Jornal Laszlo
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WWW.LASZLO.COM.BR
7 EDIO ANO VII - Janeiro/2016EDIO DE COLECIONADOR
Jornal de Aromatologia Publicao Cientfica e Cultural
Patrocnio
A cidade de Belo Horizonte (MG) receber em Maroo II Congresso Internacional de Aromatologia e o I Con-gresso Internacional de Medicina Complementar Inte-grativa. Dois congressos unidos para um grande evento!Confira todos os detalhes e programao na contracapa.
Pg. 5O poder calmante
do leo de Lavanda
Pg. 3Correspondncias
incrveis dos OEs com o ser humano .
Pg. 4 leos Essenciais no aumento da resistncia de plantas contra
pragas
EDIO ESPECIALMATRIAS EXCLUSIVAS DE PALESTRANTES DO CIA:
O MAIOR EVENTO SOBRE LEOS ESSENCIAIS DA AMRICA LATINA!
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Laszlo - Rua Itana, 66 - Floresta/Colgio Batista - Belo Horizonte - MG - Tel: (31) 3486.2765 - Email: [email protected] - Website: www.laszlo.com.br 2
Voc est familiarizado com os mtodos
para verificar a pureza dos leos essenciais (OEs):
avaliaes sensoriais e avaliaes fsico-qumicas.
No primeiro grupo, sero observados o odor, a cor, a
limpidez e a viscosidade de uma amostra. Aqui, se
voc no for um perfumista com nariz treinado,
possvel identificar apenas adulteraes grosseiras,
como aquelas em que se vende uma lavanda de cor
roxa, ou uma camomila-romana com cheiro ranci-
ficado, ou um benjoim que escorre do frasco como
se fosse OE de pinheiro. No se espera que a lavanda
seja roxa (ela transparente), no se espera que a
camomila-romana cheire a rano (foi diluda em
leo graxo), nem que o benjoim escorra facilmente
(foi diludo talvez em lcool).
Mas aqueles que comercializam OEs a-
dulterados se valem de falsificaes mais sofisti-
cadas, e identific-las depende de avaliaes a que o
consumidor final no tem acesso. No meio da perfu-
maria, consenso que o melhor instrumento para di-
zer se um leo essencial puro ou no o nariz.
Habilitado a detectar substncias em quantidades
nfimas e a discrimin-las, o olfato humano treina-
do pode dar o veredito na avaliao de um odoran-
te. Infelizmente, esse super olfato no o da maioria
das pessoas que compra aromaterapia. Ento, o que
resta aos consumidores confiar na empresa da qual
compram, pois se supe que ela teve acesso a e fez!
avaliaes fsico-qumicas com o lote de OE que
ir fracionar.
Teste de solubilidade, densidade relativa
(gravidade especfica), rotao ptica, ndice de re-
frao e o perfil cromatogrfico (GC/MS, sigla em
ingls para cromatografia gasosa e espectrometria de
massa) so os testes que se espera serem feitos para
cada lote de OE que uma empresa adquire. Todas as
empresas fazem isso? No. As que fazem, fazem
para cada lote que chega em seu galpo? No. Consi-
derando que os testes tenham sido feitos para cada
lote que chega no galpo, isso garantia de que o OE
que est no frasco de 10 ml puro? Tambm no.
A adulterao de um OE pode ser feita em
vrios momentos da cadeia produtiva: 1) na co-
lheita: por exemplo, recolher Litsea enosma e L.
mollifolia como se fosse L. cubeba; 2) na destilao:
por exemplo, misturar casca de limo verbena-
limo; ou 3) no envase, adicionando-se substncias
de diversas naturezas ao lote de OE. Se fosse para
classificar o pior momento para se fazer adultera-
o, seria com certeza o do envase para o varejo (fra-
cionamento), porque, nessa etapa, o laudo cromato-
grfico j est emitido, validado e publicado. Seria
um tipo de falsificao no qual a empresa paga para
confirmar que comprou um lote puro e ela mesma o
adultera depois. Difcil acontecer? Um pouco.
Impossvel? De forma alguma.
Entre as substncias com as quais se
adulteram os OE esto:
A) Diluentes visveis ou no visveis cromatogra-
fia gasosa. So substncias que normalmente no
alteram o odor do OE. Alguns mtodos disponveis
para identific-las so TIC (Total Ion Current), tes-
tes de solubilidade alcolica/aquosa e alteraes na
operao da coluna do cromatgrafo;
B) Adio de OEs baratos a OEs caros;
C) Adio de isolados naturais. Exemplo: linalol na-
tural para converter o OE de manjerico-extico em
OE de manjerico-lavanda;
D) Adio de isolados naturais idnticos. So mol-
culas sintetizadas quimicamente, a partir de mat-
ria-prima animal, vegetal ou microbiana, e que tm
estrutura idntica natural. Exemplo: o mentol obti-
do do timol por hidrogenao. A discriminao des-
ses isolados frequentemente depende da disponibi-
lidade de bibliotecas caras, que so bancos de dados
acoplados ao equipamento GC/MS. Muitas vezes,
esses isolados deixam traos de sua sntese, como
o caso de compostos nitrogenados na l-carvona sin-
ttica;
E) Adio de isolados naturais idnticos de origem
petroqumica. Para identific-los, necessrio con-
duzir teste de quiralidade no GC/MS, isto porque a
sntese desses isolados produz mistura racmica
(enantimeros na mesma proporo), que no
observvel em OEs puros. Quando o isolado adicio-
nado um composto sem enantimero, como se ob-
serva com o timol, o teste de quiralidade j no pode
ser usado. Nesse caso, deve-se aplicar teste de car-
bono-14, um teste de difcil acesso a muitas empre-
sas, mesmo estrangeiras;
F) Adio de essncias sintticas.
Alm desses seis tipos de substncias
adulterantes, preciso lembrar que a qualidade dos
OEs pode ficar comprometida devido presena de
contaminantes, como pesticidas e metais pesados, e
tambm por sua deteriorao em virtude do arma-
zenamento inadequado.
A adulterao sempre pode ser acidental
ou intencional. Quando for intencional, ela pode se
converter numa prtica comercial vlida, contanto
que o consumidor final esteja alertado sobre ela. O
fabricante pode diluir um OE caro e alertar no rtulo
de que aquele OE est diludo. Nesse caso, o OE est
adulterado? Sim. Mas, ento, o consumidor est
sendo lesionado? No, uma vez que ele sabe que o
OE est diludo e comprar o produto se quiser.
Quando se trata da relao entre fornecedor e
consumidor, laudos cromatogrficos so indispen-
sveis, mas, no final das contas, o que mais importa
a reputao da empresa e uma poltica de marke-
ting aberta e clara. Pode-se enganar um consumidor
por muito tempo, mas no muitos por muito tempo.
Bibliografia:
Burfield, Tony. The Adulteration of Essential Oils - and the
Consequences to Aromatherapy & Natural Perfumery Practice.
Cropwatch.org, 2003-2008.
Castro, Mayra Correa e. Adulterao de leos Essenciais. Palestra
proferida no Congresso Online de Aromaterapia, Abr/15.
Gava. Altanir Jaime. Tecnologia de alimentos: princpios e
aplicaes. So Paulo: Nobel, 2008.
leos essenciais como
agentes de controle do
biofilme dental
Regina S. ManzochiCirurgi-dentista especialista em prtese dental, habili-
tada em prticas integrativas e complementares. Estar
no II Congresso Internacional de Aromatologia com a
palestra: Aplicao dos leos essenciais e terapu-
ticas complementares na odontologia.
