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Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais Alto Risco Maio de 2019 1 Jornal da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais Instituição de Utilidade Pública Diretor: Filomena Barros Nº.212 - ano 21 Maio de 2019 Publicação Mensal Preço: €0,50 (iva incluído) Alt Risco Em luta pela aposentação Em luta pela aposentação E rejeitam reforma aos 60 anos E rejeitam reforma aos 60 anos Bombeiros querem ser tratados como forças de segurança Bombeiros querem ser tratados como forças de segurança

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Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros ProfissionaisAlto RiscoMaio de 2019 1

Jornal da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais Instituição de Utilidade Pública

Diretor: Filomena Barros Nº.212 - ano 21 Maio de 2019 Publicação Mensal Preço: €0,50 (iva incluído)

Alt RiscoEm luta pela aposentaçãoEm luta pela aposentação

E rejeitam reforma aos 60 anosE rejeitam reforma aos 60 anos

Bombeiros querem ser tratados como forças de segurança

Bombeiros querem ser tratados como forças de segurança

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Duas patrulhas de fuzileiros reforçaram as equipas de vigia e patrulhamento entre os dias 12 e 14 de maio, em três distritos com aviso amarelo devido às tempe-raturas elevadas.

O Exército recebeu no dia 21 de maio, 21 viaturas destinadas às missões de vigilância e patrulha-mento, no âmbito do empenha-mento do Exército nas ações de prevenção dos fogos rurais.

O secretário de Estado da Pro-teção Civil, José Artur Neves, garantiu no dia 30 de maio, no parlamento, que o sistema de co-municações de emergência SIRE-SP funciona e é eficaz, sendo uma rede “robusta, segura e capaz”.

O ministro da agricultura defen-deu a aplicação de sanções aos municípios sem plano de defesa da floresta atualizado (jornal CM 6 de maio). A medida prevê pre-venir situações como as corridas em 2017.

Portugal está entre os países eu-ropeus que gasta menos dinheiro para financiar os bombeiros. De acordo com dados do Eurostat di-vulgados em Maio, Portugal está na 3ª posição a contar do fim do ranking de gastos em percenta-gem do PIB.

editorial

ficha técnica Alto RiscoJornal da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais

Instituição de Utilidade Pública cupão de assinatura

DiretorFilomena Barros

Diretor-AdjuntoSérgio Rui Carvalho

RedaçãoCátia GodinhoPaulo Parracho

FotografiaGab. Audiovisual ANBP

GrafismoJoão B. Gonçalves

PaginaçãoJoão B. Gonçalves

PublicidadeGabinete de Comunicação

ImpressãoGráfica Funchalense

PropriedadeAssociação Nacional de Bombeiros ProfissionaisAv. D. Carlos I, 89, r/c 1200 LisboaTel.: 21 394 20 80

Tiragem25 000 exemplares

registo n.º 117 011Dep. Legal n.º 68 848/93

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Código Postal:Profissão:Telefone: Tlm.: Email:

Assinatura Anual do Jornal Alto Risco: 8 euros | Despesas de envio: 2 euros | Total: 10 eurosEnviar Cheque ou Vale de Correio para:Associação Nacional de Bombeiros Profissionais - Av. Dom Carlos I, 89, r/c - 1200 Lisboa

Consulte o nosso site em www.anbp.pt e o

nosso Facebook

Este jornal está escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

Foto

AN

BP

Por Fernando Curto, Presidente da ANBP

Menos

Mais

Posto de Vigia

Bombeiros Profissionais nunca baixarão os braços!

Vieram de todos os pontos do Conti-nente e ilhas da Madeira e dos Açores para lu-tar pela sua pro-

fissão, pela farda que envergam para a desempenhar dia após dia. No dia 22 de maio, os bom-beiros profissionais mostraram, mais uma vez, que estão deci-didos a lutar pela dignificação da sua carreira, a lutar pelo seu estatuto profissional e a lutar por uma aposentação digna.

Os bombeiros mostraram, mais uma vez, que não arre-dam pé das suas convicções nem dos seus direitos.

Os bombeiros mostraram, mais uma vez, que não aceitam que apenas sejam recordados quando são necessários para intervir nos incêndios de verão ou então quando morrem!

Os bombeiros mostraram, mais uma vez, que estão preo-cupados com a população com quem assumiram o compro-misso de salvaguardar e salvar em situações limite!

Os bombeiros quiseram mostrar ao Governo que que-rem ser considerados profissão

de risco e de desgaste rápido, que salvaguarde a especifi-cidade de missão. E porquê? Porque têm que estar a 100 por cento para responder a 100 por cento A TODAS AS OCORRÊN-CIAS, sem limitações físicas ou psicológicas!

Os bombeiros não se ver-gam a agendas políticas nem se contentam com meias de-cisões! A aprovação, em Con-selho de Ministros, do Estatuto Profissional dos Bombeiros foi um passo importante e cora-joso do Governo, mas peca por incompleto. O diploma da aposentação revela falta de sensibilidade e de conheci-mento do que é a atividade do bombeiro!

A manifestação pretendeu mostrar um cartão amarelo ao Governo. Um primeiro alerta de que estão dispostos a tudo para manterem a dignidade na prestação de socorro às popula-ções, com segurança e sentido de missão.

Exige-se tanto aos bom-beiros em matéria de formação e especialização!

Esta é a hora de reconhecer a sua excelência!

sindicato

Por Sérgio Rui Carvalho, Presidente do SNBP

A família ANBP/SNBP unida na luta pelos bombeiros profissionais!

Mais uma vez, a grande famí-lia de ANBP/SNBP esteve unida na luta.

O dia 22 de Maio de 2019 fica no nosso registo. Mais uma vez, tentámos, fomos à luta, vindos de todo o nosso Por-tugal. Marcámos presença. Milhares de quilómetros de norte a sul do país (conti-nente), arquipélagos da Ma-deira e dos Açores.

Todos os presentes esti-veram cá com a responsabili-dade de lutar por milhares de bombeiros que não puderam cá estar ou que, por opção, não quiseram participar. Mas as lutas e as vidas são feitas de pequenos passos que nos fazem chegar longe.

ANBP/SNBP vão con-tinuar com o seu projeto,

rumo ao futuro, e na defesa dos bombeiros profissionais. Como estruturas associativas e sindicais independentes vamos sempre agir quando estiver em causa o interesse dos bombeiros e não foram questões como eleições no fim- de- semana e autos judi-ciais por parte da polícia que impediram a realização desta grande jornada de luta.

Estamos aqui sempre para defender os mais fracos e quem precisa de ajuda. É a nossa pluralidade que nos faz fortes e imbatíveis. Tudo foi feito para tentar evitar esta manifestação tão perto das eleições, mas nós não per-tencemos a nenhuma intersin-dical nem a nenhum partido.

Nós somos bombeiros, pertencemos aos bombeiros. Como dirigentes sindicais te-

mos de continuar a engran-decer a nossa instituição e estamos a crescer cada vez mais. Como instituição independente não temos nenhuma máquina por detrás a apoiar, como muitas outras entidades, mas não vai ser isso que nos vai fazer parar. Somos o único sindicato e associação de classe nacio-nais, e que apenas com um dirigente a tempo inteiro, con-segue atingir um patamar tão elevado.

Isto demonstra que todos os dirigentes nacionais, regio-nais e locais de ANBP/SNBP dão muito do seu tempo por esta grande família e só assim conseguimos atingir os nossos objetivos. Tentámos e lutámos por uma família e é isso que temos sempre de ter presente. Nos bons e nos maus momen-tos, somos uma grande famí-lia é isso que nos faz fortes e grande. A vitória de um é a vitória de todos; a derrota de um, é a derrota de todos.

Ao fim de 28 anos de existência sente -se o espirito da nossa grande família. Ao meu grande chefe Principal aposentado do RSB José Ro-drigues, com 89 anos, que liderou a nossa manifesta-ção, o meu e o nosso muito obrigado.

