Jornal Drop - Edição #106

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Aproveite mais uma edição do Jornal Drop! Informação de qualidade e de graça!

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editorial

Foto. Marcio David

FICHA TÉCNICA

Jornal Drop – Edição#106 – Março/Abril

Fundador: Felipe Machado Fernandes

Editora: Caroline Lucena – [email protected]

Redação: João Ricardo Lopes

Diagramação: Gustavo Egidio

Staff fotográfico: Marcio David - [email protected]

Ricardo Alves - [email protected]

Adriano Rebelo [email protected]

Colunistas: João Ricardo Lopes, Luciano Burin, Julia Hoff, André Barros e Norton Evaldt.

Colaboradores: Mounique Atherino, Pedro Caetano, Hugo Valente, Basílio Ruy, Everton Luis, Sergio Aguiar e Aleko Stergiou.

Revisão: Fernanda Moretto – [email protected]

Jornalista Responsável: Caroline Lucena Oliveira (CNC 4551028)

Representantes comerciais:

Fabiane Morales - 48 8409.1096 - [email protected]

Adriano Rebelo - 48 9969.2169 [email protected]

PARA ANUNCIAR LIGUE: (48) 99470596

Ou mande e-mail para [email protected] ou [email protected]

Capas: Hawaii 2011 – FOTOS. Marcio David

Capa ação: Marcio Farney em temporada havaiana. FOTO. Marcio David

Lançar uma nova edição do Jornal Drop é sempre um desafio. Mas o importante é saber que a recompensa está nas dicas, fotos e textos, que estão reunidos neste exemplar, totalmente a favor do esporte. Como de costume, iniciamos nosso conteúdo com uma entrevista exclusiva com Tiago Bianchini. Com patrocínio novo, o atleta catarin-ense conta um pouco de sua história, relembra alguns bons e maus momentos da carreira como atleta e garante que está pronto para encarar novamente o mundo da competição.

Para celebrar a boa fase, unto com as recordações de Tiago, re-unimos outras histórias. O destaque da matéria principal foi uma expedição realizada pelo fotógrafo Marcio David. Marcio publicou as melhores fotos do seu arquivo e relata no texto Projeto Ilhas, os momentos mais marcantes de sua última viagem. A matéria conta de-talhes da trajetória que partiu de Florianópolis, passou por Fernando de Noronha e acabou no Hawaii.

Como o nosso foco é o desempenho nas ondas, você também en-contra o resultado das últimas competições no estado. Para os espor-tistas, que estão ligados no mundo dos negócios, acompanhe as dicas da coluna Surf e Cult, que analisa o mercado em Florianópolis. A seção Drop Arte estampa o artista e surfista Danka Umbert. E o Folha Verde dá um toque sobre a escassez de água em 2025.

No cenário do skate novas pistas, lançamentos, turismo e projetos. Tudo para profissionalizar a classe, já que a modalidade não para de reunir adeptos, realizar eventos e trazer boas notícias para os fãs do asfalto. Boa leitura!

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Quando comecei essa entrevista descobri que o Tiago Bianchini tinha fechado contrato com um bom patrocinador. Fiquei contente, pois o momento de publicar a sua história é oportu-no. Tiago foi um atleta amador talentoso, que se preparou para ser surfista profissional. Um fenômeno do surf catarinense, com o estilo digno de uma carreira promissora. Mas ao longo do percurso, depois de fazer algumas escolhas erradas, a perda de tempo ofuscou o brilho do atleta. Em 2011, o surfista provou ter superado essa fase e volta com gás total ao cenário das competições.

Você venceu a 1ª etapa do Circuito Catarinense Pro, que aconteceu na praia da Joaquina e está liderando o ranking. O que essa conquista signifi-cou para você? Essa vitória foi uma das mais importantes da minha carreira até agora. Significou muito mais que apenas um campeonato, foi uma superação. Mostrou que eu estou de volta e posso conquistar muitas coisas com meu surf. Essa vitória me animou muito, pois percebi que eu estou no caminho certo pra alcançar meus objetivos.

Esse é o retorno de Tiago Bianchini as competi-ções?Com certeza é o meu retorno nas competições. Sinto e sei que esse é só um recomeço, ainda vou competir em muitos campeonatos.

Conta como foi seu primeiro contato com o esporte?Meu primeiro contato foi com10 anos, quando ganhei a minha primeira prancha de natal do meu pai. Comecei a surfar na Barra da Lagoa com meu primo, depois de um ano já estava indo surfar na Joaquina . Lembro que ia sozinho, pedindo carona pra chegar até a praia. Com 11 anos já estava competindo. Com 12 anos tive meu primeiro patrocínio, a marca HD. Daí por diante minha vida era o surf.

Você imaginava dedicaria sua vida ao surf?Naquele momento eu não tinha muita noção do que poderia acontecer, minha preocupação era como eu ia fazer para surfar. As coisas foram acontecendo muito naturalmente e rapidamente. Quando vi, já estava com-petindo, tinha patrocínio e viajava muito.

Você começou cedo nas competições. Conta um pouco sobre a sua trajetória como atleta.Comecei a competir com 11 anos. Com 13 já estava no brasileiro amador, era o caçula da equipe catari-nense. Com 14 anos mudei o patrocínio para a Volcom e me dedicava exclusivamente ao surf. Com 16 anos fui campeão Brasileiro Amador na categoria Open. Foi quando percebi que poderia seguir esta carreira e comecei a ter destaque. Participei de muitos cam-peonatos e viajava bastante. Com 18 anos virei atleta

O RETORNO DE

T I A G O B I A N C H I N IPor Caroline Lucena

N A C A R A

profissional. Fiquei 3 anos na elite do brasileiro, o antigo Super Surf, atual Brasil Surf Pro.

Qual foi a maior vitória que você conquistou na vida?A maior vitória da minha vida foi ter me transformado como pessoa. Mudei meu estilo de vida para o bem. Sei que não é fácil admitir, por isso mudar é um de-safio. Eu fiz isso e considero uma vitória pessoal, a sensação é melhor do que qualquer bateria difícil que já venci.

Qual foi a pior derrota?O tempo perdido e o afastamento das competições e do surf.

Quais os pontos que você destaca como positivo e negativo no esporte?Vamos começar pelos positivos. É muito bom viver de um sonho, muitos surfistas gostariam de poder estar no lugar de quem vive do esporte, sempre viajar, pegar onda boa e ainda ganhar dinheiro para isso. Mas não é fácil viver de surf ou de qualquer outro esporte no Brasil. Há pouco investimento, poucos patrocinadores, muitos gastos e premiações que não são muito altas perto do investimento que precisa se feito para competir. Tem muito atleta bom sem patrocinador ou incentivo algum, e isso é um desperdício. Eu fiquei dois anos e meio sem apoio algum, e era muito difícil competir pela falta de grana. As marcas ou governo precisam investir mais nos atletas e no surf principalmente. Não só para a competição, mas investir no atleta como um todo, com treinamentos, estudos e uma base para o profissional conseguir destaque. Outra coisa, as marcas que patrocinam os mais jovens exigirem que estes estudem sempre, pois aqui acontece muito do surfista parar de estudar pelas competições e isso mais tarde vai se tornar um atraso e quem perde com isso é o próprio atleta.

Você é um excelente competidor e possui um estilo se surf muito elogia-do, mas encarou uma fase como freesurfer. Qual a principal diferença entre curtir e competir nas ondas? Eu encarei uma fase como freesurfer, pois não estava de bem comigo na épo-ca, e para competir é preciso estar em sintonia na água. Freesurfer é um estilo de vida, que acredito todo surfista querer ser. Mas acho também que pra se tornar um freesurf é preciso percorrer um caminho. Competir tem uma pressão, uma adrenalina diferente, freesurf é muito bom, pois não rola nada disso. Você fazer o que realmente gosta, executar uma boa manobra e não precisar se pre-ocupar se vai cair. Nesse momento eu opto por competir, pois ainda não trilhei todo o caminho que sempre sonhei como atleta. Se parasse agora não estaria satisfeito. Quero competir mundialmente, ainda preciso de alguns troféus. Ad-

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miro o surf do Alejo e do Mineirinho e no destaque que eles estão dando para o Brasil mundialmente, e quero seguir este caminho ainda! Com certeza um dia vou ser freesurfer, pois vou surfar para o resto da vida, mas nesse momento o foco é outro.

Define seu estilo de ser e linha de surf...Sou um cara bem calmo, escuto mais do que falo e as vezes sou meio tímido. Hoje em dia gosto de manter o equilíbrio das coisas e costumo ficar sossegado, sem muito agito. Meu estilo de surfar já é mais agressivo, descarrego muita energia na água, gosto de fazer o máximo na linha da onda, tento ter bastante velocidade e fluidez. Me destaco mais em ondas grandes, é quando sinto a adrenalina e busco superação.

Você foi considerado um dos garotos prodígios do surf cata-rinense, mas perdeu o foco como atleta. Onde e de que forma você errou?Aos 17 anos, quando comecei a ter destaque fiquei um ano sem competir. Dai já perdi um pouco o foco.Com 18 voltei a competição, mas não tinha uma vida regrada como atleta. Comecei a competir novo, convivia com os mais velhos e perder o foco era fácil pra qual-quer um. Fiquei competindo até 2008 quando perdi o patrocínio, daí por diante foi mais difícil pra mim.

