Jornal Coração Eucarístico

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Caruaru,1ºdejunhode2012 Edição33 Ano3 Trezena de Santo Antônio Programação Dia 01 - Sexta-feira (Abertura da Festa) 19h. - Procissão da Bandeira 19h e 30min. - Celebração Eucarística Presidente - Pe. Bianchi Animação - Irmãos de fé Noiteiros - Comunidade Santa Clara 19h e 30min. - Celebração Eucarística Presidente - Fr. Dimas Marleno Animação - Coral do Convento Noiteiros - Pastoral da Criança e Pastoral da Acolhida Dia 02 - Sábado Dia 03 - Domingo 19h e 30min. - Celebração Eucarística Presidente - Pe. Bosco Animação - Grupo Água Viva Noiteiros - Terço dos homens, Comunidade Sao Paulo Apóstolo e Missionários (as). Dia 04 - Segunda-feira 19h e 30min. - Celebração Eucarística Presidente - Pe. Bartolomeu Animação - Coral do Convento Noiteiros - Coral, Comunidade de Nova Caruaru, Min. da Sagrada Comunhão. Dia 05 - Terça-feira 19h e 30min. - Celebração Eucarística Presidente - Pe. Zenilson Animação - Grupo Irmãos em Cristo Noiteiros - Associação dos Moradores Bairro Divinópolis e Projeto Saúde. Dia 06 - Quarta-feira 19h e 30min. - Celebração Eucarística Presidente - Pe. Everaldo Animação - Vozes do Senhor Noiteiros - EFRAM, OFS, JUFRA e Família Franciscana. Dia 07 - Quinta-feira 19h. - Celebração Eucarística Presidente - Fr. Sonival Marinho Animação - Coral do Convento Noiteiros - Pastoral da Juventude, Past. Crisma, Catequese e Coroinhas. 19h e 30min. - Celebração Eucarística Presidente - Frei Lopes Animação - JUFRA Noiteiros - Apostolado da Oração e Comunidade do Centenário. Dia 08 - Sexta-feira Religiosa Dia 11 - Segunda-feira 19h e 30min. - Celebração Eucarística Presidente - Pe. Sivonaldo Animação - JUFRA Noiteiros - Comunidades Rurais: Normandia, Rafael e Carapotós. 19h e 30min. - Celebração Eucarística Presidente - Pe. Janailton Animação - Coral do Convento Noiteiros - Past. da Família, ECC, Casais, Noivos e Namorados; Escolas: Dom Vital, Guiomar Lira, José Carlos Florêncio, Casa dos Trabalhadores e Luz do Saber.Colégios: Antenor Simões, Alternativo, Alvaro Lins, Santa Clara e Prof. José Leão. Dia 12 - Terça-feira 19h e 30min. - Celebração Eucarística Presidente - Frei Willian Almeida Animação - Coral do Convento Noiteiros - Todos os fiéis católicos que tenham por nome Antônio ou Antônia. Dia 13 - Quarta-feira (Encerramento da Festa) 19h e 30min. - Celebração Eucarística Presidente - Pe. Kennedy Animação - Coral do Convento Noiteiros - RCC, Movimento Mãe Rainha e a Comunidade do Afonsinho. Dia 09 - Sábado 19h. - Celebração Eucarística Presidente - Pe. Bráulio Animação - Coral do Convento Noiteiros - Pastoral do Dízimo Dia 10 - Domingo Programação Social Dia 12 de junho Dia 10 de junho Dia 11 de junho Dia 13 de junho Dia 09 de junho 21h.: Show com Banda Alternativa 21h.: Show com Lúcia Santana 21h.: Show Religioso 21h.: Show com Pe. Bráulio 21h.: Show com Irmãos de Fé

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Jornal Coração Eucarístico, Edição Junho 2012

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Page 1: Jornal Coração Eucarístico

Caruaru,�1º�de�junho�de�2012 Edição�33Ano�3

Trezena de Santo AntônioProgramação

Dia 01 - Sexta-feira (Abertura da Festa)

19h. - Procissão da Bandeira19h e 30min. - Celebração EucarísticaPresidente - Pe. Bianchi Animação - Irmãos de féNoiteiros - Comunidade Santa Clara

19h e 30min. - Celebração EucarísticaPresidente - Fr. Dimas Marleno Animação - Coral do ConventoNoiteiros - Pastoral da Criança e Pastoral da Acolhida

Dia 02 - Sábado

Dia 03 - Domingo

19h e 30min. - Celebração EucarísticaPresidente - Pe. BoscoAnimação - Grupo Água VivaNoiteiros - Terço dos homens, ComunidadeSao Paulo Apóstolo e Missionários (as).

Dia 04 - Segunda-feira

19h e 30min. - Celebração EucarísticaPresidente - Pe. Bartolomeu Animação - Coral do ConventoNoiteiros - Coral, Comunidade de NovaCaruaru, Min. da Sagrada Comunhão.

Dia 05 - Terça-feira

19h e 30min. - Celebração EucarísticaPresidente - Pe. Zenilson Animação - Grupo Irmãos em CristoNoiteiros - Associação dos MoradoresBairro Divinópolis e Projeto Saúde.

Dia 06 - Quarta-feira

19h e 30min. - Celebração EucarísticaPresidente - Pe. Everaldo Animação - Vozes do SenhorNoiteiros - EFRAM, OFS, JUFRA e Família Franciscana.

Dia 07 - Quinta-feira

19h. - Celebração EucarísticaPresidente - Fr. Sonival Marinho Animação - Coral do ConventoNoiteiros - Pastoral da Juventude,Past. Crisma, Catequese e Coroinhas.

19h e 30min. - Celebração EucarísticaPresidente - Frei Lopes Animação - JUFRANoiteiros - Apostolado da Oração e Comunidade do Centenário.

Dia 08 - Sexta-feira

Religiosa

Dia 11 - Segunda-feira

19h e 30min. - Celebração EucarísticaPresidente - Pe. Sivonaldo Animação - JUFRANoiteiros - Comunidades Rurais: Normandia, Rafael e Carapotós.

19h e 30min. - Celebração EucarísticaPresidente - Pe. Janailton Animação - Coral do ConventoNoiteiros - Past. da Família, ECC, Casais, Noivos e Namorados; Escolas:Dom Vital, Guiomar Lira, José Carlos Florêncio, Casa dos Trabalhadores e Luz do Saber.Colégios: Antenor Simões, Alternativo, Alvaro Lins, Santa Clara e Prof. José Leão.

Dia 12 - Terça-feira

19h e 30min. - Celebração EucarísticaPresidente - Frei Willian AlmeidaAnimação - Coral do ConventoNoiteiros - Todos os fiéis católicos quetenham por nome Antônio ou Antônia.

Dia 13 - Quarta-feira (Encerramento da Festa)

19h e 30min. - Celebração EucarísticaPresidente - Pe. Kennedy Animação - Coral do ConventoNoiteiros - RCC, Movimento Mãe Rainha e a Comunidade do Afonsinho.

Dia 09 - Sábado

19h. - Celebração EucarísticaPresidente - Pe. Bráulio Animação - Coral do ConventoNoiteiros - Pastoral do Dízimo

Dia 10 - Domingo

Programação Social

Dia 12 de junho

Dia 10 de junho

Dia 11 de junho

Dia 13 de junho

Dia 09 de junho

21h.: Show com Banda Alternativa

21h.: Show com Lúcia Santana

21h.: Show Religioso

21h.: Show com Pe. Bráulio

21h.: Show com Irmãos de Fé

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02�-�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�junho/2012 OPINIÃO

Endereço�Jornal:Paróquia�do�Coração�Eucarístico��Praça�Dom�Vital,�nº�289�-�Divinópolis�Caruaru/PE�-�Fone:�81�3721-3731www.pcoracaoeucaristico.com.bre-mail:�[email protected]����������twitter.com/paroquiajornal�����������jornalcaraçãoeucaristicoTiragem:�3.000�exemplares�(distribuição�gratuita)

PASCOM

Coração Eucarístico

Editor:�Charles�CavalcantiReportagem:�Helmir�Soares,�Paula�DuarteEdição�Digital:�Lyone�Bione������������������������������Redação:�João�Coutinho�Revisão:�Paula�Duarte�/DRT4578PEDiagramação:�Socorro�Polycarpo

EDITORIAL

Festas juninas

Neste mês de junho teremos varias celebrações festivas para vivenciarmos nossa fé. Dia 3 teremos a festa da Santíssima Trindade, dia 7 haverá festa de Corpus Christi, dia 13 Santo Antônio, dia 15 Sagrado Coração de Jesus, dia 24 São João Batista e dia 29 festa de São Pedro.

Queremos aqui dar um destaque à festa de Corpus Christi, em que a Igreja celebra essa Eucaristia como uma grande Eucaristia, como uma grande ação de graças, reconhe-cendo que Deus alimenta seu povo com o melhor de todos os alimentos, pois quem comer desse alimento permanece em Cristo e nele viverá eternamente. Ação de graças, ainda mais, porque pela celebração da Eucaristia colhemos os frutos da redenção em nossos dias, g r a ç a s a a ç ã o memorial movida pelo Espírito Santo, que se traduz em dom da paz em gosto de eternidade.

Depois da 5ª f e i r a S a n t a , a c e l e b r a ç ã o q u e realizamos nesse dia volta nosso olhar para o grande dom da Eucaristia. Por isso, a celebração que realizamos em Corpus Christi tem a finalidade de agradecer a Deus pela Eucaristia. Mesmo parecendo redundante, dizemos que a celebração da qual participa-mos é uma “Eucaristia pela Eucaristia”. Sabemos que Eucaristia é uma palavra de origem grega com o significado de “ação de graças” ou de “agradecimento”. É nesse sentido que nossa celebração é uma “Eucaris-tia pela Eucaristia”, ou seja, um agradecimen-to pela Eucaristia, uma Missa de Ação de graças pela Eucaristia. Esse é o primeiro pensamento com a finalidade de chamar nossa atenção sobre a grandeza da Eucaristia para a Igreja, para cada cristão e para o mundo inteiro. Agradeçamos, pois, com um coração alegre e festivo esse grande presente que recebemos de Deus.

A Eucaristia, a Missa que celebramos, é a

CORPUS CHRISTIaspersão do sangue de Jesus Cristo sobre nós. Bem sabemos que, na instituição da Eucaristia, Jesus não se serviu de sangue e nem de aspersão, mas transferiu o mesmo significado e, o que é mais importante, o mesmo efeito, para o pão e o para o vinho. “Este é o meu corpo” e, tomando o vinho disse: “este é o meu sangue”. Comer e beber o pão e o vinho, consagrados na Missa, é comer e beber a vida de Deus. Eis o motivo pelo qual convidava todos a agradecer esse dom imenso, que é a Eucaristia, pois nela podemos comer e beber a vida de Deus. Um modo de agradecer tão grande dom, portanto, é celebrando a Eucaristia. Existem outros modos de agradecer a Eucaristia, esse

presente maravilhoso de Deus, como por exemplo, tornando-nos aliados e aliadas de Deus, para que o p r o j e t o d i v i n o aconteça entre nós. Nesse caso, agradece-mos a Deus produzin-do f r u tos que a

Eucaristia semeou em nós durante a celebração. A Eucaristia tem a finalidade de, em cada celebração da Missa, renovar a Aliança, renovar o compromisso de vida realizado entre Deus e nós através da celebração eucarística.

Deus tem um projeto de vida e convida todo homem e mulher a colaborar para que seu projeto de vida aconteça na terra. Quem assume o projeto divino torna-se aliado de Deus e, para celebrar essa aliança, é batizado, é mergulhado em Deus, nas águas batismais. A renovação desse compromisso acontece na Eucaristia e pela Eucaristia.

