Jornal Conceito Saúde N. 13 - 2015

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1 JORNALCONCEITO SAÚDE Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 4 • n o 13 • 2015 Jornal Conceito Saúde N o 13/2015 ano 4 www.editoraconceito.com.br Pág. 7 Saúde da Mulher Câncer de Mama Metastático Comer Saudável Pág. 13 Crianças pequenas podem consumir doces, balas e refrigerantes? Atividade Física Pág. 14 Atitudes que ajudam na prevenção do câncer Direito na Saúde Pág. 18 Dúvidas frequentes sobre a Lei dos 60 dias

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Jornal sobre saúde e qualidade de vida. Edição sobre a prevenção ao Câncer de Mama.

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1JORNALCONCEITO SAÚDE • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 4 • no 13 • 2015○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

JornalConceito Saúde

No 13/2015 ano 4 www.editoraconceito.com.br

Pág. 7

Saúde da Mulher

Câncer de Mama Metastático

Comer Saudável

Pág. 13

Crianças pequenas podem consumirdoces, balas e refrigerantes?

Atividade Física

Pág. 14

Atitudes que ajudam naprevenção do câncer

Direito na Saúde

Pág. 18

Dúvidas frequentes sobre aLei dos 60 dias

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2 2015 • Ano 4 • no 13 • ISSN 2359-4578 • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • JORNALCONCEITO SAÚDE○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

O jornal CO jornal CO jornal CO jornal CO jornal CONCEITONCEITONCEITONCEITONCEITO SO SO SO SO SAAAAAÚDEÚDEÚDEÚDEÚDEé uma publicé uma publicé uma publicé uma publicé uma publicação daação daação daação daação da

EEEEEditditditditditororororora Conceita Conceita Conceita Conceita Conceitooooo, f, f, f, f, focococococada em publicada em publicada em publicada em publicada em publicações sobrações sobrações sobrações sobrações sobre saúde.e saúde.e saúde.e saúde.e saúde.DaDaDaDaDattttta de Fundação: 10 de aga de Fundação: 10 de aga de Fundação: 10 de aga de Fundação: 10 de aga de Fundação: 10 de agosososososttttto de 1998o de 1998o de 1998o de 1998o de 1998

CNPJ: 02.966.926/0001-08Ins. Mun. 195-261-2-1

Av. Carlos Gomes, 141/1202Auxiliadora, Porto Alegre-RS CEP 90480-003

EEEEEditditditditditororororor-R-R-R-R-ResponsáesponsáesponsáesponsáesponsávvvvvelelelelelCezar Augusto Gonçalves Rodrigues

Jornalista Mtb.: [email protected]

(51) 8163-2878

Fotos: Morguefile (salvo outras indicações)

Publicação de Divulgação CientíficaISSN 2359-4578

Registro atribuido pelo Instituto Brasileiro de Informaçãoem Ciência e Tecnologia - IBICT

Quero maisinformações sobre amedicação Ritalina.Meu filho está nosegundo ano, fezeletro e foidiagnosticado comTDAH. Vejo que é ummeninomegainteligente, mas

não consegue se concentrar. Quandonecessário prestar atenção, ele se dizconfuso, inclusive foge das atividadesvisivelmente frustrado. Hoje com sete anose com a medicação, noto que ele conseguefiltrar melhor as informações. Estamos há40 dias, utilizando... Mas a dúvida que pairaé se essa medicação vicia?? Quais osriscos?? - Chris VChris VChris VChris VChris Vototototottttttooooo

Envie a sua dúvida [email protected] na próxima edição convidar umprofissional da saúde para respondê-la.Devido ao espaço reduzido, não é possível publicartodos os comentários recebidos.

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Expediente no 13/2015ano 4

Dúvidas dos leitores

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Pág 3 • EditorialPág 4 - 6 • EntrevistaPág 7 • Artigo - Câncer de Mama MetastáticoPág 8 • Artigo - Câncer de Mama e Reconstrução MamáriaPág. 10 e 11 • 10 perguntas e respostas sobre diagnóstico e tumores

nas mamasPág. 12 • Alguns alimentos que ajudam a prevenir o Câncer de MamaPág. 13 • Crianças pequenas podem consumir doces, balas e refrigerantes?Pág. 14 • Atitudes que ajudam na prevenção do CâncerPág. 15 • MicroagulhamentoPág. 15 • A FelicidadePág. 15 • Estudante de Medicina que participou ativamente da Independência do BrasilPág. 16 • Os cuidados com a higiene dos estofamentosPág. 16 • Outubro Rosa: um lembrete à prevençãoPág. 17 • Uma segunda opiniãoPág. 17 • Neopedagogia, uma luz para melhorar a autoestima dos estudantesPág. 18 • Estudo revela que câncer de mama altera estrutura óssea, o que permite sua propagação pelo corpoPág. 18 • Dúvidas frequentes sobre a Lei dos 60 diasPág. 19 • Defensor Público, Um Guardião da SaúdePág. 19 • Pacientes com câncer no Brasil têm direitos que desconhecemPág. 20 • A legitimidade de um cidadão perquirir o Judiciário na concessão de medicamento antitumoral

A presente obra é de extrema relevância,pois traz uma contribuição à pesquisa dotema de forma multidisciplinar,possibilitando assim uma mirada particularde alguns profissionais que atuamintensamente na área da saúde, seja nocontato direto com o paciente, como osmédicos, seja daqueles que, mesmo semeste convívio intrínseco com a realidadeterapêutica, buscam auxiliar o indivíduo naárea jurídica, buscando sua proteção nojudiciário.ConConConConConvitvitvitvitvite pare pare pare pare para a Fa a Fa a Fa a Fa a Feireireireireira do Livra do Livra do Livra do Livra do Livro de Po de Po de Po de Po de PortortortortortoooooAlegrAlegrAlegrAlegrAlegre de 2015e de 2015e de 2015e de 2015e de 2015LançLançLançLançLançamenamenamenamenamenttttto: 15/11/2015 às 20ho: 15/11/2015 às 20ho: 15/11/2015 às 20ho: 15/11/2015 às 20ho: 15/11/2015 às 20hOrOrOrOrOrggggganizanizanizanizanizadoradoradoradoradores: Carlos Aes: Carlos Aes: Carlos Aes: Carlos Aes: Carlos A. S. Martins de. S. Martins de. S. Martins de. S. Martins de. S. Martins deBarrBarrBarrBarrBarros e Geros e Geros e Geros e Geros e Geraldo Jobimaldo Jobimaldo Jobimaldo Jobimaldo JobimEEEEEditditditditditororororora Conceita Conceita Conceita Conceita Conceitooooo

Os fatoresque, notrabalho,garantem umaboa saúdemental são osseguintes:apoio social;sentimento deinclusão e de

realização de um trabalho comsignificado; encontrar sentido no trabalhorealizado; ter condições para tomardecisões no trabalho; ter condições paraorganizar o trabalho de acordo com o seupróprio ritmo. O que pode ser feito paraque os fatores acima citados tenham umaabordagem efetiva e prática no dia a dia?- Maria IgneMaria IgneMaria IgneMaria IgneMaria Ignez Beckz Beckz Beckz Beckz Beckererererer

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No romance Um Amor e Duas VidasUm Amor e Duas VidasUm Amor e Duas VidasUm Amor e Duas VidasUm Amor e Duas Vidas, o cenário é o país de Angola, nocontinente Africano, em 1970, período em que contendas eintranquilidade reinavam na região. Os movimentos de libertaçãoconcentravam-se no anseio pelo domínio total do país e contra as açõesefetuadas pelo exército português. O autor português (porto-alegrense decoração), Artur Lour, Artur Lour, Artur Lour, Artur Lour, Artur Louro Po Po Po Po Pererererereireireireireiraaaaa, debruçou-se sobre a vida do casal Ruben eKaren, que se apaixonaram de maneira irrestrita e lutaram juntos pela vida.Trata-se de um romance para ler e jamais esquecer.

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3JORNALCONCEITO SAÚDE • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 4 • no 13 • 2015○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

• Cezar Augusto GonçalvesRodriguesJornalista e editor de livros naEditora Conceito.Pós-Graduado emDesenvolvimento Regional.Mtb 15732

• Warley OliveiraGraduado em Letras e emPedagogia pela UFRGS.Pós-Graduado em Pedagogiapela UFRGS e emNeopedagogia da Gramática.

• Euclides GomesMédico Psiquiatra. Diretor Técnico doCurso de especialização em Psiquiatria doCentro de Estudos Cyro Martins.Professor convidado da Faculdade deMedicina da UFCSPA. Título deEspecialista em Psiquiatria pela ABP/AMB.Mestrando em Geriatria pela UniversidadeMiguel de Cervantes/Espanha.CREMERS 12.414, RQE 19795

• João Carlos GuaragnaChefe do Serviço de Cardiologiado Hospital São Lucas daPUCRS. CREMERS 07110,RQE 631

• Carlos Alberto S. M. deBarrosMédico Psiquiatra. Professorno Curso de Medicina ePsicologia da ULBRA.CREMERS 14911, RQE24298, RQE 95, RQE 16570.

• Ruy E. Dornelles DiasMédico e Especialista emEndoscopia DigestivaTerapêutica no Instituto Israelitade Ensino e Pesquisa AlbertEinstein (SP). Pós-Graduado em

Endoscopia Terapêutica pelo Hospital SírioLibanês (SP). Membro Titular da SociedadeBrasileira de Endoscopia (SOBED).Membro Titular da Associação Brasileira deCâncer Gástrico.CREMERS 22279 SOBED/CFM 19573.

• Ângela Rafaela GrandiMédica e Especialista em Psiquiatria peloInstituto Abuchaim. CREMERS 026799,RQE 24688

• Drª Tânia Rudnicki, PhDPsicóloga. Pós-Doutorado em Psicologia daSaúde pelo ISPA (Instituto de PsicologiaAplicada, Lisboa/PT).CRP 07/1281

oje, as estatísticas de paísesdesenvolvidos para mulherescom câncer de mama sãomuito mais favoráveis. Cerca

Por GilbertoSchwartsmann

de 90% delas vivem cinco anos ou maisapós o diagnóstico. Oitenta por cento vivemdez ou mais anos. E duas de cada três vivemvinte ou mais anos após o diagnóstico.

Como em muitos outros tipos de câncer, oprognóstico da doença depende das caracte-rísticas biológicas do tumor e de quãoprecoce ou tardio é o diagnóstico. Quantomais agressivo for o seu comportamento oumais tardio for o diagnóstico, menor aprobabilidade de cura. É neste últimoaspecto que um programa eficiente deprevenção e detecção precoce pode fazer adiferença.

Enquanto nos países desenvolvidos os casossão detectados nas fases mais iniciais dadoença, ou mesmo em etapas ainda pré-malignas, nos países em desenvolvimento esubdesenvolvidos um número significativode casos é diagnosticado em fases maisavançadas, ou seja, quando a presença demetástases é muito mais provável.

Um aspecto que parece de difícil compreen-são para o leigo é que à medida que a

expectativa de vida da população aumenta,cresce também o número de casos de câncerde mama. Isto decorre do fato de que aidade é um dos principais determinantes dorisco para o surgimento da doença. Quantomais velha a população feminina, maior aincidência de câncer de mama.

Países em desenvolvimento, como o Brasil,têm uma relação entre mortalidade e inci-dência de câncer de mama de cerca de umpara três. Por outro lado, países desenvolvi-dos, como os EUA, tem uma relação bemmais favorável, um para quatro ou cinco.Isto significa que, mesmo tendo de enfren-tar um número crescente de casos novos dadoença, países desenvolvidos perdem menospacientes, pois detectam a doença antes dese tornar propriamente maligna ou nas fasesclínicas mais precoces da doença.

Felizmente, o número de mulheres quemorrem por câncer de mama tem reduzidosignificativamente nas últimas décadas,sobretudo nos países desenvolvidos. Aindaque o tratamento tenha melhorado nosúltimos anos, o papel da prevenção e detec-ção precoce da doença é indiscutível.

Quando um câncer de mama é detectadopor um programa de rastreamento dadoença, a probabilidade de que a pacienteesteja viva após 15 anos do diagnóstico é de80%. Se for uma lesão pequena e restrita àmama, esta probabilidade sobe para 90%.

Em resumo, as ações que promovem oacesso do maior número possível de mulhe-res aos programas de rastreamento para ocâncer de mama são essenciais para reduzira mortalidade pela doença.

Esta é a essência do Outubro Rosa: consci-entizar a população quanto à importânciada prevenção e detecção precoce do câncerde mama. E um momento para celebrarnossos casos de sucesso.

O fato de darmos eco a esta maravilhosainiciativa norte-americana do “Pink Octo-ber” em nosso país traz a esperança de quenós possamos também reduzir progressiva-mente a mortalidade por câncer de mamano Brasil.

Registro, portanto, o meu respeito e grandeadmiração por todos aqueles que tornam oOutubro Rosa uma realidade e um sucessopara nós, brasileiros, pois o câncer de mamaé um problema de saúde pública em nosso país.

Chefe do Serviço de Oncologiado Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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“Sinta seu corpo, ouça seu médico, r“Sinta seu corpo, ouça seu médico, r“Sinta seu corpo, ouça seu médico, r“Sinta seu corpo, ouça seu médico, r“Sinta seu corpo, ouça seu médico, reeeeeveja seus conceitosveja seus conceitosveja seus conceitosveja seus conceitosveja seus conceitos,,,,,vá além do seu tempo! Vida plena é o seu dirvá além do seu tempo! Vida plena é o seu dirvá além do seu tempo! Vida plena é o seu dirvá além do seu tempo! Vida plena é o seu dirvá além do seu tempo! Vida plena é o seu direito...”eito...”eito...”eito...”eito...”

