Jornal do Otorrino - Nº 122

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www.aborlccf.org.br | [email protected] | Ano XVII - nº 122 - Março/Abril 2011 Esta é JORNAL DO OTORRINO Medicina do Sono a Nossa Casa Conheça sua Voz A exposição “Conheça sua Voz”, realizada nos dias 15, 16 e 17 de abril, na marquise do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, celebrou o 9º Dia Mundial da Voz. Pág. 10 Já estamos de casa nova. Com espaços mais amplos e arejados que a casa ante- rior, nossa nova sede acaba de ser inau- gurada, em uma solenidade que contou a presença do ministro da Saúde, Ale- xandre Padilha, e toda a diretoria da As- sociação e diversas autoridades. Desde o dia 15 de abril, os médicos otorrinolaringologistas podem dispor de uma série de serviços concentrados em um único lugar. Fica em um terreno de mil metros quadrados com seiscen- tos metros de área construída, no bair- ro paulistano de Indianópolis. Nossa casa tem anfiteatro para 90 pessoas, que pode ser dividido, quando necessário em duas salas com 60 e 30 lugares; bi- blioteca com estações de trabalho com acesso à Internet sem fio, que permite ao associado estudar, rever um artigo ou consultar e-mails de forma ágil; e uma sala de uso exclusivo das Supra- especialidades, o que vai proporcionar conforto adicional aos otorrinolaringo- logistas interessados em trocar experi- ências. Págs. 8 e 9 Compreender melhor os distúrbios do sono e aprender a interpretar o traçado polissonográfico são os principais desafios para 45 parti- cipantes do IV Curso de Polisso- nografia, promovido pelo depar- tamento de Medicina do Sono da ABORL-CCF. Págs. 6 e 7

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Março/Abril 2001

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www.aborlccf.org.br | [email protected] | Ano XVII - nº 122 - Março/Abril 2011

Esta é

Jornal do

otorrino

Medicina do Sonoa nossa Casa

Conheça sua VozA exposição “Conheça sua Voz”, realizada nos dias 15, 16 e 17 de abril, na marquise do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, celebrou o 9º Dia Mundial da Voz. Pág. 10

Já estamos de casa nova. Com espaços mais amplos e arejados que a casa ante-rior, nossa nova sede acaba de ser inau-gurada, em uma solenidade que contou a presença do ministro da Saúde, Ale-xandre Padilha, e toda a diretoria da As-sociação e diversas autoridades.Desde o dia 15 de abril, os médicos otorrinolaringologistas podem dispor de uma série de serviços concentrados em um único lugar. Fica em um terreno de mil metros quadrados com seiscen-tos metros de área construída, no bair-

ro paulistano de Indianópolis. Nossa casa tem anfiteatro para 90 pessoas, que pode ser dividido, quando necessário em duas salas com 60 e 30 lugares; bi-blioteca com estações de trabalho com acesso à Internet sem fio, que permite ao associado estudar, rever um artigo ou consultar e-mails de forma ágil; e uma sala de uso exclusivo das Supra-especialidades, o que vai proporcionar conforto adicional aos otorrinolaringo-logistas interessados em trocar experi-ências. Págs. 8 e 9

Compreender melhor os distúrbios do sono e aprender a interpretar o traçado polissonográfico são os principais desafios para 45 parti-cipantes do IV Curso de Polisso-nografia, promovido pelo depar-tamento de Medicina do Sono da ABORL-CCF. Págs. 6 e 7

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Dr. José Eduardo Lutaif DolciDiretor PresidenteDra. Eulália SakanoDiretora Secretária GeralDr. Edson Ibrahim MitreAssessor da Diretora Secretária GeralDr. Salah Ali OsmanDiretor TesoureiroDr. João Carlos ChazanasAssessor do Diretor TesoureiroDr. Marcelo Miguel HuebDiretor primeiro Vice-PresidenteDr. Fábio Tadeu Moura LorenzettiDiretor primeiro Secretário AdjuntoDr. Fabrizio Ricci RomanoDiretor primeiro Tesoureiro AdjuntoDr. Agricio Nubiato CrespoDiretor segundo Vice-PresidenteDr. Marco César Jorge dos SantosDiretor Presidente da Comissão de Eventos e CursosDr. Marcelo Ribeiro de Toledo PizaDiretor Presidente da Comissão de ComunicaçãoDra. Wilma Terezinha Anselmo LimaDiretora Presidente da Comissão do BJORLDra. Renata Cantisani Di FrancescoDiretora Presidente da Comissão de Educação Médica ContinuadaDr. Hélio Miranda LessaDiretor Presidente da Comissão de Ética e DisciplinaDr. Alexandre Felippu NetoDiretor Presidente da Comissão de Residência e TreinamentoDr. Reginaldo Raimundo FujitaDiretor Presidente da Comissão de Título de EspecialistaDra. Mara Edwirges Rocha GandaraDiretora Presidente da Comissão de Defesa Profi ssionalDr. Alex Antunes CorreiraAssessor do Presidente para assuntos do Norte/Nordeste

Jornal do Otorrino é o órgão ofi cial daAssociação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial

Diretor de Comunicação: Marcelo R. de Toledo Piza Jornalista Responsável: Nereu Leme - MTb: 9460Textos: Siomara Lamoglie e Silvana OrsiniFotos: Sérgio DécourtProgramação Visual: MP PublicidadeImpressão: H. MáximaPeriodicidade: BimestralTiragem: 6.500 exemplaresSede: Av. Indianópolis, 1.287CEP 04063-002 - São Paulo/SPFone (11) 5053-7500 - Fax (11) 5053-7512 Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não refl etem, necessariamente, a opinião da ABORL-CCF.

