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Frontões Neoclássicos na cidade do Rio de Janeiro Luís Severiano Soares Rodrigues.

Surpreendentemente a Gazeta Imperial pode trazer aos seus

leitores imagens de alguns interessantes exemplares da so-

brevivência de resquícios da arquitetura neoclássica na ci-

dade do Rio de Janeiro, que tem seus primórdios na arquite-

tura civil com a chegada da Missão Francesa ainda no perío-

do joanino. Fixamo-nos, aqui, nos frontões, que vem a ser

uma composição artística de cunho decorativo da fachada

dos edifícios desse estilo, e o exemplar da antiguidade mais

conhecido é a do Partenon de Atenas, hoje no Museu Britâ-

nico. Quanto à “sobrevivência” de exemplares desse estilo

arquitetônico na capital fluminense, a título de comparação,

numa cidade que foi praticamente destruída como Berlim,

os alemães reconstruíram ou restauraram todos os seus

imponentes prédios nesse estilo.

Na arquitetura relacionada a instituições caritativas temos

um exemplar fantástico que vem a ser o da antiqüíssima

Santa Casa de Misericórdia com seu medalhão magnífico na

Rua de Santa Luzia, seguida do Hospital da Ordem Terceira

do Carmo na Rua Riachuelo. E na rua Larga de São Joaquim,

hoje com o malsinado nome de Mal Floriano a Caixa de So-

corros D. Pedro V, esta uma instituição caritativa dos abne-

gados comendadores portugueses de outrora que esbanja-

vam benemerência e amor cristão para o bem do povo po-

bre.

Um exemplar belíssimo em um prédio, infelizmente, hoje

mal cuidado, temos na Rua do Passeio, o antigo Cassino

Fluminense, que posteriormente foi sede do Automóvel

Clube do Brasil. Magnífico prédio que hoje poderia servir de

”Guildhall” como em Londres, não fosse isso demais para

uma cidade sub-administrada como é hoje a capital flumi-

nense. Uma lembrança querida desse prédio é a festa de

Bodas de Prata da nossa Imperatriz D. Isabel I e do príncipe

consorte Gaston de Orleans, Conde d`Eu, quando ainda

Princesa Imperial.

Finalizando trazemos o frontão da nossa magnífica Bibliote-

ca Nacional, em plena av. Rio Branco, que vem a ser um dos

maiores legados da monarquia brasileira ao nosso povo e

relembramos um crime arquitetônico que privou o centro da

cidade do mais significativo prédio nesse estilo que era a

Academia Imperial de Belas Artes, obra de Grandjean de

Montigni, de que resta o pórtico como ruína no Jardim Bo-

tânico, restando desse arquiteto no centro da cidade apenas

a antiga Alfândega, hoje, Casa França-Brasil.

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Antiquíssima Santa Casa de Misericórdia RJ

Medalhão Santa Casa RJ

Hospital da Ordem Terceira do Carmo

Caixa de Socorros D. Pedro V

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Frontão Cassino Fluminense, que depois foi

sede do Automóvel Clube do Brasil.

Frontão da magnífica Biblioteca Nacional

Casa França Brasil

Academia-Belas Artes-1890

O Autor é economista e historiador

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Palácio Leopoldina, uma analogia. Da Redação.

Na edição passada a Gazeta Imperial trouxe o caso, em vias

de solução, do Palácio Isabel, confiscado pelos espertos re-

publicanos. E nessa edição se faz necessário lembrar o caso

do Palácio Leopoldina, que guarda grande analogia com o

primeiro caso, pois pertencia aos herdeiros da princesa Leo-

poldina, irmã de D. Isabel.

