Jornal Interessante - Edição 19 - Julho de 2011 - Unaí-MG

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Quadra esportiva pública é utilizada por empresa privada em Buritis Gratuitos 10 mil exemplares 10 mil Buritis Para anunciar: (38) 3676-3882 / 9940-5269 157 ofertas nesta edição PÁGINA 7 A única quadra esportiva do bairro Canaã está sendo utilizada por uma empresa para a construção de manilhas; em contrapartida, moradores do bairro praticam futebol em campo de areia O Noroeste ANO 2 - EDIÇÃO Nº 19 - JULHO DE 2011 NOROESTE MINEIRO PÁGINA 3 Por não ter o Ensino Médio no bairro, muitos moradores estão deixando de estudar; a estrutura da creche do bairro é insuficiente para demanda Mamoeiro Paracatu e Buritis PÁGINA 6 Os dois municípios acabaram de sancionar leis municipais que visam à troca de sacolas plásticas por sacolas retornáveis PÁGINAS 10 E 11 10º levantamento feito pelo Ministério da Agricultura indica crescimento com relação à produção de grãos no país; destaque para a cultura do algodão Algodão em alta Agropecuária PÁGINA 13 A vereadora Lilia Siqueira foi acusada de comparecer na cidade, na qual foi eleita, somente em dias de reunião ordinária Vereadora de Cabeceira Grande é acusada de morar em Brasília O Noroeste O Noroeste Saúde Pública - Série Demora no atendimento de pacientes no Hospital Municipal de Unaí é devido à falta de profissionais, afirma especialista Em entrevista, diretora do hospital acredita que demora na fila de espera é consequência de usários não utilizarem PSF’s PÁGINA 12 PÁGINA 9 PÁGINA 9 Entrevista Exclusiva O secretário Manoel Costa, da Secretaria de Estado de Regularização Fundiária (SEERF) fala como está o processo de regularização de terras devolutas na região do Noroeste Ascoruna PÁGINA 16 A Associação dos Corredores de Rua de Unaí luta para conseguir um espaço de treino; enquanto isto, muitos atletas correm risco treinando em rodovias e estradas de terra

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Capa: Buritis: Quadra esportiva pública é utilizada por empresa privada em Buritis - A única quadra esportiva do bairro Canaã está sendo utilizada para a construção de manilhas; (Pág 07) O Noroeste: Vereadora de Cabeceira Grande é acusada de morar em Brasília - A vereadora Lilia Siqueiracomparece na cidade somente em dias de reunião ordinária (Pág 09); Mamoeiro - Por não ter o Ensino Médio no bairro, muitos moradores estão deixando de estudar (Pág 03); Paracatu e Buritis - Leis que visam à troca de sacolas plásticas por sacolas retornáveis são sancionadas (Pág 06) Entrevista: Manoel Costa - O secretário da Secretaria de Estado de Regularização Fundiária (SEERF) fala como está o processo de regularização de terras devolutas na região do Noroeste (Pág 09) Saúde Pública: Demora no atendimento de pacientes no Hospital Municipal de Unaí é devido à falta de profissionais, afirma especialista (Pág 12)

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Quadra esportiva pública é utilizada por empresa privada em Buritis

Gratuitos

10 milexemplares10 mil

Buritis

Para anunciar: (38) 3676-3882 / 9940-5269

157 ofertas nesta edição

PÁGINA 7

A única quadra esportiva do bairro Canaã está sendo utilizada por uma empresa para a construção de manilhas; em contrapartida, moradores do bairro praticam futebol em campo de areia

O Noroeste

ANO 2 - EDIÇÃO Nº 19 - JULHO DE 2011NOROESTE MINEIRO

PÁGINA 3

Por não ter o Ensino Médio no bairro, muitos moradores estão

deixando de estudar; a estrutura da creche do bairro é insuficiente para demanda

Mamoeiro

Paracatu e Buritis

PÁGINA 6

Os dois municípios acabaram de sancionar leis municipais que visam à troca de sacolas

plásticas por sacolas retornáveis

PÁGINAS 10 E 11

10º levantamento feito pelo Ministério da Agricultura

indica crescimento com relação à produção de grãos

no país; destaque para a cultura do algodão

Algodão em altaAgropecuária

PÁGINA 13A vereadora Lilia Siqueira foi acusada de comparecer na cidade, na qual foi eleita, somente em dias de reunião ordinária

Vereadora de Cabeceira Grande é acusada de morar em Brasília

O NoroesteO Noroeste

Saúde Pública - Série

Demora no atendimento de pacientes no Hospital Municipal de Unaí é devido à falta

de profissionais, afirma especialistaEm entrevista, diretora do hospital acredita que demora na

fila de espera é consequência de usários não utilizarem PSF’sPÁGINA 12

PÁGINA 9

PÁGINA 9

Entrevista ExclusivaO secretário Manoel Costa,

da Secretaria de Estado de Regularização Fundiária

(SEERF) fala como está o processo de regularização

de terras devolutas na região do Noroeste

Ascoruna

PÁGINA 16

A Associação dos Corredores de Rua de Unaí luta para conseguir

um espaço de treino; enquanto isto, muitos atletas

correm risco treinando em rodovias e estradas de terra

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Editorial

O motivo pelo qual o editorial desta edição leva esse título, se dá devido ao que realmente tem acontecido em diversos contextos político, econômico e social. Marina Silva (sem partido) é um bom exemplo dessa incons-tância. Concorreu às eleições passada a presidência da republica pelo Partido Verde (PV), porém, no início do mês, anunciou sua desfiliação do PV, e comentou sua intenção de montar outro partido.

Ela não é única. A troca de partido e, consequente-mente, a troca de ‘companheiros’ ideológicos – pois, an-tes de tudo, cada partido tem uma ideologia – tem sido algo comum quando o assunto é angariar votos ou outras ‘coisitas mais’.

Mudar de partido é o mesmo que mudar de confiden-te. Ao partido, um verdadeiro militante dá “sua vida”. Junto ao partido, o militante se identifica, se reconhe-ce. É como se fosse à antiga turma de escola, de rua, de futebol. Só procuramos pessoas para nos acompanhar, desde que haja uma sintonia, caso contrário, o tédio é inevitável. Por isto, é bom não confundir “bom senso” com “senso comum”.

Porém ao contrário dos que mudam para satisfaze-rem seus conscientes, ou então, satisfazerem os insatis-feitos, o INTERESSANTE continua o mesmo: do lado do povo (sem populismo) e contra a opressão sobre qual-quer classe trabalhadora.

Nesta edição, o trabalho, a labuta diária contrasta com o desinteresse do poder público e impossibilita vários jovens de um bairro de Unaí a completar seus estudos, devido não existir no bairro a modalidade de Ensino Médio.

Também na editoria Noroeste apuramos uma denún-cia anônima, sobre a vereança da vereadora Lilia Siquei-ra (PR), da cidade de Cabeceira Grande, sobre a suposta acusação de que ela não estaria morando em Cabeceira Grande, e sim, em Brasília (DF). Nós apuramos o caso.

Buritis e Paracatu foram outras duas cidades que se destacaram nesta edição devido os municípios elabora-rem leis para que suas respectivas populações substitu-am as sacolas plásticas por sacolas retornáveis. Buritis também foi tema para mais duas matérias: fábrica de fa-rinha que está paralisada, porém toda estrutura e infra-estrutura já foi montada e, uma quadra esportiva, cujo está sendo utilizada não para a prática esportiva, mas sim, por uma empresa privada que constrói no local, manilhas de rede de esgoto.

Também uma novidade iniciou-se nesta edição, que é a série de reportagens que estamos produzindo sobre os hospitais da região do Noroeste. O objetivo é ouvir es-pecialista em hospitais públicos e diretores de três hos-pitais localizados em municípios da região. Iniciamos a série com as informações que obtivemos em decorrência da entrevista feita com a diretora do Hospital Municipal Joaquim Brochado, de Unaí, e com um especialista em administração de hospitais públicos.

Entrevistamos o secretário estadual da Secretaria de Regularização Fundiária, Manoel Costa, para saber como anda o processo de regularização no Noroeste. Na entrevista, ele diz que o desenvolvimento do Noroeste pode estar agregado a regularização de terras devolutas.

Finalizamos a edição com as reivindicações dos as-sociados da Associação dos Corredores de Rua de Unaí (Ascoruna), que lutam para conseguir uma pista de atle-tismo e um profissional especializado que os treine.

Descobrir a realidade, através do jornalismo ou de qualquer outro formato de conhecimento científico, é colaborar para se descobrir cidadão. É saber onde deve andar e com quem andar. É compreender que, para nos sentirmos vivos e atuantes, não bastas apenas ter e nem, querer, é preciso estar, participar, acompanhar. Porque, trabalhando a si mesmo, o homem se conhece, e, conse-quentemente, reconhece o outro. Para depois saber se o acompanha ou não. Daí, a justificativa para o uso do dito popular: Diga-me com quem andas e eu te direi quem és.

Diga-me com quem andas e eu te direi quem és

Charge

ExpedienteExpedienteDIRETOR GERAL

Danny Diogo T. Santana(38) 3676-3882 / [email protected]

TIRAGEM

10.000 exemplares

G8 COMUNICAÇÃO LTDACNPJ: 09.467.920/0001-73Rua Celina Lisboa Frederico, 64 - Sl. 304 - TELEFAX: (38) 3676-3882B. Centro - CEP 38610-000 - Unaí - Minas Gerais

W W W . P O R T A L I N T E R E S S A N T E . C O M . B R

Artigos publicidados são de responsabilidade dos autores e, necessariamente, não expressam a opinião do INTERESSANTE.

2 . Opinião . Julho de 2011

por Robson Fontana Administrador e Palestrante | www.robsonfontana.com.br

>> Artigo

Carona ComercialProvavelmente você já passou por alguma situação onde deu

ou ganhou carona de alguém. Uma boa carona em um momento certo é sempre bem aceita, por mais que tenhamos que nos subme-ter a alguma condição (pontualidade, desconforto etc.), mas não há como negar sua utilidade. Mas nem sempre essas caronas terminam como se espera.

No comércio também é desta forma! É comum as pessoas pegarem carona em alguma idéia que deu certo e querer decolar rumo ao sucesso, mas se esquecem de analisar que tipo de “carona” irão se submeter. Algumas caronas nem sempre nos levam ao lugar que desejamos e com as empresas da mesma forma, basta observar quantas idéias deram certas em algumas empresas, já em outras, o mesmo não aconteceu. Provavelmente os percursos não foram os mesmos e os meios que levaram essas organizações eram bem diferentes.

Outra situação lamentável, mas comum de se ver, é a carona que não se conclui e provavelmente o deixa no meio do percurso, em situação pior que o início da viagem. Já passou por isso? Empresários também passam por esse mesmo constrangimento e normalmente isso acontece quando eles decidem sair da sua confortável condição para embarcar em uma viagem no mundo empresarial, sem conhecer os riscos que vão encontrar e os condutores que os guiarão. O seu planejamento deve ser como o carro que necessita de um rigoroso acompanhamento e, ainda assim, em situações inesperadas, deve-se ter opções para seguir o percurso e chegar ao objeto.

E se você nunca necessitou de uma carona, acredito que já ofereceu esse gratuito serviço a alguém. Seja amigo, parente, colega ou simplesmente um desconhecido, que no meio do caminho você decide ajudar. Além de um ato solidário, em caso de pane na estrada, acidente, é mais seguro se você estiver acompanhado. A diferença no comércio é que, de uma forma ou outra, você necessita de pessoas para te acompanhar. A pergunta é: quem são essas pessoas que nos acompanharão? Devemos nos atentar para os passageiros que embarcam em nossas viagens sem serem convidados, ou mesmo com nosso consenso abusam, nos tiram a atenção nos momentos impróprios ou até mesmo nos levam a percursos fora do planejado.

Não importa se você está dando carona ou embarcando em uma idéia alheia, o que merece atenção são os percursos que vamos passar e se temos condições de atravessar os mesmos, a forma que essa carona acontecerá e se ela é tão segura quanto parece. Lembre-se: não aceite qualquer tipo de carona!

por Fernanda Amaral Zago www.fezago.blogspot.com

>> Artigo

Vontade de transformarAcessibilidade. Palavra muito falada e ouvida hoje em dia, mas

infelizmente pouco praticada pelo poder público e sociedade. Seu significado é: qualidade do que é acessível, do que tem acesso. Para as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida significa não apenas permitir que participem de atividades que incluem o uso de produtos, serviços e informação, mas a inclusão e extensão do uso destes por todos.

Temos muito a comemorar nestes últimos anos. Está havendo uma mobilização. Começaram a ver que as pessoas com deficiên-cia saem às ruas, que trabalham e consomem. Antes até sabiam da nossa existência, mas não contribuíam para a nossa inclusão.