A Eucaristia, portanto, é sempre compromisso que cada um de nós assume com o projeto de Deus, para que o sangue de Jesus, derramado na Cruz, seja fonte de vida nova em toda a terra, vida que, como aliados de Deus, semeamos pelo nosso modo de viver. Assim seja!

São João é uma festa muito popular, principalmente, entre os brasileiros nordestinos. Há uma certa magia nas comemorações dos festejos joaninos, as pessoas comemoram o período junino com festas alegres e, hoje, quase dionisíacas, sem perdermos de vista que no mês de junho festejamos, ainda, dois santos de grande importância para a comunidade cristã católica, Santo Antonio e São Pedro.

É um momento de meditarmos os ensinamentos desse pregador austero de moral rigorosa. A vinda do filho de Isabel, esposa de Zacarias, João, teve um significado maior para a Igreja Católica, o de anunciador e preparador da vinda do messias.

São João é um santo com veneração sem limites, principalmente, entre habitantes da zona rural brasileira, especialmente dos nordestinos, que o homenageiam com muitas comidas especiais à base de milho, como a canjica a pamonha e outros, alimentos próprios da época.

Como dissemos, comemoramos em junho o dia Santo Antônio, 13 de junho, especificamente. Foi um dos Doutores da Igreja. Fez-se frade franciscano em 1220, morrendo ainda relativamente jovem. Em torno de seu nome foi criada uma auréola de santidade o que tornou possível sua canonização pela Igreja. Era um notável teólogo, místico, asceta, porém, sua maior distinção foi como orador. A nossa paróquia comemorará com uma trezena em louvor à esse santo que também é conhecido como “santo casamenteiro”, e que acontecerá entre os dias 1º ao dia 13 de junho.

Aproveitemos a alegria das festas comemorativas a São João, Santo Antônio e São Pedro, participando, ativamente, dos festejos de rua, porém, vivenciando o lado espiritual com que se revestem todos esses acontecimentos fest ivos que nos proporcionam felicidade e harmonia.

Frei William

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Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�junho/2012�-��03ATUALIDADE

uantas vezes, mesmo em silêncio, ficamos a Qquestionar sobre acontecimentos, sem encontrarmos sequer um argumento

convincente que responda à nossa indagação. Frequentemente somos perturbados por más notícias que nos desagradam e nos espantam, pois contam fatos absurdos de crueldade praticada contra alguém. Ficamos estarrecidos, repugnados, pensativos, querendo encontrar respostas para tais práticas cometidas. Aí surgem afirmativas, as mais diversas, como por exemplo: é o fim dos tempos, é o diabo que está solto, são as previsões que estão se cumprindo; sempre encontramos uma justificativa que aquieta a mente e o coração. Entretanto devemos ir mais além: será que a crueldade é própria dos tempos atuais? Outrora já não se praticavam atos tão cruéis como os de hoje? Que testemunho nos deixaram os mártires por assumirem uma postura de fé, justiça, integridade e fidelidade? Tomemos por exemplo os santos reverenciados neste mês: São João Batista, São Pedro e São Paulo.

Ao contrário dos outros santos, homenageados na data de sua morte, São João é comemorado no dia de seu nascimento (24 de junho). Precursor de Jesus foi anunciado pelo profeta Isaías, que disse: “Esta é a voz daquele que grita no deserto. Preparem o caminho do Senhor, endireitem suas estradas.” (Mt 3,3) Portanto, João convidava as pessoas a uma mudança radical de vida, e os que se convertiam eram batizados por ele nas águas do Jordão. Condenava a

A Ressurreição de Jesus é uma retomada da vida, transformada, sob a ótica de Deus, como Ele a concebera e a quis desde o início. Ao celebrarmos a ressurreição do Senhor somos convidados/as a retomar a vida em todas as suas dimensões e torná-la naquilo que o Criador, desde sempre a quis: vida plena para todas as suas criaturas. Nessa ótica divina engloba-se a vida humana e de todo o cosmos. E quem plenifica a vida é o Espírito de Deus, o sopro divino do Criador, presente desde o início, nos primórdios da criação (Gn 1, 2c). Ao longo da história da salvação Deus se revela como Aquele

POR QUE?hipocrisia dos fariseus e saduceus, a ponto de denominá-los “raça de cobras venenosas”, sugerindo-lhes que provassem com ações sua verdadeira conversão. Por ter censurado Herodes, que tomou por esposa a própria cunhada Herodíades, despertou nela o desejo de matá-lo. Disse João a Herodes: “Não é permitido você se casar com a mulher do seu irmão” (Mc 6,18). Isso o levou ao cárcere, sendo depois decapitado, por ordem do rei que desejava satisfazer um pedido de sua enteada. Eis o pedido: “Quero que me dê agora, num prato, a cabeça de João Batista (Mc 6, 25). O soldado saiu, foi à prisão e cortou a cabeça de João. Depois levou a cabeça num prato, deu à moça e esta a entregou à sua mãe.” (MC 6,27b-28). Pura crueldade!

São Paulo, perseguidor dos cristãos não hesitava em combatê-los de todas as formas possíveis, até o dia em que ouviu a voz do Senhor. “Quem és tu Senhor?” “Eu sou Jesus, a quem você está perseguindo.” (At 9, 5). A partir de então, tornou-se um “instrumento escolhido por Deus para anunciar o Seu nome aos pagãos, aos reis e ao povo de Israel.” “Sou ministro de Jesus Cristo entre os pagãos, e a minha função sagrada é anunciar o Evangelho de Deus, a fim de que os pagãos se tornem oferta aceita e santificada pelo Espírito Santo.” (Rom 15, 16) Terminou preso, e no governo de Nero sofreu o martírio, sendo degolado. Pura crueldade!

São Pedro, discípulo de Jesus e primeiro Papa, é festejado a 29 de junho, junto com São Paulo.

Chamava-se Simão, e o nome de Pedro que significa rocha, pedra, lhe foi dado por Jesus Cristo. Testemunhou todos os atos importantes da vida de Cristo e apesar de O ter negado, na hora da Paixão, Jesus, ao ressuscitar, consagrou-o como Pastor de seu “rebanho”. Anunciou Jesus, organizou as igrejas de Samaria e da Costa Mediterrânea e depois seguiu para Roma, onde foi crucificado de cabeça para baixo. Pura crueldade!

Portanto, a crueldade não pode ser considerada como particularidade dos tempos atuais; não é o fim do mundo, nem o diabo que está solto. Ao contrário, está bem preso nos corações endurecidos, que se fecharam ao conselho amoroso de Deus que nos diz: “Já estou chegando e batendo à porta. Quem ouvir minha voz e abrir a porta, eu entro em sua casa e janto com ele, e ele comigo.” (Ap 3, 20) Através dos tempos a ganância, a busca desenfreada pelo domínio e poder, pela fama e posições privilegiadas tem conduzido muitos à insensatez e à criminalidade. Esquecidos da brevidade da vida esquecem também do fundamental: Cristo, videira da qual somos apenas um ramo e que sem Ele nos tornamos entulho onde os outros tropeçam. Oremos sem cessar para não cairmos em tentação e cuidemos para que nossa vida seja uma oferta agradável ao Senhor. Festejemos Santo Antônio, São João e São Pedro com espírito de religiosidade e alegria, agradecidos a Deus pelo exemplo que nos deixaram.

VIDA�EM�PLENITUDE�que cuida e promove a vida. O Salmo 112 (111) nos traça um perfil da pessoa que busca constantemente seguir os preceitos de Deus e anda em Seus caminhos. Para o salmista ‘estar com Deus’ é sinônimo de VIDA PLENA.

Mas Deus não separa a sua presença do cuidado que precisamos ter conosco mesmos e com toda a criação. A Vida só se torna plena quando o ser humano a constrói em comunhão e harmonia com todos os seres criados. Retomando a CF deste ano, entendemos que para ‘que a saúde se difunda sobre a terra’ precisamos cultivar harmoniosas relações com

Deus e com todas as suas criaturas. Para que o ser humano viva, ele precisa deixar viver. E o Espírito Santo age naqueles/as que promovem a vida pois “o Espírito é que dá a vida” (Jo 6, 63; II Cor 3, 6) Este mesmo Espírito que celebramos na festa de Pentecostes nos guiará na luta por uma vida plena, saudável para nós e o nosso planeta.

“Quem quiser ter saúde no corpo, procure tê-la na alma." ( Francisco Quevedo)

Ir.�Maristela

Helena Moura

Page 4: Jornal Coração Eucarístico

04�-�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�junho/2012 PASTORAL

Rua Walfrido Nunes, 303 - Maurício de Nassau - Caruaru - PE PABX: 81 2103-3333 Fone: 81 3723-4444

Filial: IOC DIFUSORA. Emp. Difusora 7º andar - Sala 222 81 [email protected]

Dízimo, expressão de fidelidade do cristão na Comunidade.

Compromissocom�o�que�faz

ízimo é a devolução a Deus, através de Dnossa comunidade, de uma parcela de todos os nossos rendimentos em forma de

ação de graças pelo muito que d’Ele recebemos. Tudo o que temos e somos vem de Deus. Nós somos apenas meros administradores do que recebemos de sua infinita bondade. Por isso, contribuir com o Dízimo é obedecer a um preceito do Senhor. “Trazei o dízimo ao Templo do Senhor” (Ml 3,10).

Dízimo é compromisso de cada cristão com Deus, com a Igreja. É um convite assim a como amar a Deus e aos irmãos. O amor não é imposto, a contribuição do Dízimo também não. Deve ser a própria consciência de quem ama a Igreja e se decide ser dizimista. O dízimo deve ser levado à Igreja onde se participa, onde se celebra fé com os irmãos da comunidade.

Não se tem um valor estabelecido. Cada um contribui com aquilo que o seu coração manda. São Paulo escreve: “Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama quem dá com alegria” (2 Cor 9,7). Deus oferece a possibilidade de adquirir os recursos necessários à sobrevivência, portanto, é justo retribuir todos os benefícios que recebemos. É a resposta de amor e generosidade que deve se manifestar na comunidade.

O apego ao dinheiro e aos bens materiais dificulta as pessoas de serem boas dizimistas. São Paulo nos adverte: “A raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. E, pela cobiça, alguns se desviaram da fé e vivem atormentados em muitas aflições”. (1Tm 6,10). Ronaldo Menezes, integrante da Equipe do Dízimo, ressaltou: “Muitas vezes o que impende as pessoas de contribuírem com o dízimo é o envolvimento intenso com a cultura capitalista, na qual aquelas que se envolvem com o consumismo, às vezes, esquecem de retribuir pelos recursos recebidos. “É dando que se recebe”, como dizia São Francisco. Se eu retribuo a Deus pelos bens que recebi, com certeza receberei a recompensa”.

Todo o dízimo que devolvemos à Igreja tem destino certo. Ele compreende três dimensões: a religiosa, a social e a missionária.

Dimensão religiosa: O dízimo é auxílio na caminhada de fé, e o lugar onde vivemos esta fé deverá ser bem cuidado para que todos possam usufruí-lo com conforto e dignidade. Tudo tem um custo: som, velas, livros, hóstias, folhetos litúrgicos,

enfim tudo o que usamos dentro do templo é custeado pelo dízimo. Nesta dimensão também entram as despesas com funcionários e outros recursos para cuidar da estrutura física da Igreja.

Dimensão social: A Igreja deve dar atenção aos necessitados, menos favorecidos, que muitas vezes precisam ser ajudados na aquisição de recursos para a sobrevivência.