Maria José Bianchi Paiva, estudante.

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4 2015 • Ano 4 • no 13 • ISSN 2359-4578 • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • JORNALCONCEITO SAÚDE○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

CSaúde - O que é o OutubrCSaúde - O que é o OutubrCSaúde - O que é o OutubrCSaúde - O que é o OutubrCSaúde - O que é o Outubro Ro Ro Ro Ro Rosa?osa?osa?osa?osa?Dra. Maira - O Outubro Rosa é umacampanha mundial de combate aocâncer de mama. A iniciativa foi trazida

de forma organizada para o Brasil em 2008pela Federação Brasileira de InstituiçõesFilantrópicas de Apoio à Saúde da Mama(Femama). A cada ano, a Femama promoveuma série de ações de conscientização ecombate ao câncer de mama abordandoquestões de direitos dos pacientes, emconjunto com importantes parceiros e cominstituições associadas em todo o país. Esteano, a 8ª edição do Outubro Rosa tem comotema a campanha lançada pela Federação,“Para Todas as Marias”, luta por acesso aos

Jtratamentos adequados do câncer de mamametastático no país. Metastático é quando otumor atinge outros órgãos do corpo.

Apesar dos avanços da medicina, hámais de uma década, nenhum tratamentopara este estágio da doença é incluído noSUS. A campanha visa a conscientizar osgestores da rede pública de saúde com relaçãoà importância desta causa, assim como a suaurgência por melhorias.

JCSaúde - Qual a esJCSaúde - Qual a esJCSaúde - Qual a esJCSaúde - Qual a esJCSaúde - Qual a estimatimatimatimatimativtivtivtivtiva do Insa do Insa do Insa do Insa do InstituttituttituttituttitutoooooNacional do Câncer (IncNacional do Câncer (IncNacional do Câncer (IncNacional do Câncer (IncNacional do Câncer (Inca) para) para) para) para) para noa noa noa noa novvvvvos cos cos cos cos casosasosasosasosasosno Brno Brno Brno Brno Brasil?asil?asil?asil?asil?Dra. Maira - Segundo o Inca, são esperadasmais de 57 mil novas ocorrências de câncer demama no Brasil, só em 2015. Cerca demetade dos casos diagnosticados entre asusuárias do SUS já está em estágio avançado.O câncer de mama é o tipo de tumor mais

frequente entre as brasileiras, com exceção aode pele não melanoma. Isso reforça aindamais a luta da Femama por melhorias nascondições de atendimento e tratamento daspacientes que utilizam a rede pública desaúde, tendo em vista que cerca de 75% dospacientes diagnosticados com câncer de mamarecorrem ao SUS para tratamento.

JCSaúde - Qual o principal vilão da lutJCSaúde - Qual o principal vilão da lutJCSaúde - Qual o principal vilão da lutJCSaúde - Qual o principal vilão da lutJCSaúde - Qual o principal vilão da lutaaaaacccccononononontrtrtrtrtra o ca o ca o ca o ca o câncer de mama? Seria a fâncer de mama? Seria a fâncer de mama? Seria a fâncer de mama? Seria a fâncer de mama? Seria a faltaltaltaltalta dea dea dea dea deinininininffffformação?ormação?ormação?ormação?ormação?Dra. Maira – A falta de informação é,também, um dos vilões. Por isso, a Femamasempre atua com campanhas e projetos paraconscientizar pacientes e autoridades sobre osdireitos de pacientes e a importância dadetecção precoce e do tratamento adequado.

Quanto mais cedo o câncer de mamafor diagnosticado e tratado, maiores serão aschances de cura. Mas a paciente enfrentaobstáculos já na fase de diagnóstico, emfunção da demora para obter exames econsultas na rede pública. As mulheres devemfazer a mamografia anualmente a partir dos40 anos. Ela ainda é a principal forma dediagnóstico precoce, o que permite maioreschances de cura.

Em 2008 foi sancionada a Lei 11.664,que determina a realização de examemamográfico a todas as mulheres a partir dos

“Nossa luta sebaseia naconscientizaçãoda importânciado diagnósticoprecoce e aotratamento ágil eadequado." - Drª. MairaCaleffi, Presidente voluntáriada Femama e do Imama RS eChefe do Serviço deMastologia do HospitalMoinhos de Vento de PortoAlegre.

PARA TODASAS MARIAS

CeCeCeCeCezar Augusto Gzar Augusto Gzar Augusto Gzar Augusto Gzar Augusto G. Rodrigues. Rodrigues. Rodrigues. Rodrigues. Rodrigues

Slogan de 2015 da Campanha Outubro Rosa da FEMAMA

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40 anos de idade pelo SUS. Porém, duasportarias passaram a regulamentar essa Lei,determinando que a mamografia derastreamento (aquela realizada para monitoraro aparecimento da doença em mulheres semsintomas ou histórico familiar), fosse realizadaprioritariamente apenas por mulheres entre50 e 69 anos. Em março deste ano, o Projetode Decreto Legislativo (PDC) nº 1.442/14,proposto pela deputada Carmen Zanotto (SC)no ano passado – com o apoio da FEMAMA -propunha alteração no artigo da Portaria1.253/13, que define essa prioridade para arealização da mamografia de rastreamento. Odocumento foi votado e aprovado na Câmara.Agora aguarda nova votação no SenadoFederal.

No entanto, a partir da obtenção dodiagnóstico, a paciente enfrenta outrosdesafios. A Lei 12.732/13 determina que a

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5JORNALCONCEITO SAÚDE • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 4 • no 13 • 2015○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

paciente inicie o tratamento em até 60 dias, oque, apesar de ser uma grande conquista,ainda não é garantia de agilidade notratamento. Sabemos que a implementaçãodessa lei, dois anos após sua sanção, aindanão ocorreu integralmente no país, pois oSISCAN, sistema de registro de pacientesoncológicos, não está em plenofuncionamento.

A ausência de novos medicamentos queretardam a progressão da doença e garantemmais qualidade de vida à paciente com câncerde mama metastático na rede pública desaúde é outro duro obstáculo. Um pontoimportante e que agrava ainda mais a situaçãoé que a Comissão Nacional de Incorporaçãode Tecnologias no Sistema Único de Saúde –SUS (Conitec) quer definir procedimentosque devem ser ofertados pelos convênios desaúde e, com isso, o SUS passaria a serreferência para os planos privados. Assim,importantes medicamentos podem serremovidos da cobertura obrigatória definidapela Agência Nacional de Saúde (ANS). Paramuitos, isso pode ser considerado umretrocesso nos tratamentos contra o câncer demama.

A Femama luta para que as pacientestenham respeitados os seus direitos de acessoa diagnóstico ágil e a tratamento rápido eadequado.

JCSaúde - Quais a JCSaúde - Quais a JCSaúde - Quais a JCSaúde - Quais a JCSaúde - Quais avvvvvançançançançanços ainda pros ainda pros ainda pros ainda pros ainda precisam serecisam serecisam serecisam serecisam serfffffeiteiteiteiteitos, paros, paros, paros, paros, para ra ra ra ra reduzirmos os alteduzirmos os alteduzirmos os alteduzirmos os alteduzirmos os altos índices deos índices deos índices deos índices deos índices decccccâncer de mama?âncer de mama?âncer de mama?âncer de mama?âncer de mama?Dra. Maira - Não é possível controlar aincidência do câncer de mama, mas podemosreduzir a mortalidade oferecendo agilidade nodiagnóstico e no tratamento adequado.

É importante tirar do papel a PolíticaNacional de atenção aos pacientes de câncer efazer valer os direitos dos pacientes.Precisamos avançar em pesquisa clínica, emacesso a testes genéticos, em respeito aconquistas já obtidas, como a lei dos 60 dias eda reconstrução mamária imediata, entreoutros. E destacamos a importância de sepromover o acesso aos tratamentos para apaciente com câncer de mama metastático.

JCSaúde - Há hábitJCSaúde - Há hábitJCSaúde - Há hábitJCSaúde - Há hábitJCSaúde - Há hábitos fos fos fos fos femininos que temininos que temininos que temininos que temininos que têmêmêmêmêmrrrrresultesultesultesultesultado em incidência prado em incidência prado em incidência prado em incidência prado em incidência precececececoce de coce de coce de coce de coce de câncerâncerâncerâncerâncerde mama?de mama?de mama?de mama?de mama?Dra. Maira - Quanto mais peso e idade, maischances a paciente tem de desenvolver câncernas mamas. A cada aumento de cinco pontosno IMC (Índice de Massa Corporal), porexemplo, aumenta em 33% o risco da doença.Outro aspecto muito importante é que osedentarismo e consumo exagerado debebidas alcoólicas e tabagismo são fatores quepodem aumentar a possibilidade daocorrência da doença. O mais importante émanter hábitos saudáveis para eliminar osfatores que aumentam o risco de desenvolver

o câncer de mama e realizar o diagnósticoprecoce, ao efetuar os exames periodicamente,como a mamografia, que deve ser realizadaanualmente a partir dos 40 anos.

JCSaúde – Apesar de a buscJCSaúde – Apesar de a buscJCSaúde – Apesar de a buscJCSaúde – Apesar de a buscJCSaúde – Apesar de a busca peloa peloa peloa peloa pelotrtrtrtrtraaaaatttttamenamenamenamenamenttttto to to to to ter aumener aumener aumener aumener aumentttttadoadoadoadoado, e mesmo c, e mesmo c, e mesmo c, e mesmo c, e mesmo comomomomomtttttodas essas codas essas codas essas codas essas codas essas campanhas de campanhas de campanhas de campanhas de campanhas de conscienonscienonscienonscienonscientiztiztiztiztizaçãoaçãoaçãoaçãoação,,,,,de prde prde prde prde preeeeevvvvvenção ao cenção ao cenção ao cenção ao cenção ao câncer e ao câncer e ao câncer e ao câncer e ao câncer e ao câncer deâncer deâncer deâncer deâncer demama, permanece o medo e o esmama, permanece o medo e o esmama, permanece o medo e o esmama, permanece o medo e o esmama, permanece o medo e o estigma detigma detigma detigma detigma dedoençdoençdoençdoençdoença maldita maldita maldita maldita maldita, que maa, que maa, que maa, que maa, que mattttta e mutila, e para e mutila, e para e mutila, e para e mutila, e para e mutila, e paraaaaamuitmuitmuitmuitmuitos ainda é um tos ainda é um tos ainda é um tos ainda é um tos ainda é um tabu fabu fabu fabu fabu falar sobralar sobralar sobralar sobralar sobre essae essae essae essae essadoençdoençdoençdoençdoença. Qual a ra. Qual a ra. Qual a ra. Qual a ra. Qual a razazazazazão parão parão parão parão para isso?a isso?a isso?a isso?a isso?Dra. Maira - O câncer de mama,historicamente, sempre foi ligado à mutilaçãoe morte. Com isso, muitas mulheres seentregavam à doença e tinham medo decontar a seus familiares. Mas este cenário estámudando cada vez mais. Hoje existeminovações na ciência que permitem arealização de tratamentos mais precisos, queadiam a progressão da doença e oferecemmenos efeitos adversos, proporcionando maistempo e qualidade de vida às pacientes. Asmulheres estão começando a perder o medode assumir o diagnóstico e procuram ajudamais rápido. Logo, há uma progressão demudança de comportamento.

bastante para melhor atender as pacientes. AFemama atua para que as mulheres comtumor na mama tenham no Sistema Único deSaúde (SUS) os mesmos tratamentos emedicamentos ofertados pelos planosprivados de saúde, pois 75% das pessoas comcâncer no Brasil buscam tratamento peloSUS.

JCSaúde – MulherJCSaúde – MulherJCSaúde – MulherJCSaúde – MulherJCSaúde – Mulheres diagnoses diagnoses diagnoses diagnoses diagnosticticticticticadas cadas cadas cadas cadas comomomomomcccccâncer de mama râncer de mama râncer de mama râncer de mama râncer de mama reeeeevvvvvelam o sofrimenelam o sofrimenelam o sofrimenelam o sofrimenelam o sofrimenttttto que éo que éo que éo que éo que éa mutilação da mama e a pera mutilação da mama e a pera mutilação da mama e a pera mutilação da mama e a pera mutilação da mama e a perda de cda de cda de cda de cda de cabelo.abelo.abelo.abelo.abelo.Como é lidar cComo é lidar cComo é lidar cComo é lidar cComo é lidar com essa mudançom essa mudançom essa mudançom essa mudançom essa mudança ta ta ta ta tão rão rão rão rão radicadicadicadicadicalalalalalna saúde?na saúde?na saúde?na saúde?na saúde?Dra. Maira – O momento do diagnóstico ésempre muito difícil, especialmente por havergrande desconhecimento sobre a histórianatural da doença. É interessante que apaciente seja atendida por uma equipemultidisciplinar, composta por nutricionistas,psicólogos, fisioterapeutas, além dasespecialidades médicas. Todo o apoio nessemomento é importante. Hoje em dia,conseguimos avaliar o grau da agressividadeda doença e optar por um tratamentopersonalizado para cada tipo de tumor. Porisso é importante as pacientes procuraremgrandes centros especializados em tratamentode câncer de mama. A agressividade dadoença e do tratamento dependem muito dotipo de câncer desenvolvido pela paciente edo estágio no qual ele é detectado. Quantomais cedo o diagnóstico é realizado, menosagressivo é o tratamento e maiores são aschances de cura.