Há não muito tempo acreditavam que éramos um castigo divino, sendo abandonados e às vezes até mortos pela própria família, o que ainda acontece em alguns lugares do mundo. Depois simplesmente nos isolavam, “cuidavam”, mas éramos segregados pela família e sociedade. Na maioria das vezes nem os vizinhos sabiam que ali havia uma pessoa com deficiência.

Aos poucos fomos integrando, abriram as portas para sairmos, mas nem todos tiraram os degraus para entrarmos e, infelizmente muitos resistem em não retirá-los.

Hoje estamos na era da Inclusão que significa ato ou efeito de incluir. Incluir a pessoa com deficiência na sociedade, no mundo. Além de nos permitir sair, trabalhar, estão começando a “arrumar” o mundo para nos receber, para termos direito de ir e vir.

Não é uma coisa difícil, não precisa gastar milhões, são peque-nos ajustes que traz para nós muita autonomia. Assim, nós nos senti-mos integrados e aceitos pela sociedade. Poderemos mostrar que somos capazes de muitas coisas, porque a deficiência com certeza dificulta nosso dia a dia, mas quando se diminui os preconceitos e obstáculos arquitetônicos, nossa deficiência também diminui. Às vezes se torna imperceptível até para nós mesmos e assim até esque-cemos que temos limitações e vamos à luta para o trabalho, lazer, estudos, etc.

Hoje há no Brasil quase 30 milhões de Pessoas com Defici-ência (PcD). Não podemos, nem devemos ignorá-las ou isolá-las. Precisamos de rampas, semáforos sonoros, piso tátil, intérpretes de libras nas escolas e órgãos públicos. Precisamos que a lei de cotas seja cumprida. Temos muitas leis para as PcD, mas precisamos que sejam cumpridas e fiscalizadas pelo pode público e pela sociedade.

Agradeço pelo que já foi e está sendo feito. Por isso peço que nos ajude para que sua casa, rua, bairro, comércio e principalmente seu coração seja INCLUSIVO.

REDAÇÃO E REPORTAGEM

Marcos Antonio Padilha(38) 3676-3882 / [email protected]

Fernanda Amaral Zago, de 27 anos é cadeirante desde os 16 anos devido a uma queda da escada na loja onde trabalhava. Ela é bacharel em Sistema de Informação e cursa pós em MBA em Governança de Tecnologia da Informação. Também cursa a distância Curso de Acessibilidade no Portal da Educação. É 2ª secretária da APDU – Associação de Pessoas com Deficiência de Unaí e conselheira do COMPED – Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência. Possui um blog que é voltado a todos que querem saber mais sobre as pessoas com deficiên-cia: www.fezago.blogspot.com

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O NoroesteJulho de 2011 . O Noroeste . 3

Moradores do Mamoeiro deixam de estudar devido à falta de Ensino Médio no bairro

Para opresidente da associação de moradores do bairro, nova escola deve ser construída para oferecer o Ensino Médio; alguns alunos deixaram de estudar devido ao cansaço físico

No bairro do Mamoeiro, a Escola Municipal Tomáz Pinto da Silva não oferece o curso de

Ensino Médio a seus alunos. Para cursar a modalidade os interessados precisam ir até a cidade (Unaí), que fica a 5 km. Por este motivo, muitos já abandonaram os estudos.

A realidade de não ter En-sino Médio no bairro é viven-ciada por diversos moradores que lutam para conciliar o es-tudo ao trabalho. Alguns che-gam a fazer o trajeto (Unaí /bairro Mamoeiro) cinco ve-zes ao dia. O estudante Ítalo Ramon de Souza Ferreira, 15, viveu esta experiência até o dia em que resolveu abando-nar o trabalho (ele trabalhava como ajudante de mecânico de autos) para dedicar-se so-mente aos estudos. “Eu não agüentava mais. Saia de casa cedo para trabalhar e voltava na hora do almoço. Não ti-nha nem tempo de descansar depois da refeição, porque tinha que voltar para o ser-viço, e, quando finalizava o dia, tinha que correr e pegar o ônibus que ia à escola”, diz o estudante.

Já Rogério de Souza Oli-veira, 19, não abandonou o serviço, mas sim, os estudos. Ele que cursava o Ensino de Jovens e Adultos (EJA), dei-xou sua rotina de estudan-te depois de não conseguir suportar o cansaço físico. “Eu tive que escolher: ou trabalhava ou estudava. Es-colhi trabalhar, até porque

Secretário municipal de educação reconhece que a creche do bairro é “pequena, mal construída e precária”

Eu não agüentava mais. Saia de casa cedo para trabalhar e voltava na hora

do almoço. Não tinha nem tempo de descansar depois da refeição, porque

tinha que voltar para o serviço, e, quando finalizava o dia, tinha que

correr e pegar o ônibus que ia à escolaO estudante Rogério de Souza Oliveira, de 19 anos, que abandonou os estudos; ele diz não

ter conseguido conciliar estudo e trabalho

não estava mais agüentando chegar em casa todos os dias às 23h30, para no outro dia acordar às 6h”, comenta Oli-veira.

A dona de casa Célia Al-ves da Silva, mãe de um alu-no que cursa o Ensino Médio,

disse que seu filho já sofreu agressões dentro do ônibus, cujo transporta os alunos até as escolas, no centro de Unaí. Segundo a dona de casa, seu filho foi agredido por outro garoto que o ameaçou de morte com um canivete. “A

gente que é mãe fica preocu-pada. O bairro é distante da cidade, por isto, tinha que ter uma escola aqui”, frisa Silva.

Em entrevista ao INTE-RESSANTE, o presidente da associação de moradores do bairro Mamoeiro, Demétrio Antonio Ferreira Neto, afir-mou que há 12 anos o bair-ro precisa de uma creche com berçário e mais espaço – pois aumentou o número de usuários – e a construção de uma escola que ofereça o Ensino Médio.

Segundo o presidente a creche do bairro não supor-ta mais o número de alunos e sua estrutura física está “precária”. “A creche sempre precisou de um berçário, por-que a maioria das mães que moram no bairro trabalham fora para ajudar na renda de

casa”, explica o presidente. Sobre o Ensino Médio ele afirmou que já foi encami-nhado ao poder público (Pre-feitura e Câmara Municipal), solicitação requisitando a construção de uma nova es-cola, ou então, a implementa-ção do Ensino Médio no bair-ro, na escola já existente. Mas segundo ele, até o momento nada foi feito.

Secretaria de Educação De acordo com o secretá-

rio municipal de Educação, Geraldo Magela, o Ensino Médio já funcionou na esco-la do bairro, porém, ao assu-mir o cargo de secretário, ele constatou na escola “superlo-tação” de alunos.

Conforme afirmou o se-cretário, mesmo não sendo de responsabilidade do mu-

nicípio, oferecer o Ensino Médio, e sim, do governo es-tadual, sua secretaria busca “junto ao Ministério do Tra-balho e também à Secretaria de Estado de Educação, uma escola de Ensino Médio agre-gada ao Ensino Profissionali-zante, com cursos técnicos”, diz Magela.

Sobre a creche o secretá-rio afirmou que realmente ela é “pequena, mal construída e precária”. Segundo Magela, ela não oferece condições de luminosidade, ventilação, acessibilidade e, principal-mente, conforto e segurança para crianças e docentes. O secretário também afirmou ser questão de dias para que “uma creche (no bairro) nos moldes e padrões internacio-nais do MEC para 240 crian-ças” seja construída.

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4 . O Noroeste . Julho de 2011

O presidente APDU, Jerônimo de Sousa, afirmou que a associação já possui terreno para construção de sua sede

APDU e ADFP: duas associações preocupadas com a situação da pessoa com deficiência

O Conselho Municipal das Pessoas com Defi-ciência de Unaí (Com-

ped), realizou no último dia (30), a Oficina de Capacitação de conselheiros. De acordo com o conselho, a oficina bus-ca discutir estratégias para implementação e acompa-nhamento das políticas públi-cas voltadas às pessoas com algum tipo deficiência.

A oficina contou com a presença do assistente técni-co da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo, Cássio Gregório, que palestrou sobre o tema: Acessibilidade e Qualidade de Vida.

Gregório é deficiente visu-al, possuindo apenas 20% da visão, ele explica que a vida do portador de deficiência, seja ela física ou intelectual, pode ser superada desde que a sociedade aceite as pessoas “como elas realmente são”. O palestrante também citou como exemplo de compre-ensão para com o deficien-te, a Comissão Permanente de Acessibilidade da cidade de São Paulo, que foi criada com o intuito de analisar os projetos arquitetônicos da prefeitura certificando se eles correspondem com o exigido

pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Unaí “A intenção é crescer.”

Foi com esta afirmação que o presidente da Associação de Pessoas com Deficiência de Unaí (APDU), Jerônimo Tei-xeira de Sousa, 48, começou sua entrevista no quintal de sua casa, no bairro Divinéia. Ele é cadeirante desde que sofreu um acidente, no qual caiu por cima do pescoço vin-do a fraturar a quinta vértebra cervical. Na ocasião, Sousa trabalhava como mestre de obras em Brasília (DF), e tinha 36 anos de idade.

Depois do acidente, Sousa retornou a Unaí e, juntamen-te com outras pessoas, criou a APDU. “Nosso objetivo é buscar o reconhecimento e o respeito para a pessoa com deficiência. Queremos inserir as pessoas na sociedade, até porque é um direito delas”, destaca.

Segundo Sousa, a associa-ção acaba de ganhar da pre-feitura um terreno de 750 m² para a construção de sua sede. Até o momento, a APDU pos-sui 100 associados e 40 filia-dos que possuem carteirinha de identificação e pagam uma mensalidade de R$ 10. Todo

valor obtido com a venda das carteirinhas é revertido para a própria associação.

Em Unaí, Sousa explica que muita coisa deve ser fei-to com relação à busca pela qualidade de vida das pessoas com deficiência. “A Prefeitu-ra Municipal, que é a casa do povo não tem nem um eleva-dor como obriga a lei de aces-sibilidade para deficientes”, frisa o presidente.

De acordo com o presi-dente, piso tátil, “ao menos nas principais avenidas da ci-dade” e semáforo sonoro (vol-tado para o deficiente visual) são avanços necessários para uma cidade, que diz ser “sem barreiras”.

Ele também destaca que deve haver cuidado na hora da “confecção das rampas”, pois, conforme experiência própria em sua ida ao centro de Unaí, muitas rampas que dão acesso às calçadas são feitas sem o mínimo de cuida-do com as normas da ABNT. “Quando a rampa é mal feita, acaba sendo perigoso para o cadeirante”, afirma.

ParacatuFundada em 1991, a Asso-

ciação dos Deficientes Físicos de Paracatu (ADFP) objetiva com suas ações culturais, ar-

tísticas e esportivas, repre-sentar “o deficiente físico junto aos órgãos públicos ou privados, nacionais ou inter-nacionais e lutar pela defesa de seus interesses”, afirma a diretora da associação, Maria José Rodrigues Peres.

Os associados da ADFP são beneficiados com vale transporte municipal e inte-restadual, consertos de equi-pamentos (como cadeira de rodas, muletas, bengalas), ces-tas básicas e medicamentos.

A associação, segundo a diretora, possui uma parce-ria com várias empresas da cidade, com o objetivo de an-gariar vagas para a inclusão do deficiente no mercado de trabalho. “Temos hoje aproxi-madamente 50 pessoas inseri-das no mercado de trabalho; a instituição tem uma parceria com algumas empresas da cidade, onde as mesmas re-servam um número de cotas”, afirma Peres.

A diretora falou que Pa-racatu já melhorou a estrutu-ra da cidade no que tange a Lei de Acessibilidade, e que várias manifestações para conscientizar os órgãos com-petentes foram feitas, e “um grande avanço” aconteceu, mas, segundo ela, ainda é in-suficiente.

Curtas

A Associação de Pessoas com Deficiência de Unaí acaba de ganhar um terreno onde será construída sua sede; em Paracatu, a ADFP, desde 1991 luta por uma cidade sem preconceitos

Ao todo 50 pessoas portadoras de deficiência foram inseridas no mercado de trabalho pela ADFP, em Paracatu

Na edição nº 14, o secretário municipal de Educação, Ge-raldo Magela, informou que as intervenções na Escola Mu-nicipal Eva Maria Ribeiro, localizada na comunidade do Palmeirinha, a 60 km de Unaí, seriam concluídas em até quatro meses. O INTERESSANTE entrou em contato com o diretor de infra-estrutura da Secretaria Municipal de Educação, Marcoelisio Faria, para saber se a obra já foi concluída. Segundo o dire-tor, ainda faltam alguns “retoques” a serem feitos, mas que até o final de agosto a obra pode estar finalizada. O diretor também informou que a quadra esportiva da es-cola já recebeu a cobertura, conforme o planejado e que mais quatro novas salas de aula foram construídas. Além disto, banheiros com acessibilidade, banheiro/vestiário para os funcionários que trabalham na cozinha e também na sala dos professores, foram acrescentados ao projeto inicial.O corredor que dá acesso a entrada da escola também foi coberto e pisos de cerâmicas estão sendo colocados. O diretor afirma que toda reforma está acontecendo dentro do esperado. “Estamos no tempo certo. Não houve proble-ma algum com a entrega de materiais e nem com a mão de obra. Se tudo der certo até final de agosto terminaremos o serviço”, espera Faria.

