Jornal Fraterno 52

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“Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec FRATERNO Jornal Bimestral | Edição 52 | Ano IV | Março/Abril de 2012 9 ANOS Divulgando a Doutrina Espírita Distribuição gratuita | [email protected] Até quando certos espíritas irão repetir o cristianismo romanizado, negando o próprio Espiritismo? “É melhor fazer certo do que explicar por que fez errado”. “Mas, se ainda assim para alguns não compete julgar, como Espíritas é nossa responsabilidade seguir a Doutrina que há mais de 150 anos começou a tirar o véu dos nossos olhos. Sem orgulho, mas sem falsa humildade e muito menos ignorantes da riqueza que possuímos na Codificação”. (Rita Côre) Também nesta edição EDITORIAL Envolvidos por Jesus e Kardec ........................ 2 DISCUTINDO A BÍBLIA Com críticas construtivas ................................. 3 EVENTOS .................................................. 3 DOUTRINA Vícios no Centro Espírita...................................... 4 DOUTRINA Sobre a humildade ................................................... 5 MEMÓRIAS DE CHICO XAVIER.............. 5 CULTURA ESPÍRITA Até quando certos espíritas irão repetir o cristianismo romanizado, negando o próprio Espiritismo?................ 6, 7 e 8 DOUTRINA O abraço .........................................................................................9 ESPÍRITO NA ESCOLA Contatar os Espíritos mentores das escolas ....9 SEXO NOS ESPÍRITOS Os desvios sexuais..................................................... 9 MOMENTO FRATERNO Trabalho voluntário na casa espírita .......... 10 HISTÓRIA Tocando em Frente .............................................. 11 MORAL CRISTÃ A revolução cristã ................................................. 12

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“Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec

FRATERNOJornal Bimestral | Edição 52 | Ano IV | Março/Abril de 20129 ANOS Divulgando a Doutrina Espírita

O S A S C O

Distribuição gratuita | [email protected]

Até quando certos espíritas irão repetir o cristianismo romanizado, negando o próprio Espiritismo?

“É melhor fazer certo do que explicar por

que fez errado”.

“Mas, se ainda assim para alguns não compete julgar, como Espíritas é nossa responsabilidade seguir a Doutrina que há mais de 150 anos começou a tirar o véu dos nossos olhos. Sem orgulho, mas sem falsa humildade e muito menos ignorantes da riqueza que possuímos na Codificação”. (Rita Côre)

Também nesta ediçãoEDITORIALEnvolvidos por Jesus e Kardec ........................ 2 DISCUTINDO A BÍBLIACom críticas construtivas ................................. 3EVENTOS .................................................. 3DOUTRINAVícios no Centro Espírita...................................... 4 DOUTRINASobre a humildade ................................................... 5MEMÓRIAS DE CHICO XAVIER .............. 5CULTURA ESPÍRITAAté quando certos espíritas irão repetir o cristianismo romanizado, negando o próprio Espiritismo? ................6, 7 e 8DOUTRINAO abraço .........................................................................................9ESPÍRITO NA ESCOLAContatar os Espíritos mentores das escolas ....9SEXO NOS ESPÍRITOSOs desvios sexuais ..................................................... 9MOMENTO FRATERNOTrabalho voluntário na casa espírita ..........10HISTÓRIATocando em Frente ..............................................11MORAL CRISTÃA revolução cristã .................................................12

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[email protected] FRATERNO Osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 52 | Março/Abril

FRATERNO, jornal bimestral contendo: Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais, com sede no “Centro Espírita Seara de Jesus”, Rua Allan Kardec, 173, Vila Nova Osasco, CEP 06070-240, Osasco, SP. [email protected]; Jornalista responsável: Bráulio de Souza - MTB 20049; Coordenação/Direção/Redação: Eduardo Mendes; Revisores: Luciana Cristillo Mendes, Jussara Ferreira da Silva e Giovanna Camila Ramalho; Financeiro: Alexandre Silva Melo; Diagramação: Jovenal Alves Pereira; Captação: Manoel Rodilha; Impressão: Gráfica Yara; Tiragem: 10.000 exemplares; Distribuição: Osasco e Grande São Paulo; e-mail: [email protected]; Telefones: (011) 3447-2006/7165-6437 ou (011) 3688-2440

| editorial

Sempre, em nossas edições, conduzimos bom-senso e raciocínio ao leitor, para pre-valecer o envolvimento de

amor a Jesus e Kardec. É assim que, continuamente, desde as primeiras edições fomos inspirados a não impor personalismos às verdades divinas. A verdade, como diz Emmanuel, é como um diamante bruto, se lapidarmos e dermos de presente, as pessoas aceitam; ao passo que, se atirarmos imediatamente na cara de alguém, ele fere. Assim sendo, temos que aprender a lidar com a verdade sem ferir os outros, lapidando-a, mas sem deixar que ela perca seu objetivo. Ora, sabemos que falar a verdade não é uma tarefa fácil aos embrutecidos de mentes poluídas, aos melindrosos arquétipos da personalidade humana. Posto que fica claro que nossa meta é incentivá-la, conquanto seja justo dizer que a verdade é a finalidade que inspira ponderação e crescimento íntimo às boas atitudes.

Neste quesito afirmamos: Jesus é a Máxima Verdade que sobreviveu aos tempos. Seu ensinamento foi manso e sem exigências, demons-trando retidão nas palavras e modelo moral para toda a humanidade; não esmagou ninguém com Suas Verdades; ao contrário, foi causa de

libertação e fidelidade de princí-pios. Jesus avançou a humanidade regenerando as consciências mais atávicas, renitentes ao erro. Iluminou nova era na Terra, porque estava acima das mesquinharias e misérias humanas, do personalismo e das vaidades, quando se fez Luz sobre o alqueire das propostas sequestradas pelo materialismo. Nada mais se deve ter sobre o que falam ou se imagina de Sua história, apenas o conteúdo de Seus exemplos e do amor à verdade – SUA MORAL. O resto são mitos, dogmas e milagres.

Esse é o envolvimento que propomos, a finalidade de agir com boa fé na temperança e no domínio de si mesmo, no dever de lealdade para com o Cristo: exemplificando a verdade, iluminando sem ofuscar e objetivando recursos ao íntimo das ideias.

O saber não tem limites e nem ocupa espaço na consciência. O bom professor não é aquele que apenas “ensina”, mas, sobretudo, o que dá bons exemplos. Observar e analisar propostas antes de julgar desperta sobriedade a qualquer crítica ou ponto de vista, apura-se o senso comum sobre as ideias falsas. Neste aporte, Allan Kardec foi cético, tendo, através da observação, acurado

bom-senso e lógica na incumbência de decifrar os pareceres e análises, ainda que só julgasse concordância pela universalidade dos espíritos. Sua filosofia era de amor à verdade, tanto quanto sugerisse muita atenção e busca de inspiração na comunicabi-lidade com o além. Dizia: os espíritos não são mais do que as ideias dos homens, isto é, são mais ou menos vulgares conforme o grau de sua evolução. Portanto, não basta ser espírito para ser sábio. Seu apelo de amor à verdade foi de sugerir às gera-ções vindouras: “Fé inabalável é a que pode encarar a razão frente a frente, em qualquer época da humanidade”; ou seja, a fé deve sempre mirar-se no princípio da razão.

Contudo, a fraude, o charlata-nismo e as interpolações foram feitas às alusivas ideias dos antigos gregos e romanos, pelo panteão imaginário dos homens-deuses, os quais iludi-ram e vislumbraram propriedade aos prazeres e às luxúrias humanas, impondo-se a caprichos lastimáveis nas noites dos tempos. Desde o surgimento da Igreja, mantiveram-se mais de 18 séculos de obscuridade as sujeições imorais. O Espiritismo surgiu na época prometida por Jesus, isto é, numa era ainda conturbada; porém, principiando “verdades” a descorti-

nar o véu das ilusões sobre as falsas conveniências dos dogmas, rituais e lendas. Nenhuma personificação fora atribuída ao Espiritismo, nem Kardec e nenhum guru se deu ao oportu-nismo, apenas surgiu triunfante um Espírito chamado: “A Verdade”... O Espírito da Verdade, pela graça de Deus, revelando o próprio Cristo e os ideais do amor. Mas, ainda hoje fala-se e sofre-se influências desse passado crepuscular de outrora, gra-vado nas letras mortas do profano, do sagrado e do maravilhoso.

