JORNAL DO INSTITUTO DE DIFUSÃO ESPÍRITA DE JUIZ DE FORA...

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IMPRESSO JORNAL DO INSTITUTO DE DIFUSÃO ESPÍRITA DE JUIZ DE FORA • ANO 12 • Nº 158 • FEVEREIRO 2009 O Instituto de Difusão Espírita, IDE, iniciou no dia 02 de fevereiro, mais um Curso Básico sobre Espiritismo,onde serão abordados,por expositores da casa,os principais temas da doutrina O curso será ministrado todas as segundas- feiras às 20h e possui como coordenadoras Carla Temponi e Míriam Jório. Iniciando os estudos, Ricardo Baesso abordou o tema “Alan Kardec e as Obras Básicas” e Alexander Moreira será o expositor da próxima aula onde será explanado “As três revelações”. As incrições continuam abertas, são gratuitas e podem ser realizadas na recepção. A duração do curso será de fevereiro a dezembro de 2009. Curso Básico sobre Espiritismo

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IMPR

ESS

O

JORNAL DO INSTITUTO DE DIFUSÃO ESPÍRITA DE JUIZ DE FORA • ANO 12 • Nº 158 • FEVEREIRO 2009

O Instituto de Difusão Espírita, IDE,

iniciou no dia 02 de fevereiro, mais

um Curso Básico sobre

Espiritismo,onde serão abordados,por

expositores da casa,os principais

temas da doutrina

O curso será ministrado todas as

segundas- feiras às 20h e possui como

coordenadoras Carla Temponi e

Míriam Jório.

Iniciando os estudos, Ricardo Baesso

abordou o tema “Alan Kardec e as

Obras Básicas” e Alexander Moreira

será o expositor da próxima aula onde

será explanado “As três revelações”.

As incrições continuam abertas, são

gratuitas e podem ser realizadas na

recepção.

A duração do curso será de

fevereiro a dezembro de 2009.

Curso Básico sobre Espiritismo

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ATIVIDADES DO IDE JUIZ DE FORA

Expediente

Publicação Mensal do Instituto de DifusãoEspírita de Juiz de Fora, situado

na Rua Torreões, 210 - Santa LuziaCEP: 36030-040 - Juiz de Fora-MG

Tel.: (032) 3234-2500CGC/MF 00668453/0001-90

site: www.ide-jf.org.bre-mail: [email protected]

Programação de Palestras de Fevereiro de 2009

Departamento de Divulgação:Fátima Lameirinhas - Mauro Justi e Simonne

Zaka TostesJornalista Responsável:

Alice Maria Freesz de Almeida - REG: 2438Tiragem: 1000 exemplares

Editoração, Revisão, Diagramação e Impressão:Editar Editora Associada - Tel.:(32)3213-2529

Os artigos não assinados são de responsabilida-de do Departamento de Divulgação do IDE-JF

05 - quinta-feira20h. Victor Silvestre F. Santos Joanna de Angelis06 - sexta-feira 15h. Geraldo L. do Oliveira Marques IDE - JF07 - sábado 19h. José Augusto De Martino Paz e Harmonia08 - CEM-AME12 - quinta-feira20h. José Passini G. E. E. Garcia13 - sexta-feira 15h. Patricia Mendes Vale Juliani IDE - JF14 - sábado 19h. Joselita Valentim (Jô) IDE - JF19 - quinta-feira20h. Wilmar Coelho Instituto Maria20 - sexta-feira 15h. Léia da Hora IDE - JF21 - sábado 19h. Paulo Roberto de Freitas IDE - JF22 a 24 carnav.26 - quinta-feira20h. Ademir Henriques do Amaral IDE - JF27 - sexta-feira 15h. José de Oliveira Pires IDE - JF28 - sábado 19h. Alexandre Augusto Correa G.E.M.A.