Como isso te prejudicou?Foi uma fase que passou. Eu era moleque, adolescente, posso ter me prejudicado, mas aprendi com isso e hoje está tudo como tem que ser.O que enxergo é que perdi um pouco de tempo, mas é recuperável.

Quais são as regras que um surfista deve seguir para almejar uma carreira promissora?Ter disciplina, treinar dentro e fora da água. O talento não é tudo se a cabeça não andar bem, nada anda. Ser humilde, manter uma roti-na saudável, estar limpo e focado nos objetivos. Andar com as pes-soas certas, que acrescentem. Ter equipamento da melhor qualidade, fazer alongamento, cuidar do condicionamento físico, comer bem, dormir e surfar muito.

Você acabou de fechar um novo patrocínio. Quais os seus pla-nos para essa nova fase?É uma nova fase da minha vida. Meu objetivo esse ano é ser cam-peão catarinense, conseguir a vaga pro BSP pra 2012 e viajar para produzir fotos e vídeos. Aprimorar meu Inglês para competir no exte-rior.... Estou feliz por fazer parte da equipe Surf Co. Entrei para o time da Hang Loose. Essa chance é muito boa para mim, por isso estou empolgado e sei que dentro desta marca tenho chances de evoluir. Só tenho que agradecer!

O que você faria de diferente?Não dá pra voltar no tempo, por isso não penso muito nisso, o que passou já passou. Estou focado no meu presente e no futuro. Tudo

tem sua hora e, se o que aconteceu serviu pra eu aprender, então não mudaria muita coisa.

Qual a mensagem que você tira disso tudo?A mensagem é que quando queremos tudo se torna possível quando caminhamos para o lado do bem. A vida é feita de altos e baixos, por isso precisamos saber administrar, ter fé e agrade-cer sempre. Sou grato as pessoas que acreditaram em mim e nas horas difíceis estiveram do meu lado, como a minha família, os amigos de verdade e a minha noiva Adri, que sempre me apoiou e acreditou em mim quando poucos acreditaram. E também meus apoiadores que me incentivaram e me ajudaram como puderam pra eu não desistir. Ao Munir Haddad, que me apoiou uma época que eu não tinha apoio algum. E a Hang Loose pela oportunidade e credibilidade.

Nome: Tiago Bianchini

Idade: 24 anos

Natural de: Brusque (SC)

Local da: Joaquina

Posição na prancha: Goofy

Manobra: Rasgada de frontside e tubo

Apoio Ilha Surf Shop, Sushi Bistrot Feng Shui, Pico da Tribo, Parcel Imports com os acessórios. Body Angel Treinamento Funcional. Pranchas Henneck. Relógios Freestyle.

Patrocínio Hang Loose.

“ Tudo se torna

possível quando

caminhamos para o

lado do bem. A vida é

feita de altos e baixos,

por isso precisamos

saber administrar,

ter fé e agradecer

sempre”

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MoMents Por Marcio David

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O veranico em Santa Catarina tem sido clássico, boas ondas e clima agradável. Rolaram ses-sões de surf com short jhon ou só de bermuda. A galera apro-veitou para soltar o pé e curtir os últimos dias com o clima quente.

1. O atleta Ricardo Wendhau-sen é um dos grandes no-mes dessa nova safra de surfistas catarinense. Recen-temente, ganhou o prêmio patrocinado pela marca Gre-enish pelo melhor aéreo do Brasil. Nesta foto, Riquinho mostra as asas e voa alto na praia do Moçambique.

2. Vicente Romero usando a técnica em cima do lipe.

3. Gustavo Santos rasgando em casa.

4. O surfista Joe Doll preparan-do-se para pegar um tubão no quintal de casa.

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Foto. Marcio David

Por Marcio David

Praticamente em casa, o surfista Fernando Beck, aproveitou o último swell para mostrar todo os seu conhecimento e sintonia com as ondas do quintal. Fluindo como um torpedo, Fernando remou no meio do crowd e se jogou na mais pura harmonia com o tubo. O fotógrafo Marcio David não estava muito bem posicionado e nadou como um louco para registrar esse momento, mas

só pegou a foto antes da cortina cair sobre o surfista. Quando Marcio levantou, todos estavam gritando e aplaudindo o tubão do atleta local, que saiu seco do canudo, proporcionando um momento especial para estampar o tubo do mês.

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REVENDEDOR AUTORIZADO:

Thiago de Sousa / Teahupoo - Tahiti

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Por Marcio David • Atleta Caetano Vargas

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Praticamente em casa, o surfista Fernando Beck aproveitou o úl-timo swell e mostrou todo o seu conhecimento e sintonia com as ondas do quintal. Fluindo como um torpedo, Fernando remou no

meio do crowd e se jogou na mais pura harmonia com o tubo. Mui-to bem posicionado, o fotógrafo Marcio David nadou como um louco para registrar esse momento, mas só pegou a foto antes da cortina cair sobre o surfista. Quando Marcio se levantou da onda todos es-tavam gritando e aplaudindo o tubão do atleta local que saiu seco

do canudo, proporcionando um motivo especial para estampar o tubo do mês.

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Matheus Navarro doMiNa a praia Mole

A bela praia Mole, em Florianópolis, recebeu a presença de 126 surfistas amadores de todo o estado para a disputa da quarta etapa do Circuito Cata-rinense Oceano de Surf Amador 2011.

O grande destaque da competição, campeão das categorias Open e Junior, foi o surfista de Balneário Camboriú Matheus Navarro, que apesar do friozinho e do clima chuvoso, suou muito para vencer seus adversários. Matheus sagrou-se vitorioso na categoria Open somando 12,85 pontos contra 12,10 pontos de Ramone Lima que fi-cou na segunda colocação.

A disputa final da categoria foi emocionante. A cada onda surfada, a liderança se alternava entre os quatro atletas. Faltando menos de cinco minutos para o final da bateria, Matheus achou uma boa esquerda para marcar 6,75 pontos, ocupando o pri-meiro lugar. Ramone Lima, que também veio numa boa esquerda, mandou um aéreo que lhe rendeu 7,25 pontos e a segunda colocação.

Faltando 15 segundos para o final da bateria, Ramone que precisava de 5,60 para vencer, consegue achar mais uma onda para delírio da torcida e arrisca tudo, mas faz 4,85 pontos e por pouco não tira o doce da boca de Matheus, que respirou aliviado.

Matheus Navarro ainda foi o campeão da categoria Junior mostrando que está em ótima fase. O atleta somou 9,35 pontos contra 8,10 de Yago Dora, que ficou na segunda colocação. Na Categoria Mirim, a molecada surfou muito bem. Luan Wood, surfista do sul da Ilha de Florianópolis, veio determinado a vencer e somando 9,00 pontos contra 6,55 pontos de André Heiden conquistou o lugar mais alto do pódio.

A maior nota da competição foi de Luan Wood na Categoria Mirim com 8,50 pontos, e a maior somatória nas duas melhores ondas, foi do destaque da competição Ma-theus Navarro com 14,25 pontos na categoria Junior.

Durante a competição também foi realizado um mutirão de coleta ao micro lixo nas areias da Praia Mole pela galera da Fecasurf juntamente com o Projeto “Keep The Ocean Blue”.A próxima etapa do Circuito está marcada para os dias 16 e 17 de Julho na Praia Brava de Itajaí.

t r i a G e M F e C a s u r FPor Norton Evaldt

Circuito Catarinense de Surf Amador/4ª etapaData: 14 e 15 de maioLocal: praia Mole (SC)

Resultado Open1º) Matheus Navarro 2º) Ramone Lima 3º) João Paulo Abreu 4º) Amilton Alves Junior1º) Matheus Navarro 2º) Yago Dora 3º) Luan Wood 4º) John Ewerton Mirim1º) Luan Wood 2º) André Heiden 3º) Allan Barbosa 4º) Ian Tavares

Iniciantes1º) Gustavo Ramos 2º) André Heiden 3º) Luan Pereira 4º) Lucas Miguel

Infantil1º) Anderson Junior 2º) Lucas Vicente 3º) Gabriel Carvalho 4º) João Guerreiro

Feminino1º) Lívia Guimarães 2º) Marina Resende 3º) Aloha Maciel 4º) Natalia Navarro

Master1º) Junior Maciel 2º) Jofrey Seibel 3º) Stewson Crippa 4º) Rafael Simões

Líderes do Ranking - após a 4ª etapaOpen João Paulo Abreu .......................6.536 pontosJuniorMatheus Navarro ..............................7.240 pts.MirimIrvin Ravi .......................................... 5.852 pts.IniciantesAndré Heiden .................................. 5.058 pts.InfantilLucas Vicente ...................................7.040 pts.FemininoMarina Resende ............................... 6.912 pts.MasterStewson Crippa ................................7.420 pts.

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dieGo MiChereFF CoNquista vaGa para MuNdial A Equipe Catarinense ficou com a quinta colocação na se-gunda etapa do Circuito Brasileiro de Surf Amador 2011, realizada na praia de Jaguaribe (BA) durante os dias 06, 07 e 08 de maio. Com o resultado alcançado na disputa o atleta catarinense Diego Michereff conquistou uma vaga para integrar a equipe, que representa o Brasil no Mundial ISA que acontece no Panamá.

