Jornal da Diocese de Blumenau Setembro/2011

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Congresso Eucarístico Diocesano será realizado em outubro Diocese de Blumenau CNBB Regional Sul 4 ANO XI - nº 120 - Setembro de 2011 - Leia mais: www.diocesedeblumenau.org.br pág. 3 Diocese de Blumenau Jornal da BÍBLIA Só tu tens palavras eternas, queremos te ouvir

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Jornal da Diocese de Blumenau, ano XI, Edição 120, Setembro de 2011

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Congresso Eucarístico Diocesano será realizado em outubro

Diocese de BlumenauCNBB Regional Sul 4

ANO XI - nº 120 - Setembro de 2011 - Leia mais: www.diocesedeblumenau.org.br

pág. 3

Diocese de BlumenauJornal da

BÍBLIA

Só tu tens palavras eternas, queremos te ouvir

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www.dioceseblumenau.org.br Setembro de 2011 . Jornal da Diocese de Blumenau

Opinião “A Bíblia é a carta de amor de nosso Pai. E nós a deixamos fechada no envelope”

(São Gregório Magno)

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No tempo da perseguição de Diocleciano (ano 304), em uma cida-de romana, na atual Tunísia, cristãos foram presos, porque celebravam a eucaristia dominical. Quando o pres-bítero e os cristãos estavam diante do procônsul, foram questionados sobre os encontros proibidos. O dono da casa respondeu: “não pude impedir meus irmãos que se reunis-sem em minha casa porque nós não podemos viver sem a eucaristia”. To-dos foram martirizados.

Esse martírio se tornou testemu-nho de como os cristãos viviam o domingo, como um momento irre-nunciável da semana. Os mártires

testemunharam com sangue que, na celebração eucarística do domingo, está implícita a identidade cristã. Um verdadeiro cristão não pode renun-ciar à missa dominical.

Na carta apostólica que escreveu sobre o sentido do domingo, João Paulo II afi rmava: “O domingo, com sua solenidade, permanecerá a rit-mar o tempo da peregrinação da Igreja até ao domingo sem ocaso. Homens e mulheres do terceiro mi-lênio, ao encontrarem a Igreja que cada domingo celebra alegremen-te o mistério donde lhe vem a vida, possam encontrar o próprio Cristo ressuscitado. E os seus discípulos,

de Deus, do amor, de comunhão. Devemos redescobrir o signifi cado do “encontrar-nos” para celebrar a eucaristia. Significa manifestar o mistério de Deus entre nós. “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio de-les” (Mt 18,20). Nosso encontrar-nos se torna o antídoto à solidão e ao egoísmo da sociedade sem Deus.

No dia 2 de outubro, a Igreja de Blumenau se encontrará para celebrar o Congresso Eucarístico Diocesano. Esse evento será uma oportunidade para reafirmarmos, como Diocese, que acreditamos que o Senhor Jesus presente na Eucaristia está no meio de nós e caminha conosco até o fim dos tempos (Mt 28,20).

Sem o domingo não podemos viver

Arti

go

Grito dos Excluídos, uma refl exãoA Igreja da Palavra “O movimento aponta os erros e os crimes do atual modelo excludente, mas quer ser propositivo, buscar formas concretas de ação popular”

A Igreja, em todo o mundo, prepara-se para, no próximo ano, celebrar um grande jubileu: os 50 anos do início do Concílio Vaticano II, que se estendeu de 1962 a 1965.

Se agora, por ocasião desta comemoração, quiséssemos dizer o que significou o concílio, teríamos duas constatações. A primeira, a inserção da Igreja na modernidade. Antes víamos um apostolado apologético, dogmático, quase maniqueísta. Hoje vemos uma evangelização inserida nas alegrias e esperanças das pessoas e grupos. A Igreja também assumiu as conquistas técnicas e científi cas para fortalecer e ampliar sua tarefa prioritária da pregação do Evangelho.

Hoje, também, nos adiantamos em fazer voltar a Igreja para a fonte da Palavra. É esta a segunda e promissora constatação. Começando pela constituição dogmática “Dei Verbum” (Palavra de Deus), a luz do Concílio Vaticano II recuperou o lugar da Palavra. No espaço litúrgico, a bíblia ganhou

destaque. Resgatou-se a mesa da Palavra (ambão). As famílias católicas foram convocadas a ter e a ler a bíblia. A catequese tornou-se encontro com a Palavra. Propusemo-nos a nos tornar cada vez mais a Igreja da Palavra. Por ela, Deus fala conosco e nós com Deus. Esse diálogo com o Pai abre-nos para o diálogo entre nós e com os diferentes.

Em setembro celebra-se o Mês da Bíblia, como fruto do tempo da Palavra. Também nosso Jornal elegeu a Palavra como tema aglutinador dessa edição. Falamos do método da Leitura Orante como um jeito apropriado e eficiente de alimentar-se da “palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4).

No mês da celebração do Dia da Pátria, com a proposta do Grito dos Excluídos, a Palavra vem nos advertir que uma nação deve espelhar-se no projeto divino revelado. Ainda mais que somos um país onde mais de 90% se confessam cristãos, discípulos do Senhor.

Edito

rial

Dom

Jos

é

“O cristão deve sentir que faltou algo em sua vida, se a semana não começar com um momento de graça, como é a missa dominical”

renovando-se no memorial semanal da Páscoa, tornem-se anunciadores do Evangelho que salva e construto-res ativos da civilização do amor”. (O dia do Senhor, 87)

Mais que um preceito, o domingo é um dom do Senhor. A participação na eucaristia, coração do domingo, é um privilégio. O cristão deve sen-tir que faltou algo em sua vida, se a semana não começar com um mo-mento de graça, a missa.

O Dia do Senhor nasce de uma convocação, de um chamado do católico a encontrar-se para expres-sar o mistério da Igreja, como famí-lia que vive uma única vida: a vida

O Grito dos Excluídos não é um evento localizado no tempo e no espaço, mas um conjunto de atividades que convergem para uma data de mobilização geral, o chamado “dia do Grito”, que no Brasil ocorre em 7 de setembro e na América Latina, em 12 de outubro.

Depois de anos de história, podemos apontar algumas constantes de sua realização. Uma delas é de que grande parte da população no Brasil e em todos os países latinoamericanos vem sendo cada vez mais excluída dos benefícios do desenvolvimento tecnológico e econômico. Essa exclusão cresce ano a ano, negando à maioria os direitos fundamentais a uma real e justa cidadania.

O Grito faz a denúncia do modelo neoliberal globalizado e do sistema financeiro internacional, cujo único interesse é maximizar lucros, esquecendo a situação de fome e miséria de milhões de pessoas, especialmente no Terceiro Mundo. A denúncia atinge as elites nacionais, que subordinam a economia e a política aos credores internacionais,

comprometendo, inclusive, a soberania nacional.

O Grito aponta os erros e os crimes desse modelo excludente, mas quer ser propositivo. Buscar formas concretas de ação popular, contribuir para a transformação da sociedade, construir um desenvolvimento econômico participativo e sustentável, respeitando a vida e a natureza. É preciso apoiar as iniciativas populares, respeitar as diferenças de soluções, fortalecer as organizações de base e as variadas formas de luta. Lembrar que os povos latinoamericanos têm uma história de resistência, uma memória viva, criativa e ativa na busca de alternativas.

Por f im, procura-se garantir o protagonismo dos excluídos. A partir das bases, eles são chamados a participar da preparação do Grito. São os donos da palavra, a voz ativa do movimento, envolvidos na produção do conhecimento, na organização e na mobilização.

Padres Luiz Bassegio e Alfredo Gonçalves

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DioceseSetembro de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

“Tomai, comei, isto é o meu corpo. Bebei dele todos, pois este é o meu sangue da nova aliança, que é derramado em favor

de muitos, para remissão dos pecados”(Mt 26,26-28)

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O ano de 2011 está sendo vivido na Diocese de Blumenau como o Ano da Li-turgia. Mas, porque e para que um ano da liturgia e um Congresso Eucarístico?

O Concílio Vaticano II (1962-1965) diz que “a Liturgia é cume da vida cristã e fonte donde emana toda a sua força” (SC,10). Sendo assim, a Diocese de Blu-menau quer, com este ano, revitalizar a vida litúrgica de nossas paróquias e comu-nidades.

Sendo a Liturgia fonte e cume da Igre-ja, a Eucaristia, que é a presença real de Cristo em nosso meio, é o sacramento por excelência da vida comunitária (eclesial).

O Congresso Eucarístico Diocesano, que acontecerá no dia 2 de outubro, no Ginásio de Esportes Galegão, em Blu-menau, será o coroamento do Ano da Liturgia, o cume de todos os trabalhos deste ano. Será, também, a fonte que nos abastecerá em nossa missão e em nosso “Ser Igreja”. Pois, “quanto mais viva for a fé eucarística no povo de Deus, tanto mais profunda será sua participação na vida eclesial, por meio de uma adesão convicta à missão que Cristo confi ou aos seus dis-cípulos” (Sacramentum Caritatis, n. 6).

O Congresso Eucarístico será aber-to a toda a comunidade e a expectativa é reunir cinco mil participantes de toda a Diocese.

Naquele domingo, solicíta-se que, na parte da manhã não haja celebrações nas paróquias e comunidades da diocese.

[+] PROGRAMAÇÃO

✗ 8 horas: acolhida

✗ 8h30min: Momento Mariano,

com a acolhida de Nossa

Senhora Aparecida, vinda

do Santuário Nacional de

Aparecida (SP)

✗ 9 horas: palestra

“Eucaristia, Pão da

Unidade”, ministrada

por Dom Murilo

Sebastião Ramos

Krieger, arcebispo de

Salvador (BA)

✗ 9h45min: testemunho de

uma família sobre a eucaristia

✗ 10 horas: animação

✗ 10h15min: palestra “Seus

olhos se abriram e eles o

reconheceram (Lc 24,31) – a

Eucaristia e a transformação

da Sociedade”, ministrada

pelo padre Vitor Galdino

Feller, coordenador de

LITURGIA

Diocese prepara Congresso EucarísticoA Eucaristia, presença real de Cristo em nosso meio, é o sacramento da vida comunitária

CURTASEQUIPE DE LITURGIA

CRISMA NO SANTUÁRIO DE NAVEGANTES

A Equipe Diocesana de Liturgia esteve reunida no Centro Catequético Frei Braz Reuter, em Blumenau, no dia 12 de agosto, para uma reunião, presidida pelo coordenador diocesano da Pastoral Litúrgica, padre Anderson Ferrari. Vários representantes de comarcas participaram, trazendo a caminhada litúrgica de suas regiões, suas alegr ias e desaf ios. Foram rev i sadas t ambém as agendas comarcal e diocesana, para dinamizar as atividades que formam e aprimoram e s s a á r e a t ã o i m p o r t a n t e d a evangelização.

