Jornal Folha do Povo - Março 2013

8
folha povo do HISTÓRIAS HÁ 50 ANOS IMPRIMINDO CONCEITOS GUARATINGUETÁ, Fevereiro e Março 2013 - ANO 50 - Nº 1196 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - VENDA PROIBIDA BEM-ESTAR PÁG. 06 Superação e força de vontade, Como tornar um sonho em uma meta e realidade, em uma vida saudável. Por Patrícia Palandi PÁG. 04 Da vida real as lembranças que cruzam fronteiras, Frei Galvão conta com seu próprio selo. Por Thereza Maia PRATIQUE EDUCAÇÃO PÁG. 04 A importância da conscientização do aluno perante as tarefas escolares. Por Angelina Moreno PÁG. 05 Os benefícios que as aulas de Educação Física proporcionam ao crescimento . Por Alberto Limongi SÃO BENEDITO FESTA, HISTÓRIA E DEVOÇÃO Foto: Danilo Rosas

description

 

Transcript of Jornal Folha do Povo - Março 2013

folha povodo

HISTÓRIAS

HÁ 50 ANOS IMPRIMINDO CONCEITOS

GUARATINGUETÁ, Fevereiro e Março 2013 - ANO 50 - Nº 1196 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - VENDA PROIBIDA

BEM-ESTAR

PÁG. 06

Superação e força de vontade, Como tornar um sonho em uma meta e realidade, em uma vida saudável. Por Patrícia Palandi

PÁG. 04

Da vida real as lembranças que cruzam fronteiras, Frei Galvão conta com seu próprio selo. Por Thereza Maia

PRATIQUE

EDUCAÇÃO

PÁG. 04

A importância da conscientização do aluno perante as tarefas escolares.Por Angelina Moreno

PÁG. 05

Os benefícios que as aulas de Educação Física proporcionam ao crescimento . Por Alberto Limongi

SÃO BENEDITO FESTA, HISTÓRIA E DEVOÇÃO

Foto

: Dan

ilo R

osas

Danilo Rosas

02 | folha do povo

| EDITORIAL |

Editor: Danilo Rosas MTB/SP 37.619Administração: Renata RosasProjeto Gráfico: Studio DRCoordenadora Editorial: Lívia FernandesCoordenadora de Arte: Beatriz MathídiosRedação: Julio MazieroOperações Comerciais: Daniele Castro

Registrado em 12/04/1962 Reg. Livro B-1 nº 15 Fls 15 Mat. Jornais e RevistasFUNDADOR G. Dimas Carvalho Rosas - Reg. DRT/SP 7343 - SJPESP 2210Comercial: Bene CarvalhoDesign Gráfico: Walder Guimarães e Renan Mendonça.Colaboradores: Patrícia Palandi, Alberto Limongi, Angelina Moreno, Irene Margarido e Thereza Maia Fotografias: Danilo Rosas, Claudio Antônio Barbosa. Publicação: Fevereiro e Março/2013Para anunciar ligue (12) 3133-2449 ou pelo e-mail: [email protected]ão: Resolução Gráfica

EXPEDIENTE

02 | folha do povo

folha povodo

Editora Expedições: Rua Monsenhor Filippo, 367Guaratinguetá/SP – CEP 12.501-410 email: [email protected]. site: www.editoraexpedicoes.com.brA Editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados.

“SE QUISERMOS UMA VIDA EM HARMONIA, NÃO HÁ OUTRO CAMINHO,

EXCETO O DA PAZ INTERIOR. NADA DO LADO DE FORA RESOLVERÁ.”

FMV http://fmarcondesvelloso.blogspot.com

Este ano, no mês de maio, São José dos Campos vai honrar o mês dedicado as noivas. Em seu primeiro casamento comunitário, a cidade irá celebrar o casamento de 150 casais. A celebração será realizada no Parque da Cidade, principal área verde do município. Os noivos que terão de apresentar duas testemunhas, poderão escolher os seus padrinhos, mas um deles será em comum, o prefeito Carlinhos Almeida (PT) e a primeira dama e presi-dente da câmara, Amélia Naomi (PT). Para quem quiser participar desta celebração e dizer o seu “sim” juntos de outros noi-vos, o cadastro pode ser feito no 2º Cartório de Registro Civil, em Santana, o custo é de R$ 24,15. Para se cadastrar deve possuir em mãos qualquer documento de identificação (certidão de nascimento, RG, CNH), o prazo para a inscrição segue até dia 30 de abril. A cerimônia será realizada no dia 25, às 10h. O 2º Cartório de Registro Civil está localizado na Avenida Princesa Isabel, 1717, em Santana. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h, e aos sábados, das 8h30 às 12h.