Os destaques cata-rinenses da competi-ção foram os atletas do norte do estado Heiden de Barra do Sul (SC), que subiu ao pódio na quarta colocação da catego-ria Iniciantes e Diego Michereff de Barra Velha (SC), que além de subir ao pódio na

terceira colocação da categoria Open. Diego garantiu com este resultado, sua vaga para integrar o time brasileiro nos Jogos Mun-diais de Surf, o ISA World Surfing Games, considerado Olimpíadas do Surf, que acontece em Junho no Panamá.

Nesta etapa da Bahia o estado também foi representado pelos atletas: Jussemir Junior e Gabriel Castigliola na categoria Open, Cainã Barletta e Matheus Navarro na categoria Junior, Luan Wood e Yrvin Ravi na Categoria Mirim, Gustavo Ramos Heiden na ca-tegoria Iniciantes e Marina Resende nas categorias Femininas. O técnico que comanda a equipe é Elder Leão.

Classificação por equipes

1º) Ceará ................... 158 pontos 2º) São Paulo..................142 pts.3º) Paraíba .....................136 pts. 4º) Rio de Janeiro .......... 118 pts. 5º) Santa Catarina .........106 pts.6º) Bahia ......................... 96 pts. 7º) Rio G. do Norte ......... 80 pts. 8º) Espírito Santo ............58 pts. Classificação por atletas Open1º) Michael Rodrigues (CE) 2º) Deivid Silva (SP)3º) Diego Michereff (SC) 4º) Marcelo Alves (BA) Junior1º) Michael Rodrigues (CE)2º) Elivelton Santos (PB)3º) Deivid Silva (SP)4º) Lyssandro Leandro (ES)

Mirim1º) Elivelton Santos (PB)2º) Edgar Groggia (SP) 3º) Igor Morais (SP) 4º) Lucas Silveira (RJ) Iniciante1º) Victor Bernardo (SP) 2º) Igor Morais Seleção (SP) 3º) Rafael Venuto (CE) 4º) André Heiden (SC)

Open Feminina1ª) Gilvanilta Ferreira (RN) 2ª) Estefany Freitas (CE)3ª) Rafaela Bahia (CE) 4ª) Isabela Lima (RJ)

Junior Feminina1ª) Estefany Freitas (CE) 2ª) Carol Fernandes (RJ) 3ª) Camila Neros (CE) 4ª) Yorrana Borges (PB)

Ranking por equipes - após 2ª etapa1º) São Paulo (SP)............................................1.900 pontos2º) Ceará (CE) ....................................................... 1.729 pts. 3º) Paraíba (PB) ...................................................... 1710 pts. 4º) Santa Catarina (SC) ........................................ 1.466 pts. 5º) Rio de Janeiro (RJ) ......................................... 1.385 pts.6º) Rio Grande do Norte (RN) ............................... 1.121 pts.6º) Bahia (BA) ........................................................ 1.121 pts.8º)Espírito Santo (ES) ............................................ 956 pts.

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Desde o ECO 92, dia 22 de Março é o Dia Mundial da Água. Aproveito para alertar sobre o perigo de nossa preciosa água se tornar escassa até 2025. Em março último, a ANA (Agencia Nacional de Água), divulgou um estudo realizado em todo o território brasileiro que avalia nossa oferta de água e propõe medidas que garantam o abastecimento aos 5.565 municípios. Infelizmente, eles só divulgam as soluções, já que pôr em prática depende da boa vontade política de cada cidade.

Vamos focar no sul do país e suas capitais. O maior investimen-to seria para a região metropolitana de Porto Alegre. Apesar de a região contar com mananciais de grande porte, a demanda tam-bém é grande. Outro problema é a qualidade da água sendo com-prometida pelo lançamento de dejetos industriais e domésticos na bacia do Lago Guaíba o qual contribui para o abastecimento de toda a região. As soluções, segundo o ANA, seriam: nova captação de água, novos sistemas de produção, ampliação de sistemas iso-lados e ampliação também de todos os sistemas integrados. Total: R$ 197,3 milhões.

Para a região metropolitana de Curitiba, a garantia de oferta de água depende do aproveitamento de novos mananciais que

atendam a demanda até 2025. Os projetos mais urgentes seriam a criação de novos mananciais e sistemas produtores. Isso reforçaria o abastecimento de água para a região até 2015. Durante esse tempo, a barragem do Rio Miringuava deverá ter sido construída a fim de garantir maior oferta de água. Estes investimentos somam R$ 74,1 milhões.

Finalmente, para garantir o abastecimento de água da grande Florianópolis até 2025 é necessária a ampliação da principal fonte de água da região: o sistema integrado de Cubatão/Pilões, o qual abastece Biguaçu, Florianópolis, Palhoça, Santo Amaro da Im-peratriz e São José. A ampliação já faz parte do planejamento da Casan e também consta no Plano Diretor de Águas do Município de Florianópolis. Porém, não existe projeto elaborado, somente um estudo concluindo a viabilidade técnica da obra. Os investimentos aqui são de R$ 98,4 milhões.

Vamos esperar e ver o que cada município tem a dizer (e a fazer) em resposta aos resultados da pesquisa realizada tão minuciosa-mente. Ou será que, com aquele jeitinho brasileiro, vamos esperar a água acabar para então tomar alguma providência?

Fonte: Site da agência Nacional de Água - ANA

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Por Julia Hoff

Cascata do Caracol

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t r i a G e N s F e C a s u r FPor Norton Evaldt

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Circuito Catarinense de Surf Profissional/ 2º etapaData: 15, 16 e 17 de abrilLocal: praia Mole (SC)

BaiaNo é o CaMpeão Na praia Mole

A segunda etapa do Oakley Santa Catarina Surf Pro 2011 apresentado pela Vivo encer-rou com a vitória do baiano Marco Fernandez numa final muito disputada que começou com a liderança do catarinen-se Raphael Becker, mas a sor-te prevaleceu e Marco achou uma boa esquerda e passou a liderar a bateria até o final, confirmando sua primeira vitó-ria no Circuito Catarinense de Surf Profissional.

Marco venceu a grande final somando 12,80 pontos contra 11,33 pontos de Raphael Becker que ficou na segunda colocação precisando de uma onda superior a 5,47 pontos para vencer.

“É muita felicidade, estou até sem voz, vim lá da Bahia em busca desse título que é muito importante para eu conseguir a vaga para o Circuito Brasileiro de Surf Profissio-nal.”, declarou o baiano muito feliz pela conquista na praia Mole.

Tiago Bianchini mais uma vez mostrou que está se dedicando de corpo e alma a sua carreira, e os resultados já estão aparecendo. Foi campeão da primeira etapa realizada na praia da Joaquina e nesta segunda etapa ele bateu o recorde da competição fazendo a primeira nota 10 de sua carreira e também um 8,33 pontos soman-do um total de 18,33 pontos de 20 possíveis, a maior somatória da competição. Tiago Bianchini literalmente destruiu as ondas na segunda bateria das oitavas de final.

A próxima etapa do Oakley San-ta Catarina Surf Pro 2011 acontece na Prainha de São Francisco do Sul, litoral norte do estado nos dias 08, 09 e 10 de Julho.

Resultado1º) Marco Fernandez (BA)2º) Raphael Becker (SC)3º) Gilmar Silva (SP)4º) Patrick Tamberg (FN)

Ranking - após 2º etapa 1º) Tiago Bianchini (SC) 3.750 pontos 2º) Alex Lima(SC) 3.063 pts. 3º) Marco Polo (SC) 2.775 pts. 4º) Marthen Pagliarini (SC) 2.500 pts. 5º) Vicente Romero (SC) 2.250 pts. 6º) Raphael Becker (SC) 2.150 pts.7º) Willian Cardoso(SC) 2.138 pts. 8º) Beto Mariano (SC) 2.050 pts.9º) Fellipe Ximenes (SC) 2.025 pts. 10º) Fábio Carvalho (SC) 2.000 pts.

GoverNo do estado apóia surFistas

Solenidade marcou a entrega dos recur-sos aos atletas olímpicos, paraolímpicos e surfistas que tiveram seus projetos apro-vados.

No dia 10 de maio o Governo do Estado através da Secretaria do Estado de Cultura, Esporte e Lazer, fez a entrega simbólica de R$ 1 milhão aos atletas catarinenses olímpi-cos, paraolímpicos, surfistas e outros esportes numa bela solenidade com casa lotada para prestigiar este importante incentivo ao esporte catarinense.

Entre os atletas contemplados, cinco surfis-tas catarinenses também tiveram seus projetos aprovados. Marco Polo, Willian Cardoso, Tomas Hermes, Matheus Navarro e Cauê Wood irão receber os recursos para participar de compe-tições representando o estado catarinense.

A Fecasurf (Federação Catarinense de Surf) vem buscando ampliar o número de projetos aprovados para o surf catarinense, através do Conselho Desportivo, que é responsável pela análise e aprovação dos projetos.