editoriais

Palavra doPresidente

O que é bom pode fi car Melhor

Dr. Marcelo R. de Toledo Piza

Dr. José Eduardo Lutaif Dolci

É muito gratifi cante quando podemos participar da concretização de um so-nho. Foi o que senti, com meus colegas de diretoria e convidados, na inaugura-ção solene da Casa do Otorrino, nome fantasia da nova sede da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Ci-rurgia Cérvico-Facial (ABORL -CCF), no último dia 15 de abril.Criamos um espaço privilegiado para que nossos associados se reúnam, uti-lizem a biblioteca e acessem a Internet. Para que nos aproximemos ainda mais.São 600 metros quadrados de área construída com carinho e foco nas ne-cessidades e interesses dos otorrinos. Por isso, gostaria que o imóvel da Ave-nida Indianópolis, 1287, fosse conheci-do como Casa do Otorrino.Vivemos novo momento para os mé-dicos especializados em otorrinolarin-gologia e cirurgia cérvico-facial. O Mi-nistério da Saúde acatou proposta da ABORL-CCF, e autorizou a realização

de mais 80 procedimentos cirúrgicos.Distancia-se, portanto, o tempo em que nossas fronteiras de atuação eram menos amplas. Foi também por isso que nos animamos a prosseguir com os investimentos na nova sede. Convido vocês, associados à ABORL-CCF ou que mantenham relações institucionais de trabalho conosco, a nos visitar em nosso novo endereço. Os colegas tam-bém estão convidados a utilizar as salas da supraespecialidades, uma das novi-dades desta sede.Queremos vocês mais presentes e par-ticipativos frente à atual diretoria da ABORL-CCF e de nossa equipe. So-mente juntos poderemos prosseguir em nossa luta pela valorização do mé-dico e da medicina, que se traduz, sem sombra de dúvida, em mais saúde para os brasileiros.Sejam todos muito bem-vindos!

A perfeição é uma meta. Difícil de ser atingida, mas que sempre deve ser nosso objetivo, principalmente numa associação médica especializada como a nossa.Por isso, estamos realizando algumas mudanças em nosso jornal, com a intenção de melhorar o que já era bom e que cumpria adequadamente nossas necessidades de comunicação com nosso público leitor, os mais de quatro mil associados da ABORL-CCF. A mudança mais perceptível, sem dúvida, é o formato. Nosso jor-nal ganhou o aspecto de uma revista, nas dimensões 21x28 cm.Com a diretoria, a Comissão de Comunicação fez várias reuniões para chegar à conclusão de que o tamanho revista é mais fácil de carregar na bolsa ou na pasta dos leitores, e ainda mais prático para ser folheado e lido.Mudamos também o nome, para aproximá-lo de um novo enfoque em nosso relacionamento, de nosso dia a dia e da nossa especialidade: Jornal do Otorrino. Alteramos as cores, para azul e branco, e procuramos uma abordagem mais leve nos textos, sem que percam sua qualidade informativa.A edição atual traz uma reportagem especial sobre a inauguração da nossa nova sede, nossos cursos de Polissonografi a, Prova de Título de Especialista, o Dia Mundial da Voz e o Dia de Protesto contra o atendimento aos planos de saúde. Defendemos a realização do quarto ano de residência para nossa profi ssão; cria-mos uma coluna fi xa sobre o nosso Congresso de setembro, em Curitiba (PR), para você fi car bem informado sobre a história da cidade, seu povo e as atrações turísticas e culturais. Leiam, comentem e contribuam.

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diretoria

Expediente

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da otorrinolaringologia, as provas para a titularidade do médico es-pecialista para os residentes do pri-meiro e segundo anos de residência R1 e R2, antes da prova definitiva que reconhece o profissional como especialista, começam a valer este ano: “As provas nesses dois estágios vão preparar melhor os candidatos e permitir que a ABORL-CCF tenha um histórico completo sobre cada um, de modo que, ao fazer a última prova, o aluno que não conseguir a titularidade por um mínimo de pontos possa passar”, explica o Dr. Fujita.

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destaque

Mais de 213médicos são aprovadosno exame de

título deEspecialista emotorrinolaringologia

Avaliação prática. Fotos: Sérgio Décourt

Candidatos lotaram a Fecomércio.

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A saúde pública e privada do Bra-sil passa a contar, a partir de agora, com 213 novos médicos especia-lizados em Otorrinolaringologia. Eles foram aprovados na prova de Título de Especialista realizada nos dias 26 e 27 de fevereiro último, pela Associação Brasileira de Otorrinola-ringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF). O índice de apro-vação foi 79% dos 269 candidatos.Este ano, as avaliações teóricas e práticas foram integralmente escri-tas, novidade que agradou à maioria dos residentes de otorrinolaringolo-gia de todo o País, e aos 90 médicos examinadores. A relação dos aprovados está dis-ponível no endereço: http://www.aborlccf.org.br/imageBank/Rela-cao_Aprovados_TE_2011.pdf.Para o presidente da ABORL-CCF, Dr. José Eduardo Lutaif Dolci, o índice de aprovação demonstrou o alto nível dos médicos que se tor-naram especialistas em otorrinola-ringologia: “Foi uma prova objetiva, destinada a aferir o preparo dos profissionais, sem ‘pegadinhas’ nem questões me-nos relevantes. Temos a grande res-ponsabilidade de suprir o mercado brasileiro de bons otorrinolaringo-

logistas, e parte deste compromisso se concentra na prova de títulos”, salientou Dolci.Avaliação precisaO coordenador da Comissão de Ti-tularidade, Dr. Reginaldo Fujita, res-saltou que o novo formato facilitou a avaliação dos novos especialistas: “É o grande momento dos médicos que se dedicaram, por vários anos, à sua formação, e que agora estão prontos para ajudar os brasileiros a cuidar melhor de sua saúde”, disse Fujita. Provas nas R1 e R2 começam este anoReivindicação antiga dos residentes

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ação

dia da Paralisação

Balanço Positivo

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Banner utilizado no site.

