Jornal Já - Porto Alegre

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BOM FIM MOINHOS Circula nos bairros: Bom Fim, Moinhos de Vento, Farroupilha, Centro, Independência, Floresta, Rio Branco, Santana, Cidade Baixa e Santa Cecília www.jornalja.com.br Porto Alegre, dezembro de 2010 - Nº 403 - Distribuição gratuita HPS: obra de 8,9 milhões não atrai interessados Nenhuma empresa se candidatou a um contrato para executar obras da reforma interna do HPS, orçadas em R$ 8,9 milhões. A abertura dos envelopes, inicialmente agendada para esta segunda-feira, 6 , foi transferida para 10 de janeiro. “O mercado está muito aquecido, o pessoal da construção civil está reclamando da dificuldade em encontrar mão-de-obra”, avalia o engenheiro Álvaro Kniestedt, responsável pelo projeto. Para se candidatar, a empresa precisa ter um capital social compatível com o valor da obra e comprovar já ter trabalhado em hospitais, o que limita o número de possíveis fornecedores. Se não houver propostas até 10 de janeiro, o poder público pode pensar em convidar alguma empresa ou refazer o edital. Por enquanto, está mantida a previsão de começar a reforma do primeiro andar em março. (P. 3) Um projeto para o viaduto Até 30 de janeiro a prefeitura de Porto Alegre recebe pro- postas para “revitalização” do Viaduto Otávio Rocha. Os candidatos terão que apresentar um projeto, com orçamento, propondo soluções que melhorem a situação do viaduto, um dos símbolos do centro histórico da capital. O edital com as regras para participação está publicado no diário oficial do dia 30 de novembro. Ecojornalistas A Câmara de Porto Alegre concedeu a comenda Porto do Sul ao Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul, que está completando 20 anos em 2010. A comenda é uma distinção que o legislativo municipal confere a entidades ou pessoas que se dis- tinguem na atividade pública. Memória Qualquer internauta pode acrescentar textos, fotos, filmes, depoimentos no vídeo sobre o auditório Araújo Viana que está disponível na internet. A idéia é formar um memorial do auditório. O link é HTTP:// araujoviana.com.br/beta/ Presidente A Federação Israelita do Rio Grande do Sul elegeu novos dirigentes para a ges- tão 2011/2012. O engenhei- ro Jarbas Milititsky foi eleito presidente, por aclamação. A posse será em março. Confira a diretoria completa no www. jornalja.com.br. Com a previsão de mo- vimentar R$ 1,2 bilhões neste final de ano, o co- mércio de Porto Alegre está esperando o melhor natal dos últimos dez anos. A estimativa se baseia numa pesquisa sobre a in- tenção de compra, feita pelo Clube dos Diretores Lojistas “As vendas deste ano podem ser equiparadas às de 2008, que foram exce- lentes”, diz o presidente do CDL, Vilson Noer. Com base na pesquisa que ouviu 400 pessoas na primeira quinzena de novembro, o CDL projeta um aumento de 10% em relação às vendas do ano passado na capital. O número médio de presentes por pessoa deve aumentar: passando de cinco, em 2009, para sete neste ano. Ainda de acordo com o estudo, os itens mais procu- rados para compras devem ser: roupas, brinquedos, calçados e perfumaria. Um ponto importante da pesquisa diz respeito ao 13º salário. Cresceu 6% o número de pessoas que passaram a receber o 13º este ano. “Esse é o reflexo do bom desempenho da economia e do crescimento de vagas com carteira assinada no Brasil”, explica o presidente do CDL. Comércio espera Natal da década Tapume vai isolar auditório para colocação da cobertura Um tapume com placas de MDF vai isolar o prédio do au- ditório do Araújo Viana durante os trabalhos preparativos para colocação da cobertura. As estruturas antigas do au- ditório já foram reforçadas, a outra parte começa a chegar em janeiro. A cobertura, feita com sete ca- madas de madeira e resinas, virá em placas para serem montadas sobre a estrutura de aço no local. As laterais do prédio serão fechadas, visando isolamento térmico e sonoro do espaço. O novo auditório terá lugar para 3 mil pessoas. A PRAIA DOS QUE FICAM Dia 15 de janeiro circula a tradicional edição do JÁ Bom Fim/Moinhos com o roteiro das melhores opções de cultura, consumo e lazer para quem fica em Porto Alegre, quando a cidade fica mais tranquila, com menos carros, e dias mais claro até mais tarde, convidando a um passeio.

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Leia a edição de dezembro de 2010

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MOINHOSCircula nos bairros: Bom Fim,

Moinhos de Vento, Farroupilha, Centro,Independência, Floresta, Rio Branco,

Santana, Cidade Baixa e Santa Cecília

w w w . j o r n a l j a . c o m . b r

Porto Alegre, dezembro de 2010 - Nº 403 - Distribuição gratuita

HPS: obra de 8,9 milhõesnão atrai interessados

Nenhuma empresa se candidatou a um contrato para executar obras da reforma interna do HPS, orçadas em R$ 8,9 milhões.

A abertura dos envelopes, inicialmente agendada para esta segunda-feira, 6 , foi transferida para 10 de janeiro.