Por isso, neste envolvimento faz-se necessário exercer, perseverar, saber e ensinar, enfocando o amor à verdade. Igualmente à esta razão, surge-nos a pergunta que não que calar: “ATÉ QUANDO CERTOS ESPÍRI-TAS IRÃO REPETIR O CRISTIANISMO ROMANIZADO, NEGANDO O PRÓPRIO ESPIRITISMO? Mas, se ainda assim para alguns não compete julgar, como Espíritas é nossa responsabilidade seguir a Doutrina que há mais de 150 anos começou a tirar o véu dos nossos olhos. Pelo menos, fazer a nossa parte e estudar para sermos de fato Espíritas. Sem orgulho, mas sem falsa humildade e muito menos ignorantes da riqueza que possuímos na Codificação”. (Rita Côre)

Nesta edição, falando de lealdade

Envolvidos por Jesus e Kardec

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[email protected] 3FRATERNO Osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 52 | Março/Abril

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Por José Rei Chaves

Alguns me acusam de crítico das religiões cristãs! Mas a crítica pode ser até um ato de caridade, pois pode

levar à correção. Eu escrevi sobre um amigo

meu arcebispo da Igreja, o qual é médium e faz palestras em casas espíritas, e levou para João Paulo II duas fitas de dois programas espí-ritas de TV de que ele participou. E fui eu que o indiquei para esses pro-gramas. Um teólogo católico desta coluna enviou a esse arcebispo um e-mail com cópia para mim, sugerindo-lhe retratar-se, dizendo que eu me equivoquei.

Segundo esse missivista, eu escrevo no estilo literário denomi-nado de mote, e que seria seme-lhante ao de Kardec. Esse estilo se caracteriza por ser obscuro ou poético, cuja interpretação seria mais subjetiva do que objetiva. Ele, sem querer, até me honrou muito, comparando o meu estilo literá-rio ao de Kardec. Só que ele está enganado, pois Kardec é genial, e seu modo de escrever é perfeito, artístico, erudito, sem deixar de ser ao mesmo tempo simples e de uma clareza meridiana. Quanto ao meu modo de escrever, eu apenas me esforço para ser simples e claro no que escrevo. Assim é que um leitor meu disse que meus escritos fazem-no não só pensar como eu penso, mas também até o fazem sentir o que eu estou sentindo quando escrevo.

Mas voltando a Kardec, ele colo-cou em todos os seus livros e nos seus demais escritos uma riqueza de dados, não deixando nenhuma dúvida nas teses que defendeu. Aliás, recebia a colaboração e orien-tação de espíritos santos altamente iluminados. E é graças a ele que o mundo passou a estudar, cientifica-mente e sem superstições, os fenô-

menos espirituais. Daí que Kardec tem, hoje, milhões de seguidores em todas as religiões do mundo. Quem me dera, pois, que meu estilo literário fosse mesmo semelhante ao do Codificador do Espiritismo! Coitado de mim!

O objetivo desse missivista foi desprestigiar Kardec e a mim, que sou um humilde discípulo dele. Mas creio que esse missivista não con-seguiu atingir-me, e muito menos ainda ao grande gênio espiritualista do século XIX, o primeiro cientista a se interessar pelo estudo cientí-fico dos fenômenos mediúnicos, que, por superstição e ignorância, eram e ainda são denominados por muita gente de milagrosos e sobrenaturais, só porque os espíritos que os provocam estão no outro lado invisível desse nosso mundo visível. Mas ambos os mundos são naturais, os habitantes daqui e de lá são também naturais, e suas ações são igualmente naturais e jamais sobrenaturais. Só Deus é sobrena-tural. E tudo que acontece é natural, pois são os espíritos encarnados e desencarnados que atuam em nome de Deus.

E eis um outro fato. Eu recebi um e-mail de um professor de teologia de uma universidade metodista com a seguinte informação. Ele tem estudado o fenômeno da reencar-nação nesta coluna, e com a leitura da última matéria dela, afirma que passou a considerar a realidade da reencarnação. Essa informação emocionou-me, principalmente por vir de um professor de teologia. E até você que me honra com a leitura desta matéria deve estar achando também interessante esse fato.

As críticas às religiões cristãs podem ser mais um tijolinho na construção de um novo cris-tianismo, tal qual aquele das primeiras gerações cristãs, sem o que ele, infelizmente, continuará capengando!

DIA 14/04/2012 à par tir das 18hs, JANTAR . Cardápio:Filé de f rango, Creme de milho, Arroz branco, Batata grelhada e diversos tipos de saladas. Repita à vontade.

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Com as críticas construtivas, os erros podem ser corrigidos

e envolvimento de Jesus e Kardec, convidamos Rita Garcia Côre. Ela nasceu no interior do Estado do Rio de Janeiro, em Laje do Muriaé. Viveu 26 anos em Niterói. É Professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasi-leira, com Mestrado na Universidade Federal Fluminense. Depois de apo-sentada, voltou à sua terra. É espírita há 35 anos e ainda trabalha como educadora, coordenando atualmente uma escola de Educação Infantil, que já avança para o Ensino Fundamental. Trata-se de uma instituição sem fins lucrativos. Em Niterói, frequentou a UMEN - União da Mocidade Espírita de Niterói - onde foi servidora junto a grupos de estudos, reuniões mediú-nicas (como psicofônica e psicógrafa) e Mocidade; foi expositora e também cantava... Enquanto estava na UMEN, ainda foi colaboradora numa insti-tuição que se iniciava na década de 1990 - CEPEAK - Centro de Estudos e Pesquisas Espíritas Allan Kardec - também em Niterói. No CEPEAK, além de ser expositora, trabalhou com a Mocidade e Evangelização Infantil. Fazia palestras nos Centros Espíritas de Niterói e arredores, incluindo Região dos Lagos e Macaé. Quando voltou para sua terra, já encontrou o Centro Espírita “Joanna de Ângelis”, que frequenta até hoje. Faz palestras pela região e em cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo. Participou mais de uma vez da Semana do Livro Espírita em Taubaté, que se realiza em abril, e escreve em alguns periódicos espíritas.

Rita é espírita e ponto.Observa-se aqui e ali, num canto

e noutro, surgirem centelhas inaba-láveis, pelas quais ascendem e enco-rajam alguns a prosseguir no amor e na verdade, iluminando trevas e discutindo propostas de luz. É tempo de ascender, de espiritualizar-se, de entusiasmar-se no bem, de envolver--se de princípios, sobretudo, ter coragem de exemplificar...

Boa leitura.O editor.

Page 4: Jornal Fraterno 52

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Por Jorge Hessen

A doença do jogo compul-sivo atinge mais de 10% da população mundial. Mark Griffiths, psicólogo

britânico e professor da Nottingham Trent University, assegura que o hábito de jogar e apostar, se levado ao extremo, é tão viciante quanto qualquer droga. Pesquisas sobre jogadores crônicos garantem que tais viciados padecem pelo menos de um efeito colateral quando sofrem por ocasião de abstinência, como insônia, cefaleia, bulimia, fraqueza física, disritmias cardíacas, consternações musculares, dificulda-des de respiração e calafrios.

A r igor, todos e quaisquer vícios são invariavelmente danosos ao crescimento espiritual do ser humano. Infelizmente, hoje em dia tornou-se “modismo” o hábito da jogatina. O Governo estimula inclusive os sorteios de loteria. Em realidade, para os pesquisadores, os vícios se alargam a partir de uma combinação biológica e genética de uma pessoa, além do ambiente sociocultural em que ela cresce e de sua compleição psicológica, como traços de personalidade, atitudes, experiências, crenças e a própria atividade. Para alguns descrentes, o comportamento exagerado por si só não significa que alguém seja viciado. A diferença fundamental entre o exagero de entusiasmo e o vício é que os entusiastas saudáveis adicionam alegria de viver às ativi-dades, ainda que desprovidas dos objetos de desejo.

