Jornal Já Bom Fim - 413

7
Porto Alegre, dezembro de 2011 - Ano 25 - Número 413 A chuva não ameaça mais a reforma do Araújo Viana. Com a colocaçaõ da cobertura, já quase toda instalada, as outras etapas da obra -forração, assoalho, iluminação, colocação de poltronas, já podem ser aceleradas. No momento, o que está impedindo um ritmo mais acelerado nos trabalhos é a falta de mão de obra, principalmente a mão de obra especializada: marceneiros, pedreiros, carpinteiros, eletricistas. “Precisamos de pelo menos mais duas equipes”, informou ao JÁ um dos responsáveis. Cerca de cinquenta homens estão em atividade na obra. Por conta do mau tempo, houve um atraso de mais ou menos dois meses na instalação do teto, feito de seis camadas de madeira e resinas. Segundo os engenheiros, isso não chega Araújo: falta mão de obra para acelerar a reforma a comprometer a previsão de reabrir o auditório em março de 2012, durante a Semana de Porto Alegre. O prefeito José Fortunati até já mandou incluir a reinauguração no calendário de eventos do aniversário da cidade. Quando reabrir, com três mil poltronas e totalmente climatizado, o auditórioAraújo Viana será a maior casa de espetáculos da Capital. Bom Fim, Urgente GANHOU pintura nova para o fim de ano o Pos- to da BM no parque da Redenção. Já era tempo. Estas pequenas ações de cuidado com as coisas públicas são importante num ambiente em que a população se ressente da presença do Estado. O CARTÓRIO de re- gistros no final da Os- valdo, em frente ao mu- seu da URFGS, terá novo endereço em janeiro, na mesma avenida, mas a- gora em frente ao Insti- tuto de Educação. ESTÁ PARA ser con- tada a história do terreno do extinto Cinema Balti- more. O primeiro projeto para o local, que era resi- dencial e preservava es- paços culturais, trancou na licença ambiental. Em breve um prédio comer- cial será construído ali. A PREFEITURA ini- ciou a recuperação das calçadas no Centro. O piso do viaduto Otávio Rocha, na Borges, já pas- sa por reforma. O Bom Fim deverá ter suas vias atendidas em breve.

description

Jornal de bairro, bom fim , Porto Alegre

Transcript of Jornal Já Bom Fim - 413

Porto Alegre, dezembro de 2011 - Ano 25 - Número 413

A chuva não ameaça mais a reforma do Araújo

Viana. Com a colocaçaõ da cobertura, já quase toda instalada, as outras etapas da obra -forração, assoalho, iluminação, colocação de poltronas, já podem ser aceleradas. No momento, o que está impedindo um ritmo mais acelerado nos trabalhos é a falta de mão de obra, principalmente a mão de obra especializada:

marceneiros, pedreiros, carpinteiros, eletricistas. “Precisamos de pelo menos mais duas equipes”, informou ao JÁ um dos responsáveis. Cerca de cinquenta homens estão em atividade na obra. Por conta do mau tempo, houve um atraso de mais ou menos dois meses na instalação do teto, feito de seis camadas de madeira e resinas. Segundo os engenheiros, isso não chega

Araújo: falta mão de obra para acelerar a reforma

a comprometer a previsão de reabrir o auditório em março de 2012, durante a Semana de Porto Alegre. O prefeito José Fortunati até já mandou incluir a reinauguração no calendário de eventos do aniversário da cidade. Quando reabrir, com três mil poltronas e totalmente climatizado, o auditórioAraújo Viana será a maior casa de espetáculos da Capital.

Bom Fim, UrgenteGANHOU pintura nova para o fim de ano o Pos-to da BM no parque da Redenção. Já era tempo. Estas pequenas ações de cuidado com as coisas públicas são importante num ambiente em que a população se ressente da presença do Estado.

O CARTÓRIO de re-gistros no final da Os-valdo, em frente ao mu-seu da URFGS, terá novo endereço em janeiro, na mesma avenida, mas a-gora em frente ao Insti-tuto de Educação.

ESTÁ PARA ser con-tada a história do terreno do extinto Cinema Balti-more. O primeiro projeto para o local, que era resi-dencial e preservava es-paços culturais, trancou na licença ambiental. Em breve um prédio comer-cial será construído ali.

