Jornal da Diocese de Blumenau Dezembro/2011-Janeiro2012

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Fim de ano marcado por três ordenações na Diocese de Blumenau Diocese de Blumenau CNBB Regional Sul 4 ANO XI - nº 123 - Dezembro de 2011 e Janeiro de 2012 - Leia mais: www.diocesedeblumenau.org.br pág. 14 Diocese de Blumenau Jornal da O Natal que acontece em cada um de nós A festa cristã da esperança e da renovação chega para nos lembrar que, pelo nascimento de Seu fi lho, Deus se fez humano para nos divinizar

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Jornal da Diocese de Blumenau, ano XI, Edição 123, Dezembro/2011-Janeiro2012

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Fim de ano marcado por três ordenações na Diocese de Blumenau

Diocese de BlumenauCNBB Regional Sul 4

ANO XI - nº 123 - Dezembro de 2011 e Janeiro de 2012 - Leia mais: www.diocesedeblumenau.org.br

pág. 14

Diocese de BlumenauJornal da

O Natal que acontece em cada um de nós

A festa cristã da esperança e da renovação chega para nos lembrar que, pelo nascimento de Seu fi lho, Deus se fez humano para nos divinizar

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www.dioceseblumenau.org.br Dezembro de 2011 e Janeiro de 2012 . Jornal da Diocese de Blumenau

Opinião “Ele é o resplendor da glória do Pai, a expressão do seu ser. Ele sustenta o universo com a sua palavra poderosa”

(Hb 1,3)

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O papa Bento XVI acaba de proclamar o Ano da Fé, que terá início no dia 11 de outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará na Solenidade de Cristo Rei, em 2013.

Por que um Ano da Fé? Para o papa, um dos desafi os da nossa época é levar em consideração o tecido cultural unitário, que mudou muito nesses últimos anos e não está mais embasado nos conteúdos da fé e nos valores por ela inspirados. Nos grandes setores da sociedade, respira-se uma profunda crise de fé, que atingiu muitas pessoas.

Nessa perspectiva, durante o ano de 2012, deverá intensificar-se a reflexão sobre a fé, para ajudar a todos os católicos a se tornarem mais conscientes em sua fé e revigorarem a sua adesão ao Evangelho. Os documentos do Concílio Vaticano II - que 50 anos depois da sua elaboração não perdem seu valor, nem sua beleza - e o Catecismo da Igreja Católica - publicado há 25 anos, serão os referenciais para a busca de aprofundamento dos princípios de nossa fé.

Em 2012, também seremos convidados a uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, revivendo os pressupostos do nosso batismo, que nos deram a

papa: “Teremos oportunidade – durante este ano – de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre” (Carta Apostólica Porta Fidei, 8).

Que a Família de Nazaré, que contemplaremos neste Natal, ajude-nos a acreditar nas palavras daquela música popular: “Tudo seria bem melhor se o Natal não fosse um dia, se as mães fossem Maria e se os pais fossem José. E se a gente parecesse com Jesus de Nazaré”. Esse seria, de verdade, um feliz e abençoado Natal!

O ano da fé

Arti

go

Conquistas e desafi os na saúde pública

Renova-se o Natal de Jesus

“Não podemos aceitar calados o desvio de bilhões de reais, enquanto nossos hospitais e o SUS passam pela pior crise fi nanceira de sua história”

O anúncio do nascimento de Jesus, o Salvador, conforme o evangelista Lucas, foi dada pelo céu, através dos anjos. Primeiro aos pastores que trabalhavam na região de Belém. Depois, chegou ao palácio de Herodes. São Mateus conta que também três reis magos, do Oriente (Mt 2,1), estudiosos dos astros, descobriram, através da ciência, o grande acontecimento.

Dois mil anos se passaram e o Natal, novamente, é anunciado pelos evangel izadores, pelas luzes, cantos, encenações e pela celebração litúrgica. Todos os povos do planeta, de alguma forma, fazem eco ao tempo do Natal.

Mesmo diante dos pecados, das l im i tações , incoerênc ias e cont rad ições, Deus jamais abandona o homem e a mulher por Ele criados. Desce de sua majestade e vem falar de alegria, de esperança, de reconciliação e comunhão, de salvação aos seus amados.

Nesta edição especial do Jornal da Diocese, correspondente aos meses de dezembro de 2011 e janeiro de 2012, queremos ir um pouco além do anúncio deste acontecimento, tão significativo para a humanidade. Desejamos dar visibilidade às pessoas, às famílias, organizações, grupos e movimentos, que se deixaram transformar por Jesus, enviado pelo Pai e nascido de Maria. Seu empenho diário, seu sonho e sua vida orientam-se totalmente para a realização do projeto do Reino que o Senhor veio inaugurar entre nós. Reino de vida plena, abundante para todos.

Também nós, da equipe do Jornal da Diocese, sentimo-nos felizes em dedicar nosso tempo e nossos dons para que a você, leitor, este Natal seja uma notícia surpreendente, desaf iadora e esperançosa. Agradecemos sua colaboração e, de todo o coração, desejamos-lhe um Feliz Natal e Próspero Ano Novo!

Edito

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“Os documentos do Concílio Vaticano II e o Catecismo da Igreja Católica serão nossos referenciais para a busca de aprofundamento dos princípios da fé”

graça de entrar na porta da fé. Isso será possível professando-a com renovada convicção, celebrando-a na liturgia e, particularmente, na Eucaristia, testemunhando-a com a nossa vida.

Acompanhando a linha de pensamento do Santo Padre, sentimo-nos em comunhão com o papa, ao escolher em nossa Diocese os próximos três anos como o “triênio missionário”. Sentimos necessidade de um empenho eclesial mais convicto, de um anúncio extraordinário, que atinja os setores mais afetados da sociedade pela secularização e pelo materialismo, como são, de fato, a família e os jovens.

Lemos isso nas palavras do

Quem não se lembra de quando o atendimento em saúde era feito pelo antigo INAMPS? Para quem não era dessa época, ou não recorda, funcionava mais ou menos assim: somente quem possuía carteira assinada tinha o direito ao atendimento de saúde pública, aos demais, restava a caridade das Santas Casas de Misericórdia.

Com a Constituição Federal de 1988 e a regulamentação da Lei 8080, todos passaram a ter direito à saúde de forma integral. Desde os procedimentos mais simples até os mais complexos, do exame à entrega do medicamento, tudo passou a ser dever do Estado.

Vale lembrar que a lei não isenta a responsabilidade das

pessoas, que têm seus deveres para consigo e com os outros. De qualquer forma, o fato é que avançamos muito. Não há país no mundo que possua um sistema de saúde pública com a dimensão e abrangência do SUS.

No entanto, nosso maior desafi o é mudar a triste realidade do sub-fi nanciamento. Não podemos mais aceitar calados o desvio de bilhões de reais, enquanto nossos hospitais e o Sistema Único de Saúde passam pela pior crise fi nanceira de sua história. A luta para mudar isso precisa do envolvimento de todos nós.

Marcelo B. Lanzarin, secretário muni-cipal de Saúde de Blumenau

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“É Natal, alegremo-nos! Não pode haver tristeza no dia em que nasce a vida. É ela quem aclara nossos caminhos, suaviza os sentimentos, conforta a esperança, fortifi ca a fé, humaniza os relacionamentos. No Ano Novo, curve-se diante da beleza da vida. Respeite-a e ame-a. O deslumbrante espetáculo da vida é construído pelo mesmo Deus que habita em você!” Padre Antonio Bohn, paróquia São Vicente, de Luis Alves

DioceseDezembro de 2011 e Janeiro de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

“Porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos, luz para

iluminar as nações e glória de Israel, teu povo”(Lc 2,30-32)

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Tradição nas festas de fim de ano, as apresentações musicais tornam o Natal ainda mais encantador. Em composições variadas e de bom gosto, os corais marcam a renovação de laços de amor e fraternidade, sentimentos tão importantes nesta época. Alguns corais da região celebram o tempo natalino com apresentações especiais e um repertório temático.

Um exemplo é o Coro Misto Santa Cecília, da Paróquia São Pedro Apóstolo de Gaspar, que tem agenda cheia neste fi m de ano. O coral participou de apresentações como a abertura do Natal em Gaspar - que levou 500 vozes para um concerto na escadaria da Igreja Matriz – e fez um passeio cultural com missa na Igreja São Francisco em Assis, em São Paulo.

Em dezembro, o grupo canta num evento natalino em Indaial (dia 16, às 20 horas, na Fundação Indaialense de Cultura) e faz o seu

CORAIS

Vozes que encantamApresentações de fi m de ano emocionam as comunidades, no auge do trabalho desses grupos

Coral Santa Cecília, de Gaspar, faz seu concerto anual no dia 20 de dezembro, na Igreja Matriz

Oratório de Natal levará mais de 200 vozes à Catedral, no dia 18 de dezembro

Clero da Diocese celebra o Natal em família

Concertos e oratórios na agenda

Os padres e diáconos da Diocese viveram um momento de celebração na família presbiteral. O encontro de confraternização foi no dia 13 de dezembro, no Seminário Diocesano Menor da Mãe de Jesus, na Itoupava Central. Recebidos por Dom José, cerca de 70 padres, diáconos transitórios, diáconos permanentes e suas esposas participaram de uma manhã de vivência, integração e oração, com almoço e distribuição de brindes.

De acordo com o coordenador da Pastoral Presbiteral, padre Rogério Rodrigues, este encontro é uma oportunidade de confraternização, troca de experiências e celebração do Natal. Os padres e diáconos representam a família presbiteral da Diocese, gerada a partir da ordenação, com um parentesco que não é do acaso mas de um chamado divino.

“Além de encerrar as atividades do clero, o evento antecipou o Natal, pois no dia da festa, cada padre tem o compromisso da celebração em sua paróquia, com o seu povo”, descreveu.

O Coral Santa Terezinha, de Blumenau, prepara um Concerto de Natal, que será apresentado no dia 18 de dezembro, após a missa das 19 horas da Paróquia Santa Terezinha, no Bairro Escola Agrícola. A produção é dos coralistas, com apoio do padre Roberto Fritzen, participação de orquestra e do pianista Helder Cadore e regência de Marcos Antônio da Silva. O concerto terá músicas populares brasileiras, clássicos como Mozart e Verdi e canções natalinas.

Já a Catedral de Blumenau será palco do Oratório da Natividade, composição literária, bíblica e musical referente ao nascimento do Salvador, de autoria do poeta e músico catar inense José Acácio Santana. A apresentação acontecerá no dia 18 de dezembro, após a missa das 19 horas. Serão cerca de 250 vozes reunidas no Coral Encantos, procedente de Florianópolis, que trarão entusiasmo, harmonia e a alegria do Natal para os blumenauenses.