Escola municipal localizada no distrito de Palmeirinha deve ser reformada até final de agosto

Foi divulgado no site da agência de notícia Agência Minas, na última quinta-feira (14), que João Pinheiro acaba de ter seu solo perfurado. É que a cidade foi escolhida pela empre-sa petroquímica Petrobras para a certificação de poços de gás natural. A comunidade de Bocaina, que fica a 60 km de João Pi-nheiro, já faz parte do bloco de exploração da Bacia do São Francisco. No último dia (7), em reunião o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, disse que as indicações de gás natural na Bacia do São Francisco “são bastante positivas”.“O processo vai avançar muito em termos do conhecimen-to técnico, sendo o nosso objetivo fazer uma avaliação completa em função do histórico e das atividades previstas para a região”, afirmou Estrella. Na reunião foi anunciado que a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, assegurou que o in-vestimento para a região da Bacia será da ordem de US$ 1,25 bilhão. Com o dinheiro será construído na região, as-sim que confirmado a existência do gás, duas termelétricas. Eles esperam que esta nova realidade possa alavancar o desenvolvimento das regiões Norte, Jequitinhonha e Noro-este de Minas Gerais.

Gás Natural em João Pinheiro pode trazer desenvolvimento para todo o Noroeste

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Julho de 2011 . O Noroeste . 5

Vereadora Lília Siqueira (PR) com o vice-governador do DF Tadeu Filipelli (PMDB) em uma de suas viagens pela “busca de recursos”A vereadora Lília Mar-

cos Viana de Siqueira (PR) contradisse, em

entrevista por telefone, a informação recebida pela redação do INTERESSAN-TE de que a mesma, não estaria morando em Ca-beceira Grande – onde é vereadora – e sim, em Bra-sília (DF), onde seu mari-do é funcionário público. Segundo denunciante, a vereadora comparece na cidade somente em dias de reunião ordinária da Câma-ra, retornando em seguida para Brasília, cidade em que ficaria até o final de semana.

Procuramos a vereadora Bernadete Alves de Sousa (PV), presidente da Câma-

Vereadora de Cabeceira Grande é denunciada de morar em Brasília; a vereadora só iria à Cabeceira Grande em dias de sessões ordináriasEm entrevista ao INTERESSANTE a vereadora Lília Siqueira desmente a denúncia; segundo a vereadora, tudo não passa de uma “conspiração política”

O mais relevante neste caso, é que o principal centro de suas (vereador) atividades

seja o município no qual ele exerce o mandato

Bernadete Alves de Sousa (PV), presidente da Câmara Municipal de Cabeceira Grande

Ir à Brasília, à Belo Horizonte, solicitar recursos, contribui para o município,

pois somente quando apertamos essas instâncias de governo conseguimos

fazer com que as coisas andemVereadora Lília Marcos Viana de Siqueira (PR),

denunciada de morar em Brasília

ra Municipal de Cabeceira Grande, para falar sobre a suposta acusação. Segundo a presidente, o regimento interno não é um código de conduta de vereador, portanto, ele não dita como deve ser a vida do repre-sentante. “O que se exige do Vereador quando toma posse é que exerça o man-

dato com dignidade, cum-prindo com seus deveres regimentais, atuando com urbanidade e respeito para com os demais membros da Casa e a Mesa Diretora”, afirma.

”A Constituição proíbe ao vereador a fixação de residência fora do municí-pio”, afirma a presidente.

Mas ela explica que nada impede o vereador de ter duas residências, que po-deria ser uma no municí-pio e outra fora. “O mais relevante, neste caso, é que o principal centro de suas (vereador) atividades seja o município no qual ele exerce o mandato”, afirma Sousa.

Vereadora Lília Siqueira Por telefone, a verea-

dora do PR, Lília Siqueira, desmentiu todas as acusa-ções feitas sobre sua vere-ança. De acordo com a ve-readora, ela mora em uma fazenda a 14 km de Cabe-ceira Grande, chamada Fa-zenda Siqueira, e garante que suas idas em Brasília são para “buscar recursos”.

De acordo com a ve-readora, sua rotina é vol-tada para a população de Cabeceira Grande. “Eu fico na cidade quatro, cinco dias na semana”,

afirma. Conforme esclare-ceu Siqueira, seu marido, “ele sim”, mora em Brasí-lia, onde é funcionário da Aeronáutica.

A vereadora garantiu que suas idas ao Distrito Federal não são pagas com recursos da Casa, mas com recursos próprios. “Ir à Brasília, à Belo Horizonte, solicitar recursos, contri-bui para o município, pois somente quando aperta-mos essas instâncias de go-verno conseguimos fazer com que as coisas andem”, pensa a vereadora.

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Buritis e Paracatu criam leis para abolir o uso de sacolas plásticasEm Paracatu o projeto de lei nº 2.738/09 espera, em três anos, substituir o plástico por materiais biodegradáveis; em Buritis o projeto de lei nº 013/11 foi aprovado na Câmara por unanimidade

6 . O Noroeste . Julho de 2011

Curtas

B uritis e Paracatu foram os dois primeiros mu-nicípios a substituir o

uso de sacos e sacolas plás-ticas por materiais biodegra-dáveis. Os municípios ela-boraram leis que proíbem o uso da famosa “sacolinha” nos estabelecimentos co-merciais e órgãos públicos, com o intuito de minimizar os danos causados ao meio ambiente por esses recipien-tes.

Em Paracatu, a lei muni-cipal nº 2.738/09 de autoria do poder Executivo, preten-de extinguir o uso de saco-las plásticas no prazo de três anos, como fixa a lei. O projeto determina, que tan-to o setor público quanto o privado, deverão substituir a sacola plástica por “sacola ecológica”.

Caso a lei não seja res-peitada na cidade, as multas aplicadas sobre os estabele-cimentos variarão entre R$ 1 mil e R$ 2 mil. Caso haja reincidência o local poderá ter seu alvará cassado.

Buritis e a lei nº 013/11

O município de Buritis possui atualmente 22 mil habitantes, segundo o Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O Pro-duto Interno do Município (PIB) está concentrado ba-sicamente na agropecuária e na produção de leite. Em consonância com o debate mundial, ou seja, com a te-mática voltada para a dis-cussão do Desenvolvimento

Sustentável, a Câmara Mu-nicipal de Buritis acaba de aprovar o projeto de lei nº 013/11 do vereador Ismael Ferreira Graciano (PMDB).

Com a mesma intenção da Prefeitura Municipal de Paracatu, Graciano visa com seu projeto conseguir a “pro-teção ambiental, e em es-pecial, minimizar os danos causados ao meio ambiente pelo uso de sacos e sacolas plásticas não biodegradá-veis”, espera o vereador.

De acordo com Graciano o projeto foi aprovado por unanimidade, sendo a par-tir de então fixado como lei municipal nº 1.222/22011. Portanto, o projeto não so-freu nenhuma emenda de outros vereadores.

Perguntado sobre quais alternativas poderiam con-tribuir com a substituição o vereador detalha. “A substi-tuição poderá ser feita atra-vés da utilização de sacos e sacolas biodegradáveis, bem como sacolas retornáveis, sacolas de pano, caixas de papelão, aquisição de carri-nhos de supermercados por-táteis, etc”.

Graciano espera que com essas ações a cidade e sua população consigam evitar catástrofes que são provoca-das pela ação humana, como as enchentes e alagamentos, tão comum nos meses de dezembro e janeiro. “Como exemplo podemos citar os vários alagamentos em SP, provocado pelo entupimen-

to dos bueiros, originado pelo descaso”, ressalta o ve-reador.

Secretaria Municipal de Meio Ambiente

O INTERESSANTE pro-curou a Prefeitura Munici-pal de Paracatu para saber sobre o projeto de lei nº 2.738/09. A elaboração do projeto aconteceu com o apoio da assessoria da Se-cretaria de Meio Ambiente, cuja direção está com a se-cretária Claudia Torres.

Entramos em contato com a secretaria de Meio Ambiente, para saber mais informações sobre o proje-to, mas até o fechamento da edição não obtivemos res-postas.

Cliente de supermercado no Rio de Janeiro utiliza bolsa retornável para fazer compras; no Noroeste de Minas, Paracatu e Buritis já possuem legislação que proibe o uso de sacos e sacolas plásticas

Polícia Civil apresenta laudo pericial sobre a CPI do Oxigênio em ParacatuA Comissão Parla-

mentar de Inquérito (CPI) montada na

Câmara Municipal de Para-catu, para apurar possíveis irregularidades no hospital municipal, acaba de apre-sentar o laudo da pericia feito pela Policia Civil.

Conforme o laudo con-cluinte, várias irregulari-dades foram detectadas na tubulação que faz a distri-buição do oxigênio para os pacientes no hospital. “Foi entregue ao município um emaranhado de “gambiar-ras” em toda tubulação

por onde deveria passar os gases medicinais, que tam-bém são usados na UTI, Pronto Socorro, Pediatria, Bloco Cirúrgico e outros” afirma o relator da CPI, ve-reador Vânio Ferreira (PT).

O Hospital Municipal de Paracatu foi alvo de in-vestigação depois que uma menina de apenas 7 anos faleceu em consequência de possíveis irregularida-des na tubulação de oxigê-nio.

Segundo o relator as ir-regularidades foram: “Co-locaram um tubo de 70mm

recebendo uma conexão com um tubo de 50mm, não fez a redução, simples-mente enfiaram o tubo de 50 dentro do tubo de 70 e amassou, o de 70 e fez sol-das. Com essa “gambiarra” surgiram vários vazamen-tos que comprometem a qualidade do oxigênio” e também “uma tubulação sem identificação, tudo sem uma pintura para evi-tar qualquer tipo de falha, para se saber que tubo é aquele, se é de oxigênio ou de ar comprimido”, afirma Vânio Ferreira.

Documentos para fiscalização

Segundo o relator da CPI foram solicitados da Prefeitura Municipal de Paracatu, documentos para serem fiscalizados. Mas conforme o relator, até o momento a prefeitura não correspondeu com o soli-citado. “Requeremos que o Executivo, através da Secretária de Saúde, envie documentos para fisca-lizarmos o que houve de janeiro a maio dentro do Hospital Municipal”, diz Ferreira.

Foram entregues à Secretaria Municipal de Cultua e Turismo de Unaí, 100 instrumentos de escola de samba. Os instru-mentos serão utilizados pelas escolas no carnaval de 2012. Unaí tem sido muito criticada nos últimos anos, justamente por não ter um carnaval de rua e nem desfile com escolas de samba e carro alegóricos. Em conseqüência desta realidade muitos, no período de carnaval, saem da cidade para apro-veitar em outros municípios vizinhos como Bonfinópolis de Minas e Paracatu. A proposta é de formar duas escolas de samba em Unaí. Uma no bairro Novo Horizonte e a outra no Canabrava.Conforme explicou em um site local, o diretor do Museu Mu-nicipal deUnaí, Luiz Anselmo, que também está encarregado de orga-nizar as escolas. O diretor também informou que os ensaios das escolas de samba devem começar em setembro. Para os interessados em ingressar na bateria das escolas de-vem fazer as inscrições pelo telefone 3677-5647. As inscrições vão até o dia 15 de agosto. Para se inscrever é necessário somente apresentar o contato telefônico e o endereço onde reside. O carnaval será lançado oficialmente no final do mês de agosto.

Inscrições para participar da bateria das escolas de samba em Unaí vão até 15 de agosto

Foi divulgada pela Prefeitura Municipal de Paracatu, no últi-mo dia (15), a possível instalação de um campus da Universi-dade Federal de Uberlândia(UFU), no município. Segundo a prefeitura – que para anunciar a novidade mon-tou estrutura, onde participaram diversos representantes públicos – o campus objetiva capacitar a mão de obra local e regional. Por se tratar de uma universidade pública, a de-manda pelos cursos virá também de municípios vizinhos que compõem a região do Noroeste.Entre os cursos que podem ser ofertados estão odontologia, farmácia e medicina veterinária. Mas ainda outros cursos também poderão ser incluídos. Em afirmação publicada em site da cidade de Paracatu, o prefeito municipal Vasco Praça Filho (PMDB), afirmou ser “impossível” que o campus não se instale no município.