Segundo dados do SEBRAE-SP, as micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas fecha-ram o ano de 2012 com aumento de 8,1% no faturamento real (já descontada a inflação) ante 2011. Só em dezembro, as MPEs do Estado de São Paulo faturaram 6,3% mais do que no mesmo mês do ano anterior, o melhor resultado para o período desde 2000. O resultado merece destaque principalmente porque, segundo a previsão de analistas de mercado, a economia brasileira apresenta desempenho fraco e o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer apenas 0,95% em 2012. Como ocorre tradicionalmente em dezembro, as MPEs também foram beneficiadas pelas vendas de Natal, o que significou ganhos 8,2% maiores do que em novembro. Por setores, no acumulado do ano, o comércio lidera com aumento de 9,6% na receita, depois aparece o setor de serviços, cuja alta foi de 7%, e, por fim, vem a indústria com avanço de 5,6%. A receita total das MPEs paulistas foi de R$ 528,5 bilhões em 2012.

MPEs paulistas fecham 2012 com alta de 8,1% no faturamento

São José dos Campos celebra seu primeiro casamento comunitário

Pois é meus amigos, estamos no primeiro trimestre de 2013!Ainda não aconteceu a Copa das Confederações, a Jornada

Mundial da Juventude e nem a Copa do Mundo. Mas a nossa clas-se política já começa as articulações para escolher o titular para o Palácio do Planalto no pleito de 2014.

A novidade é que não existem novidades. Os mesmos partidos, os mesmos nomes e as mesmas atitudes irresponsáveis por parte do executivo e legislativo.

O congresso está entulhado de projetos importantes a serem votados, isso sem falar nas CPIs (mais conhecidas como rodízios de pizza) encalhadas e enterradas por lá. E a horda política, ávida por sua gorda fatia no enorme bolo de nossa pátria mãe gentil, deixa de lado o hoje e volta os olhos para o possível amanhã;

Se, ao menos, começassem com boas ideias, mas não. A me-lhor tática é o ataque ao adversário, aos projetos e realizações do inimigo político. Não importa se o que o rival fez foi bom para o povo ou para a nação. Aqui vale adaptar aquela máxima (empoeirada e enferrujada) dita em alguma masmorra escura das revoluções: “Se é do governo, sou contra”.

Não há continuidade, só continuísmo. Não existem projetos, só artimanhas. Não existe planejamento, só articulações.

E como diria o matuto: “Assim nóis veve!”

ASSIM NÓIS VEVE!

folha do povo | 03

| MATÉRIA ESPECIAL |

Guaratinguetá, nesta semana, foi palco de uma das mais ricas manifestações de fé, cul-tura e folclore do Vale do Paraíba, a Festa de São Benedito. Celebrada sempre na segunda--feira após a Páscoa, a festa é uma das mais tradicionais do Estado de São Paulo e a mais antiga da região. Neste ano, comemorando seus 256 anos, a festividade resistiu ao tempo e ainda é feita como na época dos escravos devotos do santo, reproduzindo assim o modo de comemoração do passado.

Um dos segredos da preservação desta tradição é a manutenção de pessoas responsáveis pela Irmandade de São Benedito na organização do evento. Para a realização da festa, os integrantes da irmandade fazem doações de prendas, como o açúcar, um dos principais ingredientes para a produção dos doces. Para que não haja atrasos, a arrecadação das do-ações é feita com bastante antecedência.

Considerada um patrimônio imaterial do município, a Festa de São Benedito preserva os costumes e a fé dos devotos por meio das manifestações populares, como a Congada, o Moçambique e a cavalgada. A apresentação de grupos folclóricos de Congada e Mo-çambique, por sinal, é essencial para manter intacta esta herança cultural, bem como a distribuição de doces e a procissão com a imagem do santo protetor dos cozinheiros, dos negros e dos pobres.

A saída das “Caixas”, devotos tocando instrumentos de percussão, marcam o início da festa, na manhã do domingo de Páscoa. Em seguida, sai às ruas a famosa Cavalaria de São Benedito, que vai até a Igreja de Santa Rita, passa pelo Cemitério de Guaratinguetá, em ato de reverência aos cavaleiros já mortos, e segue em direção à Praça Piratininga.