O Santuário Nossa Senhora dos Na-vegantes, na cidade de Navegantes, ce-lebrou no dia 30 de julho, a Crisma de seus jovens. Mas antes de receberem a unção do Espírito Santo, os crismandos tiveram a oportunidade de conversar de perto com Dom José Negri. Um dia an-tes do Sacramento, o bispo esteve na comunidade, levando sua motivação, orientando e respondendo a dúvidas dos jovens.

Pastoral da Arquidiocese de

Florianópolis e diretor do ITESC

✗ 11 horas: testemunho de um

religioso que trabalha numa

favela da periferia de São Paulo

✗ 11h30min: adoração ao

Santíssimo, presidida por Dom

José Negri, bispo diocesano de

Blumenau

✗ 12 horas: almoço

✗ 13h30min: animação

✗ 13h45min: apresentação

teatral

✗ 15 horas: celebração da missa

e encerramento do Congresso

Eucarístico, presididos por Dom

Murilo Krieger

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“Felizes são os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática”

(Lc 11,28)

4www.dioceseblumenau.org.br Setembro de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau

Nossa Senhora das Dores

SANTO DO MÊS

A dor e o sofrimento são as mais angustiantes perguntas da existência hu-mana. Quem já não foi vi-sitado pelo sofrimento? Jesus veio ao mundo para trazer o verdadeiro sentido da dor, que se desdobra em tantos as-pectos e nuances. Assim, falar deste tri-buto humano é falar a um homem con-creto. Signifi ca não enganar as pessoas.

O Beato João Paulo II, consciente de que a Igreja perpetua a solidarie-dade do Senhor diante do sofrimento das pessoas, no ano de 1984 publicou a Carta Apostólica “Salvifi ci Doloris” (o valor salvífico do sofrimento), na qual expõe o que chama de “Evangelho do sofrimento” (Confira em http://migre.me/5wiYk).

A imagem de Nossa Senhora das Dores inspira-se no Evangelho de João (Jo 19,25-27). Debaixo da cruz de Je-sus, de pé, está sua mãe, o apóstolo João e outras mulheres. Os teólogos falam que a narração joanina evidencia uma verdadeira revelação do Senhor naquele momento. As palavras “ao ver”, “disse” e “eis” caracterizariam algo de importância a ser dito. De fato, chegara a sua “hora” e, com ela, a de sua mãe que, ali, simboliza a Igreja. O relato é uma síntese da obra que Jesus veio re-alizar: a salvação do homem prolonga-da na Igreja.

Então, ao contrário de ser uma fi-gura negativista, Nossa Senhora das Dores signifi ca a Boa Nova de Jesus a todos os homens. Pode lembrar a com-paixão de Deus expressa a Moisés: “Eu vi a aflição do meu povo e desci para libertá-lo” (Êx 3,7-8). Nossa Senhora das Dores é celebrada no dia 15 de se-tembro.

IgrejaENTREVISTA

No mês da Bíblia, o Jornal da Dio-cese dedica-se à Palavra. O professor Celso Loraschi, que leciona Estudos Bíblicos no Instituto Teológico de San-ta Catarina, fala sobre as diferenças entre bíblias e dá um panorama de como as religiões fundamentam sua fé nos livros sagrados. Loraschi é mestre em Teologia Dogmática pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nos-sa Senhora da Assunção, em São Paulo e coordena a Comissão Arqui-diocesana de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso em Florianópolis.

Porque algumas bíblias protes-

tantes excluem livros existentes na bíblia católica?

A bíblia protestante, no que se re-fere aos livros do Primeiro Testamento (ou Antigo Testamento) segue a mes-ma lista da bíblia hebraica (bíblia dos judeus) que manteve os livros escritos na língua hebraica. Os livros em gre-go foram considerados “apócrifos”. Para nós, católicos, são conhecidos como “deuterocanônicos” e têm o mesmo caráter sagrado dos demais. Quando aconteceu a reforma protes-tante, no século 16, havia um interes-

se de resgatar as fontes mais antigas da fé. Lutero se esforçou para difundir esta ideia com a convicção de que, na Bíblia, as “fontes antigas” correspon-diam aos livros adotados ofi cialmente pelos judeus. Por isso, os livros escri-tos em grego não se encontram na bíblia protestante.

Que livros são estes?Tobias, Judite, Baruc, Eclesiásti-

co, os dois livros de Macabeus e o Eclesiástico. Existem também algumas passagens que se en-contram nos livros de Daniel e de Ester.

Há diferença de linguagem

entre as bíblias nas várias reli-giões?

Nós, cristãos, pertencemos à tradição religiosa judaico-cristã. Seguimos a Bíblia composta por 46 livros do Primeiro Testamento e 27 do Segundo Testamento. O Judaísmo segue a bíblia hebraica, composta por 39 livros, somente do Primeiro Testamento. Portanto, cristãos e judeus, acreditamos no mesmo Deus que se revela na his-tória humana e nos liberta da opres-são. A diferença é que os judeus con-sideram Jesus um profeta, mas não o Filho de Deus. Por isso não adotam os livros do Segundo Testamento. Outras religiões possuem seus livros sagrados. O Islamismo (muçulmanos ou maometanos) segue o Alcorão. Judaísmo, Cristianismo e Islamismo são religiões monoteístas, parentes entre si, tendo Abraão como o pai da fé. O Induísmo possui vários livros sa-grados. O principal é “Os Vedas” que contêm as verdades eternas revela-

das pelos deuses que regem todas as criaturas. O Budismo possui como principal livro sagrado o Tripitaka que transmite os ensinamentos originais de Buda. Nem todas as religiões pos-suem um livro sagrado, mas seguem doutrinas que expressam convicções de fé e motivam a prática de valores que nos ajudam a entrar em comu-nhão com Deus, com as demais pessoas e com a natureza: amor, res-

peito, verdade, justiça, fraternidade... A diversidade das religiões revela a bondade e a criatividade de Deus que oferece seu amor e salvação a todos.

Existe uma tradução ecumênica

da bíblia. Como ela é? Existem algumas. A mais conhe-

cida é a TEB (Tradução Ecumênica da Bíblia), do francês, reconhecida e aceita mundialmente pelos cristãos. Na TEB encontramos todos os livros do Primeiro e do Segundo Testamen-tos, também os deuterocanônicos. No

Diferenças entre as bíblias A diversidade das religiões revela a bondade e a criatividade de Deus que oferece seu amor e salvação a todos

início de cada livro há comentários que colaboram para uma leitura bem proveitosa. Há pessoas e comuni-dades que usam a Bíblia Ecumênica tanto para leitura e meditação pessoal como nas liturgias. É um dos sinais que ressalta a importância do ecume-nismo como caminho para a unidade das igrejas cristãs.

Nos últimos tempos tem-se

percebido uma busca mais intensa pela leitura da Bíblia. A que o senhor credita essa tendência e qual a sua im-portância?

A Bíblia, cada vez mais, está sendo lida, comentada e estudada pelos cristãos. Nós temos sede de Deus! Jesus proclamou que “não só de pão vive o ser humano, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4). Há muitas palavras, propostas e caminhos que o mundo nos apresenta. Não é, porém, qualquer proposta que nos realiza profundamente e que torna o mundo mais habitável,

justo e fraterno. Acontece conosco assim como Pedro expressou a Je-sus: “Para quem iremos, Senhor? Só tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68). Sim, a Bíblia, cada vez mais está se tornando o principal meio de cultivo da fé, da espiritualidade e do compromisso cristão no mundo. A Pa-lavra de Deus é luz para nossos pés, graças a Deus! Não podemos esque-cer que o primeiro livro sagrado é a Vida. O segundo livro é a Bíblia que deve estar a serviço da vida digna sem exclusão.

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Page 5: Jornal da Diocese de Blumenau Setembro/2011

Catequese“Declarai santo, em vossos corações, o Senhor

Jesus Cristo e estai sempre prontos a dar a razão da vossa esperança a todo aquele que a pedir”

(1Pd 3,15)

5Setembro 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

ESTUDO

Palavra de Deus e vida consagrada (83)

A vida consagrada nasce da escuta da Palavra de Deus e acolhe o Evan-gelho como sua norma de vida. Viver no seguimento de Cristo casto, pobre e obediente é uma exegese viva da Palavra de Deus. Os carismas de ra-dicalidade evangélica vêm do mesmo Espírito Santo que inspirou a Bíblia. A tradição monástica sempre teve por fator constitutivo a meditação da Sagra-da Escritura, particularmente na lectio divina. Deste mesmo modo hoje, as formas de vida consagrada são cha-madas a ser escolas de vida espiritual onde se leiam as Escrituras, segundo o Espírito Santo na Igreja, para proveito

A A Palavra de Deus Palavra de Deus na vida eclesialna vida eclesial

Continuação da Exortação Apostólica Pós-sinodal Verbum Domini, do Santo Padre Bento XVI, sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja (doc. 194)

Irmã Anna Gonçalves - Coordenadora Diocesana de Catequese

de todo o povo de Deus.

Palavra de Deus e fi éis leigos (84)

Os leigos, em virtude de sua mis-são batismal, difundem o Evangelho na vida diária, “dando razão de sua esperança” (1Pd 3,15). Eles realizam a própria vocação à santidade como vida segundo o Espírito nas realidades tem-porais e na sua participação nas ativi-dades terrenas. Para discernir a vonta-de de Deus, precisam de familiaridade com a Palavra lida e estudada. As dio-ceses proporcionem oportunidade para tal formação.