PPPPPASSE:ASSE:ASSE:ASSE:ASSE:– Tarde: 2ª feira: 14h30min

3ª feira: 14h30min6ª feira: 15h

– Noite: 2ª fe i r a, 4ª fe i r a,5ª fe ir a: às 20hSábado: 19h

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AAAAATENDIMENTTENDIMENTTENDIMENTTENDIMENTTENDIMENTO FRAO FRAO FRAO FRAO FRATERNO:TERNO:TERNO:TERNO:TERNO:2ª feira: 14h30min e 20h

3ª feira: 14h30min4ª feira: 20h

6ª feira: 14h__________________

GRGRGRGRGRUPO DE HIGIENE MENTUPO DE HIGIENE MENTUPO DE HIGIENE MENTUPO DE HIGIENE MENTUPO DE HIGIENE MENTALALALALAL3ª feira: 20h

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TRATRATRATRATRATTTTTAMENTAMENTAMENTAMENTAMENTO MAO MAO MAO MAO MAGNÉTICO:GNÉTICO:GNÉTICO:GNÉTICO:GNÉTICO:6ª feira: 15h45min e 19h

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REUNIÕES PÚBLICAS:REUNIÕES PÚBLICAS:REUNIÕES PÚBLICAS:REUNIÕES PÚBLICAS:REUNIÕES PÚBLICAS:5ª feira: 20h

6ª feira: 15hSábado: 19h

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PRPRPRPRPROJETOJETOJETOJETOJETO SER FELIZ:O SER FELIZ:O SER FELIZ:O SER FELIZ:O SER FELIZ:Domingo: 09h

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4ª feira: 18h30min__________________

CORAL SOL MAIOR:CORAL SOL MAIOR:CORAL SOL MAIOR:CORAL SOL MAIOR:CORAL SOL MAIOR:Sábado: 15h

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FFFFFARMÁCIAARMÁCIAARMÁCIAARMÁCIAARMÁCIA2ª feira a 6ª feira:14h às 17h

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ConvocaçãoA diretoria do

IDE-JF convocatodos os membrosdo Instituto paraparticiparem daAssembléia GeralOrdinária , com oobjetivo da eleiçãoda nova diretoria, arealizar-se dia 18de março de 2009,às 20 horas.

Todas as pes-soas vinculadas a alguma tarefa no IDE-JF, há pelomenos seis meses, e que tenham preenchido a fichade trabalhador voluntário, poderão participar da es-colha da diretoria para o biênio 2009/2010.

É com imensa alegria queo Coral Sol Maior convida acomunidade do IDE parajuntar-se ao grupo, lembran-

do a todos que os ensaios acontecemaos sábados, agora em novo horário,às 15h e 30min.

O Coral está à procura de pessoasque gostem de cantar e que tenham boavontade. Venha cantar conosco!

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Fim de AnoÉpoca de

se lembrar efestejar a vin-da do Cristoentre nós.Época de co-rações mais

brandos e mãos mais generosas. As Casas Espíritas se preocu-pam em trazer o Natal como tema de suas palestras. Esta é umafesta que pode ser comemorada de formas variadas, uns compresentes, outros com mesas fartas e outros ainda com arte ealegria, muita alegria!

Na quinta-feira e domingo, 18 e 21 de dezembro, respec-tivamente, a Oficina de Idéias juntamente com a Evangeliza-ção e Mocidade do IDE, apresentaram a peça infantil Confu-são de Natal, autor espiritual Odilon Silva, psicografia SidneyPinto Guedes e Margareth Silva Rocha Cavalcante.

Na peça os personagens falam do ensinamento de Jesus,o grande aniversariante, mostrando-nos que o melhor pre-sente que podemos dar a Ele é amarmo-nos uns aos outroscomo Ele nos amou.

No palco uma tenda de circo foi armada e os palhaçosentraram em cena com suas vestes coloridas e suas caras brin-calhonas.

O entusiasmo das crianças abrilhantou nossa festa.

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José Raul Teixeira, não necessita de apresen-tação alguma, visto que tem sido, ao lado de Di-valdo Franco, um dos principais divulgadores daDoutrina Espírita no Brasil e no exterior.

Para entrevistá-lo, a direção da revista O Con-solador contactou seus colaboradores mais dire-tos e o resultado aqui está, expresso em 26 ques-tões formuladas pelos confrades José Passini, Ri-cardo Baesso de Oliveira, Arthur Bernardes deOliveira, Jorge Hessen, Astolfo O. de Oliveira Fi-lho, Célia Xavier Camargo – todos membros doConselho Editorial – e Orson Peter Carrara, Fer-nanda Borges, Wellington Balbo, Antonio Augus-to Nascimento e Katia Fabiana Fernandes edi-tores responsáveis pelas entrevistas publicadas pelarevista.

As questões que compõem a entrevista fo-ram divididas em três blocos, dada a sua extensão,ela será reproduzida pelo nosso jornal da seguinteforma:

1-problemas e questões da atualidade (O Idealfevereiro),

2- temas de natureza doutrinária (O Ideal demarço)

3-assuntos pertinentes ao movimento espíri-ta (O Ideal abril :parte I / O Ideal maio: parte II).

