Jornal Intercom 3

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2 3 INTERCOM Exibição de charges no Intercom Flash mob anima congressistas INTERCOM UNIVERSIDADE DE FORTALEZA UNIVERSIDADE DE FORTALEZA FORTALEZA, CEARÁ QUINTA-FEIRA, 6 DE SETEMBRO 2012 Na manhã de terça-feira, 4, uma exposição de charges foi aberta ao público. As obras fazem parte do 37º e 38º Salão Internacional de Humor de Piracicaba, consi- derado um dos mais importantes eventos na área de artes gráficas, onde reúnem trabalhos como forma de homenagear pessoas públicas e fazer quesonamen- tos sobre o conceito do belo. Na O esporte passou a ser tra- tado pelos meios de co- municação de forma mais ampla, e se transformou cada vez mais em espetáculo, em evento midiáco. Este foi o consenso des- tacado pelos professores Márcio de Oliveira, da Universidade Fede- ral de Juiz de Fora (UFJF), Miguel de Moragas, da Universidade Autôno- ma de Barcelona (UAB), Ronaldo Helal, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e Pablo Alabarces, da Universidade de Buenos Aires. Eles foram os palestrantes do 35º Ciclo de Estudos Interdisciplina- res da Comunicação (Cecom) que aconteceu na manhã da quarta- -feira, 5, no Teatro Celina Queiroz, durante o seu primeiro painel, so- bre o tema Esporte e Mídia. Os convidados discuram prin- cipalmente como Ronaldo Helal, uma referência dessa pesquisa no Brasil, fez um panorama da história do esporte no campo de pesquisa acadêmico, principalmente sobre o futebol. Segundo ele, o esporte não era reconhecido pela acade- mia como um campo relevante para o estudo, sofrendo uma série de sanções e preconceito na déca- da de 70. “Quase não há trabalho sobre o tema na época. Os poucos existentes nham um viés eminen- temente políco, quase marxista, A nimação tomou conta do Teatro Celina Queiroz, nesta terça feira (4/9), às 19h, na abertura oficial do maior congres- so de comunicação da América Lana, o Intercom 2012, sediada esse ano na Universidade de For- taleza (Unifor). Do evento, par- ciparam congressistas de Aracajú, Florianópolis, Rio de Janeiro, São Paulo, João Pessoa, Teresina, Per- nambuco, Salvador e até de outros países como Cabo Verde. Primeiramente a palavra foi do vice reitor de graduação, professor Henrique Luís do Carmo e Sá, que destacou a importância da comu- nicação como encontro e compar- lhamento, enfazando a honra para a Unifor em sediar o Intercom 2012. Em seguida, o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos In- terdisciplinares da Comunicação, Antônio Carlos Hohfeldt, exaltou a beleza do campus ulizando-se do célebre livro alencarino “Irace- ma.” A diretora do Centro de Ciên- cias Humanas, professora Erolde Honório, destacou a parcipação de alunos de Comunicação Social, oriundos de diversas instuições, na organização do evento, todos em prol do conhecimento, ressal- Os esportes, e em especial o futebol, são tratados como eventos midiácos e se trans- formam em tema de pesquisa dos professores acadêmicos. O Teatro Celina Queiroz foi palco da discussão e a plateia acompanhou o que os pesqui- sadores nham a dizer sobre as mudanças ocorridas Aconteceu na tarde do dia 4, no Centro de Convivência da Uni- versidade de Fortaleza, uma ver- dadeira paralisação. A Comissão Cultural do Intercom 2012 reali- zou um flash mob, que chamou a atenção de muitas pessoas que estavam no espaço e gerou des- contração entre os que estavam presentes. O evento causou uma boa repercussão dentro do cam- pus, inclusive entre congressistas de outros estados, que foram pe- gos de surpresa pela mobilização cultural. ”Estava almoçando quan- do ouvi a música e percebi a mo- vimentação. Já vi o flashmob em alguns lugares, mas esse foi bem interessante, foi algo descontra- ído e me pegou desprevenida. Não tem como não chamar aten- ção”, afirma a estudante Isabela Rêgo, que é de Teresina e veio parcipar do Intercom desse ano. A programação da 35ª edição do A 35ª edição do Intercom, que este ano acontece na Unifor, realiza entre os dias 4 e 7, nas proximidades do bloco T, a Feira dos Cordéis. O intuito é resgatar a cultura dos cordéis, algo que é picamente nor- desno e merece destaque.O cordelista Guaipuan Vieira que trabalha com cordel há 35 anos, fala um pouco sobre seu trabalho. “O cordel, para mim, é o encarte da grande impren- sa. Mostra o codiano de uma forma mais versál. É como um jornal em forma de poe- sia”. A feira é uma chance para os congressistas conhecerem a arte do cordel e apreciarem um bom conteúdo cultural. amostra, esveram presentes palhaços, coordenados pelo pro- fessor e doutor Márcio Acselrad, que interagiam com os convi- dados com muito bom humor e brincadeiras espontâneas. “O hu- mor não tem limite, e a charge é uma forma maravilhosa de fazer humor. Demonstra, também, que todo mundo é meio esquisito”, reflete o docente. com foco sobre a manipulação da massa, como que pedindo permis- são para a academia para ter o es- porte como objeto de estudo”. Esporte e Carnaval Ainda segundo Helal, a escolha do tema para o Intercom 2012 garan- te que isso tem mudado, sobretu- do depois do trabalho de Roberto da Maa, onde