“O mercado está muito aquecido, o pessoal da construção civil está reclamando da difi culdade em encontrar mão-de-obra”, avalia o engenheiro Álvaro Kniestedt, responsável pelo projeto.

Para se candidatar, a empresa precisa ter um capital social compatível com o valor da obra e comprovar já ter trabalhado em hospitais, o que limita o número de possíveis fornecedores.

Se não houver propostas até 10 de janeiro, o poder público pode pensar em convidar alguma empresa ou refazer o edital.

Por enquanto, está mantida a previsão de começar a reforma do primeiro andar em março. (P. 3)

Um projeto para o viaduto

Até 30 de janeiro a prefeitura de Porto Alegre recebe pro-postas para “revitalização” do Viaduto Otávio Rocha.

Os candidatos terão que apresentar um projeto, com orçamento, propondo soluções que melhorem a situação do viaduto, um dos símbolos do centro histórico da capital.

O edital com as regras para participação está publicado no diário ofi cial do dia 30 de novembro.

EcojornalistasA Câmara de Porto Alegre

concedeu a comenda Porto do Sul ao Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul, que está completando 20 anos em 2010. A comenda é uma distinção que o legislativo municipal confere a entidades ou pessoas que se dis-tinguem na atividade pública.

MemóriaQualquer internauta pode

acrescentar textos, fotos, fi lmes, depoimentos no vídeo sobre o auditório Araújo Viana que está disponível na internet. A idéia é formar um memorial do auditório. O link é HTTP://araujoviana.com.br/beta/

PresidenteA Federação Israelita do

Rio Grande do Sul elegeu novos dirigentes para a ges-tão 2011/2012. O engenhei-ro Jarbas Milititsky foi eleito presidente, por aclamação. A posse será em março. Confi ra a diretoria completa no www.jornalja.com.br.

Com a previsão de mo-vimentar R$ 1,2 bilhões neste fi nal de ano, o co-mércio de Porto Alegre está esperando o melhor natal dos últimos dez anos.

A estimativa se baseia numa pesquisa sobre a in-tenção de compra, feita pelo Clube dos Diretores Lojistas

“As vendas deste ano podem ser equiparadas às de 2008, que foram exce-lentes”, diz o presidente do CDL, Vilson Noer.

Com base na pesquisa que ouviu 400 pessoas na primeira quinzena de novembro, o CDL projeta um aumento de 10% em relação às vendas do ano passado na capital.

O número médio de presentes por pessoa deve aumentar: passando de cinco, em 2009, para sete neste ano.

Ainda de acordo com o estudo, os itens mais procu-rados para compras devem ser: roupas, brinquedos, calçados e perfumaria.

Um ponto importante da pesquisa diz respeito ao 13º salário. Cresceu 6% o número de pessoas que passaram a receber o 13º este ano.

“Esse é o refl exo do bom desempenho da economia e do crescimento de vagas com carteira assinada no Brasil”, explica o presidente do CDL.

Comércio esperaNatal da década

Tapume vai isolar auditóriopara colocação da cobertura

Um tapume com placas de MDF vai isolar o prédio do au-ditório do Araújo Viana durante os trabalhos preparativos para colocação da cobertura.

As estruturas antigas do au-ditório já foram reforçadas, a outra parte começa a chegar em janeiro.

A cobertura, feita com sete ca-madas de madeira e resinas, virá em placas para serem montadas sobre a estrutura de aço no local.

As laterais do prédio serão fechadas, visando isolamento térmico e sonoro do espaço. O novo auditório terá lugar para 3 mil pessoas.

A PRAIA DOS QUE FICAMDia 15 de janeiro circula a tradicional edição do JÁ Bom Fim/Moinhos com o roteiro das melhores opções de cultura, consumo e lazer para quem fi ca em Porto Alegre, quando a cidade fi ca mais tranquila, com menos carros, e dias mais claro até mais tarde, convidando a um passeio.

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2 Porto Alegre, dezembro de 2010

EDITORIAL Primeiro Natal no Bom FimO número de casas comerciais e

prestadores de serviço que vai viver o seu “primeiro Natal no Bom Fim” é expressivo este ano. São lojas que mudaram de mão, pontos que foram vendidos, novos espaços que se cria-ram... O bom momento da economia no país movimenta também os negó-cios do bairro.

Só na Osvaldo Aranha encontra-mos uma dúzia de empreendedores com menos de um ano no local, ainda conhecendo a clientela. Todos estão otimistas, muitos confi am na pro-cura de fi m de ano para se tornarem conhecidos.

“Aposto no conceito que cons-truímos”, diz Antonio Ribeiro que há dois meses abriu a primeira fi lial da sua Ótica Mezzon, na esquina da Ramiro Barcelos.

Ele começou no ramo há onze anos, a poucos quarteirões dali, na Protásio Alves. Agora expande seu negócio. Comprou o ponto onde por duas década funcionou a Ótica Bom Fim e espera o fi m do ano com otimismo. “O mercado aqui é bom. É um tipo de cliente que a gente já conhece”, diz Ribeiro.

Outra que abriu suas portas no Bom Fim recentemente é a Farmácia Pague Menos, na Osvaldo Aranha. É

a quarta fi lial em Porto Alegre. A rede Pague Menos tem mais de 400 lojas no país, sendo a segunda maior do Brasil.