Apóstolo, de Blumenau. Em dezembro, o grupo terá apresentações nos corredores do Hospital Santa Isabel, na Igreja Matriz de Gaspar (dia 11, após a missa das 19 horas) e em Indaial (dia 16, às 20 horas, na Fundação Indaialense de Cultura).

O auge do Natal será a missa solene do dia 25 de dezembro (às 9 horas), na Catedral, em Blumenau. A Associação Coral Santa Cecília existe há 70 anos e é composta por 45 cantores, regidos pelo maestro Paulo Eduardo Visconti.

concerto anual (dia 20, às 20 horas, na Igreja Matriz de Gaspar). O Coro Misto Santa Cecília tem 113 anos, é composto por 32 cantores e regido por Dayro Bornhausen. O repertório é diversificado, mantendo as tradições religiosas e as atribuições litúrgicas, além de promover apresentações e concertos populares.

Blumenau

Agenda cheia também para a Associação Coral Santa Cecília, da Paróquia Catedral São Paulo

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“Tu és o meu Filho amado; em ti está o meu agrado”

(Mc 1,11)

4 www.dioceseblumenau.org.br Dezembro de 2011 e Janeiro de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau

IgrejaJUBILEU

Uma celebração especial comemorou o Jubi-leu de Ouro da ordenação sacerdotal do frei José Luiz Prim. A missa solene ocorreu no dia 3 de de-zembro, no Santuário Nossa Senhora Aparecida, em Blumenau.

A liturgia foi presidida pelo homenageado, que deu graças a Deus pelos 50 anos de sacerdócio. “Renovei meu compromisso sacerdotal”, afi rmou o frei. A celebração contou com a presença do Coral Canarinhos de Petrópolis, do qual ele foi regente e também diretor durante 28 anos.

“Sinto-me feliz e realizado no sacerdócio católi-co. Estou muito feliz, pois Deus quis servir-se des-te pobre homem como instrumento para o povo”, declarou Prim.

A vida e o trabalho missionário

O frei José Luiz Prim é sacerdote franciscano da Ordem dos Frades Menores. Nasceu em San-to Amaro da Imperatriz/SC, no dia 14 de junho de 1935. Desde criança teve grande inclinação pela música. Sempre viveu em um ambiente de grande religiosidade. Os padres franciscanos frequenta-vam a sua casa e tanto o pai quanto a mãe tinham irmãos na Ordem Franciscana. Isto fez com que sua vocação para a vida religiosa despertasse já na infância e que se mantivesse pela vida inteira.

Os ideais da vida religiosa e do cultivo da músi-ca o acompanharam todos os anos de sua forma-ção. Durante os estudos no Seminário de Agudos/SP, formou-se no curso de piano no Conservatório Dramático e Musical de Bauru (que mais tarde se transformaria na Escola de Música Pio XII) e pas-sou pela Faculdade de Música. Quando jovem, já sacerdote, foi transferido para o Seminário de Agu-dos, para atuar como professor e educador. Ali se formou na Faculdade de Música e de Letras, com especialização em inglês.

Também em de-zembro celebrou-se o jubileu de ordenação sacerdotal do padre Jorge Figueiredo de Oliveira, 81 anos, au-xiliar na Catedral São Paulo Apóstolo, que completou 25 anos de ministério presbiteral. A missa solene foi no dia 6 de dezembro, presidida por Dom José.

O padre Jorge é um exemplo de vocação tardia, pois recebeu o chamado de Cristo aos 55 anos, quando preservava uma carreira profi ssio-nal de 20 anos no Itamarati. Depois de ter atuado como adido diplomático na Alemanha e no Mé-xico, foi para Roma cursar teologia. Em 1986 se aposentou do serviço público e foi ordenado pres-bítero, em Brasília. Atuou na Capital Federal por oito anos e depois veio para Santa Catarina, onde trabalhou em Pomerode e Blumenau.

Os 50 anos dedicados a Deus e aos irmãosAção de graças do frei José Luiz Prim teve a presença dos Canarinhos de Petrópolis

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CoralDepois de conduzir por oito anos as atividades

musicais deste seminário, dedicou um ano a estu-dos de extensão em música em São Paulo, pre-parando-se para assumir a direção do Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis, em 1973. Per-maneceu nesta atividade por 28 anos. O Instituto mantém o famoso Coral dos Meninos Cantores de Petrópolis, conhecidos como os “Canarinhos de Petrópolis”.

Como regente dos “Canarinhos”, frei Prim rea-lizou excursões artísticas pelo Brasil e fez seis ex-cursões internacionais. Por quatro vezes teve o pri-vilégio de apresentar seu coro diante do papa. Da primeira vez, cantou integrado ao enorme coro de

12 mil vozes de Meninos e Jovens Cantores, reu-nidos na Basílica de São Pedro, em Roma, para o XV Congresso Internacional de Meninos Canto-res. Nas outras três apresentações teve o privilé-gio de ter o coro cantando sozinho em algumas celebrações. O frei considera as apresentações os maiores eventos de sua vida no coral.

Paróquias

No ano 2000 o frei Prim resolveu renunciar aos trabalhos com o coral para dedicar-se ao apostolado nas paróquias. Trabalhou em Pato Branco/PR, Rodeio e Ituporanga. Atualmente está na Paróquia-Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Blumenau.

Durante alguns anos foi assistente espiritual da Fraternidade da Ordem Franciscana Secular (OFS), em Petrópolis/RJ. Em Pato Branco deu incentivo para o início da ordem, que por anos vivia no estágio de “preparação”. Atualmente re-cebeu da Província Franciscana o encargo de assistente regional de Santa Catarina, tanto para a Ordem Franciscana Secular quanto para a Fa-mília Franciscana do Brasil (FFB).

“Propagar pelo mundo a mensagem do rei-no, iluminada pela mística de São Francisco de Assis, este é o meu ideal”, afi rma o frei Prim.

“As sementes da vida precisam ser semeadas com paz e amor para poder gerar o alimento que precisamos para viver. Viver com alegria, coragem e determinação de seguir adiante. Viver o presente com sabedoria e plenitude para que o ontem seja um sonho de felicidade e cada amanhã uma visão de esperança. Feliz Natal e um ano cheio de realizações!”

Padre Alcimir José Pillotto, Paróquia Nossa Senhora da Penha

Padre Jorge celebra 25 anos

Missa no Santuário de Aparecida celebrou o jubileu, com a presença dos Canarinhos de Petrópolis

Frei José Luiz Prim

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“Todo Ano Novo é hora de renascer e de viver de novo. Teremos 365 novas oportunidades de dizer a Deus que queremos ser plenos na fé e cheios do espírito. Aproveitemos este recomeço e que cada um viva a sua fé em plenitude, humanidade, caridade e amor. Feliz Natal e o um santifi cado ano para todos. Que Deus seja o caminho para os que O buscam com amor!”Padre Paulo Barbosa de Araújo, Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Catequese “Não apagueis o Espírito, não desprezeis os dons de profecia, mas examinai tudo e guardai o que for bom”

(1Ts 5,19-21)

5Dezembro de 2011 e Janeiro de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

ENTREVISTA

Após oito anos na Coordenação Diocesana de Catequese, a Irmã Anna Gonçalves está de par-tida para Florianópolis, onde quer assumir uma nova missão pastoral nas comunidades da região. Nesta entrevista, vamos conhecer um pouco mais a religiosa e saber sua opinião sobre o movimen-to da catequese na Diocese. Na próxima edição iremos apresentar o novo coordenador diocesano de catequese.

Fale de sua trajetória de vida e religiosa:Senti o chamado à vida religiosa desde

pequena. Frequentei a escola primária com as Irmãs Catequistas Francisca-nas e, neste convívio, decidi entrar para o colégio, em Rodeio, onde fi z o Ensino Fundamental e o Ginásio. Continuei no Magistério na Escola Normal Colégio Maria Auxiliadora, em Rio do Sul. Fui professora em Laurentino e em Ro-deio e trabalhei em escolas estaduais como professora e diretora. Na região de B lumenau, atuei como super-visora escolar. Fiz Pedagogia na FURB, com especialização em Supervi-são Escolar e Mestrado na área de educação na San Diego State University, na Califórnia.

Deixando a coordenação da

Irmã Anna Gonçalves se despede da catequeseDe partida para Florianópolis, ela pretende atuar na pastoral paroquial em comunidades daquela região

Irmã Anna Gonçalves - Coordenadora Diocesana de Catequese

catequese na Diocese, quais serão seus no-vos desafi os?

Irei para Florianópolis, onde pretendo continu-ar as atividades pastorais numa paróquia ou co-munidade, atuar na catequese, pastorais sociais, formação de pessoal ou trabalho com adultos. Já morei lá por 15 anos, quando atuei como técnica de Educação na Secretaria de Educação do Es-tado.

Há quanto tempo está à frente na cateque-se em nossa Diocese e como foi a experiência desse trabalho?

Iniciei como coordenadora diocesana de cate-quese em agosto de 2003, mas já trabalhava na região, na paróquia Santa Terezinha, em Timbó. Fui convidada pelo padre Idonizete Krüger, en-tão coordenador de pastoral da Diocese, com a aquiescência de dom Angélico. São oito anos de

contínuo aprendizado. Abracei esta mis-são com alegria e coragem, dando tudo para que a Palavra de Deus ecoasse no coração dos catequistas e catequi-

zandos, promovendo formação, dando acompanhamento, realizando concentra-

ções, cursos de formação e outras ativida-des. Foi um tempo de graça e luz, pois

senti o Senhor caminhando à minha frente!

Como nasceu este gosto e o amor pela catequese?

Nasceu do próprio caris-ma da Congregação, que me deu muitas oportuni-

dades de formação em catequese. Fiz cursos

em São Paulo, no Instituto Pio XI (ca-

tequese) e na Faculdade

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CURTASENCONTRO

LITORAL

A equipe da Coordenação Diocesana de Catequese Ampliada participou de encontro, com representantes de cada comarca, para avaliar a caminhada, organizar o próximo ano e conhecer os compromissos do cronograma da diocese para 2012. Foi um encontro cele-brativo, alegre, de muita unidade e bem-que-rer! Agradecimentos especiais a todos que se dedicaram e assumiram o compromisso com a catequese nas comarcas e paróquias.

Na Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Piçarras, os catequistas e a Coordenação Diocesana de Catequese passaram uma tar-de de sábado refl etindo e exercitando como fazer a Leitura Orante com as crianças. Foi um encontro muito rico, de vivência do que queremos passar para os catequizandos. Catequistas demonstraram muito interesse e dedicação. Parabéns!