Dimensão missionária: O dízimo deve levar toda a comunidade a ser sinal de salvação. Todos os batizados são missionários. Através do dízimo, é possível colaborar com as Igrejas mais pobres, que não têm condições de se manter. Sustentar a missão, como tarefa primeira da Igreja. “No que se refere à dimensão missionária do dízimo, nós temos duas Comunidades em nossa Paróquia que estão sendo assistidas por nossa paróquia, a Comunidade da Juriti e a Afonsinho acompanhada pelo Grupo Água Viva e Pastoral Familiar”, afirmou Frei Sonival.

O dízimo é uma doação regular e proporcional aos rendimentos do fiel, que todo batizado deve assumir. É uma forma concreta que o cristão tem para manifestar a sua fé em Deus e o seu amor ao próximo, pois é por meio dele que a Igreja realiza diversas obras de caridade e assistência aos menos favorecidos. Pelo dízimo, podemos viver as três virtudes mais importantes para todo cristão: a Fé, a Esperança e o Amor, que nos levam para mais perto de Deus. Representa a vontade de colaborar, de verdade, com o projeto divino de felicidade para todos. Os judeus davam 10% de tudo o que colhiam da terra com o seu trabalho: por isso vem a palavra “dízimo”, que significa “décima parte”. Todos são convidados a oferecer a quantia que desejarem. O

importante é entender que o dízimo não é esmola. Vale destacar que a Igreja não exige a doação de 10% dos rendimentos.

Muitos dizimistas dão o testemunho de que depois que passaram a contribuir com a Igreja e a comunidade, passaram a se sentir especialmente abençoados. Mas isso não quer dizer que se deve dar o dízimo esperando "receber retribuição", ou seja, receber algo em troca.

A entrega do dízimo normalmente é mensal, porque a maioria das pessoas recebe salário todo mês. O importante é saber que o dízimo deve ser entregue na comunidade com a mesma regularidade com que se recebe o salário.

Já as ofertas são doações espontâneas, com as quais o fiel também pode e deve participar da vida em comunidade, mas nesse caso não existe regularidade, como no dízimo.

“É bom perceber que os católicos estão se conscientizando da importância do dízimo. É bom encontrar a Igreja limpa e organizada. Mas, para isso, todos precisam colaborar. A Igreja é casa de todos. As pessoas que desejarem ser dizimistas devem procurar a Equipe do Dízimo, na Igreja, ou a Secretaria Paroquial e solicitar sua inscrição e carnê do dízimo. Aproveito para solicitar aos dizimistas da Igreja do Convento que não receberam seu carnê, para nos procurar e buscar seu carnê”, finalizou, Ronaldo Menezes”

A Equipe do dízimo da Igreja do Convento é composta pelos seguintes membros: Ronaldo Menezes, Marcijara de Lima, Mércia Cristina, Eurides, Ivonete, Gilvaneide e Luciano. Todos os integrantes participam de encontros de formação para desenvolver melhor as atividades inerentes ao grupo. Participam com o Conselho Pastoral, grupos e movimentos dos eventos, celebrações litúrgicas, e atuam nas ações realizadas para aquisição de recursos financeiros que colaborem com a ação evangelizadora.

O dízimo contribui para a realização de toda a ação evangelizadora da Igreja, através de recursos econômicos, por isso, há necessidade de todos os agentes de pastoral estarem conscientes da importância e significado do dízimo e assim despertarem em outras pessoas o desejo de ser dizimista.

“Dê, cada um, conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama a quem dá com alegria.” (2Cor 9,7)

Marcijara de Lima, Ronaldo Menezes, Mércia Cristina

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Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�junho/2012�-�05PASTORAL

Após as celebrações do mês mariano, onde aconteceram os prodígios da Ascensão do Senhor, no dia 20, e Pentecostes, no dia 27, a súbita descida do Espírito Santo, que consola, instrui e fica conosco. Chega, enfim o mês de junho, que já traz na primeira semana (dia 03), a solenidade da Santíssima Trindade; o mistério do Deus Trino. No dia 07, ainda revivendo a Páscoa, a grande procissão pública de “Corpus Christi”. No segundo domingo de junho, voltamos a pousar os pés no chão do chamado “Tempo Comum”, onde nos será dado estremecermos de amor a dois amantíssimos corações: o de Jesus, a quem nossos joelhos se dobram em adoração (dia 15), e o de Maria (dia 16).

Vai de certo, repetir-se a consagração popular a Santo Antônio de Pádua (dia 13), seguindo-se ainda, neste mês o oficio solene próprio na natividade de São João Batista, (dia 24), único Santo celebrado no dia do seu nascimento, não no dia de sua morte, que já foi provavelmente assistido por nossa Senhora. No dia 29, finalizando o mês de junho, as duas vigas mestres da nossa Igreja – São Pedro e São Paulo – despertam em nós um preito de devoção e agradecimento.

No “Tempo Comum” da Igreja a lista é longa e se estende dos últimos santos do mês de junho até o alvissareiro dia de Todos os Santos. Esse tempo fica sendo propício à meditação, a um mais tranquilo exame do próprio eu, e de valiosa aproximação com aqueles que se alçaram muito mais do que nós, e deixaram suas lápides no longo do vale, para as recobrirem de flores. Lembramos alguns como : Terezinha, Rosa de Lima, Maria Goretti, Ana e Joaquim, e tantos mais. Não é demais repetirmos quanto é insp i rador para nossas a lmas esse conhecimento das comoventes histórias das vidas dos santos, que tantos de nós desde c r i a n ç a s g o s t á v a m o s d e e s c u t a r .

Rosilda Santos

DE VOLTA AO TEMPO COMUM NA LITURGIA DA IGREJA

Acompanhamos, por exemplo, como Clara de Assis descobriu o tesouro da pobreza e foi fiel ao ideal de Francisco de Assis. E como este restaurou os alicerces abalados de nossa Igreja Católica, Santa Terezinha transformou sua sela numa vasta terra de missão, Santa Teresa até hoje espiritualizou os Carmelos, pela sua bravura e sacrifício, João da Cruz, transformou numa luminosa poesia do amor divino o calabouço sem luz onde vivia. Catarina de Sena, Camilo de Lelis..., sem falarmos nos santos anônimos, numa exemplificação que não tem fim.

Inspirados nessa imagem, também, podemos visualizar este “Tempo Comum”, que afinal já é do Novo Testamento, como num imenso vale de esperança, na expectativa das renovadas celebrações da fé e do amor. Fica-nos, pois, uma sugestão, para que ao longo de nossa caminhada pelo vale verde do “Tempo Comum”, nos abasteçamos, não só de terços e missas, mas juntemos também umas histórias de santos, que nos revelarão os atalhos que eles trilharam para a sua glória.

Paz e Bem!

Nos dias 18, 19 e 20 de maio, aconteceu, em Pesqueira – PE, o III Encontro de Formação Regional da JUFRA - Juventude Franciscana com o tema: "A JUFRA e os jovens do Novo Milênio". Para o encontro, foram convocados os formadores, os subsecretários (as) de Ação Evangelizadora e subsecretários (as) de Direitos Humanos, Justiça, Paz e Integridade da Criação Local das fraternidades locais pertencentes ao Regional Pernambuco e Alagoas. Da Fraternidade Mensageiros de Cristo de Caruaru estiveram presentes: Vanessa Benício (Subsecretária Fraterna), Guga Feitoza (Formador Local) e Udiallen Bravask (Comunicador).

Guga Feitoza, Formador Local, destacou: “O encontro nos possibilitou grandes momentos de avaliação da nossa caminhada formativa, onde pudemos rever alguns pontos referentes à nossa Vocação e nossa missão como Jufristas. Desde já pedimos a todos de nossa comunidade para que rezem por nossa Fraternidade, por nossa vocação e que nós a exemplo de São Francisco e Santa Clara estejamos sempre prontos a servir ao Reino de Deus a Igreja e os homens”.

“Irmãos vamos recomeçar, pois até aqui pouco ou nada fizemos” (São Francisco de Assis)

Paz e Bem!

JUFRA

PEQUENO SONETO AOS NAMORADOS

Namorados...Eternamente crianças, que se amam e se divertemLembrando a velha infância, que no tempo nunca se perde.Pensamento amadurecido, que sonha alto sem pararAté os mais vividos não se cansam de amar.

Lara Camilla Santos de Mélo

Guga�Feitoza

Page 6: Jornal Coração Eucarístico

06�-�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�junho/2012 PASTORAL

J.L. OLIVEIRA GALERIA - ME

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Fala de amor é fala de DeusDeus é verdadeiro amor no meio do seu

povo.Quando existe amor entre as pessoas cria-

se um clima harmonioso onde o difícil torna-se fácil e a tristeza alegria.

Não existem barreiras onde existe amor.O amor é a conversa silenciosa entre dois

corações, percebe-se no olhar até mesmo no silêncio de cada um.

O amor fala ao coração, toca o coração e simplesmente cria-se um clima que o tudo se torna tolerável, desde que nossa luz interior não se apague, e seu brilho seja um ponto de indicação onde todos possam vê a felicidade do amor que se faz presente. Seja entre namorados, esposos, pais e filhos no meio da família. Para isso é necessário que em primeiro lugar tenhamos o amor de Deus que nos dá a verdadeira felicidade e nos capacita através desse amor possamos amar a todos.

Deus é a energia desse amor. Por isso quando temos entusiasmo por Ele ficamos plenos do amor divino.

Ele vive constantemente nos corações de todos, colocando muito amor no seu caminho, e se quisermos que nossa vida seja repleta de amor temos que mudar a cada instante para melhor. Quando sentirmos confrontados com algo que nos afasta desse amor divino, devemos lembrar que é aí que se deve permanecer atento para não deixar esse amor se afastar de nosso convívio. Lembre-se sempre que Jesus veio ao mundo porque nos amou primeiro, não com a finalidade de dominar, mas sem esse amor sentimo-nos impossibilitados de conhecer outro tipo de amor tão bonito. Continuando nossa caminhada na vida terrena é obrigação nossa amar sem limites, para que um dia possamos ser amados no céu.

á pelos anos de 1984, com plena Lditadura militar, moradores, trabalha-dores do alugado manifestaram

disposição de terem um pedacinho de terra. A propriedade de nome São Miguel era bem grande. Mais de 1.200 hectares de terra. Uma coisa unia patrão e trabalhadores: eram católicos. Tinham fé em Deus. Uma coisa os desunia: A crença no Deus da vida: para o patrão “Podem rezar o terço, mas não mexam na minha terra. Não falem em reforma agrária”. Para os moradores (as) e trabalhado-res (as) alugados: “Deus quer nossas rezas e está com a gente para conquistar nossa terrinha”.

Passados mais de 30 anos de sofrimento, prisões, humilhações e fé em Deus, no dia 08 de maio de 2012, em Catolé do Rocha, na presença do Juiz Federal, INCRA, Sindicato, CPT, Emater, quilombolas e uma legião de pessoas da região, era entregue aos lutadores (as) a emissão de posse da fazenda São Miguel. Epa! Agora Assentamento Frei Dimas, o animador em nome de Deus de que o sonho

Fé e compromisso nos sertões da Paraíba

era possível. E o velho Dimas, depois de ver a alegria, o pão repartido debaixo das manguei-ras, as palavras de seu Zequinha, de seu Ivan: “Frei Dimas, o senhor, a Igreja, as comunida-des, a CPT prepararam com a gente nossa grande felicidade. Agora somos donos e moradores, moradores e donos. O seu nome no nosso assentamento é o senhor morando com a gente na terra de nossos corações”.

Puxa gente! E haja abraços, beijos, vivas palavras. Tinha sanfona, pandeiro, alegria. Foi uma grande Eucaristia. E o “morador” Frei Dimas a lembrar que nele estava muita gente: Ir. Letícia, Bidia, Ir. Glória, Socorro Golveia, Maria Alves, Frei Eliomar, Socorro Ferreira, Zequinha... e que o assentamento tinha o nome de todos.