São HOMENS assim que a nossa ANBP/SNBP precisam e é esse legado que todos temos que defender e manter. ANBP/SNBP somos todos e é bom ter um projeto, um rumo, e um grande objetivo para todos os bombeiros. Uma carreira, um salário e uma aposentação digna para todos.

Todos os bombeiros têm família, todos merecem res-peito. ANBP/SNBP agradece a todos e mantem o seu com-promisso de lutar até ao fim e a garantia de que não nos vamos ajoelhar. Em primeiro lugar e sempre… os bom-beiros!

CONVOCATÓRIA DA ANBPAo abrigo dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral da ANBP -

Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais, a realizar no

dia 28 de Junho de 2019, pelas 9H30 na sede nacional da ANBP,

sita na Av. D. Carlos I, nº89, R/Ch., 1200-647 Lisboa,

com a seguinte

ORDEM DE TRABALHOS1. Apresentação e aprovação do

Relatório de Contas do ano de 2018

2. Outros.

Se à hora marcada, não estiverem presentes o número legal de

associados, realizar-se-á a mesma Assembleia, meia hora depois,

com qualquer número.

Lisboa, 28 de Maio de 2019

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Assinatura ilegível

CONVOCATÓRIA DA SNBPAo abrigo dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral do SNBP -

Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais, a realizar no dia

28 de Junho de 2019, pelas 11H30 na sede nacional do SNBP, sita

na Av. D. Carlos I, nº89, R/Ch., 1200-647 Lisboa,

com a seguinte

ORDEM DE TRABALHOS

1. Apresentação e aprovação do Relatório

de Contas do ano de 2018

2. Outros.

Se à hora marcada, não estiverem presentes o número legal de

associados, realizar-se-á a mesma Assembleia, meia hora depois,

com qualquer número.

Lisboa, 28 de Maio de 2019

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Assinatura ilegível

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Bombeiros profissionais saem à rua contra a reforma aos 60 anos

Foi com cartazes na mão e apitos ruidosos que mais de duzen-tos bombeiros participaram na manifestação no

dia 22 de maio, organizada pela Associação Nacional de Bombeiros Profissionais e pelo Sindicato Nacional de Bom-beiros Profissionais. O protes-to iniciou-se no Largo Vitorino Damásio e estendeu-se até à Assembleia da República.

A acompanhar a mani-festação, bombeiros em ca-deira de rodas, um caixão e um padre tentavam chamar a atenção da população para o que estava em causa: o decre-to-lei aprovado a 9 de maio, na generalidade e que, se-gundo os bombeiros, comete uma “injustiça” em relação à aposentação.

Os bombeiros não aceitam a proposta do governo que prevê a reforma depois dos

60 anos, porque consideram que não conseguem garantir a sua segurança e o socorro adequado.

Fernando Curto, presi-dente da ANBP, reconhece que, nas decisões do governo houve uma nota positiva e outra negativa.

“Criou o Estatuto (profis-sional) de bombeiros depois de 17 anos, o que é positivo; mas no que diz respeito à aposentação, nós não con-cordamos. A situação de um bombeiro com 50, 55 e 60 anos a prestar socorro na pri-meira intervenção, é insusten-tável, e como tal, entendemos deve manter aos 50 anos ou, ao aumentar para os 55 anos, era importante que houvesse uma pré-reforma. Estou a fa-lar nos bombeiros de linha, da primeira intervenção”, escla-receu.

Apesar da contestação dizer respeito à aposentação, foi notória a adesão de bombeiros

José Feliciano, bombeiro profissional dos Bombeiros Voluntários de Madalena do Pico, juntou-se a esta mani-festação, tal como outros bombeiros profissionais vin-dos de outras associações hu-manitárias de bombeiros vo-luntários dos Açores.

“É injusto que as forças de segurança tenham uma idade de reforma inferior a nós”, lamenta, defendendo que a idade da reforma para os bombeiros deve equiparar-se à das forças de segurança. Questionado sobre a sua pre-sença neste protesto, José Feliciano admitiu que tudo o que for aprovado no conti-nente, nesta matéria, deverá

de todas as faixas etárias.Ricardo Barreto, bombeiro

no Regimento Sapadores Bom-beiros de Lisboa, considera que “quem está na 1ª intervenção vai sentir as lesões inerentes a esta profissão. Por isso não en-tendemos porque querem pro-longar a nossa efetividade ao nível da 1ª intervenção”.

Também Nino Taveira, do RSB, lembra que os bom-beiros “aos 60 anos não temos a frescura e desenvoltura físi-ca para transportarmos todo o equipamento”.

“Estamos a falar de uma profissão de alto risco, que se quer de desgaste rápido”, reforçou Rúben Reis, também bombeiro do RSB, e coordena-dor do Secretariado Regional de Lisboa de ANBP/SNBP.

O protesto dos bombeiros profissionais do Continente contou com a solidariedade dos bombeiros profissionais dos arquipélagos da Madeira e dos Açores.

ser aplicado nos Açores.Os Bombeiros Sapadores

do Funchal e os municipais de Santa Cruz estiveram também nesta manifestação. Apesar de reconhecerem que o Esta-tuto Profissional os beneficiou em relação à passagem de municipais a sapadores- com reflexo não apenas na desig-nação, mas ao nível de car-reira e de índice salarial-, não concordam com a idade da re-forma proposta pelo governo.

O protesto terminou na As-sembleia da República, perto de uma hora depois de ter começado, com a entrega de um documento por parte da di-reção nacional de ANBP/SNBP na Assembleia da República.

manifestação

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O que vos traz a esta mani-festação?

O que nos traz é fazer ver ao governo que a proposta que foi aprovada em conselho de mi-nistros no que diz respeito às re-formas não se compadece com aquilo que é o desempenho da

O que vos trouxe a esta manifestação?

Veio um autocarro completo com pessoal de Braga, Viana do Castelo e de Gaia e do Batalhão, Viemos em forma de protesto porque não concordamos com o governo com esta idade da refor-

De que forma é que se revê nestas reivindicações?

A sociedade e principal-mente os governantes têm que perceber que a nossa profissão é uma profissão de risco e que acarreta mais do que um es-forço mais do que outras pro-

nossa profissão no futuro. Não se admite que um bombeiro com 60 anos, a desempenhar funções operacionais, tenha condições físicas para prestar o socorro adequado, que a popu-lação merece. Pode por em risco a população e o bem- estar dos bombeiros. Estamos a tentar ne-gociar de forma a reverter esta situação. Achamos que 60 anos é muito tempo para que um bombeiro possa entrar na idade da reforma. Viemos cerca de 30 bombeiros mostrar a nossa in-dignação.

Quantos bombeiros estão a aguardar pela reforma, neste momento, na Companhia Bom-beiros Sapadores de Setúbal?

No nosso efetivo, temos 15 elementos a aguardar que o di-ploma saia.

ma. Com 61 anos não nos vemos com capacidade física para ir ao um quinto ou sexto andar para trazermos um doente.

De que forma é que esta de-cisão afeta os bombeiros?

Neste momento em Braga temos 18 elementos com prolon-gamento da idade da reforma. Ou seja, chegaram à idade da reforma mas devido aos cortes do governo têm que prolongar porque não têm capacidade para sobreviver cá fora.

E essas pessoas têm capaci-dade para socorrer?

A nível mental, sim, mas físi-co não. Com 60 anos não temos a capacidade que temos aos 25 e 30 anos.

fissões para nós podermos sal-var outras pessoas. Não é com a proposta atual, e muitos de nós já com 40 anos de serviço, que vamos conseguir prestar um socorro eficaz.

Quanto ao estatuto profis-sional, que mais- valias vos traz?

O que ainda acontece agora, uma vez que não foi nada pub-licado em Diário da República, é que somos um corpo de bom-beiros sapadores mas a nossa carreira é de municipais. Há uma desigualdade salarial que vem de há muitos anos. E como nós sabemos, quando há trab-alhos iguais tem que haver sa-lários iguais. E mesmo sendo reposta esta injustiça, já vem muito tarde, mas nós ficamos satisfeitos, caso acontece. É pre-ciso ressalvar que isso ainda não saiu em Diário da República.