Assunção (liturgia). No Paraná fiz extensão universitária em catequese na PUC. Além dis-so, fi z especialização em Metodologia e Prá-tica de Ensino, no Instituto de Educação, em Belo Horizonte e Artes Aplicadas, no Rio de Janeiro.

Quais foram os principais desafios e conquistas desta caminhada?

Muitos foram os desafi os, que ainda per-sistem: uma catequese tradicional, que pre-para para os sacramentos. Catequistas em constante rotatividade e com pouca formação. A necessidade de catequistas capacitados para atender aos catequizandos de hoje, que vivem a dinâmica das mudanças. A formação dos pais em relação à participação na comu-nidade. Maior compromisso dos catequistas para a participação na vida da comunidade, como testemunho para catequizandos. E a continuidade do processo de Iniciação à Vida Crista, em fase de formação e capacitação de catequistas e lideranças. Tentei potenciar uma formação neste sentido, humanizante e inte-rativa, que fomentasse experiências para levar os catequizandos ao seguimento de Jesus. Trabalhei de forma participativa, organizando uma equipe de Coordenação Diocesana de Catequese, com representantes das cinco co-marcas, estabelecendo um fl uxo de fazer che-gar até as comunidades, a formação continua-da, as orientações da Diocese, a atualização constante na catequese.

Que conselhos dá a quem a suceder?Que a nova coordenação possa realizar

seu sonho e realizar seu trabalho com cora-gem e alegria, dando continuidade ao proces-so iniciado, com passos novos. Que seja bem acolhida e tenha as bênçãos do Senhor e mui-ta luz nesta missão.

Qual a mensagem que deixa para os ca-tequistas e para a comunidade?

Quero deixar um agradecimento especial a Deus pela caminhada, onde senti Sua presen-ça amorosa, segurando-me com sua mão, em todos os momentos. Aos catequistas, minha gratidão pelo que aprendi com eles, pela ajuda, pelo carinho, pela partilha de saberes e de vida, pelas alegrias e pela sensibilidade nas difi culda-des. A Dom José, pelo apoio em todos os mo-mentos. Atencioso, amigo e pastor, acompanha e deixa fazer acontecer. Aos párocos que nos acolheram nas formações, meu abraço e meu carinho, com agradecimentos especiais!

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“Povo que celebra o centenário da paróquia, recebe a peregrinação da imagem de São Vicente e da réplica da Igreja Matriz, que é visitado por um dos padres ou diáconos, eis que anuncio uma boa notícia: um menino nos é dado, o Cristo Senhor, Nosso Salvador! Que este ano seja especial na graça de Deus. Feliz Natal e um abençoado ano!”

Padre Lauro Roque Mittelmann, Paróquia São Vicente

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Ecumenismo “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus, e a Palavra era Deus”

(Jo 1,1)

AÇÃO DE GRAÇAS

Igrejas de várias tradições cristãs celebram unidas

O Dia Nacional de Ação de Graças foi cele-brado conjuntamente em Blumenau, reunindo representantes de três igrejas cristãs da cidade e região. A solenidade ocorreu no dia 23 de no-vembro, às 19h30, na Igreja do Espírito Santo, do Sínodo Vale do Itajaí da IECLB.

O Núcleo Ecumênico de Blumenau, que congrega as igrejas Evangélica Luterana do Brasil (IELB), Evangélica de Confissão Lute-rana no Brasil (IECLB) e Católica Apostólica Romana (ICAR), preparou o roteiro da celebra-ção. Leituras bíblicas, pregação, recitação do credo e do Pai Nosso em versões ecumênicas, oração de salmos, hinos e abraço da paz cons-taram do mesmo roteiro.

Há vários anos há uma prática entre as igrejas integrantes do Núcleo, para a troca de púlpitos. O costume consiste no verdadeiro e fraterno gesto de alternar o representante da Igreja que faz a pregação. Quando a celebra-ção acontece em uma Igreja Evangélica, é um pregador católico que desempenha esse minis-tério, ou vice-versa. Na celebração de ação de graças deste ano, tendo a Igreja Evangélica de Confi ssão Luterana no Brasil acolhido a comu-nidade orante, o padre Raul Kestring represen-tou a Igreja Católica Apostólica Romana e fez a homilia.

Representações

Ao ato ecumênico de ação de graças esti-veram presentes o pastor Breno Carlos Wilri-ch (sinodal Vale do Itajaí da IECLB), o padre João Bachmann (vigário geral da Diocese de Blumenau, representando o bispo, Dom José Negri, ausente devido a outros compromissos anteriormente assumidos) e o representante da IELB, Ricardo Goerl, que fez a leitura da Carta de São Paulo.

Um momento significativo da celebração foi o abraço da paz. Enquanto o grupo de cantores e instrumentistas executava um can-to alusivo, os presentes, com um aperto de

O encontro da partilha e do exemplo de fraternidade ocorreu na Igreja do Espírito Santo

Fone: (47) 3327 4019

Rua Coripós, 1001, Sl 02 - AsiloBlumenau, SC

Celebração da Ação de Graças reuniu cristãos de vários credos em BlumenauCURTAS

AGENDA DE 2012

SELO COMEMORATIVO

O Núcleo Ecumênico de Blumenau definiu a agenda de reuniões e celebrações em 2012. As reuniões ordinárias ocorrem em março, abril, junho, agosto, setembro e outubro, na última terça-feira do mês, na Diocese de Blumenau. Já as celebra-ções conjuntas serão a abertura da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (16 de maio, às 19h30min, na Catedral) e a celebração do Dia Nacional de Ação de Graças (22 de novembro, às 19h30, numa igreja luterana a ser defi nida).

A Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) e a Igreja Evangé-lica de Confissão Luterana no

Brasil (IECLB) lançaram um selo comemorativo dos 500 anos da Reforma Protestante. Uma comissão de festejos prepara um calendário de eventos, que já tiveram início em outubro e se estendem até outubro de 2017, data ofi cial do surgimento do luteranismo. O selo traz elemen-tos que remetem à serenidade, racionalidade e fé, movimento, comunicação e expansão.

mão ou um abraço, transmitiam-se a paz. “A paz do senhor esteja contigo” – dizia-se à pessoa próxima, enquanto ela respondia: “E contigo também”. Assim, formou-se vi-sível ambiente de confraternização entre pastores, padres, catequistas, leigos e lei-gas participantes.

O grupo de cantores e instrumentistas que animou a celebração - procedentes do bairro Velha Central – trouxe um perfi l ecu-mênico, com integrantes luteranos e católi-cos. Com vozes, violões e percussão, con-tribuíram com ritmo e harmonia. O órgão de tubos da igreja também acompanhou alguns hinos, com seus acordes festivos.

Foi um evento marcado pela alegria, evidente no semblante dos que dele parti-ciparam. Esta alegria brota do espírito fra-terno vivenciado na celebração. De fato, onde reina a união, a acolhida fraterna, o amor, a esperança, frutos da Palavra de Deus partilhada, aí as pessoas se alegram, sorriem, solidarizam-se.

[+] Origem

✗ O Dia de Ação de Graças (Thanksgiving Day) é uma tradição dos Estados Unidos, celebrada desde 1621, quando os imigrantes ingleses, fugidos de perseguições religiosas em sua terra e estabelecidos no novo continente um ano antes, comemoraram sua primeira colheita, abençoada e abundante. Para isso convidaram os índios e reuniram os melhores frutos colhidos, para dedicar os resultados a Deus.

✗ Até hoje o Thanksgiving Day é celebrado nos Estados Unidos e em uma centena de países, na quarta quinta-feira de novembro. A data foi estabelecida no Brasil em 1966, para que as comunidades religiosas pudessem agradecer juntas. Aqui e agora, ao invés de índios, são as diferentes crenças e as pessoas de boa vontade que se convidam para celebrar a gratidão. E ao invés dos frutos da colheita, os irmãos de hoje oferecem e agradecem a Deus o dom da vida e todas as coisas boas que Ele nos proporciona.

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“No Natal celebramos o aniversário do nascimento de Jesus. Deus nos presenteia com seu fi lho. É a troca de dons entre céu e terra, pedindo que possamos participar da divindade daquele que uniu ao Pai a nossa humanidade. Por Ele Deus disse à humanidade e à criação que seu amor é eterno. A todos um Feliz e Santo Natal!”

Padre João Bachmann, vigário geral da Diocese

Enfoque Pastoral7Dezembro de 2011 e Janeiro de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

“O Senhor é o Deus eterno! Foi ele quem criou toda a extensão do mundo. Ele não corre, nem se cansa, nem é

possível pesquisar sua inteligência”(Is 40,28)

JUVENTUDE

A Pastoral da Juventude da Diocese de Blumenau caminha, no ano de 2012, em di-reção ao amadurecimento de elementos da unidade no município. Algumas ações já es-tão programadas para o envolvimento dos jo-vens, como a Jornada Diocesana da Juventu-de e o Festival da Canção.

De acordo com coordenador do Setor Juventude, padre Roberto Carlos Cattoni, a Igreja precisa entender que, com as modi-fi cações do mundo moderno, o jovem não é mais o mesmo. “Os primeiros passos foram dados em 2011. Queremos continuar seguin-do as orientações da CNBB, respeitando os carismas, porém, precisamos deixar de lado alguns conceitos e dar lugar às mudanças que os dias atuais pedem”. Ele complementa que “o jovem de hoje é mais dinâmico, virtual, gosta de música, marcas, necessita interagir e ser ouvido”.

Pastoral prepara programação para 2012, entendendo que as mudanças tecnológicas influenciam o comportamento dos jovens

O futuro edifi cado com caminhos de fé

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Mobilização

A Pastoral conta com vários grupos de jo-vens, onde atuam pessoas em fase inicial e outros que já estão deixando os movimentos. “O que acontece é que, quando um jovem está formado no grupo, capacitado, ele atinge

[+] Programe-se✗ A Pastoral da Juventude já tem algumas

ações programadas para o ano de 2012. No dia 1º de abril, os jovens blumenauenses poderão participar da Jornada Diocesana da Juventude. O evento será a partir das 15 horas, na Catedral São Paulo Apóstolo, em Blumenau. O evento será encerrado com missa, celebrada pelo bispo, dom José Negri.

✗ No dia 21 de julho acontecerá em Blumenau o Festival da Canção (Fecan). E no dia 28 de outubro será a vez da celebração do Dia Nacional da Juventude, com atividades em diferentes comarcas e ações realizadas pelos grupos jovens.

