Jornal de Elias Fausto | Edicao 4

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Elias Fausto Jornal de Editor: Marcelo José do Canto JEF no Ponto Certo informação ano I Clima seco arrebenta com o milho e a soja A atual estiagem prolonga- da vem provocando estragos e reforça o alerta para a situação das águas, dos rios. Sim, a falta de chuvas em pleno verão tropi- cal é a principal causa do cenário inquietante que estamos viven- ciando, mas a escassez de água também é resultado de ações hu- manas, como está claro na região da bacia do rio Capivari, onde o município de Elias Fausto está inserido. O rio Capivari tem... Editorial Página 02 Com apenas 31 anos, Gisel- le de Castro ocupa um cargo de destaque em uma das uni- versidades mais conceituada não somente no Brasil como também no Exterior: a Universidade de São Paulo. Conseguir uma posi- ção dessa magnitude na ‘famosa’ USP não é fácil para ninguém, principalmente se considerarmos que toda sua vida estudantil foi feita em uma escola pública. Mas, para nossa felicidade, essa escola foi a Mascarenhas de Mo- raes, em nossa... Entrevista Página 06 É muito comum nos dias atu- ais as notícias sobre roubos, dro- gas, assassinatos e muitas outras ruins, já estamos dando muito mais importância as más notí- cias do que as boas, parece que a emoção sobre os bons acon- tecimentos está desaparecendo. Pare e pense, reflita dentro de si mesmo: Será que não estamos nos sentindo mais alegres com a desgraça do que com os bons acontecimentos? Quero aqui invocar-lhes, queridos leitores, a refletirmos sobre isso... artigo Página 02 Página 08 Página 04 Distribuição Gratuita Edição nº 4 14 a 27 de fevereiro de 2014 Página 04 A hegemonia do futsal em Elias Fausto foi quebrada pelas equipes do Pé de Limão e São José, res- pectivamente os novos campeões do Municipal e Regional. O jovem time do Pé de Limão desbancou o Kautela/Martins Contabilidade pelo placar de 5 a 3, enquanto o São José passou pelo G.A. Mar- cenaria/Democratas nos pênaltis após empate em dois gols. A primeira Reunião Ordinária da Camara Municipal em 2014 teve projetos que precisaram do voto minerva para suas aprovações. O convênio do município com a Polícia Militar do Estado de São Paulo, através da Atividade Dele- gada, só foi decidido com seis vo- tos favoráveis contra cinco e gerou descontentamento nos vereadores da oposição. Futsal: São José e Pé de Limão Legislativo volta em clima quente Pelas informações da CATI, as duas lavouras vão ter uma queda de 50% em suas produções; cana perde cerca de 10% Acidente mata professora A jovem Camila Natália de Almeida, de 29 anos, professo- ra que lecionava em Cardeal, morreu em acidente na noite de quarta-feira na estrada Cardeal/ Monte Mor. Pelas informações da equipe de socorro, ela bateu violentamente seu peito e há suspeita de que estava sem cinto de segurança. Página 05

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Jornal de Elias Fausto (JEF), Informação no Ponto Certo

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Elias FaustoJornal de

Editor: Marcelo José do CantoJEFno Ponto Certoinformação

03 a 17 de janeiro 2014

Edição nº 1ano I

Clima seco arrebenta com o milho e a soja

A atual estiagem prolonga-da vem provocando estragos e reforça o alerta para a situação das águas, dos rios. Sim, a falta de chuvas em pleno verão tropi-cal é a principal causa do cenário inquietante que estamos viven-ciando, mas a escassez de água também é resultado de ações hu-manas, como está claro na região da bacia do rio Capivari, onde o município de Elias Fausto está inserido.

O rio Capivari tem...

Editorial

Página 02

Com apenas 31 anos, Gisel-le de Castro ocupa um cargo de destaque em uma das uni-versidades mais conceituada não somente no Brasil como também no Exterior: a Universidade de São Paulo. Conseguir uma posi-ção dessa magnitude na ‘famosa’ USP não é fácil para ninguém, principalmente se considerarmos que toda sua vida estudantil foi feita em uma escola pública. Mas, para nossa felicidade, essa escola foi a Mascarenhas de Mo-raes, em nossa...

Entrevista

Página 06

É muito comum nos dias atu-ais as notícias sobre roubos, dro-gas, assassinatos e muitas outras ruins, já estamos dando muito mais importância as más notí-cias do que as boas, parece que a emoção sobre os bons acon-tecimentos está desaparecendo. Pare e pense, reflita dentro de si mesmo: Será que não estamos nos sentindo mais alegres com a desgraça do que com os bons acontecimentos? Quero aqui invocar-lhes, queridos leitores, a refletirmos sobre isso...

artigo

Página 02 Página 08Página 04

Distribuição Gratuita

Edição nº 4

14 a 27 de fevereiro de 2014

Página 04

A hegemonia do futsal em Elias Fausto foi quebrada pelas equipes do Pé de Limão e São José, res-pectivamente os novos campeões do Municipal e Regional. O jovem time do Pé de Limão desbancou o Kautela/Martins Contabilidade pelo placar de 5 a 3, enquanto o São José passou pelo G.A. Mar-cenaria/Democratas nos pênaltis após empate em dois gols.

A primeira Reunião Ordinária da Camara Municipal em 2014 teve projetos que precisaram do voto minerva para suas aprovações. O convênio do município com a Polícia Militar do Estado de São Paulo, através da Atividade Dele-gada, só foi decidido com seis vo-tos favoráveis contra cinco e gerou descontentamento nos vereadores da oposição.