O que os traz aqui a esta manifestação?

Viemos dez bombeiros da Madeira. Nunca podemos ir aos 60 anos na idade da reforma. Isso é impensável. Queremos também reconhecer esta como profissão de risco, o que neste momento não é. E é por isso que hoje esta-mos aqui em colaboração com os bombeiros do Continente.

Que consequências pode ter esta intenção do governo

O que vos trouxe cá?Gaia veio cá pela pasta

da aposentação. Sabemos que 66 (idade de reforma) não está fechado e que é um processo que pode ser nego-ciado a qualquer momento. A aposentação não se enquadra com as funções que desem-penhamos. Entendemos que a idade correta para a apo-sentação seroam os 55 anos para a reserva e ficávamos a aguardar até aos 60 anos. Isto

de querer aumentar a vossa idade de reforma?

Isso não faz qualquer sentido. Temos que ter sem-pre uma aptidão física acima do normal. Basta os nossos equipamentos, matérias de proteção individual e a forma rápida de agirmos, isso só se consegue quando jovem. Uma pessoa com 50 anos já não pode fazer o socorro como os de 20 são capazes de fazer. O desgaste físico é

de que nos 60 anos o governo está a dar uma bonificação de 5 anos é uma falsa questão. Porque eles limitam à data da reforma. Se a reforma for aumentada, também nos au-menta a idade de trabalho. Por ai defendemos que os 55 anos e uma das melhores pro-postas para nós. No limite.

De que forma esta decisão afeta a vida do vosso corpo de bombeiros?

muito grande. É a capacidade de socorro que está em causa.

Que vantagem traz para os bombeiros da Madeira o novo estatuto aprovado em Conse-lho de Ministros?

É uma forma de equipa-ração aos bombeiros sapa-dores do Continente, o que não existe a Madeira. Para nós, é muito bom. Clarifica o pessoal até na questão da admissão à carreira. Todos os bombeiros sapadores têm que ter entre os 18 e os 25 anos de idade e o 12º ano de es-colaridade. Isto não acontecia com os bombeiros munici-pais. Bastava o 9º ano. É uma questão de exigir, a quem en-tra, ter algum perfil e alguma formação.

Para nós, a questão remu-neratória é também muito im-portante. É o reconhecimen-to do trabalho desta classe, porque a formação é igual, os vencimentos passarão a ser iguais. Nós recebíamos 600 euros de ordenado base e vamos ser equiparados às restantes forças de seguran-ça, que são os 944 euros. Para nós é muito vantajoso porque, por exemplo no Funchal, não havia Sapadores. Só a desig-nação. Financeiramente não havia ninguém a receber como tal.

Em termos de gestão de meios humanos, fica um cor-po ativo muito gasto, muito velho. Com a implementação dos 60 anos implica maior desgaste. Com isto, o socorro está em risco. Somos um cor-po especial da função pública com desgaste rápido e esta-mos expostos a imensos peri-gos diariamente e que leva a que o nosso desgaste seja casa vez maior. Temos que estar prontos para qualquer situação com uma robustez física acima da média e sem questionar. O que com 60 anos é impensável. Só quem não sabe a realidade dos bom-beiros é que permite que essa lei avance.

Quantas pessoas estão à espera que este diploma saia?

Em Gaia são à volta de 10 efetivos. E depois há 20 e 30 que estão no limite de atingir. Sem dúvida que a autarquia está a fazer um bom trabalho, está a recrutar novos elemen-tos para que o corpo ativo não envelheça com o passar dos anos.

testemunhos

Bombeiros Municipais de Santa CruzSecretário coordenador da Madeira

Pábulo Freitas

Bombeiros Sapadores de Vila Nova de Gaia

Nuno Gomes

Bombeiros Sapadores de Setúbal

Filipe Santos

Bombeiros Sapadores de Braga

Pedro Cunha

Bombeiros Sapadores do Funchal

Francisco Brito

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RSB Lisboa celebrou 624 anos

A Praça do Im-pério, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, recebeu a festa de aniversário

do Regimento Sapadores Bom-beiros de Lisboa.

A celebração dos 624 anos contou com a integração de 126 novos operacionais, que passaram a prontos e num ato simbólico receberam o macha-do pela mão dos mais velhos.

Na cerimónia esteve pre-sente o vereador da proteção

civil da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Manuel Castro.

“Hoje temos um regimento temos um RSB melhor, mais apetrechado e mais capaci-tado para responder de modo ainda mais eficaz”, afirmou o vereador que manifestou ainda “orgulho nas mulheres e nos homens que diariamente en-vergam a farda do regimento e servem bem Lisboa.”

O RSB acorre, anualmente, a uma média superior a 21 mil de intervenções operacio-nais.

u Atribuição de medalha ao chefe Carlos Bispo, adjunto de comando do RSB, pelo vereador Carlos Manuel Castro

u Entrega simbólica do machado

u Homenagem aos bombeiros mortos em serviço

u Vereador Carlos Manuel Castro passa revista às forças em parada

aniversário rsb

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Reforço de meios de combate a incêndios conta com menos 17 meios do que os previstos

O reforço de meios aéreos para o combate a in-cêndios, previsto para o dia 15 de

maio, não teve, afinal, todos os meios disponíveis. Em vez dos 38 aviões e helicópteros disponíveis, o Estado dispõe apenas de 21 aeronaves aptas a funcionar.

Segundo o Ministério da Justiça, citado pela Agência

Lusa, em causa estará o facto de a disponibilização dos mei-os depender “do cumprimento do Código dos Contratos Pú-blicos e da emissão do visto prévio do Tribunal de Contas para cada um dos contratos”.

O Executivo prevê que “gradualmente e a partir de junho, estejam disponíveis e operacionais, todos os meios previstos” para o combate a incêndios, garantindo que “to-

mará todas as medidas ao seu alcance para que haja meios suficientes e prontos para atu-ar quando necessário”.

Recorde-se que a Diretiva Operacional Nacional nº 2 - Dispositivo Especial de Com-bate a Incêndios Rurais 2019 (DECIR 2019), aprovada a 1 de abril, dava conta de um au-mento em quatro meios aéreos em relação ao ano passado, durante o mês de maio.

Aprovada diretiva financeira para DECIR

Foi aprovada a 13 de maio a Diretiva Financeira de 2019 que regula a com-participação do Estado das despe-

sas resultantes da intervenção dos bombeiros em operações de proteção e socorro e esta-dos de alerta especiais.

De acordo com nota do Ministério da Administração Interna, a diretiva aumenta “o valor de algumas compar-

ticipações, alarga a tipologia de despesas comparticipadas e simplifica o acesso ao apoio financeiro”. Neste sentido, está previsto o aumento da comparticipação dos almoços e jantares de 7 euros para 7,5 euros. Está ainda previsto um aumento do valor de peque-nos-almoços e lanches de 1,80 euros para 2,20 euros.

Além do aumento das comparticipações na alimen-tação, há ainda aumento nas

ajudas para aquisição de com-bustíveis.

A Diretiva prevê ainda o pagamento dos bombeiros que integram o Dispositivo Espe-cial de Combate a Incêndios Rurais de compensações de 50 euros por dia. Para os co-mandantes a compensação é de 65 euros por dia. Valor que, de acordo com a diretiva fi-nanceira, não regista qualquer aumento em relação ao ano passado.

Cadastro simplificado identifica zonas florestais com perigo de incêndio

O presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) de-fendeu no dia 16 de abril, no parlamento, que a aplicação do sistema de informação ca-dastral simplificada a todo o país “será o passo certo” para a identificação do território. Rogério Rodrigues foi ouvido numa audição parlamentar sobre a proposta de lei do Governo para alargar o proje-to-piloto do cadastro simpli-ficado a todo o país.

“Essa generalização é mui-to importante, na medida que corresponde a um mecanismo eficiente e pouco oneroso para os cidadãos, no sentido de caracterizar e identificar os prédios rústicos e mistos que existem no território”, afir-mou o presidente do ICNF.

