Jornal dunas páscoa 2015

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Jornal do Agrupamento de Escolas de Mira . ano IV . nº 14 . Março 2015 . trimestral Propriedade do Agrupamento de Escolas de Mira Rua Óscar Moreira da Silva, 3070 . 330, Mira / Telf.: 231 458 512 / 231 458 682 / Fax: 231 458 685 / email: www.wscolasdemira.pt Diretor: Fernando Rovira - Coordenação: Fátima Bica | José Carlos Jesus | Alexandra Coimbra Mira em festa

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Jornal Escolar - Páscoa 2015

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Jornal do Agrupamento de Escolas de Mira . ano IV . nº 14 . Março 2015 . trimestralPropriedade do Agrupamento de Escolas de MiraRua Óscar Moreira da Silva, 3070 . 330, Mira / Telf.: 231 458 512 / 231 458 682 / Fax: 231 458 685 / email: www.wscolasdemira.ptDiretor: Fernando Rovira - Coordenação: Fátima Bica | José Carlos Jesus | Alexandra Coimbra

Mira em festa

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DIA DO PAI - EB1 de Seixo

Na EB1 de Seixo, o dia 19 de março foi muito especial. No âmbito da época festiva que se aproxima, a Páscoa, iniciámos a

manhã com a confecção do folar da Páscoa, que ficou bastante saboroso e com uma belíssima apresentação.

Estes bolinhos, preparados com bastante carinho, foram servidos no lanche partilhado que oferecemos aos Pais que vieram à escola, a nosso convite, celebrar o seu dia.

Para tal, houve dois momentos importantes que assinalaram esta data e que proporcionaram uma interação e proximidade entre pai e filho e o convívio entre todos os Pais, Alunos, Professores a Senhoras Assistentes Operacionais.

Num primeiro momento, cada turma, dentro da sua sala, promoveu uma exposição intitulada “Eu e o meu pai” com trabalhos de escrita cria-tiva, desenho e pintura realizados pelas crianças.

De seguida, as crianças declamaram poemas alusivos ao Pai e ento-

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Editorial

aram uma canção da autoria dos alunos do 2.º ano. Posteriormente, as crianças convidaram e envolveram os Pais numa atividade de desenho e escrita num painel, previamente preparado para o efeito, onde se pre-tendia que deixassem o registo da sua opinião sobre esta relação tão importante de amor e partilha entre pai e filho.

Para finalizar a celebração, houve um lanche convívio entre todos. Por outras palavras, foi um momento de grande emoção, onde o resul-

tado dos trabalhos surpreenderam, mostrando que os pais são bastante criativos e empenhados quando solicitados a participar e a interagir na vida escolar dos seus educandos.

A atividade desenvolvida revelou-se uma ocasião de grande cumplici-dade e alegria.

A todos um bem haja!Alunos, Professores e Sras. Assistentes OperacionaisSeixo, 19 de março de 2015

Renovação

Sempre que um determinado acontecimen-to, de reconhecido relevo, surge no horizonte, o homem sente-se compelido a consultar os poetas e a sabedoria popular, buscando neles os ensinamentos para melhor analisar ou en-frentar a vida.

Assim faz também o Dunas, neste editorial, a propósito de mudança e de renovação. Quem não reconhece o verso “todo o mundo é com-posto de mudança.”? Quem não se lembra da expressão popular “Atrás de tempos vêm tempos.”? Voz do povo voz de Deus, concorda-mos; voz do poeta, voz inspirada e inspiradora, acrescentaremos. Vejamos como.

A primavera voltou. O segundo período aca-bou. Mais um ano letivo espreita já o seu ocaso. Pelo caminho, mais uma festa de finalistas, que nos trouxe outros finalistas, de outras “eras”. À nossa volta, um mundo em ebulição, uma sociedade sem tempo, famílias sem tempo, alu-nos sem tempo, professores sem tempo. Evo-camos, saudosos, o tempo em que tínhamos tempo… Lamentamos o tempo que gastamos (ou perdemos?) com burocracias, com papéis “a esquecer”… Apetece desistir…

A literatura, porém, ensina que “não pode-mos desistir” e, por isso, este é de novo um tempo de agir. Para muitos, vive-se a Quaresma, tempo de reflexão e de preparação, ideal, por-

tanto para definir metas e projetar horizontes. Para muitos, aproxima-se a Páscoa, tempo de celebração, de júbilo, e excelente, consequen-temente, para um “novo” recomeço.

E de repente, até faz sentido. E se eu acredi-tar? E se eu sonhar? E se eu quiser fazer par-te do mundo novo que floresce à minha volta quer eu queira, quer não? E se junto a mim houver alguém que veja mais além? E se?...

É certo que os tempos são difíceis. É certo que a Escola enfrenta dificuldades e desafios como nunca. É certo que a incerteza parece instalada e que o amanhã parece mais cinzento do que o hoje. É certo. Mas, (ninguém duvide!), é na escola que habita “o sonho”, é na escola que nasce a esperança a cada dia, aqui, ali, acolá. É na escola que aprendemos que há mundos possíveis, que podemos ir mais além, porque outros também já foram mais além.

É preciso acreditar, é preciso trabalhar, é preciso olhar com aquele juvenil sorriso de ir-resistível contágio. Só temos que, todos juntos, neste cantinho “da Ocidental praia Lusitana”, compreender e aceitar o desafio dos nossos tempos. Dar o melhor de nós, em nome de um futuro que todos desejamos e tememos não atingir. É tempo de derrotar novos Adamasto-res. A primavera assim o exige. Renovemos o nosso querer.

Boas férias! Feliz Páscoa!

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ACONTECEU NA NOSSA ESCOLA 3

Eclipse do sol

No dia 20 de mar-ço de 2015, das 8h às 10h, e atingindo o pico máximo cerca das 9h, ocorreu um eclipse total do sol, visível parcialmente em Por-tugal. As percentagens de área solar coberta variou de distrito para distrito (62% a 74%), bem como os instantes em que o eclipse se iniciou, terminou e atingiu o seu máximo.

Este fenómeno despertava naturalmente a curiosidade da humanidade, especialmente das crianças e jovens e prestava-se a ser discutido no contexto de sala de aula, designadamente no que se refere à sua explicação científica.

Apesar de o S. Pedro não ter “alinhado” nos “festejos” e o céu ter estado nublado, tal não esmoreceu o entusiasmo dos apaixonados pela astronomia e, guiados pelo professor Carlos Se-abra, os alunos puderam fazer o visionamento daquele fenómeno raro que só se repetirá, “por estas bandas”, daqui a onze anos.

Carnaval

No passado dia 13 de feve-reiro de 2015 realizou-se mais um desfile de Carnaval com todos os Jardins de Infância e Escolas do Agrupamento de Escolas de Mira subordinado ao tema “Em Defesa da Flores-ta”. A Unidade de Ensino es-truturado para a Educação de alunos com perturbações do espectro do Autismo 2 tam-bém participou neste desfile.

Assim, no seguimento da leitura da obra de Sophia de Mello Breyner Andressen na nossa sala, pareceu-nos que a representação desta obra se-ria a mais adequada ao tema pela mensagem transmitida: “- Oriana - disse a Rainha das Fadas -, entrego-te esta flores-ta. Todos os homens, animais e plantas que aqui vivem, de hoje em diante, ficam à tua

guarda. Tu és a fada desta flo-resta. Promete-me que nunca a hás de abandonar.” Nessa floresta também havia “uma velha muito velha, tão curva-da, tão enrugada e tão sozinha, que passava os dias inteiros a resmungar e a suspirar. O trabalho da velha era apanhar ramos secos que depois ia-vender à cidade.” Também são personagens da obra o lenha-dor, o moleiro que a vender farinha à cidade e o Homem Muito Rico, careca como um ovo, que não tinha nem mu-lher, nem filhos, nem amigos. Só tinha criados. O peixe, que Oriana salvou de morrer fora de água, é uma personagem que teria obrigatoriamente de ser representado pois foi ele que levou Oriana a quase esquecer a sua missão de de-fesa da floresta. Foi atribuído a cada um dos alunos o papel de uma das personagens da obra.

Todos adultos que trabalham diariamente com eles também participaram no desfile e tive-ram aqui apenas um papel se-cundário sendo as árvores da floresta que “protegem” todos os seus habitantes!

