JORNAL INFORMATIVO DA PREFEITURA DE BOA VISTA TRABALHANDO · TRABALHANDO PRA VOC Ê O início...

O Brasil começa a despertar para a importância da primeira infância.Boa Vista se destaca no cenário nacional com o Programa Família que Acolhe

Os três primeiros anos são para sempre

J O R N A L I N F O R M A T I V O D A P R E F E I T U R A D E B O A V I S T A

sEtEMbro 2014 – aNo i – EDiÇÃo 02 | DistribUiÇÃo gratUita – vENDa ProibiDa

TRABALHANDO PRA VOCÊ

O início define o futuro

Alerta para a dengue na cidade

Mais de 80% dos bairros em Boa Vista apresentam alto risco de infestação do mosquito transmissor da dengue. Pág.3

SAÚDE

Boa Vista acima da média nacional

O resultado do Ideb mostra que os primeiros cinco anos superaram a meta de 4,9. Pág.11

EDUCAÇÃO

Bope e Crescer: parceria do bem

Projeto Crescer e Bope firmam parceria para trabalhar valores e disciplina entre os jovens de Boa Vista. Pág.8

PROJETO CRESCER

Págs. 6 e 7

trabaLHar E CUiDar Das PEssoaswww.boavista.rr.gov.br

Reconstruir Boa Vista e, ao mesmo tempo, desenvolver novos projetos para a população. São esses os objetivos que guiam o trabalho da Prefeitura de Boa Vista. Para compartilhar a reforma da casa e as novidades com seus moradores, o governo municipal apresenta a segunda edição do jornal mensal Trabalhando Pra Você.Essa segunda edição chega novamente a diferentes lugares da cidade com a mesma missão: informar com transparência as ações da prefeitura. Quem anda hoje pelas ruas da cidade encontra bairros limpos, iluminados e fl oridos. A 80 km do centro de Boa Vista a cena é a mesma. Resultado dos serviços de limpeza e iluminação que a prefeitura levou para as comunidades indígenas. Enquanto a reestruturação é feita, novas ideias germinam e ganham força. É o caso do Programa Família que Acolhe. Lançado no fi nal de 2013, o programa é a aposta do município para atender uma demanda mundial: olhar com carinho e atenção máxima a primeira infância. Você também conhecerá as novidades do Projeto Crescer: a parceria fi rmada com o Bope para trabalhar valores e disciplina com todos os jovens do programa.A atual gestão da prefeitura também tem expandido a sua atuação para todo o Brasil. No fi nal de setembro, o município de Boa Vista participa pela primeira vez da Expo Internacional de Turismo como organizadora principal do stand de Roraima e assume a responsabilidade de mostrar ao mundo as potencialidades turísticas do estado. Isso e muito mais você pode conferir no jornal.

Boa leitura!

JORNAL TRABALHANDO É UMA PRODUÇÃO DA PREFEITURA DE BOA VISTA – 2014Teresa Surita Prefeita de Boa Vista (RR) Marcelo Moreira Vice-prefeito de Boa Vista (RR) Eliane Rocha Secretária Municipal de Comunicação SocialAline PadilhaSecretária adjunta de Comunicação Social

Coordenação do JornalMarcela Ulhoa e Caíque SilvaEdição de textosCaíque Silva e Marcela Ulhoa Redação: Ada Drews, Gabriela Vital, Rhayana Araújo, Sueda Marinho, Shirleia Rios, Simeão Wanderley, Deborah Nascimento e Marcela UlhoaRevisão: Eliane Rocha, Aline Padilha e Marcela UlhoaCoordenação de projeto gráfico: Marcos Borges

Coordenação e edição de fotografia: Reynesson Damasceno Fotografias:Andrezza Mariot, Reynesson Damasceno, Fernando Teixeira, Eduardo Andrade, Bruno Garmatz e Marcos LimaDiagramação: Mene & Money

Impressão: Gráfica IórisTiragem 10 mil exemplaresDistribuição gratuita

www.boavista.rr.gov.br

FaCEbooK.CoM/PrEFEitUraDEboavista

twittEr.CoM/PrEFEitUrabv

EDITORIAL

EXPEDIENTE

SAIU NA REDE!

