Jornal Educativo
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ABRIL/2014
Volume 1, edição 1
Dia Mundial do Autismo
2
Legislação 2
Protocolo 3
Informações 3
DICAS 3
Nesta edição:
EMEB “Profª Yolanda Steffen”
JORNAL
EDUCATIVO
AUTISMO O Autismo é um termo geral
usado para descrever um grupo
de transtornos de desenvolvi-
mento do cérebro, conhecido
como “Transtornos do Espectro
Autista” (TEA). O TEA são um
conjunto de manifestações que
afetam o funcionamento social, a
capacidade de comunicação,
implicam em um padrão restrito
de comportamento e geralmente
vem acompanhado de deficiência
intelectual. O TEA é constituído
pelo Autismo, a síndrome de
Asperger e pelo transtorno global
do desenvolvimento sem outra
especificação. Nos manuais de
classificação esses quadros
estão localizados dentro do
capítulo dos transtornos globais
do desenvolvimento (TGD), que
inclui além dos TEA, a síndrome
de Rett e o transtorno desintegra-
tivo.
Em comum, as pessoas que
fazem parte do TEA apresentam
dificuldades em entender as
regras de convívio social, a co-
municação não-verbal, a intenci-
onalidade do outro e o que os
outros esperam dela. Com essas
dificuldades funcionais, o impacto
na eficiência da comunicação é
muito grande, fazendo com que o
desenvolvimento do cérebro
social mantenha-se cada vez
mais insuficiente para exercer as
funções necessárias para a
interação social.
Os sintomas do autismo normal-
mente permanecem com a pes-
soa durante toda a sua vida.
Uma pessoa pouco afetada pode
parecer apenas um tanto diferen-
te e ter uma vida normal. Uma
pessoa gravemente afetada pode
ser incapaz de falar ou cuidar de
si mesma. A intervenção precoce
pode fazer uma grande diferença
no desenvolvimento da criança.
A maneira como seu filho age e
se comporta atualmente pode ser
muito diferente de como ele agirá
e se comportará no futuro.
Atualmente não existe um teste
médico específico para o diag-
nóstico de autismo. O diagnósti-
co baseia-se na história de vida
do paciente, no comportamento
observado em diversas situações
e em testes educacionais e psi-
cológicos. Como os sintomas do
autismo variam, as vias para a
obtenção do diagnóstico também
variam. Em algumas crianças
são identificados atrasos no
desenvolvimento antes delas
serem diagnosticadas com autis-
mo e assim podem receber inter-
venção precoce ou serviços de
educação especial.
O tratamento para o autismo nor-
malmente é um programa intenso e
abrangente que envolve a família da
criança e um grupo de profissionais.
Alguns programas podem ser feitos
em casa e incluir profissionais
especialistas e terapeutas treinados.
Alguns programas são colocados
em prática dentro de uma instituição
especializada, na sala de aula ou na
escola de educação infantil. Não é
incomum uma família optar por
combinar mais de um método de
tratamento.
Os programas de intervenção inten-
sivos para os sintomas principais
do autismo abordam as questões
sociais, de comunicação e questões
cognitivas centrais do autismo. O
programa de tratamento depende
das dificuldades (inabilidades) e dos
pontos fortes (habilidades) da
criança.
Cada fase do desenvolvimento
apresenta necessidades peculiares.
Na fase pré-escolar, o desenvolvi-
mento da coordenação motora e a
capacidade de adaptação ao grupo
são fundamentais. Na fase de alfa-
betização, dificuldades podem
requerer intervenção de fonoaudió-
logo e psicopedagogo. Já a entrada
na adolescência, pode trazer novas
dificuldades e requerer outras
prioridades de intervenção.
A intervenção comportamental, a
terapia ocupacional e a terapia
fonoaudiologia normalmente estão
integradas ao programa.
TRATAMENTO
Página 2 JORNAL EDUCATIVO
No Dia Mundial de Conscientização do
Autismo, 02 de abril, diversos locais ga-
nham iluminação na cor azul, para simboli-zar a pessoa com autismo e a inclusão
dessas pessoas na sociedade. A sede da
Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo ilumina-se
com o tom azul do dia 02 à 0h00 do dia 03.
Em São Paulo, além do prédio da Secretaria, estarão iluminados os arcos do Anhangabaú,
a Ponte Estaiada e o Monumento às Bandei-
ras. Outros pontos do país também estarão iluminados com a cor azul, como o Cristo
Redentor, no Rio de Janeiro e a Ponte Rio
Negro, no Amazonas.
Neste dia especial, o Governo do Estado de São Paulo, por meio das Secretarias de
Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiên-
cia e da Saúde, anuncia o Protocolo do Estado de São Paulo de Diagnóstico, Trata-
mento e Encaminhamento de Pacientes
com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O documento considera que dentro do
autismo, o grau de gravidade varia entre
pessoas que apresentam um quadro leve, e com total independência e discretas dificul-
dades de adaptação e comunicação, até
aquelas pessoas que são dependentes para as atividades de vida diária, ao longo de
toda a vida.
Diante deste cenário, foram classificados os
diversos níveis e graus para o diagnóstico dessas pessoas, por meio de análise de
quadro clínico. Dentro do estudo desse tipo
de deficiência intelectual, também foram encontrados pontos que mostram que, além
de um componente genético, existe também
um componente ambiental para que a pes-soa nasça com autismo.