JCSaúde – Como funciona o apoio da fJCSaúde – Como funciona o apoio da fJCSaúde – Como funciona o apoio da fJCSaúde – Como funciona o apoio da fJCSaúde – Como funciona o apoio da famíliaamíliaamíliaamíliaamílianuma hornuma hornuma hornuma hornuma hora dessas?a dessas?a dessas?a dessas?a dessas?Dra. Maira – O apoio dos familiares éfundamental para que a paciente tenha forçaspara lutar contra a doença e cumprir todas asetapas do tratamento. Os membros da famíliapodem estar agindo de maneira estranhaporque estão com medo ou não sabem comoagir. A mulher talvez não seja capaz de fazertudo o que fazia anteriormente. Sua vidadiária talvez precise mudar por causa de seutratamento. Ela pode se sentir cansada,doente ou – simplesmente – não ter energiasuficiente para as tarefas do seu cotidiano. Serhonesta consigo mesma e manter um diálogoaberto com seus familiares e até amigos, osajudam sobre como eles podem ajudar. Aspessoas podem ajudar mais se souberem o querealmente faz a paciente se sentir melhor. Afamília deve ser à base de apoio à pacientecom câncer de mama.

JCSaúde – O homem tJCSaúde – O homem tJCSaúde – O homem tJCSaúde – O homem tJCSaúde – O homem também podeambém podeambém podeambém podeambém podedesendesendesendesendesenvvvvvolvolvolvolvolver o cer o cer o cer o cer o câncer de mama? Qual aâncer de mama? Qual aâncer de mama? Qual aâncer de mama? Qual aâncer de mama? Qual aprprprprprobabilidade de isso acobabilidade de isso acobabilidade de isso acobabilidade de isso acobabilidade de isso acononononontttttecer?ecer?ecer?ecer?ecer?Dra. Maira - Para cada 100 representantes dosexo feminino com a doença, existe um domasculino que desenvolve o tumor nessaregião. Nos homens, o tumor surge como um

Segundo o Inca, sãoesperadas mais de 57mil novas ocorrências

de câncer de mama noBrasil, só em 2015.

Cerca de metade doscasos diagnosticadosentre as usuárias do

SUS já está em estágioavançado.

JCSaúde – Qual é a situação hoje em dia?JCSaúde – Qual é a situação hoje em dia?JCSaúde – Qual é a situação hoje em dia?JCSaúde – Qual é a situação hoje em dia?JCSaúde – Qual é a situação hoje em dia?Dra. Maira - Apesar de ainda muitas mulheresterem medo de assumir a doença e, ao mesmotempo, temerem as sequelas que ela podecausar, este quadro vem mudandogradativamente. Hoje, há medicamentosmodernos que permitem um tratamento maiseficaz e com menos efeitos colaterais, o queaumenta a qualidade e a expectativa de vidadas mulheres diagnosticadas com câncer demama, principalmente no estágio metastático.O avanço tecnológico nessa área contribui

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6 2015 • Ano 4 • no 13 • ISSN 2359-4578 • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • JORNALCONCEITO SAÚDE○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

caroço pequeno, indolor, na região da aréola(bico do peito), podendo causar coceira eirritação. Diante desses sinais, é precisorecorrer ao médico. No caso deles, o distúrbiopode se manifestar a partir dos 35 anos (e orisco aumenta com o avançar da idade) e emindivíduos com histórico familiar de câncerde mama (masculino ou feminino) deprimeiro grau ou com excesso de peso e dietarica em gordura.

JCSaúde – Qual é a situação do BrJCSaúde – Qual é a situação do BrJCSaúde – Qual é a situação do BrJCSaúde – Qual é a situação do BrJCSaúde – Qual é a situação do Brasil hojeasil hojeasil hojeasil hojeasil hojeno cenário mundial da doençno cenário mundial da doençno cenário mundial da doençno cenário mundial da doençno cenário mundial da doença?a?a?a?a?Dra. Maira - O câncer de mama ainda é umgrave problema de saúde pública no País. É otipo de tumor mais comum entre asbrasileiras, excluindo os casos de câncer depele não melanoma, sendo responsável pormais de 57 mil novos casos por ano, conformedados do Ministério da Saúde para 2015.Segundo dados do Tribunal de Contas daUnião (TCU), cerca de metade das usuáriasdo SUS diagnosticadas no país, em 2010, jáestavam em estágio avançado.

JCSaúde – Sabemos que não eJCSaúde – Sabemos que não eJCSaúde – Sabemos que não eJCSaúde – Sabemos que não eJCSaúde – Sabemos que não exisxisxisxisxisttttteeeeeprprprprpreeeeevvvvvenção ao cenção ao cenção ao cenção ao cenção ao câncer de mama. O queâncer de mama. O queâncer de mama. O queâncer de mama. O queâncer de mama. O quepodemos fpodemos fpodemos fpodemos fpodemos fazazazazazer parer parer parer parer para pra pra pra pra preeeeevvvvvenir o cenir o cenir o cenir o cenir o câncer deâncer deâncer deâncer deâncer decccccolo de útolo de útolo de útolo de útolo de útererererero?o?o?o?o?Dra. Maira – Para meninas entre 9 e 13 anos,as três doses da vacina contra o vírus HPV(Papilomavírus Humano) são a principalforma de prevenção. Além disso, toda mulherque tem ou já teve vida sexual deve submeter-se ao exame preventivo periódico, oPapanicolau, especialmente as que têm entre25 e 59 anos. Inicialmente, o exame deve serfeito anualmente. Após dois exames seguidos(com um intervalo de um ano) apresentandoresultado normal, o preventivo pode passar aser feito a cada três anos. As meninas eadolescentes devem tomar as três doses davacina contra o HPV.

O câncer de colo de útero é o terceirotipo mais comum entre as mulheres e faz maisde 15 mil vítimas a cada ano. A doençageralmente aparece na faixa dos 20 anos emais de 99% dos casos estão relacionados aoHPV. Temos mais de 90% de chances de curanos estágios iniciais, por isso é tão importanteo acesso rápido ao tratamento. Essa neoplasiase desenvolve até 15 anos depois do contatocom o vírus HPV.

JCSaúde – Qual é a idade em que a mulherJCSaúde – Qual é a idade em que a mulherJCSaúde – Qual é a idade em que a mulherJCSaúde – Qual é a idade em que a mulherJCSaúde – Qual é a idade em que a mulherdededededevvvvve fe fe fe fe fazazazazazer a primeirer a primeirer a primeirer a primeirer a primeira mamogra mamogra mamogra mamogra mamograaaaafia?fia?fia?fia?fia?Dra. Maira – A mamografia tem papel dedestaque no rastreamento do câncer em seuestágio inicial. A partir dos 40, a mulherprecisa recorrer ao especialista para arealização anual da mamografia, feita emaparelhos específicos para avaliação dasmamas. Esse exame é a melhor forma dedetectar precocemente qualquer problema

antes até que o paciente ou médico possanotá-lo.

Em 2008 foi sancionada a Lei 11.664,que determina a realização de examemamográfico a todas as mulheres a partir dos40 anos de idade pelo SUS. Porém, duasportarias passaram a regulamentar essa Lei,determinando que a mamografia derastreamento (aquela realizada para monitoraro aparecimento da doença em mulheres semsintomas ou histórico familiar), fosse realizadaprioritariamente apenas por mulheres entre50 e 69 anos. Na prática, essa diretriz dificulta

Dra. Maira - A recomendação é que a mulherque tem implantes faça acompanhamentocom um mastologista (médico especialista emmama), já que a prótese pode dificultar odiagnóstico da doença por meio damamografia, pois pode dificultar avisualização de tumores. Mesmo assim,mulheres com próteses também devem fazer amamografia a partir dos 40 anos.

JCSaúde – De que fJCSaúde – De que fJCSaúde – De que fJCSaúde – De que fJCSaúde – De que forma uma pessoaorma uma pessoaorma uma pessoaorma uma pessoaorma uma pessoaccccconhecida do gronhecida do gronhecida do gronhecida do gronhecida do grande públicande públicande públicande públicande públicooooo, por e, por e, por e, por e, por exxxxxemplo aemplo aemplo aemplo aemplo aRRRRRosane Marosane Marosane Marosane Marosane Marchechechechechetttttti, jornalisti, jornalisti, jornalisti, jornalisti, jornalisttttta da RBS TVa da RBS TVa da RBS TVa da RBS TVa da RBS TV,,,,,cccccononononontribui ao admitir que estribui ao admitir que estribui ao admitir que estribui ao admitir que estribui ao admitir que estttttá cá cá cá cá com com com com com câncerâncerâncerâncerâncerpublicpublicpublicpublicpublicamenamenamenamenamenttttte?e?e?e?e?Dra. Maira – A partir do momento em queuma jornalista de TV, que é uma figurapública, expõe que está diagnosticada comcâncer de mama, o fato atinge um númeromuito maior de pessoas. Isso pode contribuirpara um impulso maior de campanhas deconscientização.

JCSaúde – JCSaúde – JCSaúde – JCSaúde – JCSaúde – A aA aA aA aA atriz Angtriz Angtriz Angtriz Angtriz Angelina Jolie se submeelina Jolie se submeelina Jolie se submeelina Jolie se submeelina Jolie se submettttteueueueueua uma dupla masa uma dupla masa uma dupla masa uma dupla masa uma dupla mastttttectectectectectomia promia promia promia promia profiláofiláofiláofiláofilátictictictictica, ra, ra, ra, ra, razazazazazãoãoãoãoãopor que perpor que perpor que perpor que perpor que pergungungungunguntttttamos camos camos camos camos como a senhoromo a senhoromo a senhoromo a senhoromo a senhora viu aa viu aa viu aa viu aa viu arrrrrepereperepereperepercussão que a notícia ccussão que a notícia ccussão que a notícia ccussão que a notícia ccussão que a notícia causou nasausou nasausou nasausou nasausou nasmulhermulhermulhermulhermulheres?es?es?es?es?Dra. Maira – Toda a repercussão e debatesobre a atitude da atriz foi interessante. Poroutro lado, houve uma interpretação erradapor parte de muitas mulheres, quemanifestaram a vontade de seguir o exemplosem nem saber se fazem parte de um grupo derisco tão alto como o da atriz. É preciso deixarclaro que, na família da Angelina Jolie,familiares diretos, como a mãe, morreram dadoença. Ela fez o teste genético e comprovouque tinha uma mutação genética que faz comque seu risco para desenvolver o câncer demama e ovário sejam muito altos. Tirar asmamas era o procedimento mais adequadopara se evitar o alto risco de desenvolver adoença. Esse procedimento só é indicado parapacientes que identifiquem mutação nosgenes BRCA1 ou BRCA2 e estejamrealizando acompanhamento genético.

JCSaúde – De que fJCSaúde – De que fJCSaúde – De que fJCSaúde – De que fJCSaúde – De que forma as rorma as rorma as rorma as rorma as redes sociaisedes sociaisedes sociaisedes sociaisedes sociaisaprapraprapraproooooximam pacienximam pacienximam pacienximam pacienximam pacientttttes e ces e ces e ces e ces e cononononontribuem partribuem partribuem partribuem partribuem para oa oa oa oa oapoio e uma melhorapoio e uma melhorapoio e uma melhorapoio e uma melhorapoio e uma melhora pa pa pa pa psicsicsicsicsicológicológicológicológicológica?a?a?a?a?Dra. Maira – As redes sociais são um recursoimportante para a aproximação das pessoas.As pacientes usam os meios digitais paradivulgar informações sobre a doença e trocade experiências. Com o acesso à internet maisfácil, é possível criar grandes correntes deapoio, que trazem resultados positivos.Além disso, essa ferramenta tem grandeimportância em mobilizações de advocacy (quebusca defender e argumentar em favor deuma causa a fim de tornar a sociedade maisdemocrática com a participação de todos osatores nos processos de maneira a tornar suasvidas mais saudáveis), seguras e produtivas.

o acesso de mulheres fora dessa faixa etária aoexame no SUS. Em março de 2015, o Projetode Decreto Legislativo (PDC) nº 1.442/14,proposto pela deputada Carmen Zanotto (SC)no ano passado – com o apoio da FEMAMA -propôs alteração no artigo da Portaria 1.253/13, para que todas as mulheres a partir dos 40anos voltem a realizar o exame na redepública sem obstáculos. O documento foivotado e aprovado na Câmara. Agora aguardanova votação no Senado Federal.

JCSaúde – Como é o eJCSaúde – Como é o eJCSaúde – Como é o eJCSaúde – Como é o eJCSaúde – Como é o exxxxxame parame parame parame parame para mulhera mulhera mulhera mulhera mulheresesesesescccccom prom prom prom prom prótótótótótese de mama?ese de mama?ese de mama?ese de mama?ese de mama?

Nos homens, otumor surge

como um caroçopequeno,

indolor, na regiãoda aréola

(bico do peito),podendo causar

coceira eirritação. Diantedesses sinais, épreciso recorrer

ao médico.

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7JORNALCONCEITO SAÚDE • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 4 • no 13 • 2015○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

câncer de mama metastáticopode ocorrer em decorrênciada evolução de um câncer demama detectado e tratado em

estágio anterior ou em função do diagnósti-co tardio da doença.