A microbiota oral desempenha um papel
importante no aparecimento de doenas bucais
como a crie dental e doenas periodontais, per-
mitindo a colonizao na superfcie dentria de
vrios microorganismos, que se estruturam, de-
vido a uma sequncia de eventos, resultando em
uma comunidade microbiolgia organizada,
chamada de biofilme dental (Wolf et al., 2015;
Freires et al., 2015). A cavidade bucal representa
a mais complexa e diversa concentrao mi-
crobiana do corpo humano em contato com o
ambiente externo. A crie dentria ainda
considerada um problema epidemiolgico na
sade oral, possui carter multifatorial e compor-
tamental complexos (Cangussu et al., 2012). O
biofilme dental constitui um fator etiolgico
importante e especfico para a formao da leso
crie, embora no determinante (Carranza, 2004;
Oliveira, 2007). A doena periodontal o re-
sultado da interao entre o biofilme dental e os
tecidos periodontais, com consequente perda do
tecido de suporte do dente. Ambas, crie e doena
periodontal, consistem em uma interao com-
plexa influenciada por fatores genticos, am-
bientais, imunolgicos, comportamentais entre
outros (Lindhe, J., 1999).
Em algumas situaes temporrias e/ou
permanentes, o controle mecnico do biofilme
pode estar comprometido, por isso, meios de
controle qumico so indicados. A clorexidina foi
introduzida como um antissptico de larga ao
antimicrobiana contra bactrias Gram-positivas,
Gram-negativas e fungos. Possui caracterstica
bactericida e bacteriosttica prolongada podendo
agir durante 12 horas, propriedade esta deno-
minada de substantividade (Zanata et al., 2007;
Sato, 2009). Efeitos adversos foram encon-
trados com o uso da clorexidina como: mancha-
mento de colorao marrom-amarelada nas
regies cervicais e proximais dos dentes, de res-
tauraes, da placa bacteriana e superfcie
lingual (removidas com profilaxia profissional e
escovao com dentifrcios), alm de alteraes
no paladar (Carranza, 2004). Por isso, h ne-
cessidade de se buscar novas substncias que
sejam eficazes no controle da microbiota bucal,
mas com menos efeitos indesejveis, e que
complementem a remoo mecnica do biofilme
dentrio.
Nos ltimos anos, houve um aumento
no interesse pela aplicao dos leos essenciais
na odontologia, devido s suas propriedades
antimicrobianas no biofilme supra e sub-
gengival, sem os efeitos adversos, como, por
exemplo, da clorexidina (Dagli et al., 2013).
Estudos comprovaram atividade bactericida,
bacteriosttica e antifngicas dos leos
essenciais no biofilme dental (Kouidhi et al.,
2015; Takarada et al., 2004; Dagli et al., 2015;
Botelho et al., 2007; Oliveira, 2015; Freires et al,
2015; Filognio, 2015; Oliveira, 2007) como a
manuka e o tea tree (Castilho et al., 2007). O leo
de manuka mostrou ser efetivo quanto a inibio
do crescimento de bactrias relacionadas com a
crie e periodontopatias. Os leos de tea tree e
manuka inibiram a adeso de dois grupos de
bactrias: o Streptococus mutans, relacionado
com o biofilme supragengival e a crie, e
Porphyromonas gingivalis relacionada com o
EXPEDIENTE
Publicao etnobotnica, cientfica e cultural sobre leos
essenciais e aromatologia com edio gratuita quadrimestral.
Editor Responsvel: Fbin Lszl
Reviso: Janice Brito Mansur ([email protected])
Financeiro: Alexandra Bispo
Capa: Camilla Koscky
Produo: KOSCKY Produo e Arte Ltda. - ME
CNPJ: 23.727.171/0001-12
Autoria dos artigos no assinados ou com LZ: Fbin Lszl (LZ)
Dvidas, crticas, sugestes, envio de matrias e relatos:
[email protected] / Tel: +55 (31) 3486.2765
Circulao: Todo territrio nacional
Primeira impresso desta edio na grfica
BH Arte Design em BH/MG: 50.000 exemplares
Este jornal uma publicao cientfico-cultural amparada
pelos artigos 5 (IV,V,IX,XIII,XIV,XXVII), 216 (III), 218 (1,3,4) e
220 (1,2,6) da Constituio da Repblica Federativa do
Brasil/1988 e pelas Leis N 5.250/1967 e N 12.527/2011
(art. 3,4,5), assim como pelo artigo 19 da Declarao
Universal dos Direitos Humanos/1948 para livre publicao e
distribuio gratuita nos meios acadmicos, sociais e culturais
de todo o territrio nacional.
Possui o objetivo de informar pesquisas cientficas e a cultura
etnobotnica popular acerca do emprego de leos essenciais
em diversos segmentos dentro da cincia chamada
Aromatologia, visando, assim, contribuir no desenvolvimento
de novos estudos em Universidades para o avano cientfico.
As informaes cientfico-culturais contidas neste material e
os relatos populares no devem ser entendidos como
orientaes ou sugestes particulares para uso de leos es-
senciais, ou seja, sua utilizao deve ser feita sob a orientao
de um profissional qualificado na rea especfica do estudo
mencionado. A editora e o editor no se responsabilizam pelo
uso indevido por leigos das informaes aqui citadas, que so
meramente ilustrativas.
Os artigos deste jornal podem ser divulgados desde que
sejam mantidos intactos os direitos autorais com citao dos
nomes dos autores e deste jornal como fonte de publicao.
Adulterao de leos essenciais
biofilme subgengival e doenas periodontais
(Takarada et al., 2004; Castilho et al, 2007).
Portanto, o emprego dos leos essen-
ciais na Odontologia pode ser considerado um
instrumento de apoio e complemento na terapia
de diversas patologias bucais, estimulando o
desenvolvimento de novos produtos comerciais
com maior atividade farmacolgica, menor
toxicidade, biocompatveis, e possivelmente com
custos mais acessveis populao.
Referncias:
TAKARADA, K; et al. A comparison of the antibacterial efficacies of essential oil against oral
pathogens. Departamento of Microbiology, Tokyo Dental College. Oral Microbiology and
Immunology, 2004: 19: 61-64, 2004. / DAGLI, N.; et al. Essencial oils, their therapeutic
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& C o m m u n i t D e n t i s t r y . S e p O c t , 2 0 1 5 . D i s p o n v e l e m :
Acessado em 06/11/2015. /
CARRANZA, F. Periodontia Clnica. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. /
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Acessado em 06/11/2015. / ZANATTA, F.B; RSING, C. K. Clorexidina: mecanismos de ao
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CASTILHO, A. R.; et al. Produtos naturais em odontologia. Revista Sade- UNG, p. 11-19,
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/ OLIVEIRA, M. A. C. Investigao das propriedades anticariognicas de leos essenciais:
atividade antimicrobiana e caracterizao qumica, 95 f. Dissertao (mestrado)
Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia de So Jos dos Campos, 2012.
Disponvel em: . Acesso em: 06/11/2015. / LINDHE, J.
Tratado de Periodontia Clnica e Implantologia Oral. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1999. / CANGUSSU, M. C. T; LOPES, L. S. Epidemiologia da crie dentria no estado da
Bahia de 1968 a 2012. Revista Bahiana de Sade Pblica, v. 36, p. 640-650, jul/set 2012.
Acessado em 07/11/2015. Disponvel em: / FREIRES, I.A; et al. Antibacterial Activity of essencial oils
and their isolated constituints against cariogenic bacteria: a sistematic review. Brazilian
Journal of Medical and Biological Research. April, 2015. Disponvel em:
Acesso em: 07/11/2015. / FILOGNIO,
C.F.B, Estudo comparativo do efeito de leos vegetal e mineral contidos em dentifrcio no
controle do biofilme dentrio. 60 f.:il. Dissertao (Mestrado): Pontifcia Universidade
C a t l i c a d e M i n a s G e r a i s . 2 0 0 9 . D i s p o n v e l e m :
Acesso em: 10/11/2015. /SATO, L. Y. M,
Higiene bucal com clorexidina na preveno da pneumonia associada a ventilao mecnica.