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Quando se fala em competições de surf nos dias de hoje, nada mais empolgante do que as disputas da categoria Pro Junior. Jovens talentos podem ser assistidos em ação nos campeonatos direcionados para eles, com limite de idade até 20 anos. É uma categoria relativamente nova, que ganhou força no início da década de 2000, quando foram realizados os primeiros mundiais Pro Juniores na Austrália. Eu particu-larmente, assim como algumas pessoas que conheço, aprecio muito as performances desses garotos prodígios no mar.

Nomes como Joel Parkinson e Adriano de Souza começaram suas trajetórias vitoriosas nesses eventos, sendo campeões mundiais juniores. Pelo Brasil, além do Mineiro, temos Pablo Paulino, que conquistou duas vezes esse título, Pedro Henrique uma vez e Jad-son André, que bateu na trave duas vezes, sendo vice-campeão.

O Brasil sempre se apresentou forte nessa categoria, revelando alguns surfistas de ponta aos holofotes do surf internacional e conquistando títulos. Neste ano mesmo, Peterson Crisanto e Krys-tian Kymmerson fizeram uma blitz na Austrália, conquistando dois eventos seguidos, um cada um.

Nos últimos anos Santa Catarina recebeu eventos de alto nível em suas ondas, que se transformam em verdadeiras arenas de combate entre os melhores Pro Juniores do Brasil. Em 2011, o Qui-cksilver Pro Junior conseguiu pela segunda vez abrir o molhes do Atalaia, em Itajaí, para uma competição de peso. Uma final inédita realizada a noite, pois existe uma excelente iluminação noturna no pico, foi brindada com a vitória do surfista local Gustavo Machado sobre o paulista Deivid Silva. Polêmicas a parte sobre o resultado, o que se viu foi uma disputa leal, com manobras de ponta e surf radical entre os dois finalistas.

Já o Oakley Pro Junior há três anos está dentro do calendário de competições da Fecasurf, sancionado pela Abrasp e definindo o campeão brasileiro da categoria. Nada mal pra um garoto de até 20 anos possuir em seu cartel um título nacional, logo no início de sua trajetória nas competições. Dá um peso a mais no currículo de qualquer atleta.

Sem contar o sistema de competição, que é igual ao usado no antigo WCT, com baterias de três atletas na primeira fase, repes-cagem, e na sequência, homem a homem até a final. É interessan-te ver esses garotos se degladiando em confrontos particulares e já se aprimorando para batalhas futuras que irão encarar no com-petitivo e feroz mundo do Circuito Mundial.

Na primeira edição realizada também no Atalaia, quando os locais liberaram o pico pela primeira vez, a final foi entre Jadson André contra Alejo Muniz. A vitória dessa vez sorriu para Alejo, que ficou com o título de campeão brasileiro. Pra se ter uma noção do valor destes campeonatos, essa mesma disputa foi reeditada este ano. Aconteceu na elite do surf mundial, o WT, na segunda etapa em Bell´s Beach, Austrália. Teve o sabor de revanche para Jadson André, que devolveu a derrota para Alejo.

Nas duas últimas edições do Oakley Pro Junior tive a satisfação de fazer parte do staff técnico, trabalhando na locução web do evento e acompanhar praticamente todas as baterias. O que se viu foi um arsenal de manobras modernas e jovens talentos que prometem manter o surf brasileiro em alta por muitos anos. Isso é fato, pois o que tem de moleque bom surfando muito é de arrepiar.

Em 2010 tivemos a vitória de Caio Ibeli nas direitas do Cam-peche. Em 2011, Krystyan Kymmerson, também no Campeche, ficou com a coroa de melhor Junior do Brasil. Além dos campeões, pode-se citar ainda Peterson Crisanto, Marco Fernandez, Caue Wood, Felipe Toledo, Ítalo Ferreira, Matheus Navarro e mais uma infinidade de atletas de excelente nível técnico e que poderiam ser campeões facilmente. Uma safra de valor, moldada no que te-mos de melhor no surf nacional até 20 anos.

Não se assuste se daqui a alguns anos, aquele garoto, de porte franzino, que você viu em um certo campeonato Pro Junior, em alguma praia desse imenso litoral brasileiro, figurar no lugar mais alto do pódio no circuito mundial, com a bandeira brasileira em punhos. Vai ser fruto desse trabalho de base, que é feito por pro-fissionais experientes, de visão, com amor ao esporte e que tem como meta, colocar o Brasil sempre entre os melhores do mundo.

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pro JuNiores d o N o s s o B r a s i l Por João Ricardo Lopes

Caio Ibelli é um dos expoentes da nova geração.

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Projeto Ilhas

Por Marcio David

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Sempre tive a convicção que registrar momentos e fotografar as ondas é uma relação mais do que profissional e vai além de ser mais um sur-fista. O desejo de morar em Florianópolis se tornou realidade quando aprendi e percebi quais os meus valores de vida. Parece que fotografar o mar e estar em contato com arquipélagos faz parte da minha história desde que me tornei fotógrafo profissional. Comecei o ano em Florianó-polis e com um ritmo de produção intenso. Em fevereiro, junto do atleta Caetano Vargas, atual campeão do Super Surf 2010, embarquei para minha quarta temporada em Fernando de Noronha. Quinze dias depois peguei o visto americano e dei um pitstop na Califórnia, mas meu destino final era o Hawaii. Dois meses depois voltei para Florianópolis e cons-tatei, ao completar o Projeto Ilhas, que respeitar, preservar e ter humil-dade são regras essenciais para conhecer os lugares, surfar boas ondas, absorver novas culturas e conservar eternas amizades. Depois de con-cretizar esse projeto e registrar muitos momentos em fotos, realizei mais um sonho. A experiência foi espetacular e vou contar um pouco sobre a minha aventura no texto a seguir.

Projeto Ilhas

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Noronha em festaPor mais que você já conheça Noronha,

o prazer e a ansiedade ao voltar naquela ilha é sempre diferente. Acho difícil es-conder a emoção quando estou chegando ao pequeno aeroporto do arquipélago. O clima quente, a humildade do povo local, rever os amigos nativos, sua cultura e be-lezas naturais são cenas marcantes. Toda temporada em Noronha é espetacular. Às vezes as ondas são fechadeiras e propor-cionam caixotes bizarros, mas já vi tem-poradas onde o mar estava cristalino com tubos secos e largos, e dias depois as on-das estavam com bombas de 12 a 15 pés.

Esse ano eu pude presenciar um dos mares mais incríveis que já fotografei por lá. Noronha estava em festa com um bom swell de norte/nordeste que atingiu a ilha em cheio e proporcionou ondas clássicas e pesadas na praia do Bode e toda sua extensão até a Cacimba. Tubos com 2 metros e meio com fortes corren-tes explodiam na bancada e a galera presente pode conferir o desempenho dos surfistas, que foi de tirar o fôlego. Os meus parceiros de equipe eram os atle-tas catarinenses Greg Cordeiro e Caetano Vargas. Greg mostrou uma grande evo-lução e disposição nos potentes tubos do Bode. Fotografei o atleta em ondas magníficas e o retorno foi um grande destaque e algumas das melhores fotos da temporada. A galera catarinense tam-

Álvaro Bacana é um profundo conhecedor das ondas de Fernando de Noronha e mostra sintonia com os tubos da Cacimba.

Marco Polo foi um dos destaques catarinenses na temporada de Fernando de Noronha. Com seu estilo “ninja”, o surfista se entocou e meditou dentro dos salões do Bode.

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O atleta local de Noronha, Alan Rangel, sempre escolhe a melhor onda da série. De backside, o local mostra que não

tem muita escolha, pois o importante é dropar os canudos.

bém estava presente e representou no outside. Marco Polo, Diego Rosa, Neco Padaratz, Gabriel Galdino, Willian Car-doso, Alejo Muniz, Thomas Hermes, o shaper Havenga, entre outros, também surfaram boas ondas.

Alguns competindo, outros no free-surf, o fato é que boas condições são o delírio dos fotógrafos e videomakers de plantão. As sessions foram épicas e todo mundo produziu um material de qualidade com imagens incríveis. Mar-co “ninja” Polo pegou canudos de fazer dois tubos profundos. O local Alan Rangel foi outro que, além de big rider, é um profundo conhecedor. Em todas as temporadas é comum algumas das melhores ondas serem surfadas por esse atleta local.

Houve um dia em que o mar acor-dou pesado, tentei cair na água, mas fui arrastado pela correnteza. Uma sensação de derrota e tristeza. Quan-do voltava andando pela praia, surgiu uma energia e eu encarei novamente. Pelo destino e minha força de vontade consegui entrar. Quando cheguei na zona de arrebentação o surfista Álvaro Bacana pegou uma tubão na minha

Surfando em Noronha, Califórnia e Hawaii, o atleta Caetano Vargas fez uma das melhores viagens de sua vida e não se intimidou quando as ondas cresceram em Sunset.

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frente e registrei o momento. Nesse dia consegui fazer altas fotos e tirei um grande aprendizado que havia adormecido em mim: nunca desistir e seguir sempre com sua intuição. A edição das fotos na pousada Tubarão era marcante. O surfista Marcio Farney comparecia com o seu violão e o catarinense Diego Rosa man-dava o freestyle no vocal com o resto da galera acompanhando o repertório. Esse era o clima: o espírito de estar vivendo dias épicos de surf mágico.