“Respeito! Respeito! Respeito! Essa foi a palavra de ordem dos médicos que participaram de uma passeata pelo centro de São Paulo, seguida de manifestação nas escadarias da Cate-dral da Sé, no último dia 7 de abril: “Dia Nacional de Paralisação do aten-dimento aos planos de saúde”. Com faixas, cartazes e “narizes de palhaço”, a classe médica chamou a atenção da população e da mídia para o descaso das autoridades e das operadoras de planos de saúde. O dia de Paralisação contou com o total apoio e engajamento da direto-ria da ABORL-CCF. “Nossa inten-ção foi conscientizar os médicos e a sociedade de que esta situação vergo-nhosa precisa mudar. Queremos abrir imediatamente as negociações com as operadoras de planos de saúde e o governo”, afirma o Dr. José Eduardo Lutaif Dolci, presidente da ABORL-CCF. Entre as principais reivindicações es-tão: reajustes dos honorários médicos, tendo como balizadores os valores

da CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Mé-dicos) sexta edição; regularização dos contratos, conforme a Resolução ANS nº 71/2004. E ainda: a aprovação de projeto de lei que contemple a relação entre médicos e planos de saúde.De acordo com o Dr. Dolci, os con-vênios alegam que a tecnologia torna o acesso à medicina cada vez mais caro, apresentando planilhas em que constam reajustes aos médicos, quan-do na realidade isso não acontece des-de 2001:“Os convênios recebem dos pacien-tes, mas não repassam aos médicos e ainda se beneficiam da lei da oferta e procura, pois os jovens profissionais dos grandes centros urbanos acabam trabalhando para clínicas e hospitais, vinculadas aos convênios, por quan-tias ínfimas e se submetendo a condi-ções de trabalho indignas”, diz ele.Para a Drª. Mara Edwirges Rocha Gândara, diretora-presidente da Co-missão de Defesa Profissional da ABORL-CCF, é necessário resgatar a autonomia da classe médica, que não pode mais trabalhar sob pressão de qualquer natureza. O profissional pre-

cisa ter liberdade de atuação dentro de sua especialidade: “Lutamos para alcançar condições de trabalho no mínimo compatíveis com padrões medianos”. Hoje o que sobra de uma consulta para o médico credenciado diretamen-te pelos planos de saúde? Segundo a Drª. Mara Gândara, cálculos indicam que sobram quatro reais, pois o médi-co precisa pagar secretária, faxineira, material de consumo, energia, água, telefone, impostos e contribuições para entidades médicas. Segundo ela, a única saída para muitos profissionais é fechar seus consultó-rios ou se associar a outros médicos. Ou ainda trabalhar para hospitais e planos de saúde: “Assim, o médico vem perdendo a condição de trabalhador livre e a chan-ce de se reciclar continuamente, fazer cursos e participar de congressos. E o que é mais preocupante: o médico que se esforça e faz de tudo para acompa-nhar os avanços científicos não con-segue aplicá-los, pois os convênios não autorizam novos procedimentos ou quando o fazem não o remuneram adequadamente”, enfatiza.

Drª. Mara Gândara e Dr Florisval Meinão:“basta de exploração”.

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congresso em pauta

Próxima Parada:

Curitibade 6 a 10 de setembro, a capital paranaense vai sediar nosso 41º Congresso.descubra um pouco mais sobre a cidade nota 10 em matéria de urbanismo

Já parou para pensar qual o signifi-cado da palavra Curitiba? Bem, kur yt yba, em tupi-guarani, quer dizer “grande quantidade de pinheiros”, uma menção às araucárias, pinheiros em formato de candelabro que até hoje pontuam a paisagem da região. A araucária produz uma semente muito conhecida, o pinhão, que é também um importante ingrediente da culinária regional paranaense. Passados 318 anos desde sua funda-ção, a capital do estado do Paraná, que conta com 1.851.215 habitantes (IBGE/2009), é conhecida interna-cionalmente por soluções inovado-ras de urbanismo, como ciclovias e transporte coletivo eficiente. A organização é tanta que virou uma espécie de atração turística, especial-mente para quem mora em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Por isso, uma das melhores manei-ras de se conhecer Curitiba é pegar o ônibus especial da Linha Turismo, que circula e faz paradas em parques, praças e nas principais atrações da cidade. Os “ônibus amarelos” saem a cada 30 minutos, percorrendo um total de 44 quilômetros em cerca de duas horas e meia. O roteiro começa na praça Tiradentes, marco zero da cidade, onde fica a Catedral Basílica de Nossa Senhora da Luz - constru-ção em estilo gótico. Mas é possível iniciar o trajeto em qualquer uma das paradas. Ao embarcar, compra-se uma cartela com cinco tíquetes, com direito a um embarque e quatro reembarques, ao preço de R$ 25,00. Os principais pontos desse rotei-ro mesclam história, muito verde e modernidade. Da praça Tiradentes, passeando a pé e seguindo pela cal-çada ao lado do Mercado das Flores, é possível chegar à praça Generoso Marques, mais exatamente no impo-nente Paço da Liberdade, a antiga

sede da Prefeitura, agora tombada pelo Patrimônio Histórico e inteira-mente revitalizada. Sua fachada de 1916 é marcada por detalhes neo-clássicos e linhas Art Nouveau. Im-perdível! Em outra parada do trajeto de ôni-bus, uma síntese de modernidade: a Ópera de Arame, uma estrutura tu-bular de ferro e vidros, inaugurada em 1992. Virou cartão-postal e pal-co de grandes acontecimentos cul-turais e artísticos da verde Curitiba. Capital que é dotada de nada menos do que 26 parques, entre os quais, o Tanguá, o Tingui e o Jardim Botâni-co, além de praças e memoriais que prestam homenagem aos imigrantes que colonizaram a cidade, como po-loneses, alemães, italianos, japone-ses e ucranianos. Lembrete: Tenha sempre à mão um casaco, pois o frio de Curitiba também é outra grande atração.Na próxima edição, saiba mais so-bre Curitiba.