Jornada Mundial no Brasil

Em 2013, a Jornada Mundial da Juventude, en-contro que acontece a cada dois anos e reúne jovens de todo mundo, terá como sede o Rio de Janeiro. O encontro, que acontecerá na segunda quinzena de ju-lho, tem a duração de uma semana.

Segundo o padre Cattoni, há uma grande expec-tativa para o evento. “A juventude do Mercosul se fará presente. A estimativa é de quatro milhões de jovens ao redor do Papa”. Na última edição, em Madrid, este ano, Cattoni e outras três pessoas da Diocese pude-ram experimentar de perto a força dos jovens vindos de diferentes países, unidos na mesma fé. “O Brasil fará uma experiência jamais vista e mostrará a força da Igreja Católica, diante do crescente número de igrejas pentecostais”, afi rma.

Diocese

Em Blumenau, a Catedral São Paulo Apóstolo já

está sendo preparada para receber os símbolos da Jornada, em janeiro de 2013. Cattoni explica que os símbolos são a cruz e o ícone de Nossa Senhora, que peregrinam nos países a cada Jornada Mundial.

Eventos como a Jornada Diocesana e o Festival da Canção deverão mobilizar e fortalecer os grupos jovens da Diocese em 2012

Cresce a participação dos jovens na animação litúrgica

a idade da faculdade e do trabalho, o que dificulta sua participação ativa na Pasto-ral”, explica o padre.

Dessa forma, novos jovens ingressam no grupo e o trabalho é iniciado novamen-te. Padre Cattoni lamenta que algumas cidades e paróquias não possuam grupos formados e em outras nem mesmo há grupos. “Necessitamos de que os padres apoiem e incentivem a criação de grupos de jovens. Eles serão o futuro da Igreja”, enfatiza.

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Page 8: Jornal da Diocese de Blumenau Dezembro/2011-Janeiro2012

Especial8

FESTA

A vida e a esperança que se

A narrativa mais detalhada do nas-cimento de Jesus está no evangelho de São Lucas, no capítulo 2. Ele era médico e, portanto, dos quatro evange-listas, é o que manifesta maior riqueza de detalhes históricos, geográficos e medicinais em sua descrição, pois re-trata também os conhecimentos de sua área profi ssional. Ao mesmo tem-po, oferece aos leitores, maior vivaci-dade nos seus escritos.

Vale a pena ler e reler seu relato sobre o nascimento de Jesus. Para pessoas de fé, não só as informações diversas interessam. O que Lucas es-creve é Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo.

Mensagem

A Sagrada Escritura, inclusive o

9

renovam

São Francisco inventou o presépioEm 29 de novembro de 1223, o

Papa Honório III aprovou a Regra dos Frades Menores, alegrando o coração de Francisco de Assis. Com espírito alegre e de ação de graças, ele vivia em êxtase diante do misté-rio da encarnação e quis comunicar esse júbilo ao povo.

Foi ao eremitério de Greccio, onde expressou o desejo de celebrar o Natal. Disse que queria ver com os olhos do corpo, como o Menino Je-sus, na sua escolha de humilhação, foi deitado numa manjedoura. Deter-minou que, para uma gruta, fossem levados um burro e um boi, animais

que, segundo os evangelhos apócri-fos, estavam com o menino. Sobre um altar portátil colocado na manje-doura, foi celebrada a Eucaristia.

Para Francisco, como os apósto-los viram com os olhos corporais a humanidade de Jesus e acreditaram com os olhos do espírito na sua di-vindade, assim, quando vemos o pão e o vinho consagrados sobre o altar, acreditamos na presença do Senhor entre nós. Na ocasião, em Grec-cio, não havia estátuas ou pinturas, apenas uma celebração eucarística numa manjedoura, entre o boi e o ju-mento.

Francisco era um homem concre-to e para ele era importante a encar-nação, o fato de que o Senhor fosse tangível por meio de sinais e gestos, pelos sacramentos. A celebração de Greccio se coloca neste contexto. Morto em 1226 e canonizado em 1228, teve sua história contada em todo o mundo. Graças à obra dos frades menores, a devoção a São Francisco ganhou popularidade. Também o acontecimento de Grec-cio foi conhecido por muitas pessoas, que desejavam retratá-lo e replicá-lo. E assim, o presépio se tornou patri-mônio da cultura e da fé popular.

Todas as famílias do mundo reconhe-cem em Maria e José o modelo de um autêntico casal. O ingrediente da fé e do temor de Deus mostra como este casal visualiza uma convivência quotidiana no trabalho, na educação, nas difi culdades, na luta do dia a dia.

O aspecto que, do casal de Nazaré, precisamos valorizar nos dias atuais é o da acolhida do fi lho, da sua educação, do devoto e profundo amor que lhe dedica-ram. Em contraposição, assistimos a uma sociedade que não quer mais ter filhos. Vemos países envelhecendo, porque a população não se renova com nascimen-tos.

No Brasil, na década de 1940 a média de filhos por mulher era superior a seis. Hoje não chega a dois. Assim, daqui a alguns anos, nosso país terá maioria de idosos, com sérias consequências no sis-tema de trabalho, de seguridade social e de infraestrutura. Acresce o fato de que a expectativa de vida é crescente devido aos avanços da medicina e da melhoria da assistência à saúde das pessoas. Se-gundo estatísticas, são mais de 12 mil os brasileiros com idade superior a 100 anos.

Na conta do número de filhos é pre-ciso considerar as condições econômicas dos casais. É justa a preocupação de muitos quanto à alimentação, vestuário,

educação e saúde dos fi lhos. Embora a fé, a confi ança em Deus e a correspon-sabilidade foram determinantes na pro-vidência de tudo isso para Maria e José, a questão emerge muito seriamente na realidade atual. Aí, somente os casais, em sua experiência de fé, possibilidades fi nanceiras e até mesmo em sua cultura, podem decidir.

No entanto, não se pode negar que o Natal de Jesus apregoa este apelo: que os casais gerem, acolham e eduquem novos seres humanos, como uma colabo-ração para Deus, para melhorar e reno-var a sociedade e o nosso país. Na ver-dade, este mesmo apelo faz eco ao Livro do Gênesis, quando Deus disse a Adão e Eva: “Crescei e multiplicai-vos” (Gn 1,28).

Vamos reconhecer: de quantas famí-

lias, podemos afi rmar que muito se pare-cem com a Família Sagrada? Que não vivem sem dificuldades, sem crises ou provações? Mas todas vão realizando o projeto de uma família cristã nos tempos atuais. Nelas se percebe espiritualidade, luta, amor, carinho, diálogo e perseverança.

Não pode ser considerado fora de propósito encerrar esta aproximação entre o Natal e a família, afi rmando que a verdadeira visibilidade do Natal é a fa-mília constituída pelo esposo, a esposa e os fi lhos. Não seria este, então, o presé-pio humano, de carne, de que o mundo necessita verdadeiramente? Não é este o presépio ao qual podem aludir os pre-sépios de gesso, de madeira ou de resina que vemos em nossas casas, nas ruas e praças?

Dois mil anos depois, o Natal ainda é visível entre nós, em simbolismos e em sentimentos

Novo Testamento, tem a preocupa-ção fundamental com a mensagem. Ela quer transmitir a grande notícia do amor de Deus pelo homem, apesar do seu pecado e das suas infidelidades. Nesse sentido, não podemos nos deter nos detalhes, mas interpretá-los com essa chave de leitura: o amor de Deus que, na expressão do apóstolo Paulo, tornou-o capaz de aniquilar-se, ou seja, assumir a natureza humana, menos o pecado, ao ponto de nascer pobre e excluído, num estábulo.

Ainda é preciso considerar que Lucas contou como aconteceu o nas-cimento de Jesus, não como teste-munha ocular. Haviam passado mais de 70 anos quando ele o relatou. Ele investigou testemunhos antigos, usou como base os evangelhos de Marcos e de Mateus. Contudo, seu evangelho é uma obra autônoma e altamente ori-ginal, contendo muitas coisas que não estão nos outros evangelhos.

[+] Adoração ao Menino Jesus

✗ Adoro-vos, amável Menino do casebre, o mais humilde e o maior dos filhos dos homens e o mais pobre e o mais rico, o mais frágil e o mais poderoso.

✗ Bendigo-vos, porque vos haveis dignado descer até mim, para ser meu modelo na prática de todas as virtudes, meu guia nas dificuldades da vida e meu asilo nos dias de aflição.

✗ Amo-vos, porque vens a mim com

amor infinito; com amor generoso, que não se cansa de minhas ingratidões; com amor obsequioso, que se antecipa aos tardios impulsos de meu coração; com amor paciente, que espera minha conversão para amar-me mais ternamente ainda.

✗ Por isso, com o coração cheio de agradecimento,

de joelhos aos pés deste leito de palha, vos adoro, bendigo e amo, com todo o

fervor de minha alma, e me atrevo a levantar meus olhos até meu

Deus, que se digna olhar-me ternamente.

O signifi cado de construir presépios

A Igreja sempre deu importância aos sinais, especialmente aos litúrgico-sacramentais, tendo o cuidado de que não se tornassem superstição. Entre esses sinais, adequados para a propa-gação do Evangelho, está o presépio. Sua simplicidade desperta a atenção de crianças e adultos, jovens e idosos, a Jesus.

Devido à sua plasticidade, o presé-pio foi incorporando detalhes da vida humana, como os pastores, as ovelhas, os reis magos, o Menino Jesus na man-jedoura, Maria e José, representados de forma inspiradora por artistas em todo o mundo.

Como São Francisco, cada homem precisa de sinais que os conduza nos mistérios da fé e da vida. Alguns sinais (ou sacramentos) já não gozam de tan-ta compreensão entre as pessoas de hoje. Outros, porém, por causa da sua simplicidade e imediatismo, têm ainda muita efi cácia. Entre estes, o presépio.

O Natal e a família

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Especial8

FESTA

A vida e a esperança que se

A narrativa mais detalhada do nas-cimento de Jesus está no evangelho de São Lucas, no capítulo 2. Ele era médico e, portanto, dos quatro evange-listas, é o que manifesta maior riqueza de detalhes históricos, geográficos e medicinais em sua descrição, pois re-trata também os conhecimentos de sua área profi ssional. Ao mesmo tem-po, oferece aos leitores, maior vivaci-dade nos seus escritos.

Vale a pena ler e reler seu relato sobre o nascimento de Jesus. Para pessoas de fé, não só as informações diversas interessam. O que Lucas es-creve é Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo.