O período da tarde é marcado pela procissão do Mastro, que é acompanhada pelas cavalarias de São Gonçalo e São Benedito e pelos grupos de Congada e Moçambique. Em seguida é realizado o erguimento do mastro com a bandeira do santo. À noite, os visitantes podem se divertir na quermesse, montada em frente à igreja, que traz atrações variadas, com shows musicais e várias barracas de doces, sanduíches de linguiça, bingos e jogos de argola.

Mesa farta – A segunda-feira, dia do santo, começa com a apresentação de oito gru-pos de Congada, que sempre dançam no átrio da igreja após a missa solene, realizada às 10h da manhã. Para reverenciar São Benedito, os grupos de Congada e Moçambique, de cidades vizinhas como Cunha, Lagoinha e Piquete, dançam como os escravos costumam fazer no século XVIII, durante o louvor ao santo. Ao meio dia é realizada a benção e dis-tribuição dos tradicionais doces de mamão, abóbora e batata-doce.

A dedicação e participação ativa dos fiéis de São Benedito também podem ser obser-vadas na tradição que os organizadores e voluntários da festa mantêm de, no domingo, recepcionar em suas casas, com um farto café da manhã, os integrantes dos grupos de

Congada, que chegam para participar da celebração da missa solene. Após a apresentação folclórica é também servido um almoço para os participantes da festa.

A paróquia de São Benedito é a única do Estado com sede própria, construída com recursos da festa.

São Benedito – Descendentes de escravos etíopes, Benedito nasceu na Sicília, Itália, em 1526. Apelidado de Mouro, foi pastor de ovelhas e lavrador em São Filadelfo, perto de Messina. Aos 18 anos de idade decidiu consagrar-se ao Senhor e professou os votos de po-breza, obediência e castidade, passando a viver entre os Irmãos Eremitas de São Francisco de Assis. Em seguida se mudou para o Convento dos Capuchinhos, onde desempenhava a função de cozinheiro. No local, sempre que podia, retirava mantimentos do convento para distribuir aos pobres. Conta a tradição, que certa ocasião ele foi flagrado pelo superior do convento que indagou sobre o que carregava debaixo do manto. Benedito respondeu que eram rosas. Quando levantou o manto, o alimento tinha se transformado em flores. Entre outros sacrifícios, o santo andava descalço e dormia no chão sem cobertas. Conhecendo sua história, muitas pessoas alcançaram graças após o procurarem para pedir conselhos e orações. Benedito de Filadelfo morreu aos 63 anos de idade, em 4 de abril de 1589, em Palermo, na Itália. Ele foi canonizado em maio de 1807, pelo Papa Pio VII.

SÃO BENEDITO FESTA, HISTÓRIA E DEVOÇÃO

Por Julio Maziero

Foto

: Dan

ilo R

osas

Foto

: Dan

ilo R

osas

04 | folha do povo

* Patrícia N. P. PalandiNutricionista Esportiva (CRN: 30.298)Email: [email protected] / Telefone para contato: 3126-4692

I PRATIQUE Ipor Alberto Nepomuceno Limongi

* Alberto Nepomuceno Limongi é Gestor Público de Esporte, Professor Universitário, lecionando disciplinas relacionadas com administração e organização desportiva e trei-namento esportivo, na ESEFIC (Escola Superior de Cruzeiro).

I BEM-ESTAR Ipor Patrícia Palandi

Para uma mudança de vida em primeiro lugar precisamos usar toda nossa força de vontade. A força de vontade é sua capacidade de começar algo e dizer “Hora de ficar engajado”! É

uma concentração de forças. Você junta toda a energia e dá um pulo adiante. A aplicação de força de vontade inclui os seguintes passos:

* Escolher seu objetivo* Criar um plano de ataque* Executar o planoVamos citar um exemplo, se você precisa de força de vontade para emagrecer, primeiro

você precisa: escolher o objetivo e focar nele, que é o emagrecimento. Criar o plano, significa agendar uma consulta com um profissional especializado e iniciar alguma atividade física. E por fim, executar o plano, seguindo exatamente a proposta elaborada, sem deixar que os obstáculos atrapalhem. “Os Rios só conseguem chegar ao mar porque contornam e superam enormes obstáculos e quanto maior for o rio, maiores terão sido as barreiras”.