Aos interessados, a entrevista original encon-tra-se no site http://www.oconsolador.com.br,edições 90 e 91.

Eis, na íntegra, a primeira parte:Problemas e questões da atualidadeO Consolador: Como você vê a oficiali-

zação do casamento entre homossexuais e aadoção de filhos por parte deles?

Consideramos que qualquer oficialização quese estabelece no mundo corresponde à formaliza-ção de situações que já existem, ou que precisamser normatizadas para evitar distorções nos julga-mentos de diversificadas situações, em respeito aoconceito formal de justiça. Assim, se se fala deoficialização de casamentos entre pessoas do mes-mo sexo é que essas pessoas já estão se unindosem qualquer formalização, deparando-se, a partirdisso, com problemas cujas soluções exigem umpronunciamento da lei que regulamenta a vida deum povo ou de uma sociedade.

Independentemente do nome que se desejedar a essas uniões, a realidade é que tais uniõesexistem. Seus parceiros podem conviver pouco oumuito tempo juntos; podem fazer aquisições devariada índole em nome da dupla ou durante operíodo em que estão juntos os indivíduos. Comoficará, perante a sociedade organizada, a situação

de um e de outro parceiro? Em caso de falecimen-to de um deles, há ou não há direitos a pensões eoutros benefícios, após uma vida passada em co-mum? Todos os quadros com os quais nos de-frontamos e que tomam corpo na sociedade pre-cisam ser estudados e disciplinados pela legisla-ção.

Não há como fazer vistas grossas e fazer deconta que tal coisa não existe. Logo, não há comofugirmos dessa oficialização em nome de qualquertradição ou preconceito, uma vez que os fatos aíestão afrontando os tempos e exigindo um posici-onamento oficial das autoridades, pois não há leique possa impedir de fato que duas pessoas domesmo sexo tenham vida em comum, que se en-tendam, que se cuidem ou que se amem.

No que respeita à adoção de filhos, estamosdiante de uma questão de bom senso. O que serámelhor para uma criança: viver nas ruas, ao aban-dono, sujeito a todos os perigos que inundam asruas ? ou em instituições que, por mais respeitá-veis que sejam, não conseguem se converter numlar para nenhuma criança abandonada? ou seramparada pela generosidade e pelo carinho de duaspessoas do mesmo sexo e que vivem juntas? OEspírito Camilo sempre me ensinou que o amor,em si mesmo, não tem sexo e que é muito valoro-sa a atitude de quem quer que seja que se decida aadotar uma criança. Somente a hipocrisia ou a in-diferença para com a criança órfã ou abandonadapode criar impedimentos para tal adoção.

O Consolador: Há muitos debates sobrecélulas-tronco embrionárias. Considerandocomo são formados os embriões resultantesda fertilização in vitro, é-nos difícil entenderque a todos eles estejam ligados Espíritos, vis-to que, para um mesmo casal, produzem-sediversos embriões, dos quais alguns são im-plantados e outros mantidos em baixíssimatemperatura. Se tudo correr bem na gestação,é comum que os embriões congelados sejamesquecidos e, por conseguinte, jamais utiliza-dos. Em alguns países, como a Inglaterra, alei estipula um prazo, findo o qual eles sãoeliminados. Ainda que não se tratando de umaposição do Espiritismo, e sim um argumentopessoal, como você vê essa questão?

Sendo uma pessoa vinculada às ciências, vejocomo muito delicada essa questão, tendo em vistamuitos posicionamentos extremadamente apaixo-nados e que nos remetem aos tempos distantesdas posições ultramontanas em relação ao progres-so científico.

É comum que os religiosos, em geral, evo-quem para si o direito de atuar nas suas crençascomo bem o desejem ? ainda que toda a sociedadese depare, incontável número de vezes, com posi-cionamentos argumentativos e práticas ardilosas,anti-sociais e mesmo criminosas contra o povo ?,sem admitirem qualquer intromissão de cientistas,nenhuma opinião que se oponha aos seus intentosou que não façam parte dos seus quadros, quasesempre distanciados dos verdadeiros fins dos en-sinamentos imortais deixados por Jesus Cristo epor outros Missionários espirituais da humanida-de. Contudo, quase sempre os mesmos religiososarrogam-se o direito de não somente opinar masde determinar sobre as reflexões e práticas da Ci-ência, como se fossem detentores da absoluta ver-dade.