A PREFEITURA ini-ciou a recuperação das calçadas no Centro. O piso do viaduto Otávio Rocha, na Borges, já pas-sa por reforma. O Bom Fim deverá ter suas vias atendidas em breve.

Reportagem:Elmar Bones, Patricia Marini

e Tiago [email protected]

FotografiaArfio Mazzei, Tiago Baltz

e arquivo Jornal JÁComercial

Mário Lisboa(51) 3347 7595 / 9877 [email protected]

DiagramaçãoTiago Baltz e Ximba Fontoura

Tiragem:10 MIL EXEMPLARESDistribuição gratuita

Impressão:Gráfica CG - (51) 3043-2310

Diretor-Responsável: Elmar Bones

Redação: Av Borges de Medeiros, 915

Conj 203. Centro Histórico

CEP 90020-025 - Porto Alegre/RS

Fone: 3330-7272

Edições anteriores: R$ 3,00

Porto Alegre, dezembro de 2011

Editorial2

www. jo rna l ja .com.br

Leonardo Rolim Guichard(51) 3407.0877(51) [email protected]

Recarga de cartuchosJato de tintaLaser

Av. José Bonifácio, 731 - Bom Fim / Porto Alegre

Cafés Especiais

Chás, Sucos

Tortas Doces

e Salgados

Praça abandonada A praça Berta Starosta,

localizada na esquina da Rua Vasco da Gama com a Ramiro Barcelos, ao lado do viaduto, está abandonada pelo poder público. No local há apenas moradores de rua, que mon-taram suas barracas e usam a área para refeições e como banheiro. Os vizinhos recla-mam da falta de manutenção e da sujeira, Há muito lixo espalhado por toda a praça. Um comerciante da Vasco, em frente ao local, diz que já presenciou consumo de dro-gas, assaltos e vandalismo.Principalmente à noite, e em

dias de chuva, pois a ilumi-nação da praça está precária. Os sinais de vanda lismo são visíveis nos ban-cos quebrados e nas pi-chações. O piso da quadra esportiva quase não existe mais, o que sobrou está es-buracado, a tela de proteção também está quase toda destruída. No espaço infan-til há ferrugens visíveis e é preciso tratamento das ár-vores e canteiros. “Crianças passea-vam e brincavam ali, mas agora o mau cheiro é mui-to forte. Isso faz mal pra saúde” fala dona Antônia, de 58 anos, moradora de um

prédio próximo. Ela diz que a grande quantidade de lixo é geralmente trazida pelos mendigos que reviram as sacolas colocadas nas li-xeiras próximas e deixam os restos ali mesmo. Segundo a Secre-taria de meio ambiente não há projeto de reurbanização para a praça. O local chegou a passar por uma limpeza no começo do ano, desde então nada mais foi feito. A SMAM informa que os moradores podem en-trar em contato para agilizar algum processo de reestru-turação do lugar. O telefone da SMAM é 3289-7551.

Moradores de rua montam barracas no meio da Praça.

Com o teto colocado, a reforma do auditório

Araújo Viana não depende mais do tempo para estar concluída no prazo – março de 2012, e ser solenemente reinaugurado na Semana de Porto Alegre. Um presente para o prefeito José Fortunati, candidato a reeleição e favorito nas pesquisas até o momento. Agora, o que está emperrando os trabalhos é a falta de mão de obra qualificada, o que se tornou nacional nos últimos anos, por conta de muitos fatores - o crescimento da economia, os pesados investimentos do governo federal e das obras para a Copa de 2014, em 12 capitais brasileiras. A construção civil é, obviamente, o setor mais aquecido e um dos poucos que ainda não viu sinal da recessão mundial. Por enquanto, a tendência é que a mão de obra continue escassa por aqui. Nada que comprometa o prazo das obras. O Araújo Viana, que nasceu como espaço público, está concedido a uma empresa privada, a Opus Produções, e será uma das maiores casas de