E quais são os obstáculos para quem inicia um programa de mudança de hábitos? A Chu-va, por exemplo, que faz com que a pessoa desista de ir à academia, as festas dos finais de semana e os feriados que são motivos mais do que suficiente para uma pessoa NÃO decidida se deixar levar pelas delícias e sair totalmente da dieta, a preguiça, que também é conhecida como ``pouca força de vontade´´, o convite irresistível de um amigo para ir ao um barzinho em plena quarta-feira e esquecer dos exercícios

Será que vale a pena deixar esses pequenos obstáculos atrapalharem seu percurso até a vitória? Será que vale a pena se esbanjar na feijoada e na cervejinha e esquecer que você tem uma meta a alcançar? Veja algumas dicas para te inspirar em sua decisão:

1ª - Não fique ensaiando uma decisão. É normal imaginar o que se pode perder ao fazer uma escolha. Essa preocupação não pode minar sua força de vontade..

2ª - Foque na sua meta e sua conquista. Ao mudar hábitos, pense no quanto você vai ganhar com isso, ao invés de pensar no que vai perder.

3ª - Não seja radical. Se numa festa exagerou no salgadinho, ou se deixou de se exercitar numa semana atípica, recupere-se rapidamente.

4ª - Controle suas emoções. A vida é cheia de momentos difíceis não deixe que esses mo-mentos descontrolem totalmente o que você já conquistou.

5ª - Não mude para agradar ninguém, mude para agradar a si mesmo, pense em sua saúde física e mental, pense no quanto essa mudança te favorecerá, pense em sua auto-estima, pense em seu bem estar!

6ª - Comemore cada bom resultado. Se você emagreceu um quilo em um período, mas gostaria de ter emagrecido mais, não desanime e comemore, porém não ache que seu objeti-vo foi concluído muitas pessoas emagrecem muito pouco e se acomodam com essa mínima perda, se esquecendo que ainda tem um objetivo a alcançar. Decida de maneira consciente juntamente com sua nutricionista qual é o peso ideal para você e essa será sua meta!

Mas lembre-se você precisa querer, seus resultados dependem de você! Grande exemplo de determinação e força de vontade , Cláudio Antônio Barbosa, 45 anos, tomou sua decisão de mudança de vida aos 40 anos devido a um sério problema de saúde. Iniciou seu programa em 01/8/2007 pesando 134kg em Abril de 2008 chegou a 81kg. Além de uma alimentação saudável faz reforço muscular, corrida e participa de maratonas. Hoje está se graduando em Educação Física.

Força de Vontade e DETERMINAÇÃO

Iniciou-se um novo ano no calendário escolar, que bom!Os materiais escolares já foram comprados, novos uniformes foram adquiridos, tudo novo,

para um mundo novo, que sonham nossas crianças, adolescentes e porque não, adultos. To-dos em busca de dias melhores, de novas oportunidades, de sonhos por uma vida melhor. Uns iniciaram na vida escolar, outros começaram uma nova série e outros ainda, ansiosos na ex-pectativa de por a mão no diploma. Tudo é festa e inédito. Educação de qualidade, formação, profissão, emprego, enfim uma aposta no futuro.

É sensacional pensar no futuro construindo-o no presente, dia a dia, ano a ano, vencendo ba-talhas e obstáculos. Sonhos, esperança, novos colegas e amizades conquistadas e consolidadas no tempo de escola. Muito bom!

Dia destes, conversando numa roda de educadores o rumo da prosa, para não ficar fora de moda, chegou aos Jogos Olímpicos, a grande festa universal do esporte, que desta vez ocorrerá no Brasil, Rio de Janeiro, daqui dois anos. Conversa vai, conversa vem, chegou-se às aulas de Educação Física, ao desporto escolar, a iniciação esportiva e por conseguinte a formação e especialização atlética.

A maioria é concordante que é na escola que a grande massa das crianças toma conhecimento da prática esportiva, em especial o que não é futebol. Alguns a vivenciam apenas, outros des-cobrem afinidade, vislumbram oportunidades, tomam gosto e tornam-se atletas. Ambicionam representar sua classe, sua escola, sua cidade, seu estado e enfim seu país. No decorrer desse período vivenciam experiências em clubes, instituições militares, seleções de diversos níveis, etc. São inserção e ascensão social. É conquista de espaço. É sentir-se importante, reconhecido, destacado. É a conquista da glória, do status.