Na perspetiva do dirigente do ICNF, o sistema de infor-mação cadastral simplificada não pode ser considerado um cadastro dos prédios rústicos e mistos, mas é “uma situação intermédia, é informação que concorre para o cadastro”.

O projeto-piloto do ca-dastro foi implementado em novembro de 2017, durante doze meses e integrou dez municípios.

Neste sentido, a proposta de lei do Governo, que “man-tém em vigor e generaliza a aplicação do sistema de in-formação cadastral simplifica-da”, visa criar o procedimen-to especial de justificação de

D.R

.

prédio rústico e misto omisso, aplicável em todo o território nacional, e universalizar o BUPi, “enquanto plataforma nacional de registo e cadastro do território (PNRCT), abran-gendo os prédios urbanos, rústicos e mistos de todo o território nacional”.

De acordo com o dirigente do ICNF, a identificação das propriedades acautelará todos os deveres do Estado na pro-teção de pessoas e bens.

Apesar de não resolver o abandono e a gestão do ter-ritório, o responsável frisou que o cadastro “permite à administração saber e ter o conhecimento para poder atuar quando existe abando-no, quando terá que se subs-tituir aos proprietários para proceder à limpeza, à redução da carga combustível, precisa-mente para proteger outras pessoas e bens que existam nesses territórios”.

Lembrando que o projeto--piloto, implementado du-rante um ano, tornou possível a “identificação de 52% dos proprietários” nos dez mu-nicípios envolvidos, Rogério Rodrigues destacou este dado como um “indicador bastante para o país continuar a apo-star nesse processo”, compa-rando com outros processos de cadastro desenvolvidos no território, “em que duram muito mais tempo para muito pouco mais percentagem de identificação”.

Estado quer nacionalizar SIRESPO Governo pretende

nacionalizar o SIRE-SP- sistema que assegura as comu-

nicações de emergência em Portugal. A intenção foi mani-festada pelo primeiro-minis-tro António Costa no debate quinzenal ocorrido no dia 13 de maio, depois de ter sido in-terpelado sobre uma alegada dívida à SIRESP, SA, proprie-dade da Altice e da Motorola, no valor de 11 milhões de eu-ros.

O valor é referente ao in-

vestimento no sistema de re-dundância pedido pelo gov-erno ao consórcio no ano passado (2018), mas cujo pagamento não foi autorizado pelo Tribunal de Contas por falta de sustentabilidade legal e técnica no processo.

No Parlamento, António Costa afirmou que “não existe uma dívida, porque o contrato firmado entre o Es-tado e a entidade gestora do SIRESP não foi visado pelo Tribunal de Contas, não se formou contrato”.

Comissão Europeia reforça meios de apoio a combate a incêndios nos Estados-Membros

Tribunal de Contas fiscaliza prevenção e combate a incêndios

Governo garante que SIRESP funciona

A Comissão Euro-peia lançou, a 21 de maio, a frota inicial de meios aéreos de com-bate a incên-

dios, no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil (res-cEU). É composta por sete aviões e seis helicópteros dispersos pela Europa e vão complementar os recursos naturais.

O novo Mecanismo Euro-peu de Proteção Civil, com re-cursos geridos pela União Eu-ropeia, prevê a criação de uma

“O tribunal tem em curso um trabalho para avaliar de que forma as medidas de prevenção dos incêndios estão a ser feitas, seja na perspetiva de desertifica-ção, seja na perspetiva da seca, seja também na perspetiva da prevenção e combate aos incên-dios”, avançou Vítor Oliveira.

Este estudo foi planeado após uma resolução do Conselho de Ministros de 2017, na sequência do incêndio de junho de 2017 em Pedrógão Grande.

O secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, adiantou que o Siste-ma Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP)é “uma rede de comunicações resiliente, robusta e que assegura a segu-rança dos portugueses”.

Num debate requerido pelo Bloco de Esquerda, no parla-mento, a 29 de maio, o secre-tário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, asse-gurou que o sistema de comu-nicações de emergência SIRE-SP funciona e é eficaz, sendo uma rede “robusta, segura e capaz”.

“O conjunto de ações que se tem realizado permite trans-mitir aos portugueses que te-mos uma rede robusta, segura, capaz. Esta rede permite dife-rentes modos de comunicação em diferentes serviços, que suportam diariamente a ativi-dade operacional dos serviços do estado”

Sobre as negociações que decorrem entre o Governo e a entidade gestora do SIRESP, o secretário de Estado disse que estão a ser desenvolvidas pelo Ministério das Finanças com o objetivo de o Estado assumir

reserva de ativos a nível euro-peu para responder a catástro-fes, incluindo aviões de com-bate aos incêndios florestais, bombas de água especiais, equipas de busca e salvamento em meio urbano, hospitais de campanha e equipas médicas de emergência.

Durante o verão, o Centro de Coordenação de Resposta de Emergência (CCRE) 24/7 da UE será reforçado com uma equipa de apoio aos incêndios florestais, com a participação de peritos dos Estados-Mem-

Segundo Vítor Caldeira, no âmbito deste trabalho, “e porque os incêndios não param nas fronteiras, o Tribunal de Contas (TdC) está a colaborar com o congénere espanhol para perce-ber “em que medida há, ou não, complementaridade e sinergias que estão a ser usadas” e para “aprender também com as me-lhores práticas dos dois países”. O TdC encontra-se ainda a pre-parar auditorias sobre demogra-fia e alterações climáticas.

uma posição de controlo da empresa e que “a seu tempo” será transmitido o resultado dessas negociações.

As negociações começaram quando a rede SIRESP amea-çou parar os seus equipamen-tos de redundância devido a uma dívida de 11 milhões de euros do Estado.

De acordo com o secretário de Estado o SIRESP é usado diariamente por 40 mil utiliza-dores distribuídos por mais de 125 entidades, além das 433 corporações de bombeiros. José Artur Neves desmentiu que a rede SIRESP esteja de-satualizada, frisando que 35 países da Europa usam este sistema de rede que é a mais moderna.

No final do debate, a de-putada do Bloco de Esquerda Sandra Cunha lamentou que o secretário de Estado não tenha respondido a questões como porque é que “o processo ain-da não está concluído passado duas semanas” e se o sistema está ou não preparado “para a próxima época de incêndios”,

A rede SIRESP é detida em 52,1% pela Altice Portugal, 33% pelo Estado e 14,9% pela Motorola Solutions.

bros, e organizará videocon-ferências regulares com os Estados-Membros, de modo a partilhar informações sobre o risco de incêndio em toda a Europa.

A iniciativa da União Euro-peia para reforçar a proteção civil foi apresentada pela Comissão Europeia em 23 de novembro de 2017, na sequên-cia dos incêndios florestais desse ano no sul da Europa, e em particular em Portugal, onde morreram mais de 100 pessoas

O presidente do Tribunal es-tima que o relatório sobre os in-cêndios possa estar pronto ainda este ano.

Em relação ao visto ne-cessário para a contratação de meios aéreos pedido pelo Estado a 15 de maio, Vítor Oliveira diz ainda não haver uma decisão. “O Tribunal conferiu prioridade à análise desses processos (…) e eu espero que haja decisão sobre eles muito brevemente”, declarou.

notícias notícias

O Tribunal de Contas vai realizar uma auditoria na área de prevenção e combate aos incêndios, no âmbito de uma ação planeada após o incêndio de 2017 em Pedrógão Grande. Vítor Oliveira, presidente da instituição, considera que perceber o que está a ser feito em Portugal neste domínio é uma das questões “prioritárias” e avança também que o visto para a contratação de meios aéreos continua pendente.

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Alto RiscoMaio de 2019 15

Observatório dos Incêndios pede explicações sobre nova Lei Orgânica

notícias

O Observatór io Independente dos Incêndios pediu, a 7 de abril, esclare-cimentos so-

bre nova Lei Orgânica da Pro-teção Civil. Citado pela TSF, este organismo, criado pela Assembleia da República para acompanhar as medidas de pre-venção e combate aos incên-dios florestais, considera que a lei não é clara e que estrutura regional é um problema.