Por isso, a realização anual da mamo-grafia para mulheres a partir de 40 anos émuito importante para que o câncer, casopresente, seja diagnosticado precocemente,aumentando as chances de cura para até95%.

Antes dessa idade, as mulheres devemsolicitar ao médico a realização do exameclínico das mamas, que é um exame detoque, e fazer exames complementaresquando solicitados.

O autoexame é importante para quevocê conheça bem o seu corpo e percebacom facilidade qualquer alteração nasmamas, e assim procure rapidamente ummédico. No entanto, ele não substitui amamografia nem o exame realizado pelomédico.

Uma vez detectado o tumor, o diag-nóstico de câncer de mama ainda leva emconsideração os receptores dos hormôniosfemininos estrógeno e progesterona dascélulas cancerígenas. Cerca de 70% dostumores invasivos* são positivos para taisreceptores hormonais.

Também é indispensável o teste para aconfirmação do receptor de uma proteínaconhecida como HER2, localizada namembrana das células cancerígenas. Se aHER2 aparece em excesso, indica que setrata de um tumor mais invasivo.

As características específicas do câncerde mama de cada paciente vão determinar amelhor estratégia para o seu tratamento.

TRATAMENTOQuanto mais avançado o estágio em

que o câncer de mama se encontra, infeliz-mente menores são as chances de cura. Ocâncer de mama metastático corresponde aoestágio mais avançado da doença. Mas issonão quer dizer que ele não possa ser tratado.O foco do tratamento nesta fase é o contro-

FEMAMA

CÂNCER DE MAMACÂNCER DE MAMACÂNCER DE MAMACÂNCER DE MAMACÂNCER DE MAMAMETMETMETMETMETASASASASASTTTTTÁÁÁÁÁTICTICTICTICTICOOOOO

O le da doença e a manutenção da qualidadede vida da paciente.

Durante a metástase, quando umnovo tumor ocorre em outras partes docorpo, ele é considerado e tratado comocâncer de mama. Por exemplo, se umametástase ocorre nos pulmões, o tumor étratado com medicamentos para câncer demama ao invés de medicamentos usados notratamento para o câncer que inicia nospulmões.

Atualmente, não há um padrão detratamento universal para o câncer demama metastático, pois tudo depende doquadro de cada paciente. É possível tratar adoença com terapias sistêmicas, comoquimioterapia, terapia biológica, hormonale outras que usam medicamentos queidentificam e atacam as células canceríge-nas; com terapias locais, como cirurgia eradioterapia; ou com uma combinaçãodesses tratamentos. Apenas o médicopoderá determinar as melhores alternativase discutir o rumo do tratamento com cadapaciente.

O câncer de mama pode ser dediferentes tipos. A presença de receptoresdos hormônios femininos estrógeno eprogesterona ou da proteína HER2 nacomposição do tumor determina as caracte-rísticas da doença. Assim, duas mulherescom câncer de mama podem possuir célulascancerígenas muito diferentes entre si enecessitar de terapias específicas para o seutipo de doença para obter um resultadomais eficaz. Em alguns casos, o uso demedicações específicas pode diminuir avelocidade de crescimento do tumor ereduzir o impacto dos efeitos colateraissobre a paciente, prolongando o tempo devida e garantindo a ela uma maior qualida-de de vida.

No Brasil, a Femama luta para quemedicamentos mais efetivos e específicos,de alta tecnologia e já em uso no país,estejam acessíveis para pacientes comcâncer de mama metastático no SistemaÚnico de Saúde (SUS).

A CAMPANHAA campanha “Para Todas asMarias” é uma iniciativa daFemama – FederaçãoBrasileira de InstituiçõesFilantrópicas de Apoio àSaúde da Mama com oobjetivo de discutir direitos depacientes com câncer demama. Durante o OutubroRosa, colocamos em evidênciao debate sobre o acesso aostratamentos mais adequadospara todas as pacientes comcâncer de mama metastático.Justamente para esse estágioda doença, em que asmulheres precisam de maisamparo, o SUS ainda nãoestá plenamente preparadopara atendê-las, nãooferecendo acesso gratuito aosnovos tratamentos.

Federação Brasileira de InstituiçõesFilantrópicas de Apoio à Saúde da

Mama.www.femama.org.br

* INVASIVO: Que diz respeito a invasão; que se dissemina ou espalha. Diz-se do que hostiliza ou é agressivo.Na Medicina refere-se à patologia que invade o corpo de uma forma muito rápida.

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8 2015 • Ano 4 • no 13 • ISSN 2359-4578 • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • JORNALCONCEITO SAÚDE○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

câncer de mama consiste emum crescimento de células alte-radas nos ductos ou lóbulosmamários, basicamente devido

a falhas nos mecanismos de reparo do DNAdas nossas células.

Por DanielaCornelio

Médica, especialista em Mastologia.PhD em Biologia Celular e Molecular.

Mastologista.Instituto de Oncologia Kaplan.

CRM 31080, RQE 25433, RQE 25432

CÂNCER DE MAMACÂNCER DE MAMACÂNCER DE MAMACÂNCER DE MAMACÂNCER DE MAMADiminuir o riscDiminuir o riscDiminuir o riscDiminuir o riscDiminuir o risco é possívo é possívo é possívo é possívo é possível!el!el!el!el!

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O risco de desenvolver câncer de mamaaumenta com o passar dos anos, sendo a in-cidência maior ao redor dos 70 anos. Alémda idade, outros fatores que estão fora denosso controle podem predispor ao surgimen-to do câncer, como o tempo de exposição ahormônios femininos, a história pessoal delesões mamárias precursoras e a história fa-miliar. Entretanto, existem alguns fatores quepodem ser modificados pelas mulheres. Os prin-cipais são:

• Peso: evitar o ganho de peso, especi-almente após a menopausa.• Exercícios físicos: reduzem o risco ematé 40%.• Consumo de álcool: se superior a35g/dia aumenta o risco em 45%.• Terapia de reposição hormonal: al-guns tipos podem aumentar o risco. Senecessária, deve ser utilizada a menordose pelo menor tempo possível.• Gestar antes dos 30 anos e amamen-tar: se possível devem ser estimulados,pois reduzem o risco.

cirurgia oncoplástica é uma abordageminovadora para o tratamento do câncer demama. Baseia-se em aplicar técnicas de cirurgiaplástica para reconstruir a mama após aressecção de um tumor, incluindo a simetriacom a mama não afetada. Os princípios básicosda cirurgia são a restauração do contorno evolume mamário com mínimas cicatrizes,produzindo resultados cosméticos favoráveis.

Existem situações no câncer de mamaem que a retirada completa da mama se faznecessária, como na presença de tumoresgrandes, multicêntricos, extensos, ou naimpossibilidade de complementação comradioterapia, entre outros fatores. Sempre quepossível, a reconstrução mamária deve seroferecida à paciente, podendo ser realizada nomesmo momento da cirurgia do câncer, outardiamente.

A reconstrução imediata oferecevantagens técnicas de maior conservação depele e planejamento de cicatrizes, minimiza odano físico e emocional da perda da mama,bem como reduz o número de intervençõescirúrgicas. Porém, em certas condições épreferível que a reconstrução mamária sejarealizada após o tratamento oncológico, como

RERERERERECCCCCONSONSONSONSONSTRUÇÃTRUÇÃTRUÇÃTRUÇÃTRUÇÃO MAMÁRIAO MAMÁRIAO MAMÁRIAO MAMÁRIAO MAMÁRIAnos casos de tumores muito agressivos ouavançados. Essa decisão deve sercuidadosamente planejada por uma equipemultidisciplinar, para proporcionar otratamento mais adequado para cada pacienteem particular. Entre as diferentes técnicas estãoincluídas reconstrução com expansores,próteses, retalhos teciduais da própriapaciente, ou uma combinação de todos esses.

A reconstrução com implantes mamáriosé a mais simples e mais utilizada atualmente.Existem diversos tipos e formatos de prótesesde silicone no mercado, podendo-se optar pelotamanho ou forma desejado e mais adequadopara cada paciente. Os expansores são prótesesvazias que vão sendo preenchidos com sorofisiológico progressivamente até atingirem ovolume final, quando são retirados esubstituídos pelas próteses definitivas. Éimportante ter em mente que a reconstruçãomamária é um processo, podendo sernecessárias várias intervenções para se alcançaro resultado cosmético desejado.

Ao lado, um desenho esquemático deminha autoria, ilustrando a cirurgiaoncoplástica.

Atualmente, existem diversas aborda-gens em saúde que podem prevenir o surgi-mento de um câncer ou detectá-lo em umafase bem inicial, quando as chances de curasão muito grandes. Além dos fatores de riscocitados acima, sabemos que uma em cada dezmulheres pode possuir alterações genéticasherdadas de sua família que podem levar aodesenvolvimento de câncer de mama em ida-de mais jovem. Já existem testes que podemdetectar se você possui as alterações genéti-cas mais frequentes.

Por isso, é importante que você sejaacompanhada por um especialista, que iráavaliar sua saúde de forma personalizada eindicar os exames ou cuidados mais apropri-ados para você. Através de uma análise crite-riosa sobre todos os seus fatores de risco, seumédico pode auxiliar você a diminuir a chan-ce de desenvolver câncer de mama, atravésde abordagens comportamentais, medicamen-tosas ou cirúrgicas, bem como recomendarcom quais exames e quando começar o ras-treamento.

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9JORNALCONCEITO SAÚDE • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 4 • no 13 • 2015○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Utilidade PUtilidade PUtilidade PUtilidade PUtilidade Públicúblicúblicúblicública: Auta: Auta: Auta: Auta: Autoeoeoeoeoexxxxxameameameameame3. Deitada, coloque um braço em-

baixo de sua cabeça. Examine cadauma das mamas com a mão dolado oposto ao braço utilizado.

4. Examine a mama com movimen-tos circulares, para cima e para

baixo, de um lado para outro.

5. Verifique se sai alguma secreçãodos mamilos.

1. Vá para a frente de um espelho e observesuas mamas. Compare-as e veja se há a pre-sença de rugas, ondulações ou mudanças.

2. Em pé, leve umbraço até a cabeça.Examine cada umadas mamas com a

mão oposta ao ladodo braço levantado.

OS 8 SINTOMAS DE CÂNCER DE MAMA MAIS FREQUENTES INCLUEM

Fonte

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Page 10: Jornal Conceito Saúde N. 13 - 2015

10 2015 • Ano 4 • no 13 • ISSN 2359-4578 • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • JORNALCONCEITO SAÚDE○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

10 perguntas erespostas sobre

diagnóstico etumores nas

mamas

1

2

3É o exame-padrão para odiagnóstico de câncer demama. Permite detectar o

O Instituto Nacional do Câncer(Inca) recomenda que ela seja

O QUE É MAMOGRAFIA?

QUANDO A MAMOGRAFIA DEROTINA DEVE SER INICIADA?

O autoexame é importante paraque a mulher conheça melhor oseu corpo e tenha facilidade em

ANTES DOS 40 ANOS, QUEEXAMES SÃO ACONSELHADOS?

O exame para avaliar a disposição genéticada mulher desenvolver o câncer de mamaé o que busca a existência de mutaçõesnos genes BRCA1 e BRCA2, que aumentammuito as chances de se desenvolver ocâncer de mama e de ovário. A Femama éproponente de projetos de lei para incluiro exame no SUS, hoje disponível parapacientes com plano de saúde. A possibili-dade de realização deste exame permiteque os médicos caracterizem corretamenteuma paciente como sendo de alto risco eatuem de forma mais consciente ao optarpela realização de mastectomias profiláti-cas, de acordo com a probabilidade dedesenvolver o câncer indicada no exame enão apenas baseado no histórico familiarda paciente. Ter conhecimento antecipadosobre a probabilidade de desenvolver adoença e ter a chance de agir com o trata-mento mais adequado antes de colocar avida em risco com o avanço do câncer demama é uma vantagem para a paciente, enão um inconveniente do exame.

E SE HOUVER HISTÓRICODE CÂNCER DE MAMA NAFAMÍLIA?4

tumor em fase inicial, quando medemilímetros e ainda não é palpável. Namamografia analógica, o seio é comprimi-do e exposto aos raios X. São tiradas duaschapas (frente e lateral) e as imagensgravadas em um filme. Os equipamentosdigitais dispensam os filmes: as imagenssão mostradas na tela de computador. NoBrasil, a maioria dos aparelhos é analógica.

feita a cada dois anos, dos 50 anos aos 69anos - faixa de maior incidência de câncerde mama. Mas organizações como aSociedade Brasileira de Mastologia, aFebrasgo (Federação Brasileira das Associ-

ações de Ginecologia e Obstetrícia), oColégio Brasileiro de Radiologia e a

Femama (Federação Brasileira deInstituições Filantrópicas de

Apoio à Saúde da Mama)defendem a mamografia

anual a partir dos 40anos.

perceber alguma alteração nas mamas.Caso isso ocorra, ela deve procurar seumédico rapidamente, pois apenas elepoderá diagnosticar a doença. Para isso,ele poderá solicitar exames complementa-res, podendo ou não ser uma mamografia.Apenas 20% dos nódulos encontrados nasmamas correspondem a tumores cancerí-genos. O exame clínico anual pode serrealizado pelo ginecologista ou pelo masto-logista.