Mas é na escola que tudo começa, pelo menos se pensa assim. Então passamos a questionar como funciona a Educação Física Escolar, o Desporto Escolar. O que realmente acontece na rede pública municipal, estadual, nas escolas particulares – que às vezes usam desta ferramenta para atrair novos alunos. Como era há dez anos, ou há vinte anos. Nossa, no meu tempo tinha isso, aquilo, a gente jogava, viajava, vivia na escola. Como é hoje? Meu filho diz que não tem nada. Meu neto não assiste aula de Educação Física. É mais ou menos o que se ouve. Raramente ouvimos o contrário.

Estudos apontam para experiências muito ricas, em alguns estados, poucos municípios e em raríssimas escolas. Por outro lado há registro do descaso, da falta de propostas plausíveis, de um sistema planejado, sistematizado, organizado integrado num plano de ação de um gover-no municipal, por exemplo, e que seja avaliado, controlado e supervisionado de forma efetiva e eficaz. Que seu produto final seja o melhor que estas práticas podem oferecer aos nossos educandos, tornando-os melhores cidadãos, cooperadores, companheiros. Sim, somos um país continental, tudo é mais difícil, tudo está muito longe. Conversa. Solilóquio de ninar bovino. O mundo está globalizado. Tudo ocorre em tempo real. As informações chegam antes de o fato estar concluído.

Na Espanha, no final da década de 80 e início dos anos 90, por iniciativa dos pais, que preo-cupados com a imobilidade e obesidade de seus filhos, fizeram uma revolução e levaram o país a implantar um modelo eficiente e exemplar para a Educação Física e Desporto Escolar. Os espanhóis viviam um ciclo olímpico. Portugal também implantou políticas públicas para o setor e por conta desse trabalho já colhem bons e prodigiosos frutos. Só para citar dois exemplos.

Muito temos ouvido falar sobre os legados sócio-educacionais que advirão destes futuros me-gaeventos. O que será que temos feito para melhorar a vida dos nossos alunos quanto a prática da Educação Física e Desporto Escolar? Ainda existem pais que se empenham para conseguir a dispensa de seus filhos das aulas de Educação Física? Por que isso ocorre? Será que o que é oferecido não encanta, não motiva, não cativa. Por quê?

A concorrência é muito grande e desleal. Hoje a Educação Física e o Desporto perdem adep-tos para a internet, os games e outros atrativos.

É tempo de volta às aulas, vamos refletir e procurar entender o que está acontecendo e como mudar, transformar e melhorar. Vamos viver mais a escola de nossos filhos, participar mais da vida escolar deles e por fim reivindicar mais e melhores propostas. Vamos entender qual a im-portância da disciplina, seus valores, suas propostas e suas lições. Enfim vamos explorar mais esse filão rico de oportunidades, que tanto ajuda na organização, no bem estar, no comporta-mento, nos aspectos de higiene e na ordem.

A escola é o ninho da tão sonhada medalha olímpica, mas não só isso. As práticas das ati-vidades físicas e desportivas bem orientadas, sistematizadas, planejadas e bem desenvolvidas, além de favorecer a formação cidadã, é investimento em saúde. É saúde pública. É bem estar. Pensemos juntos!

Boas aulas, sucesso e prosperidade na construção de um mundo melhor e mais saudável.

A importância da Educação Física nas escolas

Foto

: Clá

udio

Ant

ônio

Bar

bosa

Foto

: sxc

.com

| EDUCAÇÃO | por Angelina Moreno

folha do povo | 05

* Angelina de Fátima Moreno Vaz dos Reis é professora de Educação Infantil , Ensino Superior e Psicopedagoga

I SUA CASA Ipor Irene Margarido da Silva

* Irene Margarido da Silva é propretária da loja Homestore, localizada na rua São Francisco, 248, Centro/ Guaratinguetá. Telefone: (12) 3122-6101 / Site: www.homestorebymercadodaserra.com.br

Você conhece alguma criança que, em algum momento da vida escolar chorou, adiou, tentou escapar das tarefas escolares? Por outro lado, já ouviu alguns pais reclamando que dia de tarefa é uma confusão em casa? Pois é, não deveria ser assim, mas é o que acontece em muitos lares.

É importante ressaltarmos que o papel de uma tarefa escolar é antes de tudo criar no aluno, criança ou adolescente, o hábito do estudo. Nunca foi tão importante, como é hoje, na era do conhecimento ser disciplinado no aprofundamento da informação. Informa-ções, recebemos muitas, por vários canais: mídia, escola, sociedade, igreja, no bate papo informal. Já o conhecimento é algo mais profundo, é a interpretação e aprendizado das informações obtidas.