JORNAL TRABALHANDO PRA VOCÊ

2 www.boavista.rr.gov.br

Boa Vista em alerta para epidemia de dengueMoradores devem colaborar para evitar a doença

Boa Vista está em alerta devido à quantidade de focos de transmissão

da dengue. No último Levantamento de Índice Rápido de Aedes Aegypti (Liraa), feito em julho deste ano pela Secretaria Municipal de Saúde, 50 bairros foram avaliados. Destes, 88% encontram-se com alto risco de infestação pelo mosquito transmissor da dengue. Apenas 10% classificaram-se na condição de médio risco e 2% com baixo risco.

A maioria dos bairros com altos índices está localizada na zona oeste da cidade. Em 2013, foram notificados 1.050 casos da doença, sendo confirmados 246.

Os resultados apontam um aumento significativo do risco de transmissão de dengue na capital. Ao percorrer os bairros, os agentes de endemias alertam a população sobre os perigos da dengue.

Nas casas visitadas, os agentes encontr-aram a presença da larva do mosquito em vários locais. A maior parte, 43,6%, foi

encontrada no lixo acumulado, recipien-tes plásticos, garrafas, latas, sucatas em pátio de ferro velho, entulhos. O segundo lugar com maior foco foram os depósit-os móveis, 27,2%, como vasos e frascos com plantas, pingadeira de central de ar, recipiente de degelo da geladeira, bebe-douro e objetos religiosos.

Como evitar: O mosquito precisa de água limpa e parada para se reproduzir. Por isso, a importância de manter os quintais limpos, eliminando criadouros, como latas, garrafas, vasos de plantas, pneus, calhas, caixas d’água destampadas e qualquer outro recipiente que possa acumular água.

Sintomas: Febre alta associada à dor de cabeça, dor atrás dos olhos, no corpo e nas juntas. Outros sintomas como manchas vermelhas pelo corpo, vômitos e diarréia podem aparecer. Qualquer manifestação hemorrágica deve ser considerada sinal de alerta para a forma mais grave da doença.

Infestação por bairros

Senador Hélio Campos, Operário, Alvorada, Silvio Leite, Jardim Equatorial, Nova Canaã, Silvio Botelho, Jardim Tropical, Olímpico, Pintolândia, Santa Luzia, Bela Vista, Distrito Industrial, Nova Cidade, Araceli, Raiar do Sol, Cambará, Jardim Primavera, Jóquei Clube, Santa Tereza, Asa Branca, Buritis, Caimbé, Tancredo Neves, Jardim Floresta, Caranã, Cauamé, Jardim Caranã, União, Centenário, Cinturão Verde, São Bento, 13 de Setembro, Liberdade, Pricumã, Calungá, Mecejana, São Vicente, Aeroporto, São Francisco, Dos Estados, Centro, Cidade Satélite e Piscicultura.

Febre ChikungunyaVocê sabia que a febre chikungunya também é causada pelo mosquito Aedes Aegy pti, transmissor da dengue, e pelo Aedes Albopictus, da febre amarela? Por isso é preciso atenção redobrada quanto aos cuidados.

O infectado com chikungunya apre-senta febre alta, dores de cabeça, dores musculares, erupção na pele, conjunti-vite e dores nas articulações que podem durar meses ou anos.

Você sabia?

SAÚDE

População precisa colaborar com a limpeza dos quintais para evitar epidemia de dengue

MAIS DE QUATRO CASAS INFESTADAS PARA CADA 100

DE UMA A TRÊS CASAS INFESTADAS PARA CADA 100

Nos bairros São Pedro, Canarinho, Aparecida, 31 de Março, Caçari e Paraviana, de uma a cada três casas estavam infestadas. Resultado que aponta como médio risco para proliferação da dengue.

MENOS DE UMA CASA INFESTADA PARA CADA 100

Nenhum bairro de Boa Vista foi classificado com risco zero.


3trabaLHar E CUiDar Das PEssoas

Prefeitura pede apoio da população e orienta sobre multas

Serviços de limpeza e iluminação chegam a áreas indígenas

Jogar lixo em local inapropriado é considerado crime ambiental e as multas podem variar de R$ 222 até R$ 50 mil

Neste ano, as equipes da Secretaria Municipal de Gestão Ambiental já

limparam 40 bairros na capital. Na zona oeste, alguns exemplos são: Nova Cidade, Senador Hélio Campos, Pintolândia e Araceli Souto Maior.