O gerente Diego da Costa diz que as vendas já estão aquecidas desde o fi nalzinho de novembro. Ele aposta no “kit presente”, que montou com várias combinações de perfumes e cosméticos.

Um pouco diferente é a expec-tativa de Vilma Balena, gerente da Casa dos Óculos que abriu fi lial há cinco meses, também na Osvaldo Aranha. “Óculos é uma coisa muito pessoal, dificilmente você vai pre-sentear alguém, é geralmente um auto-presente”, explica ela. Diz que o movimento está satisfatório e mostra otimismo. A empresa, com matriz no centro, na rua dos Andradas, já tem três fi liais.

Para Odete Moura, da Estética Vitória, o momento é de grande expectativa. Por oito anos, ela foi funcionária de um outro salão de beleza no bairro. Desde setembro passado está com seu próprio ne-gócio, num ponto novo aberto na Osvaldo Aranha. “Estou fazendo minha clientela”, diz.

Além do serviços de maquiagem, corte de cabelo e manicure, ela oferece também massagem, roupas para gi-

nástica e quer diversifi car mais. Uma de suas vantagens é o estacionamento ao lado, que dá um desconto para as suas clientes.

A fi lial da Gang na Osvaldo Ara-nha é outra que vai experimentar o seu primeiro fi nal de ano no Bom Fim. Embora esteja desde março no local, a gerente Renata Gayeski acre-dita que o ponto ainda não se tornou conhecido. Mas diz que o movimento está bom e que dezembro começou bem movimentado. Sua meta é au-mentar em 30% as vendas nosfi ns de semana e ela confi a na credibilidade da marca e na qualidade dos produtos para chegar lá. “Otimismo não falta”, diz a jovem gerente.

Estreiante total é a Marta Raskin,

cuja loja Marco Zero Kids, também na Osvaldo Aranha, ainda está com o cheiro de novo, da pintura recém feita.

Ela trabalhava com recreação in-fantil e este ano decidiu lançar-se num empreendimento, em sociedade com Paulo Rodrigues, dono da Marco Zero, especializada em calçados para adultos, com oito anos de Bom Fim.

Eles perceberam que não havia na região uma loja para o segmento in-fantil e há dois meses abriram a Marco Zero Kids, que oferece calçados, mo-chilas, cadeirinhas e outros produtos para crianças de até 12 anos. “Estou muito confi ante, porque temos uma grande variedade de produtos e aqui praticamente não temos concorrên-cia”, diz Marta.

EXPEDIENTE

Editor:Elmar Bones

Reportagem:Elmar Bones ePatricia Marini

[email protected]

Fotografi aArfi o Mazzei e arquivo Jornal JÁ

Diagramação:Leonardo Halón

Tiragem: 10 MIL EXEMPLARESDistribuição gratuita

O Jornal JÁ Bom Fim é uma publicação da JÁ Editores.

Redação: Av Borges de Medeiros, 915Conj 203. Centro Histórico

CEP 90020-2025 - Porto Alegre/RSFone: 3330- 7272

Edições anteriores: R$ 3,00

www. jo rna l ja .com.br

Noé Batista de Souza está há 30 anos com sua “Rosana Calçados” na loja 5 da Galeria Bom Fim. Ele trabalha com marcas consagradas, como Picadilly, Azaléia, Dakota, Beira Rio e outras.

Tem uma clientela estável, de fun-cionários do Hospital de Clínicas, do Pronto Socorro, moradores das pro-

ximidades. “Minha propaganda é o preço”, diz ele apontando as ofertas na vitrine – uma sandália Vizano por R$ 79,90, uma Picadilly por R$ 49,90.

Sua preocupação é com a redução dos espaços para estacionamento em toda aquela área do Bom Fim. “Sem ter onde estacionar, os clientes vão para o shopping”, diz.

RAZÕES PARA TER ESPERANÇA

Ano novo, vida nova, diz o velho chavão. No caso brasileiro, podemos dizer também, falando no ano que virá: ano novo, go-verno novo.

Sim, porque embora muitos dos malandros que usam a po-lítica para se locupletar tenham conseguido se eleger e reeleger, a verdade é que as instâncias po-líticas do país, entram em 2011 bastante renovadas.

Para começar temos a primei-ra mulher na presidência, Dilma Rousseff , um nome novo, embora não isento das contaminações dos conchavos partidários.

Temos também no Estado, com Tarso Genro, não um nome novo, mas uma nova proposta, uma nova visão do governo e das articulações políticas indispensá-veis para a boa governança.

Enfi m, terminamos um ano com bons resultados na econo-mia e uma performance invejável no que se refere ao processo de democratização da socieda-de. Até os cartéis da droga que pareciam soberanos em seus territórios sentiram o peso da lei e da ordem.

Claro, ainda temos muito que caminhar para chegar no andar de cima da civilização. Não se pode negar, porém, que há bons motivos para se ter esperança. Feliz Natal! Feliz Ano Novo! Até 2011! (O editor)

“Minha propaganda é o preço”

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“Todo o Natal é bom”, diz Gilson Lerman, da Via Intima, especializada em lingerie, com 30 anos de tradição na Osvaldo Aranha, revendedor das marcas reconhecidas no ramo, como Triumph, Valisére, Lupo.

