me proporcionou formação, realiza-ção pessoal e comunitária, um lugar de cres-cimento e amadurecimento. Nele, criei laços de fraternidade, onde cada um é reconhe-cido como pessoa e valorizado como tal. O grupo é muito importante em minha vida, pois me ajudou a enfrentar desafi os deci-sivos para o meu fortalecimento na fé. E é essa fé no jovem e no projeto de Jesus Cristo que renovo o meu compromisso com a Igreja e a Juventude: Creio na força do

Jovem!” (Val-direne, 24 anos, catequista,

pedagoga e coordenadora da equipe de Liturgia, fundadora e coordenadora do gru-po JOTA)

“Vivência e fé é o que sinto neste grupo. Em todo o tempo que estou nesta família, aprendi e revi meus conceitos. Amadureci--me na fé. Somos um grupo aberto a mais jovens que queiram participar. No JOTA, farei minha história como cristão e pessoa humana que sou. Agradeço muito por viver três anos maravilhosos, com muita experi-ência de vida vivida e marcante. Que seja-mos sempre assim, vivendo cada momento e fortalecendo nossa fé que nos mantém unidos, fi rmes e fortes, em um propósito de vida desafi ador, a de Jesus Cristo.” (Nathan, 22 anos - auxiliar de escritório, catequista e coordenador de grupo de refl exão)