Pit Stop na CalifórniaA temporada estava legal e cheia de adrenalina em Noronha,

mas minha missão junto ao Caetano Vargas só estava começando. Acompanhado de outro amigo chamado Affonso, partimos para um pit stop na Califórnia, onde conhecemos Huntington Beach e Trestles. Mesmo na ansiedade de estar indo para o Hawaii, a Califa nos trouxe um pouco de tranquilidade e atenção. Os pri-

meiros contrastes são nítidos. Los Angeles nada se parece com a ilha paradisíaca de Noronha. A cidade é movimentada e grande, com características marcantes dos centros urbanos, mas possui uma cultura surf muito bacana. Achei legal ver mulheres, crianças, adultos, velhos e todo tipo de gente surfando e escolhendo o es-porte como um estilo de vida. O clima era muito frio e a roupa de borracha virou adereço obrigatório nas sessões de surf no pier de Huntington e nas ondas de Trestles. Aproveitamos para conhecer a Channel Island e visitar algumas lojas de pranchas.

O por do sol em Huntington é impactante com toda aquela com-posição de elementos. A luz do final entra em harmonia com as diversas pessoas que estão no pier. Uma galera surfando, outros correndo na praia, fazendo música ou andando de skate. Muitos longboarders com suas pranchas e quilhas pintadas. Trestles já é uma praia mais isolada que requer uma caminhada para chegar ao pico. A estrada é propícia para um role de skate e a cena mais comum é ver a galera descendo a ladeira com a prancha debaixo do braço. A travessia pela linha do trem, que leva o nome de sur-fline, e a base nuclear, deixa o lugar com uma identificação mais específica. Passaram-se poucos dias e quando vimos já estávamos de malas prontas para o Hawaii.

Missão North ShoreCom toda aquela mistura de ansiedade que já estávamos

sentindo desde Noronha, minha ficha só caiu quando entrei no avião rumo á ilha de Oahu. Voltar para o Hawaii era mais do que um sonho, era uma realização de toda a minha busca profissional e pessoal. Se minha expectativa em voltar para No-ronha era grande, para chegar ao Hawaii parecia ser o dobro. Rever os amigos depois de alguns anos foi muito bom. O North Shore me deu muitas alegrias e grandes amizades as quais eu nunca poderia esquecer. Caetano, Cesinha, Affonso e Danilo Couto

Greg Cordeiro teve uma grande atuação nesta temporada. Foi um dos destaques e pegou tubos incríveis no swell na praia do Bode.

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No Hawaii, a galera ficou hospedada na casa do Cesinha, que é parceiro do Catarinense Dê da Barra. Quando o swell cresce,

Cesinha é presença garantida nos outsides do North Shore.

Depois do Tsunami do Japão, o Hawaii ficou em alerta e o North Shore recebeu uma das maiores ondulações da temporada. Na foto, o Havaiano Clark Abee em uma das maiores do dia.

Aloha, Hawaii. Assim fomos recebi-dos no aeroporto de Oahu. O clima já muda todo em relação a Califa. Por mais que estivéssemos indo no final da temporada de inverno o Hawaii sempre será Hawaii e nunca poderemos me-nosprezar as ondas do North Shore. Até o final do Spring time sempre quebra boas ondas. Já tive a oportunidade de estar nessa época e fotografei mo-mentos insanos e incríveis. Ficamos hospedados na pousada do Cesinha e da Katia, em Velzland. Eu já tinha morado lá por mais de seis meses e conhecia bem o casal. Cesinha, como é conhecido, é parceiro de tow-in do Catarinense De da Barra e juntos des-bravam as morracas Havaiana quando as ondas ficam gigantes. Cesinha tem uma família maravilhosa e seus filhos são Kona e Kaimana. Conheci o Kona quando tinha 6 anos e hoje, ele com 12, já é uma grande promessa do surf. Gostei de ver a evolução do Kona e sua linha de surf nas ondas Havaianas.

Chegar ao North Shore foi muito bom e diferente de tudo. Não sabia se eram os fusos horários ou a ansiedade de ver as ondas e retornar naquele lugar, mas o fato foi que parecíamos estar em um sonho. Apesar de muitas risadas e

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A vaca mais sinistra foi em Waimea. O caldo fez todo mundo perder o fôlego.

alegrias, a chuva que caía sobre o North Shore no primeiro dia nos fez ficar em casa arrumando as pranchas e o equipamento.

Velzland, Sunsent, Rock Point, Pipeline e Waimea. Essas são as ondas mais famosas do North Shore, porém sempre há outras boas ondas em toda a extensão da costa. Nosso primeiro dia foi bem marcante. Pipe e backdoor estavam quebrando com ondas de 10 pés e o surfista Havaiano Jamie O’Brien estava dando um show a parte pegando tubos secos com baforadas incríveis. Não tínha-mos muito o que fazer. Era sentar na areia e aprender um pouco. Eu armei meu tripé e fiz boas fotos, como se estivesse vendo Pipe pela primeira vez.

Os swells foram mais do que imaginávamos e o final da tempo-rada de inverno nos surpreendeu com ondas potentes. As valas de 6 pés com vento terral que esperávamos pegar foram substituídas por grandes ondulações que fizeram Sunset quebrar clássico. Caetano não se intimidou e pegou boas ondas. Apesar do crowd intenso, se souber se posicionar e respeitar os locais sua vez aca-ba chegando. Cesinha é presença garantida em qualquer outside, conhece todas as pessoas e representa muito bem na hora de botar pra baixo. No maior astral ele sempre dava confiança para o Caetano ficar no outside.

Os dias foram passando e as ondas não paravam. Ás vezes não estava como queríamos, mas sempre tinha uma condição boa. Lembro um dia em Velzland clássico, típico dia de blue Hawaii, apesar de já ter morado no Hawaii confesso que nunca tinha vis-to daquela forma. Parecia uma máquina: séries de 4 a 6 pés liso, vento terral, sol e temperatura agradável. O crowd estava intenso com uns 100 surfistas na água, mas todo mundo pegando onda.

Viver os dias no Hawaii foi incrível. Conhecemos diversas pessoas e fizemos boas amizades, como o lutador e campeão de MMA Murilo Bustamante, um mestre e pessoa do bem, a galera da academia Chute Boxe, Mozart e o Borda, e muitos outros que estavam hospe-dados na casa do Cesinha. Durante os dias também pude reencon-trar os bons amigos que por lá vivem: o ídolo brasileiro e campeão do XXL, o big rider Danilo Couto, o big rider e parceiro de Couto no outside em Jaws Marcio Freire e meu grande amigo Luciano Lima, que tem o surf na alma e mora no Hawaii há alguns anos.

O Hawaii é animal mesmo nos dias de marolas. O surf e toda aquela magia são contagiantes e a qualidade de surfar no reef traz uma evolução frenética e de auto confiança. Foi assim que percebi a evolução do atleta Caetano nas águas havaianas. Outro parceiro que não posso esquecer é o professor de Yoga Pedroca de Castro, pois na minha última temporada estive com ele e desta vez o destino fez com que nos encontrássemos novamente no North Shore. Além de meu amigo em Floripa, Pedroca também é brother do Affonso desde os anos de estrada atrás das ondas. Logo, ele acabou sendo nosso parceiro no Hawaii.

Numa tarde, chegamos com a notícia de que tinha acontecido um devastador tsunami no Japão. Nesse mesmo dia a sirene da ilha tocou duas vezes com um som diferente de tudo que já havia escutado. O alerta era para todas as pessoas deixarem a costa e procurarem abrigo nos pontos mais altos de Oahu. Já era noite e nas ruas as pessoas estavam se preparando para deixarem suas casas. Deixamos as coisas básicas prontas, pois vendo as imagens do Japão sabíamos que era possível alguma coisa acontecer no Hawaii, já que o Japão está a seis horas do arquipélago. Enquanto muitos estavam desesperados e atentos com a notícia, Cesinha es-tava tranquilo e dormindo em um dos sofás de sua casa. Pegamos as malas e não esperamos para ver o que poderia acontecer. Subi-mos a estrada depois de Haleiwa assim como milhares de carros e pessoas em busca de abrigo.

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A noite foi longa e muito mal dormida dentro do carro parado na estrada. Todo mundo apreensivo se iria chagar ou não o Tsunami. O dia amanheceu e havia uma fila enorme na estrada sobre um arco íris que deixava a plantação de abacaxi mais bonita. Nada aconteceu e tudo voltou ao normal. Mas foi uma noite marcante e diferente, onde aprendemos que o poder da natureza é maior do que tudo.

Depois de toda essa adrenalina, o mar cresceu no North Shore e para o delírio dos Big Riders quebrou Waimea com 18 a 20 pés. Tudo muda quando se quebra Waimea: trânsito, turistas, praia cheia e mui-tos corajosos para droparem as bombas que sobem no outside. Ter o privilégio de fotografar Waimea é muito satisfatório, pois só de olhar o mar a pessoa aprende muito. O volume da onda, o tamanho das pranchas, a forma de remar e entrar na bomba. Fi-quei o dia inteiro fotografando e apreciando aquelas cenas bizarras. Drops cavernosos e vacas insanas no outside. No inside, em Shore Break o espetáculo fica por conta dos bodyboarders que se jogam nas explosões de crascas formadas na beira da praia, proporcionando cenas espetaculares para o delírio do público.