Esse edifício ficava próximo ao paço de São Cristóvão, na

antiga rua do Duque de Saxe, hoje rua Gal. Canabarro, e foi

expropriado pelo governo através do chefe de polícia que o

mandou arrombar para tomar posse. O referido Palácio foi

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utilizado por diversas instituições

até ser demolido para a constru-

ção da Escola Técnica Federal. Dois

trabalhos muito bem fundamenta-

dos esgotam o assunto e reafir-

mam os direitos dos herdeiros da

referida princesa sobre aquela

propriedade, são eles:

https://ihgb.org.br/revista-

eletronica/artigos-

438/item/108524-palacio-

leopoldina.html

https://www2.senado.leg.br/bdsf

/bitstre

am/handle/id/242432/000017601

.pdf?sequence=1

No caso dos dois palácios, a consti-

tuição desse patrimônio para os

nubentes são objeto de um trata-

do internacional do Imperador do

Brasil com os respectivos chefes

das casas reinantes, ou não, dos

príncipes consortes. E o governo

provisório tão logo se estabeleceu,

deu publicidade de que respeitaria

todos os compromissos assumidos

pelo Império do Brasil. Essas pro-

priedades só poderiam voltar ao

Patrimônio Nacional caso se extin-

guissem os herdeiros diretos das

princesas.

Então, se existir meio jurídico de

se arrolar esse caso no processo

do Palácio Isabel seria interessan-

tíssimo, pois teríamos duas repa-

rações.

Passamos a palavra para os

juristas.

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Resenha – “Clamar e Agita Sempre”

Os Radicais da Década de 1860.

Luís Severiano Soares Rodrigues.

Com o lema dos Liberais do fim da

década de 1860, por título, o histori-

ador José Murilo de Carvalho nos trás

mais uma importante contribuição

para o estudo do pensamento político

no Império do Brasil pela editora

Topbooks – 2018.

Esse trabalho resgata as conferências

realizadas por um grupo de intelectu-

ais, que pelo teor de suas manifesta-

ções se intitulavam de Radicais. Tais

conferências se deram em São Paulo,

Rio de Janeiro e Recife, tais grupos se

constituíam em Clubes Radicais vincu-

lados às suas respectivas Províncias, e

se deram no ano de 1869, todas fo-

ram posteriormente publicadas nos

jornais liberais das cidades onde fo-

ram realizadas as conferências, cuja

assistência se constituía invariavel-

mente de intelectuais liberais.

José Murilo de Carvalho, na primeira

parte do livro, contextualiza o ambi-

ente político institucional em que se

gerou a argumentação desses que se

diziam Radicais, bem como analisa o

ideário liberal brasileiro frente aos

oponentes conservadores, e nos pro-

põe o que seria o legado desses Radi-

cais, alguns dos quais se bandearam

para as lides republicanas e outros

não. O autor, no entanto, nos chama

atenção para o fato dos conferencis-

tas, em sua maioria, abstraírem os

fatores políticos culturais das suas

análises, muitas vezes se apegando a

idealizações que estavam longe das

possibilidades concretas da realidade

política brasileira.

A temática recorrente desses intelec-

tuais era a Descentralização Adminis-

trativa, o fim da Guarda Nacional, o

fim do Poder Moderador e aquilo que

eles chamavam de poder pessoal, o

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fim do Senado vitalício, as Eleições

Diretas, a Educação leiga, o fim da

Religião Oficial vinculada ao Estado,

ou seja, a Implantação do Estado Lai-

co, etc.

Um dado interessante de se observar

nessa geração de pensadores e que

em sua ampla maioria nasceram no

Brasil já independente, não vindos

portanto, do período colonial e tam-

bém não viveram, com maturidade, o

tumultuado período das Regências.

Na segunda parte do livro temos a

transcrição de quase todas as Confe-

rências, as quais, como dito anteri-

ormente, saíam na imprensa, para

qualquer um ler, algumas não foram

localizadas. Portanto temos certeza

que o Imperador leu todas essas con-

ferências. Mas as transcritas nos dão

um excelente panorama da argumen-

tação proposta.

Analisando-se “a posteori” o legado

dessa argumentação podemos chegar

a um legado de frustrações, haja vis-

ta, de que do muito de que se sonha-

va, muito pouco se conseguiu.

As eleições diretas foram conseguidas

no Império pelo projeto do Senador

Saraiva, o quê, foi um avanço por

todos aplaudidos.