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Page 11: Jornal Conceito Saúde N. 13 - 2015

11JORNALCONCEITO SAÚDE • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 4 • no 13 • 2015○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

"Para separar as estruturas internas etorná-las mais visíveis", explica a radiolo-gista Selma de Pace Bauab, membro daComissão Nacional de Mamografia e daSociedade Brasileira de Mastologia. Asensação dolorosa costuma ser maior noperíodo pré-menstrual porque os seiosficam mais sensíveis. É melhor marcar oexame para depois da menstruação.

5 POR QUEA MAMO-GRAFIA APERTATANTO OS SEIOS?

A pesquisa sempre começa com a mamo-grafia, mas, em mulheres com mamasdensas e mais fibrosas, a visibilidade não éboa. Nesses casos, é comum solicitar aultrassonografia como complementação.Esse exame permite diferenciar nóduloslíquidos e sólidos (os últimos podem sermalignos) e ver tumores não observados namamografia.

6 É VERDADE QUE A MAMO-GRAFIA NÃO É O MELHOREXAME PARA QUEM TEMMAMAS DENSAS?

7Esse método, que capta imagens

A RESSONÂNCIA MAGNÉTICANÃO SERIA A MELHOR OP-ÇÃO?

A mamografia é o exame mais eficientepara se realizar o diagnóstico precoce docâncer de mama no Brasil. Os dados sobreo impacto do exame na redução da morta-lidade pela doença em estudo canadensereferem-se apenas à realização do exameem mulheres entre 40 e 49 anos de idade,em comparação com mulheres com 50 a69 anos. Mesmo nessa faixa, no entanto, aFemama e muitas associações médicassérias defendem o início do tratamento apartir dos 40 anos, pois não existem

8AMAMO-GRAFIA REDUZ AMORTALIDADE PORCÂNCER?

estudos que garantam que deixar derealizar esses exames no Brasil em mulhe-res entre 40 a 49 anos não resultaria emaumento da mortalidade pela doença. Arealidade de acesso à tratamento emnosso país é diferente da canadense,ressalva feita pelo próprio estudo. Lem-brando que a realização de mamografiapara diagnóstico precoce no Brasil a partirdos 40 anos é um direito das mulheresgarantido por lei.

Eliminar os fatores que aumentam o risco de desen-volver o câncer de mama é uma forma válida depraticar o autocuidado. Com práticas saudáveis épossível reduzir a probabilidade de se desenvolver adoença. No entanto, mesmo mantendo esses hábi-tos, as mulheres ainda estão sujeitas a desenvolve-rem a doença. O câncer de mama, assim como osdemais tipos de câncer, é resultado de mutação

genética, que pode ser herdada ou, o queocorre na grande maioria dos casos,

espontânea.

Sim. A prótese pode dificultar a visualização de tumores. "Mas existem manobras que aumentam o campode visão na mamografia", diz Selma. A primeira parte do exame é igual e, na segunda, o técnico empurra aprótese e comprime apenas o tecido mamário.9 É IMPORTANTE A MULHER DIZER QUE TEM SILICONE?

10O QUE PODE SER FEITO PARA A DOENÇA SER PRE-VENIDA?

Extraído do site:www.batalhadoras.org.br

tridimensionais dos seios, não é solicitadocomo rotina. "O exame demora de 30 a 40minutos, tem custo alto e poucos serviçosdispõem da bobina específica para estudaras mamas", diz o mastologista. Fora isso, aressonância identifica alterações mínimasque podem levar a biópsias desnecessári-as. É indicado quando já há o diagnósticode câncer para observar mais detalhes eprogramar melhor o tratamento.

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12 2015 • Ano 4 • no 13 • ISSN 2359-4578 • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • JORNALCONCEITO SAÚDE○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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Câncer de MamaCâncer de MamaCâncer de MamaCâncer de MamaCâncer de Mamaideal seria que todos pudessem seguir uma dietabalanceada com muitas frutas, verduras, legumes e grãosformando um prato equilibrado. As vezes percebemos a

RomãRomã, um estudo publicado na revistaCancer Prevention Research, da AssociaçãoAmericana para Pesquisa sobre Câncer,mostrou que romãs podem ajudar naprevenção contra o câncer de mama. Elesanalisaram a interação dos compostos dofruto com a enzima aromatase, responsávelpela produção de estrogênio e fundamentalpara o surgimento de células cancerígenas.Concluíram, então, que o fruto inibe sua ação.

EspeciariasEspeciarias, pesquisadores doComprehensive Cancer Center, daUniversidade de Michigam, nos EstadosUnidos, afirmam que especiarias, comopimenta preta e curry, podem atuar nadiminuição do aparecimento de célulascancerígenas sem danificar as célulassaudáveis da mama. O efeito se dá pelospolifenóis, antioxidantes que possuem açãoanti-inflamatória.

Frutas VermelhasFrutas vermelhas, como framboesa, amora emorango, contêm fito-nutrientesanticancerígenos chamados antocianinasque retardam o crescimento de células pré-malignas e evitam a formação de novosvasos sanguíneos, que podem alimentar umtumor. Esses alimentos também são ótimasfontes de vitamina C, flavonóides e fibras,essencias ao funcionamento do organismo.

BrócolisPor meio do estímulo das enzimas do corpo,o sulforano, presente nos brócolis, eliminasubstâncias que podem originar célulascancerígenas no corpo. Outros vegetais quetambém produzem esse efeito são a couve-flor e o repolho. Recomenda-se o consumode meia xícara de chá do alimento por dia.

As pesquisascomprovam quetambém estesalimentos agem nocombate à doença

OCenouraCenoura, uma pesquisa feita pelaHarvard School of Public Health,nos Estados Unidos, revelou quea cenoura é um alimento eficazna prevenção contra o câncer demama. A descoberta surgiu apóso acompanhamento de 12 milmulheres, 5.700 com câncer demama e 6.300 saudáveis, queserviram como grupo decontrole. Após terem sua dietacontrolada, constatou-se queconsumir duas porções do vegetaltodos os dias reduz o risco dedesenvolver a doença em até17%. Isso acontece graças ao beta caroteno,que protege o DNA contra a oxidação,evitando a formação de radicais livres. Deacordo com o estudo, entretanto, talporcentagem só pode ser atribuída amulheres na pré-menopausa.

UvaUva, estudos já mostraram que flavonoides,presentes na uva, podem retardar ocrescimento de células malignas noorganismo. Entretanto, um alerta, para osapreciadores de vinho tinto, para que nãoabusem da bebida com a alegação de que elefaz bem para a saúde. O excesso de álcoolprejudica todo o metabolismo e pode servirde gatilho a outras doenças, além defragilizar a imunidade.

importância de uma alimentação equilibrada quando aparecealguma doença. Entre elas, o câncer de mama, pois o organismo namaioria das vezes carece de nutrientes essenciais que ajudariam naprevenção desse tipo de doença.

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13JORNALCONCEITO SAÚDE • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 4 • no 13 • 2015○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

objetivo da alimenta-ção é o bem estar físi-co, psíquico e social emtodos os períodos do

Crianças pequenas podemconsumir doces, balas e

refrigerantes?Em geral, as crianças tendem a

rejeitar alimentos que não lhe sãofamiliares (3). Porém, com exposi-ções frequentes, os alimentos no-vos passam a ser aceitos, podendoser incorporados à dieta da crian-ça (4,5). Em média, são necessáriasde oito a dez exposições a um novoalimento para que ele seja aceitopela criança. Muitos pais, por faltade informação, não entendem essarecusa inicial e deixam de oferecernovamente aquele alimento à cri-ança. Existe alguma evidência deque as crianças amamentadas acei-tam alimentos novos com mais fa-cilidade que as não amamentadas,possivelmente porque as criançasamamentadas são expostas a umavariedade de sabores por meio doleite materno (6). O que pode pa-recer rejeição aos novos alimentosé resultado do processo natural dacriança em conhecer novos saborese texturas e da própria evolução damaturação dos reflexos da criança.Em alguns casos, a recusa insisten-te de um determinado alimento(após várias tentativas) pode signi-ficar que a criança realmente nãoo aprecie. Nesse caso, o ideal ésubstituir por outro que possua osmesmos nutrientes, ou variar o seupreparo (7).

De acordo com o guia Dez Pas-sos da Alimentação Saudável paraCrianças Brasileiras Menores deDois Anos, os alimentos devem seroferecidos separadamente, paraque a criança aprenda a identificaras suas cores e sabores. O Passo 7diz que deve-se estimular o consu-mo diário de frutas, verduras e le-gumes nas refeições. As criançasdevem acostumar-se a comer essesalimentos, pois são importantesfontes de vitaminas, cálcio, ferro efibras. O Passo 8 orienta evitar açú-car, café, enlatados, frituras, salga-

dinhos, refrigerantes, balas e outrasguloseimas nos primeiros anos devida. O açúcar deve ser usado naalimentação da criança após umano de idade. Esses alimentos nãosão bons para a nutrição da crian-ça e competem com alimentos maisnutritivos (8).

Na fase pré-escolar pode ocor-rer a indisciplina alimentar, que éa ingestão de guloseimas antes ouno lugar das principais refeições.Nesta fase, o esquema alimentardeve ser composto por cinco ou seisrefeições diárias, com horários re-gulares e intervalos de duas a trêshoras. Horários definidos, sem oconsumo de guloseimas nos inter-valos são fatores que influenciam po-sitivamente no apetite da criança (9).

Essa introdução ao comporta-mento alimentar, foi para que aprópria leitora tire suas conclusõesem relação ao consumo de balas,pirulitos e refrigerantes por crian-ças pequenas. No caso de criançasem idade escolar, que estarão ex-postas a outros alimentos em de-corrência do convívio com os cole-guinhas, o consumo de guloseimasnão deve ser proibido, pois estimu-lará ainda mais o interesse da cri-ança. Cabe aos pais, que são os res-ponsáveis por colocar limites emodificar padrões alimentares ina-dequados, determinar frequência,horários e quantidades de consu-mo, para não interferir no apetiteda criança (10). Sempre que possí-vel substituir refrigerantes por su-cos naturais; balas e doces por bolode frutas ou sobremesas com leite.A combinação desses alimentosaumenta o valor nutricional dapreparação. Concluindo, vê-se que“guloseimas” não precisam ser proi-bidas, porém devem ser ingeridasocasionalmente, para que assim

Nutricionista – CRN 7929Especialista em Saúde

Pública – ESPRS/FIOCRUZMestre em Ciências Médicas

– PPGCM/UFRGS

crescimento e desenvolvimento (1).A espécie humana necessita deuma dieta variada para garantiruma nutrição adequada.

Após o período de aleitamentomaterno exclusivo, que segundo aOrganização Mundial de Saúde(OMS) é até os seis meses, a alimen-tação complementar deve ser intro-duzida. A introdução de novos ali-mentos no primeiro ano de vida vaicontribuir para formar o hábito ali-mentar da criança. O consumo deuma variedade de alimentos emquantidades adequadas é essencialpara a manutenção da saúde e docrescimento da criança. Para inge-rir uma dieta variada, além da dis-ponibilidade dos alimentos, é fun-damental a formação dos hábitosalimentares.

A preferência por determinadosalimentos e o controle de sua in-gestão se dá por meio de um pro-cesso de aprendizagem que come-ça muito cedo. A aceitação de no-vos alimentos ocorre pela repetiçãoà exposição dos novos sabores e pelocondicionamento social (2).

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não prejudiquem o crescimento edesenvolvimento da criança.

Referências1. FISBERG, M.; PALMA, D.;AZEVEDO, T. C. G.; MARTINS,L. A. Distúrbios do Apetite naInfância. In: NÓBREGA F. J.Distúrbios da Nutrição. Rio deJaneiro: Revinter, pp. 400-2,1998.2. BIRCH, L. L.; FISCHER, J. Á.Appetite and eating behaivior inchildren. PediatrClin North Am 42(4): m931 -51, 1995.3. BIRCH, L. L. Conducta alimen-tar en los niños: perspectiva desudesarrollo. In: ORGANIZACI-ÓN PANAMERICANA DE LASALUD. Nutrición y alimentacióndel niño en los primeros años de vida.Washington, DC: OPAS, p. 34-48,1997.4. KALAT, J. W.; ROZIN, P.“Learnerdsafety” as a mechanism inlong-delay taste aversion learning inrats. J Comparat Physiol Psychol, v.83, p. 197-207, 1973.5. BIRCH, L. L.; MARLIN, D. W.I don´t like it: I never tried it:effects of exposure on two-year-oldchildren´s food preferences.Appetite, v. 3, n. 4, p. 353-360,1982.6. SULLIVAN, S. A.; BIRCH, L.L. Infant dietary experience andacceptance of solid foods. Pediatrics,v. 93, p. 271-277, 1994.7. LEUNG, A. K. C; ROBSON, L.M. The todlerwho does noteat.AmFamPhys 49(8):1789-92,1944.8. BRASIL. Ministério da Saúde.Guia alimentar para crianças menoresde 2 anos /Ministério da Saúde,Organização Pan-Americana daSaúde. Brasília: Editora do Minis-tério da Saúde, 2005. 152 p.: il. –(Série A. Normas e ManuaisTécnicos).9. DOUGLAS J. Why won’t mytodlereat? The Practitioner. 242: 516-22, 1998.10. HASLAM, D. My child won’teat.The Practitioner. 238:770-5, 1994.