“O Bom Fim hoje é um centro com menos gente”, diz Lerman referindo-se aos inúmeros bancos, hospitais, restaurantes, o parque... “As pessoas que trabalham aqui con-somem aqui. Shopping é nos fi ns de semana, o dia a dia é no bairro”.

Segundo ele, houve qualifi cação do comércio do bairro com a chega-da de grandes griff es como a Gang e Rainha das Noivas. Houve uma valorização dos pontos comerciais no bairro.

Filho de comerciante, Gilson Ler-man começou no balcão com o pai, vendendo linha, botão, aviamentos. Formou-se em direito, tentou conci-liar as duas coisas, mas não deu.

“A gente tem que fazer só uma coisa”, diz. Ele fez, então, a opção pelo comércio, vocação de família, e está muito satisfeito. Sua loja tem 100 metros quadrados num ponto privilegiado da Osvaldo Aranha. Está procurando um ponto de 35 a 40 me-tros para abrir uma fi lial, a segunda. Tem oito funcionários.

O que o incomoda é a proliferação da informalidade: “É injusto eu pago imposto, um monte, o cara não paga nada e coloca uma banca na entrada da minha loja com mercadoria do Paraguai”.

“É o centro com menos gente”

Batista e seu vizinho Miguel Cecílio, da Lotérica Bom Fim

Lerman: “Todo o Natal é bom”

Renata, da Gang: “Otimismo não falta”

Primeira fi lial da Mezzon, no Bom Fim

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3Edição nº 403

Casa construída na década de 1920, pelo pai de Lutzenberger, precisa de reforma

Mapa da reforma: áreas de atendimento no térreo, e parte do 2º. Andar.

Ampliação do HPS Audiência Pública

marcada para marçoFicou para março a audiência pública

para discutir a ampliação do Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre.

O projeto prevê desapropriar seis sobra-dos na rua José Bonifácio e deu origem até a uma associação, SOS Rua do Brique, de moradores e comerciantes contrários à idéia.

A associação até agora teve o mérito de trazer a público o projeto que até então era desconhecido da própria Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores.

Numa audiência promovida pela asso-ciação, o projeto foi exposto pelo diretor do hospital, Júlio Ferreira, no dia 9 de novembro.

“Não haverá mais incêndios se ampliar-mos o corpo de bombeiros, não aumentará o número de traumas se ampliarmos o HPS”, comparou Ferreira, tentando acalmar os que temem por uma descaracterização daquele quarteirão na ponta mais freqüentada do Parque da Redenção, com mais trânsito e outros impactos urbanísticos.

Segundo ele, sem a ampliação da área, a alternativa seria reduzir o número de leitos e atendimentos para adequar as instalações, que estão fora das normas, e criar espaço para novos equipamentos.

Enquanto isso, a Prefeitura tenta encaixar o projeto de ampliação nos investimentos para a Copa, mas ainda não obteve garantias.

Reforma interna já começouCom ou sem ampliação do terreno, a re-

forma do HPS já começou. A concorrência pública para escolher a empresa que fará a reforma do térreo e parte do segundo piso, orçada em R$ 8,9 milhões, já está aberta. Nenhum interessado apresentou propostas na primeira vez. O prazo foi ampliado para 10 de janeiro.

A primeira etapa foi a troca da caixa de força, que custou R$ 1,5 milhão. A anterior era do tempo da construção do prédio, há 66 anos, quando a tecnologia mais avançada dis-ponível era um simples aparelho de raio-X.

É consenso que não se pode discutir a questão do hospital, isolada de toda a política de saúde pública da capital.

Hoje, por exemplo, o HPS faz 900 aten-dimentos por dia. Esse número diminuiria se a população contasse com atendimento de urgência descentralizado na cidade e um novo hospital de urgências na Zona Sul?.

Ferreira duvida. Ele argumenta que 76% dos pacientes residentes em Porto Alegre (88% do total) vêm da região central da cidade, e 15% da Zona Sul. Na Zona Norte, há o hospital Cristo Redentor.

É preciso também levar em considera-ção a diretriz do governo federal, que é

pela criação de mais UPAs – Unidades de Pronto-Atendimento.

Além das quatro que já têm endereço em Porto Alegre, mais quatro UPAs devem ser instaladas em locais a ser defi nidos.

Conforme portaria do Ministério da Saúde, elas devem cobrir grupos de 200 a 300 mil habitantes, ter área mínima de 1,3 mil metros quadrados, capacidade para receber até 450 pacientes por dia, uma equipe de seis médicos e 13 a 20 leitos cada.

Enquanto isso, com uma rede de aten-dimento básico insatisfatória na cidade, o HPS funciona como um grande posto de saúde.

O secretário adjunto da Saúde, Marcelo Bósio, chegou a dizer que “nem adianta contratar mais funcionários com as insta-lações físicas atuais do HPS”.

Não é o que pensam os funcionários. Eles reclamam a nomeação imediata de

servidores já aprovados em concurso, para mais de uma centena de cargos vagos.

Pedem um plano de carreira e a volta dos índices de insalubridade alterados em abril do ano passado.