Os Encarregados de Educa-ção mostraram-se muito agra-dados com a participação dos seus educandos neste desfile. Tal como as docentes, consi-deram que, apesar de serem diferentes, devem ser incluí-dos na comunidade e são me-recedores de participar nestes eventos. A inclusão dos alunos com Necessidades Educativas Especiais deve, cada vez mais, passar da teoria à prática e ser alargada a contextos diferen-tes dos escolares no sentido de se desenvolverem compe-tências sociais imprescindíveis para estes alunos.

As docentes da UEEA 2

Dia do Pai

Para encerrar este segundo período de forma diferente, as docentes da Unidade de Ensino estruturado para a Educação de alunos com per-turbações do espectro do Autismo 2 realizaram uma atividade “despor-tiva” para comemorar o Dia do Pai. À semelhança do que tem sido feito para o Dia da Mãe, e a pedido das mesmas que disseram que os pais se sentiam preteridos, alargou-se a comemoração ao outro progenitor.

O professor Francisco Martins, docente de Psicomotricidade destes alunos, idealizou atividades específicas da sua área para os alunos realiza-rem com os pais no pavilhão desportivo. Os pais participaram com muito entusiasmo e “vaidosos” trajando a prenda que os filhos lhes ofereceram! Os alunos ofereceram ainda uma planta, resultado do seu trabalho na área da Floricultura. Após o esforço físico, todos retemperaram energias com um lanchinho bem merecido.

Esta atividade contribuiu para os pais conhecerem, na prática, as ativi-dades que os alunos realizam nas áreas da Psicomotricidade e da Flori-cultura dos respetivos Currículos Específicos Individuais. Ajudou ainda a fortificar os laços existentes entre pais e filhos, mas também destes com os vários elementos da comunidade educativa que convivem diariamente com estes alunos. Todos se sentiram realizados com este momento de convívio e mostraram vontade em repetir a experiência no próximo ano letivo! As docentes da UEEA 2

Brincar ao Carnaval No dia 13 de feve-

reiro, na nossa escola, foi dia de brincar ao Carnaval.

Foi muito diverti-do!

Uns eram abe-lhinhas irrequietas, outros eram as árvo-res onde as abelhas podiam deliciar-se com o pólen das suas flores, outros, ainda, eram formigas. Pois onde há mel tem que haver formiguinhas gulosas. Tivemos também um pica-pau.

Até a nossa professora se vestiu de árvore, uma árvore muito criativa. Enfim, um cheirinho a floresta. Afinal foi sobre a floresta que andámos a trabalhar. 2ºI - Mira

Ao microscópio- Carapelhos

A atividade centrada na obra “Da horta para a compostagem”, de Maria António Azevedo, passou a sua caravana pelo jardim de infância dos Carapelhos, com o laboratório portátil bem apetrechado.

Depois da história contada, os meninos fo-ram conhecer, de perto, as suas personagens: minhocas, aranhas, bichinhos de conta, caracóis, lesmas... e quando os olhos não che-garam, usaram-se as lupas e os mi-croscópios!

Foi entusiasmo garantido!

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Roboparty

O Agrupamento de Escolas de Mira participou, com duas equipas, na 9ª edição da RoboParty, que decorreu nos dias 19 a 21 de março de 2015, no Pavilhão Des-portivo da Universidade do Minho, em Guimarães, onde mais de 500 jovens apreenderam a construir e programar robôs móveis e autónomos.

Este evento pedagógico é organizado pela Universidade do Minho (Grupo de Automação, Controlo e Robótica do Dep. De Eletrónica Industrial, da Escola de Engenharia) e pela empresa SAR – Soluções de Automação e Robótica, Lda, que é uma Spin-Off da Universidade do Minho, e en-sina a construir robôs móveis autónomos de uma forma simples e muito animada, em equipas de 4 pessoas, e num ambiente de entreajuda e fair-play.

Trata-se de um evento de 3 dias e 2 noites, non-stop, onde os jovens trazem um saco cama e um computador, e passam o tempo a construir e programar um robô com as suas próprias mãos – no final o robô fica para a equipa.

Este ano, estavam inscritas 142 equipas provenientes dos mais variados pontos de norte a sul do país e ilhas (Açores e Madeira), inclusive uma equipa vinda expressa-mente do Brasil, o que traduz o sucesso do evento. A faixa etária predominante era entre os 15 e os 18 anos, tendo o participante mais novo 6 anos e o mais velho 65 anos de experiência de vida.

Fonte: APEEMIra

4 ACONTECEU NA NOSSA ESCOLA

Exposição dos trabalhos de Educação Tecnológica

No âmbito da discipli-na de Educação Tecnoló-gica, estando a desenvol-ver com os alunos das turmas dos 7ºe 8º anos a temática carnaval, foram desenvolvidos uma série de projetos, designada-mente:

A elaboração de um conjunto de máscaras construídas com materiais em gesso, técnica de papel machê, acrílicos, pintadas e decoradas com acessórios vários, que se ajus-taram à época do carnaval, bem como trabalhos manuais utilizando várias técnicas e vários materiais alusivos à qua-dra da Páscoa.

O Grupo de Físico-Quí-mica e os alunos do sétimo e oitavo anos da nossa es-cola organizaram, na última semana do mês de janeiro do corrente ano, uma ex-posição de representações à escala do sistema solar e de estruturas moleculares de algumas substâncias. A mesma foi montada no Bloco E, junto à cantina, tendo, por isso, captado a atenção de alunos e mem-bros do corpo docente e não docente.

Esta mostra surgiu na fase final de uma ativida-de prática proposta pelos professores da disciplina, Ana Seabra, Carlos Seabra e Graça Damas, que apro-veitaram a oportunidade para abordar conteúdos do programa de uma maneira diferente. A tarefa foi suge-rida como projeto indivi-dual ou de pequeno grupo, o que resultou numa gran-de quantidade de trabalhos finais produzidos.

Não menos importante,

é de salientar, por outro lado, a variedade nas inter-pretações feitas pelos alu-nos, espelhadas não só no alargado leque de materiais utilizados, mas também na maneira como apresen-taram os planetas e dis-

tâncias relativas. No geral, podemos considerar que as ideias de cada maquete são complementares, con-tribuindo para a coesão e pertinência da exposição.

Ficam aqui as fotos que o comprovam…

Sistema Solar

Grupo disciplinar das Ciências da Natureza

Visita de Estudo No dia 5 de fevereiro, os alunos do

5º ano da Escola Básica de Mira fizeram uma visita de estudo à Fábrica Centro de Ciência Viva – Aveiro, para participarem nas múltiplas atividades colocadas à dis-posição dos alunos e também assistiram a uma peça de teatro com o título “No jardim do Rapaz de Bronze” no Centro Cultural e Congressos de Aveiro. Foram atingidos plenamente todos os objetivos propostos, a saber: desenvolver o gosto pela leitura e o gosto pela arte de repre-sentar, interagir com o universo criado pelos atores da peça, proporcionar o convívio in-terturmas, contribuindo para a formação cívica dos alunos bem como conhecer espaços e realidades diferentes e desenvolver o gosto pelos conhecimentos científicos através da realização de atividades lúdicas. Estas atividades foram do agrado dos alunos e dos acompanhantes que regressaram mais enriquecidos e satisfeitos de um dia diferente.

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Realizou-se, no dia treze de março, a visita conjunta dos oitavos anos da nossa escola. Um grupo de cer-ca de 60 alunos, acompa-nhados por 7 professores, rumou para este, numa manhã solarenga, parti-cipando numa atividade envolvendo as disciplinas de Ciências Naturais, Ci-ências Físico-Químicas, Português, História e Ge-ografia.

A primeira paragem ocorreu no cimo da ser-ra do Bussaco, onde visi-támos a Igreja e o Museu alusivo à Batalha do Bus-saco, em que a aliança en-tre as tropas luso-inglesas travou de forma decisiva a invasão das tropas na-poleónicas.

Depois, rumamos à sempre deslumbrante e acolhedora cidade de Coimbra, percorrendo as suas principais artérias e dirigimo-nos para o em-blemático Jardim Botânico desfrutando da sua única e universal flora, onde almo-

çamos em ambiente de sã camaradagem.

No início da tarde, diri-gimo-nos à margem sul do Mondego, a fim de visitar o Exploratório Astronómico onde os alunos se pude-ram deleitar com o mode-lo recreativo da abóbada Celeste e, de forma inte-rativa, desenvolver todo o tipo de experiências.