E ao lado do velho Dimas lá estava o jovem Edvan, Frei Capuchinho falando com sua presença: “A missão continua. O compro-misso em nome de Jesus está vivo”.

Paz e bem!

Frei�Enoque�Salvador

Amor Múltiplo Amor verdadeiro

Ana�Aleixo�Costa�Mece

Frei�Dimas�Marleno

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�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�junho/2012-�07ACONTECEU

dia de pentecostes foi marcado por Omomentos de intensa alegria. Na tarde daquele domingo 134 jovens advindos das

diversas comunidades de nossa Paróquia, bem como, de paróquias vizinhas, estiveram reunidos para a vivência da fé, experiência de Deus e reavivamento na Esperança. A tarde foi marcada com momentos de muita animação, sob a regência da Bandinha e dos Irmãos na fé. Para as palestras, contamos com a participação de Kelly Cruz e Priscila da Comunidade Restauração que tiveram por tema: Jovem sede forte e corajoso. Permita-se ser conduzido pelo Espírito Santo.

Naquela tarde, os participantes do encontro foram subdivididos em sete grupos, onde foram vivenciadas várias oficinas sobre os sete dons do Espírito Santo. Para assessoria e monitoramento destes momentos, contamos com carinho e empenho de alguns paroquianos: Ronaldo, Assis, Aldene, Maria do Carmo, Marcela, jackslayne e Priscila. Após a monitoria, os grupos foram direcionados à sala comum onde compartilhou-se experiências (testemunhos) pessoais vividos no grupo.

Como, por caráter próprio, o dia de Pentecostes é o dia da re-união dos diversos dons, enquanto aqueles jovens estavam reunidos, Severina e Juce preparavam as velas para a Menorá, alguns membros da Pastoral da Família preparavam o jantar e a JUFRA se desdobrava para oferecer a infra estrura necessária para que tudo acontecesse como previsto e no horário. Enfim, havia um movimento de diversas pessoas, cuidando, limpando, arrumando com gratuidade e amor.

Tudo concorreu para voltarmo-nos para o nosso Deus e tornar solenemente célebre aquele dia. Com a Celebração Eucarística, às 19 horas, juntamente com os fiéis, nos reunimos na Igreja Matriz da Paróquia do Coração Eucarístico, para a festa do Pentecostes. Além da participação de um grande grupo de jovens, contamos com a valorosa participação dos (as) paroquianos (as), em suas diversas pastorais e movimentos. Um dos momentos marcantes da celebração eucarística foi o convite, feito pelo frei Sonival Marinho, presidente da celebração, aos jovens para circundarem o altar. Houve um envolvimento celebrativo intenso dos fiéis, culminando com a bênção e passeio do santíssimo sacramento.

CELEBRAÇÃO DO PENTECOSTES

Frei�Sonival�Marinho

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08�-�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�junho/2012 DIOCESE�DE��CARUARU

Pça Cel. Francisco dos Santos, 18Centro - Caruaru/PE

Fone/Fax: 81 3721.2939 / [email protected]

‘‘As mudanças visam melhorar o trabalho evangelizador da Igreja’’

Paula�Duarte

Queremos�dar�continuidade�a�série�de�entrevistas�com�os�bispos�do�Regional�NE�II�da�CNBB.�Este�diálogo�pretende�apresentar�a�realidade�das�dioceses,�as�expectativas,�os�desafios�dos�nossos�pastores�em�sua�atuação�pastoral.�Nosso�entrevistado�deste�mês�é�Dom�Bernardino�Marchió,�bispo�da�Diocese�de�Caruaru.�Nasceu�em�06�de�setembro�de�1943,�na�Itália.�Em�06�de�novembro�de�2011,�foi�transferido�da�Diocese�de�Pesqueira-PE�para�Caruaru.�Tomou�posse�e�iniciou�sua�missão�em�12�de�janeiro�de�2003.�Atualmente,�é�membro�da�Comissão�Episcopal�para�a�Juventude,�é�responsável�pelo�Setor�Juventude�no�Regional�Nordeste�II.�Além�de�acompa-nhar�as�Novas�Comunidades�do�Regional�NE�II�e�participar�da�Fazenda�da�Esperança.�Eis�a�entrevista:��

JORNAL CORAÇÃO EUCARÍSTICO: Como Bispo da Diocese de Caruaru, quais são as suas alegrias?DOM DINO: A minha alegria é perceber que a Diocese de Caruaru está se tornando uma grande família, na qual os padres procuram caminhar unidos ao bispo. Os leigos nas comunidades, buscam caminhar com seus sacerdotes e os religiosos e religiosas contribuem para um trabalho evangelizador cada vez mais dinâmico. Além disso, é motivo de alegria constatar que a região de Caruaru possui um grande desenvolvimento com possibilidade de atender a muitas necessidades. É claro que devemos ser solidários para que alguém não se torne ricos demais e outros vivam em pobreza total.JCE: Que desafios o senhor enfrenta?DOM DINO: Um desafio para a Diocese de Caruaru é perceber todo o crescimento da região e não ter condições de acompanhar com a construção de Igrejas e centros paroquiais. Outro desafio é a impossibilidade de atender todas as necessidades dos pobres de nossa região. Observando a realidade, percebemos favelas, jovens drogados, pessoas não evangelizadas, além de outras situações. Diante desse contexto, os padres e o bispo se questionam: O que podemos fazer para melhorar essa situação? Porém, diante dos desafios, me sinto mais chamado a confiar no amor e providência divina que vai resolver todos esses problemas. É claro que eu tenho que fazer minha parte e todos os diocesanos precisam também contribuir e viver com mais intensidade a sua fé em Jesus Cristo.JCE: O Seminário Interdiocesano que comemora “50 anos Formando Sacerdotes para a Missão” está em reformas. Qual a importância das estruturas e adaptações que serão realizadas no Seminário?DOM DINO: O nosso Seminário é uma das realidades mais interessantes da Diocese de Caruaru. Todos os bispos que me precederam trabalham para cuidar do Seminário. Os frutos desse trabalho são os padres jovens, em sua maioria nascidos na região. Nos últimos

anos, o Seminário interdiocesano cresceu bastante. Temos 75 seminaristas das dioceses de Caruaru, Garanhuns, Pesqueira, Floresta e atualmente também de Salgueiro. Posso afirmar que nosso Seminário é uma das melhores realidades de Seminário que conheço no Brasil, por que temos uma equipe de formadores e nós bispos sempre combinamos juntos aquilo que devemos desenvolver em prol da formação. É desafio melhorar as estruturas do Seminário que foi construído por Dom Augusto Carvalho, a seguir, Dom Costa deu continuidade e agora eu estou ampliando. Tivemos que construir nova Capela que será inaugurada dia 29 de junho, Festa de São Paulo e São Pedro e vamos deixar o Centro Pastoral para os encontros dos leigos, ou seja, estará disponível para sediar a realização de formação de leigos. É um trabalho que exige bastantes recursos financeiros, mas, com as graças de Deus e o acompanhamento do arquiteto, Pe. Silvano Onofre e do engenheiro, Dr. João Melo estamos avançando na organização da nova estrutura do Seminário. Estamos caminhando confiantes para acolher ainda mais jovens que se preparam para o sacerdócio. Afinal, temos um bom número de vocações e as outras dioceses também colaboram com esse número.JCE: Nesse ano, serão realizadas ordenações sacerdotais? Haverá transferências de padres?DOM DINO: Temos três seminaristas que concluíram o curso de teologia ano passado e serão ordenados diáconos. São eles: Emanuel Rodrigues, Augusto Fagner e Adenilton Silva que está fazendo experiência missionária na cidade de Óbidos no Pará. Inclusive, eu vou estar, em Óbidos para a ordenação diaconal dele. Depois, se Deus quiser, até o final do ano, os três serão ordenados presbíteros, sacerdotes para ajudar a Diocese de Caruaru. Sobre transferência de padres, afirmo que vão haver mudanças. Isso é normal, visto que vão chegar três novos padres. Têm padres que estão na mesma paróquia há vários anos. As mudanças visam melhorar o trabalho evangelizador da Igreja. Os padres, por sua vez, são m issionários, portanto, não devem viver sempre no mesmo lugar, mas a serviço das pessoas e da Comunidade.

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Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�junho/2012�-�09DIOCESE�DE�CARUARU

JCE: A Catedral diocesana está fechada para reformas. Tem previsão da conclusão da construção?DOM DINO: A reforma da Catedral está devagar. Isso não é sinal de que não vai acontecer, está devagar por vários motivos. Primeiro, porque a Catedral exige uma reforma complexa, precisa de cuidados especiais. Depois, a captação de recursos não é fácil. Com essas dificuldades anda devagar, mas posso garantir que vamos cuidar da Catedral. Eu não vou dar nenhuma previsão de conclusão. Porém, vamos em frente e vamos concluir um dia a reforma de nossa Catedral, bonita, moderna e será o centro religioso de Caruaru e de toda a diocese.JCE: Que conflitos internos existem na Diocese de Caruaru? DOM DINO: Os conflitos internos poderia dizer que são as dificuldades de alguns padres em viver bem a sua vocação. Graças a Deus, em nossa diocese não temos problemas graves que chamem atenção como os jornais divulgam em vários locais. Há padres que enfrentam dificuldades por que o padre é fruto do ambiente onde vive. Às vezes, é proveniente de uma família que teve problemas, então carrega consigo dificuldades. Entretanto, afirmo que há um esforço para controlar e melhorar essas questões e nossos 60 padres realizarem sempre bem a sua missão. Realmente, o maior conflito enfrentado possui dimensão social, de como atender às famílias mais pobres que vivem nas favelas e excluídos da sociedade. O importante é saber que cada um deve estar a serviço, enquanto missionários são chamados a servir com entusiasmo. JCE: Que atividades a Igreja desenvolve para atender essas necessidades apresentadas?DOM DINO: Na Diocese de Caruaru há a Fazenda da Esperança para acolher os drogados. Temos diversos trabalhos e promoções de atividades nas paróquias e comunidades com dimensão social. Diversas Pastorais Sociais, por exemplo, a Pastoral da Criança que tem contribuído com a redução da mortalidade infantil; a Pastoral do Idoso voltada às pessoas com mais de 60 anos; a Pastoral da Aids, nova pastoral e muito importante, é uma presença da Igreja junto as pessoas que contraíram o vírus e precisam senti-se acolhidas e amadas. Existem inúmeras outras atividades desenvolvidas, cito ainda o CONVIVA, trabalho começado pela Igreja Católica, com adolescentes em situações de risco no bairro do Cedro, além outras promoções sociais promovidas pela Diocese de Caruaru.JCE: O senhor realizou um café da manhã com a imprensa para celebrar o dia Mundial das Comunicações. Qual o objetivo da integração Igreja Católica e meios de comunicação?DOM DINO: Eu acolhi com muito carinho, os comunicadores, em minha casa, na quinta-feira que antecedeu o domingo, 20 de maio, dia mundial das Comunicações. Na oportunidade, eu dizia aos

