Jornal da Mulher Bancária 2015

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SINDBAN e a luta pelos DIREI TOS DAS MULHERES J ORNAL DA M ULHER B ANCÁRIA Em 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Oficia- lizada em 1977 pela Unesco, essa importante data, muito mais que homenagens, pontua as con- quistas das mulheres e a eterna luta por direitos igualitários. Há muitas contradições so- bre a origem desse dia. A história mais difundida é a relacionada ao in- cêndio ocorrido em 1857, que matou 129 operárias em uma fábrica têxl de Nova Iorque, durante manifestação que - nha dentre os objevos a redução da jornada de trabalho e salários iguais aos dos homens. Outro acontecimento relacionado à data é à parcipação de Clara Zetkin, membro do Pardo Comunista Alemão, no II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, em MULHERES COMPÕEM 44% DA DIRE TORIA DO SINDBAN Copenhagen, em 1910, onde propôs um Dia Internacional da Mulher sem definição de um dia específico. Independente das discordâncias histó- ricas, o SindBan (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região) reconhece a relevância desse dia, que se assemelha com o trabalho diário do sindicato em defesa da cons- trução de uma sociedade mais jus- ta. Com a intenção de traba- lhar a diversidade, 44% da com- posição da Diretoria 2013/2017 são mulheres. Reflexões polícas sobre o tema, combate à discrimi- nação, assédio moral e desigualda- de de gênero, são algumas das ações realizadas pelo SindBan para a transfor- mação da realidade da mulher bancária e de outras categorias. Mesmo galgando resultados posivos em seus atos, o Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região sabe a importância de fortalecer o discurso da igualdade e con- nuará a ampliar o seu papel e apoio à luta das mulheres.

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Jornal da Mulher Bancária 2015 Semana da Mulher 2015: Construindo a Mulher Saudável

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SINDBAN e a luta pelos DIREITOS DAS MULHERES

Jornal da Mulher Bancária

Em 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Oficia-lizada em 1977 pela Unesco, essa importante data, muito mais que homenagens, pontua as con-quistas das mulheres e a eterna luta por direitos igualitários.

Há muitas contradições so-bre a origem desse dia. A história mais difundida é a relacionada ao in-cêndio ocorrido em 1857, que matou 129 operárias em uma fábrica têxtil de Nova Iorque, durante manifestação que ti-nha dentre os objetivos a redução da jornada de trabalho e salários iguais aos dos homens. Outro acontecimento relacionado à data é à participação de Clara Zetkin, membro do Partido Comunista Alemão, no II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, em

MULHERES COMPÕEM

44% DA DIRE TORIADO SINDBAN

Copenhagen, em 1910, onde propôs um Dia Internacional da Mulher sem definição de um dia específico.

Independente das discordâncias histó-ricas, o SindBan (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região) reconhece a relevância desse dia, que se assemelha com o trabalho

diário do sindicato em defesa da cons-trução de uma sociedade mais jus-

ta.Com a intenção de traba-

lhar a diversidade, 44% da com-posição da Diretoria 2013/2017 são mulheres. Reflexões políticas

sobre o tema, combate à discrimi-nação, assédio moral e desigualda-

de de gênero, são algumas das ações realizadas pelo SindBan para a transfor-

mação da realidade da mulher bancária e de outras categorias.

Mesmo galgando resultados positivos em seus atos, o Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região sabe a importância de fortalecer o discurso da igualdade e conti-nuará a ampliar o seu papel e apoio à luta das mulheres.

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COM A PALAVRA

NO MOVIMEN TO

• Qual era a sua expectativa ao estimular que mais mulheres compusessem a chapa que você encabeçava no sindicato?PAIVA - A forma de atuação sindical ao longo dos anos vem passando por uma transformação importante, determinando que nós, dirigentes, aprimorássemos mais e mais nossa sensibilida-de para atuar de forma a atender aos anseios de nossas categorias. Ao recepcionarem em suas diretorias mais mulheres, as entidades promo-vem essa mudança de predomínio masculino e, em contrapartida, desenvolvem trabalhos de direção tão ou mais condizentes com as ne-cessidades dos trabalhadores. Especificamente na categoria bancária, que tem mais mulheres que homens, essa participação é mais que uma necessidade. É a maturidade do Sindiban que aflora, buscando entender melhor a categoria e compor uma entidade cada vez mais alinhada com a realidade dos bancários.