Foto: Maria Amelia Paiva

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especial

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Medicina do

Em sua quarta edição, o curso de Polissonografia comprova que a área de medicina do sono está em franca expansão no País

Compreender melhor os distúrbios do sono e aprender a interpretar o traçado polissonográfico. Esses são os principais desafios para 45 partici-pantes do IV Curso de Polissonografia, promovido pelo departamento de Medicina do Sono da ABORL- CCF. A primeira etapa ocorreu nos dias 19 e 20 de março, no hotel Travel Inn, em São Paulo. O curso tem duração de 10 meses, sempre em um final de semana de cada mês, das 8 às 18 horas (sábado e domingo). A partir do mês de maio, as próximas aulas já serão ministradas na nova sede da entidade.Segundo o Dr. Michel Cahali, coordenador do Departamento de Medicina do Sono da ABORL-CCF e que fez a palestra de abertura do curso, o do-mínio desses novos conhecimentos será um pré-requisito importante para os otorrinolaringologistas que pretendam adquirir futuramente o título de especialista em medicina do sono. “Só há dois cursos no Brasil e este é o melhor, pois além de ensinar a laudar a polissonografia oferece bagagem para o profissional tratar de seus pacientes. O problema mais frequente é a apneia, mas geralmente há mais de um distúrbio associado”, diz Cahali. Para o Dr. Edilson Zancanella, otorrinolaringologista e um dos coordena-dores do curso OBS, que acompanhou os alunos durante a primeira aula prática, a medicina do sono é uma área em franca ascensão. “Apesar de ser um exame caro e que requer várias horas para a interpretação dos gráficos, a demanda por diagnóstico e tratamento é muito significativa, por isso o curso atrai profissionais de todo o País”, conclui. Enquanto no Brasil são realizados 800 exames diariamente, nos Estados Unidos há infraestrutura para atender 11 mil pacientes ao dia.

Começa IV curso de polissonografia Sono

Dr. Edilson Zancanella deu a primeira aula prática.

A ABORL-CCF é a única especialidade no Brasil que propicia um curso de Polissonografia aos seus associados (o outro curso existente é uma iniciativa do Instituto do Sono). As aulas teóricas, práticas e em plantão no laboratório do sono capacitam os médicos nas áreas de sono normal, distúrbios do sono, parâmetros polissonográficos, montagem, leitura e interpretação da Polissonografia basal, para titulação de PAPs e “Split Night”, e Teste de Múltiplas Latências do Sono.

Fique por dentro

Fotos: Sérgio Décourt e Siomara Lamoglie

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Cerca de 10% da população mundial sofre de algum distúrbio do sono. Esse percentual pode chegar a 20% da população na faixa etária acima de 50 anos. Nos Estados Unidos, país em que as estatísticas são mais precisas, 40 milhões de pessoas sofrem cronicamente de distúrbios do sono. Mais de 100 mil acidentes anuais com veículos motorizados são motivados por pessoas que dormiram ao volante naquele país.“Esses números revelam a gravidade dos distúrbios do sono que são responsáveis ou co-responsáveis até mesmo por grandes catástrofes, como o vazamento de material radioativo da usina de Chernobyl; o acidente no lançamen-to do ônibus espacial Challenger; o acidente com o petroleiro Exxon Valdez e da central nuclear de Three Mile Island”, afirma Ronaldo Guimarães Fonseca, neurologista e um dos professores do curso OBS. Ele lembra ainda que a apneia, por exemplo, é um dos fatores de risco para diabetes, hipertensão arterial e disfunção erétil.“A apneia tem um efeito devastador na vida do indivíduo, pois causa ainda déficit cognitivo, dificuldade de con-centração, alteração de memória e depressão”, conclui.

Sono x acidentes

Dr. Ronaldo Guimarães Fonseca falou sobre os acidentes causados pelos distúrbios do sono.

“Atendo uma quantidade muito grande de pacientes que se queixam de sonolência e alteração de memória, em decorrência de apneia e de ronco. Mas há uma série de outros distúrbios do sono, que somente a polissonografia corretamente interpretada pode detectar”. Drª. Ellen Alves Pinto, de São Paulo, SP

“Medicina do sono é uma área que sempre me entusiasmou. Este curso vai permitir que eu me aprimore nesse campo que se desenvolverá muito nos próximos anos. Na região onde moro não havia estudo de avaliação do sono, por isso montei um

depoimentos

Mayko Soares Maia (de óculos) e Sérgio Thiago Albertin.

Ellen Alves Pinto.

serviço de polissonografia”.Dr. Mauro Knoll, de Itajaí, SC

“Minha intenção ao fazer esse curso é me aprofundar nos detalhes, que certamen-te fazem a diferença no prognóstico de doenças relacionadas ao sono. Como na minha cidade há apenas dois serviços de polissonografia, pretendo contribuir para melhorar a estrutura de atendimento. Dr. Mayko Soares Maia, de Fortaleza, CE

“Para marcar cirurgias em meus pacien-tes dependo de laudos muito demorados do único serviço de polissonografia da minha cidade. Por isso, comprei o apa-relho no ano passado e agora estou fa-zendo o curso. Fiz o caminho inverso, mas sei que na região há um milhão de potenciais pacientes”.

Drª. Maria Celene Martins de Carvalho Amaral, de Montes Claros, MG

“Há três anos venho tentando fazer o curso de polissonografia. Desta vez, tive sorte: houve uma desistência de última hora e peguei a última vaga disponível. Espero agregar mais conhecimento para a clínica da qual sou sócio. Temos seis leitos e fila de espera para marcar exames”.Dr. Marcelo G. Junqueira Leite, de Ri-beirão Preto, SP

“Ronco e apneia são as queixas mais comuns. Afetam até mesmo o convívio dos casais e comprometem a qualidade de vida dos pacientes. Quero me aperfeiçoar no diagnóstico e tratamento e futuramente montar meu próprio laboratório”. Dr. Sergio Thiago Albertin, de São Car-los, SP

Marcelo Junqueira e Maria Celene Amaral.