A descentralização que a princípio

teria sido alcançada com a Federação,

já na república, foi uma ilusão, pois já

no seu começo, no governo Campos

Salles, a política dos governadores,

impõe o encastelamento de oligar-

quias governantes nos estados fede-

rados.

O fim da Guarda Nacional foi outra

ilusão, pois ela perdurará até a déca-

da de 30 do século XX.

O fim do senado vitalício, já era estu-

dado nos últimos anos do Império, o

qual já se podia esperar sob a monar-

quia, mas foi conseguido na repúbli-

ca, assim como o Estado Laico, mas os

políticos da republica viviam beijando

os anéis dos bispos. A educação leiga

já existia no Império.

O fim do poder moderador, que eles

tanto almejavam, na república foi

substituído por um poder moderador

bastardo exercido pelos generais de

plantão que se arvoravam em defen-

sores da pureza republicana, com os

resultados funestos que conhecemos.

Muitos desses conferencistas viveram

para ver um monstro republicano

chamado de, com originalidade, Esta-

dos Unidos do Brasil, que se trans-

formou no túmulo dos sonhos liberais

tupiniquins.

Luís Severiano Soares Rodrigues

e José Murilo de Carvalho O autor economista e historiador.

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As Eleições da Agonia. Teófilo Vandeley.

Mais uma vez o povo brasileiro está

convocado para exercer o seu “direi-

to” cívico de ir às urnas para escolher

e eleger os membros dos poderes

executivo e legislativo, nos níveis fe-

deral e estadual. Sendo assim as res-

peitáveis agremiações políticas dessa

“insigne” república vão levar os no-

mes dos seus “respeitáveis” e “impo-

lutos” membros para que o povo, de

todos eles razão de existirem, escolha

conforme as suas preferências e con-

vicções.

Eu sei que exagerei no parágrafo aci-

ma, mas a verdade é que o povo está

devidamente convocado a exercer

esse direito – OBRIGATÓRIO – que é o

de ter de votar nos nomes que esses,

partidos políticos, não se sabe com

quais critérios, lançam para ver se

enganam os incautos. Alguns deles,

quase sempre os menos preparados,

se elegem e passam a ter quatro anos

para sacanear os seus eleitores, faze-

rem seus pés de meia e depois man-

darem um abraço pra galera.

A sorte dos eleitores é que aqueles

que não forem votar vão ter um pre-

juízo pequeno de pouco mais de

R$3,50 da multa por não exercer esse

“direito” compulsório, o prejuízo

maior é ter de perder tempo na fila

dos Bancos para pagar tal multa. Na

verdade esse custo baixo é a prova de

que a justiça eleitoral entende quem

não quer votar, porque essa demo-

cracia brasileira é uma piada, das

mais sem graça.

Uma parte positiva, se é que ela exis-

te é que o público se diverte, a pesar

da sensação de que já viram o mesmo

filme nas eleições anteriores. Mas

isso é apenas um detalhe o que conta

é a diversão das propostas mirabolan

tes e estapafúrdias, além dos bate-

bocas que mostram os níveis dos

candidatos.

Na campanha presidencial desse ano

alguns debates tem sido reveladores

do pouco preparo e do muito do irre-

alismo dos presidenciáveis. Então

temos um panorama muito curioso

nessas eleições:

O Sr. Geraldo Alckmin fez uma coliga-

ção com muitos partidos fisiológicos e

promete governar com independên-

cia, fazendo inclusive a reforma polí-

tica. Não explica como se escorando

em partidinhos ele conseguirá acabar

com os partidinhos em geral. Um e-

xemplo bom é o apoio do partido da

república a esse candidato, esses que

montaram uma quadrilha no Ministé-

rio dos Transportes certamente vão

querer o Ministério onde seu esque-

ma já está montado, e o Sr. Alckmin

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dá uma de bom moço e que está aci-

ma dos fisiologismos de ocasião, ele

terá de explicar melhor essa situação.

O Sr. Ciro Gomes entre as propostas

mirabolantes está a de ajudar a 63

milhões de brasileiros que estão no

SPC a pagarem suas dívidas, inclusive

instando os credores a retirarem par-

te dos juros das respectivas dívidas.