Conhecimento é a ação, ou seja, é o que você constrói (realiza, gera, produz) a partir da informação recebida. A função primeira da escola é possibilitar a produção do co-nhecimento criando diversas oportunidades e situações onde os alunos possam interagir, questionar, discutir, sendo protagonistas de sua aprendizagem.

A tarefa escolar para as crianças é um meio, uma possibilidade de aprofundamento do conteúdo trabalhado em classe.

Pelo lado da escola é preciso que o corpo docente acompanhado do coordenador pe-dagógico tenha muita clareza do que se vai enviar como tarefa para casa. Esta é uma atividade muito importante, precisa ser planejada, adequada. Costumo colocar nas for-mações aos professores: a tarefa precisa ser desafiadora, mas possível de ser realizada, pela criança.

Aqui, também, não é a quantidade, mas a qualidade que conta. Já pelo lado dos pais é fundamental que valorizem esta atividade e criem as condições físicas e emocionais para que a criança desempenhe a tarefa com tranquilidade.

Algumas sugestões que sempre dão bons resultados: - um horário fixo; - um local adequado, limpo, iluminado, sem outras distrações; - encarar a tarefa com naturalidade, como algo positivo e não um “ fardo”;- transmitir segurança emocional para o filho: estar por perto, ler para ele o enunciado

se for preciso, incentivá-lo, elogiá-lo pela letra, pela ideia, pelo raciocínio,- verificar se a criança concluiu, observar se entendeu ou não o solicitado,No corre-corre diário, muitas vezes deixamos a criança sozinha. A tarefa realmente

é para a criança e não para os pais, mas o “dar uma olhadinha” até no caderno daquela criança que já não necessita de auxílio é um carinho, uma forma de atenção, um jeito de mostrar que você está acompanhando-a.

Todo início de ano causa uma expectativa maior no aluno. O professor é outro e as exigências do ano atual são outras e sempre mais que as do ano anterior.

Um pouco de paciência e incentivo deve haver dos dois lados: dos professores e dos pais afinal, temos que ter clareza que só incentivaremos ao conhecimento se os meios para se alcançá-lo forem prazerosos , divertidos, desafiadores e acima de tudo compartilhados.

Esta sim é a nossa tarefa.Meus melhores sentimentos a vocês.

Indispensáveis para a decoração, o lustre e o abajur dão um toque todo especial na casa. Eles são peças decorativas – além de eficientes, claro - que deixam o ambiente bonito e muito charmoso. Porém, muitas pessoas cometem erros na hora de usá-los. Enquanto o lustre tende a dominar a área onde é instalado, o abajur é uma peça mais utilizada para composição do espaço e da iluminação. Assim, saber utilizá-los da forma adequada é essencial para se obter o melhor efeito tanto na decoração quanto na iluminação do ambiente.LustreÉ importante que se tenha a noção de que os lustres são mais usuais na sala de estar, onde podem ocupar espaços maiores e ter o destaque necessário. Neste ambiente, você pode adequá-lo à decoração ou adequar esta ao lustre, atribuindo a ele importância ainda maior no lugar. Se a proposta é essa, não precisa haver preocupações maiores, devendo existir apenas uma harmonia no aspecto geral para que o ambiente fique equilibrado.Agora, se você quer colocar o lustre no quarto ou na sala de jantar, alguns critérios devem ser observados. No quarto, é necessário que o lustre tenha iluminação indireta, e, impor-tantíssimo, que seja proporcional ao ambiente. Um erro muito comum cometido por aque-les que querem decorar a própria casa, é utilizar um lustre imenso num quarto pequeno, o que gera um desequilíbrio. Já na sala de jantar, o lustre deve produzir um efeito de luz mais suave, e deve estar fixado de forma a ficar, no mínimo, a 70 cm acima da mesa , para que a luz não incida nos olhos das pessoas.AbajurO abajur é um elemento complementar que serve para proporcionar uma luz aconchegante e agradável. São diversos os modelos, cores e tamanhos. Você pode ousar, desde que o abajur não fique cafona.Os abajures são indicados para ambientes de leitura, pois podem focalizar a iluminação no objeto de estudo e facilitar a concentração devido a sua luz confortante. Caem muito bem em mesas laterais de sofás, em criados-mudos nos quartos e em mesas de escritório.Como as cúpulas dos abajures geralmente são de pergaminho, tecido ou policarbonato, o indicado é usar lâmpada econômica amarela, pois ela que deixará a luz em harmonia com o ambiente, além de não emitir calor e consumir menos energia.Na hora de escolher lustres e abajures é essencial que você use o bom senso! E o bom gosto, claro.