Funcionários pedem nomeações

“Tem que discutir a política de saúde”

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MOINHOS

No térreo, a reforma reorganiza o fl uxo de pacientes, melhora a área de diagnósticos e a triagem, como exige o Ministério da Saú-de. Remodela parte do segundo pavimento, para ampliação da UTI pediátrica, e faz pe-quenas intervenções nos demais andares. “É como trocar os pneus de um carro andando”, diz o engenheiro Álvaro Kniestedt.

Os recursos vieram do Qualisus1, pro-grama federal para qualifi cação de hospitais. O projeto acabou fi cando mais caro que o orçado inicialmente. A Prefeitura, que deveria entrar com uma contrapartida de 20%, precisou se comprometer com quase a metade, segundo o secretário adjunto da Saúde, Marcelo Bósio.

O hospital espera a liberação de mais R$ 2 milhões do Qualisus2 para completar a reforma do segundo pavimento: criar mais uma UTI de trauma, aumentar o bloco ci-rúrgico e a sala de recuperação. A licitação será em 2011.

Pronto Socorrosem banco de sangue

O banco de sangue do Hospital de Pron-to Socorro parou de fazer coletas no fi nal de novembro. Funcionários dizem que é por falta de pessoal. A direção diz que é devido à reforma, que só deve começar em março. Ficará desativado até 2012.

Câmara discuteInstituto da Saúde

No dia 24 de novembro, o prefeito José Fortunati entregou à Câmara o projeto de lei para a criação de um Instituto Munici-pal de Estratégia da Saúde da Família, que começa a ser discutido em plenário ainda em dezembro.

O Instituto, uma fundação pública de direito privado e com atuação exclusiva no âmbito do SUS, é para gerenciar a atenção básica de saúde.

A contratação de servidores por meio do Instituto será feita por concurso, sob regime celetista. Só os cargos de direção seriam de provimento comissionado.

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4 Porto Alegre, dezembro de 2010B O M

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Símbolos da riqueza antigaProjeto restaura prédios públicos que marcaramuma época de prosperidadeem Porto Alegre

O otimismo dos primeiros folhetos distribuídos à imprensa previa

quatro anos para a conclusão do Projeto Monumenta em Porto Alegre. Oito anos depois, em novembro de 2010, a coordenadora dos trabalhos,

arquiteta Briane Bicca, evita fazer previsões.

“Restauração é uma caixinha de surpresa”, diz ela. “Você começa, mas não sabe o que vai encontrar pela frente”.

O Monumenta, em todo caso, é uma realidade em Porto Alegre e, mesmo antes de concluído, pode ser considerado o maior projeto de restauração do patrimônio histórico já feito na cidade.

Dos oito prédios públicos arrolados no projeto, seis estão prontos, além de 12 edifícios privados.

No total, serão R$ 22 mi-lhões aplicados na restauração de edifícios e espaços públicos no centro histórico da cidade. Vai a mais de mil o número de pessoas envolvidas no conjunto de projetos.

Os dois prédios que fal-tam são a Igreja das Dores, na rua da Praia, e a Pina-coteca Municipal Rubem Berta, na Riachuelo. A obra da igreja esteve inter-ditada por cinco meses, agora foi retomada.

A restauração da Pi-nacoteca Municipal é a mais atrasada e um bom exemplo das surpresas que podem surgir. Nos oito meses previstos para a conclusão, a empresa contratada em licitação não con-seguiu ir além de 20 por cento da obra.

O contrato foi rompido, uma nova licitação está aberta. Deve levar mais uns oito meses até escolher a nova empresa, depois mais três meses para assinatura dos papéis e, aí, começar a fazer os 80% da obra que faltam. Ou seja: mais uns dois anos.

Nos dois espaços públicos que integram o projeto – Praça da Alfândega e Praça da Matriz - a situação é diferente. A obra na Praça da Matriz, que envolve também a rua da Ladeira (General Câmara) não tem previsão. Teve problemas com a licitação, provavelmente vai fi car para outra etapa.

A obra na Praça da Alfândega é a mais complexa. Além de reconstituir o aspecto da praça dos anos 1940, quando ela se consolidou como um espaço de convivência, como “o passeio da cidade”, a restauração inclui o quarteirão da avenida Sepúlveda, que liga a praça ao porto.

Outro exemplo das surpresas: quan do foi retirada a capa de asfalto da avenida Sepúlveda, verifi cou-se que os canos que drenam á água da chuva para o rio não existiam mais. Cabe ao Departamento de Esgotos Pluviais decidir sobre a nova canalização.

O D E P abriu uma licitação para contratar a empresa para fazer a drena-gem. Espera-se que no inicio de dezembro seja escolhida a empre-sa. Aí, se tudo der certo, tem mais quatro meses da obra.

Fora os imprevistos, a obra na praça tem par-ticularidades que tornam lento o seu andamento. Por exemplo: o meio fi o dos canteiros é de granito róseo. No Rio Grande do Sul, só tem uma jazida de onde o Ibama permite a retirada desse granito. “Tem que entrar na fi la para con-seguir”, diz a coordenadora.

A rede elétrica tem que ser toda refeita porque vai duplicar o número de pontos de luz na praça. A restauração das luminárias antigas foi de-morada. São mais de 50 lumi-nárias de cinco ou seis modelos diferentes, que já não são mais fabricados.