Mensagem

A Sagrada Escritura, inclusive o

9

renovam

São Francisco inventou o presépioEm 29 de novembro de 1223, o

Papa Honório III aprovou a Regra dos Frades Menores, alegrando o coração de Francisco de Assis. Com espírito alegre e de ação de graças, ele vivia em êxtase diante do misté-rio da encarnação e quis comunicar esse júbilo ao povo.

Foi ao eremitério de Greccio, onde expressou o desejo de celebrar o Natal. Disse que queria ver com os olhos do corpo, como o Menino Je-sus, na sua escolha de humilhação, foi deitado numa manjedoura. Deter-minou que, para uma gruta, fossem levados um burro e um boi, animais

que, segundo os evangelhos apócri-fos, estavam com o menino. Sobre um altar portátil colocado na manje-doura, foi celebrada a Eucaristia.

Para Francisco, como os apósto-los viram com os olhos corporais a humanidade de Jesus e acreditaram com os olhos do espírito na sua di-vindade, assim, quando vemos o pão e o vinho consagrados sobre o altar, acreditamos na presença do Senhor entre nós. Na ocasião, em Grec-cio, não havia estátuas ou pinturas, apenas uma celebração eucarística numa manjedoura, entre o boi e o ju-mento.

Francisco era um homem concre-to e para ele era importante a encar-nação, o fato de que o Senhor fosse tangível por meio de sinais e gestos, pelos sacramentos. A celebração de Greccio se coloca neste contexto. Morto em 1226 e canonizado em 1228, teve sua história contada em todo o mundo. Graças à obra dos frades menores, a devoção a São Francisco ganhou popularidade. Também o acontecimento de Grec-cio foi conhecido por muitas pessoas, que desejavam retratá-lo e replicá-lo. E assim, o presépio se tornou patri-mônio da cultura e da fé popular.

Todas as famílias do mundo reconhe-cem em Maria e José o modelo de um autêntico casal. O ingrediente da fé e do temor de Deus mostra como este casal visualiza uma convivência quotidiana no trabalho, na educação, nas difi culdades, na luta do dia a dia.

O aspecto que, do casal de Nazaré, precisamos valorizar nos dias atuais é o da acolhida do fi lho, da sua educação, do devoto e profundo amor que lhe dedica-ram. Em contraposição, assistimos a uma sociedade que não quer mais ter filhos. Vemos países envelhecendo, porque a população não se renova com nascimen-tos.

No Brasil, na década de 1940 a média de filhos por mulher era superior a seis. Hoje não chega a dois. Assim, daqui a alguns anos, nosso país terá maioria de idosos, com sérias consequências no sis-tema de trabalho, de seguridade social e de infraestrutura. Acresce o fato de que a expectativa de vida é crescente devido aos avanços da medicina e da melhoria da assistência à saúde das pessoas. Se-gundo estatísticas, são mais de 12 mil os brasileiros com idade superior a 100 anos.

Na conta do número de filhos é pre-ciso considerar as condições econômicas dos casais. É justa a preocupação de muitos quanto à alimentação, vestuário,

educação e saúde dos fi lhos. Embora a fé, a confi ança em Deus e a correspon-sabilidade foram determinantes na pro-vidência de tudo isso para Maria e José, a questão emerge muito seriamente na realidade atual. Aí, somente os casais, em sua experiência de fé, possibilidades fi nanceiras e até mesmo em sua cultura, podem decidir.

No entanto, não se pode negar que o Natal de Jesus apregoa este apelo: que os casais gerem, acolham e eduquem novos seres humanos, como uma colabo-ração para Deus, para melhorar e reno-var a sociedade e o nosso país. Na ver-dade, este mesmo apelo faz eco ao Livro do Gênesis, quando Deus disse a Adão e Eva: “Crescei e multiplicai-vos” (Gn 1,28).

Vamos reconhecer: de quantas famí-

lias, podemos afi rmar que muito se pare-cem com a Família Sagrada? Que não vivem sem dificuldades, sem crises ou provações? Mas todas vão realizando o projeto de uma família cristã nos tempos atuais. Nelas se percebe espiritualidade, luta, amor, carinho, diálogo e perseverança.

Não pode ser considerado fora de propósito encerrar esta aproximação entre o Natal e a família, afi rmando que a verdadeira visibilidade do Natal é a fa-mília constituída pelo esposo, a esposa e os fi lhos. Não seria este, então, o presé-pio humano, de carne, de que o mundo necessita verdadeiramente? Não é este o presépio ao qual podem aludir os pre-sépios de gesso, de madeira ou de resina que vemos em nossas casas, nas ruas e praças?

Dois mil anos depois, o Natal ainda é visível entre nós, em simbolismos e em sentimentos

Novo Testamento, tem a preocupa-ção fundamental com a mensagem. Ela quer transmitir a grande notícia do amor de Deus pelo homem, apesar do seu pecado e das suas infidelidades. Nesse sentido, não podemos nos deter nos detalhes, mas interpretá-los com essa chave de leitura: o amor de Deus que, na expressão do apóstolo Paulo, tornou-o capaz de aniquilar-se, ou seja, assumir a natureza humana, menos o pecado, ao ponto de nascer pobre e excluído, num estábulo.

Ainda é preciso considerar que Lucas contou como aconteceu o nas-cimento de Jesus, não como teste-munha ocular. Haviam passado mais de 70 anos quando ele o relatou. Ele investigou testemunhos antigos, usou como base os evangelhos de Marcos e de Mateus. Contudo, seu evangelho é uma obra autônoma e altamente ori-ginal, contendo muitas coisas que não estão nos outros evangelhos.

[+] Adoração ao Menino Jesus

✗ Adoro-vos, amável Menino do casebre, o mais humilde e o maior dos filhos dos homens e o mais pobre e o mais rico, o mais frágil e o mais poderoso.

✗ Bendigo-vos, porque vos haveis dignado descer até mim, para ser meu modelo na prática de todas as virtudes, meu guia nas dificuldades da vida e meu asilo nos dias de aflição.

✗ Amo-vos, porque vens a mim com

amor infinito; com amor generoso, que não se cansa de minhas ingratidões; com amor obsequioso, que se antecipa aos tardios impulsos de meu coração; com amor paciente, que espera minha conversão para amar-me mais ternamente ainda.

✗ Por isso, com o coração cheio de agradecimento,

de joelhos aos pés deste leito de palha, vos adoro, bendigo e amo, com todo o

fervor de minha alma, e me atrevo a levantar meus olhos até meu

Deus, que se digna olhar-me ternamente.

O signifi cado de construir presépios

A Igreja sempre deu importância aos sinais, especialmente aos litúrgico-sacramentais, tendo o cuidado de que não se tornassem superstição. Entre esses sinais, adequados para a propa-gação do Evangelho, está o presépio. Sua simplicidade desperta a atenção de crianças e adultos, jovens e idosos, a Jesus.

Devido à sua plasticidade, o presé-pio foi incorporando detalhes da vida humana, como os pastores, as ovelhas, os reis magos, o Menino Jesus na man-jedoura, Maria e José, representados de forma inspiradora por artistas em todo o mundo.

Como São Francisco, cada homem precisa de sinais que os conduza nos mistérios da fé e da vida. Alguns sinais (ou sacramentos) já não gozam de tan-ta compreensão entre as pessoas de hoje. Outros, porém, por causa da sua simplicidade e imediatismo, têm ainda muita efi cácia. Entre estes, o presépio.

O Natal e a família

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www.dioceseblumenau.org.br Dezembro de 2011 e Janeiro de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau

Variedades10

CONTOCONTOUma história de Natal

DESAFIO

“Eis que a jovem conceberá e dará à luz um filho e lhe porá o nome de Emanuel”

(Is 7,14)

DESAFIO BÍBLICO

RESPOSTAS DO TESTE ANTERIOR

1. Zacarias, que estava mudo, es-creveu o nome de seu fi lho João:

a) Numa pedrab) Num papiroc) Numa tabuinhad) Num pergaminhoe) Numa pele de cabrito

2. O profeta que anunciou o nas-cimento de Jesus de uma virgem cha-mava-se:

a) Ezequielb) Sofoniasc) Jeremiasd) Isaíase) Oséias

3. José, ao saber que Maria estava grávida, resolvera deixá-la. Quem o fez mudar de idéia?

a) Um sacerdoteb) Um amigoc) Um parented) Um profetae) Um anjo

4. Como era o nome do imperador romano quando Jesus nasceu?

a) Herodesb) Dioclecianoc) Cesar Augustod) Arquelaue) Maximino

5. Quem recebeu por primeiro a no-tícia do nascimento de Jesus?

a) Os sacerdotesb) Os levitasc) Os samaritanosd) Os lavradorese) Os pastores

6. Conforme a tradição, os nomes dos reis magos eram:

a) Gaspar, Mechior e Zebedeub) Malaquias, Baltasar e Jeroboãoc) Matatias, Abdulai e Gaspar d) Melchior, Gaspar e Baltasare) João, Jeroboão e Melchior

Como é tempo de Natal, prepa-ramos um teste bíblico acerca das passagens relacionadas aos prepa-rativos para o nascimento de Jesus. Aproveite que estará de férias para refl etir estes acontecimentos e res-

ponder às perguntas. Envie suas respostas até o dia 20 de janeiro para o e-mail [email protected] ou pelo Correio para a Cúria Diocesana de Blumenau, aos cuidados do Padre Raul Kes-

tring (Rua XV de Novembro, 955 / Blumenau-SC / CEP 89010-003). Informe seu nome completo, tele-fone e endereço. Se acertar todas as questões você concorre a uma bíblia.

Infelizmente ninguém venceu o desafi o lançado no mês de novembro, portanto, não há ganhadores. Veja as respostas corretas do teste:

Encare o teste bíblico deste mês Aproveite suas férias para pensar,

pesquisar e responder ao nosso quiz

QUAL A RESPOSTA CERTA?

1. Êxodo é um livro histórico?Sim

2. Salmos é livro da Lei?Não

3. Atos dos Apóstolos é livro poético?

Não

4. Rute é livro histórico?Sim

5. Mateus é livro poético?Não

6. Jeremias é livro poético?Não

7. Tito é epístola geral?

Sim

8. Gálatas é livro da Lei?Não

9. Eclesiástico é livro histórico?Não

10. Colossenses é Carta de Paulo?Sim

Era uma vez uma família: pais e seis fi lhos homens. Todo ano, no Natal, era a mesma coisa: na véspera, pai e fi lhos se uniam para construir um presépio. E a cada ano o presépio ia ganhando mais vida, fi cando maior e mais bonito, até ocupar toda uma sala da humilde casa. O lugar ia ganhando a simpatia dos moradores da pequena cidade do interior de Minas.