A nova lei orgânica, publi-cada em Diário da República no dia 1 de abril entrou em funcionamento logo no dia 2 de abril, e prevê a alteração da Autoridade Nacional de Proteção Civil para Autoridade Nacional de Emergência e Pro-teção Civil.

A ANEP passa a ter “um dis-positivo operacional próprio com carreira estável e orga-nizada e formação especiali-

zada, reforçando as suas com-petências multidisciplinares”, com a criação de uma Força Especial de Proteção Civil, na dependência do Comandante Nacional de Emergência e Pro-teção Civil, e onde vai estar integrada a Força Especial de Bombeiros (os chamados “Ca-narinhos”).

O Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil passa a ser auxiliado pelo se-gundo comandante nacional e por cinco adjuntos (mais dois do que na anterior Lei). Ambos são designados pela Administração Interna, em comissão de serviço por três anos, renováveis.

A nova lei cria comandos regionais de emergência e pro-teção civil do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, e o limite territorial dos comandos sub-regionais corresponde ao território de cada comunidade intermunici-

pal. Estes elementos passam a ser designados através de con-cursos.

A agora ANEPC vai passar a conter com três direções na-cionais- Direção Nacional de Prevenção e Gestão de Riscos, Direção Nacional de Admi-nistração de Recursos e Di-reção Nacional de Bombeiros, e uma inspeção- Inspeção de Serviços de Emergência e Pro-teção Civil- que assume novas atribuições.

Numa reação a esta novo documento, o presidente da Associação Nacional de Bom-beiros Profissionais considera que esta nova lei vai permitir uma melhor organização da estrutura, com medidas que Fernando Curo considera “ne-cessárias”.

A ANBP faz parte do Con-selho Nacional de Proteção Civil da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

notícias

Protocolo regulamenta atividade das Equipas de Intervenção Permanente

Foram assinados, a 4 de abril, em Mon-forte, os 43 proto-colos que regulam as condições de

contratação, funcionamento e manutenção dos elementos que integram as equipas de in-tervenção permanente (EIPS).

Os protocolos foram ce-lebrados entre a Autoridade Nacional de Emergência e

Proteção Civil, Câmaras Mu-nicipais e as Associações Hu-manitárias de Bombeiros Vo-luntários.

Este protocolo prevê a repar-tição de custos das equipas en-tre as autarquias e a ANEPC, cabendo pagar a cada parte 50%.

ANBP/SNBP foram repre-sentados por Manuel Rã e An-tónio Teixeira.

O campeonato con-tou com a par-ticipação de 16 equipas de Trau-ma, entre as quais

quatro açorianas, provenien-tes dos concelhos da Praia da Vitória, São Roque do Pico e Nordeste (São Miguel), bem como com nove equipas de Des-encarceramento.

O Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto alcançou o título de vice-campeão nacio-nal de Desencarceramento, en-quanto a equipa dos Bombeiros Voluntários de São Roque do Pico foi terceira.

Este evento, organizado pela Associação Nacional de Salva-mento e Desencarceramento e pela Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Praia

da Vitória, em colaboração com o município da Praia da Vitória e o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, mobilizou cerca de 300 partici-pantes de todo o país.

A prova permitiu o apura-mento das equipas que concor-rem ao Campeonato do Mun-do de Trauma, a disputar em setembro, em França.

Durante a cerimónia de en-trega de prémios, o secretário-regional da Saúde, lançou o desafio à Associação Nacional de Salvamento e Desencarce-ramento para a realização do Campeonato Mundial do Trau-ma nos Açores, dentro de três anos.

Por seu turno, o presiden-te do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, felici-

tou as equipas locais por terem alcançado o pódio numa com-petição envolvendo 16 equipas de todo o país. “Vem provar, uma vez mais, o excelente nível de treino e de preparação destes corpos de bombeiros, um em-penhamento que é, também, notório na forma como, dia-riamente, servem e apoiam” as suas populações, salientou .

Nas mensagens de felicita-ções enviadas às associações de bombeiros voluntários aço-rianas, o presidente do Governo fez votos que estas “prestações sirvam de motivação acres-cida para novas vitórias in-ternacionais que continuem a prestigiar a Região Autónoma dos Açores”, nomeadamente, no Campeonato do Mundo de Trauma, a disputar em França.

Campeonatos Nacionais: Sapadores de Lisboa renovam título, bombeiros dos Açores dominam provas de Trauma

Duas equipas da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Praia da Vitória sagraram-se campeãs e vice-campeãs, na vertente Trauma, enquanto o Regi-mento de Sapadores de Lisboa renovou o título na vertente de Desencarceramento, du-rante os campeonatos nacionais realizados este ano nos Açores. As provas decorreram de 18 a 20 de maio no concelho da Praia da Vitória, na Terceira.

O Distrito da Guarda vai passar a contar, no seu Dis-positivo Especial de Combate a Incêndios, com seis equipas de bombeiros voluntários exclusivamente noturnas. Vão operar no período mais crítico e entre as 20h00 e as 8h00.

Bombeiros Sapadores de Coimbra sem autoescada para combater incêndio

Um incêndio no dia 24 de maio, em dois armazéns, em Coimbra não pode contar com a autoescada da Companhia Bombeiros Sapadores de Coim-bra. Uma avaria tem afastado a viatura dos teatros de operações há cerca de um mês. Uma situa-ção que já mereceu a preocupa-ção de ANBP/SNBP, que alertou para a” fragilidade que esta situ-ação pode conferir à cidade de Coimbra, outras vezes já amea-çada por incêndios florestais”.

Questionado por jornalistas no local sobre a necessidade de

pedir autoescada ao concelho vizinho, o Comandante dos Bombeiros Sapadores de Coim-bra, Paulo Palrilha, justificou que o veiculo escada dos Sapa-dores de Coimbra se encontra avariado, mas que iria ser repa-rado.

O armazém ficou parcial-mente destruído depois do in-cêndio ter consumido cerca de 70 por cento das estruturas e foi combatido por 105 operacionais e 32 viaturas de vários conce-lhos. Um bombeiro ficou ferido na sequência de uma queda.

Guarda vai passar a ter equipas noturnas de combate a incêndios

O Comandante Ope-racional Distrital (CODIS), António Fonseca, citado pela agência Lusa,

esclareceu que “há uma ne-cessidade operacional acres-cida” no final da tarde e du-rante a noite, dado existirem condições meteorológicas mais favoráveis para dominar os incêndios. “Daí a ideia de termos este ano, pela primeira vez, criado também equipas exclusivamente noturnas”. Esclareceu ainda que “é du-rante a noite que temos mais disponibilidade de voluntári-os, como é evidente, fora das horas de trabalho, mas isto também veio ao encontro de uma necessidade operacional nossa: o ciclo dos incêndios, que podemos chamar mais complexos, inicia-se a meio da tarde e, se correr bem, termina a meio da madrugada”, rematou.

Sobre o dispositivo dis-trital, António Fonseca revelou que o distrito da Guarda conta com 642 operacionais (mais 44 do que em 2018) e 161 veícu-los operacionais (mais 21 do que no ano passado).

O aumento de meios do dispositivo deve-se à criação de uma brigada de sapadores

florestais (constituída por 15 elementos) pela Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) e de nove Equipas de Interven-ção Permanente (EIP) em cor-pos de bombeiros. No distrito da Guarda existem atualmente 37 equipas de sapadores flo-restais e 19 EIP.

Ao nível dos meios aéreos disponíveis, o DECIR 2019 in-clui três helicópteros estacio-nados nos Centros de Meios Aéreos (CMA) de Mêda, Seia e Guarda.

No CMA de Seia, na Serra da Estrela, ficam ainda insta-lados dois meios aéreos pesa-dos, mas fazem parte do dis-positivo nacional e operam em todo o território.

António Fonseca referiu ainda que, pela primeira vez, o dispositivo da Guarda será auxiliado por câmaras de vídeo, instaladas pela CIM-BSE, que vão permitir visuali-zar os incêndios e ajudar no apoio à decisão operacional.