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matrimônio e família (85)

Com o anúncio da Palavra, a Igreja revela à família cristã sua identidade, segundo o desígnio do Senhor. Na ori-gem do matrimônio está a Palavra de Deus (Gn 2,24) e o próprio Jesus o in-cluiu entre as instituições de seu Reino (Mt 19,4-8), elevando a sacramento o que estava inscrito na natureza do ser humano, criado como homem e mulher e chamado ao amor fiel, recíproco e humano. Perante a atual desordem, a Palavra de Deus reafirma a bondade originária fecunda deste grande misté-rio nupcial, do qual deriva a responsa-bilidade dos pais em relação aos fi lhos:

✗ a comunicação e o testemunho do

da vida espiritual de todo o fi el (DV 25). Evite-se, porém, o risco de uma abor-dagem individualista. A Palavra que se dirige a cada um, pessoalmente, cons-trói também a comunidade Igreja. Por isso, o texto sagrado sempre deve ser abordado na comunhão eclesial. Na leitura orante da Escritura, a Liturgia, principalmente a eucaristia, ocupa lugar privilegiado. Ao celebrarmos o Corpo e o Sangue de Cristo no Sacramento, atualiza-se no meio de nós a própria Palavra. Em certo sentido, a leitura orante pessoal e comunitária deve ser vivida sempre em relação com a cele-bração eucarística. Colocando-se em relação a lectio e a liturgia, podem se identificar melhor os critérios que de-vem guiar esta leitura no contexto da pastoral e vida espiritual. A lectio divina é capaz não só de desvendar ao fi el o tesouro da Palavra, mas também de criar encontro com Cristo, Palavra divi-na viva.

Palavra de Deus e oração mariana (88)

Existe relação indivisível entre a Pa-lavra de Deus e Maria de Nazaré. As orações marianas constituem uma aju-da para meditar o que narra a Sagra-da Escritura. No Rosário, que percorre com Maria os mistérios da vida de Cris-to, o anúncio seja acompanhado por trechos da Bíblia.

Palavra de Deus e Terra Santa (89)

A Terra Santa é o “Quinto Evange-lho”. As pedras sobre as quais Jesus caminhou continuam a “gritar” a Boa Nova. Os cristãos ali são chamados a servir como um farol de fé para a Igreja e também como fermento de harmo-nia, sabedoria e equilíbrio na vida de uma sociedade que foi e continua a ser pluralista, multiétnica e multirreligiosa.

Extraído do Doc. Verbum Domini 194 e Revista REB, artigo J. Konings

sentido da vida em Cristo;✗ são os primeiros anunciadores da

Palavra de Deus e a comunidade eclesial deve sustentá-los nisso;

✗ cada casa tenha a sua Bíblia e en-contre ajuda para sua leitura, junto aos sacerdotes diáconos e leigos preparados;

✗ a função das mulheres seja susci-tar a escuta da Palavra e a rela-ção pessoal com Deus, comunicar o sentido do perdão e da partilha evangélica, ser portadoras de amor, mestras da misericórdia e constru-toras da paz, comunicadoras de calor e humanidade num mundo dominado pelos critérios da explora-ção e do lucro.

Leitura Orante e lectio divina (86)

A leitura orante do texto sagrado, lectio divina, é elemento fundamental

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6www.dioceseblumenau.org.br Setembro 2011. Jornal da Diocese de Blumenau

Ecumenismo “Nem todo aquele que diz: ‘Senhor, Senhor!’ entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a

vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 7,21)

TESTEMUNHO

CMI conclui documento Inter-religioso sobre conduta da fé

Após cinco anos de trabalho e união ecumênica, o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, em conjunto com o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) e a Aliança Evangélica Mundial (WAE) concluiu o docu-mento inter-religioso sobre a fé, intitulado “Testemunho cristão em um mundo multirreligioso: recomendações de conduta”.

A carta foi apresentada em Genebra, na Suíça, pelos repre-sentantes das três entidades, compostas por católicos, angli-canos, protestantes, ortodoxos, evangélicos, pentecostais e igrejas independentes. Juntas, elas representam 90% dos cris-tãos do mundo.

O presidente do Pontifício Conselho, cardeal Jean-Louis Pierre Tauran, definiu o ato como um momento histórico.

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Campanha da Fraternidade e Semana de Oração

Movimento combate a intolerância religiosaA Associação Afro-Brasileira Movi-

mento de Amor ao Próximo (Aa-map) lançou em maio, na Bahia, o Mapa da Intolerância Religio-sa – Violação ao Direito de Culto no Brasil, um projeto que surge da experiência da entidade em produzir relató-rios e informes sobre violação dos direitos humanos, econômi-cos, sociais e culturais, bem como denunciar a situação de discrimina-ção e preconceito sofrido pela população negra no Brasil.

O objetivo é criar um canal permanente de recebimento de denúncias de casos de violação do direito de culto e, ao mesmo tempo, provocar

o poder público a fazer valer as políti-cas públicas voltadas para a defesa

da liberdade religiosa no País. O mapa será publicado anu-

almente, com reforço do site www.mapadaintolerancia.com.br, aberto a receber ca-sos de intolerância religiosa e encaminhá-los aos órgãos

competentes.O projeto segue uma pers-

pectiva colaborativa, não se vincu-lando politicamente e mantendo autonomia

e capacidade de dialogar com os diversos atores que lidam com a temática da liberdade religiosa no Brasil. A Coordenadoria Ecumênica de Serviços (CESE) é um dos apoiadores do mapa.

Entidade que representa 90% dos cristãos do mundo divulga a carta em Genebra

Para ele, a mensagem cristã deve ser proclamada, jamais imposta. O documento enfatiza que a conversão pertence ao Espírito Santo e que “o testemu-nho cristão num mundo pluralis-ta inclui o diálogo com pessoas de diferentes religiões e cultu-ras”.

O texto reafirma o princípio da liberdade de religião, que

Saúde pública será o foco da Campanha da Fraternidade de 2012, anunciou o secretário ge-ral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, durante a ExpoCatólica, em São Paulo, no início de agosto.

“Temos a melhor proposta de saúde pública do mundo, o Sistema Único de Saúde (SUS), mas os nossos pobres nem sempre têm acesso. A nossa saúde pública é um grande problema. Precisamos tomar consciência disso para que tenhamos uma atitude”, disse.

inclui o direito de professar publicamente, propagar e mudar de religião. O docu-mento contém doze princípios do testemunho cristão e seis recomendações. Os cristãos são chamados a rezar por todos, a construir relações de respeito e confiança com as pessoas de outras crenças e reforçar a sua identidade e fé.

Também o tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (Souc) de 2012 está defi -nido: “Todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo”, está fundamen-tado na carta do apóstolo Paulo aos Coríntios. O tema da Semana de Oração, que será celebra-da de 20 a 27 de maio, foi preparado por católi-cos, ortodoxos e protestantes da Polônia e será adaptado à realidade brasileira por uma equipe de trabalho nomeada pelo Conselho Nacional de Igrejas do Brasil (Conic).

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Page 7: Jornal da Diocese de Blumenau Setembro/2011

Enfoque Pastoral7

Setembro de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

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(Pr 4,6)

HOMENAGEM

Todo sábado, das 9 às 10 horas, o estúdio da Rádio Arca da Aliança, em Blumenau, se transforma em uma espécie de cenário de televisão. Isto porque as personagens do programa “Bom Dia Criançada” o apresentam trajados a rigor. O programa é dirigido à evangelização das crianças, num mun-do todo infantil.

Maria Isabel Goetzinger, de 7 anos, é uma das locutoras. No estúdio, rosto quase colado no microfone, está sem-pre pronta a repetir “mais alto” o núme-ro de telefone da emissora, atendendo à provocação da irmã, Amanda Paola, 15 anos, ou do pai, Gino Goetzinger, 41 anos, que dividem a bancada com ela. Amanda é locutora, Gino faz o papel do Opa/Nono Goetzinger e Maria Isabel é “Bebéu”.

Outra personagem do programa é “Tia Lú”, interpretada por Luciana Alves Borges, 30 anos. Ela conta histórias e faz refl exões, geralmente inspi-radas na Bíblia. Ainda cuida das meninas locutoras, orien-tando-as e arrumando-lhes o micro-fone. O adolescente Cristian William Ribeiro, 16 anos, estuda no Ensino Mé-dio e também integra o programa “Bom Dia Criançada”, comandando o painel de transmissão.

Além de histórias, reflexão e bom humor, o “Bom Dia Criançada” intera-ge com os ouvintes, especialmente as crianças e adolescentes. Eles pedem orações para seus familiares e amigos, enviam mensagens de paz, respon-dem a perguntas e concorrem ao sor-teio de prêmios.

Programa semanal da Arca da Aliança é feito por crianças e adolescentes

Sintonize o Sintonize o “Bom Dia Criançada”“Bom Dia Criançada”

Neste ano, pela primeira vez, Santa

Catarina comemorou o Dia Estadual da Pas-

toral da Criança. Instituída pela lei 18/2011, a data ofi cial é 25 de agosto, aniversário de nascimento de Zilda Arns, fundadora do movi-mento, que morreu em janeiro de 2010, no Haiti.

Em Blumenau, o Dia Estadual da Pastoral da Criança foi celebra-do no dia 28 de agosto, com um Encontrão de Líderes que reuniu cerca de 280 voluntários, de todas as paróquias da Diocese. A reu-nião começou com a celebração

Catarinense assume Diocese de Caçador

Diocese celebra Dia da Pastoral da Criança

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Um programa feito por crianças, para as crianças, anima as manhãs de sábado na Rádio Arca da Aliança

Dom Severino é natural de Ituporanga, no Alto Vale

O Papa Bento XVI no-meou, em julho, o catarinense Severino Clasen, frei francis-cano e bispo, para assumir a Diocese de Caçador. Dom Se-verino foi transferido da Dioce-se de Araçuaí (MG), no Vale do Jequitinhonha e é o quarto bispo a assumir em Caçador. Nascido em Ituporanga em 1954, foi ordenado padre em 1982 e bispo em 2005.