Monografia de concluso do curso de odontologia, 12f. Universidade Federal do Amazonas,
2 0 0 9 . A c e s s o e m : 0 6 / 1 1 / 2 0 1 5 . D i s p o n v e l e m :
http://www.fao.ufam.edu.br/attachments/075_Monografia%20Lissa%20Sato%20pdf.pdf
Mayra Corra e Castro
Graduada em Lingustica pela UNICAMP/SP, ps-graduada em Gesto de
Negcios pela FAE/PR, Professora de yoga e Aromateraputa - Estar no
II Congresso Internacional de Aromatologia com a palestra online:
Aromaterapia em Livros - Bibliograa comentada.
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Baseado em experincias de tratamento e
resultados de investigao, criei uma chave
universal para a aplicao de qualquer leo
essencial existente, baseado em qual rgo
da planta ele foi extrado. Nomeei este
sistema de "Terapia da Essncia Herbal".
R A I Z e M A D E I R A : a j u d a m
principalmente nos rgos-funes das
regies inferiores do corpo humano.
F O L H A S e B R O T O S : a j u d a m
principalmente nos rgos-funes das
regies superiores do corpo humano.
FLORES, FRUTOS e SEMENTES:
ajudam principalmente nos rgos-funes
da cabea e todos os tecidos nervosos do
corpo humano.
Estas conexes levaram-me aplicao
de leos essenciais altamente diludos com-
postos em sinergias para aplicao em plan-
tas e solo para jardinagem e agricultura.
Praticamos isso com sucesso h 30 anos. Esta
aplicao chamada de "Cuidado Aromtico
Vegetal", que ns usamos para tonificar a
fora vital das plantas e organismos no solo
atravs do auxlio aos seus sistemas imuno-
lgicos para todos os tipos de pragas. Essa
uma contribuio ambiental para equilibrar o
ecossistema.
Outra descoberta incrvel dos nossos
estudos e experincias durante as nossas
investigaes de longo prazo o fato de
que o nosso nariz e a sua preferncia para
um determinado cheiro a expresso
individual e momentnea da demanda de
uma vibrao olfativa especial. Isso
significa: o dficit de um cliente para uma
certa vibrao expressa por sua prpria
escolha pelo aroma. E isso significaria
uma maneira fcil para trazer equilbrio
sade e mente.
Ento, na nossa "Terapia da Essncia
Herbal" e "Cosmoterapia" (incluindo cor,
som e cristais, todos em ressonncia), ns
no recomendamos nenhum leo essencial
para o tratamento, mas deixamos a deciso
para o prprio cliente seguindo o ditado
ingls: "seu nariz sabe". E o aromaterapeuta
pode, ento, sentir o que isso significa dentro
da situao de sade do cliente relativo ao
leo essencial selecionado por ele.
Mais tarde, investigamos a relao entre as
cores e os leos essenciais incluindo o nvel
vibracional e os rgos internos humanos.
omo bilogo trabalhando em Cin-
Ccias Ambientais, perguntava-me sobre o fato das molculas qumicas dos leos essenciais das plantas poderem
curar doenas e dar suporte ao estado de
sade do homem, pois as plantas parecem ser
organismos to diferentes quando compara-
das ao Ser Humano.
Ento, comecei a comparar as plantas com
seres humanos, biologicamente, encontran-
do as funes dos rgos das plantas como
raiz, folhas, flores, frutos e sementes, e obser-
vando a correspondncia das funes dos r-
gos humanos.
O resultado da minha investigao no
incio dos anos 80 foi uma correspondncia
incrvel entre os dois seres. Posso afirmar
que as razes das plantas correspondem ao
intestino humano, que as folhas cuidam de
todas as funes circulatrias como
corao, fgado, bao, pulmes e rins. E as
flores como a parte menos imitvel das
plantas, com o seu fruto especial e dispo-
sio gentica nica nas sementes, so cor-
respondentes forma individual de um
rosto humano como expresso da sua
prpria personalidade divina.
leos essenciais so conhecidos como os
portadores da "Essncia" (no sentido do
"Ser") de uma planta, pois so os portadores
do esprito delas. E "esprito" corresponde
tambm ao "esprito" dos Seres Humanos.
leos essenciais carregam o cheiro e a carac-
terstica original do rgo da planta de onde
foram extrados.
Por exemplo: o OE Vetiver extrado
das suas razes e tem um cheiro de terra
muito profundo. E ao redor da raiz desta
planta esto milhes de micro-organismos
da "flora edfica" (do solo) que tambm
so encontrados no nosso intestino
compondo nossa "flora intestinal". Esse
leo essencial e especialmente seu
hidrolato estimulam as funes dos
intestinos e dos rgos reprodutivos.
Esses nveis vibracionais so baseados
nos nossos rgos do sentido. Cada rgo do
sentido responsvel por um desses nveis
que ns definimos como "Nveis de
Sentido". Minha investigao no significado
do "sentido" dos nossos rgos, levou-me ao
resultado de que os Seres Humanos possuem
no apenas cinco (tato, paladar, olfato,
audio e viso) mas sete sentidos. Defini o
sexto sentido como o "Terceiro/ Olho Divi-
no", entre nossas sobrancelhas, na frente do
nosso sentido de autoconscincia. E eu defini
o corao como o stimo sentido, porque
qualquer rgo de percepo sensorial
totalmente baseado no suprimento ininter-
rupto de sangue proveniente do corao, de
outra maneira no haveria tato, viso, audi-
o, paladar, olfato ou qualquer tipo de cons-
cincia. Isso me levou ao insight: "Apenas o
corao faz sentido".
Outra relao interessante que, o
desenvolvimento original da pituitria ou
hipfise glndula hormonal mestra
situada na base do crebro e condutora de
todas as glndulas hormonais provm da
membrana da mucosa olfativa, na
formao do feto e, dessa forma, encon-
tram-se clulas olfativas na pituitria que
checam a consistncia do sangue circu-
lante, causando regulaes hormonais re-
levantes para equilibrar o metabolismo do
corpo e da mente.
Nossa Cosmoterapia uma integrao
coerente e cientfica de: Aromaterapia, Cro-
moterapia e Terapia de Som, com a Terapia
de Cristais.
E por ltimo, mas no menos importante,
baseado na nossa Musicoterapia, criamos
uma msica-csmica relacionada a cores e
tonalidades do espectro do arco-ris. Conse-
gui encontrar novas escalas com sete tons
que voc pode facilmente tocar sem causar
nenhuma dissonncia. Ento, voc est livre
para tocar a partir do seu corao sem ler
nenhuma nota em nosso recm- projetado
"Harpa-Csmica" para fazer msica na
terapia.
Em Cosmoterapia temos para qualquer
rgo do sentido uma terapia estimulante
convergente em um nico conceito.
Dietrich Gmbel
Doutor em zoologia, bilogo e gegrafo
Gunsbach/Alscia
Dr. Gmbel estar palestrando no II Congresso de Aromatologia e
ministrar dois dias de curso ps-congresso. Ele far tambm o
lanamento durante esse evento de seu livro Fundamentos da
terapia holstica com leos essenciais das plantas traduzido para o
portugus pela editora Laszlo com momento de autgrafos.
Correspondncias incrveis dos
leos essenciais com o ser humano
Desenvolvimento da hipfise de embrio humano
mostrando clulas olfatrias da mucosa pituitria.