UFU pode se instalar campus em Paracatu; odontologia, farmácia e medicina veterinária estão entre os cursos ofertados

Entre 27 de junho e 2 de julho aconteceu em Uberaba, mais uma etapa dos Jogos Escolares de Minas Gerais (Jemg). Atle-tas de Unaí participaram dos jogos e conquistaram três me-dalhas de ouro, quatro de prata e cinco de bronze.De acordo com informações divulgadas no site da Prefeitura Municipal de Unai, participaram dos jogos as escolas: Esco-la Estadual Manoela Faria Soares, Colégio do Carmo, Esco-la Municipal Glória Moreira, Escola Estadual Teófilo Martins Ferreira e a Escola Estadual Virgilio de Melo Franco.Juiz de Fora Entre os dias 8 e 13 de agosto, as escolas campeã vão dispu-tar outra etapa do Jemg, porém agora será em Juiz de Fora. Desta vez também haverá competição de natação, peteca, tênis de mesa e judô. “Em todas as etapas do Jemg, os com-petidores unaienses estão tendo o apoio das Secretarias Mu-nicipais de Educação e de Juventude, Esportes e Lazer”, afir-ma a prefeitura.

Unaienses disputam Jemg em Uberaba e se consagram com três medalhas de ouro

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Julho de 2011 . O Noroeste . 7

Quadra esportiva pública é utilizada por empresa privada em BuritisA empresa tem “permissão de uso” concedido pela prefeitura municipal para fabricar manilhas de rede de esgoto no município; na falta de quadra esportiva moradores do bairro Canaã recorrem a campo de areia

O bairro Canaã, na cidade de Buritis, possui uma quadra

poliesportiva (coberta) que nunca foi utilizada. A quadra foi construí-da entre os anos 2000 e 2004, porém a população não teve o privilégio de desfrutar desta benfeito-ria. Mas a empresa priva-da responsável pela fabri-cação das manilhas, que estão sendo utilizadas na construção da rede de esgoto da cidade, conse-guiu a autorização para utilizar a quadra como espaço para a produção dessas manilhas. Prática bastante distante da es-portiva, a qual o espaço foi construído e destina-do.

A dona de casa Alci-lene Aparecida de Oli-veira de Jesus, que mora no bairro há dois anos, afirma que desde quan-do mudou para o local, nunca viu a quadra fun-cionar. “Meu marido, por exemplo, quando precisa jogar futebol vai ao cam-pinho de areia”, diz.

Outra moradora do bairro Canaã, Cleonice Pereira dos Santos, dona de casa, diz que é “um desperdiço” a quadra fi-car sendo usada para ou-tros serviços. “Eu fico me perguntando como pode uma quadra com cober-tura ficar abandonada. Ela (quadra), já seria um local onde as crianças poderiam se divertir”, de-fende Santos.

Poeira da fábrica de manilha

Para quem vê a quadra pelo lado de fora acredita que ela está sendo refor-mada. Com pisos quebra-dos, todos os banheiros estão em péssimas con-dições, porém, uma beto-neira e montes de areia e brita, identificam que há “produção” de algo no lo-cal.

Mas todos esses mate-riais pertencem à empre-sa privada que exerces funções em um espaço público. Essas funções, que como já foi dita, es-tão longe de serem es-portivas, tem causado

incômodo aos morado-res, motivo que quase os levou a fazer um abaixo-assinado para controlar a situação.

Os moradores recla-mam que a produção de manilha, produz também uma poeira insuportável. Uma moradora entrevis-tada, que preferiu não se identificar (cuja casa está bem próxima à quadra), crítica. “Olha, é muita poeira, a gente quase não se agüenta. E quando o caminhão de brita e areia chega para descarregar, aí que o pó aumenta”, afirma a moradora. Ela disse que tem dificulda-des para respirar e já teve bronquite em conseqüên-cia do excesso de poeira.

Prefeitura Por meio de sua as-

sessoria de imprensa, a Prefeitura Municipal de Buritis, informou que a quadra “foi construída na gestão de 2000 a 2004”, e que ela só foi utilizada uma vez, quando na oca-sião, ocorreu um homicí-dio no local.

Deve-se ressaltar que quando aconteceu o ho-micídio, o evento que acontecia dentro da es-trutura da quadra, não era um evento esportivo.

A prefeitura destaca que a quadra “nunca teve condições adequadas para a prática de espor-tes”.

Segundo a prefeitura a empresa privada que constrói as manilhas, no espaço público, possui um “contrato de permis-são de uso”, que a per-mite trabalhar no local. Em contra partida, a pre-feitura afirma que com o fim do contrato (possi-velmente isto será ainda este ano) a empresa terá a obrigação de “refazer todo o piso, pintura e a revisão completa da qua-dra” para que ela seja en-tregue, outra vez, aos cui-dados do poder público.

A prefeitura informa que assim que a empresa concluir a reparação na quadra, a Secretaria Mu-nicipal de Esporte passa-rá a funcionar no local.

A quadra pública em Buritis sendo utilizada por uma empresa privada para a construção de manilhas

De acordo com a prefeitura ao término da “permissão de uso” a empresa terá que reformar a quadra

Eu fico me perguntando

como pode uma quadra com

cobertura ficar abandonada

Cleonice Pereira dos Santos, dona de casa e moradora do bairro

Meu marido, por exemplo,

quando precisa jogar futebol

vai ao campinho de areia

Alcilene Aparecida de Oliveira de Jesus, mora no bairro há dois anos e é dona de casa

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8 . O Noroeste . Julho de 2011

Uma fábrica de fa-rinha que poderia estar funcionan-

do e gerando emprego e, consequentemente, renda para a população buritien-se, se encontra desativada. Com sua infra-estrutura, aparentemente montada, a fábrica é hoje sinal de abandono ou descaso com o dinheiro público.

Conforme constatado, a fábrica possui uma in-fraestrutura de qualida-de. Toda arquitetura da fábrica é voltada especi-ficamente para produção de farinha. Buritis, mu-nicípio com pouco mais de 22 mil habitantes, cuja economia local está concentrada ba-sicamente em produtos oriun-dos do campo – como é o caso da matéria pri-ma da farinha: a mandioca – a fá-brica objetivava ser uma ferra-menta para o desenvolvi-mento da cidade. Porém, devido a uma suposta bu-rocracia governamental, a fábrica se encontra impe-dida de funcionar.

Em Buritis uma fá-brica de farinha poderia

fazer toda diferença. É o que pensa o morador da cidade e comerciante, Sidney Gonçalves Silva. Há 15 anos, ele mora em

Buritis e durante todo esse tempo ele sempre ouviu falar na fábrica, porém nunca há viu em atividade. “Quando vejo a fábrica fechada, logo pen-so: é um descaso com o povo”, diz.

O comerciante que mora literalmente ao lado da fábrica, acredita que muitas pessoas que atu-almente estão desempre-gadas poderiam trabalhar na produção de farinha, caso a fábrica funcionas-se. “Seria bom para os

produtores de mandioca, que teriam onde vender sua mercadoria com segu-rança”, destaca Silva.

Conforme foi constata-do pela equipe de reporta-gem do INTERESSANTE, além da eletricidade gasta

Fábrica de farinha, em Buritis, caso seja ativada, pode ofertar empregos para a população localA fábrica nunca funcionou e todos seus equipamentos estão se deteriorando com o tempo; ainda dois guardas são necessários para fazer a vigilância de algo inativo

Dois vigilantes são pagos pela prefeitura para fazer a proteção da fábrica que nunca foi utilizada; foto mostra maquinário se perdendo

Um dos maquinários que fica exposto do lado de fora da fábrica

para manter a ilumina-ção da fábrica, mais dois funcionários são pagos pela prefeitura municipal para fazer a vigilância dos maquinários. Inclusive

uma peça está do lado de fora da fábrica, ex-posta ao tempo. Na parte inter-na da fábrica, alguns azulejos que constituem o tanque de de-cantação, estão

quebrados e algumas má-quinas também apresen-tam sinais de ferrugem. A vigilância feita no local é exclusivamente para que nenhuma peça seja reti-rada, no entanto, o estado de conservação dessas pe-

ças não recebe nenhuma atenção.

Prefeitura

Em nota, a Prefeitura Municipal de Buritis, ex-plica que o convênio as-sinado para aquisição da fábrica foi feito na “admi-nistração de 2000/2004”. De acordo com a prefei-tura a fábrica não entrou em atividade devido a “imperfeição em relação à legislação ambiental”.

A prefeitura também informa que está sendo produzido um novo pro-jeto para atender a legis-lação ambiental e, assim, angariar fundos junto ao governo federal para a conclusão e funciona-mento da fábrica.

Seria bom para os produtores de mandioca, que teriam onde vender

sua mercadoria com segurançaSidney Gonçalves Silva, comerciante que

vive próximo a fábrica

Correios esclarece que Centro de Distribuição Domiciliar, em Unaí, atende demanda local

L ocalizado na rua Ca-nabrava, no bairro Cachoeira, em Unaí,

o Centro de Distribuição Domiciliária (CDD) dos Correios, cujo finalidade é a distribuição de objetos no Posta Restante (situa-ção em que os objetos per-manecem à disposição dos clientes na unidade dos Correios mais próxima do endereço de destino), tem incomodado alguns de seus usuários. Segundo os usuários, todos os dias enfrentem ao CDD, uma imensa fila de pessoas à espera de seus objetos se forma na porta do centro. Os usuários reclamam que da demora para o atendi-mento; do pouco tempo de funcionamento e das condições que os usuários são colocados em fila, sem nenhuma proteção contra sol e chuva.

O horário de funcio-namento é de apenas duas horas (das 10h30 as 12h30), mas segundo os alguns usuários, é insu-ficiente. Para atender a demanda são disponibili-zados sete assentos, que ficam na parte interna do CDD.

Esclarecimento Em nota os Correios

esclarece que o horário de funcionamento do CDD em Unaí foi definido após consulta feita na unidade onde “identificou o mo-mento de maior concen-tração de demanda, além de baixa procura por obje-

tos postais em outros perí-odos do dia”.

Segundo os Correios, o problema acontece de-vido à falta de informação dos próprios usuários. De acordo com a empresa, o centro de distribuição só pode ser solicitado em duas hipóteses: a) quando ele não reside no municí-pio (portanto seu endere-ço fica sendo o centro de distribuição); b) quando esgota a tentativa de en-trega do objeto (porém, isto só acontece depois que o carteiro visita à casa do destinatário três ve-zes). Os correios explica que caso não encontre o destinatário um aviso in-forma para a retirada do objeto no CDD.

Portanto, de acordo com os Correios somente nesses dois casos deve-se comparecer ao CDD. A instituição explica que em Unaí, especificamente, a população “é contemplada pela modalidade de entre-ga domiciliar”, porém, ao não esperar que seu objeto chegue a sua residência, o usuário antecipa a entrega indo para a fila do CDD, ação que acaba, segundo os Correios, “causando maior tempo de espera aos usuários que realmente dependem do serviço”.

Os Correios também ressaltou que “irá reavaliar a demanda para o atendi-mento em Posta Restante, com o objetivo de aprimo-rar o atendimento à popu-lação de Unai”.

O centro tem sido criticado por ficar aberto apenas 2 horas por dia; os usuários também reclamam das condições em que fila de espera é formada: exposta ao tempo

Correios diz que vai avaliar a demanda em Unaí para com o CDD, com o intuito de atender às críticas dos usuários

Page 9: Jornal Interessante - Edição 19 - Julho de 2011 - Unaí-MG

Jornal INTERESSANTE – Secretário fale sobre o processo de regularização fundiária no Estado de Mi-nas Gerais e na região do Noroeste?

Manoel Costa - Na re-alidade o processo de regularização fundiária era para existir de uma maneira intensa, desde quando as terras passa-ram para o Estado (pois elas pertenciam a União), ou seja, o Império. Então nunca houve uma progra-mação e nenhuma ação massiva de regularização. Isto acontece por desinte-resse do Estado e por falta de informação, por parte da população, que não sabe como resolver a si-tuação. E por que não sa-bem? Porque estamos fa-lando de terras que nunca foram levadas ao cartório de registro de imóveis.

J.I. – Quantos títulos já foram fornecidos até o mo-mento em todo Estado?

M.C. – Nós saímos de 700 títulos por ano e pre-tendemos chegar a 50 mil. Ano passado nós fizemos

30 mil títulos. Agora em 2011 nós pretendemos intensificar a ação, inclu-sive aí no Noroeste. Nos-sa perspectiva é de não ter nenhuma família aí na região (nos próximos 3 anos) sem o título de pro-priedade. Nós já vamos dar ordem de registro para os próximos meses, para alguns municípios do Noroeste Mineiro.

J.I. – Qual é a diferença do processo de regulariza-ção de uma área rural para a urbana?

M.C. – A área rural é um processo que custa mais, porque ele é geore-ferenciado e necessita de profissionais e empresas especializadas, que utili-zam o GPS como proces-so de medição. Já a área urbana precisa de pro-fissional habilitado, que tenha seu CREAS para fazer a mediação. Mas no urbano não precisa do georeferenciamento, nele a pessoa não tem que aguardar o Estado para fazer sua medição. Ela pode fazer contratando

um profissional. A prefei-tura também não precisa aguarda o Estado. Nós temos muitas prefeituras que fazem o trabalho de mediação, de regulariza-ção urbana, e nos enviam, mas no rural acaba sendo mais complicado.