espetáculos do Estado, com três mil poltronas, palco ampliado, ar condicionado e acústica de alta qualidade. A empresa vai bancar a reforma, estimada em R$ 15 milhões, e vai explorar o local por 25 anos. A prefeitura terá 25% das datas para realizar seus eventos. O calendário já está sendo feito. Sem recursos para a reforma, a prefeitura optou por transferi-lo à iniciativa privada, em 2002, na primeira gestão do prefeito José Fogaça. Previu-se inicialmente que em 18 meses estaria funcionando. Resistências políticas à “privatização”, questões ambientais, entraves burocráticos, problemas estruturais do prédio – uma série de fatores retardou em uma década a reforma. O atraso vai beneficiar o atual prefeito José Fortunati, candidato a reeleição em 2012, que poderá reinaugurá-lo com grande pompa e circunstância. Sem o ônus de ter que explicar a “privatização”, será uma das grandes obras de sua administração, a primeira de uma série previstas na expectativa da Copa.

O local e o global

3Porto Alegre, dezembro de 2011

2022 começa agora Evento iniciado em março encerra suas atividades definindo propostas para os próximos dez anos

Após seis meses de dis-cussão, acontece o en-

contro final do V Congresso da Cidade de Porto Alegre, nos dias 9 e 10 de dezembro. Mais do que um grande encontro para dis-cussões - estará em foco o planejamento do futuro da Capital. Serão definidas pro-postas que apontarão os ru-mos a serem seguidos pelo poder público nos próximos dez anos. O objetivo é ter uma cidade mais moderna e democrática em 2022, quan-do Porto Alegre completará seus 250 anos. O “território dos cuidadores”, é o nome do evento final, que acontece no prédio 40 da PUC. Ali, os participantes dos Encontros, realizados nos 84 bairros e 17 regiões do Orçamento Participativo, irão debater informações sobre projetos propositivos e inovadores para a cidade. Haverá 16 palcos temáticos, oficinas de ca-pacitação e feira de ações criativas, além da eleição do grande mote para Porto Alegre. “Vamos propiciar aos participantes e convida-dos internacionais um mo-mento único de consagração dos projetos elaborados nos bairros e nas ações criati-vas”, diz o coordenador do Comitê Gestor do 5º Con-gresso da Cidade, Plinio Zalewski.

“O novo olhar despertado pelas universidades parcei-ras, por eixos temáticos e sobretudo o que está acon-tecendo de novo no mundo na organização da sociedade gerado pelas redes, serão o grande legado do evento”, garante. A consagração das formulações de projetos e ações criativas será celebra-da com a interação dos mais de cinco mil participantes do 5º Congresso, juntamente com os colabores dos quatro eixos temáticos, coordena-dos pelas universidades - PUC-RS, Ufrgs, Unisinos e Ulbra. No sábado serão apresentados os vencedores do desafio: “Como trans-formar Porto Alegre numa Cidade Ainda mais Inova-dora”. O Congresso da ci-dade já foi realizado em 1993, 1995, 2000 e 2003. O desafio deste ano, que tem como tema central “O De-senvolvimento e Inclusão Social’, é ampliar a par-ticipação popular e projetar uma visão de planejamento. Quem quiser par-ticipar da última etapa deve confirmar a sua presença pelo fone: 3289.6660 ou pelo email: [email protected]. A programação completa está disponível no site da prefeitura de Porto Alegre: www.portoalegre.rs.gov

A programação do en-contro irá reunir per-

sonalidades de destaque internacional. Uma destas personalidades é a jornalista espanhola de origem síria Leila Nachawati. Especial-ista em comunicação, prin-cipalmente Internet e redes sociais e direitos humanos, Leila tem especial conhe-cimento sobre os acontec-imentos recentes da Pri-mavera Árabe. A profissional é co-laboradora da TV Al Jazeera e da rede internacional de blogueiros Global Voices. Leila irá participar da mesa redonda “Democ-racia, revolução e redes sociais”, que terá interlocu-tores igualmente ilustres: o produtor digital Ahmed Shi-hab-Eldin, colaborador do jornal The New York Times, e o professor da Universi-dade Federal da Bahia Wil-son Gomes. A palestra, na sexta, dia 9, às 10h, é um dos 35 debates do encontro.