Não afirmaremos jamais que o vício, mormente o que propomos analisar, seja um problema de cri-minalidade, mas um problema de desequilíbrio íntimo, diante das leis da vida. E isto não apenas no terreno

em que o vício é mais claramente examinado. Sobre a temática (vício), Chico Xavier disse: “Se falamos demasiadamente, estamos viciados no verbalismo excessivo e infrutífero. Se bebemos café excessivamente, estamos destruindo também as possibilidades do nosso corpo nos servir” (1). Quando ponderamos a palavra vício, podemos também citar os corrompidos pelo álcool, cigarro, dinheiro, comida e recorda-mos ainda o sexo.

Sobre esse último tópico, Chico Xavier instrui: “Do sexo herdamos nossa mãe, nosso pai, lar, irmãos, a bênção da família. Tudo isto rece-bemos através do sexo. No entanto, quando falamos em vício, lembramo--nos do fogo do sexo e a droga... Mas a droga é outro problema para nossos irmãos que se enfraquece-ram diante da vida, que procuram uma fuga. Não são criminosos; são criaturas carentes de mais proteção, de mais amor. Porque se os nossos companheiros enveredaram pelo caminho da droga, procuraram esquecer algo. E esse algo são eles mesmos, então precisávamos, talvez, reformular nossas concepções sobre o vício” (2).

Paulo confessou: “Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas a iniquidade que habita em mim” (3). Sob o ponto de vista espírita, o vício de jogar pode se tornar um grave entrave moral para o viciado que se diz adepto de Espiritismo, colocando sob suspeita a sua credibilidade.

Não é recomendável um Centro Espírita angariar recursos oriundos de jogos, pois isso provocará um ambiente desfavorável para a tran-quilidade e harmonia dos frequen-tadores. As Instituições Espíritas voltadas a essa prática hospedam

inevitavelmente irmãos do além despreparados para os serviços de socorro espiritual que a casa possa oferecer. Ainda que procuremos ame-nizar os argumentos, em realidade, o vício açoita as bases da consciência cristã e desarmoniza a estrutura psicológica. Alguns confrades são afeitos aos jogos de azar, porém é importante recordá-los de que o hábito persistente de jogar os enla-çará invariavelmente nas urdiduras da obsessão. Tais irmãos poderão ficar encarcerados nas garras insaciáveis do parasitismo ou do vampirismo, e vidas que poderiam ser nobres, dignas, proveitosas, tornam-se vazias, estimulantes de sujeição calamitosa, cujas defecções morais muitas vezes atingem famílias inteiras.

No Brasil, há 60 anos, desde o Governo Eurico Gaspar Dutra, os jogos de azar são proibidos. Explorá--los é contravenção penal. Todavia, como assinalo acima, o Governo tem estimulado o jogo de azar (legal). Evoca-se para tal concessão a sena, a megasena, a quina, etc. Lembremos que nem tudo que é legal é moral, muito embora essa diversidade de jogos seja perfeitamente aceita pela sociedade.

Quaisquer tipos de jogos nos centros espíritas contrariam os prin-cípios cristãos pelos efeitos nefastos que provocam aos seus praticantes. Não há como compactuar com tais práticas, que estimulam o ânimo dos dirigentes das instituições a promo-ver rifas, bingos e sorteios viciantes, numa inquietante justificativa de que as finalidades são “justas”. Toda-via, ainda que para “fins beneficen-tes”, não se justificam os meios com-prometedores, consoante admoesta André Luiz, em “Conduta Espírita”, publicada pela FEB.

É certo que a Doutrina Espírita não é condescendente com quais-

quer proibições em suas hostes, desde que observadas as adver-tências dos Benfeitores quanto aos malefícios que os vícios (no caso, os jogos) causam aos que a eles têm afinidade e se entregam. Cremos ser de bom alvitre a consignação, nos dispositivos estatutários e Regi-mentos Internos da casa espírita, o termo “fica vedado” tal ou qual coisa, pois não faltará quem sugira a divisão da doutrina em Espiritismo Conservador e Espiritismo Liberal, tal qual vem acontecendo - sabemos - com outras religiões, que a cada dia perdem adeptos e, consequen-temente, força.

Obviamente, se pessoalmente alguém quiser entrar numa casa lotérica e tentar a “sorte”, o problema é pessoal, isso é claro, mas se quiser arrastar essa mazela para a comu-nidade espírita, a questão muda de figura. A partir daí, alguém precisa alçar a questão em benefício dos postulados kardecianos. A despeito de quaisquer pretextos, uma insti-tuição espírita não comporta, em suas instalações, rifas e jogos de azar.

Para se angariar recursos visando obras transitórias das edificações materiais, a experiência tem mos-trado que podemos pegar a char-rua do esforço maior e promover os tradicionais almoços fraternos, exibições de fitas cinematográficas, bazares, festival da torta, festival do sorvete, etc. Se alguém se dispuser a doar para a instituição um bem de expressivo valor (terreno, casa, carro, joias), a fim de ser revertido em recursos para obras assistenciais, esforcemo-nos por comercializá-lo a preço de mercado, sem rifar, lem-brando sempre o que a sabedoria popular proclama: “O ‘pouco’ com Deus, é ‘muito’!”

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| doutrina

Centro espírita não comporta vícios de qualquer natureza

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gente não pode mentir, nem dizer qualquer coisa que possa vir ofen-der a sua humildade (embora ele sempre diga que nunca se conside-rou humilde). Quando Jesus esteve conosco, onde quer que aparecesse, a multidão o cercava. Eram pessoas de todas as idades, de todas as classes sociais e dos mais distantes lugares. Muitos iam esperá-lo nas estradas, nas aldeias ou nas casas onde Ele se hospedava. Onde quer que aparecesse, uma multidão o cercava. Tanto que Pedro lhe disse certa vez: ‘Bem vês que a multidão te comprime’. Zaqueu chegou a subir numa árvore somente para vê-lo. Ver, tocar, ouvir era só o que queriam as pessoas”. Tudo isso passou por sua cabeça com a rapidez de um relâm-pago. E como Chico continuava olhando para Adelino, este concluiu o raciocínio dizendo:

− Acho que eles estão com sau-dades de Jesus.

Conta Adelino que estas palavras foram tiradas do fundo do seu cora-ção diante de um homem tão doce e amável que era, pois acreditava que elas não ofenderiam a sua modéstia.

Enquanto isso a multidão conti-nuava desfilando à frente dele, todos lhe beijavam a mão e ele beijava a mão de todos. Lá pelas tantas da noite, quando a fila havia diminuído sensivelmente, o confrade Adelino percebe que os lábios de Chico estavam sangrando, pois, ele havia beijado a mão de centena de pessoas. Adelino da Silveira fica com tanta pena daquele homem, que já contava com oitenta e oito anos, mais de setenta dedicados ao atendimento de pessoas, que lhe pergunta:

− Chico, por que você beija a mão deles?

A resposta que recebeu o deixou ainda mais estupefato e admirando-o mais do que nunca, pois declara que a resposta marcou sua alma para a eternidade:

− Porque não posso me curvar para beijar-lhes os pés.

Memórias de Chico Xavier

“Quem compreende o Espírito da Dou-trina não se sente animado à discus-são... O Espírito nos auxilia a identificar tão claramente as nossas necessidades, que, quando delas tomamos consci-ência, não encon-tramos, no sentido de nos melhoramos um pouco, outra alternativa que não seja a do trabalho aliado ao silêncio”.

| doutrina

Sobre a humildade

Em se tratando do querido Fran-cisco Cândido Xavier, dentre tantos episódios narrados por interlocutores que com ele

conviveram e puderam se deleitar com sua doce presença e momentos felizes e alegres, há um que é narrado pelo confrade Adelino da Silveira.

Narra que se encontravam na residência de Chico Xavier numa daquelas fases em que seu estado de saúde não lhe permitia deslocar--se até o Centro… No entanto, uma multidão se comprimia lá na rua em frente, e quando o portão se abriu, a fila de pessoas tinha alguns quarteirões. Como de hábito, foram passando uma a uma em frente ao Chico. Eram pessoas de todas as idades, de todas as condições sociais e dos mais distantes lugares do País.

Algumas diziam:− Eu só queria tocá-lo…− Meu maior sonho era conhecê-

-lo…− Só queria ouvir sua voz e aper-

tar sua mão.

Muitos queriam notícias de fami-liares desencarnados, ou espantar uma ideia de suicídio.