“É constante o trabalho de alerta feito pela prefeitura, por meio de campanhas. Porém, mesmo sabendo que jogar lixo em locais inadequados é incorreto, as pessoas insistem no erro. Até quando são multadas em flagrante, poucas admitem a infração”, ressalta o secretário de Gestão Ambiental, Daniel Peixoto.

A população precisa ter consciência que o despejo de resíduos em ambientes inapropriados leva ao entupimento de bueiros e alagamento de ruas - situação que ocorre com frequência no período de inverno.

Além disso, existe o aumento de doenças causadas pelo acúmulo do lixo. A médica e diretora técnica do Hospital da Criança Santo Antônio, Débora Maia, enfatizou que a mais recorrente de todas é a den-gue. “O lixo jogado em locais inadequa-dos ajuda a formar o ambiente ideal para o mosquito da dengue se reproduzir,

situação que propicia ainda a ocorrên-cia de diarreias e Hepatite A, vermino-ses, leptospirose, malária entre outras doenças que aparecem, principalmente, no período do inverno”, alerta. “Quando as pessoas sujam bairros que já foram limpos, não há possibilidade de notificação – a multa é direta. A fiscalização é permanente e percebemos que só notificar não basta”, afirma Daniel.

Nos bairros que ainda não foram limpos este ano, o morador é notificado e tem prazo para colocar o lixo em local adequado. Caso isso não ocorra, é expedida a multa.

O caminho escuro e o matagal que dona Generosa Marcolino percorria

todos os dias para ir à igreja mudou. Com um cenário totalmente diferente, hoje a comunidade indígena Vista Alegre conta com ruas limpas e iluminadas. A 80 quilômetros do centro de Boa Vista, a comunidade que abriga 123 famílias

foi a primeira a receber os serviços de limpeza e iluminação executados pela Prefeitura de Boa Vista.

Com a ação conjunta das secretarias de Obras e Gestão Ambiental, o mato que tomava conta do campo de futebol deu lugar à grama verde. O mesmo aconteceu nos quintais da igreja, posto de saúde e escolas da comunidade. No local, foram instaladas mais de 100 lâmpadas, além dos serviços de roço, varrição, capina e recolhimento de entulhos e galhadas.“Quando os trabalhos começaram fiquei feliz. Agora posso até ir à igreja com mais segurança”, conta a indígena.

LIMPEZA PÚBLICA

Equipes de limpeza intensificam trabalhos na zona oeste da cidade

OrientaçãOOs resíduos domésticos devem ser colocados em sacos de lixo bem amarrados. E só devem ir para fora de casa no dia exato da coleta. Isso evita que animais espalhem os resíduos.

Caso a pessoa tenha entulhos e galhadas em casa, a alternativa é se dirigir à Secretaria Municipal de Economia, Planejamentos e Finanças, localizada no Centro. Lá, a pessoa retira o DAM (Documento de Arrecadação Municipal), que pode ser pago em qualquer agência bancária.


Dona Generosa vive uma realidade diferente depois que a prefeitura

revitalizou a iluminação e recolheu o matagal


“Se a criança for estimulada a descobrir seu próprio potencial, as dificuldades deixam de persistir em tudo o que ela faz” . Krislainy Alves, psicóloga.

Escolas municipais oferecem educação especial inclusivaOnde ser diferente é ser igual

Para atender aos alunos com deficiência matriculados na rede

municipal de ensino, a Prefeitura de Boa Vista investe na educação especial com a implantação de salas multifuncionais e o atendimento especializado gratuito no Centro Municipal Integrado de Educação Especial, bairro dos Estados.

Atualmente, 348 estudantes são assistidos pela educação especial do município. Além de receberem apoio pedagógico, por meio das salas de recursos multifu ncionais, os alunos também são atendidos por psicólogos, terapeutas, fonoaudiólogos e pedagogos.