Havia os personagens da gruta: o Menino Jesus, Nossa Senhora, São José, os pastores, os anjos, o burrinho a vaquinha. Ao redor, mais pastores, ovelhas, plantações e, ao longe, a cidade, de onde partiram os Reis Magos. Ao construir a cidade, os meninos criavam miniaturas de casas com barro, cópias fi éis da pequena cidade onde moravam. Cada casa tinha um dono: o Zé Serafi m, o João Lino, a loja do Seu Lazaro, a praça, o coreto, a igreja... todos iguais aos originais.

No sexto ano de construção, o presépio foi iluminado e ganhou algumas peças que se moviam com a eletricidade. Por isso chamava ainda mais a atenção dos moradores da cidade e de visitantes que vinham ver a beleza da montagem. Depois de tudo pronto, vinha a parte mais importante: aguardar a meia noite, hora que o Menino Jesus nasceu.

Mas o presépio só era construído na véspera do Natal e desmanchado no dia 7 de janeiro, depois da chegada dos três Reis à gruta do Menino Jesus. A família reunida fazia uma oração ao desmontar e guardar o presépio em caixas, com todo o cuidado, para o ano seguinte.

Presentes

Na noite de Natal, a família ia à Igreja para a Missa do Galo e, quando esta terminava, se apressavam em voltar para casa e ver os

presentes que Papai Noel havia deixado nos sapatos, no chão, junto do presépio. Era uma alegria. O mais velho estava com 11 anos e, sem exceção, todos acreditavam no Papai Noel. O presente era uma garrafa de guaraná e uma nota de dois mil réis (moeda da época, de valor bem razoável), pois ainda não existiam os brinquedos para comprar e os meninos mesmo faziam os seus, de barro e madeira.

Naquele ano o Espírito de Natal veio com outro propósito para um dos meninos - o segundo. Ele fez um esconderijo debaixo do presépio com as mesas e armações de madeira, onde puxou um fi o de luz. À noite, ao invés de ir para a cama, entrou debaixo do presépio e fez um pedido para Papai Noel: que seu próximo irmão nascesse mulher. Porque sua mãe dizia que a cegonha iria trazer mais um irmão no fi nal de março e, pelo que os outros meninos diziam, o sétimo irmão homem iria nascer um lobisomem.

Não é que Papai Noel atendeu? No dia 2 de abril nasceu uma irmãzinha, a primeira. Depois, Papai Noel fi cou tão emocionado que resolveu dar mais duas irmãzinhas para os meninos. Conclusão: foram nove fi lhos que seu Zé teve com dona Geny, seis homens e três mulheres. Todos criados na mais perfeita união, hoje todos velhinhos e bem felizes.

Principalmente no Natal, todos se reúnem e mantêm a tradição de festejar a chegada do Menino Jesus e a distribuição dos presentes. O Natal é do mundo inteiro e a festa é uma só: comemorar o nascimento daquele que veio para pregar o amor na humanidade. Que o Espírito do Natal esteja em todos os lares...

Rômulo José Ferraz

Page 11: Jornal da Diocese de Blumenau Dezembro/2011-Janeiro2012

11Dezembro de 2011 e Janeiro de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

Nossa História

Direção Geral:Dom José Negri PIME

Diretor Geral:Pe. Raul Kestring

Diretor Comercial:Pe Almir Negherbon

Textos e edição:New Age Comunicação

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e Divulgação

Revisão:Pe Raul KestringRaquel ResendeAlfredo Scottini

Impressão:Jornal de Santa Catarina

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Periodicidade:Mensal

Distribuição gratuitaCorrespondência

Cúria Diocesana de BlumenauRua XV de Novembro, 955 -

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Sugestões de matérias, fotos, artigos e outras contribuições para o Jornal da Diocese podem ser feitas pelo e-mail

[email protected] até o dia 12 de cada mês.

ExpedienteJornal da Diocese

de Blumenau

“Passarão o céu e a terra, mas minhas palavras não passarão”

(Mt, 24,35)

Dom Tito Buss, bispo de Rio do Sul, no dia 6 de março de 1970 criou a Paró-quia de Benedito Novo, elevando a ca-pela dedicada a São Roque à categoria de Igreja Matriz. A decisão atendeu ao bem espiritual do povo de Deus naque-le município, depois de ouvido o pare-cer do reverendo frei José Afonso Ribei-ro (TOR), vigário da Paróquia de Santa Maria no mesmo município, da qual foi desmembrada a nova comunidade. E também o frei Jairo Beninca (TOR), que já presidia aquela comunidade.

Desmembrada da Paróquia de Santa Maria, seus limites foram traça-dos em conformidade com os sacerdo-tes que presidiam as comunidades no momento da divulgação do documento ofi cial.

BENEDITO

Instalação da nova comunidade foi estimulada a partir das Santas Missões, realizadas em 1962

Paróquia em honra de São Roque

Os primeiros imigrantes chegaram a Benedito Novo em 1876. O casal Benedito, estabelecido em Carijós (In-daial), possuía vários fi lhos e um deles passou a residir na localidade e a região que ele escolheu começou a ser cha-mada de Benedito. A coloni-zação durou mais ou menos 50 anos e as famílias eram de origem alemã, polonesa, italiana e açoriana.

A primeira igreja católica de Benedito Novo foi cons-truída em 1933, passando a ser visitada periodicamente pelos frades franciscanos de Rodeio. Alguns sacerdotes que atenderam às várias co-munidades católicas foram frei Honorato Bruggemmaus, frei Raimundo Holter e frei Conrado Rosbach.

A Paróquia foi criada ape-nas em 1970, tendo seus membros decidido que o pa-droeiro seria São Roque, cuja festa é realizada atualmente. O primeiro vigário foi o frei Jairo Beninca. A partir de 15 de janeiro de 1996, os fran-ciscanos deixam a paróquia e, em virtude disso, a comu-nidade passa a ser adminis-trada pelas Irmãs Catequis-tas Franciscanas. No mesmo ano, inicia-se a construção do Centro Pastoral, destinado à catequese, encontros e de-mais atividades.

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Capela São Roque, nos anos 1940 e 1950 pertencia à Paróquia São Francisco de Assis, de Rodeio

A paróquia de Benedito Novo foi criada nos anos 1970

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Page 12: Jornal da Diocese de Blumenau Dezembro/2011-Janeiro2012

“Neste Natal reacende em nós a esperança da fé. O Senhor visita o seu povo, Ele está no meio de nós! Que a alegria deste tempo santo, onde o amor e a paz se fazem presentes em cada oração, em cada família, em cada lar, possa perdurar em nossas vidas, construindo um mundo de esperança no êxodo do Reino defi nitivo!”

Padre Walmir Marcolino Gomes, paróquia Nossa Senhora de Fátima, Blumenau

12 www.dioceseblumenau.org.br Dezembro de 2011 e Janeiro de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau

“Se reconhecemos nossos pecados, então Deus se mostra fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”

(1Jo 1,9)

OFS

Movimentos

A Ordem Franciscana Secular (OFS) foi fun-dada por São Francisco de Assis, com a intenção de dar aos leigos a possibilidade de fazer parte do seu carisma. Mais de 800 anos depois da morte do santo fundador, continua dando frutos de santi-dade e salvação pelo mundo. Em Santa Catarina a Ordem está organizada em três regiões, cha-madas de distritos.

O 2º Distrito realizou um encontro em Blume-nau, no dia 6 de novembro. A Capela São Domin-gos Sávio, na Itoupava Central, foi o palco que reuniu 96 representantes da OFS, vindos do Alto e Médio Vale, do Litoral Norte e do Norte do Esta-do. As fraternidades deste distrito estão presentes nos municípios de Atalanta, Ituporanga, Rodeio, Rodeio 12, Blumenau, Gaspar, Balneário Cambo-riú, Joinville e São Francisco do Sul.

O motivo pelo qual o Conselho Regional da OFS de Santa Catarina, juntamente com a coor-denação do 2º. Distrito, escolheu a capela da Rua

Franciscanos promovem encontro em Blumenau

FRANCISCANISMOEm dezembro, a Ordem Francis-

cana comemora a instituição do pre-sépio. São Francisco nutria um amor imenso pelo nascimento do Menino Jesus, pois, por este ato, Jesus Cristo trouxe a salvação a todos os seres hu-manos, aos homens de boa vontade.

Enfim, teve uma ideia luminosa. Conversou com o amigo da Ordem Franciscana Secular, João Velita e lhe recomendou preparar um local, que traduzisse os momentos do nas-cimento de Jesus, na Gruta de Be-lém. Em Greccio João preparou tudo, levando um asno e um boi para uma gruta, que a São Francisco lembrava a de Belém.

Na noite de 24 de dezembro, noite de Natal, todas as pessoas da região foram convidadas. Os sinos das igre-jas bimbalhavam, os castelos estavam iluminados e as pessoas, em procis-são, com tochas acorriam a Greccio. Era a celebração do nascimento de Jesus. Uma pedra servia de altar, no qual foi celebrada a Santa Missa de Natal. Francisco era apenas diácono, pois nunca se sentiu digno de ser sa-cerdote. Para ele o sacerdote era uma pessoa sagrada visto que transforma o pão no Corpo e o vinho no Sangue de Jesus Cristo. O sacerdote repro-duz, refaz a Santa Ceia da quinta-fei-ra da Semana da Paixão.

Como diácono ele podia pregar. O sermão derramava todas as emoções de São Francisco, a tal ponto que a maioria das pessoas deixava as lágri-mas escorrerem pela face.

Foi um momento soleníssimo, san-to e inesquecível. Tão marcante que atravessa a história e celebramos a festividade todos os dias 24 de de-zembro. É o nascimento de Jesus que nasce, sempre que comungamos, em nosso ser, em nosso coração para ser a nossa Luz, Verdade, Caminho e Vida. Feliz Natal, com Jesus, ilumi-nando o nosso ser, a nossa alma.

Alfredo Scottini

Rua Amazonas, 3176 Garcia Blumenau SC Fone: (47) 3324 0013Rua Frederico Jensen, 4500 Itoupavazinha Blumenau SC Fone: ( 47) 3334 2100 Rua 2 de Setembro, 2515 Itoupava Norte Blumenau SC Fone: (47) 3041 1388

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Trêslojas

para melhor

atender

A Igreja é como um jardim, feito de muitas e variadas fl ores. Nela nascem e fl orescem iniciativas que a consolidam e vivifi cam

São Francisco na fun-dação da Ordem.

A programação estendeu-se por todo o domingo e contou com uma mensagem do Ministro Regional, a divulgação da Re-vista Cotovia, a visita ao Seminário da Mãe de Jesus e uma cele-bração eucarística.