Por último, passamos pelo Fórum Coimbra, onde aos alunos foi con-cedido um tempo para uti-lizarem a seu belo prazer numa faceta mais urbana e cosmopolita.

O balanço da Visita de estudo foi muito positivo.

X.C

5ACONTECEU NA NOSSA ESCOLA

Visita de estudoDas cristas serranas passando pela flora pombalina até às margens calmas do Mondego

Visita de estudo a Villa Ramadas

No dia 26 de fevereiro, a turma E do 11ºano e a turma F do 9º ano visitaramVillaRamadas, um dos mais concei-tuados centros da Europa especializado no tratamento da doença da adição e em programas de desenvolvimento. Este centro fica situado em Alcobaça no meio da vegeta-ção e longe do centro urbano.

Na primeira parte da visita, fomos recebidos por uma das psicólogas do centro que informou os alunos do seu funcionamento e das adições ali tratadas.

Posteriormente, dois dos residentes prestaram-se ama-velmente a dar o seu testemunho, falando sobre todo o sofrimento por que já passaram, tal como das angústias das suas famílias. Um destes jovens além de ser ator de telenovelas estava a frequentar o último ano de medicina, largando tudo pelo álcool e pela droga.

Foi muito chocante o testemunho dos dois jovens e os nossos alunos portaram-se com todo o respeito perante a sua dor, mostrando uma sensibilidade muito grande.

Todos os alunos mostraram desejo de voltar a Villa Ra-madas para o próximo ano e eu , pessoalmente, considero que este deve ser um destino a focar nos projetos futuros de visitas de estudo, por ser um testemunho real de si-tuações complicadas com que os alunos devem ser con-frontados e pelo aspeto pedagógico, devido á formação que a psicóloga dá relativamente às várias adições, não só drogas e álcool.

Graciete e Carla LeiteA nossa visita de estudo

No dia 20 de janeiro a Escola Básica de Mira rea-lizou uma visita de estudo a Aveiro. Fomos à Fabrica da Ciência e ao Navio Sto André.

Adorámos!Na Fábrica da Ciência

fizemos pão, vimos como funcionam os robots e até aprendemos a fazer pasta de dentes.

À tarde, depois do al-moço, um repasto do me-lhor, no Parque Oudinot, fomos visitar o navio.

Foi muito interessante. Aprendemos muitas coisas so-bre a pesca do bacalhau.

Depois, na sala, a professora mostrou no mapa onde fica a Terra Nova e os países nórdicos. São os locais onde se pesca o bacalhau.

No final das visitas ainda tivemos tempo para brincar um pouco. Fizemos vários jogos, à apanhada, ao lencinho, às escondidas…

Foi um dia diferente, mas muito cheio de novidades e novas aprendizagens.

A turma do 2ºI - Mira

Juntar o útil ao agradável

No âmbito da disciplina de Ordenamento do Territó-rio, o 10º D viu chegada a altura de desenvolver o trabalho de projeto associado ao módulo 3: Impactes das ativida-des humanas sobre o território, e, com a chegada ao fim do longo e trabalhoso 2º período, a turma e a respetiva professora rumaram ao ecossistema da Lagoa, espaço ver-de que servirá como base de trabalho para as metodolo-gias a desenvolver.

Com esta saída de campo, o grupo visou atingir dois objetivos: primeiro, implementar no terreno um eventual modelo de projeto a desenvolver nos seus trabalhos indi-viduais, procedendo em conjunto e de forma experimental à sistematização de todas as etapas; por outro lado, esta atividade será coroada com um lanche partilhado que ali-mentará laços de afeto e de partilha, bem como servirá de mote a uma comemoração à chegada da primavera.

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6BIBLIOTECA ESCOLAR

Alunos do Ensino Profissional vieram à Biblioteca conhecer o portal PORDATA

No dia 4 de fevereiro, de manhã, as turmas D, dos 10.º, 11.º e 12.º anos, e as turmas E, dos 10.º e 11.º anos, esti-veram na Biblioteca da ES/3 Dr.ª Maria Cândida a fim de conhecerem o portal PORDATA.

Em duas ses-sões de 90 minu-tos, orientadas pelo Dr. Renato Antunes, elemento da Fundação Fran-cisco Manuel dos Santos, os alunos foram esclarecidos das virtualidades do portal, visualizando exemplos concretos e próximos dos seus interesses.

No final, graças à empatia estabelecida com o formador e com a sua dinâmica expositiva, a satisfação geral foi evi-dente.

O portal do INE e o projeto ALEA estiveram em foco na Biblioteca

Também com organização da Equipa das Bibliotecas Escolares, no dia 4 de fevereiro, no período da tarde, teve lugar uma ação formativa sobre o portal do Ins-tituto Nacional de Estatística e o projeto ALEA, orientada pela Dr.ª Olga Bessa Mendes.

Ao longo de três horas, a vintena de professores e ele-mentos adstritos às bibliotecas escolares e concelhias com-preenderam como é possível trabalhar a partir do portal e até a forma lúdica como se pode encarar a estatística!

As Bibliotecas de Portomar e de Praia de Mira andam muito animadas!

Nas Bibliote-cas Escolares de Praia de Mira e de Portomar, para além do serviço regular de requi-sição de livros, a equipa BE pros-segue com a dina-mização de ações que promovem a leitura e a escrita, de que são exem-plo o concurso Super Leitor e a Hora do Conto.

Desta feita, a prof.ª Augusta Pessoa dinamizou, neste pe-ríodo, para as turmas do pré-escolar e do 1.ºCEB das duas escolas, dezasseis sessões de contos, em que, a partir da leitura das obras de Isabel Minhós Martins, “Ovelhinha, dá-me lã”, “Nunca vi uma bicicleta e os patos não me largam”, “Andar por aí”, e de um livro de Pedro Seromenho, “Felismina Cartolina e João Papelão: uma paixão de papel e cartão”, foram propostas múltiplas atividades, plásticas, dramáticas e de movimento, adaptadas à idade dos participantes.

E, tal como é habitual, os alunos mostraram um enorme apreço por estes momentos!

O Projeto À La Carte continua

O Projeto À La Carte, com o imprescindível apoio do mi-niautocarro da Câmara Municipal de Mira, que transporta os alunos do pré-escolar e 1.ºCEB até à Biblioteca da EB de Mira, continua a animar a leitura!

Nas dez sessões realizadas, em que foram participan-tes os alunos do pré-escolar de Carapelhos, Casal de São Tomé, Lentisqueira e Praia de Mira, bem como as turmas do 1.ºCEB de Carapelhos e Lagoa, o 1.ºano de Portomar e o 1.º/2.ºano de Seixo, as animações de leitura apresentadas pela professora bibliotecária versaram “O cão mal desenha-do”, de Emma Dodson, “O fato novo do rei”, de Xosé Balles-teros, “O bicharoco que era oco”, de Ana Ventura, “Porque é que os animais não conduzem” e “As gravatas do meu pai”, de Pedro Seromenho.

Para os explorar, foram utilizadas estratégias diversifica-das, tais como o desenho, a coloração com marcadores e lápis de cor, a escrita de balões de banda desenhada, a pintura com guache e a dramatização.

Os resultados foram sempre maravilhosos, fazendo per-durar nos gestos e nos objetos a magia dos contos.

Os alunos do 1.ºCEB vibraram com a visita de Pedro Seromenho!

Os alunos do 1.ºCEB do nosso Agrupamento tive-ram, a 10 de março, um presente espe-cial: conheceram e interagiram com o escritor e ilustrador Pedro Seromenho!

Algum tempo an-tes, pela mão dos seus professores, ti-nham iniciado o contacto com a sua obra, tinham folheado os livros disponíveis nas suas escolas, e, em múltiplas sessões de “Hora do Conto”, dinamizadas nas Biblio-tecas do Agrupamento, tinham ouvido e trabalhado algumas das suas obras!

Por isso, chegado o grande dia, foi com muita emoção que eles acolheram o autor e participaram no re-conto das histórias, seguiram as suas palavras e gestos e muito admiraram a destreza do seu traço quando desenhava…

Findos os encontros, que se repartiram por três maravilhosos momentos, sentiu-se o quanto tinham gostado de Pedro Sero-menho e como a sua vinda tinha dignificado, a seus olhos, o ato de ler e escrever.