Seres humanos
conseguem discriminar
at 1 trilho de cheiros
Andr Ferraz da Costa
Uma recente pesquisa publicada na revista
Science e conduzida no Laboratrio de Neurogen-
tica e Comportamento da Universidade Rockefeller
descobriu que os seres humanos so capazes de 1
discriminar at 1 trilho de cheiros diferentes .
Para determinar quantos estmulos podem ser
discriminados, necessrio saber o alcance do sen-
tido estudado. Cores, por exemplo, variam em
comprimentos de onda e intensidade. Sons variam
em frequncia e sonoridade. Seres humanos conse-
guem determinar as cores entre 390 e 700 nm e sons
entre 20 e 20,000 Hz. Aplicando essa metodologia,
cientistas realizaram pesquisas que estimaram que
os humanos podem distinguir entre 2.3 e 7.5 milhes 2,3 3
de cores e aproximadamente 340.000 tons .
Em relao ao sentido do olfato, um estudo
influente de 1927 estipulou que os seres humanos
poderiam discriminar entre at 10 mil cheiros dife-4
rentes . Esse estudo ficou famoso e citado at hoje.
Sabemos que os leos essenciais podem ter at
centenas de componentes qumicos diferentes , em-
bora apenas alguns poucos estejam em maior quan-
tidade. O que essa equipe de cientistas fez foi redu-
zir a complexidade investigando 128 molculas
combinadas em sinergias de 10, 20 e 30, e que
cobriam grande parte das notas olfativas.
Vinte e seis voluntrios completaram os 264
testes de discriminao entre as misturas, que va-
riaram de teste para teste. Nos experimentos duplo-
cego, foram apresentados aos sujeitos trs est-
mulos olfativos diferentes, sendo os dois primeiros
muito parecidos e o terceiro diferente.
Pares de misturas so mais difceis de discri-
minar, mas ainda assim metade dos voluntrios
conseguiu distinguir entre misturas que se sobre-
punham em at 75%. Alguns conseguiram distin-
guir misturas que se sobrepunham entre 75% e 90%
e ningum conseguiu discriminar entre aquelas em
mais de 90%.
As misturas que se sobrepunham em at 51,17%
foram discriminadas pela maioria dos voluntrios, o
que significa que o ser humano pode, em mdia,
discriminar mais de 1 trilho de misturas com 30
componentes. E salientam que este nmero pode ser
ainda maior. Primeiro porque no se sabe quantas
molculas aromticas existem, segundo porque es-
sas molculas podem se combinar em grupos de mais
de 30. Alm disso, eles descobriram que embora haja
misturas com os mesmos componentes, mas em por-
centagens diferentes, elas podem ser discriminadas.
Referncias: 1. Bushdid, C. et al. (2014) Humans can discriminate
more than one trillion olfactory stimuli. Science. 2014 March 21;
343(6177): 13701372. / 2. Pointer MR, Attridge GG. The number of
discernible colours. Color Res Appl. 1998; 23:5254. / 3. Nickerson D,
Newhall SM. A psychological color solid. J Opt Soc Am. 1943;
33:419422. / 4. Stevens, SS.; Davis, H. Hearing, its psychology and
physiology. John Wiley; New York: 1938. p. 152-154 / 5. Crocker EC,
Henderson LF. Analysis and classification of odors: an effort to
develop a workable method. Am Perfum Essent Oil Rev. 1927; 22:325
Voc sabia que HIPOSMIA (o termo m-
dico para um olfato danificado) est fre-
quentemente associado com uma possvel
deficincia de vitaminas B6, B12 ou A, assim
como dos minerais, de zinco ou de cobre?
Em muitos casos, a reposio dessas vitami-
nas e minerais, em especial zinco e B12, nor-
malizam a perda do olfato. Vegetarianos de-
vem ter ateno redobrada na suplementa-
o de B12 se sentirem perda de olfato.
-
4elevado valor comercial despertando, na
dcada de 2000, o interesse de pesquisadores
da UFC em cultivar a planta e produzir o leo
em escala industrial. Dessa forma, foi criada a
empresa Pronat, incubada no Parque de
Desenvolvimento Tecnolgico (PADETEC),
que montou plantio agrcola e unidade de
extrao do leo no Municpio de Horizonte-
CE. Com apenas 11 hectares plantados, a
empresa conseguiu atender ao mercado
Cearense e a exportar para os Estados Unidos,
onde a empresa AVEDA, principal compra-
dora do leo, lanou com sucesso uma loo
anti-acne naquele Pas.
Hoje, em 2015, outra empresa localizada
em Jaguaruana no Cear, est iniciando a
plantao e produo em escala industrial do
leo de alecrim-pimenta e espera, at incio de
2016, colocar o produto no mercado. As
anlises e controle de qualidade deste leo
esto sendo realizados pelos laboratrios do
Padetec, garantindo um padro de excelente
qualidade.
Este mais um bom exemplo de pesquisa
bsica que, pelo processo de incubao de em-
presas, se transforma em um produto de su-
cesso no mercado.
leos essenciais no
controle de doenas de
plantas
leos essenciais (OEs) produzidos pelo
metabolismo secundrio de plantas tm sido
vistos como fontes de substncias qumicas de
atividades biolgicas intensas. Estudos
realizados tm indicado o potencial dos mesmos
no controle de fitopatgenos, tanto por sua ao
fungitxica direta, como pela capacidade de
induo de resposta de defesa da planta (Schwan-
Estrada, 2003). Assim sendo, a explorao da
atividade biolgica de compostos presentes em
OEs de plantas tem constitudo em mais uma
forma potencial de controle de doenas em
plantas.
Vrios trabalhos so encontrados na
literatura sobre o uso de OEs no controle de fito-
patgenos. A maioria absoluta trata de seus efei-
tos diretos sobre os fitopatgenos principalmente
in vitro, mas tambm observada sua ao como
indutores de resistncia, levando as plantas a ele-
varem a produo de fitoalexinas, PR-protenas e
outros compostos de defesa, indicando a presena
nestes compostos de substncias com carac-
tersticas eliciadoras, que podem ter baixo impac-
to ao ambiente.
Como exemplo da efetividade de OEs no
controle direto sobre fitopatgenos pode-se citar
o trabalho desenvolvido por Pereira et al. (2011)
que evidenciaram uma atividade direta na ini-
bio do crescimento micelial de Cercospora
coffeicola por parte de OEs rvore de ch (Mela-
leuca alternifolia Cheel), canela (Cinnamomum
zeylanicum Breym), capim-limo (Cymbopogon
citratus Staph), citronela (Cymbopogon nardus
L.), cravo-da-ndia (Sizygium aromaticum L.),
eucalipto (Corymbia citriodora Hook), nim
(Azadirachta indica A. Juss) e tomilho (Thymus
vulgaris L.), alm do efeito direto atuando na
inibio do crescimento micelial. Esses autores
demonstraram tambm que os OEs de canela e
citronela reduziram a incidncia e a severidade da
cercosporiose em cafeeiro. A atividade direta de
OEs sobre fitopatgenos tambm foi documen-
tada por Roswalka et al. (2008), que relataram um
efeito fungitxico por parte do OE de cravo-da-
ndia, com uma inibio registrada de 100% no
crescimento micelial de Glomerella cingulata e
C. gloeosporioides. Analogamente, tal atividade
tambm foi relatada em pesquisas mais recentes,
realizadas por Perina et al.(2013) os quais obser-
varam que OEs de citronela (C. nardus) capim-
limo (C. citratus) e eucalipto (C. citriodora)
associados ao leite em p como solvente, apresen-
taram um controle da ordem de 67 a 74% na
severidade do odio da soja. De forma seme-
lhante, Teixeira et al. (2013) relataram uma
reduo na incidncia de Stenocarpella maydis
em sementes de 39,0% e 28% alcanadas com os
OEs de cravo-da-ndia e canela respectivamente.