Para o próximo ano, no dia 19 de agosto, possivelmen-te em Rodeio, have-

rá um encontro de representantes dos três distritos catarinenses, ou seja, uma reunião de todas as fraternidades do Estado. A pre-visão é que participem 700 membros da OFS, quando será realizado também o Ca-pítulo Regional, uma espécie de assembleia geral, além da celebração do encerramento do Ano Clariano.

Encontro bienal do 2o distrito da Ordem Franciscana Secular catarinense ocorreu em Blumenau

Franz Volles para o encontro foi a presença, ali, da Fraternidade Monte Alverne, coordenada pelo senhor Nicodemus Deschamps, ministro do 2º Distrito. Os encon-tros são bienais e ocorrem em locais diferentes, onde a fraterni-dade está presente.

Discussões

O revigoramento da Or-dem Franciscana Secular, a partilha de con-quistas e desafi os, a integração e o congra-çamento foram alguns objetivos do encontro desse ano. O frei José Luiz Prim (OFM), assistente espiritual de Santa Catarina, foi quem apresentou os temas de formação, contemplando especialmente os 800 anos do carisma de Santa Clara, companheira de

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As férias estão chegando e muitos diocesanos rumam para o litoral, para seu período de férias e descanso merecido. Mas, como cristãos, podem e devem manter, mesmo em outras cidades, a sua união com Deus, especialmente através da parti-cipação nas celebrações eucarísticas. O cristão e toda pessoa de fé sabe que, mais do que ajudar

seus fi lhos a descansar, é o Senhor o seu verdadei-ro descanso e repouso.

Aqui mesmo, na Diocese de Blumenau, há paró-quias localizadas em cidades litorâneas, que estarão com as portas abertas para receber os veranistas em sua liturgia, sejam eles irmãos diocesanos ou visitantes de outras regiões.

Paróquias13Dezembro de 2011 e Janeiro de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

“Voltai-vos para mim, todos os confins da terra, para serdes salvos, pois eu é que sou Deus e outro não há”

(Is 45,22)

LITORAL Mesmo fora de suas paróquias, os diocesanos podem dedicar um tempo para o louvor a Deus

Os horários de missas para quem sairá de férias

São Silvestre I

SANTO DO MÊS

De tempos em tempos, a providência divina esco-lhe pastores à altura dos desafios que a igreja atra-vessa. Assim se deu com o papa Silvestre I, um romano eleito em 314. Sob o império bizantino de Constantino, que se con-verteu à fé cristã, o cristianismo se expandiu. Mas era necessária uma estruturação e orga-nização eclesiástica que sustentassem tanta vida cristã.

Diante desta acomodação à nova reali-dade era normal emergirem tensões e de-safi os. Quando irrompeu o cisma na África, o imperador empenhou também toda a sua autoridade para manter a unidade e a paz. Em 324 realizou-se o primeiro Concílio da Igreja, o de Nicéia, no qual foi aprovado o credo contra a heresia ariana. O papa Silves-tre I, já bem idoso, não aguentaria a viagem e por isso enviou representantes competentes, para que a Igreja se fi rmasse no encontro.

Muitas e importantes edificações eclesi-ásticas marcaram o governo desse papa. A mais importante foi a construção da Basílica de São Pedro, no Monte Vaticano, em Roma. Também por causa de Silvestre I, Constanti-no patrocinou à Igreja um ato histórico e de muita relevância para a humanidade e o ca-tolicismo: doou seu palácio Lateranense para servir de moradia para os papas.

O grande mérito de gestos como este era o dedicado trabalho do Papa Silvestre I, pois, apesar de ter-se convertido e da infl uencia de sua mãe Helena, na verdade, Constantino nunca se deixou batizar. Sua conversão total só veio no leito de morte, quando pediu o ba-tismo e recebeu a comunhão.

O papa Silvestre I morreu no ano de 335, depois de ter governado a Igreja por 21 anos e produzido muitos e bons frutos para o Cris-tianismo. No ano seguinte à sua morte, no dia 31 de dezembro, uma festa foi dedicada a São Silvestre, tradição até nossos dias.

Santuário N. Sra. dos Navegantes – Navegantes ✗ Sábados -19h30✗ Domingos – 8 horas e 19h30✗ Segundas e sextas-feiras – 19h30✗ Terças e quintas-feiras – 7 horas✗ Quartas-feiras – 15 horas✗ A partir do dia 18 de dezembro, a missa

do domingo de manhã passa a ser celebra-da às 10 horas

Paróquia N. Sra. da Penha - Penha✗ Sábados e quartas-feiras – 19h30✗ Domingos – 8 horas e 19h30✗ Na primeira sexta-feira do mês – 19h30

Paróquia Santa Paulina, em Gravatá – Navegantes ✗ Sábados e quartas-feiras – 19h30✗ Domingos – 8 horas✗ Quintas-feiras – 19 horas✗ Na primeira sexta-feira do mês – 19h30

Paróquia São Domingos de Gusmão – Navegantes ✗ Sábados – 20 horas✗ Domingos – às 8 e às 20 horas✗ Quartas-feiras – 20 horas (missa e novena

a N. Sra. do Carmo)✗ Na primeira sexta-feira do mês – 19h30

Paróquia Santa Luzia – Navegantes ✗ Sábados – 19 horas✗ Domingos – 8 horas✗ Quartas-feiras – 19h30✗ Na primeira sexta-feira do mês – 19h30

Paróquia N. Sra. da Paz – Piçarras ✗ Sábados – 20 horas✗ Domingos – 8 e 20 horas✗ Quartas-feiras – 19 horas✗ Na primeira sexta-feira do mês – 19 horas

Paróquia Santo Antônio de Pádua - Piçarras ✗ Domingos – 8 e 19 horas✗ Quartas-feiras – 15h✗ Dia 13 de cada mês – 19 horas – missa em

louvor ao padroeiro✗ Aos sábados, esporadicamente há missas e

a comunidade é avisada nessas ocasiões

Page 14: Jornal da Diocese de Blumenau Dezembro/2011-Janeiro2012

“Deus ama a cada um de nós e disso temos certeza. Jesus renova o amor e nos convida a fazermos o mesmo. Expressemos com respeito, carinho, fé, solidariedade, compaixão, caridade, perdão, ética, moral, gratuidade e amor aquilo que recebemos de Deus!”

Padre Roberto Carlos Cattoni, paróquia Imaculada Conceição de Rio dos Cedros

Diocese vive a graça de três ordenações

Vida Missionária14 www.dioceseblumenau.org.br Dezembro de 2011 e Janeiro de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau

“Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”

(Mt 4,19)

VOCAÇÕES

A Diocese de Blumenau testemunhou a celebração de três ordenações vocacionais nos meses de novembro e dezembro, con-fi rmando que Deus continua chamando pes-soas no meio da sociedade, para a missão da Igreja e o serviço de construção de seu Reino. E que muitos são os que deixam suas redes e aceitam o chamado de Cristo para se tornarem pescadores de homens.

A primeira ordenação ocorreu em In-daial, na Igreja São Francisco de Assis, que pertence à Paróquia Nossa Senhora de Fá-tima. No dia 12 de novembro o bispo Dom José ministrou o sacramento da Ordem no grau de diácono permanente a José Tarcí-sio Bartzen, que atua naquela comunidade

Professor aposentado, casado com Nair, pai de quatro fi lhos, aos 63 anos José Tar-císio Bartzen recebeu, como diácono per-manente, a missão de celebrar a liturgia, anunciar a Palavra, distribuir a eucaristia e conceder os sacramentos do batismo e do matrimônio.

O diaconato foi instituído pelos apósto-los, que não davam mais conta de servir a todos e, ao mesmo tempo, anunciar a Pa-lavra. Por isso escolheram sete seguidores para a missão de servir e atender às viúvas, os órfãos e os pobres, os mais fragilizados e desamparados (cf At 6,1-6).

Na Igreja atual, o diácono permanente concilia a vida doméstica e profi ssional com a dedicação à igreja, servindo a comunida-de, especialmente as famílias, exercendo o trabalho com os mais necessitados. Por isso é escolhido dentro da comunidade, com a sua aprovação e a da família, pas-sando por uma formação antes de ser un-gido. Na Diocese há mais de 60 diáconos, alguns eméritos (que, devido à idade, não têm mais o compromisso com o trabalho).

Ser missionário para o Reino de Deus

Podemos imaginar o co-meço da Igreja. Os apóstolos reunidos com Nossa Senhora, depois da morte e ressurreição do Senhor, se perguntavam se aquele era o começo do Reino de Deus.

Naquele momento, o que eles pensavam sobre o Reino de Deus era uma concepção nova acerca do mundo, sobre a vida cristã. E o Senhor alerta: “Não cabe a vocês saberem quando começa e quando ter-mina esse Reino, mas vocês têm a missão de proclamar em todos lugares que o Reino de Deus está implantado, que ele começou”.

Eu imagino que agora, dois mil anos depois, cada um de nós pode perguntar: “É agora, Senhor, que tu vais implantar o Reino dos céus?” E o Senhor responde mais uma vez que não cabe a nós conhecer quan-do começa e quando acaba esse Reino. Mas nós também recebemos a missão de procla-mar até os confi ns que o Reino dos céus chegou. E lembremos o que o Senhor nos diz: “Eu estarei convosco até o fim dos tempos”.

Irmãos e irmãs, é esta a missão que o Senhor dá a nós hoje. Ele conta com cada um e nos envia como missionários para anunciar o Reino de Deus. Essa é a grande responsabilida-de nas nossas mãos.

Ser missionário do Reino de Deus é ter o coração cheio

de amor a Deus e aos irmãos. Aquele que não se enche des-sa graça dada pelo amor de Deus não tem como pregar o Reino para os irmãos. Ser mis-sionário significa dar-se pelo Reino, desprender-se de tudo e de todos, das seguranças, para viver somente pelo Reino e seu anúncio.

É necessário que a cada dia eu me alimente de Cristo, para que eu possa anunciá-lo ao outro. Toda missão verda-deira começa em mim, no meu relacionamento e no meu amor para com Deus. É por isso que Santo Agostinho diz: “Senhor, eu te procurei tão longe e não te encontrei, vim te encontrar aqui mesmo, dentro de mim”.

Somente tendo anunciado-res santos teremos um tempo novo de santidade. Quando caminhamos nessa santidade e anunciamos a Palavra de Deus nesse espírito de santidade, podemos dizer: “Nós fizemos somente aquilo que é a vontade de Deus”. Na missão, não po-demos esperar nada de Deus. Jamais podemos dizer: “Olha, Senhor, o que eu fi z por ti. Ago-ra me dá o retorno”. Ser missio-nário é trabalhar sem esperar retorno, como o servo inútil que se colocou a serviço do Senhor sem esperar recompensa. Por-que nós somos apóstolos da Palavra de Deus.