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7DESPORTO

CLUBE DE TÉNIS DE MESA

O Clube de Ténis de Mesa da Escola Básica de Mira tem revelado excelentes executantes na mo-dalidade. Os resultados são francamente bons e ali-ciantes para dar continuidade a este grupo/equipa. A cooperação na organização dos jogos, o “Fair-Play” sempre presente nos treinos e nas compe-tições interescolas foi uma premissa incontorná-vel aos alunos envolvidos neste clube. É visível a evolução no saber estar dos alunos participantes, o relacionamento com os colegas da escola e das escolas envolvidas na “nossa” série competitiva. A prática desportiva regular tem ajudado imenso no crescimento e maturidade dos alunos.

Apresentamos os resultados gerais das três con-centrações realizadas na série “D” (E.B. de Mira, E.B. de Cantanhede e E.B. de Arazede):

INFANTIS A - MASCULINOClass. Aluno Escola Pontos1º Guilherme Silva Mira 252º Guilherme Pereira Mira 233º João Távora Mira 204º Tomás André Mira 195º Rodrigo Rocha Mira 116º Tomás Reigota Mira 117º Filipe Campos Mira 118º Cristiano Fernandes Mira 69º João Cavaleiro Mira 510º Daniel Santos Arazede 311º Luís Ferreira Mira 312º Micael Cardoso Mira 313º Francisco Ramos Mira 214º João Jesus Mira 21 Encontro Rafael Cavaco Mira

INFANTIS B - MASCULINOClass. Aluno Escola Pontos1º João Sérgio Mira 182º Tiago Rosa Mira 163º João Encarnação Mira 154º David Pereira Arazede 145º João Gabriel Mira 136º Diogo Jorge Arazede 127º João Patarra Mira 118º Francisco Miranda Mira 89º João Caniceiro Arazede 810º Emanuel Fernandes Mira 511º Diogo Freitas Mira 512º Diogo Simões Mira 313º Francisco Graça Mira 314º Cláudio Bispo Arazede 315º Tiago Reis Cantanhede 316º Tiago Buco Cantanhede 317º Afonso Caleia Cantanhede 318º Rúben Ribeiro Arazede 21 Encontro David Valente Arazede 1 Encontro David Pereira Mira 1 Encontro Rodrigo Fernandes Mira

INFANTIS A - MASCULINOClass. Aluno Escola Pontos1º Carolina Pires Arazede 272º Filomena Abrantes Mira 243º Laura Santos Mira 194º Lara Tavares Mira 165º Carolina Griné Mira 14

INICIADOS - MASCULINOClass. Aluno Escola Pontos13º Nuno Carvalho Mira 21 Encontro Gonçalo Silva Mira

21. janeiro de 2015 - Escola Básica de Mira

25. fevereiro de 2015 - Escola Básica de Cantanhede

11. março de 2015 - Escola Básica de Arazede

O Ténis de Mesa é Fixe!

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8 DESPORTO

CLUBE DE XADREZ

O Clube de Xadrez concluiu as competições interescolas nas quais se encontrava envolvido. Os resultados são aliciantes e premeiam o esforço, empenho e dedicação dos alunos inscritos neste clube. Mas, acima de tudo, o mais importante é o convívio, o respeito, o espírito de solidarie-dade criados neste espaço de aprendizagem e simultaneamente de lazer. Observou-se um crescimento e evolução muito positiva nos alunos ins-critos neste Clube do Desporto Escolar, é notória a melhoria nas atitudes e comportamentos que revelaram nas mais diversas situações (treinos/competição). O desenvolvimento do raciocínio, da estratégia, da concen-tração melhoraram imenso e sem stress. O xadrez é uma modalidade acessível a todos, o importante é acreditar que somos capazes de jogar e ganhar, basta colocar os nossos neurónios em ação. Vamos continuar com os treinos e organizar mais torneios.

Apresentamos a classificação geral da “Nossa” Escola nas competições em que participou:

CIRCUITO DISTRITAL ESCOLAR DE XADREZ DE COIMBRA – 2015CLASSIFICAÇÃO FINAL – EQUIPAS

ESCALÃO LUGAR ESCOLA

INFANTIS B 1º INSTITUTO PEDRO HISPANO 2º COLÉGIO DA IMACULADA CONCEIÇÃO 3º EB MIRA 4º AE EUGÉNIO DE CASTRO INFANTIS A 1º INSTITUTO PEDRO HISPANO 2º EB MIRA 3º COLÉGIO DA IMACULADA CONCEIÇÃO 4º AE MONTEMOR-O-VELHO 5º AE EUGÉNIO DE CASTRO INFANTIS - FEMININO 1º INSTITUTO PEDRO HISPANO 2º EB MIRA 3º COLÉGIO DA IMACULADA CONCEIÇÃO

14. janeiro de 2015 - CAIC– Coimbra

04. março de 2015 – Montemor o Velho

13-03-2015

O Xadrez é Espetacular! Saudações Desportivas

O Professor Responsável

RDâmaso

IIº TORNEIO DE TÉNIS do Desporto Escolar27 de janeiro de 2015

No passado dia 27 de janeiro de 2015, decorreu o 2º Torneio de Ténis de Campo do Desporto Es-colar, no Clube Escola de Ténis de Cantanhede, na presença de cerca de 40 atletas dos escalões iniciados e juvenis. A Escola Sec. Drª Mª Cân-dida de Mira esteve presente com 16 atletas.

Quanto aos resultados, nos Ini-ciados Femininos, sagrou-se vence-dora Nicole Reis, do AE de Tábua, e finalista a atleta Inês Carvalho da E.B. 2,3 de Ceira. No escalão Inicia-dos Masculinos, sagrou-se vencedor Henrique Mourão, da E.B. 2,3 Drª Mª Alice Gouveia e finalista o atleta David Guerra, da Esc. Sec. Drª Mª Cândi-da de Mira. Tendo também conquistado o 3ºlugar pelo Gabriel Santos.

Relativamente aos resultados, nos Juvenis Femininos, sagrou-se ven-cedora Carolina Dias, do Agrupamento de Escolas Lima-de-Faria, Can-tanhede, e finalista a atleta Ana Rosa, da E.B. 2,3 de Ceira. No escalão Juvenis Masculinos, sagrou-se vencedor Bernardo Fernandes, e finalista o atleta Gabriel Correia, ambos do Agrupamento de Escolas Lima-de-Faria, Cantanhede.

REMO

Dando provas do dinamismo que o caracteriza, o Centro de Formação de Desportos Náuticos do Agrupamento de Escolas de Mira organizou um encontro que juntou diversas escolas/agrupamentos nas modalidades de remo e canoagem e que decorreu, com agrado geral, na Barrinha da Praia de Mira,.

Participaram, para além do nosso agrupamento, o Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho e o Agrupamento de Escolas de Coim-bra Oeste, com evidentes ganhos a todos os níveis para os jovens que partilharam a Barrinha, espaço de eleição do nosso concelho para os desportos desta índole.

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AGENDA

BIBLIOTECA ESCOLAR

Biblioteca itinerante…

No âmbito do projeto “Ideias com Mérito”, as professo-ras Cândida Siegle e Raquel Laranjeiro deslocaram-se aos Jardins de Infância de Carapelhos, Casal de São Tomé, Lentisqueira, Mira e Praia de Mira, para apresentarem, às oito salas, uma atividade centrada na obra “Da Horta para a Compostagem”, de Maria Antónia de Azevedo.

Depois da história contada, os meninos conheceram, de perto e ao vivo, as suas personagens: minhocas, aranhas, bichinhos de conta, caracóis, lesmas... e quando os olhos não chegaram, usaram-se as lupas e os microscópios que as duas professoras levaram, experimentando a ciência a sério! Foi entusiasmo garantido!

A água “inundou” a Biblioteca

Para acertar o passo com o programa de Ciências Na-turais, a equipa BE concebeu uma ação em torno do ciclo da água, em que participa-ram, de forma individualiza-da, o pré-escolar de Porto-mar, as cinco turmas dos 4.º e 5.ºanos da EB de Mira, a Unidade 1 e os meninos do projeto Caminhos Diferentes.