No controle de doenas ps-colheita, os OEs
tambm tm mostrado ser efetivos em goiaba,
manga, mamo e banana, contra antracnose, tanto
diludos em leite em p 1% quanto associados a
pelculas de amido a 2% em revestimento de
frutos.
A induo de resistncia em plantas contra
patgenos tambm tem sido bastante pesquisada
nos ltimos anos, tanto na induo de fitoalexinas
como de PR-protenas sendo, sendo que em al-
alecrim-pimenta (Lippia sidoides), da
Ofamlia Verbenacea, uma planta me-dicinal nativa da caatinga do Nordeste do Brasil. Ocorre no serto nordestino,
sobretudo nos estados do Cear e Rio Grande
do Norte.
O gnero Lippia possui cerca de 200 esp-
cies de ervas, arbustos e pequenas rvores, que
so naturais da Amrica do Sul e Central. As
espcies deste gnero se destacam pelo aroma
forte e agradvel e seu aspecto atrativo no
perodo de florao.
Os primeiros relatos sobre o leo essencial
desta planta foram feitos pelo grupo de
pesquisas do Departamento de Qumica
Orgnica e Inorgnica da Universidade
Federal do Cear, em agosto de 1977, em
exemplar coletado na regio de Jucuri-RN.
O alto rendimento do leo essencial nesta
planta, chegando em alguns casos a 4%, e a sua
peculiar composio qumica, despertou o in-
teresse em estudos mais aprofundados sobre a
mesma.
Face presena majoritria no leo essen-
cial de Timol e Carvacrol, o mesmo se presta a
usos medicinais variados, principalmente pe-
las suas atividades antisspticas, antimicro-
biana, antifngica, antioxidante, anti-inflama-
tria e larvicida. Estudos tambm realizados
na UFC demonstraram que este leo essencial
pode ser usado com sucesso no controle das
larvas do Aedes aegypti.
O leo essencial das folhas do alecrim-
pimenta tambm atualmente usado por
indstrias farmacuticas, de perfumaria e cos-
mticos por suas propriedades antimicrobia-
nas e aromticas. O ch e a tintura diluda desta
espcie so tambm usados no tratamento de
problemas de pele (acne).
A Lippia sidoides, aps os estudos da UFC,
foi includa no programa Farmcias-Vivas,
criado no Laboratrio de Produtos Naturais da
UFC pelo Prof. Francisco Jos de Abreu
Matos, que fez parte da equipe de pesquisas do
Programa Botnica-Qumica e Farmacologia,
liderado pelo Prof. Afranio Arago Craveiro.
Referido programa, por mais de 20 anos,
estudou a flora nordestina, coletando,
classificando e analisando plantas da caatinga
nos seus aspectos botnicos, qumicos e
farmacolgicos.
A incluso desta planta no programa
Farmcia-Viva, despertou o interesse de pes-
quisadores de todo o Brasil que realizaram e
realizam trabalhos sobre a mesma, incluindo
diversos usos e patentes, fazendo com que hoje
a planta faa parte da Relao Nacional de
Plantas Medicinais de Interesse ao SUS
(RENISUS), relao esta que constituda de
espcies vegetais com potencial de avanar
nas etapas da cadeia produtiva e de gerar
produtos de interesse do Ministrio da Sade
do Brasil.
O leo essencial de alecrim-pimenta possui
leo essencial de
alecrim-pimenta
Laszlo - Rua Itana, 66 - Floresta/Colgio Batista - Belo Horizonte - MG - Tel: (31) 3486.2765 - Email: [email protected] - Website: www.laszlo.com.br
Prof. Afranio Arago Craveiro
Mestre em Qumica Orgnica - Parque de Desen-
volvimento Tecnolgico UFC Fortaleza-CE
Estar no II Congresso Internacional de
Aromatologia com a palestra: Princpios volteis
ativos de plantas medicinais brasileiras.
Composio:
Esta planta apresenta vrios quimiotipos em
relao composio qumica de seu OE, sendo
relatados quimiotipos ricos em carvacrol, p-
-cimeno, 1,8-cineol e quimiotipos ricos em
trans--cariofileno e em timol. Entre todos os
estudos, pode-se constatar que o principal
constituinte na maioria das extraes foi o
timol, sendo que sua concentrao nos OEs
estudados variou de 34 a 95%, seguido do
carvacrol, que quando majoritrio no OE,
mostrou variao de teor de 31,68 a 51,8%.
Outras propriedades:
O timol presente no leo de alecrim-pimenta,
uma substncia de alto poder antimicrobial,
agindo eficazmente contra um grande nmero
de bactrias, fungos, parasitas e vrus. Ele
igualmente possui propriedades hepatopro-4 1
tetoras , anticancergenas e imunoestimulantes
poderosas, agindo como recrutador de linfcitos 3
para o combate de infeces . Age protegendo o
corpo contra os efeitos nocivos de radiaes e 2 3
radicais livres , alm de ser anti-inflamatrio
com uso benfico no reumatismo e na artrite.
Referncias: 1. Kang SH, et al. J Microbiol Biotechnol. 2015
Oct 6./ 2. Archana PR, et al. Integr Cancer Ther. 2011
Dec;10(4):374-83. / 3. Fachini-Queiroz FC, et al. Evid Based
Complement Alternat Med. 2012;2012:657026. / 4. Alam K, et al.
Pharmacol Res. 1999 Aug;40(2):159-63.
Eduardo Alves
Agrnomo e Professor Associado do Departamento de
Fitopatologia da UFLA
Estar no II Congresso Internacional de
Aromatologia com a palestra: Aplicaes dos leos
essenciais no controle de doenas de plantas.
guns exemplos de estudos de Pereira et al. (2011)
utilizando OEs das espcies C. zeylanicum e C.
nardus, foram observadas a inibio do desenvol-
vimento e elongao da hifa do patgeno Cercos-
pora coffeicola em folhas de cafeeiro (Coffea
arabica L.) inoculadas aos dois dias aps a
aplicao, sugerindo a ativao de respostas de
defesa da planta e a atividade preventiva desses
OEs. Cien-tes desses dados, Pereira et al. (2012)
estudaram o efeito do OE de citronela (C. nardus)
no controle e na ativao de respostas de defesa
do cafeeiro contra a ferrugem e a cercosporiose do
cafeeiro. Dessa forma, esses autores demons-
traram que o OE de citronela controlou a ferru-
gem e a cercosporiose com eficcias de 47,2% e
29,7%, respectivamente e aumentou as atividades
das enzimas peroxidase e quitinase em mudas de
cafeeiro aps 336 e, 24 e 336 horas aps pul-
verizao, respectivamente.
Alm de doenas fngicas, as doenas
bacterianas apresentam desafios para o controle,
principalmente no que concerne agricultura
orgnica, na qual o uso de produtos qumicos
proibido. Nesse contexto, Lucas et al. (2012)
estudaram o potencial do OE de cravo-da-ndia
(S. aromaticum) na reduo da mancha bacteriana
do tomateiro, e a ativao de respostas bioqu-
micas de defesa de plantas. Com isso os autores
obtiveram um controle da mancha bacteriana do
tomateiro de 53,0% por parte do OE de cravo-da-
ndia. As resistncias induzidas em plantas, pelos
OEs de cravo-da-ndia, foram evidenciadas pelo
aumento da atividade das enzimas -1,3-
glucanases, quitinases, peroxidases iniciada logo
nas primeiras horas aps a pulverizao at 12
dias aps e do aumento do teor de lignina aos 12
dias aps as pulverizaes. Esses resultados le-
varam os autores a sugerir o uso de OE de cravo-
da-ndia como um potencial indutor de resistncia
em tomateiro.