No Instituto Teológico de Petrópolis, graduou-se em te-ologia. Ordenado padre, foi vi-gário paroquial em Concórdia e em Porto União. Em 2005 foi o primeiro bispo nomeado pelo papa Bento XVI e o 12º frade da Província Francisca-na da Imaculada Conceição no Brasil a se tornar bispo. Neste ano, durante a 49ª As-sembleia Geral da CNBB, rea-lizada em maio, em Aparecida (SP), foi eleito presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato.

eucarística, presidida pelo frei José Luiz Prim, OFM. A homenagem ao Dia Estadual da Pastoral da Criança e a Zilda Arns teve a presença do deputado Jean Kuhlmann, do secre-tário municipal de Assistência Social de Blumenau, Mário Hildebrand e da coordenadora estadual do movimen-to, Marly Rossi.

Ocorreu, ainda, uma palestra motivacional com o naturaterapeuta Denivaldo Luz, almoço festivo e um momento de interação com um ani-mador convidado. O encerramento foi o “envio”, feito pelo bispo Dom José, com a palavra do Pastor Dieter Thiel, presidente do Núcleo Ecumênico de

Blumenau.

Importância

De acordo com a coordenadora diocesana da Pastoral da Criança, Márcia Negherbon, Zilda Arns plantou uma semente que está frutificando. Hoje, na Diocese de Blumenau, o movimento está presente em 19 pa-róquias, envolvendo 200 voluntários, com o atendimento a 1.500 crianças.

Márcia ressalta a importância da implantação desse dia para a moti-vação dos que atuam no movimento. “É uma forma de reconhecimento da Assembleia Legislativa e do governo, de que a Pastoral é uma instituição com poder de transformação da so-ciedade, contribuindo para a melhoria da saúde, da qualidade de vida e do desenvolvimento social”, afi rma.

Page 8: Jornal da Diocese de Blumenau Setembro/2011

1 - A leitura do texto

✗ A leitura consiste em alimentar-se da Palavra. Ela deve ser feita com atenção, com serenidade, sem subestimar o que pode parecer secundário, interpretando corretamente o sentido histórico. É importante ler e reler o texto, tentando compreender o que se acabou de ler, procurando questionar-se sobre o sentido das palavras e prestando atenção sobre o que elas querem nos dizer.

2 - A meditação

✗ Através da meditação se examina a Palavra, se guarda no coração como fez Maria, que “conservava cuidadosamente todos os acontecimentos e os meditava no seu coração” (Lc 2,19). O objetivo é chegar ao conhecimento da verdade que está contida

na Palavra. O termo usado por muitos autores aqui é “mastigar e ruminar” o texto bíblico para aprofundar e penetrar nas palavras e mensagens. Atrás de cada palavra está o Senhor que me fala. É importante recordar outros passos bíblicos paralelos, compreender e confrontar o texto com a minha vida ou com experiências do passado, estimular o desejo de saber o que Deus quer de mim.

3 - A oração

✗ Vou ofertar na oração o que a leitura e a meditação do texto me fizeram conhecer e desejar. Neste momento, falo com o Senhor, de amigo para amigo, sobre aquilo que o Espírito me inspirou. A oração se torna uma entre as possíveis respostas ao apelo do Senhor. É uma reação que segue ao toque que Deus operou no meu coração, através da sua Palavra. E assim, a Palavra de Deus se torna Luz para o meu caminho, orienta meus passos, é o meu viver. Conforme estou vivendo a minha vida, posso pedir, neste diálogo com Deus, que Ele me oriente, dê o perdão pelas minhas ofensas, posso louvá-lo e agradecê-lo. Se estiver pensando no meu futuro, posso aproveitar deste momento para pedir-lhe a Luz necessária para fazer a sua vontade e encontrar o caminho que Ele, desde sempre, traçou para mim.

9Especial8

PALAVRA

O método de conhecimento e meditação sobre a Bíblia ajuda a revelar o que Deus quer de nós

A importância da Leitura Orante emDicas para encontros semanais na comunidade

Algumas paróquias da Diocese de Blumenau estão fazendo da Leitura Orante uma celebração rotineira em suas comunidades. O bispo Dom José Negri, igualmente, tem valorizado este método em suas visitas e iniciou um roteiro para percorrer todas as comar-cas, fazendo a leitura e a meditação da Palavra de Deus, por meio da lectio divina.

Este Ano Eucarístico que a Dio-cese está vivenciando, é uma opor-tunidade imperdível para aprofundar-mos nosso amor à presença real do Senhor entre nós. A seguir, algumas dicas temáticas para promover encon-tros semanais na sua comunidade.

Primeira semana: Estudo do tema

Convide um assessor e, em grupos de no máximo cinco pessoas, propo-nha as seguintes discussões:

✗ Por que lemos tão pouco a Palavra de Deus?

✗ É importante “mastigar” e “ruminar” a Palavra de Deus? Por quê?Depois, em plenário, escolha uma

leitura para a lectio divina da próxima semana

Segunda semana: Espiritualidade

Preferencialmente, faça este en-contro em um local diferente, para que possa ter uma duração mais longa. Ao longo do encontro, realizar a experi-ência da lectio divina. Ao final, todos podem escrever uma oração ofertando aquilo que meditaram através da leitu-ra. Pode-se, ainda, fazer uma celebra-ção, na qual todos possam ler suas orações.

Terceira semana: Compromisso

Retome a meditação feita na se-mana anterior. Proponha que, de dois em dois, os participantes vão a uma casa e conversem com uma família sobre a meditação realizada. Depois, partilhe os frutos produzidos pela ex-periência meditativa da semana an-terior e da visita à família. Organize a caminhada da próxima semana.

Quarta semana: Vida de grupo

Fazer uma grande celebração/ca-minhada envolvendo toda a comuni-

dade. No local de partida, cada um faz uma leitu-

ra individual. Durante a caminhada vai-se meditando a Bíblia. Finalizar com um grande louvor.

Setembro é o mês da Bíblia e o Jor-nal da Diocese destaca a Palavra em sua edição. Nestas páginas, trazemos uma refl exão sobre um dos métodos mais an-tigos de leitura e meditação da Palavra de Deus, a Leitura Orante, ou a lectio divina.

O Concílio Vaticano II já dizia que “só pela luz da fé e meditação da Palavra de Deus pode alguém, sempre e por toda a parte, reconhecer Deus, em quem vive-mos, nos movemos e somos (At 17,28) e procurar em todo o acontecimento a Sua vontade, ver Cristo em todos os homens”.(Vat. II, Apostolicam Actuositatem, 4)

Podemos, portanto, deduzir que a lei-tura e a meditação da Palavra de Deus se tornam fundamentais para quem está em busca da própria vocação e do pró-prio chamado. É a Palavra que forma e dá vida ao Cristo em nós, que aos pou-cos irá nos revelar o plano e o projeto de Deus em nossa vida.

Tratando-se de um chamado divino, a vocação é algo de sobrenatural, que não pertence ao humano. É Deus quem cha-ma. Foi Ele que pensou em nós desde a fundação do mundo para colaborarmos com o seu Reino. Quando Jesus diz “não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi” (Jo 15,16), queria jus-tamente sublinhar isso.

Instrumento

A leitura orante da Bíblia, portanto, torna-se um meio, um instrumento para aprofundar o que Deus quer da minha vida, dia após dia. É um exercício que me ajuda, aos poucos, a interiorizar as mesmas atitudes e comportamentos que foram do próprio Jesus, que obedeceu ao Pai até o último momento da sua existên-cia.

A coisa mais importante será encon-trar um tempo durante o dia, para dedi-car-se à leitura e à meditação da Palavra de Deus. O lugar pode ser a igreja ou até mesmo um quarto de casa ou um lugar

E-mail:[email protected] - www.onedamoveis.com.br

Oneda Móveis, Transformando ambientes de trabalho em escritórios de verdade.

Alameda Duque de Caxias (Rua das Palmeiras), 210 - Centro - Blumenau / SC

Fone/ Fax: (47) 3322 6867 / 3322 1688

sossegado, como nos sugere o próprio Jesus quando nos diz: “... quando ora-res, entra no teu quarto e, fechando a tua porta, ora ao teu Pai que está lá, no segredo...”. (Mt 6,6)

O texto a se refl etir ou meditar pode ser o Evangelho ou a leitura do dia, ou qualquer leitura da Bíblia que rela-te uma vocação, um chamado, a partir de Abraão, os profetas... até chegar ao Novo Testamento, com a vocação de Maria e os apóstolos.

A Leitura Orante é uma prática secular, um modo de fazer oração que vem de séculos. Tão antiga quanto a própria Igreja, pois na sua origem, os cristãos faziam da Bíblia o alimento para sua vida de fé, esperança e amor na caminha-da.

Na raiz da leitura que Jesus fazia da Palavra de Deus estava a sua experiência de Deus com o Pai. A intimidade com o Pai dava a ele um critério novo, um olhar mais penetrante, que o colocava em contato direto com Deus, o autor da Bíblia e da vida. Por isso

São Paulo recomenda: “Procurem ter em vocês os mesmos senti-mentos que animavam Jesus” (Fl 2,5). Pois assim teremos o mesmo olhar com que Jesus lia a Bíblia.

A chave para descobrir a Pa-lavra de Deus na vida é alimentar em nós “os mesmos sentimentos que animavam Jesus” (Fl 2,5). Buscar uma profunda experiên-cia de Deus e, ao mesmo tempo, como Jesus e como servo, estar

atento aos problemas das pesso-as que precisam de uma palavra de conforto.

A Leitura Orante é um método de ler a Palavra de Deus e fazer dela nosso alimento para a cami-nhada, como discípulos e missio-nários de Jesus, na realidade que vivemos e atuamos.

Dom José Negri, PIME

[+] Passo a passo do encontro com a Palavra

Uma prática secular

Antes de começar a lectio divina, fazer um momento de silêncio, pensando que vou encontrar o Senhor. Pedir a Deus perdão pelas minhas ofensas, porque a pure-za do coração e a humildade são características fundamentais para entrar na leitura do texto bíblico.