O aluno do 1º ano da Escola Municipal Pequeno Polegar, Anderson Messias, recebe atendimento da educação especial há cerca de um ano. Quando iniciou a vida escolar, aos cinco anos, ele foi diagnosticado com transtorno mental moderado.

Aos sete anos, o estudante está apren-dendo a comandar a própria vida. Além

da dificuldade para se expressar e se fazer entender, seus pais contam que ele mantinha também um comportamento agressivo e hiperativo.

“Ele começou a apresentar um compor-tamento estranho aos cinco anos, porém não imaginávamos ser algo tão sério. Hoje, Anderson conversa, participa das aulas e troca ideias com os colegas”, con-ta o pai, Stélio Messias, 40 anos.Na sala de aula, o aluno estuda com mais 20 crianças e tem se revelado um dedicado aprendiz, conta a professora Tatiane Calvacante, que tem buscado desenvolver um trabalho de socialização e independência com Anderson.

“Ele adora números. Procuro estimulá-lo a participar da aula chamando-o para resolver continhas no quadro, junto aos outros alunos. Além disso, ele já consegue copiar o cabeçalho do quadro, conhece todas as letras do alfabeto e já lê algumas palavras. O processo de aprendizagem dele tem melhorado a cada dia”, diz a educadora.

EDUCAÇÃO ESPECIAL

Investimentos em salas multifuncionais e atendimento especializado gratuito garantem a integração entre as crianças

atenDiMentO eSPeCiaLiZaDO Professores bilíngues: Em busca da qualidade de ensino para pessoas com surdez, a Secretaria Municipal de Educação conta com 19 professores fl uentes na Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Salas multifuncionais: Oferecem espaço amplo com materiais pedagógicos de acessibilidade como: jogos educativos, computadores e livros. Das 59 unidades escolares do município, 48 já possuem sala de recurso multifuncional com equipamentos adequados.

Centro Municipal de educação especial: Conta com uma equipe de pedagogos, fi sioterapeutas, fono-audiólogos, psicólogos, terapeuta ocupacional e assistente social. As crianças participam de atividades de informática, dança, coral e higiene.


Anderson recebe ajuda e atenção dos colegas na sala de aula


A atenção especial garante benefícios durante o desenvolvimento da criança

Cuidar dos primeiros anos é determinante para toda a vida

A gestação é o período de grandes transformações para a mulher, tanto

físicas quanto psicológicas. É neste momento que o corpo apresenta sinais para uma jornada de 36 semanas até o nascimento do bebê. Náuseas e vômitos, aumento do apetite, cansaço, alterações na aparência dos seios e dores de cabeça são somente alguns exemplos.

Além das mudanças físicas, as psicológicas se tornam cada vez mais comuns. A mulher fica mais sensível, chora mais, fica impaciente e pode desenvolver até mesmo depressão. Cuidar da mãe nesse período é fundamental para que o bebê possa nascer e crescer com saúde.

Os cuidados durante os nove meses de gestação influenciam diretamente no desenvolvimento das crianças, e é por isso que algumas mulheres procuram auxílio. Para dar suporte a esse processo de mudança, de ser mãe, a Prefeitura de Boa Vista criou, em 2013, o Programa Família Que Acolhe. Ele oferece às gestantes, crianças e famílias, um leque de conhecimento para o desenvolvimento da primeira infância, período que vai até os três anos de idade.

O médico, clínico geral e consultor em Desenvolvimento da Primeira Infância, Marcos Davi, explica que a sociedade só começou a se preocupar com o desen-volvimento da criança a partir do final século 20. “Com os conhecimentos ad-

quiridos pelas chamadas neurociências, principalmente no desenvolvimento do cérebro, foi possível identificar que os primeiros anos interferem no modo como a pessoa vai se desenvolver ao lon-go da vida. Por isso, costumo dizer que os primeiros anos são para sempre”, explica.

Se trabalhar com a primeiríssima infância ainda é novidade no Brasil, Boa Vista dá exemplo e sai nà frente com um programa integrado e um marco legal desenvolvido no município para assegurar os direitos das crianças e familiares.