J.I. – As prefeituras de-vem se conveniar ao Insti-tuto de Terra (ITER)?

M.C. – O convênio é uma forma de o prefei-to manifestar o interesse desse grave problema no município. Primeiro é a motivação da prefeitura, depois a compreensão dos

cartórios, porque muitas vezes os cartórios acabam dificultando. Por isto, mi-nha sugestão é que todos os titulares de cartório na região do Noroeste, entre em contato com suas as-sociações, para que eles recebam mais informa-ções necessárias.

J.I. – Porque é cobrado o Documento de Arrecadação Estadual (DAE)?

M.C. – O DAE é o custo. Nós reduzimos os valores o mínimo possível, mas são valores que nós não podemos isentar. Tem tí-tulo que não tem ônus, é

quando o terreno é menos de 500 m². Agora quando tem o DAE é porque ex-cedeu aquilo que não é gratuito, mas os valores são baixos, compensa. O valor cobrado pelo DAE é insignificante.

J.I. – Como a secretaria se comporta diante das ter-ras que supostamente pos-suem registro, porém foram griladas?

M.C. – Terras públi-cas a qualquer momento podem ser contestadas. Se for uma retificação no cartório, indevida, nós podemos anular. As pes-

soas que fizeram alguma coisa indevida, elas po-dem sofrer sanção a qual-quer momento. Terras

públicas, elas não podem ter sofrido usucapião e mesmo que ela tenha sido retificada no cartório nós podemos contestar a reti-ficação.

J.I. – Existem pessoas na região do Noroeste de Minas colaborando com a regularização fundiária, fazendo o cadastramento das pessoas. Isto é válido?

M.C. – Todos os ca-dastros que foram fei-tos até o momento se-rão úteis. Porque agora nós entregaremos esses cadastros às empresas para que elas façam a medição. Nada vai se perder.

J.I. – Com o título em mãos o que deve fazer o beneficiário?

M.C. – Levar ao cartó-rio de registro de imóvel e registrá-lo. Nada mais.

J.I. – Para aqueles que ainda não pediram a regu-larização o que o senhor aconselha?

M.C. – Se o terreno for rural procure o Sindicato

Rural do município e se cadastre; se for urbano procure a prefeitura e fale que quer sua área regula-rizada.

J.I. – Quais são as van-tagens que o senhor vê com a regularização das terras do Estado?

M.C. – Não tem país desenvolvido que não esteja resolvendo o pro-cesso de regularização fundiária. A pessoa passa a ter outro status. Porque muitas vezes ela tem um imóvel urba-no já construído, mas é uma poupança morta, ou seja, é um mercado paralelo. Agora partir do momento em que ela regulariza esse imóvel (recebendo seu título e registrando), esse ativo vira um “ativo vivo”. Ela pode usar seu terreno como garantia, pode to-mar financiamento e etc. E o recurso que entra no município após esse processo, ele se fixa no município e, é isto, que gera o desenvolvimento. Ou vocês pensam que só asfalto gera desenvolvi-mento?

Julho de 2011 . Entrevistas Especiais . 9

Entrevistas Especiais

“Quem não legitima e registra, não é dono” afirmação da SEERFToda pessoa que ocupa, mansa e pacificamente, uma

terra comprovadamente devoluta poderá solicitar a regu-larização fundiária dessa área. Terras devolutas são todas aquelas que ainda não foram desmembradas do patrimô-nio público por meio de documento legítimo, pertencen-do, portanto, ao Estado. A transferência da terra é feita

por meio do Título de Legitimação da Posse da Terra. Somente no ano passado foram entregues, em todo

Estado de Minas Gerais, 30 mil títulos. O INTERESSANTE entrevistou o secretário Manoel Costa, da Secretaria de Estado de Regularização Fundiária (SEERF) para saber como anda o processo de regularização na região do

Noroeste de Minas. Na entrevista o secretário fala sobre os avanços adqui-

ridos pela sua secretaria e destaca que se não houver cola-boração por parte das prefeituras – de se conveniarem – e dos cartórios de registros de imóveis, as dificuldades para a regularização fundiária em todo o Estado “aumentarão”.

Manoel CostaSecretário da Secretaria de Estado de Regularização Fundiária (SEERF)

Nós saímos de 700 títulos por ano e pretendemos chegar a 50 mil.

Ano passado nós fizemos 30 mil títulos. Agora em 2011 nós

pretendemos intensificar a ação, inclusive aí no Noroeste.

Divulgação

Primeiro é a motivação da prefeitura, depois a compreensão

dos cartórios, porque muitas vezes os cartórios acabam dificultando.

Terras públicas, elas não podem ter sofrido usucapião e mesmo que ela

tenha sido retificada no cartório nós podemos contestar a retificação.

Se o terreno for rural procure o Sindicato Rural do município

e se cadastre; se for urbano procure a prefeitura e fale que

quer sua área regularizada

Page 10: Jornal Interessante - Edição 19 - Julho de 2011 - Unaí-MG

Í N D I C E

1. VEÍCULOS 2. SERVIÇOS 3. EMPREGO

CHEVROLETBLAZER 98/99 - Gas. - Branca - AR/Direção - R$ 22.000,00 CELTA LIFE 4P 09/10 - Flex - Pre-to - VE/TE/AL - R$ 24.990,00CORSA HATCH 1.0 2P 95/96 - Gas. - Preto - Básico - R$ 9.500,00CORSA SEDAN SUPER 00/01 - Gasolina - Prata - AR/VE/TE/AL R$ 15.990,00S10 ADVANTAGE 08/09 - Prata - Flex - Completa - R$ 49.990,00

FIATPALIO 1.6 98/98 - Gas. - Azul - Completo + Roda - R$ 13.500,00PALIO ELX 1.6 98/99 - Gas. - Ver-de - Comp. + Air Bag - R$ 13.500,00 PALIO ELX FIRE 04/05 - Flex - Azul - VE/TE/AL/Rodas - R$ 22.900,00 PALIO ELX 1.0 09/10 - Flex - Cin-za - Comp. + Rodas - R$ 30.990,00

PALIO FIRE 06/07 - Flex - Branca - VE/TE/AL - R$ 19.990,00 PALIO WEEKEND 1.5 97/97 - Branca - Gas. - TE - R$ 12.990,00 PALIO YOUNG 4P 00/01 - Verde - Gas. - Básico - R$ 13.900,00 SIENA CELEBRATION 2 07/08 - Flex - Cinza - Comp. - R$ 25.990,00 SIENA EL 1.0 09/10 - Flex - Preto - Completo - R$ 30.990,00 SIENA FIRE 06/07 - Flex - Prata - Completo - R$ 24.990,00 STRADA ADV. LOCKER 09/10 - Flex - Prata - Comp. - R$ 39.990,00 UNO EP 4P 96/96 - Vermelho - Gas. - Básico - R$ 8.900,00

FORDESCORT GL 16V 00/01 - Gas. - Cinza - Completo - R$ 13.990,00 FIESTA ENDURA 1.0 97/98 - Cin-za - Gas. - Básico - R$ 9.500,00

FIESTA ENDURA 1.0 98/98 - Bran-co - Gas. - Básico - R$ 9.500,00 FIESTA PERSONALITE 05/05 - Gas. - Prata - Básico - R$ 18.990,00 FIESTA PERSONALITE HACTH 07/08 - Flex - Preto - DH/VE/TE - R$ 23.990,00 FOCUS HATCH 1.6 07/08 - Flex - Vermelho - Comp. - R$ 27.990,00 FOCUS SEDAN GLX 02/02 - Preto - Gas. - Completo + Airbag - Preta - R$ 20.990,00 KA 08/09 - Flex - Azul - VE/TE/AL - R$ 20.500,00 KA 1.0 08/09 - Flex - Vermelho - Completo - R$ 24.900,00

MITSUBISH

PAJERO FULL 3.2 08/08 - Prata - Diesel - Completa - R$ 115.000,00

PEUGEOT

206 1.0 SENSATION 04/04 - Gas. - Cinza - AR/VE/TE - R$ 18.990,00 206 1.4 FELINE 06/07 - Flex - Pre-to - Comp. + Roda - R$ 23.990,00 307 2.0 FELINE 06/07 - Gas. - Preto - Completo - R$ 32.900,00

RENAULT

SANDERO 1.6 PRIVILLEGE 08/09 - Flex - Prata - Completo - R$ 29.990,00

TOYOTA

COROLLA SEG 04/04 - Gas. - Preta - Completo + Air Bag - R$ 33.990,00 HILUX 2.5 07/08 - Diesel - Cinza - Completa - R$ 73.990,00 HILUX 2.7 09/09 - Gas. - Preta - Completa - R$ 74.990,00

VOLKS

CROSSFOX 08/09 - Flex - Preta - Completo - R$ 39.990,00 GOL 1000 95/95 - Gas. - Vermelho - Básico - R$ 8.500,00 GOL 1.0 96/96 - Gas. - Branco - Básico - R$ 9.990,00 GOL GIV 07/07 - Flex - Prata - Completo - R$ 24.990,00 GOL GIV 09/10 - Flex - Preto - Trend - DH/VE/TE/ - R$ 28.990,00 GOL POWER 1.6 04/05 - Gas. - Cinza - Completo - R$ 21.990,00 GOL POWER 1.6 07/08 - Flex - Branco - Completo - R$ 26.990,00 PARATI MI 97/97 - Gas. - Verme-lha - VE - R$ 12.000,00 PARATI 1.6 GIV 07/07 - Flex - Pre-to - DH/VE/TE/AL - R$ 26.990,00 POLO SEDAN 97/97 - Gas. - Branca - Completo - R$ 10.900,00