Num segundo momento, colocar-se na presença de Deus, rezar um Pai Nosso tentando olhar como Deus me olha. Por fi m, pedir ao Pai o dom do Espírito Santo porque a Bíblia é um livro inspirado por Deus e, portanto, deve ser lido e interpretado com a ajuda do Espírito Santo.

Page 9: Jornal da Diocese de Blumenau Setembro/2011

1 - A leitura do texto

✗ A leitura consiste em alimentar-se da Palavra. Ela deve ser feita com atenção, com serenidade, sem subestimar o que pode parecer secundário, interpretando corretamente o sentido histórico. É importante ler e reler o texto, tentando compreender o que se acabou de ler, procurando questionar-se sobre o sentido das palavras e prestando atenção sobre o que elas querem nos dizer.

2 - A meditação

✗ Através da meditação se examina a Palavra, se guarda no coração como fez Maria, que “conservava cuidadosamente todos os acontecimentos e os meditava no seu coração” (Lc 2,19). O objetivo é chegar ao conhecimento da verdade que está contida

na Palavra. O termo usado por muitos autores aqui é “mastigar e ruminar” o texto bíblico para aprofundar e penetrar nas palavras e mensagens. Atrás de cada palavra está o Senhor que me fala. É importante recordar outros passos bíblicos paralelos, compreender e confrontar o texto com a minha vida ou com experiências do passado, estimular o desejo de saber o que Deus quer de mim.

3 - A oração

✗ Vou ofertar na oração o que a leitura e a meditação do texto me fizeram conhecer e desejar. Neste momento, falo com o Senhor, de amigo para amigo, sobre aquilo que o Espírito me inspirou. A oração se torna uma entre as possíveis respostas ao apelo do Senhor. É uma reação que segue ao toque que Deus operou no meu coração, através da sua Palavra. E assim, a Palavra de Deus se torna Luz para o meu caminho, orienta meus passos, é o meu viver. Conforme estou vivendo a minha vida, posso pedir, neste diálogo com Deus, que Ele me oriente, dê o perdão pelas minhas ofensas, posso louvá-lo e agradecê-lo. Se estiver pensando no meu futuro, posso aproveitar deste momento para pedir-lhe a Luz necessária para fazer a sua vontade e encontrar o caminho que Ele, desde sempre, traçou para mim.

9Especial8

PALAVRA

O método de conhecimento e meditação sobre a Bíblia ajuda a revelar o que Deus quer de nós

A importância da Leitura Orante emDicas para encontros semanais na comunidade

Algumas paróquias da Diocese de Blumenau estão fazendo da Leitura Orante uma celebração rotineira em suas comunidades. O bispo Dom José Negri, igualmente, tem valorizado este método em suas visitas e iniciou um roteiro para percorrer todas as comar-cas, fazendo a leitura e a meditação da Palavra de Deus, por meio da lectio divina.

Este Ano Eucarístico que a Dio-cese está vivenciando, é uma opor-tunidade imperdível para aprofundar-mos nosso amor à presença real do Senhor entre nós. A seguir, algumas dicas temáticas para promover encon-tros semanais na sua comunidade.

Primeira semana: Estudo do tema

Convide um assessor e, em grupos de no máximo cinco pessoas, propo-nha as seguintes discussões:

✗ Por que lemos tão pouco a Palavra de Deus?

✗ É importante “mastigar” e “ruminar” a Palavra de Deus? Por quê?Depois, em plenário, escolha uma

leitura para a lectio divina da próxima semana

Segunda semana: Espiritualidade

Preferencialmente, faça este en-contro em um local diferente, para que possa ter uma duração mais longa. Ao longo do encontro, realizar a experi-ência da lectio divina. Ao final, todos podem escrever uma oração ofertando aquilo que meditaram através da leitu-ra. Pode-se, ainda, fazer uma celebra-ção, na qual todos possam ler suas orações.

Terceira semana: Compromisso

Retome a meditação feita na se-mana anterior. Proponha que, de dois em dois, os participantes vão a uma casa e conversem com uma família sobre a meditação realizada. Depois, partilhe os frutos produzidos pela ex-periência meditativa da semana an-terior e da visita à família. Organize a caminhada da próxima semana.

Quarta semana: Vida de grupo

Fazer uma grande celebração/ca-minhada envolvendo toda a comuni-

dade. No local de partida, cada um faz uma leitu-

ra individual. Durante a caminhada vai-se meditando a Bíblia. Finalizar com um grande louvor.

Setembro é o mês da Bíblia e o Jor-nal da Diocese destaca a Palavra em sua edição. Nestas páginas, trazemos uma refl exão sobre um dos métodos mais an-tigos de leitura e meditação da Palavra de Deus, a Leitura Orante, ou a lectio divina.

O Concílio Vaticano II já dizia que “só pela luz da fé e meditação da Palavra de Deus pode alguém, sempre e por toda a parte, reconhecer Deus, em quem vive-mos, nos movemos e somos (At 17,28) e procurar em todo o acontecimento a Sua vontade, ver Cristo em todos os homens”.(Vat. II, Apostolicam Actuositatem, 4)

Podemos, portanto, deduzir que a lei-tura e a meditação da Palavra de Deus se tornam fundamentais para quem está em busca da própria vocação e do pró-prio chamado. É a Palavra que forma e dá vida ao Cristo em nós, que aos pou-cos irá nos revelar o plano e o projeto de Deus em nossa vida.

Tratando-se de um chamado divino, a vocação é algo de sobrenatural, que não pertence ao humano. É Deus quem cha-ma. Foi Ele que pensou em nós desde a fundação do mundo para colaborarmos com o seu Reino. Quando Jesus diz “não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi” (Jo 15,16), queria jus-tamente sublinhar isso.

Instrumento

A leitura orante da Bíblia, portanto, torna-se um meio, um instrumento para aprofundar o que Deus quer da minha vida, dia após dia. É um exercício que me ajuda, aos poucos, a interiorizar as mesmas atitudes e comportamentos que foram do próprio Jesus, que obedeceu ao Pai até o último momento da sua existên-cia.

A coisa mais importante será encon-trar um tempo durante o dia, para dedi-car-se à leitura e à meditação da Palavra de Deus. O lugar pode ser a igreja ou até mesmo um quarto de casa ou um lugar

E-mail:[email protected] - www.onedamoveis.com.br

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Alameda Duque de Caxias (Rua das Palmeiras), 210 - Centro - Blumenau / SC

Fone/ Fax: (47) 3322 6867 / 3322 1688

sossegado, como nos sugere o próprio Jesus quando nos diz: “... quando ora-res, entra no teu quarto e, fechando a tua porta, ora ao teu Pai que está lá, no segredo...”. (Mt 6,6)

O texto a se refl etir ou meditar pode ser o Evangelho ou a leitura do dia, ou qualquer leitura da Bíblia que rela-te uma vocação, um chamado, a partir de Abraão, os profetas... até chegar ao Novo Testamento, com a vocação de Maria e os apóstolos.

A Leitura Orante é uma prática secular, um modo de fazer oração que vem de séculos. Tão antiga quanto a própria Igreja, pois na sua origem, os cristãos faziam da Bíblia o alimento para sua vida de fé, esperança e amor na caminha-da.

Na raiz da leitura que Jesus fazia da Palavra de Deus estava a sua experiência de Deus com o Pai. A intimidade com o Pai dava a ele um critério novo, um olhar mais penetrante, que o colocava em contato direto com Deus, o autor da Bíblia e da vida. Por isso

São Paulo recomenda: “Procurem ter em vocês os mesmos senti-mentos que animavam Jesus” (Fl 2,5). Pois assim teremos o mesmo olhar com que Jesus lia a Bíblia.

A chave para descobrir a Pa-lavra de Deus na vida é alimentar em nós “os mesmos sentimentos que animavam Jesus” (Fl 2,5). Buscar uma profunda experiên-cia de Deus e, ao mesmo tempo, como Jesus e como servo, estar

atento aos problemas das pesso-as que precisam de uma palavra de conforto.

A Leitura Orante é um método de ler a Palavra de Deus e fazer dela nosso alimento para a cami-nhada, como discípulos e missio-nários de Jesus, na realidade que vivemos e atuamos.

Dom José Negri, PIME

[+] Passo a passo do encontro com a Palavra

Uma prática secular

Antes de começar a lectio divina, fazer um momento de silêncio, pensando que vou encontrar o Senhor. Pedir a Deus perdão pelas minhas ofensas, porque a pure-za do coração e a humildade são características fundamentais para entrar na leitura do texto bíblico.

Num segundo momento, colocar-se na presença de Deus, rezar um Pai Nosso tentando olhar como Deus me olha. Por fi m, pedir ao Pai o dom do Espírito Santo porque a Bíblia é um livro inspirado por Deus e, portanto, deve ser lido e interpretado com a ajuda do Espírito Santo.

Page 10: Jornal da Diocese de Blumenau Setembro/2011

www.dioceseblumenau.org.br Setembro 2011. Jornal da Diocese de Blumenau

Variedades10

CONTOCONTOO primeiro companheiro de São Francisco (parte I)

PENSE

“O Senhor retribuirá a cada um conforme a justiça e a fidelidade que tiver praticado”

(1Sm 26,23)

DESAFIO BÍBLICO RESPOSTAS DO TESTE ANTERIOR

1. Em que livro se encontra a oração: “Cria em mim um cora-ção puro, ó Deus”?

a) Provérbiosb) Ezequielc) Salmosd) Deuteronômioe) Lucas

2. Em que livro se encontra a Oração do Senhor?

a) Mateusb) Atos

c) Efésiosd) Malaquiase) Isaías

3. Em que livro se encontra a frase “no princípio era o Verbo”?

a) Atosb) Isaíasc) Joãod) Levíticoe) Romanos

4. Qual dos seguin-tes é o fi lho de Isabel e

Zacarias?a) Jesusb) Samuelc) Paulod) Timóteoe) João Batista 5. Qual o dia santo,

em cuja proximidade Jesus foi crucifi cado?

a) Páscoab) Hannukahc) Tabernáculosd) Sábadoe) Purim

No mês dedicado à Bíblia, introduzimos um novo teste para desafi ar seus conhecimentos sobre a Escritu-ra. Pense, pesquise e responda às perguntas para con-

correr a uma bíblia. Mande suas respostas até o dia 10 de setembro para o e-mail [email protected] ou pelo Correio para a Cúria Diocesana de Blu-

menau, aos cuidados do Padre Raul Kestring (Rua XV de Novembro, 955 / Blumenau-SC / CEP 89010-003). Informe seu nome completo, telefone e endereço.