As doses de leos essenciais com efei-
tos no controle de doenas em plantas tm
variado de 0,1 a 1 %, dependendo da espcie da
planta do qual o OE foi obtido e da doena a ser
controlada. Tambm tem sido observado que
doses maiores podem causar fitotoxidez em
plantas.
Referncias:
Lucas GC, et al (2012) Indian clove essential oil in the control of tomato
bacterial spot. Journal of Plant Pathology, v. 94, p. 45-51. / Pereira RB,
et al. Potential of essential oils for the control of brown eye spot in
coffee plants. Cincia e Agrotecnologia, v.35, p.115-123, 2011. /
Pereira RB, et al. Citronella essential oil in the control and activation of
coffee plants defense response against rust and brown eye spot. Cincia
e Agrotecnologia, v.36, p. 383-390, 2012. / Perina FJ, et al. Essential
oils and whole milk in the control of soybean powdery mildew. Cincia
Ruralv. 43, p. 1938-1944, 2013. / Rozwalka LC, et al. Extratos,
decoctos e leos essenciais de plantas medicinais e aromticas na
inibio de Glomerella cingulata e Colletotrichum gloeosporioides de
frutos de goiaba. Cincia Rural v.38, p. 301-307, 2008. / Schwan-
Estrada, K R F Potencial de extrato e leos essenciais de vegetais como
indutores de resistncia: plantas medicinais. In: II Reunio brasileira
sobre induo de resistncia em plantas contra fitopatgenos, So
Pedro. Anais. So Pedro: USP 2003. p. 147. 2003. / Teixeira GA, et
al.Essential oils on the control of stem and ear rot in maize. Cincia
Rural v.43, p.1945-1951, 2013.
OE de citronela aumenta a
resistncia do cafeeiro contra pragas.
-
ssim como o desenvolvimento da ho-
Ameopatia e sua medicao por Hahne-mann em 1779, novamente a Alemanha pioneira por lanar oficialmente no mercado um
medicamento exclusivamente a base de leo es-
sencial (OE) de lavanda (Lavandula angustifolia).
Em 2010, um laboratrio da Alemanha
registrou e lanou no mercado o medicamento
Silexan, cuja composio de cada cpsula varia
de 80 mg ou 160 mg de OE de lavanda (L. angus-
tifolia), contendo como principais constituintes o
linalol e o acetato de linalila (Silexan, register
2009). Os resultados das investigaes eviden-
ciaram a ao ansioltica deste medicamento, ao
ser ingerida 1 (uma) cpsula diariamente por
perodo de 14 dias consecutivos (Kasper, 2013;
2015), demonstrando que OE de lavanda to
eficaz quanto o benzodiazepnico lorazepam, em
adultos com desordem de ansiedade generalizada
(Woelk e Schlfke, 2010; Kasper, 2013; 2015).
Deste modo eles indicam seu uso clnico por via
oral para tratar ansiedade. Podemos calcular em
gotas, a quantidade de leo essencial de cada
cpsula, ser em torno de uma gota (para a cpsula
de 80 mg) e de 3 gotas (para a cpsula de 160
mg); o que coincide com a medida padro que
utiliza-se dentro da aromatologia francesa via
oral h mais de 50 anos para tratamento de
insnia e ansiedade, conforme vemos em livros
como Aromathrapie, Traitement des maladies
par les essences des plantes do Dr. Jean Valnet,
publicado em 1964
A ao ansioltica do OE de lavanda
no se caracteriza como a ao de um benzodia-
zepnico, o que pode explicar a ausncia de tole-
rncia, dependncia e sndrome de abstinncia
(Silenieks et al., 2013). Uehleke (2012), em seus
resultados, constatou a ao do OE de lavanda
tambm em situaes de estresse ps-traumtico,
vindo ao encontro das investigaes de Toda e
Moritomo (2008), relativas reduo do estresse
em voluntrios humanos quando submetidos
inalao do leo essencial de lavanda (Lavandula
angustifolia), e de Aprotosoaie (2014) e de Effati-
Daryani (2015). Uma das hipteses do mecanis-
mo da ao ansioltica do OE de Lavandula an-
gustifolia sustenta que este OE, atravs de seus
componentes, uma potente droga ansioltica,
semelhante ao frmaco pregabalina, que reduz o
influxo de clcio nos terminais pr-sinpticos em
neurnios hiperexcitados pr-sinapticos do hipo-
campo, reduzindo dessa forma a liberao de
neurotransmissores excitatrios, como o glu-
tamato (Simonnet, 2008; Carrasco et al., 2013;
Castro et al., 2013; Schuwald et al., 2013;
Vadivelu et al., 2014). Bagetta (2010) e Navarra
(2015) estudaram neuro-farmacologicamente a
ao, nos sintomas de ansiedade induzida por es-
tresse, transtornos leves de humor e dor do cn-
cer, de outro leo essencial cuja composio
inclui percentuais elevados dos componentes
linalol e acetato de linalila. Eles constataram a
capacidade do leo essencial em interferir no
hipocampo dos mamferos, na plasticidade sinp-
tica normal e patolgica. A neuroproteo foi
5
observada no decurso de uma isquemia cerebral e
dor. Estes autores associam esses efeitos aos
componentes do OE, entre eles o linalol e o
acetato de linalila.
Desse modo, a ingesto pura do leo
essencial de lavanda Lavandula angustifolia na
quantidade de 80 a 160 mg por dia est regula-
mentada na Alemanha para o tratamento da an-
siedade, com uma resposta teraputica superior a
medicao aloptica, sem os transtornos dos
efeitos colaterais.
Referncias:
1. APROTOSOAIE, A. C., et al. Linalool: a review on a key odorant
molecule with valuable biological properties. Flavour and Fragrance
Journal, 29(4), 193-219, 2014. / 2. BAGETTA, G.; et al. Review,
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453461, 2010. / 3. CARRASCO, J.L.; et al. Anlisis comparativo de
costes del inicio de terapia con pregabalina o ISRS/ISRN en pacientes
resistentes a las benzodiazepinas con trastorno de ansiedad generalizada
en Espaa. Actas Espaolas de Psiquiatra, v. 41, p. 164-74, 2013. / 4.
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2013. / 7. KASPER, et al. Efficacy of orally administered Silexan in
patients with an-xiety-related restlessness and disturbed sleepa
r a n d o m i z e d , p l a c e b o - c o n t r o l l e d t r i a l . E u r o p e a n
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SILENIEKS, L.B.; et al. Silexan, an essential oil from flowers of
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a broader concept. Local and Regional Anesthesia, 7, 1722, 2014. / 16.
WOELK, H.; SCHLFKE, S. A multi-center, double-blind, randomised
study of the lavender oil preparation silexan in comparison to lorazepam
for generalized anxiety disorder. Phytomedicine, v. 17, p. 9499, 2010.
As lavandas (popularmente conhecidas
como alfazemas) so pequenas ervas, comumente
empregadas em ornamentao.
Da lavanda se obtm um dos leos mais
populares no mundo dentro da aromaterapia. O
termo lavanda vem do latim lavare, "lavar", por-
que a planta era utilizada pelos romanos para lavar
roupa, tomar banho, aromatizar ambientes e como
produto curativo.
Na Frana, a colheita da lavanda ocorre
entre julho e agosto, tendo variaes em outros
pases conforme as estaes do ano. As plantas so
colhidas por mquinas quando esto com botes
floridos. O processo de destilao feito a vapor
da planta fresca ou seca.
Dentre os diferentes tipos de leos e
classificaes existentes temos:
Lavandula angustifolia o nome em
latim para a lavanda tradicional e clonada. So
sinnimos em latim Lavandula officialis e Lavan-
dula vera.