Por Ana LuciaMennaBarreto

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14 2015 • Ano 4 • no 13 • ISSN 2359-4578 • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • JORNALCONCEITO SAÚDE○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

are de fumar! Essa é a primeira recomendação para quem quer preve-nir a doença.

• Uma alimentação saudável pode reduzir as chances de câncer empelo menos 40%. Coma mais cereais e pelo menos cinco porções de

frutas, legumes e verduras ao dia. Evite frituras, alimentos gordurosos, salgados,enlatados e as gorduras de origem animal, presentes no leite e derivados, carne deporco, carne vermelha e pele de frango. Prefira gorduras de origem vegetal, quepodem ser encontradas no azeite extra virgem, óleo de soja e de girassol. Manteiga,margarinas e gordura vegetal hidrogenada também devem ser consumidas commoderação.

• Beba moderadamente. Os homens devem ingerir no máximo duas doses debebida alcoólica por dia e as mulheres apenas uma.

• Pratique atividade física diariamente.

• Homens com mais de 45 anos e histórico familiar de pai ou irmão comcâncer de próstata antes dos 60 anos devem marcar consultas médicas periódi-cas para investigar o câncer de próstata. Mesmo aqueles sem histórico familiarcom idade entre 50 e 70 anos devem se informar sobre a necessidade de fazerexames de rotina.

• Mulheres acima dos 35 anos com caso de câncer na família ou que já tiveramalgum tipo da doença devem fazer anualmente o exame clínico de mama e amamografia. No caso das mulheres acima dos 40 anos, sem esse histórico,recomenda-se exames clínicos de mama anualmente e a mamografia a cada dois anos.

• Mulheres com idade entre 25 e 59 anos devem fazer exames ginecológicospreventivos e procurar orientação médica caso haja alguma alteração.

• Pessoas com mais de 50 anos devem fazer exame de sangue oculto nas fezes, acada ano.

• Evite o sol entre 10h e 16h. Se for inevitável, vista uma camiseta, ponha boné,óculos de sol e procure andar pela sombra. Vicie-se em filtro solar, mesmo sevocê só estiver exposto ao sol durante o caminho para o trabalho e nos diasnublados.

• Escove os dentes depois de todas as refeições, use fio dental e mantenha ahigiene bucal.

Fonte: Instituto Nacional do Câncer (INCA).

ATITUDES QUEAJUDAM NA

PREVENÇÃO DOCÂNCER

P

INSTALAÇÃOLIMPEZA

MANUTENÇÃOCONSERTO

CONTRATO DE MANUTENÇÃOPREDIAIS E RESIDENCIAIS

SERVIÇOS DE ELÉTRICA

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e demais marcas

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“Adotar a prática de exercícios comorotina de vida associado a exames

preventivos regulares poderepresentar a melhor atitude para

reduzir a probabilidade deaparecimento de um problema tão

sério como o câncer de mama.”

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15JORNALCONCEITO SAÚDE • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 4 • no 13 • 2015○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

microagulhamento é umatécnica que vem cada vezmais sendo procurada noconsultório dodermatologista.

Por Renata Heck,Dermatologista membro daSociedade Brasileira de Dermatologia(SBD). Cremers: 340002, RQE 25249

MicrMicrMicrMicrMicroagulhamenoagulhamenoagulhamenoagulhamenoagulhamentttttooooo

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Ela consiste no estímulo mecânico àprodução de colágeno realizado por meio dorolamento de um cilindro com inúmeraspequenas agulhas, que provocam centenasde microlesões na pele. Estas lesõesprovocadas estimulam as células produtorasde colágeno. O tamanho das agulhas varia,sendo a escolha dependente da indicação clínica.

Suas principais indicações são para otratamento de rugas e flacidez facial,cicatrizes de acne, estrias, entre outros. Atécnica é utilizada também para deposiçãode substâncias terapêuticas nas camadasmais profundas da pele: “drug delivery”.

O procedimento é realizado após aplicaçãode cremes anestésicos locais para diminuiro desconforto. A recuperação pós-procedimento é rápida. A técnica nãoprovoca sangramento excessivo e oaparelho utilizado é descartável.

Os resultados não são imediatos, pois oestímulo do colágeno é um processo lento.

Deve-se atentar para as contra-indicações; otratamento não deve ser realizado em áreascom infecção ativa, em pacientes comtendência à formação de quelóides,pacientes imunossuprimidos, entre outros.

Portanto é muito importante consultar seudermatologista, para avaliar se esta é umatécnica indicada para o seu problema.

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felicidade não é uma es-tação de chegada, é umcaminho. No fim da es-trada não há uma placa:

AAAAAFFFFFelicidadeelicidadeelicidadeelicidadeelicidade

Por Maria Helena Holmer HackProfessora de Geografiaaposentada.

AFelicidade. Ela está em toda a cami-nhada, basta identificá-la nos mo-mentos, nas pequenas alegrias, nasconquistas, no bem- estar, nos en-contros agradáveis, nas palavras amigas.

Para a conquista da felicida-de, há algumas exigências: saberolhar com os olhos do coração, sa-ber ver o próximo como uma pes-soa, ter otimismo, perseverança,compaixão, coragem, gratidão. Obom humor também é essencial.

É difícil? Muitas vezes podeser. Não precisamos exigir perfeiçãoem todas as instâncias, mas procu-rar exercer de quando em quandoestas qualidades. Ajuda – e comoajuda! Sim porque a nossa felicida-de é influenciada pela felicidade donosso próximo. Ela nos contamina,nos entusiasma, nos faz ver o mundo

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calendário marca, nomês de outubro, even-tos que não podem seresquecidos: o Dia da

EsEsEsEsEstudantudantudantudantudanttttte de Medicina quee de Medicina quee de Medicina quee de Medicina quee de Medicina queparticipou aparticipou aparticipou aparticipou aparticipou ativtivtivtivtivamenamenamenamenamenttttte dae dae dae dae daIndependência do BrIndependência do BrIndependência do BrIndependência do BrIndependência do Brasilasilasilasilasil

Por Warley Oliveira,Graduado em Letras e em Pedagogia pela UFRGSe Pós-Graduado em Pedagogia pela UFRGS e emNeopedagogia da Gramática pela IPUC.

OCriança, o Dia do Professor e o Diado Médico. A propósito das datas, épertinente a lembrança de que o jo-vem príncipe, que proclamou a In-dependência do Brasil antes de com-pletar 24 anos, nasceu no dia 12 deoutubro de 1798 e foi registrado com18 nomes: Pedro de Alcântara Fran-cisco Antônio João Carlos Xavier dePaula Miguel Rafael JOAQUIM JoséGonzaga Pascoal Cipriano Serafimde Bragança e Bourbon.

Por uma simultaneidade deacontecimentos, um ex-estudante demedicina com um dos nomes de D.Pedro I, chamado JOAQUIM, Joa-quim Gonçalves Ledo, nascido emdezembro (mesmo mês do nascimen-to de D. Pedro II), viria a ser um dosarticuladores da separação do Brasilde Portugal. Entre os fatos marcan-tes da ação desse carioca, está o re-conhecimento dado a ele pelo diplo-mata José Maria da Silva Paranhos Jú-nior, o Barão do Rio Branco.

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melhor. E isto é olhar com os olhos docoração.

Não esperemos chegar à feli-cidade. Ela está sempre por perto,muitas vezes nós não nos apercebe-mos de sua presença. Na ânsia deconquistá-la a qualquer preço, tro-peçamos nela e não a vemos. Elapoderá estar na simples configura-ção de uma verdade, numa demons-tração de amizade, num carinho su-til. Poderá representar uma fração devitória, que aliada a outras que seapresentarem farão uma diferençaimensa na nossa vida.

Em toda a nossa caminhada,a felicidade está presente – não comofelicidade suprema, mas como mo-mentos felizes – raios de sol que ilu-minam aqui e ali, trazendo-nos segu-rança, esperança, entusiasmo paraviver.

A vida é cheia de encontros –saibamos aproveitar aqueles que nosfacilitarão a caminhada.

O Patrono da DiplomaciaBrasileira é chamado ao estudo tam-bém pelo fato de ter sido professor,lecionando História do Brasil noColégio Pedro II. Nas palavras dele,a lição de como foi importante o agirdo acadêmico de Medicina e jorna-lista: “Foi Ledo quem inspirou asmanifestações daqueles dois anos(1821 e 1822) de nossa capital, queminstigou o governo a convocar umaconstituinte e quem redigiu algunsdos principais documentos políticoscomo o manifesto de 1° de agostode 1822, dirigido por D. Pedro aosbrasileiros”.

Joaquim Gonçalves Ledo es-tudou Medicina em Coimbra, masnão concluiu o curso. Patriota vi-brante, ele foi, realmente, alguémque procurou servir a pátria e nãoservir-se dela. Não aceitou cargospúblicos. Marcou presença comojornalista, ao fundar o jornal Revér-bero Constitucional Fluminense,órgão da imprensa que muito con-tribuiu para o despertar de umaconsciência nacional brasileira.

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16 2015 • Ano 4 • no 13 • ISSN 2359-4578 • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • JORNALCONCEITO SAÚDE○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Os cuidados cOs cuidados cOs cuidados cOs cuidados cOs cuidados com a higiene dos esom a higiene dos esom a higiene dos esom a higiene dos esom a higiene dos estttttofofofofofamenamenamenamenamentttttosososososcebemos qual é a real necessidadedele. Em alguns casos, eles já che-gam aqui com a recomendação mé-dica. E isso se aplica tanto para apoltrona em casa como para o ban-co do carro.

JCS - O que se deve ficar atentoquanto a validade do produto?Enéias - Com o tempo a espuma vaiperdendo a densidade e a pressão.Quando chega nesse ponto é impor-tante que se substitua o material paraevitar maiores problemas, como porexemplo, com o tempo de uso vai-seacumulando ácaro, o que é muitoprejudicial para a saúde de qual-quer um.

JCS - Isso exige então uma manu-tenção periódica dos sofás e bancosdos carros?Enéias - Sim. É imprescindível quese faça uma vistoria periódica, tantona questão da higienização quantopara ver a necessidade de troca dematerial. É importante ressaltar quetodo material tem um período de va-lidade que deve ser respeitado. Porexemplo, as capas sintéticas simplesduram 3,5 anos, já as mais sofistica-das duram 5 anos. Depois desse pe-ríodo essas capas começam a rasgarou trincar e há o acúmulo de poeirae ácaro, o que pode levar a proble-mas respiratórios.

JCS - E quanto aos travesseiros?Enéias - O recomendado é que setroque a cada seis meses. No traves-seiro a pessoa sua e deixa restos depele morta e com o tempo acumulaácaros. E os ácaros domésticos sãoos maiores causadores de alergias (ri-nite, asma, dermatite atópica). Porisso, também, deve-se evitar de em-prestar travesseiros.

JCS - Quanto a higienização do col-chão?Enéias - Nó temos um equipamentoelétrico que se passa no colchão equeima o ácaro e o calor ainda revi-taliza a espuma.

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JCS - Teu trabalho envolve apenasa adaptação de sofás e poltronas?Enéias - Não. Nós também constru-ímos os móveis conforme a necessi-dade do cliente. Podemos confecci-onar desde o início, já com as espe-cificações recomendadas, sob medi-da, ou ainda podemos apenas adap-tar conforme a necessidade dele. Omesmo pode ser feito nos bancos decarro. Por exemplo, uma pessoa bai-xa e que tem dificuldade de encos-tar no acelerador, porque o bancopode ser muito alto, então nós bai-xamos o banco ou, ao contrário, seo banco do carro for muito baixo nósaumentamos, assim nós podemosadaptar o assento para que a pessoafique o mais confortável possívelpara dirigir e o importante fique maissegura.

JCS - E quanto aos tipos de materi-ais utilizados nesses serviços?Enéias - Hoje em dia existem umavariedade muito grande de materi-ais disponíveis. Por exemplo, se o cli-ente reclama que o estofado estámuito fofo, pode-se usar uma espu-ma tipo 30, que é mais firme e seadapta ao biótipo do usuário. As-sim, no assento usa-se um tipo e noencosto outra densidade diferente.Sempre com o objetivo de melhorara qualidade de vida e segurança. Nósconversamos com os clientes e per-

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SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESASDE ASSESSORAMENTO, PERÍCIAS, INFORMAÇÕES E

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FONES: 0800.7017406 / (51) 3287-7500

indicará medidas. O autoexame das mamas é outra recomendação, masnão deve ser praticado como método isolado de detecção precoce do câncer.

O SEMAPI apoia o Outubro Rosa e todas as ações relacionadas à saúdedos trabalhadores e trabalhadoras. Anualmente, realiza campanhasrelacionadas ao tema, como promoção de palestras e confecção demateriais informativos, com o intuito de incentivar a população a cuidarda saúde e ter mais qualidade de vida. Quem se ama, se cuida!

Frequentar oginecologista anualmente

e realizar examespreventivos são as

principais medidas paraevitar consequências

graves, evitar osedentarismo, a

obesidade e o consumode cigarros e

bebidas alcoólicas sãocomportamentos já

egundo tipo de câncer mais frequente nomundo, o tumor de mama é o mais comum

entre as mulheres, respondendo por 22% doscasos novos a cada ano. Apesar dos números

tristes, a doença tem cura, desde quediagnosticada cedo. Exatamente por isso, nestaépoca do ano se comemora o Outubro Rosa, que

conscientiza o mundo todo sobre a importânciada prevenção.

comprovados pela ciência comopreventivos. Quando há predisposição

genética ou outros fatores de riscona paciente, o médico solicitará acompanhamento mais frequente e

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JCS - Quais os serviços mais comunsque você realiza em sua estofariarelacionados à saúde?Enéias - O mais comum é quando ocliente tem a necessidade ter um en-costo inclinado na poltrona ou nacama, pois sofre com problemas noesôfago, e muitas vezes não podedeitar por completo. Ela precisa deuma inclinação maior para evitarrefluxo, por exemplo.