Futsal: São José e Pé de Limão

Legislativo volta em clima quente

Pelas informações da CATI, as duas lavouras vão ter umaqueda de 50% em suas produções; cana perde cerca de 10%

Acidente mataprofessoraA jovem Camila Natália de Almeida, de 29 anos, professo-ra que lecionava em Cardeal, morreu em acidente na noite de quarta-feira na estrada Cardeal/Monte Mor. Pelas informações da equipe de socorro, ela bateu violentamente seu peito e há suspeita de que estava sem cinto de segurança.

Página 05

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Jornal de Elias Fausto02 | Opinião

A atual estiagem prolonga-da vem provocando estragos e reforça o alerta para a situação das águas, dos rios. Sim, a falta de chuvas em pleno verão tro-pical é a principal causa do ce-nário inquietante que estamos vivenciando, mas a escassez de água também é resultado de ações humanas, como está claro na região da bacia do rio Capivari, onde o município de Elias Fausto está inserido.

O rio Capivari tem suas nascentes entre Jundiaí e Lou-veira e deságua no rio Tietê. São 16 municípios, com mais de 600 mil moradores, com-pondo a bacia, inclusive parte

de Campinas. Historicamente o rio Capi-

vari sofreu muito, com a polui-ção urbana, industrial e agríco-la, sobretudo com o despejo de esgotos sem tratamento. Ativi-dades como a retirada de areia do leito do rio contribuíram para a degradação.

Nos últimos anos come-çou uma reviravolta. A nova legislação brasileira e paulista de águas, da década de 1990, melhorou o panorama dos rios do país e do estado, embora a situação ainda seja crítica em muitos deles. Municípios aprimoraram seus sistemas de tratamento de esgotos, muitas

vezes com apoio dos governos federal e estadual. O setor in-dustrial foi o que mais avançou, com a instalação de sistemas de eficiência de uso da água e de tratamento de mais de 90% dos esgotos produzidos. São mais de 1500 indústrias na bacia.

Mas falta muito a melhorar. É vital um cuidado extremo com o uso das terras nas 64 mi-crobacias da bacia do Capivari, cada uma delas com suas carac-terísticas. Um uso adequado do solo pode evitar, por exemplo, que terras sejam transportadas para o leito do rio e seus afluen-tes, prevenindo o seu assorea-mento, ou a redução da área

Rio Capivari é um tesourodisponível para as águas fluí-rem normalmente. Um replan-tio intensivo de matas ciliares, nas margens dos rios, colabora para impedir o assoreamento, além de proteger as nascentes de água que alimentam a bacia.

O fator mais importante é a cidadania. Todos podem ajudar, usando água da melhor forma e fiscalizando a ação do poder público e do setor produ-tivo. Elias Fausto está no con-texto das bacias dos rios Pira-cicaba, Capivari e Jundiaí, área conhecida como PCJ. Pela lei atual, tudo o que diz respeito a água em uma região é decidido em um comitê de bacias. No

caso, existem os Comitês de Bacias PCJ federal e estadual. É crucial que a população saiba o que está acontecendo nesses comitês, e que participe ativa-mente. A educação ambiental permanente, nas escolas e em toda sociedade, é essencial. O rio Capivari é um tesouro, que só continuará rendendo a rique-za da qualidade de vida se to-dos cuidarem muito bem dele.

É muito comum nos dias atuais as notícias sobre rou-bos, drogas, assassinatos e muitas outras ruins, já esta-mos dando muito mais impor-tância as más notícias do que as boas, parece que a emoção sobre os bons acontecimen-tos está desaparecendo.

Pare e pense, reflita den-tro de si mesmo: Será que não estamos nos sentindo mais alegres com a desgraça do que com os bons aconteci-mentos?

Quero aqui invocar-lhes, queridos leitores, a refletir-mos sobre isso falando sobre as raízes de todos os males que vem sobre nós.

Essas raízes estão na po-lítica.

Nós votamos, e ao votar-

mos, em nossa maioria não exercemos a responsabilida-de de escolhermos aqueles que irão nos governar ou in-terferir nas leis que nos pu-nem ou nos beneficiam ao longo de nossas vidas foca-dos no resultado futuro da-quilo que estamos fazendo (votando), somos responsá-veis ou não pelo que fazem?

Muitos preferem dizer que votou em branco ou o que é pior, dizem que nem votam, ou seja; espalham um desrespeito total.

Daí surgem alguns apro-veitadores da situação e se candidatam aos mais altos cargos.

Eles estão errados? Não, eles não estão er-

rados;, errados estamos nós

que os elegemos. Somos res-ponsáveis ou irresponsáveis? Prefiro dizer, - sem ofender a ninguém pois também sou parte desse grupo - somos ou temos sido muito irresponsá-veis, estamos nos tornando muito brigões e até mesmo fofoqueiros.

Espalhamos inverdades sobre aqueles que elegemos como administradores públi-cos com muita facilidade e até mesmo com um elevado índice de satisfação, coloca-mos no ringue dos lutadores para que um vença o outro no soco e na violência como é o MMA, tomamos a posição de um ou de outro e tome soco, pontapés, quebra perna, bra-ço, etc., que alegria, a violên-cia trazendo satisfação.

Parece que o lucro deixou de ser fruto do bem e se tor-nou fruto do mau.

Existem jornais que fa-zem sucesso descobrindo e noticiando o que é mau, e nós os queridos leitores vamos engolindo tudo isso nos es-quecendo de que o que inge-rimos é o que nos alimenta.

Os responsáveis

Na verdade, os responsá-veis por todo o mau que tem permeado a sociedade tem nascido dentro de nossos la-res ou dentro de cada um de nós como fruto daquilo ao qual nós damos atenção e nos alegramos (as más notícias), e se assim continuar não po-deremos prever o que poderá

acontecer conosco e com os nossos descendentes, isso é incognoscível ou o que não se pode conhecer.