Ele só não explica como o setor públi-

co vai se imiscuir em uma seara que

não lhe diz respeito, pois o caso vem

a ser uma questão entre particulares,

além do que resgatar a capacidade de

endividamento das pessoas, por si só

nada adianta se elas não estiverem

empregadas. Além do que é uma

transferência de renda imprópria,

pois retira dinheiro dos contribuintes

em geral direcionando os recursos

para maus pagadores, que nem sem-

pre ficaram nessa situação por causa

do desemprego.

A Senhora Marina Silva, fica com o

seu semblante calmo, dizendo que

governará com as pessoas de boa

vontade ou bem intencionados de

todos os partidos, o que é curioso,

pois no inferno também não faltam

boas intenções, como diz o povo do

alto do pedestal da sua sabedoria.

Assim o problema se forma para a

candidata, nesse meio político boas

intenções são coisa rara, haja vista

seus amigos e antigos correligionários

do PT, muitos deles hoje na cadeia.

Sem falar nos partidinhos de aluguel,

pois como o nome diz seus membros

se alugam, dificilmente com boas

intenções.

O Sr. Álvaro Dias, já perdeu qualquer

esperança de ter nossa simpatia, pois

sua proposta de refundar a república

merece além da nossa pena o nosso

desprezo, se ele fosse um homem

inteligente saberia que ela tem de ser

extinta para o bem do futuro do Bra-

sil, além do que no Estado do Rio de

Janeiro, certamente por populismo, o

seu partido pôs o Jogador aposentado

Romário, uma das nulidades da ban-

cada do Estado no Senado, para ser

candidatar ao governo do mesmo.

Coitado do Estado Fluminense, ele

merece mais respeito.

Algumas candidaturas não merecem

serem comentadas, como a do tal

cabo Daciolo, deputado federal, que

comandou uma sublevação dos bom-

beiros militares fluminense, e hoje faz

campanha quando não está em reco-

lhimento para fazer orações. Mas só

para comentar uma das suas propos-

tas, contra o desemprego, para ele, a

solução é mais escolas técnicas fede-

rais, para capacitar os cidadãos e de-

pois ele abaixa os juros e os investi-

mentos privados absorverão esses

trabalhadores. Ou seja, o dito cabo

não sabe o tempo que leva para cons-

truir uma escola desse tipo, não sabe

que para entrar em escola técnica

federal tem que se passar num con-

curso difícil, que a maior parte do

nosso povo não está preparado para

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tal, além do que um curso técnico

leva tempo para ser concluído. Ou

seja, terminado o seu mandato as

pessoas ainda não estarão formadas.

Além do que os investimentos para

aumentar a oferta de postos de tra-

balho demandam tempo para cons-

trução de plantas industriais, lojas,

meios e vias de transporte. Etc.

O Sr. Henrique Meirelles, a pesar do

seu belo currículo não empolga mui-

to, se fia numa competência que ale-

ga ter, ele só esquece de que, se

comparado com alguns outros países

de economias importantes, o cresci-

mento da economia brasileira, no

período em que foi presidente do

Banco Central, é decepcionante em

se levando em conta o boom das

commodities que então de vivia,

quando outros países alcançaram

resultados significativos. Se compara-

do com dois dos mais importantes

países dos Brics, Rússia e China fica-

mos muito atrás, pois no período em

tre 2000 e 2013, estes países tiveram

seu PIB, aumentados respectivamen-

te em 8,1 e 7,5 vezes, enquanto o

Brasil aumentou o seu PIB em 3,5

vezes. Ou seja, no mundo dos resul-

tados reais esse currículo não ajuda

muito. Achar que sua eleição seria

como um choque no doente que o

reanimaria é um pouco de convenci-

mento.

O PT por sua vez insistiu em inscrever

o nove do etílico Lula, hoje presidiá-

rio, como candidato, o que tem sua

lógica, já que estamos numa repúbli-

ca de ladrões, nada mais apropriado.