No dia 01 de dezembro aconteceu uma

reunião preparatória para o Congresso da Cidade, onde foram definidas as prioridades que o Fórum da Região Planejamento da zona central entende como fundamentais para serem discutidas no debate final.

A RP1 e o Congresso da Cidade

Desafios da região:

Formalizar e dinamizaar a troca de informações entre o fórum da Região de Planejamento 1 (RP1) e o poder público. Mote de desenvolvimento:

Ter um planejamento estratégico técnico construído com a populaçao atráves da região e do planejamento.

Reunião definiu os desafios e mote da RP1.

Ativista Internacional participará das discussões finais do V congresso

Leila Nachawati.

4 5

A esquina da Ramiro Barcelos com a rua Cabral já tinha sido apelidada de ‘piscinão’, devido ao abandono e acumúlo de água. Agora, após dez anos, a empesa TGD está finalizando o Residencial Verbena - com 12 andares, mais 3 subsolos; são 24 apartamentos de 3 dormitórios, restam apenas seis unidades a serem vendidas. A entregue será em junho de 2012.

Dez novos prédios estão em construção no Bom Fim.

São empreendimentos que vão desde edifícios residenciais de pequeno porte até condomínios de 20 andadres, com apartamentos de luxo. A mudança alcança espaços tradicionais como o do antigo cinema Baltimore, na Osvaldo Aranha, hoje um estacionamento, que dará lugar a um prédio comercial espelhado de 14 andares. Desde que o cinema foi

O Bom Fim que prosperadesativado, em 2001, já surgiram projetos como de um residencial que teria um conjunto cultural no térreo, mas que foi barrado no licenciamento ambiental. Agora, fontes próximas dos responsáveis pela área garantem que a Melnick, que irá levantar o novo edifício, não terá dificuldades na prefeitura, e dessa vez a licença não foi problema. Já na Ramiro Barcelos, está sendo finalizado um edifício onde por muitos anos havia um

terreno abandonado, que chegou a ficar conhecido como o “piscinão da Ramiro”, pela sujeira e acúmulo de água. O terreno só foi limpo após denúncia do JÁ, em setembro de 2007. Na época a empresa TGD assumiu a responsabilidade pela área. A mesma companhia entrega agora um residencial novo. Na rua José Otão um condomínio ocupará o último terreno grande do interior do bairro. Com mais de 3.000m2, a área tinha até janeiro de 2011 uma grande

figueira na frente, que muitas vezes foi empecilho para a licença de construção. A árvore foi retirada com autorização da SMAM. O prédio já começou a ser erguido. Na Independência já começou a limpeza e o preparo do terreno para um novo hotel do grupo Isdra, responsável, entre outros, pelo Holiday Inn na capital. O Hotel terá mais de 600 leitos, além de duas torres comerciais e auditório. Confira abaixo a lista das as obras em andamento.

Confraria Bom Fim, residencial na Ir. José Otão, 540, com 20 andares e 108 apartamentos será um dos mais altos e melhores prédios do Bom Fim. Teve o início em 2010 e no momento tem 15% da obra feita. O terreno era conhecido no bairro pela figueira que havia na frente, com autorização da SMAM, a árvore foi removida e plantada em outro local.

Novo lançamento residencial, com apartamentos de um e dois dormitórios. O prédio ainda não começou a sua cosntrução, mas segundo corretores o Solar das Cerejairas, na Gen. João Teles, quase esquina com a avenida Independência, restam apenas algumas unidades para serem vendidas.

Due fratelli - empreendimento de luxo. A construção ocupa todo o terreno entre a Rua João Teles e Cauduro. Será um condomínio de alto padrão, com piscinas e área verde, com duas torres de 12 andares; apartametnos de 2 e 3 dormitórios, a partir de R$ 500mil. Previsão de entrega para julho de 2013.

Já está pronto para morar o edifício Vittorialle, na Fernandes Vieira n° 600. A obra foi entregue no último mês de outubro, depois de um pequeno atraso de quatro meses, pela construtora Pavei. Segundo corretores há alguma dificuldades nas vendas. São 55 apartamentos de 2 e 3 dormitórios, em 14 andares.