A parte mais demorada ainda nem começou. É o calçamento de pedras portuguesas ao redor da praça, a chamada “calçada Co-pacabana”. As pedras brancas são de mármore, as escuras, granito. Já

está contratada uma empresa de Curitiba para o serviço. O que mais retardou a obra, no entanto, foi a polêmica em torno das

fi gueiras, que deveriam ser retiradas segundo os autores do projeto. Foram mais de quatro anos de discussões e reuniões com todos os órgãos en-

volvidos – Iphan, Iphae, Secretarias de Planejamento, Meio Ambiente, Obras, EPTC – até convencer a todos da necessidade de retirar as fi gueiras (fi ccus).

Só para a Secretaria de Meio Ambiente foram cinco apresentações. “Foi tudo decisão coletiva, temos laudo com dez pessoas assinando”, diz a coordenadora.

Segundo ela, as fi gueiras fi caram enormes, fechavam um lado da praça, que fi cava sempre frio, úmido. Estavam prejudicando os jacarandás que são o símbolo da praça, já tortos, as raízes destruíam os meios-fi os. “Quem plantou aquelas árvores ali não levou em conta que elas crescem sem parar”, diz a arquiteta.

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“Clube do Comércio: um dos 12 prédios privados

“Clube do Comércio: um dos 12 prédios privadosincluídos no projeto de restauração”.

incluídos no projeto de restauração”.

“Biblioteca Pública: iniciada em 1912, “Biblioteca Pública: iniciada em 1912, projeto de Afonso Herbert”projeto de Afonso Herbert”

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CENTRO HISTÓRICOA arquieta Briane Bicca (acima) coord

No mapa, a área do centro histórico onde erestaurados. Na parte escura, o eixo prince a Pça da Alfândega, até o Cais. Ao altode 1940, a referência para a restauração.

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5Edição nº 403B O M F I M

MOINHOS

a

“Biblioteca Pública: salas internas”

Legenda foto

Restauraçõesjá concluídas

*Pórtico Cais Mauá*Biblioteca Pública*Museu de Arte do RS (Margs)*Memorial do RS*Museu da Comunicação*Palácio Piratini*Mais 12 imóveis privados

Em Obras*Igreja das Dores*Pinacoteca Municipal*Praça da Alfândega

Legenda foto

Arquitetura de um Estado rico e positivistaOs prédios selecionados para o Monumenta em Porto Alegre foram

todos construídos nas primeiras décadas do século 20, quando era forte a infl uência positivista, bastante visível na arquitetura dos edifícios públicos.

Era o governo Borges de Medeiros ( 1903/1928), num período de alta prosperidade para o Rio Grande do Sul, que ainda rivalizava com São Paulo em poderio econômico.

Essa prosperidade se refl etiu em grandes mudanças na fi sionomia da capital, com o surgimento de um conjunto de prédios monumentais que se completou até os anos de 1940 e que ainda hoje dominam a paisagem do centro histórico.

Um fundo permanente para conservação do patrimônio

Além dos prédios e espaços públicos, o Monumenta já restaurou 12 predios privados que constavam do inventário do patrimônio histórico de Porto Alegre.

De um total de 140 imóveis arrolados pelo patrimônio histórico, 40 foram selecionados e seus proprietários receberam proposta para entrar no projeto Monumenta, com fi nanciamento do governo federal para o restauro.

Desses, 12 aderiram e os prédios já foram restaurados. A coordenadora

do Monumenta em Porto Alegre, acredita que outros dez prédios poderão ser incluídos no projeto.

Diante dos resultados dos primeiros, muitos proprietários estão acei-tando entrar. Dos edifícios privados já restaurados, os mais conhecidos são o Clube do Comércio e a Catedral Anglicana, ambos na rua da Praia.

Além dos dois foram restaurados dois sobrados na rua da Praia, a “casa cor de rosa” na Riachuelo, uma casa na Demétrio Ribeiro.

Os proprietários recebem fi nanciamento da Caixa Federal e a coordena-dora acalenta o plano de formar com esses recursos um fundo permanente para restauração de imóveis de valor histórico na cidade.

Pistas para os historiadoresAs primeiras escavações junto à praça, feitas em 2007, encontraram

sinais do primeiro ancoradouro, prova de que antes do aterro, a margem do Guaíba vinha até a rua da Praia.

Havia um trapiche, entre duas escadarias, na posição onde está a avenida Sepúlveda. As escadarias ainda existiam em 1870, quando D. Pedro II veio a Porto Alegre assinar o armistício da Guerra do Paraguai.

Os arqueólogos encontraram também as fundações da antiga Alfân-dega. Era um prédio comprido, com um pátio interno e uma fonte. Nas escavações foram também encontrados objetos – moedas, louças, utensílios – que são pistas para reconstituições históricas.

Café, sorveteria e posto policialO projeto da Praça da Alfândega contempla também uma melhoria na

parte de serviços ao público.Na lateral, junto ao muro da Caixa Econômica Federal será construída

uma estrutura para comércio e serviços – café, sorveteria, engraxates, fl o-ristas, posto policial e duas bancas de revista, uma em cada extremidade.

