Jornal Folha da Região, de Araçatuba, dá destaque a "Fazendo Meu Filme 3"

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Araçatuba Jean Oliveira [email protected] E stefânia Castelino Belluz, ou simplesmente Fani, é uma ado- lescente cheia de expectativas e trata sua vida como se ela fosse en- redo de cinema. Suas aventuras com as amigas e com o seu grande amor, que se chama Leo, já rendeu três li- vros. A série "Fazendo meu filme" (Editora Gutenberg), da escritora mi- neira Paula Pimenta, tem se tornado uma febre entre os adolescentes de to- do o país. Em entrevista à Folha da Região , a autora conta que a história desta garota sonhadora vai terminar em um quarto livro, que vai ser lança- do em 2011. Paula revela, também, que man- tém algumas coisas em comum com a Fani, mas que a personagem já tem tido vida própria. "Por mais que eu já tenha planejado mentalmente cada passo dela, a história parece que toma rumo próprio", conta. Paula Pimenta formou-se em Pu- blicidade pela PUC-MG (Pontifícia Universidade Católica de Minas Ge- rais), cursou o Creative Writing, em Londres, e é professora de música, cantora, atriz e escritora. Leia trechos da entrevista: Quando se descobriu como escritora? Gosto de escrever desde criança. Na época do vestibular, escolhi Jorna- lismo, embora tenha mudado pra Pu- blicidade no meio do curso para pro- fissionalizar esse amor pela escrita, mas aos poucos percebi que o que eu queria mesmo era escrever com emo- ção e não imparcialmente. Lancei um livro de poesias e fui convidada para ser cronista do site "Crônica do Dia", onde eu escrevia quinzenalmente. Quando os primeiros livros de chick- lit começaram a aparecer, na época de Bridget Jones, eu senti uma gran- de vontade de escrever um livro na- quele formato. Comecei alguns, mas foi com "Fazendo meu filme" que real- mente me empolguei. Na mesma épo- ca, eu fui para Londres para fazer um curso de Creative Writing (Escrita Criativa) e as aulas foram fundamen- tais para que a minha história se de- senvolvesse. Quando terminei o pri- meiro livro, senti que eu realmente havia encontrado o meu estilo e o que eu gosto de escrever. Qual o motivo de escrever pa- ra o público adolescente? Eu realmente acho mais fácil es- crever para adolescentes do que para adultos. Os adolescentes conservam ainda uma pureza infantil e não leem já predispostos a não gostarem, são abertos, ao contrário de muitos adul- tos. Além disso, eu considero a época da adolescência uma das melhores da minha vida até agora, e escrevendo histórias sobre adolescentes, eu mato um pouquinho da saudade e, de certa forma, revivo aquela fase. Como surgiu a personagem Fani? A Fani surgiu meio de repente. Em outubro de 2004, exatamente na noite do início de 'horário de verão', eu estava no computador e de repen- te tive a ideia de começar um livro falando exatamente sobre isso: Duas amigas que saíam, mas que tinham que voltar no horário imposto pelo pai de uma delas. Com o adiantar do relógio, elas acabavam perdendo uma hora. Mais tarde, essa passagem aca- bou virando o capítulo dois do livro. Quando comecei a escrever, eu nem tinha ideia do que viria, só mais tarde é que pensei no tema principal, que é o dilema da Fani entre largar o gran- de amor para fazer intercâmbio ou deixar de viajar para ficar com ele. As características dela, como a paixão por cinema, surgiram um pouco de- pois também. Esperava chegar ao terceiro livro com ela? Quando "Fazendo meu filme 1" foi lançado, eu nem de longe imagina- va que ele passaria da 1ª edição (hoje ele já está na 4ª). Foi uma grande sur- presa quando comecei a receber e-mails de leitores que eu nem conhe- cia, elogiando e pedindo a continua- ção da história. Aos poucos, os e-mails começaram a ser uma realidade diária e eu percebi que realmente o livro es- tava se popularizando. A partir do lan- çamento do segundo volume, eu resol- vi que a história seria uma série. Mas ainda não sei como vou fazer para me despedir da Fani quando eu escrever a última palavra do último livro... O que você tem em comum com a personagem? A Fani se parece um pouquinho comigo, especialmente na timidez, no jeito sonhador, na introversão. E, co- mo ela, eu também amo cinema e te- nho uma enorme coleção de DVDs! Ela já tem vida própria nas histórias, ou você ainda conse- gue decidir o futuro da Fani? No momento da escrita acontece uma coisa interessante. Por mais que eu já tenha planejado mentalmente ca- da passo dela, a história parece que toma rumo próprio. Eu tenho na cabe- ça exatamente como vai ser o destino da Fani, mas nada impede que isso mude, pois ainda estou escrevendo o último livro. Já decidiu se ela fica definiti- vamente com Leo? Sim, já decidi. Mas para saber es- sa resposta, vocês vão ter que esperar o quarto livro... Como você percebe o impac- to de sua obra sobre a vida dos leitores? Os próprios leitores (especial- mente as leitoras) me escrevem dia- riamente dizendo o quanto eu mudei a vida deles, contam que através dos meus livros, pela identificação que ti- veram com eles, aprenderam a valori- zar pequenas coisas, que agora enten- dem que a vida de cada um pode ser como a de um filme, que para ela ser especial, a gente não precisa ter pode- res secretos, namorar um ser sobrena- tural ou nascer na família real. Fico feliz com isso, pois somos protagonistas da nossa própria histó- ria, e devemos a cada dia imaginar como encenar melhor esse papel pa- ra o mundo. Quais são seus projetos para 2011? Em 2011 pretendo continuar a divulgar "Fazendo meu filme 3", que acaba de ser lançado, escrever e publi- car "Fazendo meu filme 4", o último volume da série, e também o primei- ro da minha próxima série. Talvez, também, se eu encontrar tempo no meio disso tudo, eu escreva mais al- guns livros... ideias não me faltam! Confissões LITERATURA de adolescente Fotos: Divulgação Quarto livro da série “Fazendo Meu Filme”, da escritora mineira Paula Pimenta, chega ao mercado em 2011; publicação faz sucesso entre os jovens, principalmente as meninas SÉRIE Capa do terceiro livro da série, ‘O Roteiro Inesperado de Fani’, que acaba de sair A AUTORA Paula diz que gosta de escrever para adolescentes porque eles são receptivos D1 Araçatuba, terça-feira, 30 de novembro de 2010