Prédio comercial na José Otão, número 180. De médio porte, com 4 andares, destinado para escritórios. As salas devem começar a ser comercializadas ainda no primeiro semestre de 2012. A previsão para conclusão da obra é meados de em 2013.

Prédio residencial de seis andares, na subida da Fernandes Vieira. Com dez apartamentos de dois dormitórios. Todos os apartamentos já foram vendidos, segundo a incorporadora. Entega prevista: no primeiro semestre do próximo ano..

Atualmente um estacionamento, o grande terreno na Independência com a Fernandes Vieira já inicou a terraplanagem. Ali será levantado um hotel de 12 andares, quatro para garagens e oito que ofereceram mais de 600 leitos. Haverá ainda dois prédios comerciais, com salas e auditório. Tudo construído pelo grupo Isdra, que já administra os maiores hóteis da Capital.

Na Barros Cassal, uma quadra da Osvaldo Aranha, começa a ser levantado o residencial Sharm. Segunda a empresa Pirâmide, responsável pela comercialização, o prédio pretende atrair estudantes e casais jovens, de classe média. Serão apartamentos de um e dois dormitórios, a partir de 50m2. A finalização da obra deverá acontecer em dezembro de 2013.

Último grande terreno na Osvaldo, a área do antigo cine Baltimore abrigará duas torres comerciais de 16 andares. São 196 conjuntos modulares com tamanho de 38 a 140 metros quadrados. Os menores custam em torno de R$ 300 mil. Em 2014, quando estiver pronto, o prédio mudará o visual e o público daquela região do Bom Fim.

Ne m s ó d e n o v i d a d e s e prosperidade vive o Bom Fim.

Enquanto novas edificações ganham vidas, algumas vellhas carcaças teimam em resistir. O esqueleto mais famoso, e para muitos o mais charmoso, está agora definitivamente abandonado - em outubro, foi fechada a última loja que ainda funcionava no prédio do Teatro Leopoldina, que depois transformou-se no Teatro da OSPA. O espaço abrigou por trinta anos a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. O ant igo tea t ro es tá todo deteriorado, não obtivemos autorização para entrar, mas mesmo olhando de fora, nota-se o acúmulo de entulhos e a enorme sujeira que toma conta do local, por onde já passaram, além da OSPA, nomes como Chico Buarque e Ella Fitzgerald. Há inclusive uma infestação de ratos e baratas.

O fechamento total do prédio, acredita-se que irá forçar a prefeitura a liberar a autorização para a demolição. O prédio é propriedade da família Satt, que já teria recebido uma oferta para transformar o antológico teatro em um edifício de 14 andares. Os proprietários do imóvel não querem se pronunciar sobre a transação. Mas há pelo menos mais dois grupos interessados, um deles e o Melnick, o mesmo que irá construir o Baltimore na Osvaldo. Outro retrato de abandono total são as ‘casas’ na subida da Barros Casal, em direção a Independência, há três sobrados em que no momento só as fachadas estão de pé . O interior não existe mais. Há apenas entulhos amontoado. Já na independencia também há sinais de degradação acentuados em prédios antigos, além de muitas pixações e em muitos casos cartazes colados,

escondendo o que um dia foi a bonita arquitetura do lugar. Mais abaixo, na esquina da Vasco da Gama com a Felipe Camarão existe o único terreno baldio no Bom Fim. No local há apenas a carcaça de uma antiga casa. O terreno está muito sujo, e em alguns lugares já acumula água, o que pode ser perigoso nesta época do ano, devido a proliferação do mosquito da dengue. Também é cada vez mais nítida a divisão econômica da avenida Osvaldo Aranha: da Ramiro Barcelos até a Travessa Cauduro novos negócios, mais gente na rua, restaurantes lotados; da Cauduro ao túnel placas de vende-se e de aluga-se. Uma das livrarias, a Letras e Companhia, fechou as portas e outra, Abaco, está liquidando seu estoque. Em compensação no outro lado, a Livraria Londres e a Palavraria estão crescendo.

O Bom Fim que espera

Acima, prédio deteriorado na Independência e o terreno baldio, na Vasco da Gama. Ao lado, o antigo Teatro da OSPA, agora com todos as lojas fechadas.

Interior destruído dos sobrados da Barros Casal, só a fachada está de pé.