Vamos apoiar nossos go-vernantes e estimulá-los a fazer o bem, o que fizerem de errado vamos considerar que erraram involuntaria-mente pois o que estimula o ser humano é o elogio e não a crítica.

Quanto mais exaltarmos as boas ações dos nossos políticos, mais eles se inte-ressarão em boas ações, as-sim conseguiremos varrer os maus dos quais tanto fala-mos.

Editorial

IncognoscívelArtigo

Editor: Marcelo José do Canto – MTB 20.669 Textos: Marcelo José do Canto Fotos: Divulgação, Arquivo (Prefeitura Municipal de Elias Fausto) e Assessorias de Imprensa Colaboradores: Fernando Santos, Nílson Ribeiro e Filipi do Canto Diagramação: Marcelo de QueirozPeriodicidade: Quinzenal Tiragem: 4 mil exemplares - Impressão: Editora Z Ltda Endereço para correspondência: Rua Coronel Domingo Ferreira – nº 496 – Centro – CEP: 13.350-000 - Elias Fausto Para enviar um Artigo, notas para JEF Social, reclamações e notas para o Espaço de Leitor: [email protected] Jornal de Elias Fausto (JEF) é um produto da Canto da Comunicação: CNPJ: 05.127.081/0001-09 - Inscrição Municipal: 18.143facebook.com/jornaldeeliasfausto

Josué Nunes é empresário em Elias Fausto

José Pedro Martins é jornalista e escritor, autor de vários livros sobre meio ambiente

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Jornal de Elias Fausto Cidades | 03

Milho e soja perdem 50% da produçãoOs efeitos climáticos derrubam a safra e ainda podem causar mais prejuízos

A soja e o milho são os gran-des prejudicados com o calor atípico do verão e o problema da escassez de chuva que assola praticamente todo o Brasil e não é nada diferente em nosso muni-cípio. A cana-de-açúcar também vai sentir os efeitos das elevadas temperaturas e ter uma queda em sua produção.

De acordo com o levanta-mento feito nas lavouras e en-trevista com os produtores, An-tonieta Fiori, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), aponta que dos 700 hec-tares de milho plantados, apro-ximadamente 50% da plantação já foram perdidas. Com isso, a expectativa de uma produção com aproximadamente 5.460 toneladas vai cair para 2.730 to-neladas.

O milho também vai ser muito prejudicado com as con-dições climáticas. Pelas infor-mações da CATI, a produção prevista de 720 toneladas para os 200 hectares de área cultiva-da terá uma queda semelhante à soja com uma perda de 50%. Dessa maneira, a expectativa é que a produção não ultrapasse 360 toneladas.

O cultivo da cana-de-açúcar, que há anos não sofre com pro-blemas climáticos, também terá sua safra reduzida. De acordo com a CATI, a perda será de aproximadamente 2 mil tonela-das e a expectativa de produção fica para 10 mil toneladas nos 12 mil hectares de área culti-vada espalhada pelo município. Essa constatação é a mesma do agricultor Rosivaldo Veroneze, produtor de cana-de-açúcar do Bairro Samambaia, que no ano

Dos 700 hectares de milho plantados, 50% já foram prejudicados: perda de mais de 2.700 toneladas

passado colheu 20 mil tonela-das de cana-de-açúcar. “Até o momento calculo uma perda de 10% e se a seca continuar pode aumentar. Se chover rapidamen-te, essa situação pode até ser revertida. Os pontos críticos são nos locais onde a terra é argilo-sa, onde a cana está secando e a ocorrência de perda é maior”, explica Veroneze.

O agricultor Jonas Pereira Franco também terá um gran-de prejuízo com efeito do cli-ma em sua plantação de milho. “Infelizmente já perdi cerca de 50% da safra deste ano”, revela. Outra produção que mesmo em menor escala também vai sofrer um pouco é a uva. Paulo Toma-seto, produtor de uva niagara no Bairro São José, afirma que so-frerá perdas mas, por enquanto, ainda não é possível avaliar os prejuízos.

Pelas explicações da CATI, a falta de chuva somada à tem-peratura elevada torna a com-binação prejudicial ao campo. A fase de grão é a mais afeta-da e proporcional ao tempo que faltar água. Para o órgão, é um processo anormal e que, com certeza, já afetou de 10% a 15% das plantações e pode aumentar dependendo de quanto tempo mais vai ficar sem chover.

Além da falta de chuva, um fenômeno climático também provoca prejuízos, principal-mente por que a região não ti-nha variações de temperatura tão pequenas entre o dia e a noi-te nesta época do ano. O milho, por exemplo, precisa de dias quentes e noites mais frias para se desenvolver e neste começo de fevereiro, houve madrugada

em que os termômetros marca-ram até 24°C.

Já o setor pecuário, que tam-bém começa a sentir os efeitos, está consumindo reservas de ali-mentos que normalmente eram utilizados no inverno deixando uma forte preocupação aos pro-dutores. “Se durar muito tempo ainda a estiagem não haverá tempo suficiente para produção de alimentos para serem utiliza-dos no inverno, época que his-toricamente ocorre necessidade de suplementar a alimentação de animais mantidos em pasto”, revela preocupado o Engenheiro Agrônomo João Batista Zuca, da Casa de Agricultura. A cana-de-açucar também sofrerá quebra de 10% na produção

A 3ª Feira Agropecuária de Elias Fausto (FAEF) será realiza-da nos dias 16, 17 e 18 de maio no Ginásio de Esportes Municipal. A definição das datas ocorreu em reunião com a presença de vários membros do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Elias Fausto, realizada na última terça-feira, na Casa da Agricul-tura. A partir de agora, fica a ex-pectativa para algumas mudanças que deverão ocorrer em relação ao avento de 2013. O presiden-te do Conselho, Renato Sccoco, fez uma exposição das sugestões

O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, biênio 2013/2015, é composto por re-presentantes dos segmentos:

PrefeituraTitular: João Batista Zuza Suplente: Joaquim Antonio de Campos BicudoSecretaria de Agricultura (Es-critório de Desenvolvimento Rural)Titular: Antonieta Aparecida Fiori Suplente: Paulo Namur Claro

apresentadas até agora e continu-ar ouvindo seus colegas para me-lhorar ainda mais a estrutura para mostrar a força da agricultura do município, além de valorizar os pequenos produtores.