mostrou para os acadêmicos que esporte e carnaval são temas que podem ser estuda- dos de maneira séria. Ele classifica como feliz a escolha do tema prin- cipal do maior congresso de ciên- cias da comunicação da América Lana, pois destrói um descaso de 30 anos com o esporte. “O Inter- com 2012 reconhece o trabalho de diversas pessoas que tomam para si a responsabilidade de estudar o esporte de maneira séria”. Miguel de Moragas e Pablo Ala- barces também estão desenvol- vendo em seus respecvos países estudos aprofundados sobre o desenvolvimento da pesquisa no esporte e como ele se transformou em uma possibilidade através dos Texto Colaboravo Janine Nogueira Marina Duarte Helena Nogueira Vai pra onde? Mercado Central 901- Dom Luís Mercado São Sebasão 028 - Antônio Bezerra/Papicu Esporte e mídia: os grandes eventos como espetáculo Forró e música popular na abertura Foto: Valeska Ponce Foto: Valeska Ponce Revista a Ponte e Labjor concorrem a prêmio Erramos 1. Na seção Batento Retrato da edição nº 2 publicamos que o Simpósio foi realizado no Hotel Seara. O local foi Auditório da Bibilioteca. 2. A foto da capa é de Thalyta Marns As estudantes de comunicação Giselle Nuaz e Marília Pedroza da Unifor apresentaram hoje os seus trabalhos na Mostra Expocom nas categorias Jornalismo e Revista Laboratório Impresso Elas concorrem ao prêmio com estudantes das Universidade Federal de Mato Grosso, Universidade de Santa Cruz do Sul, Faculdades Integradas do Rio Branco, Federal de Santa Catarina e Federal de Ouro Preto. tando também a alegria com que a instuição acolhe o congresso. Sendo a música uma das mais conhecidas formas de comuni- cação, o encerramento ficou por conta da cantora Aparecida Silvino e do músico Waldonys, que tocou com a Camerata da Unifor. “Atra- vés da minha sanfona eu me co- munico com todo mundo, pessoas de várias línguas, de costumes di- ferentes. Hoje foi maravilhoso. É como se a música orasse em línguas. Fiquei encantado com a recepvidade do público, honrado com o convite e em ter dividido o palco com a Ca- merata”, disse Waldonys. Os congressistas se mostraram animados após a abertura. “Achei muito interessante poder curr e parcipar de um show como esse, que refleu muito de uma cultura, reunindo o humor e o forró aliados à Camerata da Unifor. Mostrou pra gente de fora um pouco da tradição cearense”, opinou Katarini, con- gressista do interior de São Paulo. O Intercom 2012 contará com a parcipação de pesquisadores de destaque no país, como José Mar- ques de Melo e Margarida Kunsh, e oferecerá palestras e oficinas re- lacionadas aos diversos temas re- levantes para a comunicação. A Orquestra Camerata da Universidade de Fortaleza, Waldonys e Aparecida Silvino fizeram a abertura da 35ª edição do Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom 2012) Intercom ainda contará com apre- sentações teatrais, musicais, den- tre outras expressões arscas. O intuito de todo esse invesmento na parte cultural é agregar ainda mais a arte ao campo da comu- nicação. Para quem perdeu o pri- meiro, hoje vai haver outro flash mob ao meio dia. Iracema de Alencar Quem é cearense não pode dei- xar de saber quem foi José de Alencar, figura que nasceu aqui na terrinha e foi um dos maiores escritores da literatura brasileira. E vocês que vem de fora, tam- bém não podem sair daqui sem conhecer a índia que virou “Len- da do Ceará“. Alencar é o autor do romance “Iracema, a virgem dos lábios de mel“, que foi publicado em 1865 e é quase um poema escrito em prosa. Ele relata de maneira bas- tante poéca a colonização da região Nordeste do Brasil, além de contar a história de amor proibido entre Marm, coloniza- dor português, e Iracema, a bela índia da tribo Tabajara. O livro, que idealiza a figura do índio e da mulher, é marcado por um forte senmento nacionalista, já que muitas palavras caracteríscas da língua indígena são usadas. A descrição do cenário em que a história acontece é o que mais prendeu minha atenção. É detalhada de tal maneira que me faz senr como se eu es- vesse lá. Existe um certo encan- tamento ao ler as palavras de Alencar sobre as belezas natu- rais do nosso país. “Iracema” é uma linda história de amor que eternizou a imagem da índia guerreira, de pele macia e cabelos mais negros que a asa da graúna. Vale muito a pena ler essa obra, tenho certeza que vo- cês vão ler mais ligeiro que tainha de açude. O mais legal de tudo é a sorte que ve de herdar o nome dela. Sabiam que Iracema é um anagrama da palavra América? Estudantes movimentam o Centro de Convivência da Unifor eventos, passando a ter uma po- sição diferenciada no mundo. Mi- guel de Moragas considera urgen- te a reflexão sobre a convergência midiáca que se dará nos jogos do Rio de Janeiro. Compara com Barcelona (jogos olímpicos de 92), quando não havia internet. “Só isso já merece uma invesgação atenta”, defendeu em espanhol. Ronaldo Helal Sociólogo e profes- sor da Universida- de Estadual do Rio de Janeiro O Intercom 2012 reconhece o trabalho de diversas pessoas que tomam para si a respon- sabilidade de estudar o esporte de maneira séria” THALYTA MARTINS Divulgação