Para iniciar as atividades, houve leitura mediada, pela prof.ª Cândida Siegle, de “A viagem da gotinha”, de Rita Duarte (para os mais pe-queninos), o “Planeta azul”, de Luísa Ducla Soares, e “A menina gotinha de água”, de Papiniano Carlos, o qual foi transformado pelos alunos num ritmado rap.

Seguiu-se o aprofunda-mento científico, feito pela prof.ª Raquel Laranjeiro, que “reviu” a matéria com base em posters e fez uma de-monstração experimental do ciclo da água, para que não restassem dúvidas. No final, promoveu-se uma pequena dramatização, que sintetizou a informação.

Todos disseram ter gostado a valer desta aula de Ciên-cias diferente!

Mês da Leitura

De 2 a 16 de março e de 10 a 22 de abril celebra-se o mês da lei-tura nas Bibliotecas e Escolas do Agrupamento de Escolas de Mira.

Do programa constam ativida-des muito variadas, onde pontuam sessões de contos para o pré-es-colar, 1.º, 2.º e 3.º CEB, a vinda de cinco autores, ações de sensibili-zação à leitura e uma tertúlia aber-ta à comunidade.

Estão envolvidos, como dinami-zadores, os escritores Álvaro Magalhães e Ana Ventura, os escritores/ilustradores Pedro Seromenho e Sofia Souto Moniz, o cientista polar José Xavier, o escultor Alves André, os ecologistas Jorge Paiva e Patrícia Sá, músicos, inúme-ros pais e familiares de alunos, professores e voluntários de leitura.

Fazendo jus ao mote proposto pela RBE, em todas as Bibliotecas Escolares ecoarão “Palavras do Mundo”.

O escritor Álvaro Magalhães esteve em Mira

No passado dia 9 de março, os alunos de 5.º e 6.ºano, bem como o 7.º B e o 7.ºE, encontraram-se com o escritor Álvaro Magalhães,

A sua visita, muito aguardada, fora objeto de um trabalho intenso por parte da equipa BE, que não poupara meios para bem preparar os alunos: a professora Delfina Batis-ta dinamizara oito sessões de sensibilização à sua vida e obra no âmbito das aulas de Formação Cívica e EMRC; um Boletim da Biblioteca, inteiramente dedicado ao autor, tinha sido publicado; fora realizada uma feira do livro; tinha tido lugar o concurso de leitura “Na pista do pormenor”; no hall de entrada da biblioteca, podia-se ver um mural coletivo, com frases alusivas a Fred, o protagonista do seu último livro, “O Estranhão”… Tudo estava a postos, portanto.

No dia do encontro, Álvaro Magalhães apreciou o traba-lho feito em torno da sua obra, falou de si com humor e respondeu às infindáveis perguntas que o público lhe pôs.

No final das sessões, realizadas na Biblioteca da EB de Mira, deu ainda autógrafos, estabelecendo um contacto personalizado com os leitores.

As Bibliotecas agradecem publicamente à Porto Editora o privilégio de terem recebido o escritor, um dos expoentes atuais da literatura infantojuvenil portuguesa.

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SAÍDA DE CAMPO – SERRA DA FREITA E CENTRO DE INVESTIGAÇÂO E INTERPRETAÇÃO GEOLÓGICA DE CANELAS

AROUCA GEOPARK – um percurso do Pré-Câmbrico à actualidade

Miranda do Corvo e Espinhal – Visita de Estudo

O Arouca Geopark é uma área territorial de interesse biológico, ge-ológico e ecológico. Do fundo dos vales dos rios Arda e Paiva, onde as cotas são inferiores a 200 metros, ao topo das serras da Freita e Mon-temuro, com mais de 1000 metros de altitude, espraia-se um território de mistério e aventura.

No dia 27 de fevereiro, as turmas A e B do 10º ano, no âmbito da disciplina de Biolo-gia e Geologia, e acompanha-das pelos professores Ulisses Pedreiro e Ana Paula Vieira, partiram para o Geoparque. Agora sim, iam ver as “Pedras Parideiras” e as Trilobites Gi-gantes de que falaram nas au-las.

Com tanto entusiasmo à volta deste parir granítico, os alunos observaram, num pe-queno afloramento granítico de cerca de um quilómetro quadrado as “Pedras Paridei-ras” de Castanheira. Com 1 a 12 cm, os nódulos de biotite são mais resistentes às condições meteorológicas, mas as fortes ampli-tudes térmicas que se fazem sentir na região contribuem para a sua separação, destacando-se com facili-dade da rocha-mãe, ou seja, a «Serra da Freita — como uma grávida, as pedras incham, incham, e depois pa-rem, assim, de repente.»

A viagem continuou e chegaram à Frecha da Mizarela, geossítio emble-mático, local onde se pode observar um fenómeno de erosão diferencial do rio Caima: dum lado estão os granitos e do outro os xistos mais frágeis de desagregação facilitada.

Com o tempo formou-se um des-nível acentuado, evidenciado pela queda de água superior a 60 m de altura.

Neste território, foi possível, ain-da, viajar ao longo de uma parte da história da Terra, encontrando vestígios de outras eras e outras

configurações, quando o mapa do mundo tinha formas bem diferentes. É o caso dos moldes e pistas, aqui preservadas como testemunho da atividade de TRILOBITES, um dos seres mais antigos que existiram no planeta Terra (Era Paleozóica – 465 milhões de anos). Apesar de se pensar que eram solitários, aqui em Canelas – Cabanas Longas, foram encontrados em grupos.

Não houve cafés nem coca-cola, nem Centros Comerciais, foi ex-tenuante subir e descer serra mas, numa saída de campo, aprende-se tanto!

Conforme o previsto, realizou-se, no dia 13 de março de 2015, uma Visita de Estudo a Miranda do Corvo e ao Espinhal, no âmbito das disciplinas Comunidade de In-tervenção Social, Área de Integra-ção e Animação Sócio Cultural.

A saída aconteceu por volta das 8h30m. No período da manhã de-correu a vista ao Parque Biológico da Quinta da Paiva onde, para além de participarmos em duas sessões na Sala Oval da Instituição, sobre a Terra e a Vida e a Consciência e o Universo, visitamos também a quinta, onde se encontram re-presentadas inúmeras espécies da fauna autóctone nacional e Ibéri-ca, contribuindo o Parque para a sua divulgação e preservação.

Para além disso tivemos opor-tunidade de realizarem duas ati-vidades diferentes do habitual, as quais foram o Tiro ao Arco e o andar a Cavalo.

O almoço foi em Miranda do

Corvo e de seguida dirigimo-nos ao Espinhal. Após uma caminha-da de cerca de 3 km, chegámos a uma das mais bonitas Cascatas da Serra da Lousã – Cascata da Pedra da Ferida.

Com esta saída de campo, todos nos apercebemos da importância da defesa das espécies animais e vegetais existentes no nosso país, como também ficámos mais conscientes da importância da va-lorização do património natural e paisagístico da região.

A chegada ocorreu à hora pre-vista, tendo-se atingido todos os objetivos anteriormente propos-tos.

Alunos organizadores (11ºE): Bianca Pires nº2 ; Eliana Martins nº5 ; Joana Neto nº6 ; Mafalda Sil-va nº 7 ; Tatiana Cadete nº9 Professor responsável: Francis-co Leal

No dia 10 de março, pelas 8h, as turmas do 7º ano participaram numa visita de estudo ao Centro de Ciência Viva, em Constância e ao Museu Monográfico e Ruínas de Coním-briga, em Condeixa, dinamizada pelos pro-fessores de História e Físico-Química.

No período da ma-nhã, os alunos visitaram o Centro de Ciência Viva, nomeadamente, o Pla-netário e o parque exterior onde se encontra representado o nosso sistema solar. Os alunos demonstraram grande interesse e enriqueceram os seus conhecimentos acerca do universo.

Mas nem só de conhecimento vive o ser humano, daí que, o almoço há muito aguardado era uma necessidade. Este decorreu num belo parque de Constância. Num momento de descontração, os alunos conviveram, tiraram fotografias e mataram saudades do seu grande e insubstituível amigo, o telemóvel.

No período da tarde, acompanhados por guias, visitaram as Ruínas de Conímbriga e o Museu Monográfico. Neste local, puderam perceber a grandiosidade da civilização romana e conhecer o rico património histó-rico, artístico e arqueológico local.