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nosso mundo

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Com a presença de autoridades da saúde, a diretoria da aBorl-CCF inaugura a nova sede, que passa a oferecer mais espaço e comodidade aos associados

Agora é oficial: desde o dia 15 de abril os médicos otorrinolaringologistas associados à ABORL-CCF podem dispor de uma série de serviços con-centrados em espaços mais amplos e arejados da nova sede da ABORL-CCF, situada num terreno de 1000 m2, no bairro paulistano de Indianópolis. Sergio Décourt, diretor executivo da entidade, enumera os aspectos posi-tivos da mudança: “Agora temos um

otorrinoa Casa do

Fotos: Rodrigo Sodré

anfiteatro para 90 pessoas, que pode ser dividido, quando necessário, em duas salas com 60 e 30 lugares. O anfiteatro tanto poderá abrigar os cursos promovidos pela ABORL-CCF, evitando-se custos de locação, como eventualmente poderá ser lo-cado para outras associações, geran-do receita, sem contar que o espaço recebeu aparelhagem apropriada e projetores de vídeo de alto desem-penho”.E as novidades não param aí. Para os profissionais que moram em outras localidades do País, ou mesmo que estejam de passagem pela região, a

biblioteca conta com estações de tra-balho com acesso à internet sem fio, que permite ao associado estudar, rever um artigo ou consultar e-mails de forma ágil. E o que é melhor, num espaço tranquilo e que certa-mente vai servir de “rota de fuga” na hora do rush de São Paulo. Outra reivindicação antiga também foi atendida: a nova sede passa a con-tar com uma sala de uso exclusivo

das Supraespecialidades, o que vai levar conforto adicional aos otor-rinolaringologistas interessados em trocar experiências. Por tudo isso, a ABORL-CCF dá um grande salto. A entidade - que foi fundada em 1978 e ocupou a prin-cípio uma pequena sala num edifício do centro de São Paulo - espera que todos os seus associados possam usufruir do máximo conforto ma-terial, indispensável à promoção do desenvolvimento da especialidade e ao intercâmbio científico, técnico, cultural e social. Entre, que a casa do Otorrino é toda sua!

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inauguradacom Festa

“Bem-vindos à Casa do Otorrino: merecemos conforto, espaço e

segurança. Criamos, assim, um endereço físico e emocional para os otorrinos ficarem mais próximos. Esta nova sede está em sintonia

com a ampliação das fronteiras de nossa especialidade. Recentemente, o Ministério da Saúde autorizou mais 80 procedimentos cirúrgicos em nossa área. Lutamos para que o Brasil não seja o único País em que a residência

dura três anos. Por isso, demos início ao projeto R4 e, em breve,

chegaremos lá”. Dr. José Eduardo Lutaif Dolci,

presidente da ABORL-CCF

“Fiquei sem voz ao ver esta maravilha de casa. Ter uma sede como esta é um gesto decisivo para a organização de qualquer especialidade. Permite que os médicos se conheçam, troquem experiências, debatam temas científicos. Que esta nova sede esteja à altura do novo momento da saúde no Brasil. O Ministério conta com a ABORL-CCF para resolver parte dos desafios da saúde no Brasil”.Dr. Alexandre Padilha, Ministro da Saúde

“A qualidade de uma especialidade está intimamente ligada à capacidade de se organizar e potenciar valores. E que certamente se reflete no aprimoramento à qualidade de atenção à saúde de 200 milhões de brasileiros”. Dr. José Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMB

Em uma noite histórica, a nova sede foi inaugurada pela

diretoria da aBorl-CCF.Estiveram presentes o ministro

da Saúde, dr. alexandre Padilha e o presidente da associação

Médica Brasileira, dr. José luiz Gomes do amaral, entre outras

autoridades

O ministro da Saúde e o presidente da ABORL-CCF descerraram a placa inaugural.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, elogiou a nova sede.

O presidente da ABORL-CCF saudou os presentes à inauguração.

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acontece

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Uma superestrutura inflável e em alto relevo com formato de uma laringe gigante mostrou a adultos e crianças a estrutura do aparelho fo-nador, órgão responsável pela pro-dução da voz. A exposição “Conheça sua Voz”

a exposição “Conheça Sua Voz” levou uma laringe gigante ao parque do ibirapuera, como parte da Campanha nacional da Voz 2011

Promove Saúde Bucal

Experiênciainédita

Público visitou a laringe gigante no Ibirapuera.

aconteceu entre os dias 15 e 17 de abril, na marquise do Parque do Ibi-rapuera, em São Paulo. A iniciativa da ABLV - Academia Brasileira de Laringologia e Voz fez parte das co-memorações ao 9º Dia Mundial da Voz, celebrado em 16 de abril.

“A ideia foi chamar a atenção das pessoas para a importância dos cui-dados com a saúde vocal e a alta incidência do câncer de laringe no Brasil, que hoje ocupa o segundo lugar no ranking mundial”, explica o Dr. Paulo Perazzo, presidente da

ABVL, que pretende tornar a expo-sição itinerante e, com isso, levar in-formação sobre saúde bucal à popu-lação de outras cidades brasileiras. Além da exposição, o evento contou com palestras de especialistas, aler-tando para os principais problemas que acometem a voz, os sintomas que podem evidenciar alterações na saúde vocal e as melhores formas de prevenção. Este ano, a cantora Da-niela Mercury foi escolhida como a madrinha da Campanha da Voz. “Mais que uma ação de conscienti-zação, a campanha é um programa de carinho pela voz, instrumento de trabalho de 70% dos brasileiros”, enfatiza o Dr. Paulo Perazzo.