O dia foi excelente em Waimea e, assim que o mar diminuiu, o foco passou a ser Sunset com 10 a 12 pés e paredes potentes para manobrar. No meio do swell quem chegou foi nosso amigo Marcio Farney, o qual já tínhamos encontrado em Noronha e estáva-mos felizes de estar ali. Farney chegou para compor a equipe do seu patrocinador, a marca Smolder, que também estavam hospedados na casa do Cesinha.

Meus últimos dias foram blindados com um swell em Pipe de 10 pés. O mar não estava muito clássico e backdoor fechava muito, porém alguns surfistas se encarregaram de fazer o espetáculo e surfaram tubos alucinantes e impossíveis para alguns. Pipe é Pipe! Assim podemos definir o que acontece quando se quebra a potente onda nessa rasa bancada de coral: o espetáculo é garantido.

Minha missão na Ilha de Oahu foi concluída. Conversando com o Caetano me lembro de que comentei: “O surfista se torna outro depois que conhece o Ha-waii”. Ele confirmou que depois de passar alguns dias no Norh Shore dá para notar a diferença no brilho dos olhos de quem já passou por lá.

O retorno à Ilha da magiaNo avião, retornando para casa e com milhares de imagens no computador,

rolavam flashbacks de olhar todas aquelas fotos. Ao visualizar a ilha da janela do avião, vi as ondas rolando lá embaixo e pensei que o processo de edição seria grande, pois o material fora reunido desde Florianópolis. Meu pensamento voltou para o projeto “Ilhas” e o que eu pude trazer como experiência dessa minha busca. Floripa, Noronha e Hawaii, cada lugar com seu encanto, cultura e costumes, mas Ilhas que têm em comum a busca dos surfistas atrás das per-feitas ondas oceânicas.

Agradeço a empresa catarinense OCEANO por ajudar a realizar essa trip e acreditar no projeto “União Fortalece” aonde venho trabalhando no desenvol-vimento de seus atletas desde o começo de 2010. Também ao atleta Caetano Vargas pela conquista do título de campeão do Super Surf 2010. Com o título, o atleta foi presenteado pela empresa e teve o papel fundamental para que meu sonho de voltar ao Hawaii fosse realizado. E á Banana Wax, pelo apoio em Fer-nando de Noronha.

Não importa como estão as condições em Pipe, quando Jamie O’ Brien está na água o show é garantido.

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Cadeia p r o d u t i vaPor Luciano Burin

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Quantas pessoas vivem direta ou indiretamente do surf em Florianópolis? A resposta para essa pergunta é muito difícil, mas ao longo da produção do documentário Pegadas Salgadas, tive a oportunidade de entrevistar diversas figuras que possuem a indústria do surf como atividade profissional. Comprovei a influência ampla e decisiva que a paixão pelas ondas provocou no cenário sócio-econômico da cidade ao longo das últimas décadas.

Se pensarmos somente no surf como esporte profissional, cuja explosão ocorreu na segunda metade dos anos 80, já temos um universo extenso de atividades que se alimentam do circuito de campeonatos. É o caso dos juízes, dirigentes, promotores de even-tos, beach marshall, técnicos, locutores, fotógrafos, montadores de palanque, segurança aquática, equipe de transmissão pela inter-net e, obviamente, os próprios atletas. De acordo com o presidente da Federação Catarinense de Surf (Fecasurf), Fred Leite, havia mais de 40 profissionais envolvidos diretamente na organização da 1ª etapa do Circuito Profissional Catarinense, que ocorreu no mês de março, na praia da Joaquina

O segmento de vestuário, conhecido como surfwear, movimenta uma outra importante cadeia produtiva, com todo o pessoal que trabalha em lojas e confecções voltadas ao surf. Se somar os aces-sórios, como cordinha, roupa de borracha e capas de prancha, dá para alimentar uma indústria sólida e que alcança um público de simpatizantes que vai muito além da comunidade que realmente pratica o esporte.

E se a prancha é o equipamento fundamental do surfista, o que não falta são pessoas dedicadas a fabricá-las. Ao ponto de, hoje, Floripa ser considerada a cidade com mais fábricas de pranchas per capita no Brasil e talvez no mundo. Nesse cenário, que vai da produção de “fundo de quintal” até as fábricas com equipamentos modernos, vale destacar as especialidades dentro do processo ainda altamente artesanal de uma prancha de surf, que envolve,

além do shaper, profissionais dedicados exclusivamente à lami-nação, lixação e pintura de uma prancha. Alguns deles, como o famoso laminador Kong, do Canto da Lagoa, conseguem ganhar a vida há muitos anos apenas consertando pranchas.

As escolinhas de surf espalhadas por quase todas as praias sur-fáveis da ilha também retratam este fenômeno de popularização do surf. De acordo com o presidente da Associação Catarinense de Escolas de Surf –ACES, Roger Souto Mayor, hoje existem cerca de 50 pessoas que ganham a vida profissionalmente em Floripa como instrutores e auxiliares nas escolinhas de surf.

O surf é também um dos poucos esportes a ter uma mídia espe-cializada tão consistente, com revistas, jornais, sites, blogs e pro-gramas de tv dedicados exclusivamente ao ato de deslizar sobre as ondas, que são fonte de emprego para fotógrafos, jornalistas, produtores, editores e cinegrafistas. Floripa possui seus próprios veículos locais, como o Jornal Drop e outros diversos serviços de informação sobre as condições do mar, uma atividade essencial comandada pelos chamados surf-repórteres.

Ampliando o leque, se formos pensar nos empregos indiretos que o surf trouxe para Floripa, teriamos que tentar mensurar toda a influência turística do esporte sobre regiões da cidade, como a Lagoa da Conceição e o Campeche. Nelas, vemos que o apelo do surf fomentou toda uma rede de serviços como hotéis, restauran-tes e pousadas, que tem nos surfistas de fora que vem à Floripa em busca das ondas, o seu público principal. E para os nativos que desejam viajar para outros picos de surf pelo mundo, hoje existe uma agência de viagens especializada em realizar a utopia máxima do surf, na busca da tão sonhada “onda perfeita”.

É fato que muitos reclamam (com razão) que a excessiva explo-ração comercial do surf gera um impacto negativo no aumento do crowd e contribui para a aceleração da destruição das belezas naturais de Floripa, coma ocupação desordenada do litoral. Por outro lado, é importante ter em conta que é esta popularização do esporte também permite que tanta gente apaixonada tenha uma vida profissional relacionada ao mundo das ondas. Esta dualidade entre a essência perdida nos tempos românticos, com as possi-bilidades criadas pelo seu sucesso como atividade profissional e comercial, de certa maneira representa o desafio atual do cresci-mento de Floripa como um paraíso ameaçado. Neste cenário, cabe aos surfistas assumir sua parcela de responsabilidade para o cres-cimento sustentável da cidade, preservando o estilo de vida que torna o surf algo tão especial.

s u r f e C u lt

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d r o p a r t

A música era agradável, um saxofone que lembrava melo-dias de jazz. Na tela rolavam cenas de um vídeo de surf. O cheiro de incenso mais uma leve bagunça de pincéis e refe-rências completavam o ambiente. Foi nesse clima agradável que fui recepcionada no ateliê de Danka Umbert. O artista atendeu prontamente ao chamado para produzir a entrevista que vocês acompanham a seguir. O primeiro contato foi pou-cos dias antes, quando Danka estava finalizando a entregar de duas encomendas. Os trabalhos, dois painéis que retra-vam mulheres, seriam expostos na edição do Donna Fashion 2011. E foi assim, em meio a tintas e histórias, que eu co-nheci um pouco mais sobre o jovem artista de 21 anos, que é mais um expoente de Florianópolis.

Qual a sua especialidade?O que eu mais gosto de fazer é ser eu mesmo, então considero essa minha especialidade. Sempre fui autêntico, gosto de ir para a praia, surfar cedo e pintar. Comecei nos desenhos, com 12 anos já traçava os rabiscos, também curto esporte e música. Com o tempo tudo isso foi se misturando e complementando a arte de uma for-ma concreta na minha vida. Hoje estou desenvolvendo trabalhos e pinturas, aproveitando para produzir na rua, mas não posso me considerar um grafiteiro, nem sei se é possível, pois não existe uma regra, uma academia ou alguém que possa me caracterizar como um. Gosto dessa técnica, mas também aprecio aquarela, nanquim, colagem. Na verdade eu tento não utilizar somente uma matéria prima, gosto dessa liberdade de misturar os materias, tra-balhar um pouco de tudo. Isso é permitido na arte, temos muitas opções e é bem vindo. Enfim, cada artista tem uma linguagem e define sua linha, vive uma trajetória buscando referências para evoluir dentro dessa concepção.