CHEVROLET

CELTA 10/10 - 2P - Prata - Bási-co - R$ 20.900,00

CLASSIC 10/11 - Prata - Com-pleto - R$ 28.000,00

CORSA SEDAN 1.0 99/99 - Ver-de - Básico - R$ 13.000,00

MONZA GL 92/93 - Azul - VE/DH - R$ 7.000,00

S10 CS DIESEL 06/06 - Prata - AR/DH - R$ 41.000,00

S10 FLEX CD ADVANTAGE 09/10 - Prata - Completa R$ 51.000,00

FIAT

PALIO ADVENTURE 1.8 09/10

FIAT

Cinza - Completa - R$ 44.900,00

PALIO FIRE 10/10 - 4P - Verme-

lho - Completo - R$ 27.000,00

PALIO FIRE 10/11 - 2P - Prata - DH - R$ 21.500,00

PALIO FIRE ECON. 10/11 - Pra-ta - AR/DH/VE/TE - R$ 26.900,00

SIENA FIRE 06/07 - Preta - TE/AL - R$ 21.500,00

UNO MILLE FIRE 05/06 - Cinza - Completa - R$ 18.000,00

UNO WAY 09/09 - Prata - TE/AL/AR- R$ 22.000,00

FORD

BELINA 88/89 - Azul - Básica - R$ 6.500,00

FIESTA 1.6 10/11 - Flex - Prata Completo - R$ 32.500,00

KA 02/02 - Branco - AL/TE - R$13.900,00

RANGER 3.0 XLT 06/06 - Prata - Completo - R$ 55.000,00

BMW

380 I 98/98 - Preto - Completo + B. Couro - R$ 41.000,00

MITSUBISHI

PAJERO 04/05 - Diesel - Prata - Completo - R$60.000,00

RENAULT

CLIO 1.0 00/00 - Prata - Ar - Air Bag - R$ 9.990,00

VOLKS

GOL 1.0 00/01 - 2P - Prata - Ar Condiconado - R$ 13.000,00

GOL G5 09/10 - Vermelho - AR/VE/TE - R$ 29.000,00

GOL G5 10/11 - Vermelho - Completo - R$ 32.900,00

GOLF AUT. 2.0 02/02 - Prata - Completo - R$ 28.500,00

CAMINHÃO

MERC. BENZ L1513 80/80 - Ver-melho - Freio a Ar - R$ 67.000,00

CHEVROLET

ASTRA 1.8 00/00 - Gas. - Verde - Completo (+) Couro - R$ 18.000,00

CELTA 1.0 06/07 - Flex - Prata - VE / TE / AL R$ 20.500,00

CORSA SEDAN 1.0 03/04 - Gas. - Prata - Completo (-) AR - R$ 21.500,00

CORSA SEDAN 06/07 - Gas. - Branco - VE/TE/AL - R$ 20.000,00

MONTANA 1.8 04/04 - Gas. - Vermelho - DH/TE/AL - R$ 25.000,00

S10 2.4 08/08 - Flex - Prata - Completa - R$ 45.000,00

FIAT

0KM STRADA - Flex - Ver-melha - Gabine Dubla - R$ 46.000,00

DOBLO 1.6 02/02 - Gas. - Cinza - Completo - R$ 26.500,00

PALIO 1.0 08/08 Flex - Preto - VE / TE R$ 23.000,00

PALIO 1.0 08/08 Flex - Prata - Completo R$ 28.000,00

PALIO 1.3 01/01 Gas. - Prata - Completo R$ 16.500,00

UNO 1.0 06/06 - Flex - Prata Básico - R$ 16.800,00

FIAT

UNO TOP 1.0 09/10 Flex - Prata - TE/AL R$ 25.500,00

FORD

FIESTA 1.0 07/08 Flex - Preto - Completo R$ 25.900,00

FOCUS 1.6 06/07 Gas. - Preto - Completo R$ 25.900,00

KA 1.6 07/08 - Gas. - Prata - Completa - R$ 22.000,00

PAMPA 1.6 96/96 - Gas. Branca - Básico - R$ 11.300,00

VOLKS

FOX 1.0 06/07 - Flex Prata - Completo (-) AR R$ 24.500,00

VOLKS

GOL 1.0 03/04 - Gas. Cinza - VE / TE / AL R$ 17.500,00

GOL 1.0 05/06 - Flex Vermelho - Básico R$ 20.500,00

GOL 1.0 06/06 - Flex Cinza - Básico - R$ 21.500,00

GOL 1.0 08/09 - Flex Branco - Completo R$ 29.000,00

GOL 1.0 08/09 - Flex Prata - TE / AL R$ 22.000,00

GOL COPA 1.0 06/06 Flex - Amarelo - Completo (-) AR - R$ 21.000,00

VOLKS

GOL COPA 1.0 06/06 Flex - Prata - Básico R$ 21.500,00

MOTOS

HONDA 750F 08/08 Gas. - Cinza - Completa R$ 14.000,00

0KM YAMAHA FACTOR 11/11 - Básica - Vermelha - R$ 6.500,00

YAMAHA FAZER 250 08/08 - Gas. - Azul - Com-pleta - R$ 8.000,00

YAMAHA TTR 125 08/08 Gas. - Completa - R$ 6.000,00

GAIOLA

0 KM GAIOLA P/ TRILHA 1.5 Gas. - Verde - R$ 5.000,00

(38) 3676-3882 / 9981-7256a n u n c i e

1 VEÍCULOS 1 VEÍCULOS 1 VEÍCULOS 1 VEÍCULOS 1 VEÍCULOS 1 VEÍCULOS 1 VEÍCULOS 1 VEÍCULOS

Page 11: Jornal Interessante - Edição 19 - Julho de 2011 - Unaí-MG

meses de experiência, pos-suir referência

04 vagas para Domestica, sexo feminino, exige-se 6 meses de experiência, sen-do 2 vagas para Brasília

01 vaga para Insemina-dor, sexo masculino, exige se 6 meses de experiência, possuir o curso

01 vaga para Instalador de Alarme, sexo mascu-lino, exige-se 6 meses de experiência

01 vaga para Lavador de Veículos, sexo masculino, exige-se 6 meses de experi-ência, 2 grau incompleto

01 vaga para Mecânico de Motos, sexo masculino, exi-ge-se 6 meses de experiência

01 vaga para Motorista, sexo masculino, exige-se 6 meses de experiência, 1 grau completo, possuir CNH “D”

02 vagas para Operador de Empilhadeira, sexo masculino, exige-se 6 me-ses de experiência, 1 grau completo, sendo que 1 vaga tenha que possuir CNH “B”

01 vaga para Repositor de

banca de verduras, sexo

masculino, exige-se 6 me-

ses de experiência, possuir

referência

01 vaga para Trabalhador

Noturno, sexo masculino,

exige-se 6 meses de expe-

riência, 1 grau completo

02 vagas para Tratorista, sexo masculino, exige-se 6 meses de experiência, possuir referência

01 vaga para Vaqueiro, sexo masculino, exige-se 6 meses de experiência, possuir experiência em or-denha mecânica

10 vagas para Vendedor Externo, sexo M/F

2 SERVIÇOS 3 EMPREGOVAI CONSTRUIR OU REFORMAR?Valdomiro Pedreiro,

do básico ao acabamento.

Tel.: (38) 8808-0154

3 EMPREGOVAGAS DE EMPREGO

SINE PARACATUPraça Adelmar Silva Neiva, 147 - Centro - Telefone: (38)

3672-1180 / 3672-1407 - Ramais: 105 / 126

01 vaga para Almixarife, sexo masculino, exige-se experiência, possuir ensino médio

01 vaga para Encarre-gado de Contabilidade, exige-se experiência

01 vaga para Operador de Trator Esteira, exige-se experiência

01 vaga para Operador Motoniveladora, exige-se

experiência

01 vaga para Operador de Retro-Escavadeira, exige-se experiência, possuir CNH categoria “B”

01 vaga para Instrutor de Informática, possuir ensi-no médio

01 vaga para Decorador de Interiores, possuir for-mação técnica ou superior em arquitetura

02 vagas para Mecânico de Suspensão, exige-se experiência, possuir CNH categoria “B”

01 vaga para Mecânico de Máquinas, exige-se expe-riência

03 vagas para Vaqueiro de gado de corte, exige-se experiência

03 vagas para Ajudante De Vaqueiro, exige-se ex-periência em confinamento de gado

03 vagas para Ajudante

de carga e descarga, sexo masculino

10 vagas para Doméstica, ter disponibilidade de traba-lha em Brasília e Paracatu

VAGAS DE EMPREGO SINE UNAÍ

Rua Eduardo R. Barobosa, 180 - Prédio da FACTU.

Telefone: (38) 3677-2086

03 vagas para Ajudante de Montagem de Máquina Agrícola, sexo masculino, exige-se 6 meses de expe-riência. E ter disponibilida-de para viajar

01 vaga para Ajudante de Vaqueiro, sexo masculino, exige-se 6 meses de expe-riência, possuir experiência em ordenha mecânica

02 vagas para Balconista, sexo M/F, exige-se 6 me-ses de experiência, 1 grau completo. Trabalhar tarde e noite

01 vaga para Carpinteiro, sexo masculino, exige-se 6

3 EMPREGO 3 EMPREGO

CHEVROLET

BLAZER ADVANTAGE 2.4 08/08 - Flex - Prata - Completa + Couro - R$ 46.000,00

CELTA LIFE 1.0 4P 06/07 - Preto - Básico - R$ 18.800,00

VECTRA GL 2.2 00/00 - Branco - Completo - R$ 18.800,00

FIAT

PALIO FIRE 2P 00/01 - Preto - Básico - R$ 14.500,00

PALIO WEKEEND 08/09 Branca - Completa

R$ 33.800,00

FIAT

PUNTO 1.8 SPORTING 08/08 - Preto - Completo - R$ 35.500,00

SIENA FIRE 06/07 - Flex - Azul - Básico - R$ 22.000,00

SIENA 1.3 04/05 - Vinho - Com-pleto - R$ 24.800,00

STRADA ADVENTURE 1.8 10/10 - Prata - Cab. Dupla Com-pleta - R$ 45.800,00

UNO MILLE FIRE 02/02 - Cinza - AL/VE - R$13.000,00

FORD

F250 XLT 10/11 - Prata - Com-pleta + Couro - R$ 86.500,00

FIESTA 1.0 10/11 - Prata - VE/TE/AL + Roda - 7.500 km Roda-dos - R$ 25.800,00

FIESTA HACH 1.0 07/08 - Pra-ta - Completo - R$ 24.800,00

FIESTA SEDAN 1.6 06/07 - Preto - Básico - R$ 24.900,00

VOLKS

GOL 1.6 AP 2P 97/98 - Branco - Som - R$ 11.000,00

VOLKS

GOL CLI 1.8 2P 96/96 - Vermelho - VE/Som + Roda - R$ 9.800,00

GOL COPA 06/06 - Prata - Bá-sico - R$ 21.000,00

GOL GV 08/09 - Vermelho - Completo (-) Ar - R$ 26.800,00

GOL SPECIAL 2P 02/02 - Ver-melho - R$ 13.800,00

PARATI CL 1.6 93/94 - Álcool - Verde - R$ 8.500,00

PARATI GIV 1.6 MI 08/09 - Bran-ca - Completa - R$ 28.500,00

MOTOS

DAFRA KANSAS 125CC 08/08 - Completa - Prata - R$ 4.200,00

HONDA TITAN SPORT 150CC 06/07- Cinza - Completa - R$ 5.500,00

HONDA TORNADO 250CC 03/03 - Roxa - Completa - R$ 6.300,00

SUZUKI YES 125CC 08/08 - Preta - Completa - R$ 2.700,00

YAMANHA YBR 125CC 05/05 - Preta - Completa - R$ 3.500,00

1 VEÍCULOS

3 EMPREGO 3 EMPREGO3 EMPREGO 3 EMPREGO

1 VEÍCULOS 1 VEÍCULOS 1 VEÍCULOS 1 VEÍCULOS 1 VEÍCULOS 1 VEÍCULOS 1 VEÍCULOS

Julho de 2011 . . 11

Page 12: Jornal Interessante - Edição 19 - Julho de 2011 - Unaí-MG

12 . Saúde . Julho de 2011

Saúde Pública - Série

Para diretora do Hospital Municipal de Unaí a “cultura” de não usar os PSF’s acarreta em fila de espera para atendimentoMas para especialista em administração de hospitais públicos, o problema, especificamente em Unaí, é causado porque o hospital tem apenas dois clínicos gerais e um pediatra de plantão para atender uma região de 230 mil pessoas

chado é composta por 12 mu-nicípios. Para fazer atender a toda essa região o hospital, desde 2005, conta com apoio do governo estadual, por meio do programa Pró-Hosp.

De acordo com a diretora do hospital, atendimentos de baixa e média complexidade são ofertados por eles, já tra-tamentos de alta complexida-de ficam a cargo de hospitais localizados na cidade de Pa-tos de Minas.

“Quando Patos de Minas

não dispõe de leitos vagos, os pacientes são encaminha-dos a centros maiores, como Uberlândia e Belo Horizonte, fato esse que acarreta algu-mas remoções para Brasília”, explica a diretora.

De acordo Almeida, a maioria dos pacientes são en-caminhados à Brasília e não à Patos de Minas, como deveria ser, já que Unaí é um muni-cípio mineiro e não distrital. Ele também afirma que isto é “engodo” do governo estadual

e do governo municipal. Segundo o especialista a

“microrregião” é um conceito muito abstrato. Segundo ele, Paracatu pertence à micror-região, porém, não envia seus pacientes à Unaí. “E Buritis procura atendimento em Bra-sília e Arinos tem seu próprio hospital”, destaca.

CNESSobre o cadastramento

dos profissionais que traba-lham no hospital municipal,

no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES), a diretora adminis-trativa, disse por telefone, que as respostas relacionadas ao CNES eram de responsabili-dade do secretário municipal de saúde, José Gonçalves.

A reportagem entrou em contato com o secretário para saber informações sobre os profissionais cadastrados, mas ele disse que não vai falar ao INTERESSANTE. Mesmo quando informado

Conforme palavras da diretora administra-tiva do Hospital Mu-nicipal Dr. Joaquim

Brochado, Denise Aparecida de Oliveira, o grande empe-cilho enfrentado pela sua ad-ministração é com relação ao tempo gasto pelos usuários na fila de espera para o aten-dimento. Segundo a diretora, tanto a demora na fila quanto a “estrutura” do Pronto Aten-dimento (PA), atualmente, “deixam a desejar”.

A diretora explica que a demora no atendimento é conseqüência do “alto núme-ro de pessoas que são aten-didas, tanto de Unaí quanto dos municípios vizinhos”. Ela diz que a “cultura” dos usuários de procurar o PA e não os Programas de Saúde da Família (PSF) é outro fator que contribui para a superlo-tação das filas.

O INTERESSANTE en-trevistou o especialista em administração hospitalar com aperfeiçoamento em adminis-tração de hospitais públicos, José Antonio Alves Almeid,a para falar sobre a demora na fila de espera. “Um hospital que atende a 12 municípios [230 mil pessoas] e que conta apenas com dois clínicos ge-rais e um pediatra de plantão, não consegue atender a toda demanda”, afirma Almeida. E completa, “cardiologista, neurologista, cirurgião geral, só trabalham em regime sobre aviso e só são chamados em último caso”.

MicrorregiãoA microrregião abrangida

pelo hospital Dr. Joaquim Bro-

O INTERESSANTE começa nesta edição uma séria de reporta-gens sobre os hospitais de três municípios do Noroeste: Unaí, Ari-nos e Paracatu. A reportagem objetiva, por meio de entrevistas com os diretores dos hospitais e especialistas em administração hospitalar, saber quais foram os avanços dentro da área da saúde e o que ainda deve ser feito para a melhoria do atendimento nos

hospitais públicos da região.Entre os três municípios, Unaí é o único que tem a respon-

sabilidade de atender, não só sua demanda local como também a regional. Ao todo são atendidos pelo o hospital 12 municípios, inclusive os dois que serão reportados.