“Quando fui deputada federal, participei de um curso em primeira infância voltado para gestores públicos em Harvard, nos Estados Unidos. Desde então, tive para mim que, quando fosse prefeita, colocaria em prática tudo o que aprendi

fora do país aqui em Boa Vista”, relata a prefeita Teresa Surita. Timidamente, Mirlena Corrêa, de 32 anos, contou a sua história ao Trabalhando pra Você. Em busca de emprego e um lugar tranquilo para viver, veio de Manaus para Boa Vista. Mas as dificuldades a empurraram para o tráfico de drogas. Presa, perdeu a liberdade de decisão. Tinha hora para acordar, comer e dormir. Há seis anos cumpriu a pena e até hoje enfrenta preconceito na hora de trabalhar. “Quando falo a minha história, as pessoas evitam me empregar”, diz.

As dificuldades não a fizeram desistir. Grávida pela sexta vez, Mirlena quer pro-porcionar um futuro melhor aos filhos. “Essa gestação é especial. É o recomeço de uma nova história”.

FAMÍLIA QUE ACOLHE

Mirlena Corrêa pode oferecer um futuro melhor aos filhos

É preciso atenção especial ao período que vai até os três anos de idade


FQA oferece atendimento integrado à família


O programa Família que Acolhe foi cri-ado como política pública integrada

para a primeira infância, conforme Lei Municipal n° 1.545. O marco legal abrange o desenvolvimento infantil até os seis anos de idade em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais, nos moldes do Estatuto da Criança e do Ado-lescente (ECA).

No dia 22 de agosto, a Prefeitura de Boa Vista lançou o projeto de capacitação aos profissionais dos setores de Saúde, Educação e Desenvolvimento Social do Programa Família que Acolhe. Com duração de um ano, o objetivo da formação é melhorar e humanizar o atendimento oferecido no programa.

Para tanto, a prefeitura buscou parceria com as melhores referências em Desen-volvimento da Primeira Infância no Bra-sil. O trabalho, coordenado pelo médi-co Marcos Davi dos Santos, da Maimar Desenvolvimento de Humanidades, é ba-

Jornal trabalhando: O que é a primeira infância?Marcos Davi: O conceito está relacionado aos seis primeiros anos. A gente não pode pensar que o desenvolvimento infantil é algo fácil pra criança. Parece muito simples sustentar o pescoço, mas para que isso aconteça, uma série de mudanças no sistema nervoso precisa acontecer. Sentar,

engatinhar, se arrastar e depois andar, interagir com as pessoas, desenvolver a fala, todos esses são desafi os que exigem um amadurecimento não só do seu sistema nervoso, mas também de suas emoções, dos relacionamentos com os seus pais, com amigos e com as pessoas que estão a sua volta. Jt: Do ponto de vista social, qual a necessidade de trabalhar a primeira infância?MD: Trabalhar com o desenvolvimento infantil é ajudar a criança a desenvolver vínculos, não só com a família, mas também com sua comunidade, criando relacionamentos que podem ser menos confl ituosos e mais duradouros. Jt: Quais são os aspectos emocionais envolvidos?MD: Os aspectos sociais, emocionais e de saúde têm o mesmo peso para que a criança desenvolva seu potencial. Esse dado requer uma mudança de olhar e conceito, pois nos traz a responsabilidade

de não supor que somente levar ao pediatra e dar vacina é um cuidado importante nos primeiros anos de vida. Jt: Qual é o papel dos estados e municípios nessa campanha?MD: Mais que uma bandeira, a primeira infância precisa ser uma causa. Quando a gente compreende que isso é importante não só pra mim, mas pra meu irmão, para minha irmã, meu primo, meu vizinho, depois para o meu bairro, para a minha cidade, estado, país até chegar ao resto da humanidade como um todo. Jt: Como será o trabalho aqui em Boa Vista? MD: O programa é direcionado para servidores que trabalham diretamente com crianças. Os profi ssionais serão capacitados e depois aplicarão os conhecimentos no trabalho diário, juntos aos pais e crianças. Nós utilizamos um modelo que foi desenvolvido pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, composto por seis intervenções chaves.

Desenvolvimento da primeira infância é tema de capacitação em Boa VistaOs aspectos sociais, emocionais e de saúde têm o mesmo peso para que a criança desenvolva seu potencial

PRIMEIRA INFÂNCIA

Entrevista

Capacitação terá duração de 12 meses


seado na metodologia desenvolvida pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.