Uma das maiorespreocupações que se deveter quando queremosprevenir doençasrespiratórias é ahigienização dos estofados.O Jornal Conceito Saúdeconversou com EneiasFernandes, profissional emmanutenção de estofadospara saber mais sobre oassunto.

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Page 17: Jornal Conceito Saúde N. 13 - 2015

17JORNALCONCEITO SAÚDE • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 4 • no 13 • 2015○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

odas as pessoas, numa con-sulta preventiva, quandovão ao médico e subme-tem-se a uma bateria de

ente será orientado a procurar umoncologista1 (especialista em onco-logia) ou cancerologista, forma estamenos usual.

É comum o resignado procurarpelo melhor especialista, bem comopor uma segunda opinião, uma vezque seu desejo maior é a cura. Porque isso acontece? Será que é por-que o paciente não confia, não acre-dita em seu médico? Não, caro lei-tor, não é. Quando buscamos umasegunda opinião, é porque não que-remos acreditar que estamos enfer-mos. Na língua não é diferente.

Por vezes, recorremos a um se-gundo julgamento de valor acerca dalíngua por não acreditarmos que es-tamos errados, equivocados. Natu-ralmente, vamos em busca de obrasde referência, de autores de renome,de calibre. Mesmo assim, muitas ve-zes, nossas dúvidas não são dirimidas.

Para ilustrar bem o que estou di-zendo, peguemos como paradigma

um verbo que tem causado dor decabeça a muitos usuários e até espe-cialistas da língua: adequar. Afinal,ele é regular (aquele que não sofrealteração no radical nem em sua ter-minação ao longo da conjugação) oudefectivo (verbo de conjugação in-completa, ou seja, falta-lhe ao me-nos uma forma ao longo de sua con-jugação)?

Bem, como já disse aqui nesteespaço várias vezes, a língua está emconstante evolução, mudança, ouseja, o “erro” de hoje pode ser o acer-to de amanhã e vice-versa. O verboadequar já é considerado há pelomenos dez anos como regular, pro-va disso é o registro dele em dicio-nários de grandes autores, como, porexemplo, Antônio Houaiss e Micha-elis. Em Portugal, há dicionários,cito o principal, Dicionário da LínguaPortuguesa, Porto Editora e obras deconjugação que também o ampa-ram. Apesar de alguns gramáticos e

dicionaristas torcerem os lábios paratal fenômeno, não podemos lutarcontra a língua. E assim, ensina-noso saudoso Celso Pedro Luft: “A lín-gua é o que é. E não aquilo que nósqueremos que seja”.

Se conjugarmos adequar no pre-sente do indicativo, por exemplo,teremos eu adéquo/adequo, tu adé-quas/adequas, ele/ela/você adéqua/adequa, nós adequamos, vós adequais,eles/elas/vocês adéquam/adequam.Observe bem os pares, caro leitor.Escolha sua forma predileta, pois setrata de gosto linguístico.

Por fim, não tenha dúvida, poisdependendo o contexto linguístico,você poderá ainda substituir essaforma verbal por uma equivalente,sinônima. No caso apresentado,pode-se trocar pela forma adaptar,verbo acidentalmente pronominal:adequar-se.

UMA SEUMA SEUMA SEUMA SEUMA SEGUNDGUNDGUNDGUNDGUNDA OPINIÃA OPINIÃA OPINIÃA OPINIÃA OPINIÃOOOOOPPPPPor veor veor veor veor vezzzzzes, reces, reces, reces, reces, recorremos a um segundo julgamenorremos a um segundo julgamenorremos a um segundo julgamenorremos a um segundo julgamenorremos a um segundo julgamenttttto de valor aco de valor aco de valor aco de valor aco de valor acercercercercerca da línguaa da línguaa da línguaa da línguaa da língua

T

Por Cliceu Laibida

Professor e linguista:atua na rede pública eparticular do ensino deSanta Catarina.

exames (a prevenção ainda é o me-lhor remédio!), e, dias depois, ansi-osamente, voltam para saber os re-sultados, elas podem ser surpreendidascom o parecer médico.

Um cardiologista, por exemplo,ao diagnosticar uma doença fora desua especialidade, ele imediatamen-te encaminha seu paciente a um es-pecialista. Se for um tumor, o paci-○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

1 Não confundir com oncólogo, que éo médico versado em oncologia.

Por Gabriela Feijó da RosaAssistente Social na AFM –Associação dos FuncionáriosMunicipais de Porto Alegre.

o labor do Serviço Social,por vezes, é possível perce-ber que, nos estudos, cri-

NeopedagNeopedagNeopedagNeopedagNeopedagogia, uma luz parogia, uma luz parogia, uma luz parogia, uma luz parogia, uma luz para melhora melhora melhora melhora melhorararararara auta auta auta auta autoesoesoesoesoestima dos estima dos estima dos estima dos estima dos estudantudantudantudantudanttttteseseseses

Nanças e adolescentes precisam me-lhorar a sua autoestima e a sua auto-imagem. A mesma observação valepara adultos também. Como o am-biente também é professor, a con-versa com os usuários requer trocade ideias, de maneira cordial e fra-terna, sobre como as pessoas enxer-gam a si mesmas.

Durante o bate-papo para re-flexão sobre o porquê das dificulda-des com os estudos, vão surgindomanifestações que demonstramcomo é necessário o ser humanogostar mais de si mesmo. São pala-vras e frases que são escutadas poraí: “Sou burro, sou pateta, eu nuncavou aprender, não tenho cabeça paraestudos, não adianta...” Outro pen-samento que tem aparecido: “Cole-

gas e parentes me chamam de bur-ro, e eu acho que sou realmente.”

Nesse contexto em que há in-fluências de vários tipos, é indispen-sável mostrar aos jovens que existeum outro caminho para que a con-fiança aumente. Essa nova maneirade ver existe graças às pesquisas deum gaúcho, o professor FranciscoDequi, Diretor da Faculdade de Tec-nologia IPUC. Ele é o idealizador eo mentor da Neopedagogia, campode estudos que seguramente vai me-lhorar a autoimagem dos estudantes.Como? O professor Dequi já provouque existe apenas uma regra para oacento das palavras...

Na revista Língua Portuguesa– edição de junho de 2015 – Wil-son Coutinho, de São Paulo, comen-ta o que é a Neopedagogia. Repro-duzo as palavras dele por entenderque ele colocou em essência o que éesse novo jeito de ensinar Português:

“Gostaria de sugerir a divul-gação da Neopedagogia da Gramá-tica, cujo mentor, há 40 anos, é oprofessor canoense Francisco Dequi,autor de livros como Sintagramáti-ca (CES/IPUC). Tive a oportunida-

de de conhecê-lo em julho, quandofui a Canoas, num fim de semanapara participar do X Seminário so-bre Neopedagogia da Gramática. Éalgo inovador e, infelizmente, pou-co divulgado. Em linhas gerais, tra-ta-se de uma abordagem para o ensi-no-aprendizado da língua, e se inse-re na discussão atual sobre ensinar,ou não, gramática na escola. Muitos,como ele, defendem que se ensine,sim, gramática. Contudo, acreditamque a metodologia atual, baseada naNGB e nas gramáticas normativas,

não é adequada, pois só estimula o“decoreba”. O professor Dequi foialém, ao formular uma metodologiacujo tema é “levar o aluno a perce-ber”. Para isso, propõe uma nomen-clatura gramatical mais objetiva ecoerente e, com o auxílio de conven-ções gráficas, chamadas de sintagra-mas, analisa e interpreta estruturassintáticas dos textos, de onde extraio que ele chama de regras gramati-cais inatas que comandam a arqui-tetura das orações e períodos.”

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18 2015 • Ano 4 • no 13 • ISSN 2359-4578 • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • JORNALCONCEITO SAÚDE○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

• Existe um prazo máximo parainício do tratamento de câncerpelo SUS?Sim. O paciente com câncer temdireito de se submeter ao primei-ro tratamento no SUS, no prazode até 60 dias contados a partirdo dia em que for assinado o di-agnóstico em laudo patológico ouem prazo menor, conforme a ne-cessidade terapêutica do caso re-gistrada em prontuário único.

• Quando que se considera ini-ciado o primeiro tratamento?Considerar-se-á efetivamente ini-ciado o primeiro tratamento, coma realização de terapia cirúrgica oucom o início de radioterapia oude quimioterapia, conforme a ne-cessidade terapêutica do caso.

• Esse prazo se aplica a todos ostipos de câncer?O prazo não se aplica ao câncernão melanócito de pele dos tiposbasocelular e espinocelular, aocâncer de tireoide sem fatores clí-nicos pré-operatórios prognósti-cos de alto risco; e aos casos semindicação de tratamento cirúrgi-co, quimioterápico ou radioterá-pico. Neste último caso, os paci-entes terão acesso a cuidados pa-liativos, incluindo-se entre estes ocontrole da dor crônica.

• Que providências o pacientecom câncer deverá tomar caso oprazo de 60 dias para início dotratamento não seja cumprido?

A quem e como reclamar/denunciar?O paciente que não tiver o iníciodo seu tratamento oncológicodeverá procurar a Secretaria deSaúde do seu município, pois osfluxos e regulação aos serviços sãoorganizados localmente. O des-cumprimento da lei sujeitará osgestores direta e indiretamenteresponsáveis às penalidades admi-nistrativas.

• Já reclamei na Secretaria deSaúde do meu município, masninguém resolve o meu proble-ma. O que fazer neste caso?Neste caso, uma alternativa é re-correr à justiça. Para isso, o paci-ente deve procurar alguns dos le-gitimados para promoverem aação, podendo ser: a DefensoriaPública, o Ministério Público, aOAB (assistência judiciária gratui-ta) e as Faculdades de Direito con-veniadas com a OAB e/ou comórgãos do Poder Judiciário (Justi-ça Estadual/Federal), ou o Siste-ma dos Juizados Especiais. Hátambém a possibilidade de con-tratar um advogado particular.

• É possível ajuizar ação judicialpara cumprimento da lei dos 60dias por meio do Sistema dos Jui-zados Especiais?Os Juizados Especiais da FazendaPública são competentes para jul-gar ações contra os Estados e osMunicípios até o limite de 60 sa-lários mínimos; o mesmo ocorren-do com os Juizados Especiais Fe-

derais em relação à União Fede-ral. Entre as matérias que podemser apreciadas por esses juizadosdestacam-se aquelas relacionadasao cumprimento da lei que garan-te ao paciente com câncer o iní-cio do tratamento no prazo máxi-mo de 60 dias a partir do diag-nóstico. O acesso aos Juizados égratuito, e, quando o valor da cau-sa for igual ou inferior a 20 salári-os mínimos, não é necessária acontratação de advogado.

• Que documentos devo provi-denciar para acionar a Justiça?RG, CPF, Comprovante de resi-dência, Cartão do SUS, Laudo doexame patológico e Relatório Mé-dico contendo a identificação dadoença, com a especificação daCID (Classificação Internacionalde Doenças); descrição detalhadado tratamento recomendado, in-clusive a posologia exata e o tem-po de uso do medicamento; o ní-vel de urgência da necessidade,destacando o prazo máximo deespera para o início do tratamen-to e as consequências do desaten-dimento; e, se for o caso, justifi-cativa da ineficácia das drogas quesão normalmente fornecidas narede pública, de modo a justificara adoção de tratamento diferenciado.

Observação: Para mais esclareci-mentos ligue para o nosso

Programa de Apoio ao Paciente(PAP) - 0800 773 1666.

Equipe Oncoguia- Data da últimaatualização: 13/07/2015

que os pacientes com o câncer secundárioapresentavam altos índices da enzima LOX,produzidas pelo tumor e liberadas no sangue.Experimentos com ratos revelaram que a en-zima interrompe o processo constante de re-construção dos ossos, deixando lesões e bura-cos no tecido, o que permite que o câncer seespalhe. Assim, o uso de medicamentos parabloquear a ação da LOX impediu a dissemi-nação da doença.

“É um avanço importante para impe-dir as metástases do câncer de mama. As célu-las cancerígenas no tumor primário estão fer-tilizando o solo para seu próprio crescimen-to. A LOX está mudando o ambiente no ossopara torná-lo melhor para o crescimento docâncer”, afirmou Alison Gartland, pesquisa-dor da Universidade de Sheffield, em entre-vista à BBC.

Além disso, a pesquisa mostrou que me-dicamentos chamados bisfosfonatos tambémsão capazes de impedir a propagação dos tu-mores pelo corpo, uma vez que atuam namaneira como os ossos se reconstroem, viabi-lizando o fortalecimento da estrutura. Cercade 85% dos cânceres de mama que se espa-lharam pelo corpo atingem o osso, neste pon-to a doença se torna mais difícil de tratar e aprobabilidade de morte do paciente é maior.

O efeito da descoberta se aplica somen-te ao câncer de mama do tipo Receptor deEstrogênio Negativo, que corresponde a umterço dos casos da doença nessa região do cor-po, mas é um dos tipos mais mortais. Os pes-quisadores indicam ainda que os resultadosda pesquisa também podem ser aplicados aocâncer de cólon.