No mês de agosto, ninguém acertou todas as perguntas do Teste Bíblico, portanto, não houve ganhadores para a bíblia. Confi ra as respostas certas.

Encare mais um desafi o bíblicoNovas questões sobre o Livro Sagrado, para testar seus conhecimentos

RECORDANDO

Casa de Recuperação é destaque no Jornal da Diocese

Sob o título “Casa de Recupera-ção tem Paróquia como madrinha”, a edição de agosto de 2002 do Jor-nal da Diocese publicou fotos e tex-tos a respeito desse ousado projeto pastoral em andamento. O texto afi r-mava que o CAEP da Paróquia São Paulo Apóstolo (Catedral) e o seu pároco, frei Edgar Weist, decidiram adotar a obra diocesana da Casa de Recuperação como obra da própria

paróquia. Prossegue a matéria que a mesma paróquia pagaria o valor da mão-de-obra das construções, que custava R$ 2.100,00, com dois pedreiros e dois ajudantes. Além dis-so, dizia a reportagem, “também aju-darão com material de construção”.

Merece ser recordada, da mes-ma edição do nosso jornal, a matéria da página ecumênica que publica a “Mensagem do Encontro Nacio-

nal de Bispos e Pastores Sinodais”, fruto de encontro acorrido de 6 a 8 de agosto de 2002. Encabeça a mesma mensagem o anúncio: “Pas-tores e pastoras sinodais da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e bispos da Igreja Católica Apostólica Romana reuni-

ram-se em Porto Alegre para avaliar e planejar a caminhada ecumênica”. Em dez compromissos elencados na mensagem, os pastores, pasto-ras e bispos manifestam o desejo da Igreja do Senhor voltar-se para a unidade, testemunho inalienável e inequívoco do discipulado cristão.

VOCÊ SABE?

1. Quantas tentações Jesus sofreu no deserto?

c) Três

2. Organize os seguintes eventos em ordem cronológica:

c) Jesus é batizado no Rio Jordãoe) Pedro nega que conhece Jesusa) O Espírito Santo desce sobre

os crentes em Pentecostes d) Paulo, Barnabé e Marcos são

enviados em uma missão pela igreja b) João tem uma visão na ilha de

Patmos

3. Coloque estes fatos em ordem

cronológica:b) A resposta de Maria ao anjoc) A conversa de Nicodemos so-

bre o renascimentod) Pedro nega Jesusa) A prisão de Paulo em Jerusa-

lém 4. Em que livro da Bíblia é mais co-

mumente citada a versão dos Dez Man-damentos?

b) Êxodo

5. Em que livro é descrita a primeira Páscoa?

d) Êxodo

O primeiro companheiro de São Francisco de Assis foi frei Bernardo, que assim se converteu. Francisco trazia as vestes seculares, embora já houvesse renegado o mundo e andasse desprezível e mortifi cado pela penitência, tido como estúpido e escarnecido como louco, perseguido com pedradas e lodo por seus parentes e estranhos, passando, pacientemente, por entre injúrias e zombarias, como surdo e mudo.

Monsenhor Bernardo que era um dos mais nobres, ricos e sábios da cidade, começou a considerar em Francisco o excessivo desprezo, a paciência nas injúrias e que, abominado e desprezado por todos, parecia sempre mais constante e paciente. Começou a pensar: “Não posso compreender que este Francisco não possua grande graça de Deus”. E o convidou para cear e dormir em sua casa. São Francisco aceitou, ceou e dormiu na casa dele.

Bernardo encheu o coração de desejos por contemplar a santidade dele. Mandou preparar-lhe uma cama no seu próprio quarto, no qual, à noite, sempre ardia uma lâmpada. E Francisco, para ocultar sua santidade, logo que entrou no quarto, deitou-se e pareceu dormir. Bernardo também se deitou e, depois, de algum tempo, começou a ressonar fortemente, como se estivesse dormindo profundamente.

São Francisco, certo de que ele dormia, levantou-se e pôs-se em oração, levantando os olhos e as mãos ao céu. Com devoção e fervor dizia: “Deus meu, Deus meu”. E, assim dizendo e chorando, esteve até pela manhã, repetindo sempre: “Deus meu, Deus meu”. Nada mais. Isto dizia, contemplando e admirando a excelência da divina Majestade, a qual se dignava condescender com o mundo que perecia e preparava-se pelo seu pobrezinho Francisco a prover com o remédio da salvação a alma dele e as dos outros.

(Continua na próxima edição)

Page 11: Jornal da Diocese de Blumenau Setembro/2011

11Setembro 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

Nossa História

Direção Geral:Dom José Negri PIME

Diretor Geral:Pe. Raul Kestring

Diretor Comercial:Pe Almir Negherbon

Textos e edição:New Age Comunicação

(47) 3340-8208

Jornalista Responsável:Marli Rudnik (DRT 484)

[email protected]

Fotografi as:Acervo da Diocese de Blumenau,

e Divulgação

Revisão:Pe Raul Kestring

Raquel Resende

Alfredo Scottini

Impressão:Jornal de Santa Catarina

Tiragem:20 mil

Periodicidade:Mensal

Distribuição gratuitaCorrespondência

Cúria Diocesana de Blumenau

Rua XV de Novembro, 955 -

Centro

(47) 3322-4435

Caixa Postal 222

CEP: 89010-003

Blumenau/SC

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Sugestões de matérias, fotos, artigos

e outras contribuições para o Jornal da

Diocese podem ser feitas pelo e-mail

[email protected]

até o dia 12 de cada mês.

ExpedienteJornal da Diocese

de Blumenau

“Ficai alegres porque vossos nomes estão escritos nos céus”

(Lc 10,20)

No dia 5 de maio de 1965, o frei Francisco Freise, vigário da Paróquia de Blu-menau, apresentou à Cúria Diocesana um requerimen-to, solicitando a criação da Paróquia de Pomerode.

Dom Gregório Warme-ling atendeu ao pedido em 8 de maio do mesmo ano, criando a Paróquia de São Ludgero, desmembrada in-tegralmente da Paróquia de Blumenau. Assim ele a de-terminou: “o limite da nova paróquia coincidirá com os limites municipais de Pome-rode, que os separam dos municípios de Blumenau, Jaraguá do Sul, Rio dos Ce-dros e Timbó”.

Foi nomeado como pri-meiro pároco o padre Ernes-to Preti. Diz Dom Gregório em seu decreto de criação: “Queremos assegurar a to-dos que a data de hoje é uma data festiva porque, para a família diocesana, a ereção de uma paróquia signifi ca o nascimento de mais uma fi -lha, que com brio e coragem forma comunitariamente, ao lado das outras tantas, igualmente nobres e dedica-das. Seja, pois, o centro de interesse de todos os fi éis, sempre Cristo e sua Igreja, numa afi rmação positiva de um cristianismo adulto”.

POMERODE

Fundação da primeira comunidade do município ocorreu em 1965

Surge a Paróquia São Ludgero

De 1861 a 1866 chegaram 36 pessoas católicas à região do Rio do Testo. Bernardo Henkemeyer e Hermann Enkrott, proprietários dos lotes 103 e 104 da margem direita da li-nha colonial do referido rio, doaram parte de suas terras para a comunidade católica, então emergente. O primeiro núcleo católico pro-priamente dito é o de 1867, em que mais ou menos 10 famílias vindas da Alemanha, mais precisamente da região de Münster (Westfá-lia), se instalaram e escolheram São Ludgero, como padroeiro.

A primeira capela foi originalmente cons-truída de maneira muito rústica e recoberta de palmito, logo após 1870. Em 1877, o padre José Maria Jacobs benzeu o cemitério. No dia 3 de maio de 1896 foi abençoada uma nova capela, atendida pelos padres franciscanos de Blumenau. A capela foi reconstruída em 1932 e em 1954, tal qual se apresenta hoje, com o nome de Capela Nossa Senhora das Graças.

Em 5 de maio de 1965, frei Francisco Frei-se, considerando as necessidades espirituais das almas e o crescente número de habitantes pertencentes à Paróquia São Paulo Apóstolo, apresentou à Cúria Diocesana de Joinville um requerimento solicitando a criação da Paró-quia São Ludgero.

O primeiro batizado foi realizado em 19 de maio e o primeiro matrimônio em 26 de maio de 1965. A primeira festa paroquial ocorreu em 22 de agosto. O início da construção do Salão-Igreja, no centro da cidade, ocorreu em 1º de novembro de 1965 e sua missa de inau-guração foi celebrada em 28 de agosto do ano seguinte.

No ano de 1967, entre os dias 28 e 31 de julho, foi realizada a primeira visita pastoral. No ano de 1986 foi iniciada a reforma total da Igre-ja Matriz, pelo padre Antônio Francisco Bohn. As obras foram concluídas pelo padre Otávio Maffezzolli.

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Page 12: Jornal da Diocese de Blumenau Setembro/2011

12 www.dioceseblumenau.org.br Setembro de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau

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INDEPENDÊNCIA

Movimentos

A terra será o tema do 17º Grito dos Excluídos, protesto organizado pelos movimentos sociais e pastorais, para marcar o Dia da Independência. Em todo o País, os grupos preparam a par-ticipação nos desfiles oficiais de 7 de setembro, neste ano focando o slogan “Pela vida grita a terra. Por direitos, to-dos nós”.