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A Reabilitação Vestibular (RV) está consagrada como opção terapêuti-ca muito eficaz no tratamento dos distúrbios do equilíbrio corporal. Para que sua eficácia seja plena, deve ser aplicada diante de crité-rios fundamentados no diagnóstico e condições clínicas do doente. O Departamento de Otoneurologia da Associação Brasileira de Otorrinola-ringologia e Cirurgia Cérvico-Facial tem recebido inúmeros questiona-mentos a respeito da visão atual da

atualização

Controvérsias e Perspectivas sobre

reabilitaçãoVestibular

RV. As questões referem-se princi-palmente ao domínio da terapia: a quem compete a indicação, quem faz, qual o método adequado para determinada doença etc. É nosso parecer que apenas o médi-co do paciente está habilitado a pon-derar e indicar o melhor tratamento para o seu paciente e, portanto, a RV. O terapeuta que acompanha o paciente deve, sobretudo, dominar o conhecimento da fisiologia da pos-tura e movimento, e como o sistema

Os doutores Marco Aurélio Bottino, Maurício Malavasi Ganança, Roseli Saraiva Moreira Bittar, Mário Edvin Greters e Fernando Freitas Ganança e as funcionárias Dorothéa, Claudia e Carolina.

nervoso central coordena o equilí-brio do corpo frente às tarefas apre-sentadas. Não há uma área específi-ca que detenha o domínio da RV.Atualmente, vários setores da me-dicina e das áreas paramédicas têm se dedicado ao estudo do equilíbrio corporal.Dentre os especialistas envolvidos com o tema, o médico otorrinola-ringologista assume posição fun-damental, pois é o profissional que possui o conhecimento anatomofi-siológico referente ao principal sis-tema responsável por toda a percep-ção e integração do movimento – o sistema vestibular. É ainda o profis-sional que detém a habilidade neces-sária para abordar cirurgicamente o osso temporal.Diante do crescente interesse dos associados, em 2011 o referido de-partamento pretende realizar um simpósio que tem por objetivo apresentar e discutir a visão atual da RV em todos os seus aspectos. O Simpósio “CONTROVÉRSIAS E PERSPECTIVAS DO TRATA-MENTO OTONEUROLÓGICO” está programado para os dias 25 e 26 de novembro de 2011 em local a ser definido, na cidade de São Paulo.

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Já estão abertas as inscrições para indicação do próximo local que deverá sediar o 44º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, de 2014.O grupo interessado, em sediar o congresso, deverá enviar a pro-posta, por escrito, até 11/05/2011, para a Diretoria Executiva e Conselho Administrativo e Fiscal da ABORL-CCF, via correio, na sede da Associação na Avenida Indianópolis, 1287 - Moema - CEP: 04063-002 - São Paulo - SP, apresentando, nesse pré-ato de credenciamento, os principais pontos específicos para o processo de candidatura.Mais detalhes no site http://www.aborlccf.org.br

notícias

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Jornal do Otorrino – março/abril de 2011

acontece

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de residênciaé EssencialUm convênio assinado entre a

ABORL-CCF e a Sanofis-Aventis vai oferecer uma bolsa mensal no valor de dois mil reais para 16 médi-cos continuarem sua formação por mais um ano. Os nomes dos profis-sionais foram indicados, no início de abril, pelos serviços de residência de todo o País – que obtiveram classifi-cação A, em avaliação realizada pela Comissão de Ensino e Residência da ABORL-CCF. “Estamos tomando a dianteira nesse processo para mostrar ao MEC que a implantação da R4 é indispensável”, afirma o Dr. José Eduardo Lutaif Dolci, presidente da ABORL-CCF. Segundo ele, na França, Canadá e Inglaterra são exigidos no mínimo quatro anos de especialização. Nos Estados Unidos são cinco anos - apenas alguns poucos serviços da-quele país ainda mantêm residência de quatro anos.

Com os avanços tecnológicos aplicados à medicina, novas fronteiras se abriram para a otorrinolaringologia. Os jovens médicos precisam de tempo e de prática para obter domínio de procedimentos e técnicas cirúrgicas de alta complexidade. Entre as diferentes áreas de atuação, destacam-se: plástica facial, rinoplas-tia, otoplastia, mentoplastia, próteses implantáveis de orelha média, otoneuro-logia, cirurgias endoscópicas de nariz e seios da face, estudo da voz, cirurgias de tumores malignos da laringe e cirurgias da base do crânio.

Quarto ano

novos Campos

O próximo passo será a prepara-ção de um dossiê pela Comissão de Ensino e Residência, que irá para a AMB – Associação Médica Brasi-leira, solicitando formalmente que a entidade passe a ser a intermedi-ária junto ao MEC – Ministério da Educação e Cultura, no processo de aprovação do projeto R4, o que de-verá levar de dois a três anos, explica o Dr. Dolci: “Temos que aumentar a qualificação dos médicos para que a população tenha acesso à medicina de ponta. Quantas crianças com surdez hoje precisam fazer implante coclear, por exemplo? Nosso objetivo é sempre transferir ao jovem médico o que há de melhor para poder ajudar os seus pacientes”.