FAEF em 2014 vai ser em 16, 17 e 18 de maioSecretaria de Agricultura (Es-critório de Defesa Agropecuá-ria)Titular: Rogério Matiello VeraSuplente: Paola da Rocha SouzaSetor CanavieiroTitular: Evandro RochaSuplente: Rosivaldo VeronezeSetor de OlericulturaTitular: João LeiteSuplente: Thiago de CastroSetor de FruticulturaTitular: Paulo Cláudio Tomaseto Suplente: Luiz Ronaldo França IISetor Pecuário e outras cria-

ções animaisTitular: Antonio Carlos Rodri-gues LeiteSuplente: José Valdir MachadoTrabalhadores RuraisTitular: Marcelo Donizete Gon-çalvesSuplente: Laércio PackerInstituição Financeira de Cré-dito RuralTitular: Adão José GiattiSuplente: José A. TavernariComércio AgrícolaTitular: Renato SccocoSuplente: João Euclides Milani

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Jornal de Elias Fausto04 | Cidades

Legislativo tem disputa acirradaA primeira sessão ordinária

da Câmara Municipal de Elias Fausto já deu mostras do equi-líbrio e do acirramento que de-verá pautar os trabalhos do Le-gislativo em 2014. Na reunião realizada na última terça-feira (11/02) e que durou mais três horas, as votações foram extre-mamente equilibradas, inclusi-ve com a necessidade do presi-dente Carlão Barrera votar para aprovar projetos enviados pelo Executivo. Já na votação de ve-tos ao Plano Diretor também do Executivo e tiveram voto secre-to, novamente o equilíbrio foi total e a decisão ficou em 6 a 5.

Com o término das férias escolares, as creches voltaram ao trabalho e o problema que provocou muita reclamação em 2013 está praticamente solucio-nado para os pais que trabalham e não tinham onde deixar seus filhos. De acordo com o Depar-tamento de Educação da Prefei-tura Municipal de Elias Fausto, mesmo com a grande demanda de crianças para atendimento em creche, praticamente todos os pais foram atendidos.

Pelas informações, foram realizados estudos emergenciais para atender todos os pais que trabalham e também que supris-se a falta registrada em 2013. Outro estudo foi para cobrir o fim do convênio com uma esco-la particular e aguardar o térmi-

Votação de Convênio ficou empatado e precisou do voto minerva

Ao contrário de 2013, este ano o Departamento de Educação con-seguiu atender a demanda para as mães que trabalham fora.

Para o vereador Antonio Ro-berto Betarelli (PSDB), líder do Executivo na Câmara, essa manifestação reforça o contex-to democrático e provoca uma discussão sadia para a melhoria dos trabalhos do Legislativo. “Sempre teremos um clima de disputa e isso é bom. O que não podemos é ultrapassar o limi-te das políticas democráticas”, ressalta Betarelli. O vereador acrescenta, ainda, que a grande maioria dos projetos enviados pelo Executivo e que tratavam de melhorias para o município, principalmente em obras, foi aprovado por unanimidade.

Já o vereador Danyel Maia (PT), faz uma análise mais crí-tica desse reinício dos trabalhos e aponta a decisão do Executivo ao enviar um pacote de projetos como uma estratégia que atra-palha os trabalhos. Faz questão de ressaltar como importante a presença de todos os verea-dores, bem como satisfatório o bom comparecimento da po-pulação. No contexto político, espera que a Câmara não seja apenas um departamento bu-rocrático onde tenham que tra-mitar os projetos do Executivo, para aprovação e devolução a quem de direito, sem a devida

e real discussão sobre as ma-térias. “Espero coerência dos pares vereadores quando vota-rem um projeto que seja sim ou não, que mantenham seu ponto de vista e não como aconteceu nesta sessão sobre os vetos do Executivo em relação ao Plano Diretor”, critica.

Outra crítica do vereador é em relação aos projetos que solicitam regime de urgência, como aconteceu com os vetos ao Plano Diretor. “Isso impede uma discussão melhor sobre as matérias. Não temos tempo de analisá-los como se deveria. Realizei um pedido formal re-

querendo os termos do convê-nio para um estudo, e o executi-vo não respondeu. Pela votação apertada nota-se que a Câmara queria mais explicação”, ressal-ta Danyel.

O projeto citado pelo vere-ador Danyel, autoriza convênio do município com a Polícia Mi-litar do Estado de São Paulo, através da Atividade Delega-da. Após sua oficialização será possível instalar a PM 24 horas em Cardeal. Já os dois vetos do Plano Diretor abordam sobre metragem dos apartamentos, do Plano Diretor, e obre metragem mínima dos lotes residenciais.

Remanejamento soluciona problemas em crechesno de uma creche que está em construção no município. Para isso, foi aberto um espaço na EMEI “Rute Thoni Bérgamo” e também criado uma extensão da EMEI “Pequenina Flor” no anexo da EM “Gerardo Mário Tornatore”, denominado ane-xo “Leonilda Batista Alves”, onde o Departamento de Edu-cação passou a atender outra parte de alunos. “Com estas medidas, conseguimos oferecer vagas para todas as crianças cujas mães trabalham fora ou que necessite de atendimento”, explicam os responsáveis pelo Departamento de Educação. Em relação às mães que não traba-lham, pela infraestrutura atual das creches, não existe possibi-lidade de atendimento.