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Jornal laboratorial de jornalismo da Universidade de Fortaleza

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2 3INTERCOM

Exibição de charges no Intercom

Flashmob anima congressistas

INTERCOMUNIVERSIDADEDE FORTALEZA

UNIVERSIDADEDE FORTALEZA

FORTALEZA, CEARÁQUInta-FeIra, 6 de SeteMBro 2012

na manhã de terça-feira, 4, umaexposição de charges foi abertaao público. as obras fazem partedo 37º e 38º Salão Internacionalde Humor de Piracicaba, consi-derado um dos mais importanteseventos na área de artes gráficas,onde reúnem trabalhos comoforma de homenagear pessoaspúblicas e fazer questionamen-tos sobre o conceito do belo. na

oesporte passou a ser tra-tado pelos meios de co-municação de forma mais

ampla, e se transformou cada vezmais em espetáculo, em eventomidiático. Este foi o consenso des-tacado pelos professores Márciode oliveira, da Universidade Fede-ral de juiz de Fora (UFjF),Miguel deMoragas, da Universidade autôno-ma de Barcelona (UaB), ronaldoHelal, da Universidade estadual dorio de janeiro e Pablo alabarces,da Universidade de Buenos aires.eles foram os palestrantes do 35ºCiclo de estudos Interdisciplina-res da Comunicação (Cecom) queaconteceu na manhã da quarta--feira, 5, no teatro Celina Queiroz,durante o seu primeiro painel, so-bre o tema esporte e Mídia.