Outros nada diziam e nada pediam, só conseguiam chorar. Bas-tava uma simples palavra do Chico, seus semblantes se transfiguravam, saíam sorridentes.

Adelino da Silveira, diante do cor-tejo inigualável, e especialmente pela maneira como Chico atendia a todos, ficou a pensar: “Meu Deus, a aura do Chico é tão boa… Seu magnetismo é tão grande, que parece que pulve-riza nossas dores e ameniza nossas ansiedades”. Instantaneamente a este pensamento, Chico se dirige ao confrade e lhe diz:

− Comove-me a bondade de nossa gente em vir visitar-me. Não tenho mais nada para dar. Estou quase morto. Por que você acha que eles vêm?

A pergunta inesperada deixa--o perplexo e momentaneamente emudecido e pensando: “Meu Deus, frente a um homem desses, a

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Por Rita Côre

Há mais ou menos 20 anos, por caminhos simples, com base na Codificação e em livros de História, preparei

uma palestra com o tema Jesus: mito e verdade. Repeti muitas vezes a fala – em Niterói, onde residia; também na região dos lagos - RJ; e, depois que me mudei para o interior, no noro-este fluminense e em localidades de Minas Gerais e do Espírito Santo. Sempre fui bem recebida, é bom que se diga. Fiz grandes amigos e os tenho no coração. Abordei – como abordo ainda – outros temas, claro, mas aquele a que me referi constituiu, durante bastante tempo, uma espé-cie de carro-chefe. Como se desen-volvia a ideia? A partir do cuidado que teve Allan Kardec em esclarecer no primeiro parágrafo da Introdução em “O Evangelho segundo o Espiritismo”:

Podem dividir-se em cinco partes as matérias contidas nos Evangelhos: os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas; e o ensino moral. As quatro primeiras têm sido objeto de controvérsias; a última, porém, conservou-se cons-tantemente inatacável. Diante desse código divino, a própria increduli-dade se curva. (...) Essa parte é a que será objeto exclusivo desta obra. (destaque em negrito, nosso)

Para um leitor razoável, essa advertência do Codificador traz em si mesma uma série de indagações. A primeira delas, e fundamental: que bases davam a Kardec tamanha segurança para afirmar que apenas o ensino moral de Jesus não era motivo de controvérsias? Somente o aval dos Espíritos Superiores? Sabemos que as revelações recebidas dos Espíritos eram submetidas ao critério da uni-versalidade dos ensinamentos e da sua concordância. Passavam, enfim, pelo crivo da razão. Mas não havia necessidade de os Espíritos revela-

rem as controvérsias. Elas eram mais que evidentes. Grandes filósofos já haviam matado Deus. O Deus da Igreja, claro.

Ora, já em sua época, Kardec era um dos expoentes da intelec-tualidade de Paris. Como professor, conhecedor da História, saberia dos mandos e desmandos da Igreja Romana, como revela em outros escritos – sobretudo nos comentá-rios que faz em “O Céu e o Inferno”. Acrescente-se que foram seus con-temporâneos inúmeros pensadores ousados que fizeram da segunda metade do século XIX um viveiro efervescente de ideias que iriam ace-lerar as grandes mudanças do século XX. No tema que nos interessa des-tacamos o historiador Ernest Renan. Educado num seminário, tendo passado por crise religiosa, Renan, que possuía formação também em Ciências Naturais, era muito culto - conhecia, inclusive, a língua hebraica. Abandona a carreira eclesiástica e se torna professor. Rejeita o sobrenatu-ral, dedica-se à ciência positiva. Faz estudos arqueológicos na Fenícia.

Nessa época é que inicia a sua obra “A Vida De Jesus”. Em 1862, foi nomeado professor de hebraico no Collège de France, mas, após sua primeira aula, onde chamara Jesus de “homem incomparável”, seu curso foi suspenso pelo governo de Napoleão III, curso depois suprimido até 1870. Em 1864-1865, uma segunda viagem ao oriente o ajudou a prepa-rar a seqüência, que ele meditava, da “Vida de Jesus”, uma das obras mais célebres do século XIX, rapidamente traduzida em quase todas as línguas. Renan era o primeiro em França a vulgarizar a exegese alemã de David Friedrich Strauss, segundo a qual a vida de Jesus nada tinha de interven-ção sobrenatural. Em 1863, inicia a sua História das origens do Cristianismo (1863-1883), rejeitando toda a noção de mistério. (http://pt.wikipedia.org/wiki/. Acesso em 27/11/11)

Em poucas pinceladas temos

Até quando certos espíritas irão repetir o cristianismo romanizado, negando o próprio Espiritismo?

ideia de quem foi Ernest Renan. Figura polêmica que, ao final da vida era tido por agnóstico, embora se dissesse apenas anticlerical. E temos uma referência a Renan em “Obras Póstumas”! Vejamos:

Pergunta. (a Erasto). – Que efeito produzirá A vida de Jesus, por Renan?

Resp. – O efeito será imenso; o rumor será grande no clero, porque esse livro transtorna os próprios fundamentos do edifício sob o qual se abriga há dezoito séculos. Esse livro não é irrepreensível, longe disso, porque é o reflexo de uma opinião exclusiva que circunscreve sua visão no círculo estreito da vida material. O Sr. Renan, no entanto, não é mate-

rialista, mas é dessa escola que, se não nega o princípio espiritual, não lhe atribui nenhum papel efetivo e direto na condução das coisas do mundo. É desses cegos inteligentes que explicam, à sua maneira, o que não podem ver; que, não compre-endendo o mecanismo da visão à distância, pensam que não se pode conhecer uma coisa senão tocando--a. Também reduziu o Cristo às proporções do homem mais vulgar, negando-lhe todas as faculdades que são o atributo do Espírito livre e independente da matéria. Entretanto, ao lado de erros capitais, sobretudo no que toca à espiritualidade, esse livro contém observações muito

Page 7: Jornal Fraterno 52

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a Renan. Mas ele foi um dos “demoli-dores” da mentalidade mágica.

Kardec sabia disso? Claro que sim! E nós? Deveríamos saber! Pois, além da pista fantástica que nos é fornecida pelo primeiro parágrafo da Introdução em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, temos a refe-rência a Renan em “Obras Póstumas” e os demais comentários de Kardec, elucidando, junto às respostas dos Espíritos, o que é essencial de Jesus, isto é, o que importa de fato.

Atualmente temos historiadores respeitados, alguns de formação católica, outros não religiosos, que também se debruçam sobre o que se chama o Jesus Histórico. Suas informações coincidem em muitos pontos: é quase certo que Jesus tenha nascido mesmo em Nazaré; se houve algum recenseamento – o mais pró-ximo seria o de Quirino e sua data não coincide com a época presumida para o nascimento do Cristo – não havia necessidade de uma família se deslocar para sua cidade de origem (no caso, José, para Belém) e daí por diante. Enfim, o que está colocado “em xeque” por Kardec, no citado primeiro parágrafo da Introdução em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, continua “em xeque”.

O Espiritismo não faz referência, portanto, ao nascimento de Jesus, a outros dados biográficos; derruba a ideia de “milagre” como derrogação das leis naturais, recupera a chave da reencarnação, desconhece “as pas-sagens” nas quais a Igreja se baseou para criar dogmas, muitas delas, segundo os investigadores, fruto de interpolações e alterações, algumas já conhecidas na época de Renan e muitas comprovadas em pesquisas recentes. Além de Historiadores, temos pesquisadores espíritas que também fazem as suas investigações, sem dúvida, cuidadosas e sérias.

Bom, de qualquer forma continua a valer Kardec. E se, em relação a Jesus, a Codificação apenas considera os seus ensinamentos morais, porque

as demais “partes” que constituem os evangelhos são passíveis de controvérsias e, consequentemente, de dúvidas, por que os espíritas não seguem a Codificação?