As inscrições para os cursos de Pedagogia e Administração de Empresas na Faculdade Uniararas continuam abertas e podem ser fei-tas no Departamento de Educação da Prefeitura (Rua XV de Novem-bro, nº 239) . O processo seletivo de bolsas contemplou 34 candi-datos de um total de 73 inscritos. Os estudantes que não puderam realizar a prova terão nova opor-tunidade nos dias 18 e 19 de feve-reiro, também no Departamento de Educação. Já os 34 contemplados deverão fazer matrícula nos dias 18 e 19 de fevereiro. Informações: 3821-1704.

As inscrições para o concurso de Técnico de Enfermagem estão prorrogadas e podem ser feitas até 23 de fevereiro exclusivamen-te pela internet, através do site www.publiconsult.com.br. A de-cisão da Prefeitura Municipal de Elias Fausto foi tomada na última quinta-feira (13/02) e o objeti-vo é preencher 3 vagas que estão disponíveis. O salário inicial é de R$ 937,98 e a carga horária é de 44 horas semanais. O candidato deve comprovar curso técnico em enfermagem e também ter registro no COREN. A taxa de inscrição é de R$ 24,00.

A empresa Croissant & Cia, que está se instalando às margens da Rodovia João Henrique Schultz, no Bairro Serra Velha, em Elias Faus-to, começará a receber currículos a partir da próxima quinta-feira, dia 20 de fevereiro. A previsão é que a indústria comece a funcionar no mês de março. Não foram divul-gadas as vagas, mas os currículos podem ser entregues na portaria da empresa. Quem não tem o cur-rículo pode procurar o Serviço de Promoção Social da Prefeitura ou o Portal de Elias Fausto (www.eliasfausto.sp.gov.br) para maiores orientações.

Uma verba de R$ 450.000,00 irá reforçar o orçamento de Elias Fausto e beneficiar dois setores que atendem direta-mente a nossa população. O anúncio foi feito na quinta--feira (23/01), quando o de-putado Cauê Macris (PSDB) visitou a cidade e se reuniu com prefeito Laércio Dude Be-tarelli. Desse montante, R$ 250.000,00 será utilizados para a compra de uma nova máquina pá carre-gadeira. A Cultura, por sua vez,

Macris libera R$ 450 mil para máquina e área cultural

Inscrições para Uniararas

Concurso para enfermagem

Croissant recebe currículos

terá mais R$ 200.000,00 para investir nos seus trabalhos na área cultural. No entanto, ainda não estão definidos em quais projetos a verba será investida. Em 2013, Macris também conseguiu uma verba de R$ 200.000,00 que será utilizada para o reca-peamento completo do Bairro Tornatore. “O projeto já está pronto e estamos aguardando a assinatura do convênio para re-alizarmos a licitação”, explica o prefeito Dude.

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Jornal de Elias Fausto Cidades/Segurança | 05

Jovem professora morre em acidenteDocente caiu com Fiesta em um buraco na estrada Cardeal/Monte Mor

A professora Camila Natália de Almeida, de 29 anos, morreu em um grave acidente no Km 1,5 da Rodovia Ary Campanholo, que liga Cardeal a Monte Mor, na noi-te de quarta-feira (12/02). Camila era professora na Escola Estadual Professora Genny Pimazzoni, em Cardeal, e retornava para Monte Mor após lecionar na escola. De família tradicional da vizinha ci-dade, sua morte chocou familia-res e amigos. Pelas informações da equipe de resgate, a professo-ra bateu violentamente seu peito e isso foi provavelmente a causa de sua morte. A suspeita é de que ela não estava com cinto de segu-rança.

Filha de tradicional família de Monte Mor, Camila era formada em Relações Públicas pela PUC Campinas e, de acordo com infor-mações da Guarda Municipal, o acidente aconteceu por volta das 21h00. Ela perdeu o controle do carro em uma descida e caiu em um buraco. Chegou a ser socor-

Mais um canal de comunica-ção contra o crime já está dispo-nível para as pessoas que desejam denunciar crimes e se manter em sigilo absoluto. O Instituto Con-tra o Crime, entidade privada mantida por grandes empresas, e a Secretaria de Segurança Pública

rida por enfermeiros da Unidade Mista de Saúde de Elias Fausto, mas em seguida veio a óbito. De acordo com informações colhidas no local do acidente a vítima pode ter tido a visão ofuscada por outro veículo que trafegava no sentido contrário.

InquéritosEm relação ao acidente que

vitimou Renan Lima de Mora-es, em 10 de janeiro, o delegado Gillys Esquitini Scrocca afirmou que ainda aguarda o laudo chegar em suas mãos para a condução do inquérito. Sobre o assassinato brutal do comerciante Michael Alcântara Farias, ocorrido na por-tas de sua casa em 22 de janeiro, as investigações prosseguem sem nenhuma descoberta do autor do crime, que estava disfarçado de carteiro e após chamar a vítima para entregar-lhe uma encomenda e conferir seu RG efetuou cinco disparos à queima roupa.

A jovem Camila, formada em Relações Públicas e que lecio-nava em Cardeal: morte chocou moradores de Elias Fauto e Monte Mor

lançaram nova forma das pessoas fazerem suas denúncias. Ela pode ser feita através de computador, tablet ou celular, pelo site www.webdenúncia.org.br. Ao acessar a internet, a pessoa preenche um formulário que aparecerá na tela e no final a pessoa recebe a senha.

Da mesma forma que o 181, esse contato é totalmente sigiloso e anônimo, não mostrando nem o computador e nem a pessoa que enviou a mensagem. Além disso, a pessoa recebe um protocolo--senha e poderá ver a tramitação e a apuração do fato denunciado.