comunicadores, à imprensa presente que eles precisam ajudar a divulgar a mensagem da Igreja. Sabemos que existem meios de comunicação católicos e outros comerciais, esses últimos não possuem nenhum vínculo institucional com a Igreja, mas estão sempre abertos e presentes. Eu agradeci a todos e continuo agradecendo aos meios de comunicação por que nos ajudam a evangelizar. Na carta que o Papa escreveu para esse dia possuía o tema: Silêncio e palavra: caminho de evangelização. JCE: Que lugar a Comunicação ocupa na Diocese de Caruaru?DOM DINO: Em sua última Assembleia Diocesana, a nossa diocese escolheu três urgências pastoral a serem abordadas durante o triênio, em sua ação evangelizadora, entre essas se destaca a Pastoral da Comunicação. A nossa Diocese tem implantada a Pastoral da Comunicação. É composto por um grupo de pessoas, comunicadoras que se preocupam em divulgar os acontecimentos e ação da Igreja, não apenas celebrações litúrgicas, mas, em todos os âmbitos da Igreja, catequese, social, formação entre outros. JCE: Quais são as três urgências para a ação evangelizadora da Diocese de Caruaru, no triênio 2012-2015?DOM DINO: Escolhemos três prioridades: Pastoral da Comunicação, Evangelização da Juventude e Infância Missionária. Vamos aprofundar, é claro, esses temas. Vale destacar que a Igreja possui seu fundamento na Catequese, anúncio da Palavra; liturgia, celebração; e Caridade, pastorais sociais. As urgências dependem das necessidades da época. A catequese, liturgia e caridade são sempre o alicerce da ação evangelizadora da Igreja.JCE: Sobre a organização para a Jornada Mundial da Juventude que acontecerá em maio de 2012, no Rio de Janeiro – RJ, como estão os preparativos para esse evento de grande significado para a Igreja?DOM DINO: É uma alegria trabalhar com a juventude. Mas tem seus desafios. A Jornada Mundial da Juventude implica despesas e os jovens geralmente não possuem recursos financeiros, por que ainda não trabalham. Então, estamos conscientizando os jovens para começarem a se organizar ainda este ano. Eu faço parte com outros dois

bispos da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude e estamos realizando trabalhos de acompanhamento a Arquidiocese do Rio de Janeiro que sediará a JMJ. Em nossa diocese, vamos realizar a Novena de Natal com a temática direcionada a juventude. A Campanha da Fraternidade do próximo ano abordará a juventude como tema principal. Aproveito essa oportunidade para informar que vamos receber 500 jovens de outros países para a Pré-Jornada em nossa diocese, de 17 a 20 de julho de 2013, semana que antecede a JMJ. A seguir, de 23 a 28 de julho de 2013, iremos para o Rio de Janeiro para o grande evento mundial, JMJ. A estimativa é participação é de cinco milhões de jovens.JCE: O senhor integra o Regional NE II, que dificuldades percebe no Regional NE II?DOM DINO: Na última reunião dos bispos do Regional NE II, tratamos desse assunto. As dificuldades são: dificuldades econômicas em todas as dioceses, e a distância entre algumas dioceses. Mas, sempre promovemos encontros regionais para tratar de assuntos de interesse das dioceses, além de fixar todos os trabalhos que precisam ser desenvolvidos no Regional. A próxima reunião dessa natureza acontecerá na Diocese de Guarabira de 05 a 08 de julho, reunindo representantes de todas as dioceses do Regional NE II.JCE: O senhor realizou viagem a África com outros bispos. Qual o resultado dessa visita?DOM DINO: A visita a África foi muito interessante. Encontramos um povo acolhedor, cheio de fé, alegres, que nos acolheram com festa, dança e bastante entusiasmados. Visitamos alguns grupos de missão, onde descobri que tinha duas jovens de Caruaru que estavam em missão, trabalhando com crianças carentes (em escolas), uma em Ângola e a outra em Moçambique. Depois, encontrei outros missionários de Gravatá, Ribeirão de Palmares e Afogados da Ingazeira. Ficamos entusiastas em observar todo o dinamismo missionário de nossa Igreja. JCE: Estamos em ano eleitoral, qual a orientação da Igreja Católica para o processo eleitoral deste ano?DOM DINO: Na última Assembleia dos Bispos, a 50ª Assembleia Geral, em Aparecida-SP, a CNBB divulgou uma mensagem à população brasileira, com “Orientações para as Eleições municipais de 2012”, entre as quais está a necessidade de buscar conhecer as fichas dos candidatos. A mensagem dos bispos é para que o povo se interesse pela participação política, procure conhecer bem os candidatos. O bispo não tem opção partidária, porém, possui uma opção política no sentido de orientar os eleitores a não se deixar enganar pelas falsas promessas. O bispo orienta para que olhem para a vida publica dos candidatos e vejam os princípios que orientam seus trabalhos e sua história. A Igreja tem opção política de se preocupar com o bem de todos. A Igreja Católica incentivou o processo de Ficha Limpa, portanto devemos colocá-lo em prática e varrer definitivamente a corrupção em nossa política.

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10�-�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�junho/2012 Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�junho/2012�-�11ACONTECEU ACONTECEU

Paula�Duarte

Na manhã do domingo, 27 de maio, milhares de romeiros e devotos do Frei Damião estiveram no Convento de São

Félix, no Pina, em Recife, para celebrar os 15 de anos de retorno do frei à casa do Pai. A festa teve início dia 24 e encerrou dia 31 de maio, data de falecimento do Apóstolo do Nordeste. Às 10h, aconteceu a celebração eucarística solene de encerramento do processo diocesano de beatificação e caninização de Frei Damião. Contou com a presidência do Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, OSB. Participaram desse importante momento, Dom Luis Gonzaga da Silva Pepeu, Arcebispo Metropólitano de Vitória da Conquista-BA, Dom Jorge Tobias, Bispo Emérito de Nazaré da Mata-PE e diversos frades capuchinhos que concelebraram a missa. Muitos devotos começaram a chegar ainda durante a madrugada, provenientes de diversas regiões de todo o Nordeste.

Em sala reservada, às 9h, aconteceu a sessão de encerramento da supracitada fase diocesana, reunindo autoridades eclesiásticas. O Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido OSB, Dom Luis Gonzaga da Silva Pepeu, Arcebispo de Vitória da Conquista-BA, Dom Jorge Tobias, Bispo Emérito de Nazaré da Mata-PE, Frei Francisco Barreto, provincial da PRONEB e de frades capuchinhos.

FESTA DE FREI DAMIÃO EM RECIFEFESTA DE FREI DAMIÃO EM RECIFE

Todos os documentos relacionados ao processo de beatificação e canonização de Frei Damião foram arquivados e lacrados conforme orienta o Vaticano. Essa documentação será transladada a Roma. O vice-postulador, Frei Jociel Gomes, é o responsável para levar toda a documentação à Roma, onde juntamente com o postulador geral, Frei Florio Tessari entregarão à Congregação da Causa dos Santos.

A devoção ao Frei Damião era visível nos rostos dos romeiros que partilhavam as experiências vividas com o frade e a participação nas missões. A aposentada Ana de Lima, de 82 anos, mostrava com prazer as fotos tiradas com o Frei Damião e entusiasmada relatava: “Desde que meu Frei Damião chegou, no Brasil, eu o acompanhava. Naquela época, as escolas não funcionavam quando ele chegava a nossa cidade. Aprendi muitas orações. Até hoje não perco nenhum momento para homenageá-lo. Tenho fé em Deus, através de Frei Damião que vou viver muitos anos e participar de muitas outras festas de meu padrinho, Frei Damião”.

Frei Francisco Barreto, Provincial da PRONEB, destacou: “A Festa de Frei Damião é dia de suma importância para nós, porque celebramos com a

última sessão do tribunal eclesiástico o encerramento do processo diocesano de beatificação do frade. Frei Damião é um santo na vida da Ordem e na vida Igreja o que é de fundamental importância porque alimenta, na caminhada cristã de fé, a certeza do céu e a eternidade prometida. Os santos representam para nós a experiência realizada das promessas de Deus.

Frei Damião é um ícone, grande figura que viveu como nós capuchinhos e deixou-nos o grande testemunho de que é possível viver o evangelho. Pela nossa fé, através da vida de Frei Damião, é possível viver a santidade e assim confirmar a

esperança de santidade em todo o povo de Deus’’.O Frei Jociel, Vice Postulador da causa Frei

Damião, expressou: “São sentimentos de muita alegria e realmente de satisfação porque, após anos de trabalhos, temos a conclusão da fase diocesana da causa de beatificação e canonização de Frei Damião.Foram 66 anos de evangelização, uma vida doada em prol da realização do Reino de Deus. Por isso, vale a pena ser reconhecida a fama de santidade de Frei Damião diante do testemunho de vida que nos deu o servo de Deus. Com o encerramento da fase diocesana, nós levaremos a documentação para a Congregação da Causa dos Santos, em Roma. Esses documentos serão analisados pelas comissões do Vaticano que informam que em dois anos teremos a resposta de reconhecimento de suas virtudes e da fama de santidade e os seguintes passos para a beatificação.

Na festa de hoje, um momento marcante, celebrando os 15 anos de Frei Damião na Casa do Pai, pedimos que as pessoas continuem rezando. O trabalho vai continuar intenso com as comissões no Vaticano. Nós esperamos ter em breve uma resposta do Vaticano reconhecendo aquilo que o povo nordestino já tem certeza: Frei Damião é um santo. Que pessoas peçam graças, por intercessão de Frei Damião e, alcançando tais graças e milagres, nos procurem, façam seus relatos. Se for cura, nos enviem os exames médicos comprovando a doença e depois a cura. Isso é necessário por que nós juntaremos as documentações e enviaremos a Roma para serem analisadas e, confirmado os milagres, estaremos ainda mais perto da beatificação e canonização. Frei Damião sendo aclamado beato, nós precisaremos de mais um milagre para a

canonização, e assim ser colocado no rol dos santos’’.

Frei Abelardo, Guardião do Convento São Félix, mencionou: “Para esta festa foram meses de preparação. Composta de diversos eventos e preparação da estrutura do convento para acolher a multidão de romeiros. Contamos muito com a parceria da mídia e de pessoas devotas de

frei Damião que acreditam na sua causa”. Dom Luis Gonzaga da Silva Pepeu, Arcebispo

Metropolitano de Vitória da Conquista-BA, ressaltou:

“O encerramento da fase diocesana da beatificação de Frei Damião é importante para a Igreja, por que esse trabalho que está se encerrando foi aberto há 10 anos. Após esse tempo, hoje acontece a conclusão, foram lacradas simbolicamente as caixas com o arquivo que será encaminhado para o Vaticano. É motivo de alegria, celebrarmos essa festa. É mais um sinal de cristão, missionário e sacerdote que deu a sua vida pelo Reino de Deus e buscou a santificação e o caminho de santidade através das Santas Missões Populares, no exercício de seu ministério. De fato é uma honra para a nossa província ter um capuchinho no processo de beatificação.”

Dom Fernando Saburido, Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife, enfatizou: ”Frei Damião foi alguém que marcou muito a vida do Nordeste e da missão no Nordeste. Ele já em vida tinha a fama de santidade. De modo que o povo já o canonizou. Mas, é preciso passar por todo esse processo oficial que a Igreja exige. Agora, terminada a etapa diocesana, ficamos

contentes e com mais esperança nesta segunda fase que vai acontecer em Roma. O quanto antes, teremos o reconhecimento da canonização desse servo de Deus que teve uma vida inteiramente voltada para os pobres.

Nós temos outro santo que está em processo de canonização, Dom Vital, vigésimo bispo de Olinda. Porém, o Postulador da causa de Dom Vital, o padre monsenhor Assis da Arquidiocese de Natal, faleceu há alguns meses e o processo está em Roma um pouco parado. Então, eu pedi a equipe que está à frente do processo Frei Damião que também cuide do processo de Dom Vital que é capuchinho de modo que a Congregação Capuchinha tem interesse de colaborar nesse

processo de canonização’’.Frei Fernando Rossi, capuchinho que conviveu

com Frei Damião, recordou:‘‘Convivi com Frei Damião 50 anos. Eu conheci

Frei Damião quando era menino e ajudava na missa dele, na Itália, em 1928. Quando cheguei ao Brasil, no Convento da Penha, encontrei - me com ele que me reconheceu e disse que eu aprendesse o idioma para colaborar na missão’’.