O Espiritismo, que eu saiba, não faz referência à infância de Jesus, nem ao seu nascimento. Os intelectuais do tempo de Kardec já conheciam as lendas e rituais de passagem do outono para o inverno em homena-gem aos deuses solares, conheciam o deus persa Mitra e sua festa, no dia 25 de dezembro, e os filósofos já estavam “demolindo o velho mundo e sua mentalidade mágica” - Nietzs-che já declarara que “o homem já havia matado Deus”. Hoje, mais do que nunca, estudantes e curiosos da história do mundo têm essas infor-mações pela Internet; professores abordam esses temas em suas aulas e eu me pergunto: por que os espí-ritas continuam, nas próprias aulas de evangelização, a dar aulas do cristianismo romanizado, com a lenda de Belém, presépio, manjedoura e tudo mais? E se num Fantástico qualquer da vida, aparece “a grande novidade” de que tudo isso é obscuro e duvidoso? Que “novidade”, espírita? Então você não sabia? Não se deu o trabalho de ler nem o primeiro pará-grafo da Introdução em “O Evangelho segundo o Espiritismo”? Que conta dar à consciência da missão que tínhamos de divulgar a Doutrina dos Espíritos?

Não entendo, quando dizem que isso não tem importância. Como não tem importância, justamente agora em que mais do que nunca o mundo precisa ter a fé alicerçada na razão, para enfrentar os novos tempos? À medida que a Ciência avança e a His-tória descobre, o Espiritismo está mais atual. E os espíritas? Será que vamos esperar a Globo e a Veja divulgarem a novidade, que para nós já tem mais de 150 anos, para depois dizermos entre inocentes e falsos humildes: “Ah, nós sabíamos”? Ou vamos esperar que a própria Igreja reconheça os

Até quando certos espíritas irão repetir o cristianismo romanizado, negando o próprio Espiritismo?

justas, que escaparam até aqui aos comentaristas, e que lhe dão uma alta importância, de certo ponto de vista. O seu autor pertence a essa legião de Espíritos encarnados que se podem chamar os demolidores do velho mundo; têm por missão nivelar o terreno sobre o qual se edificará um mundo novo, mais racional. Deus quis que um escritor, justamente repu-tado diante dos homens, do ponto de vista do talento, viesse lançar luz sobre certas questões obscuras e maculadas por preconceitos secula-res, a fim de predispor os Espíritos às novas crenças. Sem disso desconfiar, o Sr. Renan aplainou o caminho para o Espiritismo. PARIS, 14 DE OUTUBRO

DE 1863. – MÉD. SR. d’A... (Destaque em negrito, nosso)

Erasto responde a Kardec, meus amigos. A obra de Renan é falha, claro, mas o autor fez parte “dessa legião de Espíritos encarnados que se podem chamar os demolidores do velho mundo”. De quando data a resposta de Erasto? 1863!

No processo de desmistificação de Jesus em Renan, vemos que no primeiro capítulo o historiador sim-plesmente apresenta o mestre como nascido em Nazaré. Em muitas outras passagens Renan faz referências ao fato de os textos dos evangelhos ditos canônicos terem sido alterados pela Igreja. Claro que muito escapou

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Armando Fuentes Aguirre

“Tenho a intenção de pro-cessar a revista ‘Fortune’, porque fui vítima de uma

omissão inexplicável. Ela publicou uma lista dos homens mais ricos do mundo, e nesta lista eu não apareço. Aparecem: o sultão de Brunei, os herdeiros de Sam Walton e Mori Takichiro.

Incluem personalidades como a rainha Elizabeth da Inglaterra, Niarkos Stavros, e os mexicanos Carlos Slim e Emilio Azcarraga. Mas eu não sou mencionado na revista.

E eu sou um homem rico, imensa-mente rico. Como não? Vou mostrar a vocês: eu tenho vida, que eu recebi não sei porquê, e saúde, que con-servo não sei como.

Eu tenho uma família, esposa adorável, que ao me entregar sua vida, me deu o melhor para a minha; meus filhos maravilhosos dos quais só recebi felicidades, netos com os quais pratico uma nova e boa paternidade.

Eu tenho irmãos que são como meus amigos, e amigos que são como meus irmãos.

Tenho pessoas que sinceramente me amam, apesar dos meus defeitos, e a quem amo, apesar dos meus defeitos.

Tenho quatro leitores a cada dia para agradecer-lhes, porque eles leem o que eu mal escrevo.

Eu tenho uma casa, e nela muitos livros (minha esposa diria que tenho muitos livros e entre eles uma casa).

Eu tenho um pouco do mundo na forma de um jardim, que todo ano me dá maçãs que iriam reduzir ainda mais a presença de Adão e Eva no Paraíso.

Eu tenho um cachorro que não vai dormir até que eu chegue, e que me recebe como se eu fosse o dono dos céus e da terra.

Eu tenho olhos que veem e ouvi-dos para ouvir, pés para andar e mãos

seus equívocos e “peça perdão”, como foi no caso de Galileu?

Há maneiras equilibradas e sensatas de ensinar a Doutrina e ao mesmo tempo explicar, até mesmo à criança, o que seja tradição, remontando às lendas de passagem das estações. Já que podemos fazer isso com as crianças, como não com os adultos? Respeitar, sim. Repetir, não.

Sinto-me confortável quando leio um Herculano Pires, ou mais recentemente, os pesquisado-res espíritas, estudiosos do Jesus Histórico. Mas fico confusa – sem saber o que pensar – quando acesso sites de nomes respeitados no Movimento Espírita e ainda encontro historinhas e figurinhas que estão bem no catolicismo, mas não no Espiritismo. E me pergunto: por quê? Será que eles sabem de alguma coisa que eu não captei ainda? Será que é “política de boa vizinhança”? Pra quê? Precisamos pedir licença ao padre para sermos espíritas? Já existe um movimento para “dar fim” ao Papai Noel da Coca-cola. O Espiritismo já deveria ter dado fim à “magia”. O que esta-mos fazendo?

Parece que alguns grandes nomes do movimento se especia-lizam num determinado assunto e se perdem da Doutrina, como um todo contextualizado.

Sei que posso ser alvo de crí-ticas e não me importo. Também não estou acusando os católicos. Fui criada numa família católica, com bisavô espírita. Na verdade, passei a infância e a adolescência na igreja. Fui feliz, não tive nenhum tipo de trauma. Porque era traça de biblioteca, aos 12 anos já sabia do aspecto mítico-lendário dos rituais católicos. Até da missa. Con-tinuei católica, porque gostava dos ensinamentos de Jesus. Quando encontrei o Espiritismo, me reco-nheci nele. Tenho amigos de todas as religiões. Ecumenismo é a boa

convivência entre as religiões e não a mistura delas. Quem adquire o conhecimento espírita e o absorve, prossegue com firmeza, sem medo de abrir mão desta Filosofia que tanto esclarece, liberta e não deixa de acompanhar a evolução. Por que retroceder à mentalidade mágica?

No Movimento, às vezes me sinto só. Muito só, uma estranha. Claro que faço palestras, canto. Ao falar, me entrego, deixo a Doutrina e o Evangelho fluírem. Mas, em certas situações, quando percebo que pareço estar com oito anos nas minhas antigas aulas de catecismo, me pergunto: isso é Espiritismo ou o Cristianismo de Constantino?

De uma vez por todas, pelo que li na Codificação, o Espiritismo não tem nada a ver com o Cristo Romanizado. Que tal reler “O Céu e o Inferno”? Que tal reler “A Gênese”? Que tal conhecer a Bíblia e um pouco de História Antiga e Medie-val? Que tal conhecer a história dos Concílios? É preciso contextualizar o Espiritismo. Por favor, me expliquem o que não entendo. O Movimento Espírita precisa ser mais espírita ou eu não entendi o Espiritismo? Se o problema estiver em mim, embora eu não tenha brigado com nin-guém, vou reconhecer que deverei simplesmente me calar. Talvez ler, viver e amar, seja mais fácil.

Bibliografia: BURNS, E. História da Civilização Ocidental. São Paulo: Globo, 1959.DENIS, L. Cristianismo e Espiri-tismo. Rio de Janeiro: FEB, 1981.FRAZER, J. O Ramo de Ouro. Rio de Janeiro: LTC, 1982.KARDEC, A. Obras Póstumas. Rio de Janeiro: FEB, 1973.O Céu e o Inferno. Rio de Janeiro: FEB,1975O Evangelho segundo o Espiri-tismo. Rio de Janeiro: FEB, 1972.PIRES, H. Revisão do Cristianismo. São Paulo: Paideia,1983.

| doutrina| cultura espírita

Medindo as riquezas do ser humano!

que acariciam; cérebro que pensa coisas que já ocorreram a outros, mas que para mim não haviam ocorrido nunca.