Mas não é assim tem-se de, para o

bem da república, manter as aparên-

cias. O Partido dos Trabalhadores,

para marcar com estardalhaço o lan-

çamento da campanha do presidiário,

demonstrou que só de trabalhadores

no nome, pois lá naquele evento ha-

via somente desocupados, que se

tivessem um trabalho não estariam

lá. Aquilo que foi dito para o Sr. Mei

relles, que foi presidente do BACEN

na gestão Lula, vale para o etílico Lula

também. O mesmo aparece como o

melhor colocado nas pesquisas de

intenção de votos, porque o nosso

povo tem a ilusão que ele voltando

voltam as condições externas favorá-

veis que se deram na época do seu

governo, onde inclusive ele colheu os

frutos dos ajustes econômicos feitos

pelos Tucanos. Mas eu lamento in-

formar que essa lógica não é verossí-

mil. Mas como tudo isso é fogo de

palha, e isso para um homem sabi-

damente dependente de álcool é um

perigo, da o mesmo ter sua ficha suja

em tempos de lei da ficha limpa. Os

petistas têm como plano B a candida-

tura do Sr. Fernando Haddad, que

não ganha nem eleição para síndico

na cidade em que foi prefeito, foi

uma escolha curiosa, e a vice será

uma deputada do PC do B, o que

comprova que este partido é um sa-

télite do PT.

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O caso do Sr. Bolsonaro também é

interessante, pois com seu discurso

de prende e arrebenta aos moldes do

presidente Figueiredo, tem empolga-

do muita gente, tanto é que tirando o

Lula das pesquisas ele assume a lide-

rança. Seu maior argumento é que

escolherá um ministério de notáveis e

isso será suficiente para fazer um

bom governo. Suas propostas, no

campo da segurança pública, têm

atraído multidões, e isso se justifica,

pois se olharmos as declarações nos

últimos 30 anos, vamos ver todos os

presidentes e governadores dizendo

que iam acabar com o crime organi-

zado, e a realidade comprova que

todos eles estavam mentindo. O Sr.

Bolsonaro diz que com ele é pra valer.

Além do que ele não tem medo de

botar o dedo na ferida quando fala da

necessidade de reduzir a idade da

maioridade penal e rever o processo

de progressão das penas criminais.

Devemos lembrar ao candidato que é

importante um posicionamento em

relação à Corrupção Policial, pois uma

polícia corrupta deixa a bandidagem

trabalhar em paz, desde que a sua

pelenga esteja em dia, e isso em toda

a cadeia hierárquica, em alguns casos

chegando até o chefe do executivo

local e isso se dá praticamente no

Brasil todo. Essa verdade, numa crise

de sincericídio, foi dita pelo ministro

da justiça, Torquato Jardim, que foi

premiado com a retirada da área de

segurança das suas atribuições, mas

as forças de intervenção no Estado

fluminense até o momento não de-

ram a devida atenção ao fato, ou seja,

indo por aí as coisas não vão muito

longe. O que é de se lamentar, pois, a

coisa está preta por lá, e o povo do

Estado está acuado e tem fornecido

vítimas à vontade no meio do fogo

cruzado. Aonde isso vai chegar ainda

não está muito claro, nos últimos dias

desse mês os confrontos com as fac-

ções criminosas se intensificaram,

com vítimas inclusive entre os milita-

res, se essa ofensiva vai quebrar os

traficantes, é cedo para sabermos. O

candidato Bolsonaro se propõe a

combater tudo isso. Vamos esperar

para ver.

Concluímos que se os senhores e se-

nhoras candidatas, não explicam mui-

to bem como governarão, nas condi-

ções atuais, de parlamento pulveriza-

do e fisiológico, ou seja, as condições

efetivas não se alteraram. Se tives-

sem visão eles proporiam a fim da

república e não assumirem esse con-

junto de instituições condenadas pela

própria experiência republicana brasi-

leira. Sem isso a atual novela será

revista em 2022. Se o país aguentar

até lá.

O autor se diverte muito vendo os

debates dos candidatos.