Afora os posicionamentos políticos, labora-toriais, comerciais e demais interesses particula-res que se atiram nos caminhos dos cientistas-pesquisadores? que costumam estar presentesnessas discussões, fazendo lobbies em favor deempresas ou de grupos, com os quais se deve termuita cautela pelo cinismo e pelas pressões comque atuam?, sou de parecer que aos religiososcaberia ressaltar e propagar a realidade espiritualdo ser humano, trabalhar na educação moral dosindivíduos, o que lhes possibilitaria tomar asmelhores decisões diante do mundo e diante daEspiritualidade, deixando àqueles que assumiramresponsabilidades perante a Ciência o labor quelhes cabe, oferecendo, quando solicitados, os seusmais lúcidos pareceres que deverão ser tão lúci-dos quão desapaixonados. O que não me parececoerente é que os religiosos desejem governartodos os ângulos de visão da sociedade, como setivessem o privilégio da verdade sobre os demaispensadores.

Indiscutivelmente, encontraremos abusos queà justiça caberá questionar e corrigir, evocando ospreceitos éticos imponentes. O que creio não serrazoável é partirmos do princípio de que, por ado-tar posições muitas vezes materialistas ou ateístas(em relação aos preceitos e dogmas das religiõesinstitucionais), devam os cientistas ser considera-dos como não sérios ou como irresponsáveis. En-tendo que deveremos respeitar esse grande pugilode pesquisadores que têm oferecido suas vidas emprol de uma sociedade melhor, permitindo querealizem seus empreendimentos, seus trabalhos,suas pesquisas.

Tenho ouvido do Espírito Camilo que mui-tos desencarnados, retidos em situações de com-plexos conflitos e sofrimentos no além, são visita-dos e indagados quanto ao interesse que tenhamde servir de instrumentos ao progresso da Ciênciano mundo, apresentando-se para animarem em-briões que se prestarão às pesquisas. Findadas asexperiências, essas entidades que reencarnariam emdelicadas situações de enfermidades físicas, men-tais ou sócio-econômicas, ou todas conjugadas,logram obter melhorias significativas nos proces-sos em que estão incursas. São muitas as que acei-tam e que são levadas a tais lidas nas esferas dotrabalho científico.

É real que nem todos os embriões, tendo-seem vista as fases iniciais em que são tomados,estão ligados a inteligências espirituais, mas ou-tros tantos estão, sim, animados por essas enti-dades referidas, ou seja, as que se apresentam paraservir de “cobaias” nas atividades de pesquisascientíficas.

Há, por outro lado, uma questão que se quercalar. Por que há defesas tão extremadas dos pos-síveis embriões com ligações espirituais, enquantoque não há a mesma paixão pelas crianças já reen-carnadas, mal nascidas, abandonadas nas ruas ounos orfanatos? O que deve passar pela mente ge-ral relativamente a tais crianças e os citados embri-ões? Por que não costumamos ver ninguém solici-tar aos laboratórios detentores dos embriões al-gum deles como filho? Diante das quantidades quesão atiradas fora, após os períodos exigidos porlei, é de estranhar que ninguém reclame uns doisou três para serem cuidados, implantados na con-dição de filhos, de modo a salvá-los da destrui-ção...

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5O Consolador: A eutanásia, como sabe-

mos, é uma prática que não tem o apoio dadoutrina espírita. Surgiu, no entanto, ultima-mente, a idéia da ortotanásia, defendida atémesmo por alguns médicos espíritas. Qual asua opinião a respeito?

O mais importante na esfera da ortotanásia serásempre o uso do bom-senso, pois uma coisa é deixaro indivíduo morrer naturalmente, quando se veja quesua vitalidade vai baixando de nível como uma cha-ma que se apaga. Outra situação, porém, será ver al-guém sofrendo e cruelmente não lhe aplicar qual-quer sedativo ou medicamento, deixando que morraem meio ao desespero ou à dor intensa. Nem a euta-násia nem a ortotanásia, quando fuja ao bom-senso ese aproxime da crueldade. Que os conhecimentosmédicos vigentes possam ajudar os que se acham àbeira da desencarnação, facilitando-lhe um tranqüiloretorno ao Invisível sem comprometimento negati-vo de médicos, enfermagem ou familiares.

O Consolador: Como você vê o nível dacriminalidade e da violência que parece au-mentar em todo o país e no mundo, e como osespíritas podemos cooperar para que essa si-tuação seja revertida?