A lavanda tradicional multiplicada por
sementes e produz o leo de LAVANDA FINA,
que pode ser cultivada ou nascer de forma espon-
tnea em regies com altitude superiores a 1.000 m
ao longo dos alpes da alta Provence, de Vaucluse e
Drme. o produto de mais alta qualidade e o mais
ativo teraputicamente. A cor das flores da lavanda
tradicional varia do branco ao azul escuro, sendo
que os campos de lavanda clonada possuem uma
nica cor uniforme (geralmente azul).
LAVANDA AOC (Appelation Origine
Controll) uma lavanda tradicional. Com a aju-
da de um laboratrio e a anlise de amostras obti-
das de cada colheita, um comit de especialistas
avalia determinados fatores no leo e outras pro-
priedades. Atravs de uma criteriosa avaliao
determinada a qualidade de cada colheita e as
melhores amostras so classificadas pelo rtulo de
"AOC".
A.O.C. estabelece que o produto possui
o "rtulo de origem controlada". Este controle
feito pelo governo francs com o objetivo de
proteger a qualidade e integridade de produtos.
Para obter esta certificao, cultivadores e
processadores precisam aderir a um sistema de
padronizao e regulamentao do governo para
agricultura, colheita e destilao. O certificado
AOC conhecido em todo o mundo como um
smbolo de alta qualidade para produtos de origem
francesa e utilizado tambm em produtos como
vinho, vegetais, e outros produtos agrcolas. A
certificao AOC muito difcil de ser obtida e, no
caso da lavanda, precisa ser de espcies nascidas
de sementes (lavanda tradicional), em altitudes
elevadas acima de 1.000m e de plantas orgnicas.
Lavanda clonada (ou clonal) cultivada
a partir de clones de mudas e suporta baixas
altitudes. As mudas so selecionadas a partir de in-
divduos da lavanda tradicional pela sua qualidade
olfativa, analtica, de resistncia a doenas ou de
rendimento. Geralmente so utilizadas variedades
que se destacam pelo bom rendimento, algumas
das variedades comumente clonadas so a lavanda
MAILLETE e a MATHERONE (comuns na
Frana) e a BUENA VISTA (comum nos EUA),
todos multiplicados por estacas e adaptados para
desenvolverem-se em baixas altitudes. A lavanda
maillette possui flores de cor azul homognea.
A lavanda orgnica ou BIO pode ser
obtida da lavanda tradicional fina, da lavanda
clonada ou outros tipos (como lavandins) por um
cultivo orgnico certificado.
As LAVANDAS 38/40, 40/42, 48/50, 50/52
LZ
Laszlo - Rua Itana, 66 - Floresta/Colgio Batista - Belo Horizonte - MG - Tel: (31) 3486.2765 - Email: [email protected] - Website: www.laszlo.com.br
Ingesto de leo
essencial de lavanda
como medicamento
Adriana Nunes Wolffenbttel Doutora em Cincias Farmacuticas.
Estar no II Congresso Internacional de Aromatologia
com a palestra: Os leos essenciais de laranja doce e
amarga e os marcadores biolgicos melatonina (bem-
estar) e Cortisol (estresse).
Conhea mais sobre
as variedades do
leo da LAVANDA
so leos de lavanda naturais remarcados sob essas
classificaes. As porcentagens indicadas indicam
os teores de steres no leo. Geralmente os clientes
procuram leos com alto teor de steres. A concen-
trao deles pode ser aumentada atravs de uma
destilao fracionada (retificao), ou mistura de
leos com diferentes teores de steres. Des-
tiladores mal-intencionados podem tambm adi-
cionar acetato de linalila sinttico com o objetivo
de aumentar a concentrao de steres nesses -
leos. comum dar o nome das regies de cultivo s
lavandas com teores de steres padronizados como
a LAVANDA MONT BLANC (cultivada na regi-
o de Mont blanc) que um tipo de lavanda 40/42.
LAVANDA francesa, lavanda kashimir,
lavanda blgara, lavanda inglesa, lavanda
russa, entre outras, so terminologias utilizadas
para se definir o pas ou regio de cultivo e destila-
o desses leos e costumam ser todos obtidos da
Lavanda angustifolia, tendo leves variaes em
seu aroma e composio, mas os mesmos usos.
Lavandula X intermedia e Lavandula
hybrida (sinnimo) so os nomes em latim para h-
bridos de diferentes espcies de lavandas. So cha-
mados de LAVANDIM. Geralmente so obtidos
pelo cruzamento de variedades da Lavanda angus-
tifolia com a Lavanda latifolia.
O LAVANDIM GROSSO o mais co-
mum e das espcies o que fornece o melhor
rendimento. Possui alto teor de linalol no leo. O
LAVANDIM ABRIALIS uma das variedades
mais antigas e possui alto teor de cnfora e cineol
no leo. O LAVANDIM SUPER o mais similar
em composio, cheiro e propriedades com a La-
vandula angustifolia. Substitui a lavanda pela sua
similaridade, sendo muitas vezes uma opo mais
barata devido seu melhor rendimento. O LAVAN-
DIM SUMIAM raramente cultivado na atuali-
dade e similar ao abrialis.
A Lavandula latifolia d origem ao leo de
LAVANDA SPIKE. Este leo possui duas ra-as
qumicas, uma rica em cnfora, normalmente
produzida na Espanha, e outra rica em linalol, de
origem francesa ou americana. O quimiotipo can-
forado possui um aroma gelado, tipo eucalipto,
altamente estimulante e muito til nas rinites.
A Lavandula stoechas d origem ao leo de
LAVANDA ESTOECA, tambm chamada de
lavanda grega ou turca. Esta era a planta utilizada
pelos antigos romanos em seus banhos. O leo
rico em cnfora, cineol e o componente fenchona
que lhe d um aroma um pouco desagradvel. Ou-
tra espcie, a Lavandula dentata, LAVANDA
DENTATA, muito comum no Brasil e de fcil
adaptao, possuindo um leo de composio
similar estoeca, rico tambm em cineol, cnfora e
fenchona. Ambos os leos no possuem as pro-
priedades calmantes tpicas dos leos de lavanda.
LZ
-
perifericamente, sendo til para dores sist-11
micas e locais (via oral ou diludo de 3-5%) .
Demonstrou-se ainda que o OE cedro do
Himalaia significativamente inibiu a adeso de
neutrfilos. Isso indica que no local da inflama-
o este OE pode reduzir o nmero de neutr-
filos, diminuindo a ao da fagocitose e tambm
a liberao de enzimas e mediadores que tornam
a inflamao pior, comprovando tambm sua ati-10,11
vidade imunomodulatria .
O OE cedro do Atlas, por ter composio
qumica muito semelhante do cedro do Himalaia,
pode ser utilizado com as mesmas indicaes.
Alm disso ele indicado como um dos mais po-
tentes para celulite e para retenes hidrolpidi-
cas, tendo propriedades lipolticas e linfotnicas,
sendo portanto um bom OE a ser usado em mas-1
sagem e como regenerador e tonificante arterial .
Estes leos essenciais tem baixa toxicidade (>5 12
g/kg) .
Referncias: 1. Faucon, M. (2012) Trait D'aromathrapie scientifique et mdicale. Sang de La Terre. / 2. https://pt.wikipedia.org/wiki/Pinus_longaeva, acesso em
23/10/2015 s 13:01. / 3. Laszlo, F. (2014) As mmias contam os segredos dos ossos
fortes dos faras. Jornal IBRA 07/2014 / 4. Koller, T. et al. (2003) Effective mumification
compounds used in Pharaonic Egypt: Reactivity on Bone Alkaline Phosphatase.