Tribunal�Eclesiástico�da�Arquidiocese��

Frei�Francisco�com�Dom�Fernando�Saborido

Frei�Jociel�Gomes

Dom�Luis�Gonzaga�da�Silva�Pepeu

Frei�Fernando�Rossi

Page 11: Jornal Coração Eucarístico

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12�-�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�junho/2012 FRANCISCANISMO

Frei Salvio Romero, eremita capuchinho.

uitas pessoas, influenciadas geralmente por filmes, acham que São MFrancisco e Santa Clara, quando jovens, foram enamorados e apaixonados um pelo outro. Porém as fontes históricas não nos

autorizam a confirmar esta versão “romântica” da história dos dois santos de Assis. O que podemos afirmar sem equívocos é que houve entre ambos uma relação muito profunda de amizade e de cuidados mútuos.

De acordo com as fontes históricas que conhecemos, não há nenhuma evidência de que Santa Clara tenha mantido algum contato com São Francisco antes da conversão dele. Os primeiros encontros desses santos são motivados pelo desejo de total consagração a Deus que ambos traziam no coração. Não esqueçamos de que São Francisco era por volta de doze anos mais velho do que Santa Clara. Quando ele se despojou diante do bispo de Assis e se vestiu como eremita, Santa Clara era ainda uma menina de doze ou treze anos.

Vejamos o que nos informa a Legenda de Santa Clara sobre os primeiros contatos dela com São Francisco:

“Quando ouviu falar do então famoso Francisco que, como homem novo, renovava com novas virtudes o caminho da perfeição, tão apagado no mundo, quis logo vê-lo e ouvi-lo (...).

Ele, conhecendo a fama de tão agraciada donzela, não tinha menor desejo de ver e falar com ela (...). Ele a visitou, e ela o fez mais vezes ainda, moderando a frequência dos encontros para evitar que aquela busca divina fosse notada pelas pessoas e mal interpretada por boatos.

A moça saía de casa, levando uma só companheira, e frequentava os encontros secretos com o homem de Deus (...).

O Pai Francisco exortava-a a desprezar o mundo, mostrando com vivas expressões que a esperança do século é seca e sua aparência enganadora. (...)

Então, submeteu-se toda ao conselho de Francisco, tomando-o como condutor de seu caminho, depois de Deus.” (Legenda de Santa Clara 5-6).

Este foi o início de uma das mais belas e sinceras amizades. Mesmo não sendo frequentes os encontros, eles cultivavam um pelo outro um intenso amor fraternal. De fato, não podemos falar do pai São Francisco sem a sua “plantinha”, como Santa Clara gostava de se autodenominar. A grande luta desta mulher corajosa, que de frágil só teve a saúde, foi para defender diante das autoridades eclesiásticas o seu ideal de vida que não era outro a não ser o de São Francisco. Era justamente neste sentido que ela usava a expressão “sou plantinha do pai Francisco”.

Diante de tão santa e bela amizade, fica para nós um exemplo e uma motivação. Que nossas amizades sejam livres de todo apego egoísta, de todo interesse pervertido, e que só queiramos o verdadeiro bem da pessoa a quem amamos.

São Francisco e Santa Clara, ajudai-nos a cultivar o amor fraternal e a construir santas e belas amizades no Senhor.

Origem da amizade entre

Santa Clara e São Francisco

A EUCARISTIA NAS CONSTITUIÇÕES DA OFS

Frei�José�Soares,�OFMCap.

01. Ainda sob os efeitos salutares da Festa de Corpus Christi, lembramos que a Bíblia sagrada, do Antigo ao Novo Testamentos, está permeada, podemos dizer, do mistério da Eucaristia, como figura (cf. Gn 14,17-20; Ex 12,1-11; 16,13-16.31); como promessa (cf. Jo 6,35-58) e como realidade:- Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: ‘Tomai e comei, isto é meu corpo’. Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: ‘Bebei dele todos, porque isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos em remissão dos pecados (Mt 26,26-28; cf. Mc 14,22-24; Lc 22,19-20; 1Cor 11,23-26). Uma vida cristã, sobretudo franciscana, sem uma familiaridade constante com a santíssima Eucaristia, é empobrecida, é falha. O Concílio Vaticano II nos ensina: “Na última Ceia, na noite em que foi entregue, nosso Salvador instituiu o Sacrifício Eucarístico de seu Corpo e Sangue. Por ele, perpetua pelos séculos, até que volte, o Sacrifício da Cruz, confiando destarte à Igreja, sua dileta Esposa, o memorial de sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, banquete pascal, em que Cristo nos é comunicado em alimento, o espírito é repleto de graça e nos é dado o penhor da futura glória.” (SC 47).A celebração da Eucaristia comporta sempre: a proclamação da Palavra de Deus, a ação de graças a Deus Pai por todos os benefícios, sobretudo pelo dom do seu Filho, a consagração do pão e do vinho e a participação no banque litúrgico pela recepção do Corpo e do Sangue do Senhor. Esses elementos constituem um só e mesmo ato de culto.02. As Constituições da OFS assim nos falam a respeito da santíssima Eucaristia:Art. 14,2: A Eucaristia é o centro da vida da Igreja. Nela, Cristo nos une a si e entre nós como um único corpo. Por isso, seja a Eucaristia o centro da vida da Fraternidade; participem os irmãos da Eucaristia com a maior freqüência possível, lembrando do amor e do respeito de São Francisco que na Eucaristia viveu todos os mistérios da vida de Cristo;Art. 53,2: A Fraternidade reúna-se periodicamente como comunidade eclesial para celebrar a Eucaristia em clima que sublinhe o clima fraterno e caracterize a identidade da Família franciscana. Onde não for possível a celebração particular, participe-se na da comunidade eclesial mais abrangente.03. Na Carta a Toda a Ordem, nosso pai espiritual, São Francisco de Assis, externa toda a sua fé, todo o seu amor e todo o seu encanto diante da maravilha do amor de Deus, que é a santíssima Eucaristia, Igualmente São Boaventura, seu grande segundo biógrafo:- Pasme o homem todo, estremeça a terra inteira, rejubile o céu em altas vozes quando, sobre o altar, estiver nas mãos do sacerdote o Cristo, Filho de Deus vivo! Ó grandeza maravilhosa, ó admirável condescendência! Ó humildade sublime, ó humilde sublimidade! O Senhor do universo, Deus e Filho de Deus, se humilha a ponto de se esconder, para nosso bem, na modesta aparência do pão (7Ct 26-27).- Era levado por tão fervoroso afeto para com Cristo – mas também o Amado lhe retribuía tão íntimo amor – que parecia ao servo de Deus sentir diante dos olhos a contínua presença do próprio Salvador, como ele uma vez revelou de maneira familiar aos companheiros. – Abrasava-se com o fervor de todas as medulas para com o Sacramento do Corpo do Senhor, admirando com a máxima estupefação aquela amabilíssima dignidade e digníssima caridade. Comungava muitas vezes e tão devotamente que tornava os outros [também] devotos, enquanto que, ao saborear o Cordeiro imaculado, como que ébrio de espírito, o mais das vezes era arrebatado em êxtase (LM 9,2,3-5).

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Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�junho/2012�-�13ARTIGO

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José Ronildo da SilvaComunidade Católica Manain

estes tempos de Pentecostes, tempos Ndo Espírito Santo, creio que é oportuno continuarmos falando do

Espírito, pois Ele ainda continua sendo o “Deus desconhecido” para muitos cristãos. Alguns sempre chamaram a atenção que na Igreja durante muito tempo não se deu a ênfase necessária à ação do Espírito de Deus. Dá-se a impressão de que tudo é feito por nós mesmos, com nossas forças. Porém, especial-mente a partir do Concílio Vaticano II, houve uma redescoberta da Pessoa e da Obra do Espírito na vida dos fiéis. O surgimento da Renovação Carismática e também de outros movimentos não previstos pela hierarquia, mas agora reconhecidos como um sopro do Espírito Santo para a Igreja de hoje, são sinais do perene Pentecostes que deve ser vivido pela Igreja. Alguns estudiosos chegaram a reco-nhecer que a Renovação Carismática teve um papel fundamental neste despertar dentro da Igreja atualmente. O Papa Paulo VI escreveu em meados da década de 70: “Nós estamos vivendo um momento privilegiado do Espírito. Se procura, por toda a parte, conhecê-lo melhor, assim como foi revelado nas Escrituras”.

Todavia, ainda hoje necessitamos “redes-cobrir” a Pessoa do Espírito e sua Obra na vida de cada batizado, da Igreja e do mundo. Tudo o que acontece de bom, verdadeiramen-te bom, neste mundo, vem da ação do Espírito de Deus sobre a face da terra. Nós, católicos, temos consciência de que ninguém tem o monopólio do Espírito, pois Ele é como um vento que sopra onde quer e não sabemos de onde vem nem para onde vai (cf. João 3,8; Gênesis 1,1-2; Atos 2,1-2). Então, se o Espírito do Senhor age em toda em terra, e não somente em nós cristãos, mesmo ser reconhecido, como não deveria agir em nós

Redescobrindo o Espírito Santo

que temos consciência da sua presença e da sua ação! Os Padres da Igreja, escritores dos primeiros séculos do Cristianismo, diziam que a Igreja é o lugar onde floresce o Espírito. Como um jardim, plantado pelo próprio

Deus, a Igreja deve deixar-se fecundar pelo Espírito Santo e surgirão abundantes frutos para a salvação do mundo.

Cada batizado, cada católico, pode experimentar o poder, a unção do Espírito. Os santos da Igreja, como São Francisco de Sales, falam das moções do Espírito de Deus. Estas moções são inspirações que o Espírito nos dá para fazermos o bem a uma pessoa, pararmos um pouco e buscarmos a Deus na oração e na meditação da Palavra de Deus, irmos à Santa Missa ou à adoração eucarística, a força para pedir perdão e perdoar, a decisão firme por aquilo que é justo e certo, como tantas outras coisas. Estas moções vêm do Espírito, mas precisamos consentir nelas e agir como Ele nos inspira; caso contrário, elas ficarão sem fruto.

Peçamos constantemente a força do Espírito Santo. Ele virá sobre nós como veio sobre a Virgem Maria, Mãe de Deus (Lucas 1,35) e realizará em nós a obra de Deus. A Beata Helena Guerra, Apóstola do Espírito Santo, que viveu entre os séculos XIX e XX, e é considerada uma precursora da Renovação Carismática na Igreja Católica, costumava dizer que desejava que um dia a oração “Vinde, Espírito Santo” se tornasse tão comum nos lábios dos católicos como a Ave-Maria. Iniciemos um relacionamento pessoal, vivo e intenso com o Espírito do Senhor. Movidos por Ele, terminemos este artigo dizendo: “Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai, Senhor, o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra! Oremos: ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei com que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre de suas consola-ções. Por Cristo, Senhor nosso. Amém”.

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14-�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�junho/2012 ARTIGO

O princípio-misericórdia do Reino de Deus

Prof. Dr. Frei Luiz Vieira, OFMCap.

Jesus prega unicamente o Reino de Deus. Na sua pregação, Jesus revela claramente uma nova imagem de Deus quando o chama de Abbá (paizinho querido, ou um “pai-maternal” e uma “mãe-paternal” como traduziu Leonardo Boff). E este Deus age salvando os seres humanos com suas “entranhas” misericordiosas. No sermão da montanha, na versão de Mateus, herdarão o Reino aqueles que permitirem desenvolver em si mesmos a misericórdia do Pai: “Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia (Mt 5, 7). Com a capacidade de abertura ao crescimento pela graça divina, pode-se fazer crescer essa misericórdia nas “entranhas” das pessoas e das comunidades.