Nada obstante as informações dos Imortaisde que estão renascendo no planeta muitos Espí-ritos ainda inferiorizados, no que se relaciona àssuas condições morais, não deveremos perder devista a proeminência da educação como bem fri-sou Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos. Faz-se necessária uma educação moral capaz de bemformar os caracteres dos indivíduos.

Como espíritas, torna-se fundamental a ob-servância dos cuidados com a auto-educação (apartir dos esforços pelo autoconhecimento), a fimde que nos capacitemos para orientar e educar ospróprios filhos que são vítimas, muitas vezes, daincúria ou do desmazelo dos seus pais que estãomais preocupados com o sucesso social dos filhosdo que com a sua felicidade.

A educação, contudo, é um processo que teráêxito em longo prazo, visto que corresponde a umamodificação gradual de mentalidade e à adoção efixação de novos valores por parte das criaturas. Há,no entanto, providências que podem ser tomadaspor quem de direito, no sentido de diminuir a gra-vidade dos quadros de violência vigentes atualmen-te no mundo, e isso tem a ver com a legitimidade,maturidade e respeitabilidade moral das autorida-des constituídas e que estão à frente das sociedades,assim como tem relação com a necessidade de im-putar-se responsabilidades aos cidadãos e fazer comque aqueles que cometem desatinos sejam levadosaos trabalhos de quitação perante suas vítimas, se-jam indivíduos ou grandes grupos sociais. Enquan-to persistir, em nome de escusos interesses e crimi-nosos desinteresses, o clima de impunidade, comose nada estivesse acontecendo, pela falta de cora-gem de pôr-se o guizo no pescoço do gato, é certoque a situação tanto do Brasil quanto do restantedo mundo não sofrerá significativas alterações.

O Consolador: A preparação do adventodo mundo de regeneração em nosso planetajá deu, como sabemos, seus primeiros passos.Daqui a quantos anos você acredita que a Terradeixará de ser um mundo de provas e de expi-ações, passando plenamente à condição de ummundo de regeneração, em que, segundo San-to Agostinho, a palavra amor estará escrita em

todas as frontes e uma equidade perfeita re-gulará as relações sociais?

Muito embora possamos desenvolver algu-ma ansiedade em torno desse futuro anunciadopelos Imortais, o certo é que não temos nenhumapossibilidade de datar essas ocorrências, uma vezque estarão sempre pendentes dos movimentosdos progressos humanos.

As bases geológicas do planeta estão dandoseus passos na direção do amadurecimento cicló-pico do mundo. Contudo, o aspecto moral, gran-de definidor de tudo, depende das disposiçõesmorais da humanidade.

Não nos cabe nenhuma tormenta com rela-ção a esses tempos. Cada um de nós deverá assu-mir a parte que lhe corresponde nesse esforço in-dividual e coletivo para a construção desse mun-do melhor que anelamos. Então, trabalhemos comdedicação e verdade, cuidando de realizar o quenos compete, e deixemos tudo o mais nas mãosde Deus, pois só Ele sabe a respeito dos tempos,como o afirmou nosso Mestre Jesus.

O Consolador: Em dados citados no livroO Clamor da Vida, da Dra. Marlene Nobre,afirma-se que são feitos cerca de 60 milhõesde abortamentos por ano no mundo. A vida,como se vê, não é valorizada como devia. Qualé sua avaliação sobre o assunto e como os es-píritas poderíamos contribuir para diminuiresses números assustadores?

Acredito que esse quadro gritante se deve àcultura materialista que vemos ganhar corpo a cadadia em nossas sociedades. Mesmo famílias de ro-tulagem cristã e, em particular, cristã-espírita, en-tram nessa excitação materialista. Tudo o que temsentido e valor são o salário que se ganha, as coi-sas que se consomem, os títulos que se conseguemou as posições sócio-político-econômicas que sedesfrutam no mundo. Se nessas coisas estão osmaiores valores do indivíduo, claro fica que tudoo mais estará em segundo ou em terceiro plano,inclusive o filho que se leva no ventre.

A visão materialista do mundo tem levadomuitas inteligências a menoscabar a excelência davida terrestre, impulsionando muita gente para oconsumo desassisado de drogas variadas, de bus-cas de “adrenalinas” suicidas, de homicídios semnenhum propósito e do suicídio propriamente dito.