O objetivo é chamar a atenção para as catástrofes ambientais e as conse-quências do desequilíbrio causado pela exploração desenfreada dos recursos: de um lado, miséria e pobreza, de ou-tro, a concentração de riquezas. O Gri-to dos Excluídos pretende levar às ruas o grito da Mãe Terra sofrida com tantos projetos de morte, os quais, escondi-dos atrás das máscaras do desenvolvi-

Movimentos sociais preparam o Grito dos Excluídos

FRANCISCANISMOOlhando-se o vasto mundo con-

sumista e entrando na vida e ensina-mentos de São Francisco de Assis, descobre-se um confronto muito extenso e contrário. Logo surge a pergunta: “Ainda há espaço para ser franciscano neste mundo moderno? É possível viver os ensinamentos de Francisco e interagir com a socieda-de atual?”.

Claro, muito claro que é possível, mas, a pessoa deve estar sempre alerta, com os olhos fixos no ideal franciscano. Afi nal, não somos obri-gados a sermos contínuos consu-mistas, compradores de tantas mer-cadorias inúteis. Pode-se viver com muito pouco e bem melhor do que atulhados de bens e preocupações. Quantas vezes, compram-se merca-dorias e, logo, se descobre que são inúteis e desnecessárias, havendo a obrigação de mandar para o lixo.

Ser franciscano é viver na simpli-cidade diária e ter, sempre, algo para estender ao irmão necessitado. Há muitos famintos andando pelas ruas e necessitados de toda ordem, esta é a messe do franciscano. O francis-canismo reside no estendimento das mãos aos carentes e não exceder-mos nunca as nossas necessidades.

O verdadeiro franciscano não pode comer em excesso, beber e dar a impressão de gula e descon-trole de seus sentimentos e virtudes. O próprio Francisco mandava os irmãos comerem, mas refreava os exageros e a incontinência. A con-duta do franciscano é um modelo de quem domina a si mesmo e se dedi-ca aos irmãos todos.

Pode parecer difícil, às vezes, há escorregadelas, mas, a força nos levanta e prosseguimos fi rmes, pois, somos os discípulos do ser huma-no que mais se pareceu com Jesus Cristo. Nisto tudo construímos a Paz e com esta estaremos no Bem do reino dos céus.

Alfredo Scottini

Beraká, encontro para casaisA Comunidade Arca da Aliança

promove no dia 17 de setembro, às 19h30, na Chácara Cidade de Deus, em Blumenau (Bairro Itoupava Cen-tral), o Beraká (Benção), evento di-rigido a casais. O objetivo é promo-ver uma profunda experiência com Deus, através de uma cerimônia que inclui jantar, dança, oração, ben-ção matrimonial e muitas surpresas.

Neste ano, o tema será “As torrentes não poderiam extinguir o amor, nem os rios o poderiam submergir” (Ct 8,7). As inscrições devem ser feitas até o dia 12 de setembro e as vagas são limitadas. Mais informações pelos telefones (47) 3340-1260 e (47) 3378-1066 ou pelo email [email protected].

A terra será o tema da mobilização e em SC será lembrado o centenário do Contestado

mento, destroem a natureza e colocam em risco toda espécie de vida sobre o Planeta.

O Grito dos Excluídos é uma mani-festação nacional que já se tornou tra-dição no feriado de 7 de setembro. O protesto tem o intuito de questionar o signifi cado de “independência” e dar vi-sibilidade às reivindicações dos grupos sociais para melhorar o Brasil.

Em Santa Catarina, a marcha lem-brará também o centenário do Contes-tado, fato histórico marcante no Estado que, além de contribuir com a luta pela terra, também trouxe a existência de uma cultura popular para as futuras ge-rações, baseada na coletividade sem hierarquização, na igualdade, organiza-ção e respeito.

Page 13: Jornal da Diocese de Blumenau Setembro/2011

Às quartas-feiras à noite, uma mo-vimentação acontece na Paróquia São José Operário, na Itoupava Central. Mi-lhares de pessoas, de todas as idades e de todos os cantos de Blumenau e região, se reúnem para rezar. Na missa e novena a Nossa Senhora Desatadora dos Nós, elas dedicam sua devoção a Maria e encaminham suas súplicas.

A novena foi introduzida na co-munidade pelo pároco, Marcos Zim-mermann, que conheceu o ritual no interior de São Paulo. “Eu sentia que o povo tinha necessidade de uma motivação maior para as missas da quarta-feira, então, trouxemos essa celebração”, afirma. Para ele, fazer a novena é acreditar que, através de Nossa Senhora, o impossível pode se tornar realidade.

Ritual

A celebração tem simbolismos,

que aproximam as pessoas de sua fé. Quem chega pela primeira vez ou está iniciando uma nova novena recebe uma cordinha branca com nove nós. A cada semana, em um momento da liturgia, os fi éis dirigem sua súplica e desamarram um dos nós. Ao fi nal das nove novenas, a cordinha já livre dos obstáculos é queimada em uma urna, elevando todas as súplicas ao céu.

A família Carlini participa desde a primeira novena, em junho. A mãe, Luciana, diz que alcançou a graça pe-dida antes da última semana. Ela reza ao lado do marido, Adilson e da fi lha, Ana Paula. “Queremos mostrar um caminho de fé para ela. Por isso reza-mos juntos”, afi rma Luciana, seguran-do várias cordinhas, representando os pedidos da família.

Paróquias13

Setembro de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

“Tudo o que, na oração, pedirdes com fé, vós recebereis”

(Mt 21,22)

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Trêslojas

para melhor

atender

FÉFiéis lotam a Paróquia São José Operário para invocar sua devoção e pedir graças

O rito da novena a Nossa Senhora Desatadora de Nós

A origem da devoção

Servos de Maria organizam as celebrações

O título de Nossa Senhora De-satadora dos Nós surgiu em 1700, com uma pintura do artista ale-mão Johann Schmidtner. A pintura encontra-se na capela de St. Peter am Perlach, em Augsburgo, na Alemanha.

O artista, ao criar este painel, inspirou-se no Apocalipse (Ap 12,1): “Apareceu um grande sinal no céu: uma mulher revestida do sol, tendo a lua sob seus pés e na cabeça uma coroa de doze estre-las”. Também mirou na frase de Santo Irineu (c. 130-202): “Eva, por sua desobediência, atou o nó da desgraça para o gênero humano. Maria por sua obediência, o desa-tou”.

Na imagem, sobre a Virgem, o Espírito Santo derrama suas lu-zes. Um dos anjos entrega a Maria uma fi ta com nós, que simboliza a

nossa culpa original. Outro anjo recebe das

mãos de Maria a fi ta que cai livremen-

te, com os nós desfeitos. Sig-nifica uma vida mergulhada em Deus e na sua misericórdia e o poder liberta-

dor das mãos de Maria.O ritual da novena a Nossa Senho-

ra Desatadora dos Nós é preparado pelos 34 Servos de Maria, pessoas da comunidade que aceitaram o convite do pároco e se dedicaram a viver a espiri-tualidade da Mãe, inseridos na celebra-ção. Depois de dois meses de uma for-mação especial, os servos receberam o “envio” durante a nona novena, dia 10 de agosto.

São estes jovens e adultos, homens e mulheres, os responsáveis por pre-parar a liturgia, cuidar do ambiente da igreja e fazer a acolhida dos fiéis às quartas-feiras. Alguns já atuavam na

comunidade, outros vieram atendendo ao convite feito na missa.

É o caso de Débora Rodrigues So-bral, que já era participativa em sua co-munidade, a São Domingos Sávio (na

Rua Franz Voles) e que sempre foi de-vota de Nossa Senhora. “Quando ouvi o convite e a palavra ‘serva’, isso me chamou a atenção. Quis servir a Maria, pois ela é um grande exemplo para nós: de obediência, humildade, doçura, fé e caridade. Eu venho toda semana de van, com mais um grupo, parti-cipar da nove-na”, explica.

Procissão do estandarte a Nossa Senhora Desatadora dos Nós, um momento de grande emoção

O envio dos Servos de Maria

Page 14: Jornal da Diocese de Blumenau Setembro/2011

Comunidades adotam a Infância Missionária

Vida Missionária14

www.dioceseblumenau.org.br Setembro de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau

“Meus perseguidores e meus inimigos são muitos, mas não abandono teus testemunhos”

(Sl 119/118,157)

EXEMPLO

Desde o ano passado, no Colégio Sa-grada Família, em Blumenau, dois grupos de adolescentes e jovens se reúnem, sema-nalmente, para os encontros do movimento Infância Missionária. Durante uma hora eles brincam, rezam, fazem o estudo do tema do dia e assumem um compromisso de vivência para a semana seguinte. Cerca de 40 pesso-as participam do programa, que é voluntário. Já é possível perceber uma mudança de ati-tude entre eles, com maior comprometimento, melhor comportamento, espírito de liderança e interesse pela oração.

A coordenadora da Infância Missionária do Colégio Sagrada Família, Irmã Mariste-la Christiano, afirma que o movimento foi adotado nos quatro colégios mantidos pela Província do Coração de Jesus, da Socie-dade Divina Providência, em Santa Catarina (Blumenau, Joinville, Tubarão e Laguna). Se-guindo a metodologia própria da Infância Mis-sionária, ela procura adaptar os conteúdos à realidade da escola, que já tem o ensino reli-gioso em seu dia a dia.

O programa é composto por quatro en-contros semanais, cada um com uma linha de refl exão: realidade missionária, espiritua-lidade missionária, compromissos e vivência em grupo. Os temas são defi nidos em con-junto com os jovens e a proposta é tornar os encontros bem dinâmicos, com a realização de lanches comunitários, visitas a entidades assistenciais, fi lmes e outros.

Igreja com rosto missionário

Lendo o jornal Missão Jovem, chamou-me a aten-ção o artigo com o título acima. Os bispos de Portugal consta-taram: “o mundo de hoje mudou e a Igreja, se não quiser entrar num deserto e até ver-se hos-tilizada, terá de mudar e muito. Apesar dos signifi cativos avan-ços da liturgia após o Concílio e da renovação da catequese da infância, jovens e adultos, nos últimos decênios veem-se igre-jas cada vez mais desertas”. So-mos uma Igreja que perde fi éis e grande parte dos católicos não conhece sua fé, não vive sólidas convicções, são passivos e sub-missos.