Quatro placas de aluga-se e vende-se em apenas uma quadra na Osvaldo , e a livraria Letras& Cia, fechada.

Porto Alegre, dezembro de 20116

Festas & EventosVera Fantin Nabinger

[email protected]

Em 1958, ainda na Alberto Bins, o Colégio Farroupilha abria suas portas e recebia uma nova turma para alfabetizar. O tempo passou e muitas profissões foram seguidas, muitos colegas se tornaram ilustres, casamentos, filhos, netos, enfim a vida separou a todos. Mas mesmo distante ninguém esqueceu seus colegas. Passados mais de 50 anos, a turma 58, como é chamada, está mais unida do que nunca e dias atrás houve uma grande festa para comemorar os 60 anos da “gurizada”.

Álvaro Proto e Renata Netto estavam exultantes de alegria na linda festa que realizaram para os 15 anos de sua encantadora filha Camila. Tudo impecável, convidados elegantes e animados, decoração belíssima.

Os porto alegrenses estão de parabéns, já está nas bancas a bela revista WE, carinhosamente elaborada por Jacintho Pilla e sua equipe. Repleta de novidades, a revista é um requinte a cada página. Como sempre digo, A WE é um luxo.

Colégio Farroupilha - Turma de 58

Parábens aos charmosos sessentões do Farroupilha.

15 anos de Camila Proto

Alvaro, Camila e RenataWE - Sucesso de Jachinto Pilla

Luiz Jachinto Pilla, Sandra Arioli e a colunista.

Thomas Pub na calçada da famaInaugurado recentemente, o Thomas Pub já é sucesso na Padre Chagas. Com um bonito ambiente, serviço perfeito e gastronomia de excelente qualidade, agrada o público mais exigente.

Como faz todos os anos, o Germânia abre suas portas nos dia 07 e 8/12, das 10 às 21h para realizar o mais esperado bazar de natal. Este ano contando com mais de 150 expositores, promete deslumbrar a todos com as belezas e delicias lá expostas.

Bazar de natal na Sociedade Germânica

Novo ponto de encontro na Padre Chagas.

A numerosa clientela da rede de restaurantes do

Bom Fim, Santana e arre-dores, ganhou uma nova op-ção para a hora do almoço. É a Tamafa, casa de sushi, que abriu faz um mês na Augus-to Pestana, quase na esquina do Pronto Socorro. Com formação em contabilidade, Tatiana, ao lado da amiga Fabiana, en-fermeira, são as empreende-doras. Moraram em Londres onde descobriram os encan-

tos da culinária japonesa. A especialidade é o sushi, a cargo de dois su-shi-mans. Mas a casa não é ortodoxa, oferece também pratos à base de grelhados -

com carne, salmão ou fran-go. Os pratos são servidos também na porção “kids”, para crianças. A Tamafa está aberta de segunda a quinta, das 11 às 19 horas. Na sexta-feira o horário se estende até às 23h30. Um grande sucesso é a saqueirinha, caipirinha com saquê, o vinho de arroz dos japoneses. Confira e envie seus comentários pelo www.jor-nalja.com.br

Sushi, opção para o almoço

Santa Casa tem mais mil vagas, para carros

Novo edifício-garagem muda a paisagem na área.

Já está em operação o novo edifício-garagem da

Santa Casa, no cruzamento da Sarmento Leite com a Osvaldo Aranha. São nove andares, mais o subsolo, com espaço para quase mil carros. Seis andares estão liberados com 667 vagas. Mais 300 espaços estarão disponíveis até fevereiro, quando o prédio fica pronto. Com isso, a Santa Casa pas-sará a oferecer mais de 1500 vagas de estacionamento. No térreo, há ainda 540 metros quadrados de área reservada para pontos comerciais. A obra, iniciada em 2009, a cargo da Kaefe Engenharia, vai custar cerca de R$ 18 milhões. O gerente de engen-haria da Santa Casa, Lauro Vaz Pereira, diz que o edifí-cio será pago com a própria arrecadação. A falta de estacio-namento é um problema crônico do complexo, que reúne cinco hospitais, além da Faculdade de Ciências Médicas. Por dia 20 mil pes-soas circulam no complexo.