O dever dos espíritas não é tomar para si arenovação do mundo, dando péssimo exemplo deinsustentável messianismo, uma vez que a mensa-gem de Jesus Cristo foi dirigida a todos que delapuderam tomar conhecimento. Vivendo como pes-soas de bem e fazendo esforços para dominar asmás inclinações, conforme a definição kardequia-na de verdadeiro espírita, indubitavelmente esta-remos dando uma importante quota das nossasvivências para contribuir na diminuição desse hor-rendo espetáculo de desapreço pela vida.

O Consolador: O fanatismo religioso atingequase todas as religiões e, infelizmente, pareceque não é diferente no meio espírita. Qual é a suamensagem àqueles que incorrem nesse erro?

O fanatismo de qualquer natureza está co-mumente vinculado à ignorância. Quanto menosas pessoas se interessam pelo estudo do Espiritis-mo, tanto mais facilidade encontrarão para fanati-zar-se, uma vez que o fanatismo costuma ser con-sequência da crença irracional de quem não sabe,mas que bate no peito admitindo saber.

Um pouco mais de dedicação à leitura aten-ciosa, às reflexões e aos esforços por vivenciar oselementos conhecidos, ao propiciar maior utiliza-ção da razão crítica, menos possibilitará alguémde tornar-se fanático no Movimento Espírita.

O Consolador: Como deve agir o espíritadiante das solicitações de esmola, nas ruas,particularmente por parte de crianças?

Sempre cri que bom-senso e água fluidifica-da não fazem mal a ninguém. Cabe sempre umavisão mais global sobre o momento do pedido.Muitas vezes pode-se levar a criança a comer oubeber algo, pois a criança não precisa de dinheiro.Quando ela pede dinheiro está atendendo à deter-minação de algum adulto que a explora, seja pelanecessidade desatendida, seja pelo vício.

Importantíssimo é que a sociedade da qual fa-zemos parte conseguisse se mobilizar e cobrar dasautoridades político-administrativas as providênci-as para os casos que testemunhamos na cidade, di-ariamente. Assim, seria sempre mais significativa acontribuição para com as instituições sociais que seincumbem de cuidar dessas crianças que vivem qua-se sempre em situação de grandes riscos.

O Consolador: O desmatamento da flo-resta amazônica caminha a largos passos, edentre as causas que o acentuam está a pecu-ária. Aliás, o Brasil é um dos maiores exporta-dores de carne bovina do mundo. Como deveo espírita posicionar-se ante a alimentaçãobaseada em carne bovina, haja vista que, en-tre outras coisas, ela também contribui paraesse desmatamento?

O espírita agirá como um cidadão comum, tra-tando de cumprir os seus deveres sociais e políticoscom seriedade, levando em conta que o problema dodesmatamento amazônico não tem por vilões os re-banhos de gado, mas o egoísmo e o cinismo de vas-tas lideranças políticas do nosso país, que fazem vis-tas grossas para a situação, uma vez que seus interes-ses pessoais podem estar em jogo nesse lance.

Observemos que tanto se desmata para criarrebanhos de gado quanto para plantar soja e outrosprodutos. A ser levado tudo ao pé da letra do quedizem as diversas mídias – quase nunca apresentama real situação ou o que está por detrás dela – tería-mos que deixar de usar tanto carnes como vegetais.

Enquanto os governantes fizerem de conta quenão estão sabendo que os habitantes da floresta,sempre os mais espertos, é claro, mancomunadoscom políticos inescrupulosos e gente envolvida nosrespectivos órgãos públicos, é que extraem a ma-deira nobre da Amazônia, que permitem a extraçãoilegal de minérios do subsolo regional de suas na-ções indígenas, e que permitem muito da biopirata-ria existente em nosso país, a tendência será ficartudo como está... tendendo a piorar.

Enquanto nossos governos fizerem vistas gros-sas para essa quantidade enorme de ONGs planta-das na Amazônia, aculturando a seu modo nossosnativos, doutrinando-os a seu bel-prazer (de olho emsuas/nossas riquezas diversas), mas que não têm ne-nhum interesse por “prestar serviços” no Marajó, porexemplo, onde existe muitíssima necessidade e aban-dono governamental, nenhum interesse em se insta-lar no sertão nordestino, onde a seca, a fome e a es-perteza de alguns “coronéis” imperam, essas dificul-dades não serão sanadas. Acusar pontualmente o gadoou a soja nos faria atacar o lado frágil da questão,deixando de lado o fulcro mais grave do problema.