“Vai animar aquele espaço ali, tapando o muro”, diz a coordenadora.No fundo, sem aparecer, dois sanitários. Os artesãos também saem da

calçada da Sete de Setembro. A intenção segundo a arquiteta Briane Bicca, é fazer com que a Praça

da Alfândega volte a ser “o passeio da cidade”.

Financiamento internacional O Monumenta é um programa do Ministério da Cultura, para recupe-

ração do patrimônio histórico em 26 cidades brasileiras. Reconhecido pela Unesco, conta com fi nanciamento do Banco Intera-

mericano de Desenvolvimento (BID) para os projetos e as obras. Esses recursos cobrem 70% dos custos, sendo os 30% restantes contra-

partida do Estado ou Município, conforme o caso.

a) coordena o projeto em Porto Alegre. o onde estão os prédios e espaços a serem

xo principal formado pela Pça da Matriz Ao alto, a Praça da Alfândega por volta

uração. “Museu da Comunicação, de 1921”

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6 Porto Alegre, dezembro de 2010

Festas & Eventos

Nair Elisa e Isoldinha: revendo os amigos

B O M F I M

MOINHOS

NIVER CLERI

Cleri Helena Ross como faz todos os anos abriu as portas de seu belíssimo apartamento no coração dos Moinhos de Vento, para comemorar seu aniversário. Um evento irretocável, a anfi triã esbanjando elegância e simpatia recebeu um grande numero de

convidados para um happy hour que se estendeu até a noite. Nomes de tradicionais famílias gaúchas circulavam nos diversos ambientes, onde a alegria era uma constante. Muito elogiada pela forma carinhosa de bem receber, Cleri dividiu o sucesso de sua festa com Le Petit Comite.

Cleri Helena Ross e convidadas: elegância e simpatia

MOINHOS GENTE

Artur Koch, renomado or-topedista e sócio da Clinica Sto. Antonio, recebeu junto com a bela Luciane Robaina parentes e amigos para comemorar seu ani-versário e inaugurar a nova morada com almoço indiano organizado por Le Petit Comite. A casa além de ter em sua arquitetura um to-que de ousadia e futurismo leva a assinatura de seu fi lho Guilherme Koch.

Isoldinha Brito Xavier e sua

MUITA TRADIÇÃO NOS BAZARES DE NATAL

É sempre uma boa alternativa visitar os Bazares de Natal que se realizam na capital.

A Sociedade Germânia é pio-neira em Porto Alegre, desde 1982. Este ano realizou seu bazar no ini-cio de dezembro, com grande suces-so. Até o fi m do mês ainda temos:

-Na Sogipa, de 10 a 12 de dezembro das 15h às 21h o Bazar de Natal e, no dia 12 a partir das 20h30min, o Natal Iluminado, com apresentações culturais, queima de fogos e recepção ao Papai Noel

- No Grêmio Náutico União, dia 12 de dezembro das 9h às 17h na sede de Petrópolis, culminando com a chegada do Papai Noel.

CANTOS E ENCANTOS

Grêmio Náutico União pro-move o espetáculo musical com a participação da cantora lírica An-gela Diehl, do Coral do União e do Grupo de Câmara Strumentale. Na sede de Petrópolis dia 16 de dezem-bro às 20h30min. Entrada franca.

VIRADA

O Sheraton Porto Alegre pre-para dois eventos deliciosamente charmosos e requintados.

Dia 24/12 ceia especial para comemorar a magia da Noite de Natal.

E dia 31/12 muitas atrações para comemorar em alto estilo a entrada de 2011.

A festa da virada contará com excelente buff et de gastronomia contemporânea, cardápio especial-mente elaborado para as crianças, espumantes das melhores marcas e safras, muita música e animação para dar as boas vindas ao Novo Ano.

No Moinhos Shopping este ano você vai se deslumbrar com uma grande Praça de Natal que nos remete às tradicionais decorações das pequenas cidades do interior europeu.

Adultos e crianças poderão per-correr uma trilha que os levará ao

Coreto e ao Pinheiro de Natal com mais de 7 metros de pura beleza.

O Bom Velhinho a partir do dia 19 de novembro até dia 24 de dezembro estará aguardando a criançada para abraçá-las e receber suas cartinhas.

NATAL NO MOINHOS SHOPPING

fi lha Nair Elisa, elegantes e char-mosas, retornaram das férias nos Estados Unidos. Ênfase especial para a magia da Disney, Nova York, Washington e Plano no Texas onde foram rever amigos de longa data.

Clarisse Guimarães, designer de interiores, concluiu o Curso de Especialização em Luminotécnica e Semiótica que proporciona a seus clientes além da beleza e qua-lidade de sua decoração uma opção onde a iluminação de um mesmo local pode se adequar a diferentes momentos.

ROUPAGEM & ROUPARIAROUPAGEM & ROUPARIA

é um dos expoentes da confecção gaúcha de cama, mesa, banho e en-xoval de bebê. Maria Luisa Scherer Arioli e Sara Scherer Correa da Silva primam pelo bom gosto e por um controle rigoroso de qualidade.

A designer Josiane Castro é uma de suas principais clientes e incentiva-dora pois sabe que no atelier, no Moinhos de Vento, encontra desde artigos mais informais a criações exclusivas e requintadas.