Os convidados discutiram prin-cipalmente como ronaldo Helal,uma referência dessa pesquisa noBrasil, fez um panorama da históriado esporte no campo de pesquisaacadêmico, principalmente sobreo futebol. Segundo ele, o esportenão era reconhecido pela acade-mia como um campo relevantepara o estudo, sofrendo uma sériede sanções e preconceito na déca-da de 70. “Quase não há trabalhosobre o tema na época. os poucosexistentes tinham um viés eminen-temente político, quase marxista,

animação tomou conta doteatro Celina Queiroz, nestaterça feira (4/9), às 19h, na

abertura oficial do maior congres-so de comunicação da américaLatina, o Intercom 2012, sediadaesse ano na Universidade de For-taleza (Unifor). Do evento, parti-ciparam congressistas de aracajú,Florianópolis, rio de janeiro, SãoPaulo, joão Pessoa, teresina, Per-nambuco, Salvador e até de outrospaíses como Cabo Verde.

Primeiramente a palavra foi dovice reitor de graduação, professorHenrique Luís do Carmo e Sá, quedestacou a importância da comu-nicação como encontro e compar-tilhamento, enfatizando a honrapara a Unifor em sediar o Intercom2012. em seguida, o presidente daSociedade Brasileira de estudos In-terdisciplinares da Comunicação,antônio Carlos Hohfeldt, exaltoua beleza do campus utilizando-sedo célebre livro alencarino “Irace-ma.” a diretora do Centro de Ciên-cias Humanas, professora ErotildeHonório, destacou a participaçãode alunos de Comunicação Social,oriundos de diversas instituições,na organização do evento, todosem prol do conhecimento, ressal-

os esportes, e emespecial ofutebol, são tratados comoeventosmidiáticos e se trans-formamem tema de pesquisados professores acadêmicos.o teatro CelinaQueiroz foipalco da discussão e a plateiaacompanhou o que os pesqui-sadores tinhama dizer sobreasmudanças ocorridas

aconteceu na tarde do dia 4, noCentro de Convivência da Uni-versidade de Fortaleza, uma ver-dadeira paralisação. a ComissãoCultural do Intercom 2012 reali-zou um flash mob, que chamoua atenção de muitas pessoas queestavam no espaço e gerou des-contração entre os que estavampresentes. o evento causou umaboa repercussão dentro do cam-pus, inclusive entre congressistasde outros estados, que foram pe-gos de surpresa pela mobilizaçãocultural. ”estava almoçando quan-do ouvi a música e percebi a mo-vimentação. Já vi o flashmob emalguns lugares, mas esse foi beminteressante, foi algo descontra-ído e me pegou desprevenida.não tem como não chamar aten-ção”, afirma a estudante Isabelarêgo, que é de teresina e veioparticipar do Intercom desse ano.a programação da 35ª edição do

a 35ª edição do Intercom, queeste ano acontece na Unifor,realiza entre os dias 4 e 7, nasproximidades do bloco t, aFeira dos Cordéis. o intuito éresgatar a cultura dos cordéis,algo que é típicamente nor-destino e merece destaque.Ocordelista Guaipuan Vieiraque trabalha com cordel há 35anos, fala um pouco sobre seutrabalho. “o cordel, para mim,é o encarte da grande impren-sa. Mostra o cotidiano de umaforma mais versátil. É comoum jornal em forma de poe-sia”. a feira é uma chance paraos congressistas conhecerema arte do cordel e apreciaremum bom conteúdo cultural.

amostra, estiveram presentespalhaços, coordenados pelo pro-fessor e doutor Márcio acselrad,que interagiam com os convi-dados com muito bom humor ebrincadeiras espontâneas. “o hu-mor não tem limite, e a charge éuma forma maravilhosa de fazerhumor. demonstra, também, quetodo mundo é meio esquisito”,reflete o docente.

com foco sobre a manipulação damassa, como que pedindo permis-são para a academia para ter o es-porte como objeto de estudo”.