Cumpridos os objetivos da visita e depois de um dia enriquecedor, regressaram a Mira por volta das 18h30m.

Constância e Conímbriga– Visita de Estudo

Cantar as Janeiras

No 23 de janeiro, as turmas do 3º e 4º anos de escolaridade da EB de Praia de Mira deslo-caram-se ao Centro de Dia da UPAS para Can-tar as Janeiras.

Mais do que viven-ciar tradições alusivas à época, a atividade teve um propósito essencialmente formativo, proporcionando o convívio in-tergeracional e a sensibilização dos alunos para o fomento de valores como o respeito e a solidariedade, valores imprescindíveis a um salutar viver em sociedade.

A animação decorrente da nossa presença e dos cantares apresen-tados contribuiu para alegrar os idosos que usufruem dos serviços da instituição e permitiu aos nossos alunos reconhecerem a importância do trabalho desenvolvido pelas instituições de cariz social.

Os docentes da EB de Praia de Mira

ACONTECEU NA NOSSA ESCOLA

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11ACONTECEU

100th Day of School Celebration

Na manhã do dia 24 de feve-reiro, os professores de Inglês, com a preciosa colaboração dos alunos/formandos do Curso de Cozinha/Pastelaria, comemora-ram o 100º dia de aulas (“100th Day of School”), servindo um tí-pico pequeno-almoço britânico, na cantina da Escola. A par deste evento, esteve patente, no átrio da cantina, uma exposição de li-vros, revistas, posters e outros objetos alusivos à língua e à cul-tura inglesas.

Para a concretização desta atividade, foram fundamentais os apoios dados pela Direção e pelos serviços da cantina, não só na cedência do refeitório e da cozinha, mas também na total disponibilidade manifestada no acompanhamento desta atividade.

O grupo dos professores de Inglês congratula-se com a forte adesão à iniciativa – foram servidas 340 refeições - e agradece a compreensão demonstrada pelos professores acompanhantes.

Com esta atividade estimulou-se o contacto dos alunos com aspetos civilizacionais da cultura anglo-saxónica, promovendo-se assim uma visão mais ampla do mundo e das tradições referentes a culturas diferentes da nossa.

Día de los Reyes Magos

No início do 2º período, no primeiro dia de aulas, no âmbito da co-memoração do Dia dos Reis (“Día de los Reyes Magos”), os alunos de Espanhol das turmas D e E do 9º ano escreveram as suas cartas aos Reis Magos.

Os trabalhos elaborados foram expostos nas suas salas de aula. Na concretização desta atividade, os alunos demonstraram grande em-

penho e com ela atualizaram conhecimentos no que respeita a aspetos civilizacionais referentes à cultura espanhola; ativaram conhecimentos de língua e de cultura espanholas; consolidaram hábitos de escrita desenvol-vendo a sua criatividade e a sua imaginação.

Curiosidades: Em Espanha, tradicionalmente, as crianças recebem os presentes no

dia 6 de janeiro.Nesse dia fazem-se grandiosos desfiles (“cabalgatas”) nas ruas das prin-

cipais cidades espanholas. Como manda a tradição, quem se comporta bem recebe presentes (“un regalo fenomenal”) e quem, pelo contrário, se comporta mal, recebe carvão (“un trozo de carbón”).

Por isso: “¡Hay que portarse bien!”

O professor de Espanhol Pedro Martins

Uma carta…muito especial

Em dezembro, com a ajuda dos pais e da professora, escrevemos ao Pai-Natal.

Não acreditámos muito que ele nos respondesse. Alguns de nós não acreditávamos que ele existisse.

Mas, no início do segundo período, quando voltámos à escola, rece-bemos uma carta muito especial.

O Pai-Natal escreveu a todos os meninos do 2ºI.Foi uma boa surpresa. Adorámos. Afinal o Pai - Natal existe!Sabem?!?! Com a carta chegou um presente. Um jogo dominó para

cada um de nós. Até a professora recebeu uma carta.Obrigado Pai-Natal!

Os alunos do 2ºI - Mira

New Technologies

New technologies are extremely important in our society, but like all things in life, new technologies have advantages and disadvantages. First of all, new technologies allow us to communicate with others, we can research for information on the net, listen to music…

However, the big risk of computers, cell phones is that we can become addicted. Personally, I think that computers are a part of my life and my upbringing – I’m a technological teen.

On the one hand computers (new technologies) are very good for us because they have created a Global Village and we can be in touch with someone who is really far away. But on the other hand new technologies separate people because we concentrate more on machines than on pe-ople. We must use new technologies wisely! We must put new technolo-gies at our service and not the contrary!

Catarina Moitinho . 9º C

Festejos de Carnaval

É incontornável. Hoje, os desfiles de Carnaval são festejos de cará-ter popular, pautados pela folia, de acordo com os usos e costumes locais, aos quais se junta o convívio, a cor, as fantasias e, não raras vezes, a sátira mordaz e a extravagância das vivências.

Se ao nosso desfile não terá fal-tado nem o convívio, muito menos a cor e a alegria, a nossa partici-pação colocou de lado eventuais situações de escárnio e pautou-se por um cariz essencialmente peda-gógico, subordinado à temática su-gerida pela entidade organizadora, a Câmara Municipal de Mira.

As fantasias criativas e coloridas e os cartazes alusivos à temática - “A Defesa da Floresta” - foram o mote para sensibilizar a população escolar e a assistência para a ne-cessidade de preservação da biodi-versidade nela existente.

Em suma, ao longo do evento as crianças tiveram oportunidade de fazer transbordar toda sua alegria e contentamento, o que contribuiu para demonstrar publicamente o tra-balho desenvolvido.

Um bem-haja às Assistentes Operacionais pelo empenho demonstrado na confeção dos adereços utilizados durante o desfile.

Os docentes da EB de Praia de Mira

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12 ESCREVO EU

Je suis…

Os acontecimentos recentes em Paris, infelizmente conhecidos do público em geral, levaram-nos a olhar para o nosso agrupamento de escolas de forma dife-rente.

Não sendo um exemplo flagrante de multiculturalismo ou plurireligiosidade, o nosso agrupamento não deixa de ser inclusivo. Aqui convivem todos os dias alunos de diferentes nacionalidades, proveniências, religiões e culturas. Dá gosto vê-los a socializar e a conviver uns com os outros sem marcas de racismo, xenofobia ou qualquer outra forma de preconceito ou discriminação que pos-sa abalar o mundo. O Dunas, totalmen-te respeitador de todos os religiosos, incluindo dos ateus, foi conversar com alguns alunos que representassem as re-ligiões do agrupamento.

Alexander, 19 anos, russo, está em Portugal há treze. De pais se-

parados, veio para Portugal com a mãe que, entretanto, refez a sua vida cá. Tão integrado está que responde negativa-mente à questão sobre a vontade de regressar ao país de origem. “Não, a vida vai ser aqui.”, diz peremptório, não des-cartando a hipótese de lá voltar de visi-ta. Na adaptação aponta a língua como a maior barreira que teve de ultrapassar e, naturalmente, algumas saudades do que ficou. Em relação à alimentação, diz que a maioria é portuguesa, afirmando que gosta de tudo, não se esquecendo de referir o tradicional leitão. Questionado sobre o prato favorito da Rússia, apon-ta Pelmeni (tradicional da Sibéria e do Norte da Rússia, semelhante a raviólis recheados de carne) sem hesitar. Em-bora a mãe seja ortodoxa, apresenta-se como ateu, nunca tendo tido curiosida-de de assistir a uma missa, mas já foi visi-tar várias igrejas. Em casa, festejam-se as épocas festivas normais do cristianismo: Natal, Páscoa… Está integrado, vai aos aniversários dos amigos e festeja os seus com eles, quer em casa, quer fora, como agora se usa. Rapaz simpático, educado e bem parecido, percebe-se por que ra-zão já roubou o coração a uma portu-guesa. Questionado sobre o que pensa do extremismo que, em nome de uma religião, causa sofrimento e morte, afir-ma “Não tem jeito nenhum”. Em relação aos recentes ataques em Paris, diz que não se deve falar mal da religião dos ou-tros, mas considera que os extremistas deviam ter feito de outra maneira. “Não é a maneira mais indicada para resolver um assunto.”