Publicado em O Globo em 28/05/2015

esquisadores da Universidade de She-ffield, na Inglaterra, descobriram queo câncer de mama altera a estrutura

Estudo revela que câncerde mama altera

estrutura óssea, o quepermite sua propagação

pelo corpo

Póssea facilitando que a doença se espalhe pelocorpo. A descoberta é vista pelos cientistascomo um passo importante para obter estra-tégias para frear a propagação da doença.

Segundo o estudo, publicado na revista“Nature”, é possível proteger os ossos da in-fluência do câncer. Os cientistas descobriram

Dúvidasfrequentes

sobrea Lei dos60 dias

O Brasil é o único paíscom mais de 100 milhõesde habitantes que possuium sistema de saúdepúblico universal egratuito. Considerado omaior programa deinclusão social do mundo,o SUS (Sistema Único deSaúde) é o "plano desaúde" de todos osbrasileiros. Na prática,ainda encontramosmuitas falhas, sendopapel da populaçãocobrar por melhorias.Compreender comofunciona o SUS e quais osdireitos do paciente dentrodesse sistema é o primeiropasso paratransformarmos essarealidade.

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19JORNALCONCEITO SAÚDE • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 4 • no 13 • 2015○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Defensor Público é umguardião da saúde. Essaé a razão por que épossível declarar com

garantidos a todos os brasileiros, édever do Estado proporcionar, porintermédio de seus governantes,condições a todas as pessoas paraque vivam bem.

O direito à saúde é um privilégioprevisto no caput do artigo 6° daConstituição da RepúblicaFederativa do Brasil, nossa LeiMaior. Igualmente, estáconsagrado nos artigos 196 a 200da nossa Carta Magna.

A saúde é, pois, condição sine quanon ao pleno exercício da cidadania.A expressão latina é lembrada porcausa do sentido de indispensável.

DEFENSORDEFENSORDEFENSORDEFENSORDEFENSORPÚBLICPÚBLICPÚBLICPÚBLICPÚBLICOOOOO,,,,,

UMUMUMUMUMGUGUGUGUGUARDIÃARDIÃARDIÃARDIÃARDIÃOOOOO

DDDDDAAAAASSSSSAAAAAÚDEÚDEÚDEÚDEÚDE

Ofirmeza que a Defensoria Pública ea Medicina não podem serconsideradas independentementeuma da outra. A conexão entreambas é uma realidade muitobonita em favor da cidadania. Ora,como a saúde é um dos direitossociais constitucionalmente

Por Sirlei Terezinha deSouza Feijó

Defensora Pública

Assim é, porquanto o bem-estardas pessoas é absolutamentenecessário com o apoio do Direitoe com o zelo de quem vive omundo da área médica.

Direito e Medicina são guardiõesda Vida. A preservação doconforto físico e moral das pessoasé objetivo primordial não só dosprofissionais da área da saúde, mastambém é meta constante daquelesque vivem o mundo do Direito.Por isso, uma luz surgiu com oadvento da Defensoria Pública,instituição sempre alerta paradefender os interesses do cidadão.

A reflexão feita leva-nos a afirmar,portanto, que qualquer pessoa quesofre ou poderia sofrer ameaça deviolação ao direito de garantir suasaúde, em nível físico ou mental,pela falta de assistência, tem e terá,em um Defensor Público, apoiopara buscar qualquer tipo deassistência necessária à preservaçãoda saúde através dos meiosjurídicos legais.

Assim, em face do problema com obem-estar físico ou mental de umapessoa, é preciso destacar que oparecer do médico, ou da equipe

médica é fundamental com afinalidade de comprovar aurgência de qualquer tipo deassistência, para formalizar alegalidade do pedido.

De posse do comprovante de quemdispensa seus cuidadosprofissionais para curar, indicandoa situação de emergência detratamento em virtude da privaçãodos recursos necessários por umapessoa, a Defensoria Pública,instituição adequada e responsávelpara amparar a quem precisa deapoio na saúde, entrará com Açãoem favor de seu assistido.

Em consequência, com oscomprovantes médicos quecomprovem ser inevitável qualquertipo de tratamento, o NúcleoMédico da Defensoria Pública doRio Grande do Sul terá elementospara agir. A ação do DefensorPúblico pode ser feita através depedidos administrativos, ouajuizamento de ações para obterdo órgão público pertinente aprestação de serviços para arcarcom a despesa feita com otratamento da saúde de umcidadão que precise de amparo.

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Dados do Instituto Nacional de Câncer JoséAlencar Gomes da Silva (Inca), vinculado ao Mi-nistério da Saúde, indicam que, a cada ano, maisde 12 milhões de pessoas são diagnosticadas comcâncer em todo o mundo, das quais cerca de 8milhões morrem. No Brasil, o Inca estima em 580mil o número de novos casos da doença, este ano.Apesar da quantidade de pessoas diagnosticadas,muitos pacientes desconhecem os direitos quetêm, como sacar o Fundo de Garantia do Tempode Serviço (FGTS), além de receber do SUS eplanos de saúde, medicamentos de alto custo ouimportados.

De acordo com a advogada Danielle Bitetti,especializada em direitos do consumidor e na área

de saúde, o paciente pode acionar a justiça, tantocontra o SUS, como contra os planos privados“Sempre que ele tiver um tratamento negado,tanto de medicamento como de quimioterapiaou radioterapia, mesmo que seja de uso oral oudomiciliar, ele deve procurar a Justiça, porque temo direito de fazer o melhor tratamento que foisolicitado pelo médico que o acompanha e não oque o plano escolher para ele”, já que tais negati-vas figuram como abusivas pelos órgãos de defesado consumidor. A advogada destaca ainda queestes casos têm prioridade de atendimento najustiça. “Todos os pacientes em tratamento decâncer que necessitam ingressar com ação têmprioridade na tramitação. O pedido de liminargeralmente sai entre 24 e 48 horas após a distri-buição da ação. Ele tem garantido o tratamentologo que ingressa com a ação, enquanto o proces-so tem o trâmite normal”, explica, acrescentan-do que os processos costumam ser encerrados noprazo de um a dois anos, podendo ser concluídoainda mais rápido, a depender do fórum ou car-tório. Mas o paciente não deve preocupar-se com

o trâmite da ação, já que, uma vez emitida a limi-nar para a realização dos procedimentos, o trata-mento deverá ser garantido. No caso do saque doFGTS, o paciente pode utilizar até receber altamédica definitiva, e, caso lhe seja negado o direi-to, deve ingressar com ação para solicitar os valores.

O paciente com câncer tem direito ainda decircular livremente de carro em qualquer dia, nascidades com sistema de rodízio, bastando se ca-dastrar previamente nos órgãos competentes. Hátambém isenção do Imposto de Renda para osportadores da doença aposentados ou pensionis-tas, “mesmo que o diagnóstico tenha sido dadoapós a aposentadoria. Basta ele comunicar ao Ins-tituto Nacional do Seguro Social (INSS)”. Elestêm direito ainda a comprar veículos novos adap-tados com desconto de impostos, caso passem asofrer algum tipo de limitação física causada pelotratamento.

Sugestão da FEMAMA: Conheça todos os direi-tos de pacientes com câncer no site do INCA.

www.inca.gov.br

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20 2015 • Ano 4 • no 13 • ISSN 2359-4578 • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • JORNALCONCEITO SAÚDE○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

presente matéria diz res-peito ao surgimento de

A legitimidadede um cidadão

perquirir oJudiciário naconcessão demedicamentoantitumoral

de 20 anos, os estudos com a fos-foetanolamina (ou fosfoamina)sintética.

O conflito que está haven-do diz respeito ao fato de que asubstância ainda não possui o re-gistro junto à ANVISA – Agên-cia Nacional de Vigilância Sani-tária, sendo pertinente ressaltarque diversos pacientes que tive-ram conhecimento do sucesso detais estudos, ingressaram na justi-ça para ter acesso a tal substân-cia. A ANVISA alega falta de re-quisitos tais como documentos ecomprovação de análises clínicase que não teria havido por parteda Instituição de pesquisa (USP)uma atitude prática de transfor-mar o produto em um medica-mento.

Quer se deixar registradoque o presente texto não desejafazer incentivo ao uso de tal subs-tância. Todavia, tem a intençãode apenas trazer ao crivo do lei-tor a existência deste conflito,bem como informar que existemdiversas ações judiciais que bus-cam a obrigação do Estado no for-necimento de tal inédito recurso.Vale ressaltar que o professor Chi-erice explicou que a substânciasintética tem apresentado resulta-dos significativos. Entretanto, eledeixa claro que cada caso é sem-pre diferente do outro, que o re-sultado muito depende do siste-ma imunológico do paciente.

O DIREITO CONSTITU-CIONAL À VIDA deve prevale-cer acima de qualquer procedi-mento burocrático. Por este pris-ma, e levando-se em conta o graude mortalidade de tal doença,entendemos que o Estado nãopode tirar do paciente como ci-dadão o DIREITO A UMACHANCE. Trata-se, pois, de ga-rantir O DIREITO HUMANO ÀVIDA, bem consagrado pelaConstituição Federal como íconeda dignidade da pessoa humana.

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Há também o DIREITO À SAÚ-DE, também garantido pela Car-ta Magna, sendo dever do Esta-do, através de suas entidades pú-blicas, oferecer a sua garantia, sejapela Administração Direta ou Indireta.

Mais do que evidente quetemos conhecimento que a distri-buição ou mesmo a comercializa-ção de um medicamento pressu-põem aprovação do Ministério daSaúde, bem como por parte doEstado o monitoramento de talsegurança, eficácia e qualidadesterapêuticas.

Entretanto, há hipótesesem que a necessidade do registroé AFASTADA PELA PRÓPRIALEI. Assim preceitua o artigo 24da Lei 6360/76: “Estão isentos deregistro os medicamentos novos,destinados exclusivamente a usoexperimental, sob controle médi-co, podendo, inclusive, ser impor-tados mediante expressa autoriza-ção do Ministério da Saúde”.

Assim, entendemos que,em RISCO DE MORTE, a rela-tivização de tal restrição deve serconsiderada. Eventual ausênciade registro do medicamento naANVISA não pode afastar a res-ponsabilidade do Estado nempode impedir que um pacientecomo CIDADÃO tenha a subs-tância CUSTEADA pelo órgãoEstatal, uma vez que os direitosconstitucionais à vida e à saúdeNÃO PODEM FICAR EMALUSÕES FILOSÓFICAS EABSTRATAS, enquanto vidashumanas se perdem.

Mesmo que as decisões ain-da não tenham sido definitivas,diversas já são elas que determi-nam que o Estado disponibilizeaos pacientes tal substância quedeverá ser indicada pelo Institu-to de Química da USP, responsá-vel pela pesquisa, sob pena deuma aplicação de multa diária emvalores altos para que o órgão sejaforçado a cumpri-la.

Auma substância antitumoral quetem ganhado destaque na impren-sa de todo o Brasil. O professoraposentado, Gilberto OrivaldoChierice, da Universidade de SãoPaulo (USP) conseguiu desenvol-ver uma substância que, segundoele, contribui no tratamento docâncer. Ele coordenou, por mais

Fragmentos da Nota emitidapela USP sobre o compostoquímico Fosfoetanolamina

Considerando a repercussão denotícias vinculadas naimprensa sobre a distribuiçãode fosfoetanolamina para finsmedicamentosos notratamento de câncer peloInstituto de Química de SãoCarlos (IQSC) da Universidadede São Paulo (USP), vimos apúblico apresentar os seguintesesclarecimentos:(...)O IQSC não dispõe de dadossobre a eficácia dafosfoetanolamina notratamento dos diferentes tiposde câncer em seres humanos –até porque não temosconhecimento da existência decontrole clínico das pessoasque consumiram a substância –e não dispõe de médico paraorientar e prescrever autilização da referidasubstância. Em caráterexcepcional, o IQSC estáproduzindo e fornecendo afosfoetanolamina ematendimento a demandasjudiciais individuais. Ainda quea entrega seja realizada pordemanda judicial, ela não éacompanhada de bula ouinformações sobre eventuaiscontraindicações e efeitoscolaterais (...).FFFFFonononononttttte: www5.iqsc.usp.br/e: www5.iqsc.usp.br/e: www5.iqsc.usp.br/e: www5.iqsc.usp.br/e: www5.iqsc.usp.br/esclaresclaresclaresclaresclarecimenecimenecimenecimenecimentttttos-a-sociedade/os-a-sociedade/os-a-sociedade/os-a-sociedade/os-a-sociedade/

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Por SidneiUlysséa Paladini

Advogado, com formação pelaPontifícia Universidade Católica

e pela Escola Superior daMagistratura, pós-graduado em

Direito Penal Econômico pelaUniversidade de Coimbra, em

Portugal, pós-graduado emDireito Civil e Processo Civil pela

Uniritter - LaureateInternacional Universities.

OAB/RS 30.673

STF libera a fosfoetanolaminapara uma paciente do Rio deJaneiro

Com a decisão do STF, oTribunal de Justiça de SãoPaulo (TJ-SP), que haviaproibido a distribuição, voltouatrás. A decisão do presidenteJosé Renato Nalini, publicadana sexta-feira, 9 de outubro de2015, beneficia cerca de 800pacientes que já obtiveramliminares da Justiça.

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