Esporte e Carnavalainda segundo Helal, a escolha dotema para o Intercom 2012 garan-te que isso tem mudado, sobretu-do depois do trabalho de robertoda Matta, onde mostrou para osacadêmicos que esporte e carnavalsão temas que podem ser estuda-dos de maneira séria. Ele classificacomo feliz a escolha do tema prin-cipal do maior congresso de ciên-cias da comunicação da américaLatina, pois destrói um descaso de30 anos com o esporte. “o Inter-com 2012 reconhece o trabalho dediversas pessoas que tomam parasi a responsabilidade de estudar oesporte de maneira séria”.

Miguel de Moragas e Pablo ala-barces também estão desenvol-vendo em seus respectivos paísesestudos aprofundados sobre odesenvolvimento da pesquisa noesporte e como ele se transformouem uma possibilidade através dos

Texto Colaborativo

Janine Nogueira

Marina Duarte

Helena Nogueira

Vai pra onde?Mercado Central901- dom Luís

Mercado São Sebastião028 - antônio Bezerra/Papicu

Esporte emídia: os grandeseventos como espetáculo

Forró e músicapopular na abertura

Foto: Valeska Ponce

Foto: Valeska Ponce

Revista a Ponte e Labjorconcorrem a prêmio

Erramos1. na seçãoBatento retratoda edição nº 2publicamos queo Simpósio foirealizado no HotelSeara. o localfoi auditório daBibilioteca.

2. a foto da capaé de thalytaMartins

as estudantes de comunicaçãoGiselle nuaz e Marília Pedroza daUnifor apresentaram hoje os seustrabalhos na Mostra expocom nascategorias jornalismo e revistaLaboratório Impresso elas concorremao prêmio com estudantes das Universidade Federal de Mato Grosso,Universidade de Santa Cruz do Sul, Faculdades Integradas do rio Branco,Federal de Santa Catarina e Federal de ouro Preto.

tando também a alegria com que ainstituição acolhe o congresso.

Sendo a música uma das maisconhecidas formas de comuni-cação, o encerramento ficou porconta da cantora aparecida Silvinoe do músico Waldonys, que tocoucom a Camerata da Unifor. “atra-vés da minha sanfona eu me co-munico com todo mundo, pessoasde várias línguas, de costumes di-ferentes.

Hoje foi maravilhoso. É como sea música orasse em línguas. Fiqueiencantado com a receptividade dopúblico, honrado com o convite eem ter dividido o palco com a Ca-merata”, disse Waldonys.

os congressistas se mostraramanimados após a abertura. “acheimuito interessante poder curtir eparticipar de um show como esse,que refletiu muito de uma cultura,reunindo o humor e o forró aliadosà Camerata da Unifor. Mostrou pragente de fora um pouco da tradiçãocearense”, opinou Katarini, con-gressista do interior de São Paulo.

o Intercom 2012 contará com aparticipação de pesquisadores dedestaque no país, como josé Mar-ques de Melo e Margarida Kunsh,e oferecerá palestras e oficinas re-lacionadas aos diversos temas re-levantes para a comunicação.

AOrquestraCamerata daUniversidadede Fortaleza,Waldonys e

Aparecida Silvinofizeramaabertura

da 35ª ediçãodo CongressoBrasileiro deCiências da

Comunicação(Intercom2012)

Intercom ainda contará com apre-sentações teatrais, musicais, den-tre outras expressões artísticas. Ointuito de todo esse investimentona parte cultural é agregar aindamais a arte ao campo da comu-nicação. Para quem perdeu o pri-meiro, hoje vai haver outro flashmob ao meio dia.

Iracemade AlencarQuem é cearense não pode dei-xar de saber quem foi josé deAlencar, figura que nasceu aquina terrinha e foi um dos maioresescritores da literatura brasileira.e vocês que vem de fora, tam-

bém não podem sair daqui semconhecer a índia que virou “Len-da do Ceará“.alencar é o autor do romance