Médico clínico geral, mestre em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo e psicoterapeuta

corporal, Marcos Davi acompanhará as ações e os indicadores do projeto durante 12 meses de capacitação. Em entrevista, ele fala sobre a importância da primeira infância e explica como será o trabalho em Boa Vista.


Projeto Crescer lança parceria com o BopeParceria com Bope é uma das grandes novidades da nova edição do Projeto Crescer

Um chinelo de dedo e o imponente coturno preto. Um ao lado do outro,

repousados tranquilamente. A cena substitui aquela em que o chinelo é o personagem sempre em fuga, correndo a todo vapor. A mudança de perspectiva foi possível a partir da recente parceria entre o Projeto Crescer e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). A partir de setembro, 20 adolescentes do programa serão capacitados por policiais militares, com foco na noção de valores, disciplina e respeito.

A intenção da Prefeitura de Boa Vista é proporcionar uma relação mais harmoniosa e amigável entre os dois lados. Educação física, adestramento de cães, defesa pessoal, cumprimento de horário e civismo, com a prática do hasteamento diário da bandeira, também serão pontos trabalhados durante o curso no Bope.

Os adolescentes terão a oportunidade de conhecer a rotina militar e, quem sabe, até mesmo revelar o interesse em seguir a carreira. Esse é o caso de Jéssica Carla Pereira da Cruz, 19 anos, moradora do Conjunto Pérolas do Rio Branco. “Eu gosto muito das oficinas do Crescer, são bastante proveitosas. Mas essa capacitação no Bope é sensacional,

SOCIAL

Novos caminhos, novas escolhas

Parceria do bem

a melhor coisa que vai acontecer. Quero conhecer a rotina desses profissionais, que no futuro também será a minha, pois o meu desejo é me tornar policial”, diz.

Os 500 adolescentes participantes do Crescer, todos entre 15 e 25 anos, vão passar pelo curso, cujo período será de 30 dias para cada turma. A primeira etapa será composta por 10 mulheres e 30 homens. É importante ressaltar que os adolescentes não terão acesso a qualquer tipo de armamento durante as oficinas.Para o subcomandante do Bope, major Paulo, levar os jovens para dentro da

instituição é a melhor forma de acom-panhá-los. “A parceria é muito impor-tante, pois, assim como a prefeitura, nos preocupamos com os jovens, principal-mente aqueles que estão usando drogas”, finaliza.

O curso é uma das grandes novidades da nova edição do projeto, criado em 2001 pela prefeita Teresa Surita e relançado em maio deste ano. O projeto passou por reestruturações para adequar as ativi-dades com foco na inserção social dos meninos e meninas em regresso penal e sob medidas sócio-educativas a partir do combate à violência gerada pelas drogas.

Diariamente, os adolescentes participam de oficinas de marcenaria, artesanato, trânsito, informática, hip hop, gastronomia, moda, serigrafia, metal e teatro.

Essa é a segunda parceria firmada com militares para atuar junto ao Projeto Crescer. Na gestão anterior da prefeita Teresa Surita, nos anos de 2004 e 2005, o 7º Batalhão de Infantaria de Selva (7º Bis) também trabalhou a disciplina militar com os adolescentes do programa.

De 2001 a 2005, o Projeto

Crescer resultou na

diminuição de 72%

no índice de violência juvenil



Centro de Zoonoses: novas atribuições permitem melhor cuidado aos animaisA responsabilidade de cuidar e tratar os bichos de estimação é do dono

Era horário de almoço quando um homem empurrou o portão do Centro

de Controle de Zoonoses, andou pelo local e então abandonou seu cachorro. Quando voltaram ao trabalho, às 14h, os funcionários do centro se depararam com a cena: um animal saudável e confuso estava amarrado com uma corda na árvore. O cidadão, flagrado pelas câmeras de segurança do local, ainda não foi identificado.

É com esse tipo de situação ou pior que a veterinária e diretora do Centro de Zoonoses de Boa Vista, Ana Maria Lopes da Nóbrega, tem de lidar quase todos os dias. O problema tem origem em um preconceito histórico – a ideia de que a única e exclusiva função dos centros é capturar indiscriminadamente animais de rua, e sacrificá-los. Isso mudou por determinação do Ministério da Saúde.