Eu sou a herança comum dos homens: alegrias para apreciá-las e compaixão para irmanar-me aos irmãos que estão sofrendo.

E eu tenho fé em Deus que vale para mim amor infinito.

Pode haver riquezas maiores do que a minha?

Por que, então, a revista ‘Fortune’ não me colocou na lista dos homens mais ricos do planeta? “

E você, como se considera? Rico ou pobre?

Há pessoas pobres, mas tão pobres, que a única coisa que pos-suem é... DINHEIRO.

Armando Fuentes Aguirre (Catón, jornalista mexicano)

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A ENCICLOPÉDIA JURÍDICA LEIB SOIBELMAN comenta sobre os desvios sexuais (também

conhecidos como sexualidade anô-mala):

É a que se desvia dos padrões de bons costumes admitidos por uma sociedade. As principais anomalias e perversões sexuais são as seguintes, descritas nos livros de medicina legal: anafrodisia, frigidez, erotismo, priapismo, auto-erotismo, eroto-mania, fetichismo, exibicionismo, narcisismo, lubricidade senil, sadismo, masoquismo, bestialismo, necrofilia, riparofilia, mixoscopia ou voyeu-rismo, onanismo, homossexualismo

de ambos os sexos, topo-inversões, crono-inversões, pigmalionismo, erotofobia, triolismo, coprolagnia, edipismo, uranismo, tribadismo, sadomasoquismo, etc. A obra clássica onde todos os autores vão obter dados sobre a matéria é a de R. V. Krafft-Ebing, “Psychopatia Sexualis”, traduzida para o francês pela editora Payot, Paris, 1950. Apesar do advento da psicanálise, posterior ao autor, nascido em 1840, a obra ainda é de grande valor documentário. A edição citada vem refundida por duas autori-dades na matéria, Albert Moll e René -Lobstein.

Mencionaremos apenas algumas dessas condutas, a seguir, nas próxi-mas edições...

Estudos têm revelado que a necessidade de ser tocado é inata no homem. O con-tato nos deixa mais con-

fortáveis e em paz. O D r . H a r o l d Vo t h ,

p s i q u i a t r a d a U n i v e r s i d a d e de Kansas, disse: “O abraço é o melhor t ratamento para a depressão”.

Objetivamente, ele faz com que o sistema imunológico do organismo seja ativado.

Abraçar traz nova vida para um corpo cansado e faz com que você se sinta mais jovem e mais vibrante. No lar, um abraço todos os dias reforçará os rela-cionamentos e reduzirá signifi-cativamente os atritos.

Helen Colton reforça este pensamento:

Quando a pessoa é tocada, a quantidade de hemoglobina no s angue aumenta s igni f i -cativamente. Hemoglobina é a parte do sangue que leva o suprimento vital de oxigênio para todos os órgãos do corpo, incluindo coração e cérebro. O aumento da hemoglobina ativa todo o corpo, auxilia a prevenir doenças e acelera a recupera-ção do organismo, no caso de alguma enfermidade.

É interess ante notar que reservamos nossos abraços para o cas iõ es de grande a le gr ia , tragédias ou catástrofes. Refu-giamo-nos na segurança dos abraços alheios depois de terre-motos, enchentes e acidentes.

Homens que jamais fariam isso em outras ocasiões se abra-çam e se acariciam com entusias-mado afeto, depois de vencerem um jogo ou de realizarem um importante feito atlético.

Membros de uma famí l ia , reunidos em um enterro, encon-tram consolo e ternura uns nos braços dos outros, embora não tenham o hábito dessas demons-trações de afeição.

O a b r a ç o é u m a t o d e encontro de s i mesmo e do outro. Para abraçar é necessária uma atitude aberta e um sin-cero desejo de receber o outro. Por isso, é fáci l abraçar uma p ess o a es t ima da e quer ida . Mas se torna difícil abraçar um estranho.

Sent imos di f iculdade em abraçar um mendigo ou um desconhecido. E cada pessoa acaba por descobrir, em sua capacidade de abraçar, seu nível de humanização, seu grau de evolução afetiva.

É natural no ser humano o desejo de demonstrar afeição. Contudo, p or a lguma r a z ão misteriosa, ligamos ternura com sentimentalidade, f raqueza e vulnerabi l idade. Geralmente hesi tamos tanto em abraçar quanto em deixar que nos abra-cem.

O abraço é uma afirmação muito humana de ser querido e de ter valor. É bom. Não custa nada e exige pouco esforço. É saudável para quem dá e quem recebe.

Você tem abraçado ultima-mente sua mulher, seu marido, seu pai, sua mãe, seu filho?

Você costuma abraçar os seus afetos somente em datas especiais?

Quando você encontra um amigo, costuma cumprimentá-lo simplesmente com um aperto de mão e um beijo formal?

A emoção do abraço tem uma qualidade especial. Experi-mente abraçar mais.

Vivemos em uma sociedade em que a grande queixa é de carência afetiva.

Que tal experimentar a tera-pia do abraço?

Comece 2012 mudando de atitude consigo mesmo, comece abraçando as pessoas...

(Disponível no livro “Momento Espírita”, v. 2, ed. FEP, em 05/12/2011)

Dalmo Duque dos Santos

As aulas e demais atividades são constantemente inspiradas por eles. Sempre que isso acontece,

geralmente enxergamos relampejos de luz, como sinais da sua presença. Não é ilusão de óptica, mas uns flashs que passam de um lado para o outro. Alguns alunos também enxergam e olham para nós em busca silenciosa de confirmação. Em caso de perigo, a intuição sempre funciona. Conosco ocorre um intenso frio na barriga, que é um alerta para ficarmos atentos e não tomar decisões precipitadas. Quando isso acontece, quase sempre surgem ataques de epilepsia, crise de choro, desmaios, discussões, brigas e agressões físicas entre os alunos durante as aulas. O motivo, quase sempre, é a presença de alunos dese-quilibrados, que geralmente faltam muito e, quando voltam “acompanha-

dos”, não conseguem se harmonizar com a turma. Um recurso bastante usado pelos Espíritos mentores, atra-vés da nossa ajuda magnética, é levá--los ao sono. Certa vez, numa sala de 8ª série, dessas “da pá virada”, durante a aplicação de uma prova, vários alunos dormiram em sono profundo, sendo que os próprios colegas estranharam o silêncio reinante. É óbvio que eles não dominavam o conteúdo proposto na avaliação e se desinteressaram pela prova, mas foi muita “coincidência” o fato de eles dormirem esse sono profundo e só acordarem minutos antes de tocar o sinal. Relatamos esse incidente para os colegas e até para a direção da escola, pois, pelo fato de não termos cumprido o dever de despertá-los, alegamos que a decisão pesou em favor dos demais alunos, que certamente não fariam a prova em clima de tranquilidade caso eles tivessem sido despertados.

| espírito na escola

Contatar os Espíritos mentores das escolas

| sexo dos espíritos

Os desvios sexuais

| mensagem

O abraço

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Jussara Ferreira da Silva

Amigos leitores,Tendo em vista as enor-

mes dificuldades que as casas espíritas enfrentam à

procura por trabalhadores voluntá-rios, queria aproveitar o espaço dispo-nibilizado pelo Jornal Fraterno para ajudar na divulgação desse assunto.

E foi procurando uma forma simples para expor essa idéia, que encontrei no portal do Grupo Espírita Casa do Caminho, da Vila Mariana, em São Paulo, o texto “Trabalho Voluntário”, cuja parte transcrevo abaixo. Digo parte porque me atentei principalmente ao seu conceito, o qual foi muito bem colocado pelo Grupo Espírita Casa do Caminho. Então vejamos:

O que é trabalho voluntário?Numa abordagem abrangente,

“voluntário é o cidadão que, moti-vado pelos valores de participação e de solidariedade, doa seu tempo, seu trabalho e seu talento, de maneira espontânea e não remunerada, para causas de interesse social e comu-nitário”.

Voluntário é, pois, toda pessoa que já rompeu, mesmo que par-cialmente, a crosta de egoísmo, de egocentrismo, que em maior ou menor grau nos envolve a todos. É aquele que já exercita, ainda que muitas vezes em estado embrionário, o amor ao próximo ensinado por Jesus, fazendo ao irmão necessitado o que gostaria que se lhe fizesse em idêntica situação. Atua no anonimato. É encontrado em toda parte, oriundo de todas as camadas sociais e adepto de todas as religiões. É movido pelo desejo sincero de servir, sem esperar nada em troca.