Jesus ainda afirma lapidarmente: “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordio-so” (Lc 6, 36). As três parábolas da misericórdia do Pai contadas por Jesus são a da “Ovelha perdida”, da “Dracma perdida” e do “Filho Pródigo” (Lc 15, 1-32). Estas três parábolas mostram dois esquemas teológicos sobre a ação salvadora de Deus. As duas primeiras além de revelarem uma imagem feminina de Deus-Pai, desvela o dinamismo salvador desse Deus-misericordioso. Ele sai de si mesmo e abaixa-se para levantar com seu poder-amor, poder-serviço, os pecadores decaídos bem como as vítimas das opressões históricas. Na parábola do filho pródigo, a compreensão do dinamismo salvador de Deus-misericordioso se dá através de outra forma de mediação, a partir da extrema alienação do ser humano, o qual se encontra na mais profunda miséria humana. A partir da mais profunda miséria de seus pecados, desperta no seu íntimo a saudade divina e por isso ele quer retornar por que dentro dele se encontra o “existencial sobrenatural” como nos fala Karl Rahner.

Neste esquema, o qual se pode chamar ascendente, o movimento é do homem para

Deus; todavia, há de se compreender por que o ser humano retorna a Deus. Aqui está claro: ele se lembra ao mergulhar dentro de si, mediante a reflexão de que na casa de seu pai há vida em plenitude (Jo 10,10). A realidade da existência alienada do ser humano o faz um ser de exílio e de saudade (Sl 138), motiva-o o retorno à realidade originária da casa paterna. Pode-se compreender esse voltar à casa paterna na perspectiva do despertar para o regaço do Deus-misericordioso. O Bom Pastor, segundo a parábola, busca incessantemente a ovelha perdida defendendo-a

dos lobos e dos ladrões, doando até a própria vida por elas, chegando ao ápice de amor oblativo, gratuito e livre, manifestando o eterno amor do Pai-misericordioso de Jesus (Jo 10, 1-18).

O Princípio-misericórdia, aqui na América Latina, desperta-se teologicamente com as ações libertadoras de Deus na história dos caídos pelas opressões dos exploradores. O Deus-misericordioso levanta os caídos pelas injustiças porque é solidário com o sofrimento alheio e com a dor dos empobreci-dos. Por isso, o documento de Puebla identifica sacramentalmente o rosto do Cristo

sofredor com os rostos de milhões de pessoas empobrecidas. Veja-se o texto: “feições de crianças, golpeadas pela pobreza ainda antes de nascer, impedidas que estão de realizar-se, por causa de deficiências mentais e corporais irreparáveis, que as acompanharão por toda a vida; crianças abandonadas e muitas vezes exploradas de nossas cidades, resultado da pobreza e da desorganização moral da família; feições de jovens, desorientados por não encontrarem seu lugar na sociedade e frustrados, sobretudo nas zonas rurais e urbanas marginalizadas, por falta de oportuni-dades de capacitação e de ocupação; feições de indígenas e, com freqüência, também de afro-americanos, que, vivendo segregados e em situações desumanas, podem ser conside-rados como os mais pobres dentre os pobres; feições de camponeses, que, como grupo social, vivem relegados em quase todo o nosso continente, sem terra, em situação de dependência interna e externa, submetidos a sistemas de comércio que os enganam e os exploram; feições de operários, com frequên-cia mal remunerados, que têm dificuldade de se organizar e defender os próprios direitos; feições de subempregados e desempregados, despedidos pelas duras exigências das crises econômicas e, muitas vezes, de modelos desenvolvimentistas que submetem os trabalhadores e suas famílias a frios cálculos econômicos; feições de marginalizados e amontoados das nossas cidades, sofrendo o duplo impacto da carência dos bens materiais e da ostentação da riqueza de outros setores sociais; feições de anciões cada dia mais numerosos, frequentemente postos à margem da sociedade do progresso, que prescinde das pessoas que não produzem” (Puebla, 31-39).

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Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�junho/2012�-�15ACONTECEU

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Diocese de Caruaru realizou na manhã Ada quinta-feira, dia 17 de maio, um encontro e café da manhã, de integração

entre a Igreja e os comunicadores, no Palácio Episcopal, antecipando a comemoração ao 46º Dia das Comunicações Sociais. Participaram e prestigiaram o café da manhã, profissionais da imprensa, jornalistas, radialistas, representantes de empresas de comunicação da cidade, além de integrantes e comunicadores da Pastoral de Comunicação das paróquias que compõe e Diocese de Caruaru.

Essa data sempre é comemorada, na solenidade da Ascensão do Senhor. Este ano o tema proposto pelo papa Bento XVI é “Silêncio e Palavra: caminho de evangelização”. É um apelo à reflexão do compromisso cristão e ético nas redes de Comunicação Social. A cada ano, se tem a possibilidade de aprofundar um tema, fazer uma reflexão sobre a cultura da comunicação social. A temática destaca o valor do silêncio diante da abundância de estímulos nas redes de comunicação. Diante do mundo de muito barulho, ruídos, às vezes, com muitos emissores e com poucos receptores, não é possível estabelecer comunicação plena com o outro. Há pouca interação de mensagens. Através do silêncio é possível escutar os outros, incentivar relacionamentos, compreender o outro, expressar atenção e respeito para com os outros e, sobretudo encontrar a si mesmo. Além disso, é importante fazer silêncio para ouvir Deus e comunicar-se com Ele.

Os convidados foram recebidos pelo Bispo Diocesano, Dom Bernardino Marchió, em sua residência, que na ocasião, proferiu uma palestra e coletiva de imprensa sobre a mensagem do Papa Bento XVI, sobre o dia das Comunicações. O bispo diocesano agradeceu a participação de todos os comunicadores e profissionais da imprensa que estiveram no encontro cuja finalidade também era de proporcionar um momento de descontração e confraternização. Agradeceu, ainda, por todas as iniciativas e

Café da manhã de integração entre Igreja e Comunicadores celebrou o 46º dia das Comunicações

atividades desenvolvidas pelos comunicadores e empresas de comunicação no que se refere a comunicação e divulgação da verdade e comprometimento pelo bem comum.

O Padre Bianchi Xavier, coordenador da Pastoral de Comunicação destacou que a oportunidade de reunir comunicadores dos variados segmentos da Igreja é motivo de alegria para toda a Igreja. Definiu as atividades da Pastoral de Comunicação e destacou a importância da Comunicação na ação

evangelizadora.Hélio Pessoa, Assessor de Assuntos

Institucionais da Diocese de Caruaru ressaltou a importância da parceria entre Igreja e meios de comunicação e a seguir possibilitou a partilha de experiências e das atividades desenvolvidas pelos comunicares presentes.

Encerrou-se o evento com o momento de partilha entre os profissionais, quando puderam saborear um delicioso café da manhã e trocar informações sobre o tema proposto pelo Papa.

Dom�Dino�e�Pe.�Bianchi

Equipe�PASCOM Edinho�Moreira

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16�-�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�junho/2012 NOTÍCIAS

CNBB

ezenas de fiéis da Paróquia do DConvento, no dia 13 de maio, se uniram em procissão luminosa para

homenagear Nossa Senhora de Fátima. Com cantos, orações e velas em punhos, os devotos de Nossa Senhora caminharam da Igreja de Santa Clara em direção a Matriz. A abertura e encerramento do mês mariano aconteceram em clima festivo reunindo os paroquianos que, diariamente, recitavam o terço na Igreja do Convento.

O mês é dedicado à Maria, porque em 13 de maio de 1917, em Fátima, uma pequena cidade de Portugal, três crianças começaram a ter visões da mãe de Jesus, que a partir de então passou a ser chamada, também, de Nossa Senhora de Fátima.

Após a procissão aconteceu a celebração eucarística, na qual as mães presentes foram homenageadas, uma vez que se celebrava o dia das mães. Através das mães, Maria, mãe de Jesus, também recebeu homenagens.

Procissão Luminosa e Homenagem a Nossa Senhora de Fátima.

“No dia que celebramos o dia das mães nada mais justo que prestar também nossa gratidão à mãe de Jesus e nossa mãe, principal-mente neste dia, em que festejamos Nossa Senhora de Fátima”, elencou Maria Lene.

Celebrando a devoção à Maria, mãe de Jesus, os fieis cantavam: “A treze de maio na cova da iria. No céu aparece a Virgem Maria. Ave, ave, ave Maria. Há três pastorinhos cercada de luz. Visita a Maria, mãe de Jesus.Ave, ave, ave Maria.A mãe vem pedir constante oração.Pois só de Jesus nos vem a salvação. Ave, ave, ave Maria.Da agreste azinheira a Virgem falou.E aos três a senhora tranquilos deixou. Ave, ave Maria. Então da Senhora o nome indagaram. Do céu a mãe terna bem claro escutaram.Ave, ave, ave Maria.Ave, ave, ave Maria. Se o mundo quiserdes da guerra livrar. Fazei penitência da guerra o findar.Ave, ave, ave Maria. Com estes cuidados a mãe amorosa. Do céu vem os filhos salvar carinhosa.Ave, ave, ave Maria”

O mês de maio, ou mês de Maria como é conhecido, é sempre marcado em nossa comunidade pela união e solidariedade dos moradores que em todas as noites se reúnem para a oração do terço.

O primeiro terço foi rezado na igreja de Nossa Senhora das Graças na Normandia, depois a imagem peregrina de Nossa Senhora passou pelas casas da Normandia e Contendas.

A imagem peregrina foi primeiro para o assentamento Normandia, onde passou por varias casas. Todas as noites as famílias se reuniram para louvar e agradecer a Maria pelo seu sim a Deus, fazendo-se serva do Senhor trazendo ao mundo o Salvador, Jesus.

Depois a imagem peregrina seguiu para Contendas onde muitas famílias a receberam com fervor, acolhendo a comunidade para as noites de louvores à bem aventurada Virgem Maria.

Uma dessas famílias foi a de dona Josefa Soares mãe de sete filhos que, a vinte e dois anos, mora no Sítio Contendas e todos os anos ela reuni a família e acolhe toda a comunidade para rezar o terço. “Me sinto muito feliz em receber em minha casa o terço e toda a comunidade”, diz dona Josefa com alegria.

No último dia de maio uma procissão com a imagem de Nossa Senhora seguiu para a igreja na Normandia onde aconteceu o último terço.

Mês Mariano

na Comunidade

da Normandia

Texto�de�Valmir�Jacinto�Fotos�de�Jeferson�Pereira�e��Maria�do�Carmo�

[email protected]

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Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�junho/2012-�17PRONEB

capacidade de resistência frente as mudanças sociais e de Amentalidades pelas quais ele passou ao longo dos seus 60 e mais anos de peregrinação missionária pelo NE afora, sempre me

impressionou. Frei Damião ultrapassou com o mesmo fervor e empenho missionário a primeira e a segunda Guerra Mundial, as grandes discussões pré-conciliares, o próprio concílio Vaticano II e a ditadura militar aqui no Brasil.

As comemorações dos 15 anos de morte, no último dia 27 de maio, no Convento de São Félix de Cantalice em Recife-PE são provas de que a capacidade de superação de tempos e mentalidades continuam nas expectativas do povo e os Capuchinhos estão comprometidos e dispostos a continuar a missão iniciada por Frei Damião.

Mesmo assim sempre me questionei sobre a continuidade da missão de Frei Damião, ele sempre esteve sozinho nos seus primeiros 10 anos e nos últimos 50 anos de vida missionária acompanhado unicamente de Frei Fernando Rossi, o grande companheiro. Então como haveria de ter continuidade e de dar certo uma obra que parecia pertencer unicamente a ele? Hoje não mais compreendo assim, a missão de Frei Damião nunca foi dele, mas de Deus e só Deus e quem está com Deus resiste a qualquer mudança. Aos poucos fui entendendo essa verdade, lembro-me que certa vez numa missão na cidade de São João-PE ele deveria receber o título de cidadão sãojoanense e quando o avisei de que deveria fazer um discurso, ele disse – “É pra falar de Deus, todos devem saber de Deus”.