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Araçatuba

Jean Oliveira

[email protected]

Estefânia Castelino Belluz, ousimplesmente Fani, é uma ado-lescente cheia de expectativas

e trata sua vida como se ela fosse en-redo de cinema. Suas aventuras comas amigas e com o seu grande amor,que se chama Leo, já rendeu três li-vros. A série "Fazendo meu filme"(Editora Gutenberg), da escritora mi-neira Paula Pimenta, tem se tornadouma febre entre os adolescentes de to-do o país. Em entrevista à Folha daRegião , a autora conta que a históriadesta garota sonhadora vai terminarem um quarto livro, que vai ser lança-do em 2011.

Paula revela, também, que man-tém algumas coisas em comum com aFani, mas que a personagem já temtido vida própria. "Por mais que eu játenha planejado mentalmente cadapasso dela, a história parece que tomarumo próprio", conta.

Paula Pimenta formou-se em Pu-blicidade pela PUC-MG (PontifíciaUniversidade Católica de Minas Ge-rais), cursou o Creative Writing, emLondres, e é professora de música,cantora, atriz e escritora. Leia trechosda entrevista:

Quando se descobriu comoescritora?

Gosto de escrever desde criança.Na época do vestibular, escolhi Jorna-lismo, embora tenha mudado pra Pu-blicidade no meio do curso para pro-fissionalizar esse amor pela escrita,mas aos poucos percebi que o que euqueria mesmo era escrever com emo-ção e não imparcialmente. Lancei umlivro de poesias e fui convidada paraser cronista do site "Crônica do Dia",onde eu escrevia quinzenalmente.Quando os primeiros livros de chick-lit começaram a aparecer, na épocade Bridget Jones, eu senti uma gran-

de vontade de escrever um livro na-quele formato. Comecei alguns, masfoi com "Fazendo meu filme" que real-mente me empolguei. Na mesma épo-ca, eu fui para Londres para fazer umcurso de Creative Writing (EscritaCriativa) e as aulas foram fundamen-tais para que a minha história se de-senvolvesse. Quando terminei o pri-meiro livro, senti que eu realmentehavia encontrado o meu estilo e oque eu gosto de escrever.

Qual o motivo de escrever pa-ra o público adolescente?

