No primeiro livro dos Reis há a bela história do encontro do rei Salomão com Betsabéia, sua mãe. Ela lhe levava o pedido de Adonias, preterido ao trono, para se casar com Abisag de Sunam. Quando Salomão viu entrar no palácio real sua mãe, “o rei se ergueu para ir ao seu encontro e se prostrou diante dela; depois sentou-se no trono e mandou colocar um assento para a mãe do rei e ela sentou-se à sua direita” (2,19). Ao ouvir que ela lhe trazia um pedido, ele responde: “Pede, minha mãe, que não te negarei”.

Você deve estar se recordando, neste momento, das bodas de Caná, quando Nossa Senhora intervém e diz a Jesus que não há mais vinho e pede aos serventes: “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5). E Jesus realizou seu primeiro milagre, um pedido de sua Mãe.

A festa da Assunção, que celebramos no dia 15 de agosto, parece ter sido antecipada na cena descrita acima, que mostra o encontro de Salomão com Betsabéia. E pensamos sem muito esforço e sem precisar forçar o texto sagrado: se o rei Salomão quis assim honrar sua mãe, fazendo-a sentar ao seu lado direito, como não o faria Jesus, o Rei dos Senhores, vendo sua Mãe chegar, levando consigo os desejos mais sublimes, secretos, as necessidades, as aflições, as alegrias, as tristezas, as esperanças de todos os que aqui na terra se empenham para viver o Evangelho que ela viu nascer?

Não posso imaginar que Jesus não tenha tomado Nossa Senhora pela mãe levando-a para sentar-se à sua direita, fazendo-a

participar da sua glória. Como Jesus está sentado à direita do Pai, Nossa Senhora está sentada à direita de Jesus.

E nós que, cristãos, somos naturalmente marianos (porque Cristo não existira sem Maria), vemos também a Mãe de Jesus naturalmente acolhendo nossas orações, nossos pedidos legítimos, nossas lágrimas, fazendo tudo isso

chegar às mãos do verdadeiro Rei. Essa nossa confiança está expressa numa oração do final do século 2º que diz assim: “À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades; mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita”. Esta é a mais antiga oração que se conhece dedicada à Mãe de Jesus.

Desde o início tem sido assim conosco, de amor constante à Virgem Maria, de confiança na sua proteção, de

esperança no seu consolo. Noutra oração se diz assim: “Sob a asa da vossa misericórdia, nós nos refugiamos, Mãe de Deus. Não recusai nossos pedidos na necessidade e salvai-nos do perigo: somente pura, somente bendita”.

Por esse amor a ela, a Virgem Maria, vamos fazer a nossa 2ª Caminhada Mariana, no próximo sábado, em preparação ao Círio de Nazaré. Todos os que amam Nossa Senhora e sabem que podem recorrer a ela sempre, em qualquer necessidade ou perigo, estão convidados e, no possível, devem participar deste ato de amor e demonstração de confiança na sua intercessão.

À Vossa Proteção

Edição: 168 - Ano III 17 e 18 de Setembro de 2011.

Celebrada em 14 de setembro, a Festa da Exaltação da Santa Cruz é uma das grandes solenidades da nossa Igreja, remontando ao ano 335 da era cristã. Nela a cruz é venerada como instrumento de salvação e símbolo da vitória de Jesus sobre o pecado e a morte.

Conta-nos a tradição que a cruz na qual Cristo

foi crucificado foi descoberta em 326 por Santa Helena, mãe do Imperador Constantino I, durante peregrinação a Jerusalém. Por determinação de mãe e filho, a Igreja do Santo Sepulcro foi construída no local da descoberta e dedicada 9 anos após, em 335, com uma parte da cruz em exposição. Em 13 de Setembro ocorreu a dedicação da igreja e a cruz foi posta em exposição no dia 14, para que os fiéis pudessem venerá-la.

Em 614 os persas invadiram Jerusalém e tomaram a cruz, que foi recuperada em 628 pelo imperador bizantino Heráclio,ou Heráclito, considerado por muitos como o primeiro cruzado. Após um ano em Constantinopla, a cruz retornou ao Santo Sepulcro.

Na Festa da Exaltação da Santa Cruz, a igreja nos ensina que todo cristão deve fortificar a própria alma com a imagem salvadora do crucifixo e do triunfo final de Cristo com a ressurreição. Por trás da imagem da cruz está a “aurora da ressurreição para todo fiel” pois, como diz São Paulo, se Cristo não tivesse ressuscitado, nossa fé e nossa esperança seriam vãs.