Antigamente, os animais eram pegos nas ruas e era dado prazo de 72 horas para os possíveis donos recolherem os bichos no centro. “Quando isso não ocorria eles eram sacrificados. O Ministério da Saúde percebeu que o sacrifício de animais em nada adiantava para o controle de doenças”, conta Ana Maria.

O motivo do crescimento dos animais era simples: para cada 30 animais sacrificados, mil nasciam nas ruas. Hoje em dia, no entanto, a realidade é outra, e a atribuição do Centro de Controle de Zoonoses é totalmente diferente.

Como funciona agora “Zoonose” é um termo que designa as doenças que podem ser transmitidas ao ser humano através de animais. E é justamente disso que cuida o centro na atualidade. Os animais infectados ou que sofreram maus-tratos são entregues ao centro por meio de ONGs voltadas para a proteção de animais domésticos, ou pela polícia e agentes de fiscalização acionados por denúncias anônimas.

“Acolhemos somente animais que são entregues por esses órgãos competentes na sede da Zoonoses. Lhes fornecemos guarda e tratamento até que fiquem aptos a serem adotados”, esclarece uma das veterinárias do centro, Cira Barreto.

ZOONOSE

Apesar de a responsabilidade quanto ao animal de estimação ser do dono, o Centro de Zoonoses também oferece serviços como vacinação antirrábica (contra raiva) e fornecimento de anticoncepcionais.

Outro serviço prestado pelo centro é o Atendimento Antirrábico Humano. Se a pessoa for mordida por um animal, é feita a ficha de agressão, que possibilita ao profissional verificar a procedência do bicho, para constatar se ele porta alguma doença transmissível ao ser humano. Em caso positivo, o indivíduo deve tomar as cinco doses da vacina anti-rábica.

Lei: De acordo com o Art. 32 da Lei 9.605 do Código Penal Brasileiro, abusar, maltratar, ferir ou mutilar animais é crime passivo de detenção de três meses a um ano, além de multa.

COntatOO Centro fica na avenida Centenário, número 429, bairro Cinturão Verde. Contatos podem ser feitos por meio do telefone 3623-1585. Para denunciar maus-tratos, além das polícias existe a Guarda Municipal (153).


O Centro oferece vacina antirrábica e anticoncepcionais para os animais

A responsabilidade pelos animais é dos donos


Dois meses após o início do plantio de feijão no PA Nova Amazônia, os campos verdes anunciam que é tempo de abundância. As primeiras colheitas já se iniciaram nas terras das 62 famílias que receberam o apoio da Prefeitura de Boa Vista.

Apesar de os agricultores contarem com o auxílio da prefeitura, os beneficiados são os boa-vistenses, que têm acesso a alimento fresco e de qualidade cultivado a poucos minutos do centro da capital.

Mecanização e preparo das terras foram alguns dos auxílios que a Prefeitura deBoa Vista ofereceu aos produtores da região do PA Nova Amazônia

inCentiVO À aGriCULtUra FaMiLiar

AGRICULTURA

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Prefeitura garante colheita de mais de 30 toneladas de feijão em Boa VistaPrefeitura garante colheita de mais de 30 toneladas de feijão em Boa Vista



Boa Vista está acima da média nacional do Ideb para o início do ciclo fundamental

EDUCAÇÃO

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O Município de Boa Vista ficou acima da meta do Ideb para 2013. O

resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado pelo Ministério da Educação, é o principal indicador da qualidade do ensino no Brasil.

Feito a cada dois anos, ele avalia os estudantes dos ensinos fundamental e médio nas redes públicas e particulares. O atual resultado mostra que os primeiros cinco anos do ensino fundamental superaram a meta de 4,9.

Em Boa Vista, o resultado obtido do 1º ao 4º ano foi de 5,3, nota superior

ao da média nacional de 5,2.

Sete novas escolas estão sendo construídas em Boa Vista

Os bairros Alvorada, Aeroporto, Bela Vista, Jardim Tropical, Mecejana, Raiar do Sol e Calungá ganharão novas escolas para atender crianças do ensino fundamental.