Continuando a leitura deste artigo, encontrei as diversas razões e benefí-cios que levam as pessoas a doarem o seu tempo para o desenvolvimento do trabalho voluntário. Observem o que explica esse mesmo artigo:

Por que ser um voluntário?Os benefícios alcançados pelo

trabalho voluntário são inúmeros. Do ponto de vista social, dos assistidos, o benefício é evidente. A ação social consciente tem contribuído para reduzir as desigualdades sociais e minimizar as pressões sociais por um padrão de bem estar social mais justo e humano. Da perspectiva do voluntário, os benefícios são de outra natureza. A maioria dos voluntários quer ajudar a resolver os problemas sociais, sentir-se útil e valorizado, fazer algo diferente, exercer a generosi-dade e a solidariedade. Essa atitude solidária com os menos favorecidos traz inúmeros benefícios pessoais ao voluntário, melhorando sua auto--estima e até sua saúde.

Segundo pesquisa realizada por Allan Luks, em The Healing Power of Doing Good, descobriu-se que pessoas que “ajudam os outros têm consistentemente melhor saúde. Oito em dez dos entrevistados afirmaram que os benefícios para a saúde retor-navam quando eles se lembravam da ação feita em anos anteriores”. Estudo da Universidade de Michigan “constatou que homens que faziam menos trabalhos voluntários eram significativamente mais propensos a morrer”.

Conclusão: trabalho voluntário faz bem à saúde física, psíquica e espiritual; o trabalhador voluntário vive mais e melhor.

E abaixo, segue a explicação para o Programa de Voluntariado, ou seja, como se originam os programas e como são organizados por entidades e, também, por empresas:

O que é um programa devoluntariado?

Os conceitos de trabalho voluntá-rio podem ser considerados tanto de uma perspectiva institucional, mais abrangente, envolvendo uma ação social organizada com maior com-prometimento e engajamento das organizações, quanto de um ponto

| momento fraterno

Trabalho voluntário na casa espírita

de vista pontual, esporádico que mobiliza outros perfis ou motivações individuais.

Nesse contexto, um programa de voluntariado compreende uma ação institucional organizada, com objetivos, metas, procedimentos, responsabilidades bem definidos. Pode ser entendido também como “qualquer forma de apoio formal ou organizado de uma entidade ou empresa a empregados, aposenta-dos ou cidadãos conscientes de sua responsabilidade social que desejem servir, voluntariamente, uma comuni-dade, com seu tempo e habilidades”. Infelizmente, as entidades beneficen-tes no país são, na maioria, pequenas e pouco estruturadas e não têm progra-mas de voluntariado, restringindo-se à ações pontuais e pouco organizadas de trabalho voluntário.

Afora o conteúdo e a profun-didade deste texto, trazidos em tão poucas palavras, uma pequena frase me chamou a atenção, pela importância do seu conteúdo, essa registrada logo na primeira questão: “atua no anonimato”.

E para fortalecer o conceito do anonimato no trabalho voluntário, Hernani T. Sant’anna, no seu livro Em busca da verdade, p. 183, assim escreveu:

“Bem-aventurados são, pois, os milionários do trabalho digno, os titulados da caridade fraternal, embora passem, quase sempre, aos olhos humanos, no modesto anoni-mato, sem os favores estrepitosos do prestígio e sem as homenagens que se prestam aos vencedores do dia”.

E no interior do Seara de Jesus, na sua rotina diária, nas diversas ativida-des realizadas, eu poderia descrever como é desenvolvido anonimamente o trabalho voluntário. Fecho os meus olhos, e pela distância física da casa em que me encontro neste exato momento, posso sentir o bater do coração dos seus trabalhadores, cujo som ressoa pelo Seara de Jesus como se fosse a trilha sonora para mais um dia de trabalho. Posso sentir a energia dos seus trabalhadores a fluir em dire-ção daqueles que adentram a casa, a procura de apoio espiritual ou mate-rial. As suas mãos estendidas acolhem e aquecem a todos. As mesmas mãos que sutilmente tocam o próximo, num grande abraço fraterno, aproxi-mam os corações e o calor humano se instala feito uma chama quente de uma lareira qualquer. Esta é a recepção do Seara de Jesus.

Nas palavras proferidas pelos voluntários aos irmãos que procu-ram a casa, durante as reuniões do

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evangelho e até mesmo fora delas, o carinho da compreensão se desloca no ar, sem a cobrança ou julgamento pelos atos praticados. Para os passes, numa vibração constante de amor ao próximo, os voluntários da casa se dispõem numa disciplina absoluta, que os sintoniza a uma harmonia de pen-samentos e sentimentos capaz de tirar qualquer dor existente na alma. São as mais singelas e cari-nhosas demonstrações de amor ao próximo!

No plano material, a força dos braços é imprescindível à tarefa de alimentar o corpo físico. Os nossos voluntários, como expres-são da assistência necessária, se fortalecem a cada alimento colocado nas mãos dos menos favorecidos e retornam aos seus lares sentindo o corpo aquecido pelo conforto que favoreceram a famílias inteiras. Bons livros e boas leituras são divulgados por outros colaboradores, contando com o discernimento necessário para a divisão de todas as palavras, sem preferência ou escolha do leitor.

Sim, são tantas as atividades realizadas no Seara de Jesus, que receio não ter como mencionar todas. O importante é saber o quanto o trabalho voluntário pre-enche a vida daqueles que o pra-ticam e que, por meio do anoni-mato, sem esperar por retribuição ou reconhecimento, doam parte do seu tempo, do seu conheci-mento, das suas habilidades em favorecimento do próximo. Se sentir o seu coração pronto para o trabalho voluntário, venha até nós. Estaremos prontos para recebê-los e orientá-los para esta nobre tarefa!

Para conhecerem o texto “Tra-balho Voluntário” na íntegra, aces-sem o endereço eletrônico http://www.casadocaminho.com.br/Seja_Voluntario.html, na Internet.

Um abraço a todos!

Por José de Abreu

Queridos Irmãos, Irmãs, Confrades, Confreiras e Amigos,

Estou, através deste Informativo de edição 52 de nosso querido Fraterno, a parabenizar a todos os leitores.

Há aproximadamente 9 anos, tínhamos um freqüentador que, com alguns anos de colaboração em nossa Casa “Centro Espírita Seara de Jesus” nos trouxe a idéia de lançarmos um informativo.

Esse senhor e irmão, ao qual nós devemos muito chama-se JOSÉ MILTON, irmão de grande experi-ência no assunto e conhecedor da Doutrina.

Eu, José de Abreu, na época presidente do Centro Seara de Jesus, acolhi suas idéias e passei a analisá-las com muito carinho, pois se tratava de um assunto que requeria muito cuidado.

Sempre em contato com José Milton, procuramos formar um grupo de irmãos afins, para participar do ideal de nosso informativo.

Primeira reunião do grupo estava tudo planejado em março de 2003; foi quando surgiu a pergunta – qual será o título? Um colaborador do grupo, Sr. Airton Fernandes, nos propôs: “Fraterno”. Anos antes, esse nosso irmão Airton já havia lançado um pequenino informativo com o nome Fraterno, um trabalho manual, onde requeria recortes e colagem numa folha A4, entre as ilustrações e assuntos, um verdadeiro trabalho artesanal.

Esse título foi apoiado por todo grupo, agora sim tudo pronto! Dizia o grupo em coro, até com lágrimas de alegria.

O Sr. José Milton tomou as primei-ras iniciativas, eu como presidente do Centro, dando apoio de retaguarda, auxiliando no que fosse possível.

Formamos um grupo de onze pessoas e fundamos o FRATERNO,

| história

Tocando em Frente

escrevendo, conferindo, analisando, digitando nos computadores, eram eles: José Milton, Airton Fernandes, Lúcia Sokoloswiski, Wilson Roberto da Silva, Bráulio de Souza, Deise Maria de Oliveira Aguilar, João Célio Chaves de Aguilar, Alessandra Silva, Guilherme Prado, Vera M. Galhardi, Eduardo Mendes. Enfim, decidimos que a periodicidade seria bimestral e só em meados de Agosto de 2003, ano I, estava pronto o primeiro CD do Jornal Informativo para seguir para a gráfica.