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humorl

O Heitor segue fornecendo argu-mentos para nossas historinhas. Recentemente nos encontramos no mesmo lugar – em frente à máquina de café da Unicred – e lá veio outra que será devidamente encaminhada para os colegas que não tiveram o privilégio de ouvi-la em primeira mão.Pois tem um endocrinologista, ami-go do Heitor, que tratava, há muito

novonamorado

tempo, de uma senhora já sexage-nária, paciente de alguns problemas glandulares. Ficou sabendo, recen-temente, que ela havia enviuvado. Fruto desta situação notou, em sua primeira visita médica após o faleci-mento do marido, que ela se apre-sentava extremamente abatida. Nas consultas seguintes a depres-são só aumentou. Já não prestava atenção nas pequenas coisas, não se pintava, não arrumava o cabelo, o desleixo com a própria imagem era cada vez mais evidente.O tempo foi passando até que, um dia, regressou ao consultório com novo aspecto. A depressão sumira, ela estava alegre e a imagem, ah, a

imagem! Vestia-se com uma roupa nova, última moda na cidade - estava claro que tomara um chá de loja; o rosto pintado, dera uma geral no ca-beleireiro e, sem exageros próprios de uma situação como esta, portava um colar de pérolas ao pescoço. O médico notou imediatamente a diferença e falou:- Que bom, vejo que a senhora está com uma postura muito mais sadia. Que foi que lhe aconteceu?Seus olhos brilharam antes de res-ponder:- Arranjei um namorado, doutor. O médico, bastante satisfeito com a evolução do caso, continuou na conversa:- Ótimo. Parabéns! E o que é que ele faz?Abriu um sorriso que ia quase de orelha a orelha e respondeu:- Faz de tudo, doutor!Não conseguindo conter o riso, o colega retrucou:- Tudo bem, eu só queria saber a profissão dele.

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José Seligman

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agenda

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Para mais informações sobre os eventos, acesse o site da associação:www.aborlccf.org.br

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Brasil

OtowebPeríodo: 26 de Abril de 2011, 31 de Maio de 2011 e 28 de Junho de 2011 Coordenação: Dra. Renata Dutra Local: www.aborlccf.org.brCidade: Todas/Brasil

Sudeste

Estado de São Paulo

IV Workshop em Videoendoscopia da DeglutiçãoPeríodo: 5 a 6 de Maio de 2011 Coordenação: Dra. Adriana Hachiya e Dra. Saramira Bohadana Local: Anfiteatro do Hospital PaulistaCidade: São Paulo/SP/Brasil

Curso teórico e prático de Laringologia com exame laringoscópico - Tecnica e LaudoPeríodo: 13 a 14 de Maio de 2011 Coordenação: Prof. Dra. Claudia Eckley e Prof. Dr. Andre Duprat Local: Santa Casa de São PauloCidade: São Paulo/SP/Brasil

XV Curso prático intensivo de cirurgia endoscópica dos seios paranasaisPeríodo: 13 a 14 de Maio de 2011 Coordenação: Wilma T. Anselmo-Lima, FabianaC. P. Valera, Edwin Tamashiro, Ricardo Demarco, Ricardo Lessa e Marcelo Leite Local: Dpto de Oftalmologia, Otorrinolaringologiae Cirurgia de Cabeça e Pescoço da FMRP-USP Cidade: Ribeirão Preto/SP/Brasil

III Encontro entre médicos otorrinolaringologistas e pacientesPeríodo: 18 de Maio de 2011 Coordenação: Dra. Mara Edwirges Rocha Gândara; Dr. Sergio Garbi e Dr. Edigar Rezende de Almeida Local: Auditório Amarelo - Centro Convenções RebouçasCidade: São Paulo/Brasil

MentoplastiaPeríodo: 20 de Maio de 2011 Coordenação: Prof. Dr. Oscimar Benedito Sofia Local: Santa Casa de São PauloCidade: São Paulo/SP/Brasil

LION - Live International Otolaryngology NetworkPeríodo: 25 de Maio de 2011 Coordenação: Oswaldo Laércio Mendonla Cruz Local: Instituto Síro-Libanês de Ensino e PesquisaCidade: São Paulo/SP/Brasil

22º OrelhãoPeríodo: 6 a 8 de Junho de 2011 Coordenação: Prof. Dr. Ricardo Bento; Prof. Dr. Rubens Brito; Dr. Robinson Koji Tsuji e Dra. Mariana Hausen Pinna Local: Anfiteatro da Disciplina de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da FMUSPCidade: São Paulo/SP/Brasil

IX Workshop em EstroboscopiaPeríodo: 9 a 10 de Junho de 2011 Coordenação: Dra. Adriana Hachiya eDra. Saramira Bohadana Local: Anfiteatro do Hospital PaulistaCidade: São Paulo/SP/Brasil

Rinosseptoplastia funcionalPeríodo: 9 a 11 de Junho de 2011 Coordenação: Prof. Dr. José Eduardo L. Dolci Local: Santa Casa de São PauloCidade: São Paulo/SP/Brasil

Curso prático de rinoplastia para iniciantes Período: 10 a 11 de Junho de 2011 Coordenação: Marcelo Leite, Ricardo Demarco, Ricardo Lessa e Edwin Tamashiro Local: Dpto. de Oftalmologia, Otorrinolaringologiae Cirurgia de Cabeça e Pescoço da FMRP-USP Cidade: Ribeirão Preto/SP/Brasil

94° Curso de dissecção do osso temporalPeríodo: 14 a 17 de Junho de 2011 Coordenação: Prof. Dr. Ricardo Bento; Prof. Dr. Rubens Brito; Dr. Robinson Koji Tsuji e Dra. Mariana Hausen Pinna Local: FMUSP - Laboratório de Habilidades Cirúrgicas em OtorrinolaringologiaCidade: São Paulo/SP/Brasil

VI Curso potenciais evocados auditivos: cursoteórico práticoPeríodo: 17 a 18 de Junho de 2011 Coordenação: Dr. Edigar Rezende de Almeida eDra. Signe Schuster Grasel Local: Anfiteatro da Disciplina de Otorrinolaringologia do HC da FMUSPCidade: São Paulo/SP/Brasil

Minas Gerais

Simpósio de Atualização em OtorrinolaringologiaPeríodo: 20 a 21 de Maio de 2011 Coordenação: Dr. Marconi Teixeira Fonseca Local: Hospital SOCORCidade: Belo Horizonte/MG/Brasil

Rio de Janeiro

II Curso de Polissonografia - Rio de JaneiroPeríodo: 28 de Maio a 25 de Fevereiro de 2012 Coordenação: Dra. Alessandra Capitta, Dr. Hélio Abreu e Dr. João Rocha Local: Hotel Rio Othon PalaceCidade: Rio de Janeiro/RJ/Brasil