Padre Alcimir José Pillotto

Dois diáconos e um sacerdote foram ordenados nas comunidades neste fi m de ano

Pronto para servir

desde 1989.No dia 8 de dezembro foi a vez do semi-

narista Carlos Ronaldo Evangelista da Silva receber, pela imposição das mãos de Dom José, a ordenação diaconal transitória. A cele-bração foi na Paróquia Imaculada Conceição, em Blumenau. O diaconato é a última etapa da formação dos padres, antes da ordenação sacerdotal.

Finalmente no dia 11 de dezembro, na Catedral São Paulo Apóstolo, a comunidade conferiu a ordenação sacerdotal do diácono Ricardo Alexandre Feüstel Kreutzfeld, que neste último período de sua formação estava atuando na Paróquia Santa Luzia, em Nave-gantes.

Como diácono permanente, Bartzen reafirma seu compromisso com a comunidade

Page 15: Jornal da Diocese de Blumenau Dezembro/2011-Janeiro2012

“O Natal se aproxima, percebemos pelos enfeites das lojas e ruas. O tempo é também de preparação espiritual para o aniversário de Jesus, através das celebrações, novenas e outras atividades celebrativas. Que a espiritualidade do Natal marque seus corações e que, neles, o Menino Jesus resplandeça no vigor do seu Natal!”

Padre Ademar Gadotti, paróquia São Ludgero de Pomerode

“Nele, Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo, para sermos santos e íntegros diante dele, no amor”

(Ef 1,4)Espaço da Família15

FAMÍLIA

Um ano para celebrar o dom de Deus

Família como lugar e escola de comunhão, pri-meiro lugar para a iniciação à vida cristã das crian-ças, no seio da qual os pais são os primeiros cate-quistas. Também é o eixo de toda a evangelização. Por isso, a família merece um olhar e uma conside-ração especial.

A Diocese de Blumenau prioriza a família, pois é um dos tesouros mais importantes e patrimônio da humanidade inteira, sendo a família o lugar de rea-lização humana, de santifi cação na experiência da paternidade e maternidade, fi liação e de educação contínua e permanente da fé.

A Diocese de Blumenau, a partir da Assembléia Diocesana, programou um triênio missionário, sen-

Dezembro de 2011 e Janeiro de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

Em 2012, o foco da Diocese será na instituição familiar, incluindo a atenção aos casais de segunda união

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Dia Nacional da FamíliaNo dia 24 de outubro de 1963, o Decre-

to Federal nº.52.748 criou o Dia Nacional da Família, estabelecendo-o para o dia 8 de de-zembro. No texto fi cou claro que na família ideal deve existir, em primeiro lugar, o amor, base de uma boa convivência. Atrelado a ele devemos ter confi ança, obediência, coopera-ção, tolerância e principalmente o respeito.

Ainda bem que alguém se lembrou de criar um dia para a família, já que existe dia para tudo. Nós, seguidores de Cristo e dos seus ensinamentos, já somos orientados por uma lei um pouco mais antiga, digamos de uns 2000 anos atrás. Ela não foi criada por de-creto ou com palavras, mas com testemunho, com exemplo de vida. Não foi registrada em cartório, mas nos corações, nas consciências.

A lei dos homens, que procura se inspi-rar na Lei de Deus, diz que é preciso “amar, confi ar e respeitar”. Mas, amor, confi ança e respeito não se impõem, se conquistam.

Na Idade Média, na família, imperava o machismo, em que o homem era o todo-

muita coisa mudou. A mulher conquistou dig-nidade e o homem evoluiu, descobrindo a verdadeira essência do amor. Abriu os olhos e vislumbrou a beleza que podemos encon-trar na família. Entendeu que Deus não criou uma escrava e sim uma igual para comparti-lhar o milagre da geração dos fi lhos. E Deus dá os fi lhos para serem amados, preparados para a vida, ensinados nos caminhos da fé para, depois, habitarem o céu, com os anjos e santos.

Aprendemos na escola que a família é a base da sociedade, mas a sociedade tem de compreender que não existe família sem valo-res. São os valores da vida, do respeito, da fé, do amor, que constroem efetivamente a famí-lia. Os pais, antes de mais nada, precisam ser modelos para os fi lhos, transformar sua casa em uma Igreja Doméstica, educar os fi lhos à luz da Palavra de Deus. É importante que os filhos tenham cultura, profissão, educação, mais importante, porém, é que se tornem cris-tãos autênticos e cidadãos conscientes.

Padre Raul Kestring

do que 2012 será o Ano da Família, 2013 será o Ano da Juventude e 2014, o Ano das Lideranças.

Para o Ano da Família, a Diocese propõe três objetivos:

1. Criar e promover a unidade entre pastorais e movimentos familiares,a partir de encontros e cele-brações em âmbito comarcal e diocesano.

2. Conhecer a realidade familiar das paróquias.3. Revalorizar o processo de preparação para o

matrimônio.

Também foram elencadas as seguintes atividades:

1. Visitação das famílias para a realização do le-vantamento da realidade familiar da Diocese.

2. Encontros com os movimentos familiares.3. Retiro para todos os movimentos.4. Um mega show com Padre Zezinho, voltado

para as famílias.5. Encontros de capacitação de agentes pasto-

rais e de movimentos.6. Fazer um levantamento dos casais que vivem

juntos, em segunda união e em crise.7. Missa de abertura da Semana da Família.8. Um domingo diferente para casais de segun-

da união.9. Encontro Diocesano da família.

Além destes objetivos e atividades, as paró-quias, a partir das pastorais e movimentos, poderão realizar outras ações. O grande desafio é unir os movimentos familiares, a fi m de que, juntos possam chegar até a família e concretizar a ação missioná-ria, neste ano a ela dedicado. A família deve ser o alvo da evangelização.

Padre João Bandoch, coordenador diocesano de Pastoral

poderoso. Os casamentos eram arranjados, visando a interesses fi nanceiros e políticos. Os fi lhos raramente recebiam carinho do pai.

Poderíamos perguntar: será que hoje mudou muita coisa nesse sentido?

Para as famílias cristãs, com certeza,

Os pais devem ser modelo para os filhos, educando-os à luz da Palavra de Deus

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Page 16: Jornal da Diocese de Blumenau Dezembro/2011-Janeiro2012

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CNBB Regional Sul 4

pág. 13Confi ra os horários de missas nas paróquias do litoral neste verão

TERNO DE REIS

Grupos de cantores levam a mensagem da natividade para as famílias da região

A tradição das cantorias para anunciar o Natal[+] Nossos Reis

(Família Dias)

Entre no clima e cante com o Terno de Reis:

Nossos Reis de porta em portaEm sua casa está chegandoBoas festas de NatalNós andamos anunciando

Nosso Terno está chegandoEsta é a primeira vezCom licença meu senhorPra cantar o nosso Rei

Sei que vós estais dormindoCom os anjos estais sonhandoQuando escutar nosso TernoDevagar vai levantando

Porta aberta e luz acesaEntão podemos pararSe você nos der licençaEm sua casa vamos entrar

Enquanto a cidade dorme, os cânticos dos grupos de Terno de Reis invadem casas e co-rações, deixando a marca de um Natal repleto de paz e alegria. Grupos de diferentes cidades da região abraçada pela Diocese de Blume-nau se organizam para anunciar a chegada do Menino Jesus e a visita dos Reis Magos. As cantorias ocorrem mais intensamente nes-ta época, culminando com a celebração dos Santos Reis, em 6 de janeiro.

A tradição se expandiu na região e já são comuns os encontros dos grupos, como em uma celebração. Em Indaial, ocorreu no dia 3 de dezembro o 15º Encontro Catarinense de Terno de Reis. Dez grupos do Vale do Itajaí e do litoral participaram. Já em Piçarras, a Festa de Reis acontecerá nos dias 7 e 8 de janeiro, na Paróquia Santo Antônio de Pádua. A missa será animada com as cantigas de Reis, pelos grupos da região.

Surpresa e emoção nas visitasEm sua origem, o ponto alto do Terno de

Reis é a visitação às casas, tradição que vem da cultura açoriana, preservada até hoje. Os cantores com seus instrumentos musicais (es-pecialmente os de corda), liderados por um mestre de canto, se posicionam em frente ao portão da família, quando ela dorme. Iniciam um primeiro canto, de saudação, em que apresentam a mensagem de Jesus nascido e o Terno de Reis.

Durante a cantoria, a letra vai instruindo o morador sobre o que fazer: levantar-se da cama, acender as luzes e abrir a porta, se for de seu agrado acolher os visitantes. Já dentro

rança aos moradores da região, além de partici-parem de eventos culturais por todo o Brasil.

A repercussão desse trabalho resultou na gra-vação do primeiro CD, no ano 2000. Atualmente são sete CDs e um DVD gravados. A maioria das letras é composta por integrantes do grupo. Os ensaios são semanais e a Família Dias tem agen-da de apresentações em festas, eventos, missas e encontros temáticos durante todo o ano.

Para José Dias, o trabalho é muito gratifi can-te. “A chegada do Terno de Reis é um momento especial para a família. A alegria das pessoas ao receber o grupo é uma das nossas maiores re-compensas”, diz.

da casa o grupo entoa novas canções, que falam do Natal, da Sagrada Família e dos Reis Magos. É costume que os anfi triões ofereçam guloseimas natalinas aos cantores. Uma oração e a música de agradecimento são a despedida, e o Terno de Reis parte rumo a outra residência.

Emoção

José de Oliveira Dias, líder do Terno de Reis Família Dias, de Blumenau, foi um dos responsá-veis pelo resgate das cantorias no Vale do Itajaí. O grupo foi criado há 92 anos e atualmente conta com 11 integrantes, que levam músicas de espe-

Ansiedade

Em Indaial, os integrantes do Grupo Fol-clórico de Terno de Reis Estrela do Orien-te também se preparam o ano inteiro para cumprir uma agenda de encontros, festivais, apresentações em empresas e visitas às ca-sas. Nesta época as cantorias ocorrem em cerca de 40 famílias. O grupo tem 17 anos e o seu objetivo é difundir cada vez mais a tradição da cantoria de reis. “É importante manter o trabalho para que a tradição nunca morra e se mantenha fi rme”, afi rma Ari dos Santos, coordenador e presidente do Estrela do Oriente.

Família Dias foi um dos grupos participantes do Encontro Catarinense de Terno de Reis, em Indaial

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