“No meio de tanta indiferen-ça, o que fazer? A paróquia será missionária se der prioridade ao anúncio. De fato, a paróquia terá rosto missionário na medida em que o dever do anúncio do Evangelho for prioritário em re-lação a qualquer outro. Foi aos batizados que o Senhor orde-nou: “Ide e proclamai o Evange-lho” (Mc 16,15), “fazei discípulos e ensinai” (Mt 28,19-20) e sereis minhas testemunhas” (At 1,8). Evangelização implica movi-mento, comunicação! Essa é a vocação da paróquia: ser uma igreja que vive no meio das ca-sas dos seus fi lhos e tem como vocação ser casa de família fra-terna e acolhedora.

Infelizmente, nem sempre a Igreja encontra respostas evan-gelizadoras adequadas às reais aspirações dos homens de seu tempo. Na nova evangelização, cada Igreja particular é respon-sável por toda a missão, tendo

que voltar-se prioritariamente para os de fora, abrindo cami-nhos para os homens a Cristo. Não basta endereçar convite aos afastados: “Vinde até nós!”. Pouco serve tentar introduzir o mundo dentro da casa da Igre-ja, se nada se fi zer para levar a Igreja aos areópagos do mundo. O mandato do Mestre não foi outro: “Ide, fazei discípulos” (Mt 28,19).

A paróquia tem de saber acolher, sem discriminar. De preferência, em vez de se res-guardarem e de resguardarem os que estão dentro, os fiéis e as comunidade devem escan-carar suas portas para se torna-rem oásis pastorais, que tornem natural o diálogo. Devem desen-volver a capacidade de escuta aos que vivem à sua margem, tornando essas comunidades reais espaços de amor solidário. Assim, poderão atrair os que es-tão fora.

Temos que cuidar para não correr o risco de nos afogarmos na enchente do materialismo e do indiferentismo. Jesus pode-ria repetir a queixa: “Não ten-des mais o amor dos primeiros tempos”. A paróquia missionária defi ne-se como Igreja “no mun-do e para o mundo”. Deus, um “humanista incorrigível”, quer salvar cada pessoa através das outras, a partir do centro, que é Cristo”.

Padre Alcimir José Pillotto

Movimento envolve os jovens na oração e no compromisso, instigando a mudança de atitude

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✗ Tornar Jesus conhecido e amado✗ Colocar-se à disposição de todos com

alegria✗ Repartir seus bens com os que não têm,

mesmo à custa de sacrifício✗ Rezar todos os dias pelas crianças e

adolescentes do mundo inteiro ✗ Louvar e agradecer a Deus os dons

recebidos ✗ Manter-se bem informado sobre os

acontecimentos que envolvem as pessoas de todos os continentes

✗ Reconhecer o que é bom da vida e da cultura dos outros povos, respeitando-os e valorizando-os

✗ Ser bem comportados e responsáveis em casa, na escola, na comunidade, evangelizando com o exemplo da própria vida

✗ Nunca desanimar diante das dificuldades✗ Tornar Nossa Senhora, a mãe de todos os

povos, conhecida e amada

Encontros semanais abordam a espiritualidade e o compromisso da vivência missionária

“Agora estamos estudando a possibilida-de de fazer intercâmbio com outras casas da congregação, como a da África, por exem-plo, para que as crianças troquem experiên-cias e tenham ajuda mútua”, diz a coordena-dora.

O que é?

A Pontifícia Obra da Infância Missionária foi fundada por dom Carlos Forbin Janson,

bispo de Nancy, na França, em 1843. Foi motivada pelas cartas e notícias de mis-sionários, principalmente da China, sobre a realidade triste e dura das crianças na-quelas regiões: doenças, mortalidade, analfabetismo, abandono... A fi nalida-de é suscitar o espírito missionário universal de crianças e adolescen-tes, desenvolvendo a solidarieda-

de e a evangelização. “Ajudar as crianças por meio das crianças” ou “criança evan-geliza e ajuda criança”, são os lemas do fundador.

Page 15: Jornal da Diocese de Blumenau Setembro/2011

“Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem. Em

ti serão abençoadas todas as nações da terra”(Gn 12,3)

Espaço da Família15

CAMINHADA

Famílias unidas pelo amor

Milhares de fi éis participaram da 1ª Caminhada da Família da Diocese de Blumenau, no dia 21 de agos-to, marcando o encerramento da Semana da Família. A mobilização ocorreu nas comarcas e paróquias, le-vando pais e fi lhos às ruas para rezar pelo amor e a união nas famílias.

Na Catedral São Paulo Apóstolo, a caminhada reuniu duas mil pessoas das comarcas pastorais Nor-te e Sul e foi presidida por Dom José. A comunidade se encontrou no pátio do Colégio Sagrada Família e de lá seguiu pelas ruas da cidade, percorrendo três quilômetros até chegar à Catedral. Portando cartazes, cantando hinos e repetindo aclamações, a multidão ouviu refl exões feitas pelos padres presentes.

Após a caminhada ocorreu a Santa Missa, pre-sidida pelo bispo diocesano. Na homilia, Dom José evocou o significado da celebração, lembrando a Sagrada Família de Nazaré. “O Pai quis que Jesus viesse ao mundo através de uma mulher e que ti-vesse um pai adotivo, José. Na sua família, ele viveu a maior parte da vida. Aprendeu lições de vida, de fé, de trabalho e amor. Por isso, todas as famílias podem encontrar na família de Jesus o incentivo e um modelo para sua família. Mesmo os casais de segunda união, compreendidos e acolhidos pela Igreja, devem ver em Jesus, Maria e José, o seu jei-

Setembro de 2011. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

Com muita alegria, o bispo Dom José Negri recebeu do Vaticano uma carta de agradecimento pelas congra-tulações aos 60 anos de sacerdócio do Papa Bento XVI, jubileu celebra-

do em junho deste ano. A seguir, a íntegra da mensagem, assinada pelo substituto Angelo Beccio, da Secreta-ria de Estado do Vaticano e dedicada a todos os fi éis da Diocese.

Agradecimento do Vaticano

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Comarcas

A Caminhada da Família, também, foi realizada nas comarcas de Timbó, Gaspar e Navegantes. Em Timbó, a Semana Nacional da Família foi vivida inten-samente, a partir do tema “Família, Pessoa e Socie-dade”. Todas as comunidades fi zeram celebrações de abertura e, durante a semana, promoveram encontros de oração e refl exão.

Nestes encontros foi lançado um desafio: o de opinar como poderia ser uma evangelização que re-almente chegasse às famílias, hoje tão diferentes, de formatos tão diversos, mas, ainda assim, a célula de sustentação da nossa sociedade. A ênfase das res-postas foi o resgate de valores, tão caros à família e que estão se perdendo: o amor, o perdão, a partilha e a oração, em família e também entre vizinhos.

O encerramento ocorreu no sábado, 20 de agosto, na Matriz Santa Terezinha, com a presença de repre-sentantes de todos os grupos. Foi uma celebração in-tensa, em que o padre Carlão abriu espaço para que cada comunidade partilhasse o que aconteceu nesta semana. No ofertório, cada grupo trouxe o coração que acompanhou as celebrações.

Mobilização ocorreu em várias comunidades da Diocese

Milhares de pessoas fizeram a Caminhada da Família, no centro de Blumenau e participaram da missa na Catedral

Page 16: Jornal da Diocese de Blumenau Setembro/2011

Diocese de Blumenauwww.diocesedeblumenau.org.brDiocese de Blumenau

CNBB Regional Sul 4

pág. 13Novena a Nossa Senhora Desatadora dos Nós atrai fi éis

MOMENTOS

Celebrações, encontros, visitas pastorais e outros eventos que aconteceram nas comunidades

Os fatos que marcaram a jornada diocesana

Demonstrando muita vida, a Pastoral Vocacional Diocesana, coordenada pelo padre Marcelo Martendal, fez uma visita vocacional à Paróquia São Roque, em Benedito Novo, nos dias 28, 29 e 30 de julho. As comunidades, lideranças, famílias e o pároco, Frei Mário Rohde, valorizaram a importante atividade eclesial,marcando presença e apoio à equipe.

A Missa do Motociclista foi uma iniciativa da Catedral São Paulo Apóstolo, re-alizada no domingo, 31 de julho. O pároco e vigário geral da Diocese, padre João Bachmann, presidiu à celebração eucarística, que teve grande parti-cipação dos motociclistas, apesar do dia chuvoso. Após a missa, houve o passeio pelas ruas da cidade e a bênção dos veículos.

Nos dias 13 e 14 de agosto, um grupo de seminaristas da Diocese, acompanhado pelo padre Marcelo Martendal, fez uma visita voca-cional à Paróquia de Ilhota. Encontros com adolescentes e jovens nas comunidades e na matriz foram a tônica da programação, que teve, também, missas e grande apoio do pároco, Frei Márcio Ribei-ro Machado.

As comunidades Nossa Senhora de Fátima e Santa Paulina, em Gaspar, acolheram, no sábado, 23 de julho, a visita pastoral de Dom José. A palestra do bispo e a santa missa - por ele presidida e concelebrada pelo pároco Frei Germano Guesser - tiveram lugar na capela em construção, em Gaspar Mirim (Cohab), dedicada à protetora dos doentes.

Mais de 800 famílias formam a Comunidade Bom Jesus, da Paróquia São Pedro Apóstolo, no Bairro Santa Terezinha, em Gaspar. No dia 21 de julho a comunidade recebeu a visita pastoral de Dom José Negri e lotou o templo, manifestando sua alegria em acolher o bispo diocesano. Após a celebração eucarística, uma canja de galinha servida no salão comunitário reuniu as li-deranças e o bispo, acompanhado do pároco, Frei Germano Guesser.

A convite da Comunidade Arca da Aliança, no dia 18 de agosto, pa-dres, diáconos e o bispo Dom José estiveram na Chácara Cidade de Deus, no Bairro Itoupava Central, em Blumenau, para um encontro fraterno. Na presença do diácono Elias, fundador da comunidade, foi apresentada a história e a espiritualidade da Arca. Após, todos participaram de um almoço, que foi também uma homenagem aos diáconos e sacerdotes pela passagem do seu dia.