Editora: Vera Fatin Nabinger email: [email protected]

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7Edição nº 403

O Ministério Publico abriu inquérito para apurar as denúncias da Associação dos Moradores e Amigos da Auxiliadora, que pede o fechamento de seis casas noturnas, que estariam funcionando em de-sacordo com as leis que garantem o sossego público.

A luta da AMA já dura cinco anos, desde que se consolidou um pólo de boates e bares num períme-tro de poucos quarteirões na Silva Jardim e a Plínio Brasil Milano, numa área em que essas atividades seriam restritas.

“Aquilo ali virou uma terra de ninguém, a fi scalização da prefeitu-ra não dá conta. Por isso apelamos para a Promotoria de Defesa da Ordem Urbanística, para ver se faz valer a lei”, diz o presidente da

Associação, João Volino. A Associação diz que a prefei-

tura se perde na burocracia e não consegue fazer cumprir a lei, bur-lada permanentemente por estabe-lecimentos que funcionam a noite inteira, quando pelo alvará não poderiam ir além das meia noite.

A AMA reclama também da algazarra nas ruas, dos carros es-tacionados em frente as garagens dos prédios residenciais e sobre as calçadas, com o som alto.

Um dos estabelecimentos visa-dos pela associação, o Hitch Club, na Plínio Brasil Milano, já foi interditado pela Secretaria Muni-cipal de Indústria e Comércio.

A insistência com que a AMA denunciou o caso desagradou a fi scalização da SMIC e até o secre-

tário Nagelstein se manifestou, di-zendo que as críticas do presidente da associação são “panfl etárias e partidárias”

“Reclamei porque o estabe-lecimento tinha sido fechado pela SMIC dois meses antes e se encontrava em pleno funciona-mento com a mesma fi nalidade e irregularidades”, diz Volino.

MP investiga denúncias da comunidade

Cinco casas noturnas foram interditadas pela SMIC por falta de alvará, numa fiscali-zação realizada no dia 25 de novembro.

Segundo a secretaria, esta foi a 4ª edição da “Operação Sosse-go”, de fi scalização a bares e casas noturnas, devido a inúmeras re-

clamações de moradores no en-torno desses estabelecimentos.

“A perturbação do sossego tem sido uma das denúncias mais frequentes com relação aos estabelecimentos comerciais de entretenimento noturno e bares no município de Porto Alegre, correspondendo a 79% das

Barulho noturno,maior queixa de moradores

A Associação dos Mora-dores da Auxiliadora (AMA) mudou a data das suas reuniões. Agora é toda a primeira quinta-feira de cada mês, às 19 horas, às 20h30min, na Sala Bandeirante da Paróquia Auxiliadora.

Reuniões Comunitárias

B O M F I M

MOINHOS

Abriu há um mês o mais novo estacionamento na Osvaldo Aranha. Era um terreno baldio, utilizado para guardar carros, que o empresário Valdir Antonio Dallaccua decidiu ampliar, construindo um prédio de quatro andares, com 110 vagas para automóveis. Com o estacionamento verticalizado, ainda sobrou espaço para dois pontos comerciais, que já estão alugados. Dallaccua já tem um estacionamento na Cidade Baixa.

Mais 110 vagas na Osvaldo Aranha

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Page 7: Jornal Já - Porto Alegre

Abriu dia 1º de dezembro no Museu de Arte do Rio Grande do Sul a primeira expo-sição da Henrique Léo Fuhro, artista incompreendido na cidade onde viveu, Porto Ale-gre, embora reconhecido por muitos artistas e críticos como uma das grandes expressões das artes plásticas do Brasil.

É uma “exposição pano-râmica”, com curadoria de Renato Rosa, reunindo cerca de 100 obras - gravuras, dese-nhos e pinturas - selecionadas de acervos de instituições, familiares, amigos e coleções particulares.

Algo inédito, cuja impor-tância aumenta quando se sabe

que uma parte considerável - para alguns a mais impor-tante - da obra de Fuhro foi destruída.

Atendendo ao que seria um pedido do artista, fami-liares queimaram as matrizes (“tacos”) de todas as suas xi-logravuras.

Fuhro nasceu em Rio Gran-de, em 1938, morreu em Porto Alegre, em 2006.

MARGSHenrique Fuhro

Visitação: até 27 de feverei-ro de 2011 Local: PinacotecaHorário: 3ª.a domingo, das 10 às 19 horas

8 Porto Alegre, dezembro de 2010

Fuhro imperdívelno Margs

Inaugura dia 13 de dezembro, às 19h, no Museu da UFRGS a exposição Bom Fim: um bairro, muitas histórias.

Aborda a diversidade étnica, a produção cultural, as práticas de rebeldia e trangressão, as vivências diurnas e noturnas do bairro.

O Instituto de Informática da

UFRGS foi parceiro para cons-truir a parte interativa, onde os visitantes poderão passear pelas ruas do bairro.

A curadoria é do professor do Departamento de História Benito Schmidt, com a equipe do Museu, e o escritor Moacyr Scliar é o curador de honra.

Um bairro, muitas históriasExposição Bom Fim:

um bairro, muitas históriasAbertura: 13 de dezembro de 2010 – segunda-feiraVisitação: 14 de dezembro de 2010 a junho de 2011, segunda a sexta, das 9h às 18h.

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B O M F I M

MOINHOS

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