Conforme o Protocolo, entre as abordagens
terapêuticas estão: projeto terapêutico singular; terapia fonoaudiologia; terapia
ocupacional e tratamento medicamentoso
no TEA. As reavaliações das pessoas autis-
tas devem ser feitas a cada seis meses, com
o intuito de observar os ganhos obtidos com o tratamento específico, pontos de estagna-
ção e quais as novas necessidades de cada
atendido. DIAGNÓSTICO
De acordo com o Protocolo, algumas das
características que diagnosticam a pessoa com autismo são: prejuízo qualitativo na
interação social; prejuízos qualitativos na
comunicação; e padrões restritos e repetiti-vos de comportamento. Outras característi-
cas podem ser identificadas como: dificul-
dade em sentir empatia em relação aos
demais e crises de agitação. O diagnóstico dos Transtornos do Espectro
Autista é clínico e deve ser feito de acordo
com os critérios da Organização Mundial da Saúde, pela anamnese, (entrevista realizada
pelo profissional de saúde) com pais e cui-
dadores e mediante observação clínica dos comportamentos.
A identificação precoce dos sinais e dos
sintomas para o desenvolvimento do TEA é fundamental e quanto antes o tratamento
for iniciado, melhores são os resultados.
Entre esses sinais estão: a falta de sorrisos e expressões alegres nas crianças; falta de
resposta da criança às tentativas de intera-
ção; falta de resposta quando a criança é
chamada pelo nome; entre outros. São necessárias avaliações pediátri-
ca/clínica, neurológica e psiquiátrica am-
plas e completas, para que o diagnóstico diferencial seja de qualidade. Dentre os
diagnósticos diferenciais estão: baixa acui-
dade e deficiência auditiva; privação psicos-social severa; deficiência intelectual; trans-
torno de linguagem; e mutismo seletivo,
entre outros.
O diagnóstico de autismo já é possível antes
dos três anos de idade. Em geral, as princi-
pais características de uma criança com essa condição são: dificuldades na interação
social, comunicação tardia, palavras e movi-
mentos repetitivos, que podem se manifes-tar em maior ou menor grau, dependendo
do tipo de autismo.
Recomenda-se que os pais com suspeitas levem a criança ao pediatra ou, se necessá-
rio, ao neuropediatra ou psiquiatra infantil.
Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de favorecer seu desenvolvi-
mento.
Fonte: http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/ultimas-noticias/no-
dia-mundial-do-autismoo-estado-de-sao-paulo-anuncia-protocolo-sobre-
No Dia Mundial do Autismo, o Estado de São Paulo anuncia Protocolo sobre pessoas com autismo e se ilumina de azul
ainda uma punição para ges-tores escolares que recusa-rem a matricular alunos com autismo. O responsável pela
negação está sujeito a multa de 3 a 20 salários mínimos. O texto afirma ainda que “em casos de comprovada neces-sidade, a pessoa com trans-torno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular (…) terá direito a acompanhante espe-cializado”. A pessoa com autismo tam-bém não poderá ser impedida de participar de planos de saúde em razão de sua condi-
ção. Além disso, terão direito a atendimento com uma equipe de médicos, como
neurologista, psiquiatra e terapeuta de fala. O texto foi sancionado com vetos que causaram polêmica entre representantes do se-tor. Foram retirados dois dis-
positivos que garantem aten-dimento especial a alunos que não puderem frequentar a rede regular de ensino,
sempre em função das neces-sidades de cada estudante. O argumento do governo é de que a exclusão dos alunos autistas das escolas regulares é contrária à Convenção so-bre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da qual o Brasil é signatário. Segundo o acordo, todas as pessoas com deficiência devem ter acesso aos ensinos primário e secundário inclusivos.
Fonte: http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/ultimas-
noticias/no-dia-mundial-do-autismoo-estado-de-sao-paulo-
anuncia-protocolo-sobre-pessoas-com-autismo-e-se-ilumina-de-
azul
No final de 2012, a presiden-te Dilma Rousseff sancionou uma lei aprovada pelo Con-gresso que assegura novos
direitos aos autistas. A medi-da vale para serviços de saú-de, educação, nutrição, mo-radia, trabalho, previdência e assistência social. Devem se beneficiar não só os pacien-tes com diagnóstico fechado, mas também aqueles casos em que há suspeita. A Lei nº 12.764, que institui a “Política Nacional de Prote-ção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista”, dá a esse grupo os
benefícios legais de todos os indivíduos com deficiência, incluindo desde a reserva de
vagas em empresas com mais de cem funcionários até o atendimento preferencial em bancos e repartições públi-cas. O texto sancionado prevê
Legislação
Volume 1, edição 1 Página 3
Mary e Max:
Uma Amizade Diferente (Mary and Max) – 2009
Uma história de amizade entre duas pessoas
muito diferentes: Mary Dinkle, uma menina gor-
dinha e solitária, de oito anos, que vive nos su-
búrbios de Melbourne, e Max Horovitz, um ho-
mem de 44 anos, obeso e judeu que vive com
Síndrome de Asperger no caos de Nova York.
Alcançando 20 anos e 2 continentes, a amizade
de Mary e Max sobrevive muito além dos altos e
baixos da vida. Mary e Max é viagem que explo-
ra a amizade, o autismo, o alcoolismo, de onde
vêm os bebês, a obesidade, a cleptomania, a di-
ferença sexual, a confiança, diferenças religio-
sas e muito mais.
Informações:
Nesta conversa desenhada, queremos
falar com vocês, professores, pais, mães
e profissionais de saúde, sobre milhares
de crianças que estão precisando de sua
atenção para começarem a ultrapassar
as barreiras do autismo. como ajudá-las?
e como é, na realidade, o autismo?
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Cartilha
DICAS
Página 4 Título do boletim informativo
Atenção
JORNAL EDUCATIVO