Tarefas escolares, um hábito de estudo!

Saiba como utilizar os lustres e abajures para não errar na iluminação do seu ambiente

Foto

: sxc

.com

Foto

: sxc

.com

* Thereza Maia é professora e pesquisadora formada em Pedagogia e História. Fundadora e diretora do Museu Frei Galvão e Arquivo Memória de Guaratinguetá.

06 | folha do povo

Os colecionadores de selos ou estampilhas dos Correios e Telégrafos, persona-lizados ou não e de séries diversas, têm procurado o Museu Frei Galvão em busca de selos sobre o santo e sua cidade. São colecionadores não apenas do Brasil, mas também de outros países, ávidos por enriquecerem suas coleções com nossos atra-entes selos.

O primeiro desses selos, datado de 1998, foi emitido pelo próprio Correio dentro da série “Paz e Fraternidade”. Foi obliterado solenemente na Catedral de Santo An-tônio de Guaratinguetá, nos festejos da beatificação de Frei Galvão, com a presença de diretores dos Correios, vindos de Brasília e de autoridades locais e regionais.

“Homenagem a Frei Galvão” é um selo personificado, encomendado por um de-voto, mineiro de Itajubá e data de 2007, data da canonização do santo. É da série “Bandeira e Ipê”, sendo de primeiro porte, para carta comercial. Foi obliterado em Itajubá-MG e se esgotou rapidamente.

De 2009 é o selo “Entronização de Frei Galvão – Padroeiro da 12ª Brigada de Infantaria Leve – Aeromóvel (AMV)”, de Caçapava. Este selo foi obliterado com carimbo dos Correios e Telégrafos, em Caçapava, em uma grande homenagem ao santo. Sua imagem foi entronizada na Casa do Comando, após missa solene com coral, músicas dedicadas ao santo, benção do Bispo e desfile da tropa.

No mesmo, após eleger, através da Câmara Municipal, as “7 Maravilhas de Gua-ratinguetá”, a cidade eternizou-as em selos dos Correios e Telégrafos, com destaque para a Casa de Frei Galvão, dentro da série “Símbolos do Brasil – Bandeira e Ipê”.

Em 2012, durante os festejos de quarenta anos do Museu Frei Galvão, o santo também foi homenageado em selo com desenho de Tom Maia. Este selo “Frei Gal-vão - Patrono de Guaratinguetá”, série “Bandeira e Ipê”, divulga para o mundo que a Câmara Municipal da cidade outorgou a seu filho mais ilustre, o merecido título de Patrono de Guaratinguetá – sua terra natal.

OS SELOS DE FREI GALVÃO

| HISTÓRIAS | por Thereza Maia

folha do povo | 07

Campos do Jordão reserva um atrativo especial para os apreciadores de jardins, o Par-que Amantikir, que apresenta jardins com estilos de diversas partes do mundo.

Com uma bela vista para a Serra da Mantiqueira, o parque dispõe de uma vasta área verde. São mais de 600 mil metros quadrados, mas apenas 35 mil - a fase 1 do projeto – foram abertos à visitação, o equivalente a apenas 6% da área total do parque. Este espaço abriga 22 jardins de estilos diversos, como o inglês, o francês e alemão, entre outros, aces-sados por cerca de dois quilômetros de vias internas. Além disso, há um curioso labirinto de sebe, que lembra os jardins clássicos, e o misterioso labirinto de grama que se parece muito com aqueles sinais supostamente deixados nas plantações por discos voadores.

A fase 2, cujas obras já foram iniciadas e ocupam cerca de 25 mil metros quadrados, prevê jardins de países com reconhecida tradição na área, como Japão, França, Itália, Espanha (com influências árabes), China (jardim dos Rododendros), EUA (Herb Garden), Suíça (pomar), Brasil (orquídeas e bromélias) e Brasil II (jardim de sombra subtropical). O projeto, em sua totalidade, prevê sete fases.

Na visita guiada, que dura cerca de duas horas, são passadas informações detalhadas sobre cada um dos jardins e citadas frases e poesias de autores famosos que sintetizam as mensagens transmitidas por cada um dos ambientes de Amantikir. O local foi idealizado pelo engenheiro agrônomo Walter Vasconcellos, conhecido como Dr. Garden.