A nova garagem faz parte de uma série de obras de infraestrutura nas quais a Santa Casa vai investir R$ 40 milhões nos próximos anos. Quatro elevadores interligam os nove andares. Com segurança 24 horas, vai funcionar das seis da manhã às onze da noite. O preço varia de R$4 por hora até R$30 a diária. O prédio precisou

ser construído afastado da esquina para não encobrir a visão do edifício da Fa-culdade de Engenharia da UFRGS e para permitir mu-danças no trânsito de veícu-los na Sarmento Leite. O atual muro deve ser substituído por uma grade, uniformizando o cer-camento. A Santa Casa, que vai completar 210 anos em 2013, fatura R$500 milhões por ano.

Porto Alegre, dezembro de 2011 7 Garagem na Redenção tem edital em janeiroExpansão das áreas azuis, garagens

subterrâneas, modificações no trânsito e o novo sistema de transporte coletivo que vai “revolucionar Porto Alegre”. Estes foram os assuntos de uma entrevista exclusiva com Vanderlei Capellari (foto), presidente da Empresa Portoalegrense de Transporte e Circulação. Confira os principais trechos. A entrevsita completa está no site www.jornalja.com.br:

Como está a concessão das áreas azuis?- Tivemos a área azul conce-dida por dez anos para a Es-tapar. O prazo encerrou em 1° de maio. Agora, conclui-mos um edital para conceder novamente a operação. Que-remos publicar ainda em dezembro. Em julho estará concluído. A tarifa vai subir...- O valor, de dois reais por duas horas, nunca foi reajustado desde 2001. Ag-ora, era necessário atuali-zar. Medimos a inflação no período e o custo médio das cidades que tem o serviço. Aí aplicamos uma correção em torno de 50%. Vai para R$ 3,00 as duas horas, que é o tempo máximo permitido. Acreditamos que ficou justo.

E a expansão da área azul?-Temos um número grande de pedidos, mas temos um critério claro. Fazenos ava-liação do impacto no lugar, o tipo de comércio, de ser-viços. Só depois consulta-mos os moradores e defini-mos a implantação. A meta para 2012 é expandir 10% das atuais 4.300 vagas.

Onde serão as novas áreas? - Primeiro ponto será na Av. São Pedro – zona norte, no trecho entre a presidente Roosevelt e Av. Bahia. A cada ano haverá 5% de ex-pansão. Isso sempre ne-gociado com a população – inclusive se for decidido retirar a área de algum local, nós vamos lá e retiramos.

E a reforma do Túnel?- Já foi entregue o sentido Bairro-Centro, o prazo pro-gramado para conclusão do sentido Centro-Bairro é abril. Poderemos entregar no começo do ano. Isso depende da conclusão da parte superior. Para ampliar a sustentação do túnel, o pavimento será em placas de concreto, e faltam ainda algumas placas.

E as mudanças no trân-sito permanecem?-A principal mudança foi criar um binário entre a Santo Antônio e a Gari-baldi. Precisávamos de uma alternativa pra o fluxo da Loureiro da Silva e da João Pessoa, para poder acessar no mínimo ate a rodoviária. Hoje a Garibaldi vai até a rodoviária. As pessoas po-dem utilizar a Garibaldi para sair da cidade, pegar a Castelo Branco. Também concluímos a Barros Cassal entre o largo Vespasiano e a Voluntários, outra alter-nativa de fluxo pra saída e entrada da rodoviária. Essas mudanças deram resultados tão positivos que a popula-ção não sentiu a obra. Todas as alterações permanecerão. O único ponto que está sen-do avaliado é a reabertura da alça de acesso do Túnel com a Alberto Bins. Naquela área formam-se duas filas. Temos até o fim do ano para decidir. E as garagens subter-râneas? - Há uma pessoa nomeada no gabinete do prefeito es-pecialmente para realizar os estudos da construção des-sas garagens. Será um siste-ma de PPP, uma empresa constrói e tem direito de ex-plorar a área por um tempo. Já foram apresentados e aprovados estudos de dois locais, o Ramiro Souto na Redenção, e a Praça Parobé, no mercado público. Agora iremos preparar o edital, que deverá sair em janeiro. Tudo certo, as obras iniciam no primeiro semes-tre de 2012. No campo Ramiro Souto, o investidor construiria e de-volveria a parte da superfície recuperada. Como ali terá a casa de show Araújo Viana, o local foi pré-escolhido, será uma garagem para 800 carros. O que vai facilitar o acesso no Bom Fim. Irá per-mitir inclusive que a gente possa avaliar algumas restri-ções de estacionamentos. Há um lençol freático