Eu realmente acho mais fácil es-crever para adolescentes do que paraadultos. Os adolescentes conservamainda uma pureza infantil e não leemjá predispostos a não gostarem, sãoabertos, ao contrário de muitos adul-tos. Além disso, eu considero a épocada adolescência uma das melhores daminha vida até agora, e escrevendohistórias sobre adolescentes, eu matoum pouquinho da saudade e, de certaforma, revivo aquela fase.

Como surgiu a personagemFani?

A Fani surgiu meio de repente.Em outubro de 2004, exatamente nanoite do início de 'horário de verão',eu estava no computador e de repen-te tive a ideia de começar um livrofalando exatamente sobre isso: Duasamigas que saíam, mas que tinhamque voltar no horário imposto pelopai de uma delas. Com o adiantar dorelógio, elas acabavam perdendo umahora. Mais tarde, essa passagem aca-bou virando o capítulo dois do livro.Quando comecei a escrever, eu nemtinha ideia do que viria, só mais tardeé que pensei no tema principal, que éo dilema da Fani entre largar o gran-de amor para fazer intercâmbio oudeixar de viajar para ficar com ele. Ascaracterísticas dela, como a paixãopor cinema, surgiram um pouco de-pois também.

Esperava chegar ao terceirolivro com ela?

Quando "Fazendo meu filme 1"foi lançado, eu nem de longe imagina-va que ele passaria da 1ª edição (hojeele já está na 4ª). Foi uma grande sur-presa quando comecei a recebere-mails de leitores que eu nem conhe-cia, elogiando e pedindo a continua-ção da história. Aos poucos, os e-mailscomeçaram a ser uma realidade diáriae eu percebi que realmente o livro es-tava se popularizando. A partir do lan-

çamento do segundo volume, eu resol-vi que a história seria uma série. Masainda não sei como vou fazer para medespedir da Fani quando eu escrever aúltima palavra do último livro...

O que você tem em comumcom a personagem?

A Fani se parece um pouquinhocomigo, especialmente na timidez, nojeito sonhador, na introversão. E, co-mo ela, eu também amo cinema e te-nho uma enorme coleção de DVDs!

Ela já tem vida própria nashistórias, ou você ainda conse-gue decidir o futuro da Fani?

No momento da escrita aconteceuma coisa interessante. Por mais queeu já tenha planejado mentalmente ca-da passo dela, a história parece quetoma rumo próprio. Eu tenho na cabe-ça exatamente como vai ser o destinoda Fani, mas nada impede que issomude, pois ainda estou escrevendo oúltimo livro.

Já decidiu se ela fica definiti-vamente com Leo?

Sim, já decidi. Mas para saber es-sa resposta, vocês vão ter que esperaro quarto livro...

Como você percebe o impac-to de sua obra sobre a vida dosleitores?

Os próprios leitores (especial-mente as leitoras) me escrevem dia-riamente dizendo o quanto eu mudeia vida deles, contam que através dosmeus livros, pela identificação que ti-veram com eles, aprenderam a valori-zar pequenas coisas, que agora enten-dem que a vida de cada um pode sercomo a de um filme, que para ela serespecial, a gente não precisa ter pode-res secretos, namorar um ser sobrena-tural ou nascer na família real.

Fico feliz com isso, pois somosprotagonistas da nossa própria histó-ria, e devemos a cada dia imaginarcomo encenar melhor esse papel pa-ra o mundo.

Quais são seus projetos para2011?

Em 2011 pretendo continuar adivulgar "Fazendo meu filme 3", queacaba de ser lançado, escrever e publi-car "Fazendo meu filme 4", o últimovolume da série, e também o primei-ro da minha próxima série. Talvez,também, se eu encontrar tempo nomeio disso tudo, eu escreva mais al-guns livros... ideias não me faltam!

ConfissõesLITERATURA

de adolescenteFotos: Divulgação

Quarto livro da série “Fazendo Meu Filme”,

da escritora mineira Paula Pimenta,

chega ao mercado em 2011;

publicação faz sucesso entre os jovens,

principalmente as meninas

SÉRIE Capa do terceiro livroda série, ‘O Roteiro Inesperadode Fani’, que acaba de sair

A AUTORA Paula diz que gosta de escrever para adolescentes porque eles são receptivos

D1 Araçatuba, terça-feira, 30 de novembro de 2010