Poucos dias mais se passaram e a prova do informativo nos foi apre-sentada, dada a aprovação do grupo então seguiu para o prelo. Passados alguns dias, o irmão José Milton viu sua idéia materializada – 1ª. Tiragem: 2000 exemplares, Agosto/Setembro de 2003.

Esse informativo de iniciativa de José Milton saiu tão bom que no prazo destes 9 anos continua levando a mensagem do amor, esperança, fra-ternidade e ensinando, orientando o homem a seguir o caminho de Jesus.

Querido Irmão José Milton, olha aí: o Fraterno graças à sua idéia e hoje com o trabalho dos irmãos dedicados

colaboradores está sendo distribuído em toda Osasco, região, São Paulo e em dezenas de outros estados e até fora de nosso país. Está também para o mundo na Internet, no site: institutochicoxavier.com

Irmão José Milton, a sua iniciativa foi vitoriosa, foi o nosso pontapé inicial.

Nosso querido irmão José Milton mudou de endereço e não freqüenta mais a nossa Seara, mas deixou a semente plantada e dando frutos.

Confiamos no amparo de nossos mentores espirituais, mas sabemos que em tudo, Deus é o primeiro.

Confiamos que esse Informativo continue se multiplicando, hoje com 10.000 exemplares e quem poderá imaginá-lo daqui há mais uns anos?

Parabéns José Milton, parabéns o Fraterno e Centro Espírita Seara de Jesus. Obrigado José de Abreu pelo seu apoio e perseverança, pois pôde manter este informativo em circulação até hoje e que sempre o fará acontecer.

Obrigado a todos os participantes e colaboradores e anunciantes!

José de Abreu é ex-presidente do Seara de Jesus

Page 12: Jornal Fraterno 52

[email protected] FRATERNO Osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 52 | Março/Abril

TEREZA NESTOR DOS SANTOSAdvogada Trabalhista

3449-2434/ 3654-2407/ 9284-4325Rua Armando Binotti, 58 - V. Bussocaba Osasco - SP

Entrada pela lateral do prédio digite ramal 30

Ouvindo variadas referên-cias ao reino, Tomé impres-sionara-se, acreditando o povo judeu nas vésperas de

formidável renovação política. Indubi-tavelmente, Jesus seria o orientador supremo do movimento a esboçar-se pacífico para terminar, com certeza, em choques sanguinolentos. Não se repor-tava o Mestre, constantemente, à von-tade do Todo-Poderoso? Era inegável o advento da era nova. Legiões de anjos desceriam dos céus e pelejariam pela independência do povo escolhido.

Justificando-lhe a expectativa, toda gente se agrupava, em redor do messias, registrando-lhes as promessas.

Estariam no limiar da Terra dife-rente, sem dominadores e sem escra-vos.

Submetendo, certa noite, ao Cristo as impressões de que se via possuído, dele ouviu a confirmação esperada:

– Sem dúvida – explicou o Naza-reno –, o Evangelho é portador de gigantesca transformação do mundo. Destina-se à redenção das massas anônimas e sofredoras. Reformará o caminho dos povos.

– Um movimento revolucionário! – acentuou Tomé, procurando imprimir mais largo sentido político à definição.

– Sim – acrescentou o Profeta Divino –, não deixa de ser...

Entusiasmado, o discípulo recor-dou a belicosidade da raça, desde os padecimentos no deserto, a capaci-dade de resistência que assinalava a marcha dos israelitas, a começar de Moisés, e indagou em rebuços:

– Senhor, confiar-me-ás, porven-tura, o plano central do empreendi-mento?

Dirigiu-lhe Jesus significativo olhar e observou:

– Amanhã, muito cedo, iremos ambos ao monte, marginando as águas. Teremos talvez mais tempo para explicações necessárias.

Intrigado, o apóstolo aguardou o dia seguinte e, buscando ansioso a companhia do Senhor, muito antes do sol nascente, em casa de Simão

Pedro, com surpresa encontrou-o à espera dele, a fim de jornadearem sem detença.

Não deram muitos passos e encon-traram pobre pescador embriagado a estirar-se na via pública. O Messias parou e acercou-se do mísero, socor-rendo-o.

– Que é isto? – clamou Tomé, enfadado –. Este velho diabo é Jonas, borracho renitente. Para que ajudá--lo? Amanhã, estará deitado aqui às mesmas horas e nas mesmas condi-ções.

O Companheiro celeste, todavia, não lhe aceitou o conselho e redarguiu:

– Não te sinto acertado nas alega-ções. Ignoras o princípio da experiência de Jonas. Não sabes por que fraqueza se rendeu ele ao vício. É enfermo do espírito, em estado grave; seus sofrimentos se agravam à medida que mergulha no lamaçal. Realmente, vive reincidindo na falta. Entretanto, não consideras razoável que o serviço de socorro exige também o ato de começar?

O aprendiz não respondeu, limi-tando-se a cooperar na condução do bêbado para lugar seguro, onde caridoso amigo se dispôs a fornecer-lhe lume e pão.

Retomava a caminhada, quando pobre mulher, a toda pressa, veio implorar ao Messias lhe visitasse a filhinha, em febre alta.

Acompanhado pelo discípulo, o Salvador orou ao lado da pequenina confiante, abençoou-a e restitui-lhe a tranquilidade ao corpo.

Iam saindo de Cafarnaum, mas foram abordados por três senhores de aspecto humilde que desejavam ins-truções da Boa Nova para os filhinhos. O Cristo não se fez de rogado. Prestou esclarecimentos simples e concisos.

Ainda não havia concluído aquele curso rápido de Evangelho, e Jafé, o cortador de madeira, veio resfolegante suplicar-lhe a presença no lar, porque um filho estava morto e a mulher enlouquecera.

O Emissário de Deus seguiu-o sem

pestanejar, à frente de Tomé, silencioso. Reconfortou a mãezinha desvairada, devolvendo-a ao equilíbrio, e ensinou à casa perturbada que a morte, no fundo, era vitória da vida.

O serviço da manhã absorvera-lhes o tempo e, assim que se puseram a caminho, em definitivo, eis que uma anciã semiparalítica pede o amparo do amigo celestial. Trazia a perna horrivel-mente ulcerada e dispunha apenas de umas das mãos.

O Messias acolhe-a, bondoso. Soli-cita o concurso do apóstolo e a conduz a sítio vizinho, onde lhe lava as feridas e deixa-a convenientemente asilada.

Prosseguindo viagem para o monte, Mestre e discípulo foram cons-trangidos a atender mais de cinquenta casos difíceis, lenindo o sofrimento, semeando o bom ânimo, suprimindo a ignorância e espalhando lições de esperança e iluminação. Sempre rodeado de cegos e loucos, leprosos e aleijados, doentes e aflitos, mal tiveram tempo de fazer ligeiro repasto de pão e legumes.

Quando atingiram o objetivo, anoitecera de todo. Estrelas brilhavam distantes. Achavam-se exaustos.

Tomé, que mostrava os pés san-grentos, enxugou o suor copioso e

rendeu graças a Deus pela possibili-dade de algum descanso. A fadiga, porém, não lhe subtraíra a curiosidade. Erguendo para o Cristo olhar indaga-dor, inquiriu:

– Senhor, dar-me-ás agora a chave da conspiração libertadora?

O Divino interpelado esclareceu sem vacilações:

– Tomé, os homens deviam ente-diar-se de revoltas e guerras que come-çam de fora, espalhando ruína e ódio, crueldade e desespero. Nossa iniciativa redentora verifica-se de dentro para fora. Já nos achamos em plena revolu-ção evangélica e o dia de hoje, com os abençoados deveres que nos trouxe, representa segura resposta à indaga-ção que formulaste. Enquanto houver preponderância do mal, a traduzir-se em aflições e trevas no caminho dos homens, combateremos em favor do triunfo supremo do bem.

E, ante o discípulo desapontado, concluiu:

– A ordem para nós não é de matar para renovar, mas sim de servir para melhorar e elevar sempre.

Tomé passou a refletir madura-mente, e nada mais perguntou.

(Mensagem extraída do livro: “Luz Acima”, cap. 46)

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