O Papa João Paulo II assim se pronunciou sobre a Santa Cruz: “nela Cristo oferece à humanidade a

lição mais importante: a de nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou, até ao dom extremo de Si Mesmo”. De acordo com as regras litúrgicas da nossa Igreja, o sacerdote oficiante deve utilizar vestimentas vermelhas neste dia. Se a celebração ocorrer num domingo, a Festa tem precedência sobre a liturgia do dia comum.

Quando Moisés contava 80 anos de idade, e seu irmão Aarão 83, dirigiram-se ambos ao faraó, rei do Egito, instruídos pelo Senhor, a fim de pedir permissão para a saída dos israelitas daquele país. Como o faraó recusasse, o Senhor ordenou a Moisés que batesse com o seu cajado nas águas do rio Nilo e elas imediatamente se mudaram em sangue. Os peixes morreram e o rio ficou de tal modo poluído que os egípcios tinham nojo dele. Mas não foi apenas no Nilo que se deu o fenômeno. Em todos os rios, canais, pântanos e em todos os reservatórios, mesmo os domésticos, as águas transmudaram-se em sangue. Esta foi a primeira das dez pragas enviadas por Deus ao Egito, por causa do coração duro de seu governante. Êxodo (7 , 17-21)

Exaltação da Santa CruzMarina Campos Vamos Colorir

Segunda TerçaQuartaQuintaSextaSábadoDom.

Ainda lemos do martírio de São Policarpo:

“Com a mesma coragem, outros enfren-taram sofrimentos horríveis: lançados às feras, estirados sobre conchas marinhas,

torturados por toda sorte de suplícios, que o tirano prolongava para ver se seria possível induzi-los a renegar. Mas apesar de Satanás ter maquinado muitas coisas contra eles, graças a Deus nada alcan-

çou. Pois Germânico fortaleceu pela heróica resistência, no seu maravilhoso combate com as feras, a pusilanimidade dos outros. Querendo o Cônsul persua-di-lo a ter compaixão da sua juventude, Germânico, ao contrário, com pancadas

excitou a fera contra si, na ânsia de livrar-se quanto antes da convivência

daquela gente iníqua e criminosa. Por isso o povo, espantado diante do heroís-mo dos cristãos, dessa raça que ama a Deus e é amada por ele, gritou: “Abaixo

os ateus! Tragam Policarpo”.---.

Um apenas, chamado Quirino, frígio e recentemente chegado da Frígia, ao ver as feras, acovardou-se. Este, justamen-

te, tinha desafiado espontaneamente o poder público e incitado outros a

fazerem o mesmo. Mas não resistiu às circunstâncias repetidas do procônsul, fez juramento e ofereceu sacrifício. Eis

por que, irmãos, não louvamos os que se entregam espontaneamente a si mesmos; de mais a mais, não é isso que ensina o

evangelho.

O movimento na cidade já começa a apresentar um burburinho diferente. À noite nas ruas Ela passa, geralmente vestida de flores, iluminada pelas velas nas mãos dos devotos. Entra nas casas sob aplausos e cânticos. As famílias, os amigos, os vizinhos se reúnem para participar dessa tão emblemática peregrinação. É um tempo curto, mas Ela vem para agregar, reunir, alegrar, abençoar, consolar, irmanar. São as peregrinações de Nossa Senhora de Nazaré. Uma pequena imagem d’Ela adentra nas casas e permanece ali por pelo menos um dia. Ela prepara corações e mentes para a grande procissão do Círio de Nazaré.

Nessa noite reza-se o terço, ouve-se uma leitura da Bíblia, pode-se ser do Evangelho de Jesus ou outro trecho para reflexão. Cânticos em louvor são entoados, e num momento único, elevamos nossos pedidos de graças e bênçãos e agradecemos seus favores. Todos na família que recebem a imagem, podem participar fazendo a leitura de trechos do livro com o roteiro daquela celebração. É tudo muito informal, mas todos ficam bem compenetrados. É um momento feliz, de paz e de oração.