“Iracema, a virgem dos lábios demel“, que foi publicado em 1865e é quase um poema escrito emprosa. ele relata de maneira bas-tante poética a colonização daregião nordeste do Brasil, alémde contar a história de amorproibido entre Martim, coloniza-dor português, e Iracema, a belaíndia da tribo tabajara. o livro,que idealiza a figura do índio e damulher, é marcado por um fortesentimento nacionalista, já quemuitas palavras características dalíngua indígena são usadas.a descrição do cenário em

que a história acontece é o quemais prendeu minha atenção.É detalhada de tal maneira queme faz sentir como se eu esti-vesse lá. existe um certo encan-tamento ao ler as palavras dealencar sobre as belezas natu-rais do nosso país.“Iracema” é uma linda história

de amor que eternizou a imagemda índia guerreira, de pele maciae cabelos mais negros que a asada graúna. Vale muito a pena leressa obra, tenho certeza que vo-cês vão lermais ligeiro quetainha de açude.o mais legal de tudo

é a sorte que tive deherdar o nome dela.Sabiam que Iracemaé um anagrama dapalavra américa?

Estudantesmovimentamo Centro de

Convivência daUnifor

eventos, passando a ter uma po-sição diferenciada no mundo. Mi-guel de Moragas considera urgen-te a reflexão sobre a convergênciamidiática que se dará nos jogosdo rio de janeiro. Compara comBarcelona (jogos olímpicos de 92),quando não havia internet. “Sóisso já merece uma investigaçãoatenta”, defendeu em espanhol.

Ronaldo Helal

Sociólogo e profes-

sor da Universida-

de Estadual do Rio

de Janeiro

O Intercom2012reconheceo trabalhode diversaspessoas quetomam parasi a respon-sabilidadede estudaro esportede maneiraséria”

tHaLYtaMartInS

Divulgação

Page 2: Jornal Intercom 3

FORTALEZA, CEARÁQUINTA-FEIRA, 6 DE SETEMBRO DE 2012

Batendo retrato

4 INTERCOM UNIVERSIDADEDE FORTALEZA

FORTALEZA, CEARÁQUInta-FeIra, 6 de SeteMBro 2012

BUdejado

Manoel Cruz Neto

Cobertuta diária do Intercom 2012, produzida pela Acerola (assessoria de comunicação), célula do Núcleo Integrado de Comunicação (NIC) da Unifor -Diretora do Centro de Ciências Humanas: Profª Erotilde Honório - Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Wagner Borges - Reportagem: Ahynssa Thamir,Fábio Pinto, Giselle Nuaz, Janine Nogueira, Otelino Filho, Priscila Baima, Rômulo Costa, Thiago Rodrigues e Vitória Matos - Projeto gráfico: AldeciTomaz e Prof. Eduardo Freire - Professor orientador: Joana Dutra - Coordenação de Fotografia - Jari Vieira e Júlio Alcântara - Revisão: Prof. Celiomar Lima- Conselho Editorial: Eduardo Freire, Janayde Gonçalves e Joana Dutra - Supervisão gráfica: Francisco Roberto - Impressão: Gráfica Unifor - Tiragem: 3.000exemplares- Estagiário de Fotografia: Marina Duarte - Diagramação: Aldeci Tomaz e Clara Magalhães - Edição: Giselle Nuaz

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em entrevista concedidaao jornal do Intercom, oprofessor Marques deMelo fala sobre sua rela-ção com o Intercom, dasua importância para alu-nos e profissionais da área,o futuro do jornalismo im-presso e da importância dodiploma de nível superiorpara os comunicólogos.

São promissorasas perspectivasde expansão dastiragens, desdeque empresastenhamcapacidade deproduzir jornaispara as classesemergentes,pois a nossaimprensa épensada econfiguradapara atender àsaspirações daselites cultas ouabastadas