O DECIR da Guarda foi dado a conhecer numa reunião da Comissão Distrital de Pro-teção Civil, realizada no dia 10 de maio, nas instalações do Comando Distrital de Opera-ções de Socorro.

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Alto RiscoMaio de 2019 17

De visita a Por-tugal, para ob-servar projetos apoiados pela Comissão Eu-ropeia, acompa-

nhado pelo secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, Christos Stylianides conheceu a viatura da Proteção Civil Mu-nicipal de Mação, propositada-mente estacionada no átrio do Centro Cultural de Belém.

O MacFire (Mac de Mação, Fire de fogo), sistema desen-volvido por técnicos informáti-cos de Mação em 2004 e por especialistas de uma empresa do ramo das novas tecnolo-gias, permite levar a informa-ção sobre a zona de combate a incêndios rurais para o Posto de Comando móvel existente em cada sinistro.

Na base do sistema está a cartografia militar, mas tam-bém as cartas de risco de incên-dio e os hortofotomapas (fotos aéreas retificadas no solo).

A novidade introduzida por António Louro, vice-presiden-te e responsável pela Proteção Civil em Mação, foi integrar esta informação e sobrepor os mapas, permitindo visualizá-los todos ao mesmo tempo. A tudo isto, junta-se a tecnologia GPS, dando a localização exata das viaturas no terreno, bem como a posição das frentes de fogo e o valor rigoroso da área atingida, o que permite prever a sua provável evolução, além de fazer o histórico de cada sinistro, para avaliação futura.

O sistema, em que a autar-quia de Mação investiu cerca

de 125 mil euro em 2004, está instalado no que parece ser uma vulgar carrinha, tendo no seu interior seis monitores encaixados nas paredes que transmitem informação em tempo real da situação no te-rreno, com informações vitais para a tomada momentânea da decisão, como seja o posicio-namento dos bombeiros, onde anda o fogo e em que dimen-sões, onde é prioritário intervir, os melhores acessos e os pon-tos de água mais próximos.

A situação no terreno é acompanhada a par e passo, ficando ainda disponíveis in-formações importantes sobre a localização, características e operacionalidade de todas as infraestruturas florestais rele-vantes no combate aos incên-dios, como tanques, charcas e estradões, além do registo histórico de cada sinistro, que permitirá análises futuras do comportamento do fogo em cada momento.

O MacFire, no entanto, “não apaga fogos”, realça o autarca mentor do sistema, engenheiro florestal de pro-fissão. “É uma ferramenta que ajuda numa situação complexa como em grandes incêndios florestais, é uma fe-rramenta de apoio à decisão, para quem tiver de decidir o consiga fazer de uma forma mais acertada e num tempo mais curto. Penso que é um passo importante para todo o distrito”, afirmou, notando que o sistema viu uma can-didatura aprovada de 400 mil euros para processo de inves-tigação.

A Câmara de Mação obteve financiamento para o desen-volvimento do programa nos próximos anos, numa parceria que envolve a Universidade de Aveiro, a Universidade Nova, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera e a Di-reção-Geral do Ordenamento do Território.

inovação notícias

Comissário Europeu elogia Sistema MacFire da Câmara de Mação

O sistema MacFire, ferramenta informática criada em Mação para monitorizar o desenvolvimento dos incêndios em tempo real, “é um exemplo de um projeto apoiado ao nível Europeu e que poderá ser replicado noutras regiões”, afirmou hoje o Comissário Europeu para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Christos Stylianides.

Elétrico e comandado à distânciaVeículo inovador de combate a incêndios feito em Portugal

Batizado como Eco-Camões, numa alusão à bravura do poeta portu-guês, resulta de um projeto

desenvolvido pela empresa Jacinto Marques de Oliveira, em parceria com o Instituto

Politécnico de Leiria e com o Laboratório de Tecnologia Automóvel. Para tal, a firma portuguesa investiu mais de 1,4 milhões de euros, em par-te (45%) comparticipados por verbas do programa de fundos europeus Portugal 2020.

O Eco-Camões apresenta grandes vantagens face às con-

“Por exemplo, este veículo pode operar facilmente em caso de fogo no interior de um túnel, numa refinaria ou num aeroporto, mas também em zonas florestais de grande densidade onde o pasto das chamas não permita interven-ção humana. Em suma, em locais vedados pela intensi-dade das chamas e do fumo. Sendo blindado, sem homens a bordo, uma vez que pode ser guiado e comandado até um quilómetro de distância, será o meio mais seguro e efi-caz para determinados cenári-os de fogo”, explica Jacinto Oliveira, gerente da empresa sedeada em Esmoriz, Aveiro.

Este portento de tecnolo-gia e inovação dispõe de cinco motores elétricos, quatro deles destinados à locomoção, com 201 cv cada, a que se junta o propulsor das bombas de água e espuma e dos restantes equi-pamentos de combate ao fogo. As baterias são poderosas e têm autonomia suficiente para 300 quilómetros e para o fun-

vencionais viaturas de com-bate a incêndios. Desde logo, a possibilidade de ser operado à distância (até 1 quilómetro) e o facto de não emitir gases poluentes nem necessitar de ar para funcionar, o que per-mite a entrada em locais ina-cessíveis pela concentração de gases, fumos ou chamas.

cionamento ininterrupto das bombas durante quatro horas.

Os tanques têm capaci-dade para 10.000 litros de água, 1200 litros de espumífe-ro ou 250 kg de pó químico.

Jacinto Oliveira reconhece que em Portugal não haverá grande capacidade económica para absorver os modelos fa-bricados em Esmoriz, mercê do custo elevado: cerca de 900 mil euros. “Se as encomendas aumentarem, haverá maior margem para baixar este va-lor”, admite o responsável.

A empresa Jacinto Marques de Oliveira aposta assim no mercado externo com as primeiras encomen-das e poderem chegar da Ale-manha, onde o Eco-Camões vai ter uma apresentação ex-clusiva no próximo ano.”Em 2023, na Alemanha, todos os aeroportos são obrigados a utilizar apenas viaturas elétri-cas. Ora, estamos na primeira linha para poder responder ao mercado que ali se vai abrir”, conclui Jacinto Oliveira.

Apresentado como o “único veículo de combate a incêndios no mundo totalmente elétrico e não tripulado” é produzido em Portugal e tem a conquista do mercado externo como principal objetivo. A Segurex 2019, que teve lugar na FIL, de 8 a 11 de maio, mar-cou a primeira revelação pública do projeto.

Sapadores do Porto passam a cobrar 100 euros para abrir porta

Os Sapadores do Porto vão passar a cobrar 100 euros para abrir uma porta, depois da atualização da tabela de preços. A subida pretende desincentivar o desvio deste corpo de bom-beiros para situações não urgentes. Até agora os bombeiros cobravam 23 euros, entre as 8 horas e as 24horas, para abrir portas apenas por esquecimento das chaves; um número que subia para 34 euros entre a meia-noite a as 8h da manhã.

Os sapadores recebem, por ano, mil chamadas para acorrer a estas situações de emergência.

Queimadas matam trêsA Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil

registou entre janeiro e março 2019 incêndios florestais que estiveram na origem de três mortes. Foram ainda contabiliza-dos 1608 hectares de área ardida. Na origem destes incêndios terão estado queimadas.

Breves

Simulacro na Estação do Metro do Rossio testa procedimentos

A Estação do Ros-sio do Metropoli-tano de Lisboa foi o palco de uma operação de

simulacro no dia 6 de abril. Durante o exercício, realiza-do pelo Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa, foram

verificados os procedimentos de emergência, testados os meios humanos e as comunica-ções naquela estação de metro.

Foi simulado um cenário de descarrilamento de uma composição que se desloca-va no sentido Rossio-Martim Moniz.

Bombeiro de Elite 2019

Já está em fase de preparação a terceira edição da Prova Bom-beiro de Elite! Depois do record do número

de participações registadas no ano passado, este ano as expectativas sobre a adesão a este desafio são enormes. Dia 28 de setembro de 2019 todos os caminhos vão dar ao escadório do Bom Jesus de Braga.