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Frei Beto caminhava por umshopping de BH, quando, diante deuma loja, foi interpelado por umvendedor:

– O sr deseja algo?E ele, prontamente:– Não, faço apenas um passeio

Socrático?– Mas do que se trata, indagou

o moço.– Sócrates foi um filósofo gre-

go que gostava de caminhar pelasruas de Atenas, onde existiam mui-tas lojas, como a sua. E certa feita,foi abordado por um vendedor,como você, quanto ao interesse emadquirir algo. Ele então respondeu:Apenas observo as coisas que exis-tem que eu não necessito para serfeliz.

Passam-se os séculos e os tor-mentos e ansiedades se renovam:gastar, comprar, trocar, consumircada vez mais e produtos mais ca-ros ou de marca. Os economistasdenominam esse processo de “es-teira hedonista”, e as conseqüênci-as disso para a saúde emocional(sem nos referirmos aos problemaseconômicos) são evidentes: insatis-fação, despeito, brigas, depressão.

Só existe uma solução: a buscade uma vida interior mais rica; o en-tendimento de que a essência dobem estar íntimo não está em pos-suir cada vez mais e sim em enri-quecermos de significado as coisasque possuímos.

Porque a miragem de todo ho-mem que busca o sucesso é umavida luxuosa. Mas o que é o luxo?O luxo é a posse e ostentação decoisas raras. E o que é raro em nos-

sos dias? Conta bancária gorda, au-tomóveis importados, mansões e vi-agens para o exterior não são maiscoisas raras. Raros, em nossos dias,são o silêncio, o tempo, a saúde, asegurança, a amizade sincera, o afe-to de pessoas que nos querem bem,a serenidade interior. E isso não seadquire com mercadoria de troca.

Por tudo isso, Jesus proclamou:Buscai primeiro o reino de Deus etudo o mais vos será acrescentado.

Ricardo Baesso de Oliveira

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Ah! O Tempo! Essa benção divina que favorecea todos e dificilmente é analisado dentro do ofereci-mento que trás.

O Tempo é o momento constante que deveria serpreenchido com afazeres que somassem, favorecen-do aqueles que se importassem com ele, o tempo.

Mas internados nessegrande Colégio que chama-mos de Terra, nos perdemosna ociosidade, quais meninosirresponsáveis, sem prestaratenção no ensinamento quenos é passado e nos Mestresamorosos que tentam fazerde nós Homens!

Mas, a vida, sempre aten-ta ao nosso crescimento,aguarda-nos ao deixarmos oColégio, apresenta-nos a rea-lidade que nos faz sofrer.

Sair desse grande Colégioé voltar à pátria espiritual,donde viemos eufóricos, con-fiantes de que iríamos acer-tar desta vez.

No entanto, porque nãosomos alunos atentos, maisuma vez, tomados da frustração, que machuca, quefaz sofrer, muito acanhadamente, tomamos o lugarde espera, para algum outro dia, uma nova oportuni-dade se fazer, aguardando-nos na compreensão e no

trabalho que fortifica o Espírito cansado de repetirtanto.

Mas, as sementes que temos jogado são tão frá-geis, que não chegam sequer a abrir os botões, elessecam sem forças e tombam cabisbaixos, como seenvergonhados de si mesmo.

É difícil, meus amigos,retornar de mãos vazias.

É desencorajador, retor-nar de mente doentia pelosvícios e pelo descaso a quenos entregamos.

Vocês que ainda estão in-ternados nesse Colégio, aten-ção: o Tempo passa célere ese não o seguimos, ele se per-de sem se incomodar conos-co.

Precisamos correr tantoquanto ele.

Atentemos para isso.Despertar do torpor a

que nos permitimos, distraí-dos com atitudes infantis eilusórias.

Busquemos entendermais a razão da vida para que

a morte nos encontre bem.O Cristo conosco.Um amigo. Considerem-me assim.

Psicografia recebida em 11/11/2008Médium: Luci Ferreira de Oliveira

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Babili - Jairo Avellar (Autor) Palminha (Espírito)Nessa obra magistral, o espírito Palminha nos conduz à saga relativa ao povo persa em seus

primeiros momentos dentro da experiência humana, surgindo a figura ímpar do imperadorCiro II, junto ao seu inseparável amigo Tahrif, bem como alguns de seus comandantes vindosde um orbe superior ao estágio evolutivo da terra.Caminham de forma honrosa, construindouma grande nação: o império persa e terras adjacentes. O respeito pela criatura humana,independente da sua origem ou condição social, já era algo muito forte a ser preservado.Assim,

Palminha sutilmente nos remete portões adentro da Babilônia, fala-nos de seu povo, de seus costumes, dosacontecimentos que se passaram sobre o velário do tempo, os momentos vividos pelos Judeus em seu cativeiro dedores e sofrimentos, ao mesmo tempo em que trabalham arduamente para o progresso local.