• Sua diretoria tem mulheres muito ativas, cuja participação política e de capacitação tem prioridade. Quais as lutas o Sindban es-teve presente e teve papel decisivo nas con-quistas dos bancários?PAIVA - Os trabalhadores bancários têm uma das Convenções Coletivas mais femininas do país. Devido à categoria ser predominantemente for-mada por mulheres, é que estamos atentos e seguros de que temos que unir a força de todos os dirigentes e bancários para manter conquis-tas arduamente alcançadas ao longo de anos de

enfrentamento com um dos grupos econômicos mais resistentes do país, que é o sistema bancá-rio. Somos a única categoria a ter acordo coletivo nacional, considerando a diversidade de empre-sas do setor privado e público. Para essa vitória, nossas mulheres estiveram à frente das trinchei-ras, empunhando bandeiras importantes como a conquista de piso salarial único, vale-alimenta-ção, auxílio-creche e a jornada de 6 horas que, além de garantir qualidade de vida e saúde do bancário, favorece o universo feminino à medida que possibilita maior vivência familiar do que as demais categorias brasileiras.

• Quando foi eleito vereador, você tomou a responsabilidade da realização da Semana da Mulher, sendo autor do Decreto Legisla-tivo 01/2009 que criou o evento junto à Câ-mara de Vereadores. Qual a sua motivação para colocar na pauta da sua atuação par-lamentar as causas relacionadas à mulher?PAIVA – Ao contrário do que grupos de inte-resse tentam fazer ao atacar o Parlamento Brasileiro, sou seu gran-de entusiasta e coloquei como prioridade buscar espaço para represen-tar os bancários na Câ-mara. Naturalmente, a temática das mulheres, que já era trabalhada no Sindban, foi coloca-da como prioridade em nosso mandato. Nesses sete anos de evento, fi-xamos como meta construir, ano a ano, uma mulher que, além de todas as atribuições, fos-se também cidadã no exercício pleno dos seus direitos e deveres. Assim, discutimos saúde, segurança, educação, formação profissional, participação social e política, a violência con-tra a mulher, os enfrentamentos que faz no dia a dia do trabalho. Sendo do mundo do traba-lho, um dirigente sindical, a Semana da Mu-

lher tem sido uma grande oportunidade não somente de homenagear, mas de levar infor-mação e perspectivas às mulheres.

• Quais as atividades o seu mandato já realizou neste sentido, além da Semana?PAIVA - Junto com a Deputada, então estadual, Ana Perugini, formamos a Frente Parlamentar em Defesa dos Diretos das Mulheres que, acre-ditamos, ganhará ainda mais notoriedade com a deputada assumindo sua vaga na Câmara dos Deputados. Nas sete edições da Semana, além dos debates, elaboramos a Carta de Piracica-ba, que orienta toda a atividade parlamentar do mandato. Nossa grande luta e que, lamen-tavelmente foi anunciada pelo atual governo municipal há mais de dois anos, é a reativação do Centro de Referencia e Atenção aos Maus Tratos contra as Mulheres, até hoje no papel. Já levamos ao Governador Geraldo Alckmin a necessidade de colocar a temática da violên-cia contra a mulher no currículo escolar. Infe-

lizmente os governos municipal e estadual não sinalizam avanços em políticas públicas em be-nefício às mulheres. E essa é uma luta que não abandonaremos. Pelo contrário, depois que a Casa da Mulher Brasileira, projeto espetacular do governo federal que atende de forma mul-tidisciplinar às mulheres for instalado nas ca-pitais brasileiras, vamos lutar muito para que Piracicaba e região receba sua unidade.

Vários são os movimentos articu-lados em defesa dos direitos das mulhe-res. O SindBan tem como uma de suas principais missões reforçar essa luta ao participar efetivamente de coletivos e comissões que discutem o tema.

A vice-presidente do sindicato, Angela Isabel Ulices Savian, integra a Comissão de Gênero, Raça e Orientação Sexual, CGROS, da Contraf-CUT, criada para debater e combater a desigualda-de e discriminação dentro do sistema financeiro. Segundo Angela, a diferença salarial entre homens e mulheres é de 23%, mesmo com todo trabalho que o movimento sindical tem feito desde 2008. “Essa diferença aumenta em relação à mulher negra. Ela não está no sistema financeiro e se está, o salário é ainda menor do que o da mulher bran-ca. Além disso, tem a questão do assédio moral, que é bem forte,” enfatiza.