As inscrições serão aber-tas em breve. Esteja atento e acompanhe através de www.bombeiroelite.pt.

Municipais de Santarém promovidos

Os oito elementos da Corpo-ração dos Bombeiros Municipais de Santarém foram promovidos no dia 23 de maio às categorias de Subchefe e de Bombeiros de

1ª Classe.A cerimónia de promoção de

elementos do Corpo de Bombeiros Municipais teve lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

ANBP esteve no SEGUREX

A Associação Na-cional de Bom-beiros Profis-sionais marcou, mais uma vez,

presença no Segurex- Salão Internacional de Proteção, Se-gurança e Defesa- que se rea-liza de dois em dois anos em

território nacional, alternando com Espanha.

Este ano decorreu entre os dias 8 e 11 de maio e contou com mais de 160 expositores, em cerca de 20 mil metros quadrados de espaço ocupado.

O Jornal Alto Risco foi Me-dia Partner neste evento.

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Alto RiscoMaio de 2019 19

Incêndio destrói armazém de hipermercado em Viana do Castelo

Representante de ANBP/SNBP faz parte da Comissão Técnica para as condições de trabalho

Já foi publicada no Jornal oficial do Governo Regional dos Açores a constituição da Comissão Técnica para a elaboração dos estudos pre-paratórios de portaria de

condições de trabalho para os trabalhadores que exercem funções de tripulante de am-bulância nas Associações Hu-manitárias de Bombeiros dos Açores.

O Sindicato Nacional de Bom-beiros Profissionais está repre-sentado por Evandro Carreiro Tei-xeira, Secretário Coordenador do Secretariado Regional de ANBP/SNBP nos Açores.

açores

Acidente com elétrico causa oito feridos

Oito pessoas fi-caram feridas sem gravidade na sequência de um choque entre um elé-

trico e um autocarro francês de turismo. O acidente ocorreu no dia 7 de abril, num cruza-mento da Rua do Ouro com a Rua da Conceição, em Lisboa.

De acordo com o vereador da Câmara Municipal de Lis-boa, Carlos Manuel Castro, os feridos- um do autocarro e sete do elétrico- foram encaminha-dos para o hospital por pre-caução.

No local estiveram elemen-tos do Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa, Bom-beiros Voluntários Lisbonen-

ses, PSP e INEM.Este é o segundo acidente

com um elétrico no espaço de quatro meses. Em dezem-bro de 2018 um elétrico da carreira 25 tinha descarrilado no cruzamento da Rua de São Domingos à Lapa com a Rua Garcia de Horta e foi contra um prédio. Deste acidente re-sultaram 28 feridos.

Secretariado Regional dos Açores reúne com bombeiros das Flores

O Secretariado Re-gional dos Açores, representado pe-los delegados Luís Mendonça,

César Furtado e José Henrique Costa, reuniu no dia 9 de maio à noite com os bombeiros e associados da Associação Hu-manitária dos Bombeiros Vo-luntários das Flores e na qual também esteve presente o co-mandante da corporação.

Em cima da mesa estiveram

assuntos como os custos com subsídio de alimentação, os horários não processados e as percentagens das horas cont-abilizadas que entendem não serem as corretas.

Foi ainda abordada a decisão de enviar um ofício ao Serviço Regional de Proteção Civil dos Açores com o objetivo de pe-direm esclarecimentos sobre o direito ao pagamento de subsí-dio de refeição aos bombeiros da corporação das Flores, nos

dias em que estão em formação fora da ilha. De acordo com os bombeiros, a direção da corpo-ração considera, que este subsí-dio não deve ser pago, tendo em conta que são atribuídas ajudas de custo pelas deslocações.

Mas os bombeiros contes-tam a medida, uma vez que a formação é feita ao abrigo da profissão e para melhor capa-citá-los para o seu trabalho, ao serviço daquela Associação Humanitária.

Alunos do 9º Ano recebem formação de bombeiros em Tavira

Mais de 250 alunos dos 9° anos das escolas D. Paio Peres Correia e D. Manuel receberam formação dos Bombeiros Mu-nicipais de Tavira entre os dias 11 de março e 3 de abril, no âmbito dos primeiros socorros.

Nestas sessões os alunos aprenderam a realizar mano-bras de Suporte Básico de Vida e Posição Lateral de Seguran-ça. Observaram ainda sinais e sintomas que lhes permitiu

identificar uma vítima poten-cialmente crítica e ainda algu-mas das emergências médicas mais frequentes.

De acordo com fonte dos Municipais de Tavira, esta ini-ciativa teve muita recetividade da comunidade escolar , tal como já tinha acontecido no ano passado.

O número de alunos parti-cipantes aumentou em relação ao ano passado.

ANBP/SNBP elegem delegado nos Sapadores de Braga

A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais - ANBP e o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais - SNBP, através do Secretariado Regio-nal do Norte, reuniu-se no dia 29 de março nas in-stalações da Companhia de Bombeiros Sapadores de Braga com os respetivos operacio-nais com a seguinte ordem de trabalho;

1-Eleição do Delegado Local para a C.B.S. Braga

2-Ponto Situação do Estatu-to Profissional para Bombeiros

Profissionais3-Ponto Situação das Audiên-

cias com o Município de Braga4 -Outros Assuntos de inte-

resseFoi eleito por unanimidade

pelos operacionais da C.B.S. Braga o delegado local Pedro Carvalho, este fará articulação conjunta com o operacional Manuel Pereira.

Foram apresentadas aos ope-racionais todo o projeto desta estrutura sindical e novos de-senvolvimentos quer a nível lo-cal, quer ao nível nacional.

ANBP/SNBP reuniram com B.V. Guimarães

A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais - ANBP e o Sindicato Nacional de Bom-beiros Profissionais - SNBP, através do Secretariado Regio-nal do Norte, reuniram-se no dia 29 de março nas instalações da A.H.B.V. Guimarães com os respetivos operacionais e com a seguinte ordem de trabalho:

1 - Eleição do Delegado Lo-cal para a A.H.B.V. Guimarães

2 - Esclarecimento em re-lação ao Seguro de Acidentes

Pessoais3 - Ponto Situação do Estatu-

to Profissional para Bombeiros Profissionais das Associações Humanitárias

4 - Outros Assuntos de inte-resse

Foi eleito por unanimidade pelos operacionais da A.H.B.V. Guimarães o novo delegado local, o operacional Amadeu Mendes

Foram discutidos neste encon-tro, os projetos de ANBP/SNBP.

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Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros ProfissionaisAlto RiscoMaio de 201920 Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais

Alto RiscoMaio de 2019 21

O exercício, cofinan-ciado em 80% pela Comissão Europeia, teve um custo de 1,3 mi-

lhões de euros, e contou, para além da ANEPC, com a par-ticipação de cerca de 150 ope-racionais de Espanha, Bélgica, Alemanha, Croácia e França.

No total estiveram envolvi-dos 22 municípios que propor-cionaram 40 cenários diferentes para testar a capacidade das res-postas locais, nacional e inter-nacional.

A ocorrência de um episó-dio de condições meteorológi-cas adversas no distrito de Aveiro e de um sismo no sul do país com impactos na zona de Lisboa, Setúbal e Évora, foi o mote para este exercício

europeu. A partir destes dois eventos registou-se uma série de ocorrências, como aciden-tes químicos e radiológicos em barragens e em complexos in-dustriais, inundações, poluição no mar e desastres rodoviários, ferroviários e marítimos.

Estas diferentes ocorrências permitiram a intervenção no terreno de equipas com valên-cias e capacidades distintas, nomeadamente buscas e salva-mento, evacuações, emergência médica, mortuária, apoio social e psicológico e acolhimento de equipas internacionais.

De visita a uma dos cenários do exercício, em Belas, con-celho de Sintra, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita destacou o “grande es-forço” da Proteção Civil na or-

ganização do maior exercício realizado em Portugal, conside-rando que “é preciso testar e preparar” a capacidade de res-posta para qualquer ocorrência.