José Marques de Melo, como equando começou sua história noIntercom?Minha história começou em 1977na INTERCOM – a sociedade cientí-fica que o promove, desde 1978, oInterCoM – o congresso brasileirode ciências da comunicação. trata--se de um episódio curioso quereconta a Fortaleza, onde deveriater se realizado em julho de 1977o congresso anual da SBPC – Socie-dade Brasileira para o Progresso daCiência, mas que foi proibido pelogoverno militar e acabou sendoconcretizado no campus da PUCde São Paulo. ali estava programa-da uma sessão de comunicaçõescientíficas dedicadas a fenômenoscomunicacionais, à qual compareciporque queria prestigiar ex-alunose colegas inscritos. Fui surpreendi-do por um pedido dos organizado-res do evento para presidir aquelasessão, ao fim da qual recebi umapelo para criar uma sociedade civildestinada a reunir os pesquisado-res da nossa área. achei que o mo-mento não era oportuno e prometifazer antes uma sondagem emnos-sa comunidade acadêmica para ve-rificar se havia demanda suficiente.Fiz várias consultas e convenci-meque havia massa critica para tal ini-ciativa. Convidei então os colegasinteressados para uma assembléianuma das salas de aula da Facul-dade Cásper Líbero, em São Paulo,fundando a InterCoM em dezem-bro de 1977. Com a ajuda de várioscolegas organizei o I InterCoM,em Santos (SP), congresso que

reuniu cerca de 50 participantes.desde então o evento cresceu ese consolidou, adquirindo respei-tabilidade acadêmica e densidadeintelectual. Tenho participado ati-vamente de todos os congressosrealizados nesses 35 anos de vidada InterCoM.

Pela sua vasta carreira acadêmica,haja vista que já foi Doutor Hono-ris Causa por duas vezes e vence-dor do Prêmio Wayne Danielsonpor Relevantes Contribuições àsCiências da Comunicação, pelaUniversity of Texas, como vocêavalia a importância deste even-to para estudantes, professores eprofissionais em geral da área decomunicação?este mega-evento é a grande opor-tunidade que desfrutam os estu-dantes para se manter atualizadossobre os avanços do conhecimentoem nosso campo de atuação. aomesmo tempo, é a oportunidadereservada aos pesquisadores ama-durecidos no sentido de submetersuas pesquisas ao julgamento dospares, procurando legitimar meto-dologias ou validar resultados. o

formato adquirido pelo congressoda InterCoM assegura pluralismocognitivo, atendendo às aspiraçõesde pesquisadores, professores, pro-fissionais e estudantes. Pela sua na-tureza complexa tornou-se um dosmaiores congressos da área, quevem percorrendo todo o territórionacional.

Você começou sua carreira jorna-lística trabalhando em jornais im-pressos, comoGazeta de Alagoas eJornal de Alagoas (Maceió), atuan-do depois no Jornal do Commércioe Última Hora - Nordeste (Recife)etc. Como você avalia o futuro dojornal impresso?o jornalismo impresso enfrentacrise de identidade, buscando co--existir com as modalidades audio-visuais e cibermidiáticas, emboranão se possa considerá-lo moribun-do, especialmente em países comoo Brasil, onde ainda não logrouexpandir-se por toda a população.Temos um déficit imenso de leiturade jornais, pois somente uma par-cela mínima dos brasileiros lê jor-nais diariamente. Com a expansãodo mercado interno, são promis-soras as perspectivas de expansãodas tiragens, desde que as empre-sas tenham capacidade de produzirjornais para as classes emergentes,pois a nossa imprensa é pensada econfigurada para atender às aspira-ções das elites cultas ou abastadas.

Pesquisando, vi que um dos seusideais, era que em todo o territórionacional contasse com profissio-nais capacitados em ComunicaçãoSocial, no caso, jornalistas, de fato,formados. Qual a importância dodiploma do curso de Jornalismopara nós, formadores de opinião?o diploma é fundamental, desdeque seja expedido por instituiçãode ensino superior que preserve aexcelência da formação dos futurosprofissionais. Em síntese, não bastater diploma. Este só tem significadose os seus portadores ganharamcompetência para produzir jornalis-mo de qualidade e prontidão inte-lectual para superar os obstáculosque se antepõem cotidianamente.Nesse sentido, os cursos de jorna-lismo precisam reciclar-se, atuali-zar-se e avançar em sintonia com astransformações da sociedade.

Trupe do LabGraça preparada para a recepção dos congressistas. Portados demuita pancake eles pintaramos rostos dos participantes do evento

Dançarina doGrupo Rosana Pucci se apresenta ao somdeMiltonNascimento Aparecida Silvino se apresenta na Solenidade de Abertura