Angela destaca a inserção do tema nas campanhas salariais como uma das fortes con-

Frente Regional em Defesa dos Direitos das Mulheres

Participação nas lutas pelos direitos da mulheres

José Antonio Fernandes PaivaPRESIDENTE DO SINDBAN

quistas da luta sindical. “A questão da mulher, igualdades e oportunidades, tornou-se eixo de nossa campanha salarial. Temos a mesa temática com quatro reuniões anuais para que a possamos discutir e apontar as falhas. Conseguimos muitas coisas, mas sabemos que a luta é longa.”

Outra participação importante do SindBan é no Coletivo de Combate ao Racismo, com subse-

de na CUT Campinas e Região. O diretor Marcelo Abrahão e os colaboradores Maria Aparecida Araújo, Fernando Mo-rales e Ismael de Jesus Lima são os re-presentantes do sindicato no Coletivo, que desenvolve ações voltadas especial-mente para a mulher negra e emprega-da doméstica.

“O Coletivo auxilia essas mulhe-res com relação aos seus direitos e co-labora no que for necessário para que seja resolvido pequenos conflitos em seu local de trabalho, para que elas se defendam de possíveis arbitrarieda-des cometidas pelos empregadores”,

explica Marcelo Abrahão. Em fevereiro de 2015, o presidente do

SindBan, o vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT), entregou moção de aplausos à di-retoria da Central Única dos Trabalhadores (CUT) da Subsede de Campinas e ao Coletivo de Combate ao Racismo pelas ações em prol da igualdade racial.

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A vida moderna é um dos grandes desafios para que a mulher, principal-mente a que trabalha fora, consiga reservar tempo su-ficiente para cuidar da saú-de e da manutenção da sua qualidade de vida. Com esse foco, a edição 2015 da Se-mana da Mulher, instituída por Decreto de autoria do vereador José Antonio Fer-nandes Paiva (PT) na Câmara de Vereadores de Piracicaba, traz palestras e debates que

buscam levar às mulheres infor-mações impor-tantes para con-ciliar o dia a dia e a saúde de forma equilibrada.

Na progra-mação, exposi-ção fotográfica “Exposição Mu-lher no Mundo do Trabalho”, do

A correria do dia a dia faz com que as mulheres deixem de lado os cuidados com a saúde. Preocupado com o bem-estar das ban-cárias, o SindBan possui o Núcleo de Qualidade de Vida, que oferece aos sócios atendimento gratuito de nutricionista, fisioterapeutas, espe-cialistas em osteopatia, dentista, psicólogos e assistente social.

Usuária dos serviços prestados pelo Nú-cleo, Maria Inês Domingues de Oliveira, que tra-balhou durante 27 anos como bancária, conta que após gastar muito dinheiro com tratamen-tos para cuidar de Lesões por Esforço Repetitivo (LER), foi com o fisioterapeuta do SindBan que as dores amenizaram. “Fiz tratamento maravilhoso de osteopatia, as dores diminuíram e não precisei gastar nada, além disso, não houve a necessidade de cirurgia. O atendimento é excelente.”

Segundo Márcia Cristina Silva Fontes, ban-cária na cidade de Capivari, as pessoas esperam meses por tratamento via convênio da empresa, sendo que no sindicato o atendimento é mais rápido. “Todas as vezes que precisei ser atendi-da, liguei no SindBan e fui prontamente e muito bem atendida pelo pessoal da área de Saúde. É importante as pessoas conhecerem esse traba-lho. Muitos pagam a mensalidade, mas não dão valor”. Márcia já utilizou os serviços psicológicos, dentário e, atualmente, faz fisioterapia.

Gratidão pela equipe do sindicato. É dessa forma que Araceli Natal se sente após a atenção dada pelo sindicato nos momentos que precisou. “Gostaria de agradecer tudo o que o sindicato fez por mim, em especial o atendimento da assistên-

cia social. Quando mais precisei fui tratada com carinho e dedicação. Meu pai estava muito doen-te e graças ao trabalho do sindicato, em menos de uma hora, tinham quatro médicos para realizar o atendimento. Meu agradecimento é de coração.”

Semana da Mulher discute qualidade de vida e saúde

Núcleo de Qualidade de Vidaoferece serviços para as bancárias

Evento realizado de 9 a 12 de março

jornalista e assessor parlamentar Mário Camargo. O jornalista buscou retratar mulheres em seu coti-diano, sem grandes produções que interferissem na sua realidade diária. As homenageadas foram indicadas pelo Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (Conespi), cujos critérios cada sindi-cato integrante definiu.