Por seu lado, o presidente da ANEPC, Mourato Nunes, fez um balanço provisório do exer-cício, apesar das equipas nacio-nais e internacionais avaliarem esta iniciativa no final (já após o fecho desta edição). “O exer-cício está a superar as expectati-vas relativamente à capacidade de resposta e aos incidentes que têm sido injetados e têm sido muitos, alguns inopinados e alguns extremamente com-plexos”, disse Mourato Nunes, frisando que os agentes de pro-teção civil tiveram uma capa-cidade de resposta “atempada e qualitativa”.

Cascade’19. Exercício europeu testa operacionalidade em Portugal

Loulé vai ser o pri-meiro concelho do país a ser do-tado de uma Rede Concelhia de Des-fibrilhação Au-tomática Externa.

O protocolo foi assinado no dia 13 de maio entre a Câmara Municipal de Loulé e o Algarve Biomedical Centre, no âmbito das comemorações dos 20 anos da cidade de Quarteira.

A Rede de Desfibrilhação Automática Externa -- Cora-ção Seguro, está prevista en-trar em funcionamento a partir de julho, sendo que as ações de formação, que também vão envolver a população civil, começam no início no próximo mês de junho.

Primeiro será dada formação às autoridades e posteriormente à sociedade civil.

O objetivo é obter uma resposta mais rápida no auxí-lio médico uma vez que “oito

minutos depois de uma paragem cardíaca já não há nada a fazer, porque o cérebro não consegue estar mais tempo sem ter a oxi-genação adequada”, alertou.

O sistema utiliza a geoloca-lização dos telemóveis para de-tetar os doentes, em articulação com as equipas do INEM, que vai ativar as pessoas que pos-sam estar nas proximidades, de forma a poderem intervir com mais rapidez no salvamento até à chegada da respetiva equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica.

Loulé é o primeiro concelho a avançar para a concretização deste projeto, para a colocação numa fase inicial de 60 apare-lhos distribuídos por vários pontos estratégicos, com um investimento inicial de cerca de 100 mil euros.

No total o investimento de-verá rondar os 16 milhões de euros, com conclusão prevista para 2021.

Loulé com rede de desfibrilhação única no país

aniversário bsb cascade loulé

O Batalhão Sapa-dores do Porto celebrou, a 14 de meio, o seu Dia da Unidade. As comemo-

rações ficaram marcadas pelo compromisso de honra dos Sa-padores Bombeiros recrutas da Escola Chefe Principal Arnaldo Sequeira Martins e pela aber-tura da exposição temporária de objetos históricos do BSB.

O efetivo do BSB, que tem vindo a ser reforçado ao longo dos últimos anos, conta desde esta data com mais 35 elementos.

Na cerimónia esteve presente o presidente da Câmara Munici-pal do Porto, Rui Moreira, que enalteceu o trabalho realizado pelo Batalhão, destacando a dedicação e a disponibilidade dos elementos que o compõem e lembrou o investimento feito no BSB, desde 2015 e que ron-dou os sete milhões de euros.

“Aquilo que tem sido o in-vestimento do Município do Porto nos últimos anos não é um investimento do presidente da Câmara, não é uma dádiva da Câmara; é o reconhecimento por parte dos cidadãos de que a sua proteção, a sua segurança é aquilo que de mais importante podemos ter num mundo in-certo e nós, como dizia o co-mandante, prevenimos sem-pre, antes de ter de remediar”, referiu o presidente da Câmara do Porto.

Já o comandante do BSB, o

Major Carlos Eduardo Saraiva Marques, ressalvou o aumento do número de efetivos, a for-mação dos recursos humanos e o reforço de meios que se tem vindo a verificar nos últi-mos tempos. Abordou ainda a intenção de requalificar e am-pliar as instalações do Batalhão Sapadores do Porto.

Segundo o comandante do BSB, a autarquia adquiriu dois veículos urbanos de combate a incêndios, uma autoescada articulada de 42 metros, uma autogrua de 60 toneladas, uma viatura de matérias perigosas, um veículo ligeiro de com-bate a incêndios com 1,80m de largura adaptado ao Cen-tro Histórico, um veículo de comando e operações tático, uma embarcação de socorro, uma mota de água de busca e salvamento, duas ambulâncias de socorro, entre outros equi-pamentos.

Foi também feito um inves-timento em equipamento pro-teção individual e fardamento de serviço, na manutenção e renovação dos equipamentos de intervenção em incêndios urbanos e florestais, de mer-gulho, salvamento em altura, desencarceramento, matérias perigosas e comunicação

O Major Carlos Marques referiu ainda o papel da for-mação na estratégia delineada para os Sapadores Bombeiros e a atualização ao nível das ca-rreias.

Sapadores do Porto celebraram 291 anos

Novas fardas em LouléNo âmbito das comemora-

ções do Dia do Município, que se assinalou a 30 de maio, os Bombeiros Municipais de Loulé

estrearam o seu novo fardamen-to, semelhante ao da maioria dos corpos de bombeiros municipais e sapadores de todo o país.

Envolvendo mais de 3.600 operacionais e 2.200 figurantes, o maior exercício de proteção civil realizado em Portugal terminou com “um balanço muito positivo” por parte do ministro da Administração Interna e do presidente da ANEPC – Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

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fomos notícia zé baril

Em colaboração com a Associação Humanitária dos Bombeiros Volun-tários da Moita, a ANBP marcou

presença na XXII Feira de Projetos educativos da Moita, promovendo a mensagem de prevenção e segurança prota-gonizada pelo Zé Baril.

Num dos espaços mais concorridos do evento, os Vo-luntários da Moita proporcio-naram às crianças contacto di-reto com um Veículo Ligeiro de Combate a Incêndios (VLCI), um emblemático Land Rover, de 1981, para além da ex-posição de outras viaturas e de material de combate a incên-dios. Concorridas foram igual-mente as demonstrações, com exercícios práticos, de técnicas de suporte básico de vida, en-volvendo os próprios alunos e efetivos da corporação.

Sérgio Moura, comandante dos Bombeiros Voluntários da Moita, salientou a “importân-

cia de associar a ANBP” e a sua mascote Zé Baril nesta iniciativa, “como forma de sensibilizar a população esco-lar para a atividade dos bom-beiros”. “É importante que as crianças e jovens percebam aquilo que fazemos e tomem contato direto com conceitos relacionados com proteção civil, segurança, salvamentos e técnicas de suporte básico de vida”, salientou Sérgio Moura em declarações ao Alto Risco.

O comandante dos BVM admite ainda que iniciativas como estas podem servir para atrair mais jovens às corpora-ções de bombeiros, uma vez que o recrutamento de no-vos efetivos “é cada vez mais difícil”. “Os jovens têm cada vez mais atrativos para ativi-dades diversas e são poucos os que estão disponíveis para serem bombeiros. Por isso, sensibilizações como esta são muito importantes”, revela o responsável.

Para tentar contrariar as dificuldades de recrutamento de jovens, a corporação da Moita celebrou um protocolo com a Escola Secundária da Baixa da Banheira, acolhendo a vertente prática de um curso técnico-profissional que dará equivalência ao 9.º ano a 18 alunos com idades entre os 16 e os 18 anos.

Ainda sobre a participa-ção da ANBP na XXII Feira de Projetos Educativos da Moita, António Abel Teixeira, do Se-cretariado Regional de Setúbal e Alentejo da ANBP, traçou um “balanço muito positivo, comprovado pelo entusiasmo e interesse manifestado pelas crianças e jovens”. O dirigente da ANBP deixou ainda “um grande agradecimento à Asso-ciação Humanitária dos Bom-beiros da Moita, na pessoa do seu comandante Sérgio Moura, pela forma como se empenhou nesta ação, que deverá ser re-plicada noutros pontos do dis-trito e do País”.

Zé Baril foi estrela na Moita

Entusiasmo e muito interesse pela atividade dos Bombeiros. Foi assim que cen-tenas de crianças das escolas de ensino básico da Moita reagiram à presença do Zé Baril, mascote da ANBP, na XXII Feira de Projetos Educativos daquele concelho do distrito de Setúbal.

Por Paulo Parracho

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