Denúncia pelo computador

A Raízen Unidade São Francisco também está com vagas abertas para vários car-gos e os interessados devem encaminhar currículo para Fazenda Sobrado, s/n, Elias Fausto – SP. Cep 13350-000 ou pelo e-mail: [email protected]. Para mais infor-mações o contato do Recursos Humanos é (019) 3492-9499 – ramal 2064. Os requisitos são: Idade mínima de 18 anos e máxima 50 anos. O salário mínimo é R$4,17 por hora (negociável) os

Benefícios são cesta bási-ca, convênio médico com Uni-med, convênio Odontológico com Bradesco Dental, convê-nio com Óticas, Farmácia para o funcionário de dependentes (filhos, esposo(a) e enteados registrados em cartório. Tam-bém poderão ter transporte, dependendo do número de pessoas que forem contrata-das será fretado um ônibus. As vagas são para: Auxilar Ser-viços Gerais Industrial (Mas-

Um pouco da história de Elias Fausto será resgatada com a restauração dos trilhos da antiga Estação da Fepasa, em Cardeal.

O local, também conhecido como o Salão do Tales – em referência ao Tales de Almei-da, que por anos trabalhou no Cartório e também foi locutor do sistema de som de Cardeal – está em plena reforma e não irá perder suas características arquitetônicas.

Com a obra concluída, a antiga estação passará a sediar

culino) – Ensino Fundamental Incompleto. Disponibilidade para rodar turnos. Masculino; Operador Produção Açúcar (Masculino) – Ensino Médio Completo. Disponibilidade para rodar turnos. Operador Extração (Masculino) – Ensi-no Médio Completo. Conheci-mento com Solda. Disponibili-dade para rodar turnos. Analista Laboratório(Masculino e Fe-minino) - Curso concluído Téc. Química/Açúcar e Álcool. Dis-ponibilidade para rodar turnos.

Frentista (Masculino e Fe-minino) - Ensino Fundamental Incompleto. Disponibilidade para rodar turnos. Operador Máquina (Masculino) – Ensino Fundamental Incompleto. Ex-periência com Máquina Car-regadeira de Cana. Habilitação D. Disponibilidade para rodar turnos. Motorista (Masculino) - Ensino Fundamental Incom-pleto. Experiência. Habilitação E. Disponibilidade para rodar turnos.

Empresa Raízen está com vagas abertas para início imediato

Trilhos encontrados em antiga estação serão restaurados

o Telecentro, além de já contar com a sede da Guarda Munici-pal e da Promoção Social.

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Jornal de Elias Fausto06 | ENTREVISTA

Do ‘Mascarenhas’ para a USPGarota de Elias Fausto conta suas peripécias e façanhas profissionaisCom apenas 31 anos, Giselle de Castro ocupa um cargo de des-taque em uma das universidades mais conceituada não somente no Brasil como também no Exte-rior: a Universidade de São Pau-lo. Conseguir uma posição dessa magnitude na ‘famosa’ USP não é fácil para ninguém, principal-mente se considerarmos que toda sua vida estudantil foi feita em uma escola pública. Mas, para nossa felicidade, essa escola foi a Mascarenhas de Moraes, em nossa cidade. Desde 2007 no quadro de funcionários da USP, há dois anos e meio Giselle assumiu chefia na área de Pós--Graduação da universidade e será a entrevistada de estreia da Coluna Filhos de ‘Elias’, onde iremos entrevistar pessoas que sa-íram de nossa cidade, buscaram e continuam na luta....

.JEF: Seu nome, idade e profis-são?

Giselle - Giselle de Castro, 31 anos, Chefe do Serviço de Pós--Graduação e Pesquisa do Insti-tuto de Relações Internacionais (IRI-USP)

.JEF: Nomes completos dos pais, irmãs.

Giselle - Pais: Antonio Maria de Castro e Esmênia Bicudo de Cas-tro.Irmãs: Thais Regina de Castro e Aline Cristina de Castro

JEF: Como foi para você morar em Elias Fausto? Você nasceu aqui? Giselle - Nasci em Capivari e morei em Elias até os 18 anos. Minha vida aí sempre foi ótima! Família unida, amigos por perto, boa escola, liberdade de ir e vir, facilidade de locomoção... Posso dizer sem sombra de dúvidas que fui muito feliz e me diverti absur-damente nesse tempo. Colecionei um montão de histórias boas pra contar!

.JEF: O que a cidade tem de bom?

Giselle - O fato de Elias ser uma cidade pequena e das famílias se conhecerem há gerações pos-sibilita um contato muito mais verdadeiro e amistoso entre as pessoas. Elias sempre me pareceu uma grande família. A gente sem-pre encontra um grupo de amigos

onde quer que seja, ainda temos essa cultura gostosa de frequentar a casa uns dos outros, juntando amigos e família num pacote só. Normalmente as pessoas são mui-to acolhedoras e divertidas - é fá-cil se sentir em casa mesmo quan-do não estamos em nosso grupo mais próximo. O clima é ótimo!

.JEF: Em quais escolas você estudou? Estudou no Mascare-nhas?

Giselle - Estudei apenas do Mas-carenhas, do primário até o final do Ensino Médio.

.JEF: Lembra-se de algum pro-fessor (a) que marcou bastante a sua vida?