Lília, 17 anos, moldava, está em Portugal há seis meses. Órfã

de mãe, veio para Portugal juntar-se ao pai que vive cá há catorze anos. De uma família de cinco irmãos, tem von-tade de regressar ao seu país apenas de férias para visitar os avós paternos,

os únicos vivos. Na adaptação, aponta a barreira linguística como o factor mais difícil para comunicar com os muitos amigos que já cá fez. A alimentação em casa é uma mistura de cheiros e sabo-res: quando é ela a cozinhar, os pratos são tipicamente moldavos, quando é a companheira do pai, a comida é bra-sileira. Sarmale, (arroz de carne en-rolado em folha de couve ou videira) e Zeamã (espécie de canja feita com galinha de campo e massa caseira) são apontados ainda como os seus pratos moldavos favoritos. Ortodoxa de nasci-mento, festeja em casa as mesmas festi-vidades que a maioria dos portugueses: o Natal, a Páscoa… No tema da religião, há três santos que lhe vêm de imedia-to à cabeça: Andrei, Elena, Costantin. No entanto, diz que, quando reza, reza a Deus. Embora há pouco tempo em Portugal, está a integrar-se bem e até já teve oportunidade de ir a um aniversá-rio de uma amiga. Questionada sobre o extremismo religioso, risca o sorriso lin-díssimo dos seus fantásticos olhos azuis e afirma num português quase perfeito “É uma coisa mau”.

Jia, 16 anos, chinesa, veio para Portugal com 6 anos, em

2004. Revela que sente saudades da sua terra, dos seus familiares e confessa que a sua maior dificuldade foi a língua. Con-tudo, com esforço e dedicação, conse-guiu superar essa barreira, sendo hoje muito proficiente no uso do português.

Falando dos seus hábitos alimentares, reconhece que “normalmente, come-mos comida chinesa”, mas acrescenta que “também aprendemos a confecio-nar comida portuguesa. Os meus pais adoram a gastronomia portuguesa e por isso, as vezes misturamos os dois.” “Para arranjar comida chinesa, o meu pai vai até a um mercado chinês situado no Porto, todas as semanas.”, acrescenta Jia.

Religião, é, confessa, um tema difícil, pois não pratica nenhuma. Porém, dado que os avós e os pais são budistas, mani-festa maior proximidade a esta religião, ainda que se afirme ateia. Curiosamente, Jia mostra interesse e até algum entu-siasmo relativamente às festividades portuguesas e reconhece que “Fui uma vez a uma Igreja, quando foi a Profissão de Fé de uma amiga minha. Foi uma ex-periência diferente e gostaria de a re-petir.”

No final, manifestou a sua posição relativamente à diversidade cultural, considerando-a “um aspeto positivo, pois enriquece as culturas.” Contudo, afirmou que “o respeito e a tolerância face as diferentes culturas são também muito importantes.” E acrescentou que “os extremistas são fanáticos…” e atos de violência são “inadmissíveis”.

The day after

Todas as manifestações culturais, políticas e desportivas deixam marcas bem visíveis no terreno: por um lado, as boas recordações que perduram nas nossas memórias; por outro, os vestígios, leia-se lixo, da sua realização. Infelizmente, é so-bre este último aspeto que nos vamos pronunciar.

De facto, deparamo-nos com maior frequência do que a desejada com um espólio abandonado pelo chão, ruas, ave-nidas, entre árvores, nos jardins, nos nossos bairros e nas nossas aldeias: toneladas de cartazes, panfletos, mangas, plás-ticos que alguém teve tempo e ensejo para colocar, mas se “esqueceu” de recolher e reciclar.

É por isto que passados dias, meses e até anos continua-mos a ler informação sobre acontecimentos completamente desatualizados: grandiosos festejos em honra da Nossa Se-nhora de Qualquer Coisa nos dias 1, 2 e 3 de mil novecentos e troca o passo; vota no partido x que já não existe; segue este percurso para a corrida do mês passado; vem ao con-certo do grupo que entretanto se desagregou. Deste modo, como instrumento formador, o Dunas acha que tem o dever de chamar a atenção a quem de direito e sensibilizar a comu-nidade para pôr cobro a este tipo de poluição.

BARCOS NAVEGARAM NO MUSEU

Mais uma vez, decor-reu no Museu Etnográ-fico da Praia de Mira, uma exposição alusiva ao Tema: “ Barcos” pro-movida pelo atelier de artes plásticas, dinami-zado pela professora Guida Alegrio, no perío-do compreendido entre o dia doze de dezembro de dois mil e catorze e trinta e um de janeiro de dois mil e quinze.

É de referir que esta colecção é constituída por dezasseis telas, todas da autoria de alunos provenientes da escola sec/3 Drª Maria Cândida.

Esta divulgação é muito importante, uma vez que promove a actividade dos alunos levando ao reconhe-cimento do público extra comunidade escolar.

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13ESCREVO EU

A Páscoa do meu tempo!

Começo seriamente a pensar que quando alguém afirma ”no meu tempo”…isso será uma extensa métrica do tempo, e que essa pessoa já será crescida e acumulará alguma maturidade e extensas vivências. Talvez seja esse o caso!

No meu tempo, a Páscoa era marcada pela nobre tarefa das matriar-cas da família de amassar os folares. Cabia-lhes a função de ir dando receita e instruções às mais novas. Somavam-se dicas e estórias, garga-lhadas e raspa de limão, sabedoria e fermento, cumplicidades e açúcar!

Adorava ir à horta colher as folhas de horto sobre as quais iriam os bolos ao forno, marcando de forma indelével os seus veios na base dos bolos, Cabia-nos a nós colocar os ovos previamente cozidos nos bolos, empurrando de forma suave e cobrindo-os com uns pedacinhos com-pridos de massa que como por magia trabalhávamos entre os dedos infantis e por fim pincelávamos os folares com ovo batido, para que no final saíssem a brilhar do forno como se tivessem sido envernizados.

Depois, era ver a ciência com que se aquecia o forno, se verificava o “lar”, e um a um na pá, se assistia à metódica introdução dos bolos no forno. No fim, colhia-se o resto da massa da gamela e juntávamos canela e açúcar às aparas e tecíamos biscoitos de formas artísticas ao nosso gosto.

No meu tempo, a Páscoa era elaborarmos ramos de flores para as meninas ou cruzes de loureiro, verga e alecrim para os rapazes meticu-losamente enriquecidas com bolachas, rebuçados ou outras iguarias que ostentávamos com grande orgulho na missa de Domingo de Ramos.

Páscoa era colher e atapetar com alecrim e flores a rua por onde passaria o cortejo pascal. Era juntar a família nas casas limpas, arejadas e enfeitadas com flores e preparar uma mesa abundante e variada labo-riosamente preparada com antecedência pelas mulheres de família, as dedicadas e ternurentas fadas do lar.

Páscoa era visitar e cumprimentar respeitosamente os padrinhos e receber em troca o folar.

Páscoa era o repicar dos sinos da igreja a chamar os fiéis para a missa.

Páscoa era cor, alegria sabores e sons, tudo girava em torno de Cris-to e da sua Ressurreição!

E hoje o que é a Páscoa?Férias, sol e praia?Promoções de ovos e ovinhos com ou sem presente no interior!

Bolos e bolinhós descaracterizados provenientes da industria agroa-limentar?

A que sabe, a que cheira, que pessoas associas, que sons atribuis a esta quadra?

No meu tempo, a Páscoa era humilde, simples, mas plena de significa-do! Que saudades me deixou!

X.C.

Dia do pai

Não...não tive o melhor pai do mundo, nem o mais per-feito, nem o intocável, nem o infalível, nem o mais bonito! Tive um pai de carne e osso, que me dececionou, que se ausentou, que me fez chorar, que me deixou muitas vezes órfã mesmo antes de o ser, que me obrigou a amadurecer antes do tempo, que me fez forte, decidida e indepen-dente e de quem apesar de tudo tenho imensa saudade, sobretudo do seu humor cáustico, inteligência, boa disposição e insustentável leveza de ser! É claro que tudo já lhe perdoei e garanto que penso nele sempre com um sorriso a bailar-me na cara...e isso, se calhar, devo à sua genética.

X.C.

O significado litúrgico da Páscoa.

“Mas ele foi maltratado por causa das nossas transgressões, e fla-gelado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.” Isaías 53, 5As celebrações cristãs têm dois ritmos, um semanal e o outro anual. To-das as semanas, ao Domingo (DiesDomini = Dia do Senhor), festeja-se a ressurreição de Jesus, pela celebração da eucaristia; e é o dia sagrado e de descanso semanal.