Porém, a série se inicia em Unaí, justamente por esta particu-

laridade do hospital que tem abrangência regional. Em Paracatu foi inaugurado no inicio deste ano, o hospital municipal, depois de ser totalmente reformado. E Arinos, segundo especialistas, o hospital municipal tem sido referência para a população local, fato que evita muitos pacientes de recorrerem ao hospital regio-nal em Unaí.

de que se tratava de uma re-portagem sobre um órgão pú-blico, cujo ele como servidor, tem a obrigação de prestar esclarecimento, o secretário disse: “com o INTERESSAN-TE eu não falo”.

De acordo com Almeida, no CNES não consta equi-pes de profissionais e nem equipamentos cadastrados. E sobre os cadastros já existen-tes, o especialista afirma que estão desatualizados.

UTI neonatal e adultoSegundo a diretora, o

hospital de Unaí dispõe de uma estrutura física para a implantação da UTI neona-tal. Conforme ela esclare-ceu, a Prefeitura Municipal, “encontra-se em negociações com profissionais que irão assumir o serviço da UTI ne-onatal”. Quanto a UTI adul-to, é preciso esperar pelo processo de “credenciamen-to que é rigoroso”, afirma Oliveira. Ela também disse que a UTI adulto é de res-ponsabilidade do Estado, por se tratar de serviços de alta complexidade.

Segundo o especialista ouvido pelo INTERESSAN-TE “não existe UTI adulto ser de competência do Es-tado”. Como exemplo ele citou a cidade de Paracatu que possui uma UTI adulto. E sobre a UTI neonatal ele foi enfático: “A UTI neonatal teve seus equipamentos ad-quiridos em 2005 e até hoje não foram utilizados”.

Um hospital que atende a 12 municípios [230 mil pessoas] e que conta apenas com

dois clínicos gerais e um pediatra de plantão, não consegue atender a toda demanda

Para o especialista em administração em hospitais públicos, José Antonio Almeida, demora para o atendimento é

provocado pelo baixo número de profissionais do hospital

Hospital Municipal Dr. Joaquim Brochado - Unaí

com o INTERESSANTE eu não falo Disse José Gonçalves, secretário municipal de saúde, quando

procurado pela reportagem do INTERESSANTE. Mesmo informado de que se tratava de uma reportagem sobre um órgão público, cujo

ele como servidor, tem a obrigação de prestar esclarecimento, o secretário se negou a manifestar sobre o assunto.

Hospital Municipal Dr. Joaquim Brochado, em Unaí, atende cerca de 230 mil habitantes do próprio município e de mais 12 cidades do Noroeste de Minas; porém possui apenas dois clínicos gerais e um pediatra de plantão

Page 13: Jornal Interessante - Edição 19 - Julho de 2011 - Unaí-MG

Agropecuária Curta

Na edição de nº 18, publicamos uma reportagem informan-do que a empresa de transporte VIC (responsável por recolher o leite dos associados da Cooperativa Agropecuária Unaí (Capul), abastece seus caminhões no antigo posto Transbel (hoje Posto SB), que, segundo o próprio diretor administrati-vo da cooperativa, Tarciso Braz, pertence a seus familiares. Conforme a apuração da reportagem o preço do óleo diesel, vendido no posto de combustível da Capul era mais barato do que no Posto SB. Surgiu então a indagação: por que não abastecer na Capul? Já que a VIC transporta o leite dos asso-ciados.

VICPor telefone a empresa respondeu que os motivos pelo quais ela abastece seus caminhões no Posto SB, são dois. Primeiro, porque o SB é adaptado ao ‘sistema de abastecimento’ da VIC (o sistema atua em todo o Brasil), e a VIC só pode abas-tecer onde possui esse sistema. O segundo motivo, segundo a empresa, é porque o Posto SB oferece um preço menor se comparado à Capul. A transportadora explica que o preço de mercado do com-bustível na Capul é mais barato do que o Posto SB, porém, como a frota de caminhões da VIC é muito grande, o Posto SB faz um desconto para que a empresa continue sendo sua cliente.A empresa também informou, que na primeira semana que começou a transportar o leite dos associados, a Capul foi comunicada para que, se houvesse interesse por parte da cooperativa, a frota da VIC poderia ser abastecida em seu posto, mas, para isto, a Capul deveria se adaptar ao sistema de abastecimento da transportadora, ou seja, adquirir a má-quina que contabiliza o abastecimento. Além disto, a Capul deve oferecer um preço acessível, já que o Posto SB tem ofer-tado o melhor preço no momento, conforme afirma a trans-portadora.

Empresa transportadora de leite dos associados da Capul explica por que não abastece seus caminhões no posto da cooperativa

Julho de 2011 . Agropecuária . 13

O Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abaste-cimento (Mapa), divul-

gou o 10º levantamento com relação à produção de grãos do mês de julho/2011. O le-vantamento é resultado das pesquisas feitas nos períodos de 20 a 24 de junho.

Segundo levantamento, em todo o país serão planta-dos 49,5 milhões de hectares – das principais culturas – e isto, equivale a 2,08 milhões de hectares plantados a mais do que a safra passada.

O levantamento observou que as culturas como algodão, arroz, soja e milho, serão os produtos com margem maior de produção. “A área de algo-dão apresenta crescimento de 66,4% ou 555 mil hectares; seguido do arroz com cresci-mento de 3,4% ou 93,3 mil hectares; da soja que cresceu 2,9% ou 690,2 mil hectares; do milho (segunda safra) com crescimento de 9,5% ou 498,3 mil hectares; e do feijão (se-gunda safra) que teve a área ampliada em 17,6%, corres-pondendo a um acréscimo de 254,9 mil hectares”, descreve o levantamento.

Estimativa da produçãoFoi apontado pelo levan-

tamento que 162,5 milhões de (t) será o resultado da pro-dução de grãos do país este ano. O resultado é superior 8,6% em comparação com a safra de 2009/10.

As chuvas nos meses do plantio das principais cultu-ras, sobretudo da soja e do milho (primeira safra) não comprometeu a produção. “As chuvas verificadas du-rante o desenvolvimento das

Produção de soja cai em Minas Gerais e São Paulo; revela 10º levantamento do Ministério da Agricultura Os dados foram apresentados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; entre as culturas destaca-se o algodão devido sua alta produtividade

A alta procura pela produção do algodão é conseqüência da alta dos preços e das fortes reduções dos estoques mundiais

lavouras foram abaixo do normal, mas suficientes para o bom desenvolvimento, re-sultando em produtividades até surpreendentes, haja vis-ta a ocorrência do fenômeno “La Niña” nos Estados da região Sul e parte do Centro-Oeste”, afirma o relatório.

Entre todos os produtos cultivados a soja pode ser o carro chefe este ano. Confor-me destaca o levantamento, o produto apresenta um cres-cimento, tanto com relação à produção quanto ao plantio. Estima-se que 75,04 milhões de (t) de soja seja produzidas este ano. Em seguida vem o arroz com um crescimento de 2007 milhões de (t) e o algo-dão pluma, com um aumen-to de 857,5 mil (t) de pluma, para 1,2 milhão de (t).

AlgodãoO algodão foi uma das cul-

turas que mais abrangeu nas regiões produtoras do país, conforme destaca o levanta-

mento. Segundo o estudo, a alta procura pela produção do algodão é conseqüência da alta dos preços e das fortes reduções dos estoques mun-diais. “O maior incremento de área foi constatado na re-gião Centro-Oeste, que par-ticipa com 64,0% no total da área plantada. Nessa região, o incremento foi na ordem de 68,6%, com destaque para os Estados de Goiás, Mato Gros-so e Mato Grosso do Sul, com aumentos de 84,8%, 67,0% e 61,1%”. Em Minas Gerais, o algodão aumentou 110,7% sua produção com relação ao ano passado.

MilhoA lavoura de milho (pri-

meira safra) teve boa desen-voltura na grande maioria dos Estados produtores, com exceção do Estado do Rio Grande do Sul. Já o milho da (segunda safra), aponta o le-vantamento, principalmente, nos Estados de Goiás e Mato

Grosso. “Por conseqüência do atraso na colheita da soja e o excesso de chuvas durante o período de semeadura, boa parte da lavoura foi estabele-cida fora do período”, consta-ta o levantamento.

SojaA soja é outro produto

que teve crescimento. Segun-do o levantamento sua pro-dução foi cotada em 75,04 milhões de (t). Este volume é 9,2% superior à produção obtida em 2009/10. “O fator climático foi o principal res-ponsável por este resultado”, garante o levantamento. O levantamento revela que Mi-nas Gerais e São Paulo serão os dois Estados que terá bai-xa na produção. “A causa foi as chuvas excessivas ocor-ridas nas principais regiões produtoras, a partir do final do mês de fevereiro, acabou prejudicando a colheita da soja precoce”, destacou o levantamento.

Page 14: Jornal Interessante - Edição 19 - Julho de 2011 - Unaí-MG

14 . Cultura e Sociedade . Julho de 2011

por Alda Alves Barbosa Poeta e escritora | www.aldaalvesbarbosa.com

>> Espaço CulturalCultura e Sociedade

Na Biblioteca Pública Mu-nicipal Humberto de Alencar Castelo Bran-

co, localizada no Centro de Unaí, 10 computadores espe-ram para serem utilizados. Os computadores foram resulta-do de um edital, cuja Prefei-tura Municipal de Unaí – por meio da Secretaria de Cultura e Turismo – participou. Além dos computadores, a bibliote-ca também foi contemplada com livros, uma impressora, um kit multimídia (telão, data show e 10 cadeiras para a criação de um cine clube). Po-rém, até o momento, o kit do cine clube não foi repassado.

O problema com os com-putadores é que eles só po-dem começar a funcionar de-pois que se instalar o sistema operacional, que neste caso é o Linux. E isto, segundo o diretor de Arte e Cultura da Secretaria Municipal de Cul-tura e Turismo, Junior César, só pode ser feito por técnicos

especializados do próprio go-verno federal. “A prefeitura mantém em seu quadro de servidores, pessoal qualifica-do para instalação do sistema operacional, seja Windows ou Linux, mas segundo orienta-ções do convênio firmado na época, não podemos mexer nos computadores; eles são lacrados e qualquer violação acarretará o cancelamento do convênio” explica Junior.

Processo Conforme explica o di-

retor, todas as etapas para a implantação do projeto foram feitas. De acordo com César, o problema não acontece exclusivamente em Unaí. “Outras cidades que também foram contempladas com o Tele Centro Comunitário pas-sam pelas mesmas dificulda-des”, afirma.

Para a implantação do projeto foi preciso que a bi-blioteca se adequasse às di-versas exigências feitas no edital como: a criação de uma sala especial com ar condi-

cionado (onde funcionaria o Tele Centro), introdução de rede elétrica (para servir ex-clusivamente ao Tele Centro) e um espaço para a instalação da antena transmissora do si-nal da internet.

Solução Atualmente os usuários

da biblioteca não podem uti-lizar os computadores. Po-rém, o diretor de artes afirma que a prefeitura já entrou em contato com o Ministé-rio da Cultura, solicitando a presença dos técnicos espe-cializados para a instalação do Linux. “Já fizemos e es-tamos fazendo de tudo para resolver a situação”. “Aqui em Unaí, quando chegaram às máquinas ficamos na ex-pectativa de colocá-las para funcionar logo. É uma pena tudo estar parado, simples-mente por questões técnicas por parte do programa” diz o diretor.

10 computadores parados na Biblioteca Municipal de UnaíOs computadores são frutos de um edital do governo federal para modernizar as bibliotecas públicas do país; até o momento os computadores não foram utilizados

Computadores parados à espera de técnicos especializados do governo federal; somente eles podem instalar o sistema operacional

Conseguir superar as fronteiras entre o nosso comodismo de delegar aos governos federal, estadual e municipal é uma característica nossa, os brasileiros. Diante de tanto paternalis-mo, a meu ver, paternalismos com ganhos nas urnas, cruza-mos os braços no lugar de esticá-los sem a intenção de andar em sintonia com as pessoas que elegemos.

Mas a minha intenção é focar a nossa cidade e priorizar neste espaço a nossa cultura. Necessitamos dos governos sim, mas carecemos do amadurecimento necessário para preconi-zarmos que a nossa presença dentro do contexto do “abraçar” o que pertence a nós unaienses, no momento é uma realida-de transcendental, parece estar além do tempo e do espaço. Queremos... Necessitamos. A semente na maioria das vezes é plantada, mas quem a regará, quem cuidará dela quando ela irromper a terra? Os governos? Errou. Nós e os governos. Nós somos os responsáveis pelo nosso jeito de ser e viver em nossa cidade; nós somos os responsáveis pela forma como os nossos jovens olham e tratam a nossa terra. Mas antes vamos questio-nar como eu, você, nós, olhamos o nosso chão que nascemos ou que escolhemos para morar? Com olhar rápido ou parali-samos este olhar para enxergamos além do que está a nossa frente? Se pararmos nosso olhar em um chão desnudo, pode-mos imaginar aquele espaço nu plantado, florido... Mas quem tornará este imaginário real? Você. Sim, eu, nós.