Por Caroline Lucena

Define o seu trabalho.Eu não consegui ingressar em uma faculdade, tentei três vezes, então resolvi abrir um ateliê no canto da Lagoa e assumir esse meu estilo de vida como profissão. O meu modo de ser reflete no meu trabalho e por isso não posso copiar ninguém. Eu tenho um dom e muita vontade de ver tudo isso acontecer, por isso faço da minha vida uma arte.

Conte por Conta um pouco sobre as idéias que você já de-senvolveu.Já desenvolvi muitas coisas. Mas nesse momento acabei de en-tregar uma encomenda para o evento de moda Donna Fashion. Foram dois painéis, um trabalho que eu gostei muito de de-senvolver. Sempre apreciei o tema, mas achava que não tinha muito jeito para pintar as mulheres. Temos muitos artistas bons, grandes referências que conseguem retratar a expressão e sen-

Danka testando sua roupa personalizada

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Por Caroline Lucena

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Você gosta de associar seu trabalho com a moda?Eu acho que hoje em dia a moda está meio vulgarizada, muitas pessoas já não sabem definir um conceito. Eu não sei se posso dizer que meu trabalho tem a ver com a moda, mas recentemente surgiu esse convite para pintar esses painéis e participar do Donna Fashion. Confesso que foi uma experiência muito bacana, pois deu para ver que a moda sempre foi muito ligada a outros tipos de arte como a fotografia, a música e a dança. Então, acabei mudando um pouco minha visão, passei a achar que tudo tem a ver. A minha arte tem a ver com o esporte, com a atitude e estilo de vida, a moda está inserida neste contexto e de alguma forma retrata isso.

Como tudo isso começou?Comecei a desenhar na escola. Acho que como alguns outros ar-tistas eu acabava focando minha atenção nos desenhos ao invés de prestar atenção na aula. Já tentei freqüentar alguns cursos, mas sempre com problemas de concentração. Eu tive um contato forte com a arte em casa e em algumas cerimônias indígenas que eu participei isso foi desenvolvendo meu lado criativo. Todo mundo tem um dom, se você acredita acaba evoluindo ao longo da vida, de acordo com suas vivências, alegrias e revoltas.

De onde surgiu essa proposta de pintar Long John?Essa foi uma forma bacana de expor minha arte, que tem muito a ver com os esportes, principalmente o surf e skate. O Ricardo, da Truzz, nos deu essa oportunidade de personalizar algumas roupas de bor-racha. Ele produziu alguns Long Johns brancos, sem muita logotipia e chamou alguns artistas para pintar. Eu, o Douglas Augusto, Cesar Augusto Nogueira e o Daniel Barcellos Ellwanger. Foi muito interes-sante, deu para ver a reação das pessoas e foi um choque porque todo mundo está acostumado com aquela roupa preta. Então uma versão personalizada chama muita a atenção no outside, toda colo-rida. Foi legal, pois deu para notar que ativou a criatividade das pes-soas. Achei muito válido, quem sabe a moda pega. Eu pintei o meu e fiz o teste drive antes de ir para o Peru. Funciona, não prejudica a perfomance e você é reconhecido dentro e fora d’água.

Você curte esse lance de customização?Eu acho que a arte acaba sendo inserida em todo esse meio. Eu desenvolvo muitos trabalhos, já pintei tênis e agora estou produ-zindo umas estampas para o meu patrocinador, a marca Lost. Já fiz desenhos em camisetas e pintei o corpo de pessoas, acho que dá para conciliar. Eu gosto da customização, mas quando ela feita de uma maneira séria e original, sem se prostituir. Dando valor a arte e créditos para o artista.

Qual seu objetivo como artista?O que eu sempre gostei de mostrar ou tentar retratar foi a insani-dade do ser humano, os sentimentos que estão dentro de cada um. Ás vezes não é belo e nem alegre, mas é o que destaca e chama a atenção, pois é real e individual. Acho uma pena que muitas vezes esses sentimentos são os que buscamos esconder. Algumas fraque-zas, vontades e sensação que nos impedem de sermos verdadeiros em nossa essência. Talvez minha arte faça as pessoas refletirem, acho esse aspecto bem importante. Mas o que mais gosto é que eu só coloco as coisas para fora, tudo que vem na minha cabeça e um lado meio louco, sem pretensão de nada, por isso me divirto com a minha arte.

Planos...Estou em um momento especial, querendo mostrar o belo e tocar as pessoas, inspirado por bons artistas que estão espalhados pela ilha. Tenho uma lista de prioridades, mas nesse ano quero explorar bem o meu lado artístico brasileiro, ver se eu seduzo os gringos. Estou buscando apoio e parceiros para fazer uma viagem internacional. Também quero continuar atendendo o meu patrocinador, produzin-do algumas coisas inéditas. Continuar vivendo, surfando e pintando. Coisas que renovam a minha alma.

sibilidade feminina através de sua arte. Como eu estava passando por um momento triste, saindo de uma relação amorosa, acabei mergulhando de cabeça nessa produção. Estava com muita vontade de conhecer o universo das meninas e transportei todo esse desejo nessas telas. O olhar, o carinho, tudo ficou muito intenso e verda-deiro. Pintei com as mãos, mas veio do coração.

Você acha que esse trabalho vai mudar o seu foco como artista? Talvez momentaneamente, não posso dizer que vou fazer isso para sempre, mas eu gosto de experimentar coisas novas. Essa proximi-dade com a moda e com o universo das mulheres mostrou que pos-

so me aventurar. Eu gosto de fazer coisas diferentes, meu trabalho não é muito quadrado, tipo receita de

bolo que você já sabe como vai ser no final. Eu gosto de testar, mesmo que não de certo, quero tentar e saber entender o porquê. Gosto de desafios.

Painel criado para o Donna Fashion 2011

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M E r C a d o N E G r o

Equipe HD em alta atividadeO mês de maio foi movimentado para os atletas da equipe HD, no Brasil, Califórnia, França e até na China. Pablo Pau-lino e Pedro Henrique partiram para os Estados Unidos, com o objetivo de disputar a etapa Prime do Nike 6.0 em Lower Trestles. Ricardo Ferreira participou da etapa do Super Surf Internacional, que abriu a perna brasileira de outono na Plataforma de Atlântida, em Xangri-lá (RS). Leco Salazar embarcou para a Europa e disputa na Bretanha (França), a segunda etapa do mundial de SUP (surf com remo). Leco está em quinto lugar no ranking de 2011, após a etapa de abertura em Sunset Beach, no Hawaii. En-quanto isso, logo no primeiro dia de maio, o atleta número 1 da equipe de skate da HD, Sandro Dias, conquistou o vice-campeonato na segunda etapa do Circuito Mundial de Skate Vertical. Sandro, que já havia aberto a temporada com um quinto no Oi Vert Jam do Rio de Janeiro, concen-tra seus objetivos em busca do hexa. Outro atleta do HD Skate Team que se apresentou bem nos X-Games da Ásia foi Rony Gomes, terceiro no Rio e que agora com uma quarta colocação fica também muito bem posicionado no ranking da temporada. Fique ligando nas novidades e acesse: www.hdsurf.com.br.

Nicoboco esquenta mercado com nova coleçãoA Nicoboco apresenta a coleção Outono/Inverno 2011. De acordo com o co-ordenador de criação Sérgio Ruksenas, os materiais chaves para as estações mais frias do ano são o couro e o reciclato. A coleção Masculina foi inspirada em desenhos gráficos, 3D e muita tecnologia, mantendo o DNA da marca. As cores, além dos tradicionais preto e cinza, ganham destaque as tonalidades de uva e variações do verde. A coleção Feminina teve influências de rua e dos anos 80. Assim, as peças de Outono/Inverno 2011 carregam consigo atitude ao mesmo tempo em que são despojadas e confortáveis. Para elas, os tecidos em xadrez, viscolã e jacquard stretch. As tonalidades passarão pelo preto, roxo e mesclarão tons neutros com cores mais fortes como o pink e verde. Além dos pastéis como o rosa, off-white (variação com cara de branco velho, guardado) e o azul. Outras informações estão disponíveis no site www.nicoboco.com.br.

Atletas Greenish realizam expedição O fotógrafo Aleko Stergiou passou alguns dias com a equipe de atletas da marca Greenish em uma barca pelo Tahiti. Aldemir Calunga, Thiago de Souza e Charlie Brown pegaram ondas de até 4 metros, que rolaram na bancada mais temida do mundo. Teahupoo presenteou os atletas com boas séries. As imagens estão em primeira mão para os internautas no site www.waves.com.br. Para ficar ligado nas notícias e acompanhar as novidades sobre a marca Greenish visite o endereço: www.greenish.com.br.

Mormaii recebe prêmio Fluir/Waves Na noite de 16/05, no Clube Costa Brava, no Rio de Janeiro (RJ), houve a ceri-mônia de entrega do Prêmio Fluir/Waves 2011, com a presença da nata do surf brasileiro. Elaborado pela Agência MXM, o anúncio impresso de uma página da Mormaii foi eleito pelos internautas como o melhor de 2010. A bonita propaganda apresentou os lançamentos em relógios da Mormaii e foi veiculada na Revista Fluir em junho de 2010. A foto sensacional de James Thisted traduziu a pura essência do surf, com a bonita modelo no stand up paddle, comemorando um tubo do surfista Diogo Guerreiro, na Papua Nova Guiné, durante a Volta ao Mundo Destino Azul/Mormaii. A Mormaii agradece a todos que votaram nela e nos atletas de sua equipe, nas 13 categorias em que concorreram. Mais informações no site: www.mormaii.com.br.