Giselle - Foram muitos! Sempre adorei a escola, sentia muito ca-rinho e profunda admiração pelos meus professores; era uma rela-ção de respeito que não precisava ser rígida para funcionar - por isso a aprendizagem acontecia num clima leve e muito produtivo.Para citar alguns: “Serjão”, Ju Alves, Edvar, Sandra Spagnol, Elizete, Elaine... Pessoas incrí-veis, educadores nota 10, grandes exemplos que me acompanham até hoje. Não consigo terminar essa resposta sem me lembrar das saudosas dona Terezinha (profes-sora da primeira série do primá-rio!) e dona Honória - aliás, só quem conheceu a dona Honória sabe o que é ter “toc-toc-fobia” (risos).

.JEF: Lembra-se de algum fato na escola que tenha sido mar-cante?

Giselle - Foram muitas histórias queridas, mas a primeira que me vem à mente é a da nossa “fuga” da escola. Eu já estava no então 3º Colegial - último ano do Ensino Médio. Era uma quinta-feira, dia de feira em Elias. E juntamente com mais um grupo de amigos re-solvemos nos aventurar e fugir da escola pelo alambrado da quadra de esportes para comer pastel na feira.Quando retornamos, demos de cara com o Ju (que era o diretor naquele tempo) nos esperando lá mesmo na quadra. Nos fez sentar e explicar porquê tínhamos saído daquela forma tão lamentável. Cada um tentou se justificar do jeito que podia e ele ficou ouvin-do calmamente a nossa versão.

Quando terminamos, ele apenas falou: “vocês são alunos queridos da escola e nós confiamos em vo-cês. Se na semana que vem vocês estiverem de novo com vontade de comer pastel na feira, me avi-sem que eu abro o portão da fren-te e vocês não precisam sair fu-gidos. Aliás, se der, eu vou junto porque também adoro pastel.” Aí ele nos abraçou e nos mandou de volta pra sala de aula.Foi o castigo mais dolorido que já recebi. Às vezes a lição que se aprende pelo amor dói mais que aquela que vem pela dor - porque ensina de um jeito ainda mais efe-tivo. O Ju demonstrou, uma vez mais, o tamanho da sensibilidade e da sabedoria dele como o gran-de educador que é.

.JEF: Após concluir os estudos o que você sempre sonhou em fazer?

Giselle - Para ser sincera eu não sabia direito. Não tinha certeza sobre uma profissão que eu ver-dadeiramente quisesse seguir, por exemplo. Minhas únicas certezas eram que eu não queria parar de estudar e queria ser independen-te financeiramente. Então resolvi seguir minha intuição e estudar o que realmente me desse prazer: línguas e literatura.

Giselle assumiu cargo de chefia há dois anos e meio e atualmente é chefe do departamento de Pós

.JEF: Você se sente realizada no trabalho em que está? Como foi chegar até essa profissão?

Giselle - Sinto-me completamen-te feliz e realizada no trabalho. Durante a Faculdade me candida-tei a uma vaga de estágio na Rei-toria da USP - consegui e fiquei lá por dois anos, tempo suficiente para que eu conhecesse melhor a Universidade e descobrisse que queria trabalhar na USP como funcionária efetiva. Foi aí que comecei a prestar os concursos e consegui ficar bem classificada em um deles. Fui convocada para trabalhar no IRI e comecei em ja-neiro de 2007, como funcionária na área da Graduação. Menos de um ano depois recebi a Chefia da área. Foi um desafio valioso e incrivelmente enriquecedor. Há dois anos e meio fui convidada pela então Diretora do IRI-USP a assumir a área da Pós-Graduação - e aqui estou: ralando, aprenden-do muita coisa à base de sangue, suor e lágrimas... Mas trabalhan-do feliz da vida (por tabela, ainda tenho a sorte de contar com um ambiente de trabalho maravilho-so)!

.JEF: Qual é o recado que gos-taria de deixar para os amigos, colegas e pessoas de Elias Faus-to?

Giselle - Nossa cidade permite um grau de proximidade e comparti-lhamento que não existe em ne-nhum outro lugar. Nossas histórias são únicas, o grau de amizade e confiança que existe entre as pes-soas em Elias não tem precedente. Aproveitem com alegria todas as possibilidades especiais que essa querida cidadezinha oferece. So-mos privilegiados em poder sair de casa e encontrar uma cara co-nhecida a cada passo, encontrar braços abertos a cada esquina... Somos privilegiados por conseguir congregar família e amigos de um jeito tão simples e afetivo!

JEF: O que você achou dessa sé-rie de entrevista que o Jornal de Elias Fausto criou chamada “Fi-lhos de Elias” para mostrar um pouco da história de pessoas que viveram aqui e hoje estão fora trabalhando e levando o nome da cidade aos mais diversos lu-gares?

Giselle - Esta foi uma iniciativa muito bacana mesmo! É muito bom saber o que as pessoas estão fazendo fora de Elias, conhecer os voos que alçaram e as histórias que estão construindo - e, claro, sua re-lação com a cidade, que sempre amadurece com a distância física. Estou louca pra ler essa coluna muitas vezes!

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Jornal de Elias Fausto Social | 07

JEF SOCIAL

Esforço e dedicação. Duas palavras que resumem a trajetó-ria do jovem Cézar Augusto Lú-cio, 20 anos, morador de Elias Fausto que desde os 14 anos es-tuda inglês e que pode realizar um sonho: fazer um intercâm-bio em Toronto no Canadá para cursar um intensivo de inglês e conseguir a certificação interna-cional. Por lá... ele experimentou temperaturas bem diferentes dos 30º que curtia no Brasil, enfren-tou 13 graus negativos e, de que-bra, ainda saboreou muita neve. Nem bem chegou, e o garoto genuinamente elias-faustense já faz novos planos: “Quero esta-giar na área em que me formei e pretendo juntar dinheiro para

INTERNACIONAL

viajar para a Inglaterra ou Irlan-da. Só não sei quando farei essa viagem”, conta o estudante.