A senhora, freqüentadora assídua de umCentro, integrada em suas atividades, ouvia, fre-qüentemente, antigo dirigente da casa arreme-ter contra bailes, principalmente de carnaval, afir-mando tratar-se de prática imoral e comprome-tedora da qual jamais um espírita deveria parti-cipar.

Ficava incomodada.Sentia-se uma pecadora, porquanto adora-

va dançar.Certa feita, conversando com Chico, per-

guntou-lhe:Chico, diga-me, por favor: dançar em bai-

les e festas é pecado?O médium a olhou com o carinho de sem-

pre e perguntou-lhe:Você consome bebidas alcoólicas?– Não.– Fuma?Também não.– Então, minha filha, fique tranqüila. Dan-

çar é orar com as pernas.Tão grave quanto o liberalismo irrespon-

sável que tudo permite é o puritanismo exacer-bado que tudo proíbe.

No Afeganistão dos talibãs, uma seita de fa-náticos que governou o país até a invasão ameri-cana, dentre inúmeras aberrações havia a proibi-ção da música e da dança, consideradas obras dodemônio para perverter a criatura humana. Ostransgressores eram penalizados com a prisão.

No Ocidente há seitas que cultivam um re-gime de proibições, incluindo no seu puritanis-mo a exclusão da dança e, por extensão, da tele-visão, do cinema e todas as formas de diversãoconsideradas perversões burguesas.

Excessos dessa natureza formam perso-nalidades tímidas, temerosas, sem iniciativa,

Uma Forma de OraçãoRichard Simonetti

horizontes estreitos, dominadas pelo fana-tismo.

Doutrina da consciência livre, o Espiritis-mo deixa ao livre-arbítrio de seus adeptos a ini-ciativa do que fazem.

Lembra a observação judiciosa de Paulo deTarso (1 Co, 6:12):

“Todas as coisas me são lícitas, mas nemtodas as coisas me convêm.’

Paulo sugere uma liberdade com esclareci-mento, uma tomada de consciência, exercitan-do a capacidade de distinguir o certo do errado.

Essa a orientação da Doutrina Espírita, quesimplesmente nos adverte quanto às conse-qüências de nossas ações.

Compete-nos fazer nossas opções, decidin-do o que é bom e o que não é bom para nós,observado o princípio de que a responsabilidadeé uma planta frágil que pede clima de liberdadepara que possa crescer, florescer e frutificar.

Se não tenho a liberdade de escolher o quefaço, como posso assumir as conseqüências demeus atos?

Obviamente este raciocínio aplica-se às op-ções, digamos, permitidas por lei, já que todoagrupamento humano deve ser regido por re-

gras elementares de convivência, sem as quaisestaremos ameaçados pela barbárie.

Não se pode entregar ao arbítrio dos cida-dãos decidirem se devem satisfazer uma neces-sidade fisiológica na via pública, ou depositarlixo em terreno baldio, ou ouvir um som comdecibéis capazes de lesar tímpanos alheios, outransitar de moto com o escapamento aberto,ou revidar uma ofensa com um tiro, ou invadiruma propriedade alheia, e tantas outras iniciati-vas do agrado de alguns rebeldes sem causa, acausar prejuízos para muitos.

As leis são feitas para estabelecer limitesque permitam uma convivência civilizada entreas pessoas.

Quanto ao mais, a decisão se deve dançarou não, freqüentar um baile, comparecer a umcinema, assistir a um programa de televisão, par-ticipar de um concerto de rock e tantas iniciati-vas não normatizadas por lei, é um problemade opção individual.

Chico encarna bem a Doutrina Espíritaquando explica que dançar é uma forma de ora-ção.

Obviamente ele não estava pretendendo su-gerir um clima de liberou geral.

A dança, efetivamente, pode funcionarcomo uma oração. Considere-se, entretanto, quehá danças que enlevam, que espiritualizam, edanças que instigam o erotismo, a licenciosida-de, a luxúria, o vício, em lamentáveis desvios decomportamento, principalmente sob o impériode vícios como o álcool e o cigarro.

Esse o cuidado de quem gosta de dançar,tomada essa prática como o símbolo de toda equalquer diversão.

Está evocando o Céu ou está favorecendoas trevas?