VIII Curso Teórico Prático de Cirurgia Otológica - UFRJPeríodo: 1 a 4 de Junho de 2011 Coordenação: Dr. Shiro Tomita Local: Auditório Alice RosaCidade: Rio de Janeiro/RJ/Brasil

IV Curso Teórico-prático de Cirurgia Endoscópia Nasossinusal - TeoriaPeríodo: 2 de Junho de 2011 Coordenação: Dr. João Telles e Dr. Leonardo de Sá Local: IML-RJCidade: Rio de Janeiro/RJ/Brasil

IV Curso Teórico-prático de Cirurgia Endoscópia Nasossinusal - Turma A e BPeríodo: 3 a 4 de Junho de 2011 Coordenação: Dr. João Telles e Dr. Leonardo de Sá Local: IML e Casa de Saúde São JoséCidade: Rio de Janeiro/RJ/Brasil

IV Curso Teórico-prático de Cirurgia Endoscópia Nasossinusal - Turma C e DPeríodo: 11 a 12 de Junho de 2011 Coordenação: Dr. João Telles e Dr. Leonardo de Sá Local: IML e Casa de Saúde São JoséCidade: Rio de Janeiro/RJ/Brasil

XIV Congresso Latino-americano de Rinologia e Cirurgia FacialPeríodo: 16 a 18 de Junho de 2011 Coordenação: Dr. Moacir Tabasnik Local: Hotel Inter continentalCidade: Rio de Janeiro/RJ/Brasil

Sul

Curso de Potenciais Evocados AuditivosPeríodo: 22 a 24 de Maio de 2011 Coordenação: Prof. Dr. Pedro Luis Cóser Local: Clinica Cóser de OtorrinoCidade: Santa Maria/RS/Brasil

10º Congresso da Fundação OtorrinolaringologiaPeríodo: 25 a 28 de Maio de 2011 Coordenação: Fundação Otorrinolaringologia Local: Expo GramadoCidade: Gramado/RS/Brasil

Rinoplastia secundária/revisionalPeríodo: 23 a 24 de Junho de 2011 Coordenação: Dr. Julio Stédile Local: Iguatemi Corporate - Clínica StédileCidade: Porto Alegre/RS/Brasil

Rinoplastia revisional/secundáriaPeríodo: 27 a 28 de Junho de 2011 Coordenação: Dr. Julio Stédile Local: Iguatemi Corporate - Clínica StédileCidade: Porto Alegre/RS/Brasil

Rinoplastia (Básico ao Avancado)Período: 30 de Junho a 1 de Julho de 2011 Coordenação: Dr. Julio Stédile Local: Iguatemi Corporate - Clínica StédileCidade: Porto Alegre/RS/Brasil

Nordeste e Centro-Oeste

Curso de cirurgia endoscópica endonasal avançado - UFBAPeríodo: 12 a 13 de Maio de 2011 Coordenação: Prof. Dr. Richard Voegels; Prof. Dr. Helio Lessa e Dr. Marcus Lessa Local: Auditório do Depto. da Polícia TécnicaCidade: Salvador/BA/Brasil

PROar - Programa de Atualização em RinossinusitePeríodo: 13 de Maio de 2011 Coordenação: ABORL-CCF Local: Auditório do Hosp. das Forças ArmadasCidade: Brasília/Brasil

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notícias

Maisuma Batalha

Vencida

atrásdo Zumbido

Drª. Clarice Saba

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A otorrinolaringologista baiana Drª. Clarice Saba acaba de receber o Jack Vernon Awards, mais importante prêmio internacional na área de es-tudos sobre zumbido. O prêmio é concedido a cada três anos no Con-gresso Mundial de Zumbido (Inter-national Tinnitus Seminar – ITS), realizado pela primeira vez na Amé-rica Latina, em Florianópolis, de 16 a 19 de março último, liderado por três otorrinolaringologistas brasilei-ras: Drªs Tanit Sanchez, Márcia Kii e Cláudia Coelho. O estudo multicêntrico concorreu com 94 trabalhos de todo o mundo. Segundo a Drª. Saba, uma das prin-

cipais constatações foi que zumbi-do, hiperacusia e TTTS, em grande número de pessoas, estão intima-mente ligados. A coleta dos dados e aplicação dos questionários para o estudo ocorreram em aproxima-damente seis meses, em pacientes já acompanhados pelo grupo. O estudo é chamado oficialmente de "Tonic Tensor Tympani Syndro-me (TTTS) in Tinnitus and Hype-racusis Patients: A Multi-Clinic In-cidence Study". Dele participaram pesquisadores do Brasil (além da Drª. Saba, a Drª. Tanit Sanchez, de São Paulo), Austrália, Espanha e Nova Zelândia.

Dos demais países, a Drª. Saba des-taca os pesquisadores Myriam Wes-tcott, Isabel Diges, Celene McNeill, Ross Dineen, Alison Chiam, Mary O’Keef e Trícia Sharpples.

PAZA Drª. Clarice Saba é a idealizadora do Programa Anti Zumbido da Es-cola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (PAZ), criado em julho do ano passado. Ela também é vice-presidente da Sociedade de Otorri-nolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Bahia. No Brasil, o zumbido só passou a ter diagnóstico mais preciso nos úl-timos cinco anos. Antes, era tratado apenas como problema vascular: “O mais importante no tratamento do zumbido é identificar suas cau-sas para definir o tipo de tratamen-to. Em alguns casos é preciso usar medicação específica, em outros pacientes o tratamento é feito por terapia de retreinamento das vias auditivas. Na maioria das situações, há cura; em algumas o zumbido é controlado. O tratamento é longo, dura cerca de um ano, mas acena com a garantia do restabelecimento de uma vida normal e produtiva”, afirma a pesquisadora.