HB apresenta lançamento solarA marca HB acaba de lançar um design esportivo de óculos, que foi criado espe-cialmente para atender os apaixonados por adrenalina e boardsports. A leveza do exclusivo material da HB e o Polytech, em combinação com as lentes de curvatura intermediária e hastes largas, proporcionam segurança e resistência, atributos fundamentais para quem busca proteção e conforto durante a prática esportiva. O Rocker pode ser encontrado em diversas cores. Todos os óculos solares da HB ainda possuem o Certificado de Conformidade da ABNT. Isso significa que todo o processo de fabricação, matérias-primas e produto final atendem aos mais ele-vados padrões de qualidade e de segu-rança à saúde visual, proporcionando 100% de proteção contra raios UVA, UVB e UVC para seu usuário. Conheça mais sobre a HB no site: www.hb.com.br.

Test Rider RustyA marca de pranchas Rusty Surfboards promoveu o Test Ride nos dias 9 e 10 de abril na praia Mole, Florianópolis (SC). A competição é dispu-tada no formato Tag Team, que premia a dupla autora da me-lhor performance du-rante os 40 minutos de bateria, utilizando os modelos Fish e de performance. Cada equipe é com-posta por um pro-fissional indicado pela associação de surf local e um test-rider escolhido pelos atletas do time Rusty presentes no evento, Felipe “Gordo” Cesarano e Nathan Brandi. A dupla vencedora foi Tiago Bianchini, atual líder do Circuito Catarinense, e Antônio Neto, surfista local e que testou e aprovou o modelo Choppa. De premiação, os dois encomendaram uma prancha zerada entre os 54 modelos disponíveis no site da Rusty. A próxima edição acontece nos dias 21 e 22 de maio na praia da Baleia, litoral Norte de São Paulo. Para saber mais, acesse o site Test Ride. Mais informações no site: http://www.rusty.com.br.

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S u r f Sobre rodaSPor Caroline Lucena

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Nesta edição, a seção Drop Skate destaca a história de dois ir-mãos que além de surfistas gostam do asfalto. A dupla projetou um skate diferente, pois é dirigido para um público específico. A empresa Surfeeling surgiu em 1999, mas foi em 2003 que Wainer e Wagner Kesterke, determinados a levar a experiência do surf para o asfalto, realizaram um sonho de criança. Fabricar skates. Os detalhes na criação dos quatro modelos vão do outline do shape, adoção de trucks de torsão e fabricação de suas próprias rodas.

Com a correria do dia a dia nem sempre podemos ir à praia. Algumas vezes, mesmo na fissura, o mar está com condições ruins. Pensando nisso, Wainer resgatou uma idéia que teve aos 12 anos. Criar um skate que lembrasse a sensação encontrada no ambien-te do surf. Bastou expor a idéia para o seu irmão Wagner e ambos deram início a uma nova jornada. O projeto levou alguns anos para ser desenvolvido, mas com dedicação total, em março de 2010 o esforço foi recom-pensado, pois saíram do papel para a comer-cialização quatro modelos de skate projetados para surfistas.

As pesquisas começaram no mercado na-cional e logo se expandiram para o cenário internacional. Primeiramente, o produto até foi fabricado no Brasil, mas com a falta de mão-de-obra qualificada e de matéria-prima, foi necessário encontrar parceiros no merca-do exterior. Através de uma busca específica, surgiu o trabalho com a marca de trucks Revenge. A produção do produto é quase artesanal. O sistema da confecção do shape é o mesmo, mas com relação à finalização a idéia é sempre melhorar. Os quatro modelos possuem acabamento em madeira natural e camadas de verniz com base de poliuretano, que torna o material impermeável. Cada de-talhe foi planejado para as manobras, por isso foi preciso atenção com a parte técnica como eixos, rodas, rolamentos e trucks, que ajudam a reproduzir aquela sensação de deslizar so-bre as ondas.

“Em outros países o surf e skate estão in-cluídos na no life style das pessoas e, aqui no Brasil, essa tendência está crescendo rápido. O skate é mais uma alternativa de diversão saudável, usada para curtir sem compromisso. A tendência é se tornar cada vez mais fre-qüente, pois abrange diversas faixas etárias. Se analisarmos, a rua é o ambiente ideal, pois um meio fio (cordão da calçada) pode ser o lip da onda, e uma entrada ou ladeira são locais ideais para uma boa rasgada. Basta usar a imaginação”, declaram os irmãos Kesterke.

Com poucos meses de mercado o produto inovador conquistou os adeptos dos esportes. Para a dupla de irmãos, a força de vontade foi além de um sonho, mas a possibilidade de contribuir para o desenvolvimento do esporte, proporcionando os movimentos do surf nas ruas é gratificante.

“Para quem tem um sonho e uma boa idéia, vale a pena persistir na busca da realização. Por mais sacrifícios e dificuldades que en-contrares, nunca desista, pois com certeza a recompensa vale o esforço para realizar um sonho”, disse Wainer. A dupla garante que vai desenvolver novos produtos, que atendam a necessidades do consumidor. Mais infor-mações nos telefones (48) 3234 3861/ 7811 7320 com Marcio.

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É incrível como o turismo do skate está crescendo em alta velocidade pelo mundo. Um dos principais fatores são os eventos internacionais que vem se destacando nos últimos anos. Com tanta gente viajando pra lá e pra cá com um skate na mão, as empresas de turismos começaram a enxergar o mercado com outros olhos.

O mais interessante é ver as transformações acontecerem. Hoje não é difícil achar uma empresa de turismo que ofereça pacotes de viagens com o skate incluso no roteiro. Um exemplo é o pa-cote para o WoodWard nos Estados Unidos ou na China. Você se hospeda, alimenta e tem simplesmente o maior complexo de skate do mundo feito com muito luxo e tecnologia. É como se fosse uma Disneylândia.

Mas não é só isso que está mudando o turismo. Vários hotéis e pousadas começaram a construir pistas em seus estabelecimentos. Eles acreditam que os filhos possuem força de voz na hora da es-colha, inclusive quando se trata de uma viagem em família, então

Vi Kakinho um dos melhores skatistas amadores da atualidade andando na famosa Pousada Hi Adventure

Por André Barros

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o skate serve para chamar a atenção e fisgar o cliente. Já no caso de um turista que pratica o esporte com certeza vai optar em se hospedar em algum lugar que tenha pista. Aqui em Florianópolis temos o exemplo da Hi Adventure, que é conhecida mundialmen-te. Essa pousada não fica cheia só no verão e ajuda as pousadas vizinhas a ocuparem seus quartos com skatistas que querem ficar próximos da pista. “Além do skate ser uma ótima opção recreati-va, a pista traz muitos retornos de mídia. Qualquer um que tenha pista de skate, sempre será visitado por profissionais do ramo para

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fazer matérias. No meu caso por exemplo, já tive clip musical na MTV, propagandas e até no programa da Xuxa. Imagina quanto vale um espaço desse na Globo.”, disse Rafael Bandarra, proprietá-rio da pousada.

Em Porto Alegre temos o Hotel Fazenda Cambará. Os proprietá-rios do Haras transformaram os estábulos em quartos e na área de lazer improvisaram vários brinquedos de skate para seus clien-tes mais radicais. Na última vez que eu fui, haviam 65 skatistas hospedados, pagando em média 50 reais pela diária com café da manhã. Em Búzios, Rio de Janeiro, a rede Jamaicana Breeze Resort investiu em uma área de skate de alto nível nomeada de skate Sandro Dias, o penta campeão mundial. E não para por aí. As empresas e construtoras já estão incluindo pistas para a prática da modalidade na área de lazer dos novos condomínios. Outro dia recebi o telefonema de um empresário que vai construir outro con-domínio no Rio Tavares. A proposta é reunir casas com terrenos grandes, segurança, área de lazer e muita natureza. “Quero colocar uma pista de skate nesse condomínio, meu filho anda e me per-turba o saco pra ter uma em casa. Sei que muitos filhos gostam do esporte e uma construção no condomínio resolve o problema de todos” disse o empresário entusiasmado com o projeto e pensando em usar o artifício como argumento na hora das vendas.

Com esse crescimento incrível de construções particulares, tive-mos a idéia de abrir uma empresa que projeta pistas de concreto. Não por opção financeira, mas sim para atender a todos que querem fazer um bowl ou desejam ter uma pista em casa. Junto com o Leo Kakinho, especialista em transições de concreto e com o arquiteto Fernando Peixe, responsável pelo projeto arquitetônico de todas as pistas aqui do RTMF, agregamos nossos conhecimentos para garantir qualidade e perfeição. Se você está pensando em criar um atrativo para o seu empreendimento, construa uma pista de skate e atinja o público do segundo esporte que mais cresce no Brasil.

Pista feita pela empresa Flyramp no Resort

Breezes Buzios

Pedro aproveitando um dos brinquedos do hotel fazenda Cambara no Rio Grande do Sul

Por André Barros

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