Tudo o que acontece é para a exaltação do nome de Jesus. É uma veneração a Ela por causa d’Ele. É muito bom tê-la em nossa casa. Ao abrirmos nossas portas, estamos reverenciando o nome de Jesus, glorificando e honrando seu nome através d’Ela. Nas casas, o local onde irá permanecer a imagem é escolhido com muito carinho, destacando-se um local especialmente ornamentado para recebê-la. Algumas pessoas aproveitam para arrumar suas casas, pintam-se as paredes, adornos são escolhidos, toalhas e trilhos de mesa geralmente alusivos ao evento são colocados, e até quem muito pouco tem, oferece-lhe o que tiver de melhor, pode ser uma vela acesa, afinal é uma visita muito querida. Ao final, há o abraço da paz, quando há a grande confraternização entre os presentes. Algumas famílias oferecem um pequeno lanche. É tudo muito bom.

Ao despirmos nosso coração de toda a tensão e de todos os problemas, encontramos nesse momento uma nova luz para seguirmos o caminho com Ela ao nosso lado, a nos guiar para seu filho Jesus. Ao nos consagrarmos a ela, esse momento é a coroação de nossa fé em Jesus.

Abrindo nossa porta para que Ela entre, estaremos abrindo nossa alma para Jesus!

– 19/09 - Esd 1,1-6 / Sl 125 (126) / Lc 8,16-18– 20/09 - Esd 6,7-8.12b.14-20 / Sl 121(122) / Lc 8,19-21– 21/09 - Ef 4,1-7.11-13 / Sl 18 (19) / Mt 9,9-13– 22/09 - Ag 1,1-8 / Sl 149 (150) / Lc 9,7-9– 23/09 - Ag 1,15b–2,9 / Sl 42 (43) / Lc 9,18-22– 24/09 - Zc 2,5-9.14-15a / Sl Jr 31,10-13 / Lc 9,43b-45– 25 /09 - Ez 18,25-28 / Sl 24 (25) / Fl 2,1-11 / Mt 21,28-32

Santos Padres Lá Vem Ela

O Martírio de São Policarpo

No próximo sábado, dia 24, realizaremos a nossa 2ª Caminhada Mariana, em preparação ao Círio de Nazaré. A concentração será na Praça da Igreja e a saída, às 8h. Percorreremos o caminho da Praça à Basílica de Nazaré, com cânticos e orações, acompanhando a imagem peregrina de Nossa Senhora. Encerraremos a caminhada dentro da própria Basílica, com a bênção. Pedimos aos fiéis que moram

no trajeto da caminhada, que enfeitem as janelas de suas residências com toalhas brancas.

“ O Senhor está perto da pessoa que o invoca”. Salmo 144(145)

Será de 01 a 07 de outubro próximo a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Como acontece todos os anos, a comunidade se reunirá, com muita alegria, nas celebrações religiosas e nos momentos de congraçamento e lazer. Será um grande encontro em louvor e

devoção a Jesus Cristo e à Virgem Maria. Compareça e traga sua família e amigos.

Caminhada Mariana

01/10 (sábado): 18h - Missa de Abertura; 02/10 (domingo) : 7h - Procissão e Celebração de Missa logo após; 03/10 (segunda-feira) : 17h- Batizados; 18h- Celebração de Missa; 04/10 (terça-feira) : 18h30 – Missa dos Jovens; 05/10 (quarta-feira): 18h30 - Missa com 1ª Eucaristia; 06/10 (quinta-feira): 18h30 – Missa com Casamento; 07/10 (sexta-feira): 19h – Missa solene com a coroação da

imagem de Nossa Senhora. Haverá venda de comidas típicas, lanches e programação cultural.

Programação da Festividade

O estudo sobre as Sagradas Escrituras, iniciado em agosto, terá continuidade neste mês de setembro e em outubro. O próximo encontro será no dia 23, sexta-feira, às 19h30, no auditório paroquial.

Curso Bíblico

No dia 19/09, às 19h30, no Centro Social, a Irmã Ângela Tutas fará uma palestra sobre o tema “Amor na Família Hoje”. Inscrições pelos telefones 3252-3831/3222-6330 (Zebina) e

3276-4390/ 81125500 (Carol).

Palestra sobre Família

Padre Ronaldo, juntamente com os membros do Ministério da Evangelização, está visitando os núcleos de oração que, este mês, se reúnem em preparação ao Círio de Nazaré. Em cada

noite, ele visita um determinado número de núcleos, até o dia do encerramento.

Palestra sobre Família

Dízimo é a devolução que fazermos ao nosso Senhor de tudo que ele nos dá, com carinho e muito amor. Devolver o dízimo a Deus, é o dever do bom cristão, um gesto bem generoso, prova de nossa gratidão.

Festividade do Rosário