Aos poucos fui entendendo o sentido da missão de Frei Damião. Ele colocava Deus, o sentido de Deus em todas as instâncias da vida: na família, na política, nas obras sociais e religiosas. Quantas vezes não ouvimos comentários de que nos seus sermões usava de palavras duras contra a exploração dos trabalhadores e dos pobres em geral, falava pra todas as classes, normalmente encontravam-se também na multidão os políticos e comerciantes. Frequentemente diz-se que ele era retrógrado, fora de época e por isso tinha um sermão rigoroso, ora, quando ele dizia pra não matar é porque ele sabia da existência de homens maus que matam e na Bíblia é mandamento de Deus “não matar”. Quando falava contra os amancebados estava entendo ele que isso era infidelidade e a Bíblia diz que “Deus é fiel” e quer que todos sejam como Ele. Frei Damião sabia que existem cachoeiras de ladrões e batia forte contra o roubo e a Bíblia traz como mandamento de Deus “não roubar”. Quem é mais antigo os ensinamentos da Bíblia ou os ensinamentos de Frei Damião? Ele foi um homem de Deus e por isso mesmo os pobres, preferidos de Deus, sempre entenderam suas palavras.

Tantas obras já vimos nascer e não ter continuidade, até mesmo obras de homens que se diziam de Deus: escolas, abrigos, casas e projetos os mais diversos, desmoronaram. Frei Damião não prometeu nem construiu pessoalmente nada, nem casas, nem escolas, nem igrejas, nem açudes ou

Frei Damião 114 anos no meio de nósbarragens, porém colocou Deus em milhares e milhares de casas, deixando famílias inteiras felizes, abençoadas com a sua chegada e dizendo: “foi Deus que entrou em minha casa”; colocou Deus em todas as escolas como fundamento de todo saber; não conheço Igreja nenhuma fundada por Frei Damião, ele sempre quis colocar todos os homens e mulheres na Igreja. Aí encontrava-se Deus em sua Palavra de vida eterna e foi na igreja que ele plantou a semente da Palavra durante toda sua vida e a igreja foi a sua obra prima. Nunca construiu um açude ou barragem, mas sempre ensinou que é Deus quem enche todos os mananciais com a água da vida. Embora Frei Damião nunca tenha construído uma estrada sempre entendeu e ensinou que Jesus é o Caminho que leva ao Pai.

Portanto, irmãos e amigos, Frei Damião construiu as bases da sua missão em Deus, cabe a nós a Missão de continuar a obra de Jesus Cristo.

Frei Francisco Barreto, OFMCap.Ministro Províncial

Mensagem da Senhora Presidenta da República por ocasião dos 15 anos da morte de frei Damião e encerramento do processo de

beatificação e canonização – fase diocesana.Brasília, 27 de maio de 2012.

Congratulo-me com os católicos brasileiros por este importante passo no processo de beatificação e canonização do nosso querido frei Damião que, embora filho de camponeses italianos, adotou o Brasil e, principalmente, o nordeste como lar.

Excepcional missionário da fé, nos 66 anos em que morou no convento dos capuchinhos, em Recife, nosso frei arrastou verdadeiras multidões para as santas missas que realizava por todas as cidades nordestinas. Especialmente os moradores do sertão dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Ceará e Piauí, regiões que escolheu para disseminar fé.

Frei Damião era um grande comunicador das multidões e conquistou principalmente a simpatia dos mais pobres. Nem o sotaque carregado nem a voz rouca impediam a sua aproximação com o povo das cidades por onde passava. Quinze anos após sua morte, seu exemplo religioso permanece intenso entre os fiéis e começa a ser reconhecido, para nossa alegria, com o processo de beatificação e canonização, iniciado em 2002 pelo Vaticano.

Celebremos a memória de frei Damião, exemplo de solidariedade, dedicação e devoção ao próximo que muito dignifica todos os católicos brasileiros.

Dilma RousseffPresidenta da República Federativa do Brasil

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18-�Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�junho/2012 ACONTECEU

o domingo, 13 de maio, Dia das NMães, às 9h, aconteceu a Missa em homenagem as Mães. Muitas

mães participaram da emocionante celebração, rendendo graças pelo dom de ser mãe e filhos e filhas louvando a Deus por suas mães. Todas as Comunidades da Paróquia do Convento também prestaram homenagem às mães.

A comemoração do dia das Mães nos remete ao amor de Deus por cada um de nós. O amor de mãe é o amor que mais se aproxima do amor de Deus. Não busca interesse apenas ama. As mães geralmente dedicam a maior parte de seu tempo para com seus filhos. Palavras, gestos, atitudes, sentimentos e também silêncio são as ferramentas que geralmente as mães utilizam para educar seus filhos para que sejam livres. Frei Sonival expressou que há um tempo de proteção, carinho em que os filhos guiados por suas mães descobrem os valores cristãos com os quais devem guiar suas vidas e as mães possuem parcela de contribuição nesse momento, por que é no seio da família que os filhos realizam experiências que muitas vezes ficam marcadas em seu coração.

A Pastoral do Dízimo e a Pastoral da Criança prestaram homenagem às mães com o título: “Ser mãe é presente de Deus” e distribuíram rosas ás mães. A seguir, Dedé (Josefa Patrício) cantou uma música, emocionando as mães presentes.

Frei Sonival, no final da celebração eucarística destacou: ‘‘Há um tempo em que as mães se gastam por amor a seus filhos. Em outro tempo, as mães ficam frágeis, idosas, nesse momento é a vez dos filhos doarem tempo, amar e cuidar das mães da mesma forma que elas cuidaram dos filhos. Que os filhos não

Celebração dia das Mãesesqueçam e cuidem de suas mães na velhice”.

Confira depoimentos de algumas mães que participaram da celebração eucarística em homenagem as mães, no Convento:

“Ser mãe é padecer no paraíso. É uma benção de Deus, é única a experiência de reunir toda a família e dizer a Deus muito obrigado por ter me feito mãe. Não há como descrever tal presente que Deus concede a uma mulher. Agradeço a Deus pela mãe que tenho e pela mãe que sou. Ser mãe é sinônimo de amor, doação e vida”, relatou Maria José Alves.

“Para ser mãe é preciso ter muita paciência. Quando o filho é pequeno são muitos os cuidados, mas quando cresce é preciso ter ainda mais paciência. A mãe está sempre pronta para cuidar e proteger seus filhos. Não importa a idade de cada filho. Sempre é filho e a preocupação sempre é a mesma. Depois, chegam os netos que são filhos duas vezes. Ser mãe é um presente que Deus dá às mulheres”, expressou Elizete Melo de 77 anos.

“Não há como comparar a alegria de ser mãe. É um compromisso para o resto da vida. O desafio é ser cada vez mais parecida com Maria, a mãe de Jesus. É oportunidade para amar, cuidar e ser solidária com aqueles que Deus coloca em nosso caminho”, mencionou Ana Rita.

“ Celebrando o dia das mães vamos rezar pelas pessoas que não têm mais suas mães e pelas pessoas que não conhe-ceram suas mães para que Deus conforte essas pessoas. Rezar também pelos filhos que não cuidam de suas mães. Existem muitas mães abandonadas pelos filhos. Deus de todas as mães do mundo”, enfatizou Patrícia da Silva.

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Jornal�Coração�Eucarístico�-�1º�de�junho/2012�-�19SAÚDE

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Cuidados para garantir a saúde ocular do bebê Seu filho, ou alguma criança da comunidade,

enxerga bem? Você sabe como observar se ele tem algum problema de visão? A saúde dos olhos deve ser observada desde o nascimento para que qualquer problema possa ser tratado o mais cedo possível. Além disso, não podemos esquecer da prevenção, que é fundamental em alguns distúrbios de visão.

Muitas crianças apresentam distúrbios de visão, o que pode afetar o convívio social e trazer problemas no aprendizado. Por isso, é importante que pais e professores saibam identificar esses problemas de visão para fazer o encaminhamento a um profissional de saúde que cuida disso.

É muito importante cuidar da visão desde a gestação. Hoje, existem mais de 40 milhões de pessoas cegas no mundo e pelo menos metade delas poderia estar enxergando se houvesse tido a prevenção no pré-natal. Assim, na gestação, o cuidado mais importante é seguir corretamente o pré-natal, evitando, ou pelo menos amenizando, problemas da mãe e do filho que vai nascer. Isto porque doenças como a rubéola e toxoplasmose, que podem afetar as mães nos três primeiros meses de gravidez, podem causar problemas de visão na criança. Os exames feitos no pré-natal ajudam a descobrir outras doenças que também podem levar à problemas de visão, como as doenças sexualmente transmissíveis.

As conjutivites podem aparecer nos primeiros dias de vida do bebê, devem ser examinadas pelo médico, para que o tratamento seja correto. E lembre-se: deve ser levada com urgência ao posto de saúde toda criança que apresentar, ao nascer, mancha branca na menina dos olhos, muito lacrimejamento, olhos muito grandes, olhos que balançam muito de um lado para o outro, ou crianças que não suportam a claridade.

SAIBA MAIS: A prevenção das doenças oculares começa na gestação do bebê, leia sobre isso em:wiki.pastoraldacrianca.org.br/maisjpc186ESCUTE MAIS: A Pastoral da Criança tem um programa de rádio sobre esse assunto. Escute t a m b é m n o s e u c o m p u t a d o r wiki.pastoraldacrianca.org.br/maisjpc186

As lesões oculares oriundas de acidentes por fogos de artifício são relativamente comuns em períodos festivos, como eventos folclóricos, Copa do Mundo, Olimpíadas, entre outros. Aqui em nossa região é muito comum o ato de soltar fogos no período das festas juninas. Então o risco de acidentes aumenta muito durante estas festividades.

Estes acidentes com fogos podem causar lesões oculares da mais variada complexidade desde uma leve queimadura até uma catarata traumática ou mesmo uma avulsão do globo ocular, levando por vezes a uma baixa de visão permanente, cegueira e até mesmo a perda do globo ocular.

Catarata traumátiaca Queimadura ocular A melhor forma para evitar tais conseqüências aos olhos é a prevenção, ou seja, não soltar

fogos, ou então, deixar essa tarefa para profissionais especializados. Nunca deixar crianças menores usar fogos, nunca aproximar a face dos fogos na hora de acendê-los, nunca se deve colocar fogos dentro de latas ou sob tijolos ou pedras, pois com a explosão os estilhaços podem atingí-lo mesmo estando distante.

Na ocorrência de um acidente com fogos de artifício com o acometimento ocular, deve-se lavar os olhos com água limpa em abundância o mais breve possível, a única exceção é em casos de perfuração ocular, onde se deve encaminhar de imediato ao socorro especializado. É importante não comprimir o globo até a avaliação da extensão da lesão pelo oftalmologista.

Apenas o médico oftalmologista pode fazer uso de colírio anestésico para o alívio da dor, após o exame minucioso do olho acometido, pois o uso inadvertido, sem prescrição pode piorar ainda mais o quadro.

Após qualquer acidente envolvendo os olhos deve-se procurar uma urgência oftalmológica o mais rápido possível para que o tratamento adequado seja instituído. Aqui na nossa região não dispomos de nenhum serviço que disponha de emergência oftalmológica 24h. Daí a grande dificuldade dos pacientes em receberem o tratamento adequado e rápido, pois quanto mais demorado o início dos cuidados, maior as chances de lesões irreversíveis.

Fonte: Jornal Pastoral da Criança, nº186, maio 2012

Dr.�Wedson�DiasOftalmologia�Geral�����

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