Não crescemos na criatividade. Crescemos da criatividade. Sermos apenas exímios críticos para identificar contradições e desafiar o que é visto como válido e verdadeiro, podemos aca-bar em lugar nenhum, céticos e desesperançados. Da mesma forma não adianta criticarmos a leis vigentes e teorias domi-nantes, se não sabemos como substituí-las. Para que tenhamos um espírito crítico com relação ao espaço que nos rodeia, no caso a nossa cidade, precisamos reorganizar os nossos valo-res para depois reivindicarmos e nos colocarmos à disposição para a transformação da nossa terra.

A palavra cultura vem de o vocábulo cultivar. Neste con-texto, significa cultivar conhecimentos adquiridos pelo estudo; desenvolvimento intelectual e civilização. Precisamos morrer para este descomprometimento com a nossa cidade, porque nós pensamos, a forma como nos comportamos e o desenvol-vimento do nosso município, são fatores que determinam a nossa cultura. E esta cultura é o nosso retrato.

Cultura é respeitar as leis, é silenciar quando necessário, é obedecer às leis de trânsito, é respeitar o direito do outro. Cultura é dar continuidade ao que foi começado. É ter inte-resse e cuidados por tudo de bom que existe em sua cidade, conservando e procurando acrescentar cada vez mais. Cultura é abrir a mente e os olhos; veja tudo com uma ótica sua não tente enganar a si mesmo, isto é uma característica de pessoas incultas. Conserve e ensine a outros a cuidar do patrimônio de sua cidade e não deixe morrer uma ideia, um sonho de fazer sua cidade bonita, digna de você. Agregue a tudo isto a leitura de bons livros. A Biblioteca Municipal tem um ótimo acervo. Procure estar sempre inserido em alguma atividade para que você não viva uma vida intelectual miseravelmente empobre-cida. Vamos ser construtores criativos, pintores de uma nova Unaí, ou vamos estimular nossa capacidade para sê-lo.

É assim que nós vamos finalmente tomar o pincel das mãos do passado e começar a nossa própria história.

Cultura para a criatividade na cultura

Já fizemos e estamos fazendo de tudo para

resolver a situaçãoAfirma o diretor de Artes e

Cultura, Júnior César

Page 15: Jornal Interessante - Edição 19 - Julho de 2011 - Unaí-MG

No último domingo (17), a Polícia Militar (PM) foi até o bairro Cachoeira, em Unaí, depois de solicitação de um militar do corpo de bombeiros, que disse que sua equipe tinha sido chamada para atender uma vítima que tinha sido baleada. Segundo a PM, a vítima Wellerson Adão Deivid Ferreira, morreu quando já estava no Pronto Atendimento Mu-nicipal. A PM também informou que testemunhas dis-seram que ouviram barulho de tiros, e que, em seguida, uma motocicleta arrancou bruscamente abandonando o local. Os tiros atingiram o maxilar esquerdo da vítima.O crime aconteceu na rua Olarias, por volta da meia-noite. Até o momento, segundo a PM, o suspeito não foi localizado.

Homem é morto a tiros em Unaí

Dois homens foram presos, no último dia (14), depois de furtarem uma motocicleta no bairro Primavera, em Pa-racatu. Segundo a Polícia Militar (PM), Pedro Henrique Cassiano de Oliveira, também conhecido como “PIT”, 19, e Marcos Vinicius da Silva Souza, 20, furtaram a moto-cicleta na rua Das Amoras, por volta das 13h. A PM in-formou que a vítima entrou em uma oficina – onde tra-balha – e deixou sua moto estacionada do lado de fora. Quando percebeu a motocicleta tinha sido furtada. Os ladrões foram apreendidos em flagrantes e encami-nhados para delegacia.

Dois homens são presos em flagrante por furtar motocicleta

Policial Curtas

É encontrado arsenal em casa de senhor de 55 anos em Unaí

Policiais militares da 16ª Companhia In-dependente de Meio

Ambiente e o 28º Batalhão de Polícia Militar, no últi-mo dia (14), atenderam a uma denúncia anônima na rua Celina Lisboa, no bair-ro Cachoeira em Unaí, para averiguarem a casa do se-nhor O.J.L., de 55 anos de idade.

No interior da residên-cia foram encontrados dois revólveres calibre 22 e 32, duas espingardas ‘polveira’, uma espingarda escopeta calibre 36, duas espingar-das de pressão, duas répli-cas de pistolas, uma arma de fogo de dois canos des-montada, 98 munições cali-bre 22 intactas, 6 cartuchos de munição deflagrados, 48 armas brancas (facas, facões e canivetes), 83 reló-gios de diversas marcas, 27 celulares de vários mode-los, 20 bicicletas de marcas variadas, 15 botijões de gás, quatro motosserras e um notebook.

Junto também foram encontrados cortadores de grama, lixadeira, máquina fotográfica (com lente pro-fissional), som automotivo,

A apreensão aconteceu no bairro Cachoeira, em Unaí, depois que a PM recebeu uma denúncia anônima; entre as armas apreendidas estão duas réplicas de pistolas

bijuterias e um pássaro da fauna silvestre, espécie ‘ca-beça preta’.

De acordo com a Polícia Militar, o suposto acusado foi detido por não possuir registro das referidas ar-mas, bem como, documen-tos que comprovassem a origem lícita dos demais materiais.

Ainda no mesmo dia Após a apreensão, a

polícia se direcionou até a rua Frei Cecílio, onde cons-tatou que a senhora R.L.O., de 78 anos, possui sobre cativeiro 7 pássaros da fau-na silvestre brasileira. De acordo com a PM, a acu-sada não possuía a autori-zação do órgão ambiental

competente.“Diante da situação a

proprietária das aves foi encaminhada para a dele-gacia de Polícia Civil. Os pássaros foram apreendi-dos e encontram-se no avi-ário da Unidade, aguardan-do laudo veterinário para possível soltura”, informa a PM.

Julho de 2011 . Policial . 15

Materiais apreendidos na casa de um senhor de 55 anos; 83 relógios também foram capturados

Assaltantes são presos na porta de joalheria em Paracatu

Assaltantes são presos depois de assaltarem joalheria, no centro

de Paracatu. De acordo com a Polícia Militar (PM), três homens armados adentra-ram a joalheria e levaram a quantia de R$ 20 mil em objetos de ouro e prata. Mas no momento em que os as-saltantes estavam saindo da joalheria, a PM fechou o cerco e conseguiu impe-dir com que o assalto fosse concluído.

Os assaltantes – sendo que um deles é menor de

idade e o outro já tinha sido preso pela Polícia Federal, depois que tentou entrar no continente Europeu com 7 quilos de cocaína – estavam armados com um revolver calibre 38 e uma pistola 380.

Segundo a PM, a infor-mação de que a joalheria estava sendo assaltada, veio de uma denúncia anônima, depois que uma dos funcio-nários da joalheria – ante de ter suas mãos amarradas – as levantou para cima. Isto possibilitou que um tran-

Assaltantes foram presos após denúncia anônima; eles foram detidos assim que saiam da joalheria

seunte percebesse que esta-va acontecendo um assalto. “Foi justamente isso que le-

vou a denunciante anônima a ligar para a polícia”, infor-ma a PM.

A Polícia Civil de Minas Gerais ficou em greve durante 60 dias. Neste tempo apenas 50% da categoria trabalhou, conforme estipula a Constituição Federal. Em Paracatu, a Polícia Civil aderiu à greve e ontem (21 ), eles voltaram aos trabalhos, depois que a categoria con-seguiu aumento salarial e reforma na lei orgânica muni-cipal, no que corresponde à categoria. A greve foi finalizada depois de acordo foi firmando entre o Sindicato dos Servidores da Polícia do Estado de Minas Gerais (SINDPOLMG) e o Governo Estadual. Por telefone, a inspetora da Polícia Civil de Paracatu, Susane Aparecida Sabino, disse que a categoria luta por aumento salarial e melhoria da infra-estrutura da insti-tuição. Segundo a inspetora, a infra-estrutura da institui-ção, como viatura e o próprio prédio a policia em Paraca-tu, está em estado precário de conservação. No site do sindicato, foi publicado que a correção sala-rial ocorrerá da seguinte forma:10% em 1º de outubro de 2011, 12% em 1º de outubro de 2012, 10% em 1º de outu-bro de 2013, 15% em 1º de junho de 2014, 12% em 1º de dezembro de 2014 e 15% em 1º de abril de 2015.

Depois de 60 dias de greve a Polícia Civil consegue aumento salarial

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Ao todo são 60 associa-dos que esperam por uma pista de atletismo

e, se possível, um professor especializado no esporte para orientar a Associação dos Cor-redores de Rua de Unaí (Asco-runa).

A associação não é novi-dade no município, porém ficou desativada durante 10 anos. Este tempo foi suficiente para Vanderlei Ribeiro Alves Pereira, mais conhecido com Mandim, e outros atletas res-gatassem a Ascoruna.

Isto aconteceu em 2009. Neste ano, o grupo escolheu através de votação, que Man-dim seria o presidente, cargo que ocupa “porque gosta”, conforme ele afirma. No pri-meiro ano, como presidente, Mandim iniciou uma tempo-rada de desafios. “Tanto a pri-meira corrida, quanto à segun-da, não conseguimos apoio para ofertar premiação em di-nheiro”, afirma. Conforme ex-plica o corredor, a premiação muitas vezes não pode ficar restrita às medalhas e troféus. “Porque é com o dinheiro que o atleta consegue pagar as des-pesas que ele tem por praticar o esporte”, garante Mandim.

Corredores de rua de Unaí falam das dificuldades de se praticar o esporte

No município, a falta de infra-estrutura obriga a Associação dos Corredores de Rua de Unaí (Ascoruna) a treinar seus associados em rodovias e estradas de terra

Esporte

De acordo com o presiden-te e atleta (Mandim ficou em 1º lugar disputando a corrida em comemoração ao Dia do Meio Ambiente de Unaí), o patrocínio é o grande entrave para qualquer atleta.

Em Unaí, as coisas se agravam ainda mais porque o município não possui uma pista oficial de atletismo. Para treinar os riscos são constan-tes. “Eu quase fui atropelado quando treinava na rodovia. E na estrada de terra, o trei-no não se desenvolve devido o excesso de poeira”, afirma

Mandim. Às vezes, é por isto que

Mandim não consegue ver um futuro muito promissor para o país, quando o assunto é a prática esportiva. “Então eu não posso largar meu serviço, meu emprego para ficar cor-rendo atrás de patrocínio, sen-do que os empresários não nos ajudam. Tem muita gente boa dentro da cidade, mas mes-mo assim quando se trata de dinheiro, são poucos os que colaboram”, afirma.

Mandim diz que atual-mente os patrocinadores só

estão interessados em colocar seus nomes nas camisas, pois tem mais visibilidade, do que contribuir para o desempenho pessoal (particular) do atleta.

Nova geraçãoEntre os associados da As-

coruna está o corredor Char-ley Martins de Barros, 26, campeão da Corrida do Tra-balhador, que aconteceu este ano em Paracatu. Este ano também o corredor ficou em 2º lugar na Corrida do Meio Ambiente, em Unaí.

O unaiense Charley co-

meçou a correr há dois anos e meio. Segundo o atleta, que trabalha como frentista em um posto de gasolina, numa co-operativa de leite, todo apoio que tem para treinar vem do patrocínio que ele consegue na empresa onde trabalha. “É com este dinheiro que compro os tênis e pago as inscrições para competições”, explica.

Segundo o atleta a vida de um corredor é muito difícil. “Às vezes eu penso em parar porque tenho família, treinar toma tempo, porém, não te-mos nenhum retorno finan-

ceiro”, espera Charley.

Secretaria Municipal de Esporte

Entramos em contato com a Secretaria Municipal da Ju-ventude, Esportes e Lazer para saber, principalmente, sobre a falta do treinador no municí-pio especializado em Educa-ção Física e se há algum proje-to da prefeitura para viabilizar a construção de uma pista de atletismo em Unaí. Mas até o fechamento da edição a secre-taria não respondeu as solici-tações.

16 . Esporte . Julho de 2011

Mandim treinando em estrada de terra devido falta de pista; excesso de poeira impede com que o treino se desenvolva

Às vezes eu penso em parar, porque

tenho família, e, treinar, toma

tempo, porém, não temos nenhum

retorno financeiroCharley Martins de Barros, 26, jovem corredor de rua