Cada uma delas terá seis salas de aula com capacidade para 216 alunos por turno, com exceção da escola do Calungá, que terá 12 salas de aula e espaço para 432 estudantes.

“Já é possível observar uma grande melhoria na educação das nossas crianças em Boa Vista. Estamos avançando muito na educação das nossas crianças”, diz a prefeita Teresa Surita.

A média de 5,3 que o município alcançou era meta para 2015

DeStaQUeNo resultado, a Escola Municipal Professora Edsonina de Barros Villa, localizada bairro dos Estados, foi o grande destaque. Sua nota (6,6) está acima da esperada para 2021 (6,4). Das 35 unidades avaliadas, a maioria superou as expectativas: notas como 6,2; 6,0 e 5,9 aparecem mais de uma vez na lista de escolas municipais.


O Ideb é o principal indicador da qualidade do ensino no Brasil

Cada escola atenderá mais de 200 alunos por turno

trabaLHar E CUiDar Das PEssoas

Do primeiro ao quarto ano, os alunos estão na rede municipal de ensino. Em Boa Vista, o resultado para esta etapa foi de 5,3, nota superior à média nacional de 5,2.

“Quando resolvi voltar para a prefeitura, o que mais me motivou foi a qualidade na educação. Estabelecemos parceria com o Instituto Alfa e Beto (IAB) para atender a todas as crianças com o mesmo método, seja ela da periferia, ou do Centro. Quere-mos todo o município com um ensino de excelência”, afirma a prefeita de Boa Vista, Teresa Surita.

O foco do município hoje é a educação primária, para que as crianças saiam alfabetizadas já dos primeiros anos do ensino fundamental. “Em 2016 alcançaremos resultados ainda mais surpreendentes no Ideb, e isso em nível nacional”, reforça Teresa.

O melhor “fim do mundo” diretamente de Boa Vista para São Paulo

O Monte Roraima foi destaque na maior feira de turismo da América Latina.

A Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV) e o Ministério do Turismo promoveram a 42ª edição da Expo Internacional de Turismo. A feira, líder do segmento, aconteceu de 24 a 28 de setembro, no Palácio das Convenções do Anhembi em São Paulo.

O município de Boa Vista participou pela primeira vez como organizador principal, assumindo a responsabilidade de mostrar ao mundo as potencialidades turísticas de Roraima. “Este ano, com a mídia espontânea gerada pela novela Império, nosso estande foi um dos mais procurados e visitados, desmistificando a ideia de “fim do mundo”, diz o presidente da ABAV em Roraima, Ricardo Peixoto.

Peixoto ressalta a visão empreendedora da Prefeitura de Boa Vista, que ao mostrar ao mundo o Brasil do extremo norte, investe na captação de novos visitantes e aumenta a participação do estado no turismo nacional. “A importância é tanta que é difícil mensurar, pois nesse evento tivemos amostras de

todas as vertentes do nosso turismo: gastronomia, artesanato e cultura. Além de conhecer, por meio de cursos e palestras, um novo mercado de turismo”, frisa.

Para a prefeita de Boa Vista, Teresa Surita, a participação na feira fará da capital de Roraima o mais novo destino turístico do país. “Queremos desenvolver o setor turístico, mostrando ao Brasil e ao mundo uma Boa Vista moderna e planejada, bem cuidada e, principalmente, de braços abertos ao turismo”, declara a prefeita.

Este ano, a Expo Internacional de Turismo reuniu mais de 3.500 expositores com representantes de 65 países. Estiveram presentes mais de 40 mil visitantes profissionais de todos os segmentos da indústria do turismo.

A feira é segmentada por regiões: América Latina e Caribe; Europa; Estados Unidos; Ásia, África e Oceania. Entre as principais vitrines, estiveram companhias aéreas brasileiras e estrangeiras, empresas do segmento hoteleiro, bares, restaurantes e outros empreendimentos ligados ao setor.

TURISMO

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A capital Boa Vista ganha destaque nacional, sendo o ponto de partida para quem quiser visitar o Monte Roraima. Ganha a cidade, ganham as pessoas

A Prefeitura de Boa Vista foi a organizadora do estande



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