O ano litúrgico é o calendário religioso dos cristãos. Contém a data das festas e celebrações litúrgicas, durante o ano, que se reportam aos acon-tecimentos mais importantes da vida de Jesus. Divide-se em dois ciclos:

O ciclo da Páscoa e o ciclo de Natal. Estes dois ciclos festivos são as colunas mestras da liturgia cristã.

O Ciclo da Páscoa inclui, na Igreja Católica, a Quaresma, que é um apelo à penitência e à conversão, e a Páscoa propriamente dita, em que se celebra a alegria de Cristo Ressuscitado.

A Quaresma começa na quarta-feira de Cinzas (dia a seguir ao Carna-val) e estende-se até à Quinta-Feira Santa, à tarde, antes da celebração da Ceia do Senhor. Sendo tempo de renovação e mudança de vida, os cristãos manifestam esta atitude especialmente através do jejum, da esmola e da oração. É a preparação para a Páscoa do Senhor. Os “quarenta” dias da Quaresma lembram a caminhada de quarenta anos do povo de Deus no deserto, quando saíram do Egito em direção à Terra Prometida.

O Tríduo pascal da Paixão e Ressurreição de Jesus inicia-se com a Missa da Ceia do Senhor (Quinta-feira Santa), que recorda a última ceia de Jesus com os seus amigos. Na Sexta-feira Santa celebra-se a paixão e a morte de Jesus. O Domingo da Ressurreição, que começa com a noite de Sábado, na Vigília Pascal, celebra o grande acontecimento da ressurreição de Jesus: a morte e o medo foram vencidos, a Vida e a Alegria são as carac-terísticas da nova condição dos cristãos.

O Tempo Pascal é o conjunto de cinquenta dias que se prolongam desde o Domingo da Ressurreição até ao Domingo do Pentecostes, em que se celebra a presença do Espírito de Deus na comunidade cristã.

Com a morte de Jesus parecia ter acabado o Reino que ele tinha vindo inaugurar. Estaria tudo perdido? Afinal Jesus não era o Enviado de Deus? Se ele vinha em nome de Deus, como podia Deus permitir que ele mor-resse daquela maneira, desprezado por todos? Mas Deus quer vida e não a morte: Jesus não ficou morto. Voltou a viver, ressuscitou! Os seus amigos e discípulos puderam vê-lo ressuscitado. Os cristãos sabem que jesus está vivo e é isso que lhes tem dado alento ao longo dos séculos, porque têm Jesus com eles, presente nas suas vidas.

Os cristãos acreditam que Jesus é Filho de Deus, viveu fazendo e ensi-nando o bem, morreu e ressuscitou por ter defendido a dignidade de todas as pessoas e o amor universal e infinito de Deus. Por isso a festa cristã mais importante é a Páscoa que celebra a vida na sua mais digna plenitude.

“Jesus lhes disse: Ó gente sem inteligência! Como sois tardos de coração para crerdes em tudo o que anunciaram os profetas! Porventura não era necessário que Cristo sofresse essas coisas e assim entrasse na sua glória?” Lucas 21, 25-26Votos de uma santa e feliz Páscoa,

Paulo Oliveira

SER PROFESSOR!

Ser professor é fazer magia, é substituir pais ausentes na transmissão de valores, é incutir autoconfiança, é fazer despertar competências, é cativar todos os dias, é acreditar ontem, hoje e sobretudo amanhã, é transmitir esperança, é aquecer almas e corações, é estar desperto para o outro, é entrega ilimitada de energia, é batalhar para arranjar um livro, roupa, uma refeição quente por dia na escola, é estar atento aos sinais de abandono, de violência, de negligência, é ouvir sempre, é ter regozijo com as pequenas vitórias, é vir para casa esgotado mas de coração cheio, é ter espírito de missão, é ser um eterno otimista, é sobretudo, Dar para a Vida!

É ver sempre luz, quando a conjuntura é negra e nos responsabilizam de tudo o que é mau no sistema, é ter a capacidade de cair e levantar logo a seguir! É ser resiliente, resistente e inovador!

X.C.

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14 EXCELÊNCIA

PRÉMIO FUNDAÇÃO ILÍDIO PINHO “CIÊNCIA NA ESCOLA”

O Agrupamento de Escolas de Mira viu um dos seus projetos ser selecionado, pelo Júri Regional, para a fase de desenvolvimento do Projeto Ciência na Escola, da fundação Ilídio Pinho.

O projeto selecionado, Companhia dos Trapos, que se inclui no segundo escalão do concurso, será desenvolvido na turma I do 1º ciclo da Escola básica de Mira e tem como coordenadora a Dra. Fernanda Paula Silva.

Os prémios foram entregues no Auditório da Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra, onde esteve presente o próprio Eng. Ilídio Pinho. Este fez questão de ser informado acerca dos 112 projetos aprovados, num total de 250 a concurso.

Pelo trabalho desenvolvido, e pelo mérito alcançado, o Agrupamento de Escolas de Mira está de parabéns!

A Coordenadora do Plano Anual de AtividadesMargarida Oliveira

A BIOTECNOLOGIA pode ser considerada como resul-tante da reunião entre a en-genharia e as ciências da vida, de forma a manipular os seres vivos e os seus componentes, no sentido de obter produtos úteis. Hoje produzem-se os tão discutíveis alimentos trans-génicos, bactérias e leveduras produzem insulina humana, hormona de crescimento, tes-te do HIV,…. Assim, contribui-se para a resolução da fome mundial, a cura de doenças do foro oncológico, Alzheimer, Parkinson e tantas outras. Um domínio sem fim…

Para responder a esta ne-cessidade o BIOCANT PARK surge como o primeiro parque especializado em Biotecnolo-gia em Portugal.

No âmbito do programa da disciplina de Biologia, as tur-mas A e B do 12ºAno, acom-panhadas pelas professoras Ana Paula Vieira e Isabel Qui-tério, realizaram nos dias 24 de fevereiro e 12 de março uma atividade experimental no âmbito da temática da In-fertilidade Humana, no Centro de Ciência Júnior do Biocant em Cantanhede.

A infertilidade humana é um problema que atinge cerca de 15% dos casais europeus, po-dendo ser provocada pela pre-sença de alterações genéticas em genes específicos. Nesta atividade pretendeu-se dete-tar uma alteração genética, no gene da fibrose quística (doen-ça hereditária que faz com que certas glândulas do sistema digestivo e respiratório pro-

duzam secreções anormais) que pode ser responsável por situações de infertilidade mas-culina. A atividade foi dividida em dois blocos, inicialmente fez-se a extração e purificação do ADN de diversas amostras e, posteriormente, detetaram-se as alterações genéticas, re-correndo à técnica de eletro-forese.

A informação contida no ADN é património da Huma-nidade e ter a possibilidade

de manusear o ADN do ser humano é, no mínimo, uma experiência incomparável que os nossos alunos puderam vi-venciar.

No final da atividade, num abrir de horizontes, os nos-sos alunos tiveram, ainda, a oportunidade de ouvirem falar sobre os projetos que, neste momento, se estão a desen-volver no Biocant e do cluster de empresas já sediadas neste espaço.

Biocant - INFERTILIDADE HUMANA E ALTERAÇÕES GENÉTICAS

Concurso Nacional de Leitura – já há equipa!

Teve lugar, no dia 12 de janeiro, na Biblioteca Escolar da ES/3 Dr.ª Maria Cândida, a 1.ª eliminatória do Concurso Nacional de Leitura, tendente a selecionar os alunos que irão representar o Agrupamento de Escolas de Mira na 2.ª fase.

Em prova renhida, apuraram-se Tomás Travelho (7.ºE), João Távora (8.ºA), João Lopes (9.ºF), Micaela Martins (11.ºA) e Francisca Janeiro (11.ºB), os quais, no dia 28 de abril, disputarão a fase distrital, a realizar na Biblioteca Municipal Afonso Du-arte, em Montemor-o-Velho.

Feito o apuramento, ainda houve prémios!

Graças ao patrocínio da Porto Editora, foi possível dar aos três pri-meiros classificados, Micaela Mar-tins, João Távora e Tomás Trave-lho, um livro da coleção CHERUB!