O nome do parque, Amantikir, significa “Montanha que Chora” em tupi-guarani que, em português, se transformou em Mantiqueira. Segundo a lenda que o originou, uma prin-cesa indígena se apaixonou pelo Sol e ele por ela, causando a ira da Lua. Indignada, a Lua

Por Julio Maziero

JARDINS NA SERRA

| APROVEITE O DIA |

se queixou ao deus Tupã, que decidiu erguer uma enorme montanha e prender dentro dela a indiazinha. De tanta tristeza, o Sol tentou se afogar no mar. Já a Lua, chorou lágrimas de estrelas ao ver a dor de seu amado. Mas, quem mais chorou foi a indiazinha, e suas lágrimas formaram os rios, riachos e cachoeiras da Serra da Mantiqueira.

Atrativos - Além das visitas guiadas, o parque oferece passeios noturnos para crianças, feitos com a iluminação de lanternas, e visitas VIP com duração de quatro horas. Estes passeios são restritos a dez participantes e requerem agendamento prévio, assim como os passeios noturnos. Entre os demais atrativos disponíveis estão a observação de pássaros, o Museu do Cartão Postal, além dos cursos de jardinagem, decoração, culinária, artesanato e workshops ministrados dentro do parque.

O objetivo principal do projeto Amantikir é transmitir a todos três ideias importantíssi-mas: diversidade, sustentabilidade e educação. O local foi recentemente considerado pelo Guia 4 Rodas como uma das melhores novidades de Campos do Jordão.

ServiçoEndereço: Rodovia Campos do Jordão (Eugênio Lefreve, 215) – Gavião Gonzaga.Horário: Aberto de quinta a terça-feira, das 8h às 17h, com visitação monitorada, du-

rante a semana, nas horas pares e finais de semana, a cada uma hora.Telefone: (12) 3662-5044Site: www.amantikir.com.br

Foto

: Div

ulga

ção

Foto

: Div

ulga

ção

Foto

: Div

ulga

ção

08 | folha do povo

RESOLUÇÃO GRÁFICA

| CINEMA |

Por Julio Maziero

Desde sua criação, o cinema nunca cessou de evoluir. Primeiro, os filmes mudos ganha-ram som e depois, na busca por aproximá-lo ainda mais da realidade, chegou a cor. Mas hoje, muitos cineastas abrem mão da paleta colorida em favor da arte e o preto e branco surge gloriosos nas telas.

Nos primórdios, até a década de 1920, muitas produções eram tingidas a mão ganhando tons de sépia, verde e azul. Com o surgimento da empresa Technicolor, nos anos 1930, uma película de três cores revolucionou o mercado. O aprimoramento da tecnologia trou-xe o arco-íris para as salas de exibição. “Branca de Neve e os Sete Anões”, da Disney, foi o primeiro desenho colorido produzido no sistema Technicolor e “Vaidade e Beleza”, de 1935, o primeiro filme lançado comercialmente.

Desde então, apesar do predomínio da cor no cinema, muitos diretores passaram a se utilizar do preto e branco em seus filmes por razões artísticas e estéticas. Um exemplo clássico é “Psicose”, clássico de Alfred Hitchcock, que foi filmado em preto e branco porque o diretor achou chocante demais o sangue vermelho na famosa cena do assassinato o chuveiro.

PRETO E BRANCO EM CORES

Esta opção pela ausência de cor surgiu também para acrescentar dramaticidade como nos magníficos “A Lista de Schindler”, de Steven Spielberg, e “O Homem Elefante”, de David Lynch; aumentar o suspense, como por exemplo, no clássico de George Romeiro “A Noite dos Mortos Vivos”, e no enigmático “Pi”, de Darren Aronofsky; para retratar uma época, como em “Boa Noite e Boa Sorte”, de George Clooney; ou ainda para reverenciar o próprio passado da Sétima Arte, como no sombrio “Neblinas e Sombras”, de Woody Allen, que homenageia os clássicos expressionistas do cinema alemão; “Frankenweenie”, de Tim Burton e “O Jovem Frankenstein”, de Mel Brooks, que relembram a estética dos filmes de terror de antigamente. Há casos em que a utilização do preto e branco é uma exigência do roteiro, como no excelente “Pleasantville – A Vida em Preto e Branco”, que mostra um mundo sem cor, que vai ganhando vida quando dois jovens são lançados lá e passam a promover uma série de mudanças de comportamento e atitude.

Existem, no entanto, exemplos radicais de utilização destes recursos antigos, caso do grande vencedor do Oscar 2012, “O Artista”, que além de ser em preto e branco, também é mudo. E excelente, diga-se de passagem.