A Tribuna Popular da Câmara de Vereadores foi local para abordar temas importantes no am-biente da mulher. A assessora político sindical do Conespi, Leila Motta Marin Paiva, abordou o tema “o despertar da movimentação da mulher na luta de gênero, através da luta contra a exploração do

trabalho”. Ela analisou sobre o fato de que a mulher to-mou ciência do desrespeito e desigualdade de gênero através de seu despertar para a luta e movimentação social por trabalho decente.

O advogado Luciano Rodrigo Masson também ocupou a Tribuna para falar sobre O Direito Previdenciá-rio da Mulher, questões rela-tivas à aposentadoria e pen-são por morte, sobre direitos de viúva e companheiras.

A programação contou ainda com ciclos de palestras, que abordou temas sobre o universo fe-minino, o mundo do trabalho, políticas públicas de inclusão e qualidade de vida.

PERFIL DA MULHER BANCÁRIA No dia 6 de março, o SindBan divulgou para

a imprensa o Perfil da Mulher Bancária, que tem como objetivo definir as ações da entidade e saber quais são os principais problemas dos bancários, bem como fazer um comparativo com o resultado da consulta realizada no ano passado.

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Jornal da Mulher Bancária é uma produção do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região Rua XV de Novembro, 549 - Centro - CEP 13.400-370 - Piracicaba SP (19) 3417-1333

Presidente: José Antonio Fernandes Paiva - Coordenadora de Comunicação e Mkt.: Mariana Valadares - MTB 43155/SP - [email protected] Gráfico: Comunique Propaganda - www.agenciacomunique.com.br

w w w . b a n c a r i o s d e p i r a c i c a b a . c o m . b r

“Lugar de mulher é na LU TA!”SER MULHER E SINDICALIS TA É...

“Ter a grande responsabilidade de transformação da sociedade, tendo como foco que é preciso descontruir a ideia de que cabe somente a mulher a responsabilidade da casa e

da educação dos filhos. É fazer o enfrentamento para por fim na violência de todos os tipos, é acreditar que juntos mulheres e homens podem e devem proporcionar uma sociedade justa e igual para todos.”Angela Isabel Ulices Savian

“Um aprendizado constante.”Edimara Aparecida Geraldin Francisco

“Ser mulher é tratar tudo com Amor, é lutar mesmo que ache que é impossível as mudanças acontecerem, é acreditar no outro e no amanhã...”Elaine Aparecida Polezi Aliberti

“Ver nossa luta dar resultados positivos para uma grande maioria de seres humanos e sermos MULHERES transformadoras, isto é muito gratificante.”Eliana Aparecida Cambraia

“Ser mulher guerreira, batalhadora, que não se cala diante das dificuldades e nem abaixa a cabeça. Segue em frente, linda e poderosa, em defesa dos nossos direitos e cidadania.”Gilmara Aparecida Voltani

“Sinto-me muito orgulhosa de ser mulher sindicalista .Sempre lutei por aquilo que achava correto, sempre gostei de defender os outros que não conseguiam responder por si só. Só o fato de você aprender

muita coisa no meio sindicalista , isso já é uma honra de ser uma mulher sindicalista.”Hereunice Aparecida Da Silva Parizoto (Cice)

“Exemplo de luta, orgulho e poder de justiça.” Kariny Sarruge Milanez Paiva

“Ser guerreira... Tomar as dores e problemas de seus pares e buscar soluções e condições melhores de trabalho, saúde e segurança de todos. Ser mulher sindicalista é ter e fazer de seu ideal a luta

contínua por melhorias na vida daqueles que não tem voz...”Letícia Peres Farias Françoso

“Estar sempre na luta para alguém, por alguém e principalmente por uma causa.” Olivia Brossi

“Mostrar a força e a capacidade feminina.”Patricia Carla Ferreira Ladwig

“Realizar-se como ser humano, levantando bandeira em defesa dos direitos aos quais sempre foram oprimidos pelo machismo.”Teresinha de Jesus Altarugio

“Ser mulher é uma dádiva de Deus e ser mulher sindicalista está sendo uma honra, em saber que tem pessoas acreditando em mim e saber que tenho com quem contar e confiar para com que o ambiente de

trabalho se torne mais leve.”Aline Roberta Becari Regonha

“Ser determinada, ciente das lutas, persistente nas batalhas, e sempre buscando cada vez mais espaço. “Vanessa Santos Chiquito Monteiro

”Se entregar de corpo e alma, buscando IGUALDADE e oportunidade a todos, com muita garra, força e fé, para juntos construirmos uma sociedade mais justa e participativa.”

Cláudia Graziella Lopes Fernandes Menegati