“Me esforcei para aprender inglês e poder um dia viajar. No início eu não sabia que país es-colher, mas depois, pesquisando, escolhi o Canadá como melhor opção para o primeiro intercâm-bio”, conta. Desde criança mora com os avós, os quais considera seus pais, Luiz Carlos Lúcio e Cleide Schulz Lúcio. Irmão de Carlos Eduardo Lúcio e Julia Stephani Lúcio.

Cursou o ensino fundamen-tal e médio na Escola Estadual “General Mascarenhas de Mora-es” e atualmente está no terceiro ano de Licenciatura em Quími-

ca pela Unimep – Universidade Metodista de Piracicaba.

Durante um mês Cézar teve aulas de segunda à sexta, num total de 20 aulas, de manhã – au-las de inglês comuns como gra-mática, escrita e outras, e a tarde escolhia o que queria estudar, e à noite, dividido por níveis.

Cézar foi com um grupo das Universidades Metodistas com aproximadamente 30 pessoas, sendo que cada um ficava em uma casa diferente, que se viam na escola e nos passeios. Lá foi acolhido pelo casal Natasha Ki-chuck e Andrew Kichuck.

Fez o curso ESL - English as a Second Language no Corners-tone Academic College. Ele con-

ta que é muito importante uma formação dessas porque o inglês é avaliado a nível internacional. “Professores com inglês nativo, te avaliam. Isso conta muito em um currículo e mostra seu grau de fluência na língua”, explica.

“Sair do meu país para outro desconhecido, com outra cultu-ra e hábitos, sozinho... não foi fácil. Mas o crescimento pesso-al foi algo assombroso! Voltei outra pessoa, com uma visão do mundo totalmente diferente. Quem puder, deveria fazer uma viagem assim”, recomenda.

Ele conta que não teve difi-culdades de comunicação e que o inglês que sabia até então foi suficiente. “As pessoas em To-

ronto são muito prestativas. Mesmo quando eu tinha dúvi-das, porque obviamente não sei tudo em inglês, eles tinham paciência para me explicar qual-quer coisa”, revela e ainda res-salta a mudança climática como uma das experiências inesque-cíveis principalmente para que vai de um país tropical como o nosso.

O sonho só pode ser reali-zado graças ao apoio dos avós, aos quais ele dedica o certifica-do. “Toda minha família e meus amigos me apoiaram em cada segundo. Sem esse apoio eu acho que não teria tido coragem de ir. Devo muito a eles”, agra-dece.

Última chamada!Voo Elias/Canadá

O estudante Cézar Augusto Lúciosaiu de 30º para curtir 13º negativos

Page 8: Jornal de Elias Fausto | Edicao 4

As equipes do Pé de Limão F.C e E.C São José/Nova Odessa são os grandes campeões, res-pectivamente, do Municipal e do Regional de Futsal 2014. Para garantirem o título, o Pé de Li-mão não tomou conhecimento do Kautela/ Martins Contabilidade e venceu a final por 5 a 3. O São José, por sua vez, empatou em dois gols com o G.A Marcenaria/Democrata e levou a melhor na decisão por pênaltis.

Para o Kautela – campeão dos últimos dois anos - restou o consolo de contar o jogador Donizete – eleito o melhor da competição – e do goleiro Jessé, o menos vazado. No Regional, a surpresa ficou por conta do Nova Aliança/Marquinhos Tinta, que buscava o tricampeonato e aca-bou eliminado na semifinal ao perder para o São José na decisão por pênaltis após empate em três gols. O Kautela – que debutava no Regional – também perdeu na semifinal para o G.A Marcenaria por 3 a 2.

Na disputa pelo Municipal, a equipe do Pé de Limão abriu um placar elástico na primeira etapa com 4 a 0, com gols de Senival, Rolândia, Felipe e Fábio. Na se-gunda epara, o Kautela começou a reação fazendo goleiro linha com Vinicius do Canto e encos-tou perigosamente no placar, que ficou 4 a 3, com gols de Donizete, Vinicius do Canto e Beiço. Após pressionar bastante e colocar vá-rias bolas no travessão, Senival definiu a partida no finalzinho ao marcar o 5º gol para consagrar o Pé de Limão o legítimo Campeão do Municipal de 2014.

Na decisão do Regional, o G.A. Marcenaria abriu vantagem ao fazer 2 a 0, com dois gols de Willian Figueiredo, mas não con-seguiu segurar São José, que cor-reu atrás do placar e empatou em 2 a 2 com dois gols do artilheiro da competição, Rafael Pires. Na decisão nos pênaltis, São José fez a festa ao vencer por 4 a 3.

Jornal de Elias Fausto08 | ESPORTE

Pé de Limão e São José fazem a festaA hegemonia do futsal eliasfaustense está em novas mãos até 2015

A equipe do Pé de Limão desbancou o Kautela pelo placar de 5 a 3: vitória começou tranquila e terminou com muita pressão do adversário

O São José chegou ao título com uma vitória depois de sair perdendo por dois a zero: melhor aproveitamento na decisão por pênaltis

Campeonato Municipal de Futsal “Rodolfo Rodrigues de Souza”Campeão: Pé de Limão F.C. - Vice: Kautela / Martins Contabilidade

ArtilheiroDouglas (esq) 13 gols (A.F.C.)

Defesa menos vazadaKautela - Jessé6 gols

Melhor goleiroJúlio CesarPé de Limão F.C.

Melhor jogadorDonizeteKautela

15º Regional de Futsal 2014

ArtilheiroRafael 9 gols (São José)

Campeão: E.C. São José (Nova Odessa SP)Vice: G.A. Marcenaria/Democratas (Indaiatuba SP)

Defesa menos vazadaKautela - 8 gols

Melhor goleiroCarlão(G.A.)

Melhor jogadorPaulo Pereira (Monte Mor)