muito próximo da super-fície...- O contrato é muito sim-ples. A empresa tem que fazer o estacionamento e de-volver o campo melhorado. As questões de engenharia são resolvíveis. O campo ficará no mesmo nível que está hoje. O projeto execu-tivo irá mostrar onde serão os acessos. Onde mais seria possível? -Temos demanda em vários pontos, mas estamos traba-lhando em cima destes dois locais, como uma experiên-cia. A partir desta avaliação, a prefeitura poderá estender o projeto. O transporte coletivo vai mudar?- O sistema de transportes-vai sofrer uma das maiores alterações já vistas na ci-dade. Primeiro porque nós vamos ter o metrô, depois porque vamos implantar o sistema BRT (corredores com ônibus especiais) na Protásio, na Bento Gon-çalves e em parte da zona sul. Porto Alegre vai sofrer modernização bastante sig-nificativa. Os corredores já existem, agora vamos revi-talizá-los para implantar o BRT. São ônibus de alta ca-pacidade que oferecem um serviço rápido e confortável, similar ao desempenho de transporte urbano sobre tril-hos, com uma fração do seu custo. Os corredores pas-sarão a ter pavimentos de concretos, pois o ônibus é muito pesado.

Quando começa?- Já existe um processo de licitação para o corredor da Protásio Alves. Serão es-tações fechadas, cobrança externa, embarque e de-sembarque em nível, com controle de temperatura. O usário será informado quan-to tempo cada ônibus vai levar pra chegar à estação. Não vamos conseguir im-plantar tudo até 2014, mas uma boa parte já vai funcio-nar.

Porto Alegre, dezembro de 20118

Os “acampados” estão chegando

Acampamento no Viaduto do Chá (SP): protesto sem partido político.

���������������

Adquira doisexemplares por

apenas

3330.7272

www.jornaja.com.br

Ligueou acesse

R$ 29,90.

Entrega grátis em Porto Alegre.

O movimento global dos acampados já tem data

para chegar a Porto Alegre: em janeiro durante o Fórum Social Mundial. No Brasil, chegou por São Paulo, centro finan-ceiro da América Latina. Instalou-se dia 15 de outu-bro no Vale do Anhangabaú, sob o Viaduto do Chá. Lá foi onde começou há 27 anos o movimento das Diretas Já, que marcou a redemocra-tização do país. Agora, a juventude acampada questiona que de-mocracia é esta. Declaram-se apartidários e pela não-violência,“anticapitalistas sem necessariamente ser so-cialista”. Não se sentem re-presentados pelos políticos e rechaçam os partidos. As 1.500 pessoas do “Acampa Sampa” ainda não chamaram a atenção da grande imprensa. Só da polícia paulista. Nem Caco Barce-llos, o mais inquieto e a-tento repórter da TV Globo, conseguiu furar o bloqueio.

O seu programa “Profissão Repórter” conseguiu man-dar uma equipe para Lon-dres, e depois Grécia, e ele próprio reportou de Nova York o Occupy Wall Street. Mas nenhuma in-formação sobre o Acampa Sampa, que continua com uma base sob o Chá, passou três semanas em plena ave-nida Paulista e desde 5 de dezembro está em frente à Assembléia Legislativa. O início foi em 15 de maio, na Espanha, e alcan-çou os Estados Unidos com a ocupação de Wall Street. No dia 15 de outubro várias redes sociais incentivaram marchas e acampadas em pelo menos 900 cidades de 82 países. São Paulo foi uma delas. Segundo os organiza-dores, o que os une “é o sen-timento de que o povo não tem poder na política”. Mili-tantes de partidos políticos que apareceram no Acampa Sampa com faixas e bandei-ras foram vaiados até se reti-rarem. (P. M.)