Naturforsch. / 5. Loizzo, M.R. et al. (2007) Composition and -amilase inhibitory effect
of essential oils from Cedrus libani. / 6. Loizzo, M.R. et al. (2008) Phytochemical
analysis and in vitro evaluation of the biological activity against herpes simples virus
type 1 (HSV-1) of Cedrus libani. Phytomedicine 15:79-83. / 7. Saab , A. et al. (2005)
Essential oil components in heart wood of Cedrus libani and Cedrus atlantica from
Lebanon. Minerva Biot.,2005;17;159-161). 8. / Singh, P. et al (2014) Devadaru (Cedrus
deodara): a critical review on the medicinal plant. Int. J. Ayur. Pharma Research. 2(1):1-
10. / 9. Chaudary A.K. et al. (2012) Cedrus deodara (Roxb.) Loud.: A Review on its
Ethnobotany, Phytochemical and Pharmacological Profile. Phcog J. 3(23). / 10. Shinde et
al (1999) Preliminary studies on the immunomodulatory activity of Cedrus deodara
wood oil. Fitoterapia 70 333-339 / 11. Shinde et al. (1999) Studies on the anti-
inflammatory and analgesic activity of Cedrus deodara (Roxb.) Loud. wood oil. Journal
of Ethnopharmacology. 65 21-27 / 12. Tisserand. R. & Young, R. (2014) Essential Oil
Safety. Churchill Livingstone. / 13. Shinde et al. (1999) Membrane Stabilizing Activity -
a possible mechanism of action for the anti-inflammatory activity of Cedrus deodara
wood oil. Fitoterapia 70:251-257
6
Chipre (Cedrus brevifolia). De forma muito
interessante, eles tm uma composio qumica
bem distinta de todas as outras plantas da famlia
Pinaceae. H presena de at 85% de sesqui-
terpenos em sua composio, sendo o himaca-
leno o marcador principal. Possivelmente esta
composio o que tornou sua madeira to apre-3
ciada por reis e faras de todo o mundo antigo .
O cedro citado na Epopeia de Gilgamesh,
considerada a mais antiga obra literria da huma-
nidade, e entre os faras do Egito Antigo ocupava
uma posio privilegiada. Descobriu-se recente-
mente atravs de anlises em laboratrio que
muitos faras foram embalsamados com uma
mistura contendo leo essencial de cedro, e que
isso determinou o fato dessas mmias estarem
praticamente intactas mesmo aps milhares de 4
anos lacradas .
Em um estudo cientfico realizado com o OE
extrado da madeira do cedro do Lbano desco-
briu-se que ele inibiu significativamente a ao
da enzima -amilase, responsvel por quebrar
molculas de amido e glicognio em acares 5
mais simples . Extensos esforos tm sido feitos
nas ltimas dcadas para encontrar um inibidor
efetivo da -amilase com o objetivo de controlar
o diabetes. Por terem composio qumica muito
semelhante, pode se usar o cedro do Atlas e do
Himalaia tambm.
Um outro estudo conduzido pela mesma
equipe descobriu uma potente atividade do OE de
cedro do Lbano frente ao herpes simplex tipo 1 6
(HSV-1) . Alm disso, este leo essencial uti-
lizado h milnios para tratamento de hansenase
e lceras pelo seu poder antissptico e anti-infla-7
matrio .
Em snscrito, o cedro do Himalaia chamado
de Devadaru, que significa literalmente "madeira
dos deuses". Nativo da regio montanhosa dos
Himalaias, uma rvore linda e majestosa,
crescendo at 80 m de altura, tendo a espcie
mais antiga encontrada cerca de 747 anos.
Na medicina Ayurvdica utilizado para
tratamento de dispepsia, insnia, febre, bron-
quite, tosse, problemas urinrios, coceira, gln-
dulas tuberculosas, oftalmia, transtorno mental,
reumatismo, epilepsia e problemas de pele em 8
geral . empregado entre a tradio indiana
como antissptico, analgsico, diafortico, em
lceras, queimaduras, contuses, lepra, cncer,
osteoartrite, diarreia, enxaqueca, flatulncia, 9
congesto e hemorroidas .
Mostrou em ensaios ser um potente anti-
-inflamatrio inibindo a liberao de histaminas
por mastcitos, sendo portanto recomendado pa-
ra tratamento de alergias. O possvel mecanismo
levantado pelos autores foi o efeito estabilizador
de membranas e inibio da produo de pros-13
taglandinas inflamatrias .
Descobriu-se ainda que o OE de cedro do
Himalaia teve potente efeito anti-inflamatrio
com efeito comparvel ao diclofenaco de sdio 11
(DFS) . Demonstrou ainda ser duas vezes mais
potente do que o DFS (10 mg/kg) para artrite
reumatoide na dosagem de 100 mg/kg. Alm dis-
so, demonstrou potente atividade analgsica com
efeito comparado morfina, agindo central e
Qual a diferena entre
AROMATOLOGIA e
AROMATERAPIA?
AROMATERAPIA um termo que
surgiu na Frana, na dcada de 30, para repre-
sentar o uso teraputico dos leos essenciais.
Quando a aromaterapia foi levada para a Ingla-
terra, ela passou a ser empregada com um
maior enfoque no bem-estar e com uma con-
cepo mais holstica em sua prtica e menos
mdica. Isso fez, com o passar do tempo, que
surgisse uma diviso deste conceito. Assim, te-
mos atualmente uma escola inglesa, voltada
mais ao bem-estar e focada apenas no uso ex-
terno e uma escola francesa, mais voltada ao
tratamento de sade e que abrange, alm do uso
externo, tambm o uso interno dos OEs.
O termo AROMATOLOGIA
surgiu ento nesse cenrio na dcada de 70,
tambm na Frana, e tinha a inteno de desig-
nar uma prtica mais cientfica que a aromate-
rapia tinha nesse pas com o estudo mais tc-
nico e farmacolgico dos leos essenciais.
Com o tempo, este conceito ampliou-se e ad-
quiriu a concepo de cincia, uma vez que
o uso dos leos essenciais vai muito alm de
apenas sua prtica teraputica.
Consideramos assim que a ARO-
MATOLOGIA o ramo da cincia que estu-
da os leos essenciais e matrias aromticas
dentro de suas mais variadas prticas, en-
globando no s seu uso teraputico por
meio da aromaterapia, como tambm seu
uso na gastronomia, psicologia, cosmtica,
perfumaria, veterinria, agronomia, no
marketing e outros segmentos.
Entendido isso, vemos que a aroma-
terapia apenas um dos ramos da aromatologia
e, por essa razo, quando fomentamos a ocor-
rncia do primeiro Congresso de Aromatologia
no pas, nossa inteno foi fazer com que esta
nova cincia ganhasse credibilidade e adqui-
risse consistncia e reconhecimento pelos mei-
os acadmicos e pblicos. E, para fazer isso, em
cada congresso so convidados palestrantes
das mais diversas reas, e com os mais dife-
rentes conceitos, para ilustrar a amplitude que
esta cincia possui. Temos, de um lado, cientis-
tas e pesquisadores com uma base muito slida
participando sempre dos congressos e, do ou-
tro, aromaterapeutas e profissionais da sade
com vises que permeiam desde aspectos cien-
tficos, holsticos e alguns at msticos. A inten-
o com isso mostrar que esse conhecimento
possui vrias formas de ser entendido, absor-
vido e praticado na vida das pessoas.
No devemos confundir o termo
AROMACOLOGIA com AROMATOLO-
GIA, pois a aromacologia com letra C uma
palavra criada e patenteada em 1989, em Nova
Iorque, pelo Sense of Smell Institute, formal-
mente conhecido como Fundao para Pesquisa
do Olfato, sendo um termo criado para descrever
o conceito desenvolvido para o estudo das inter-
relaes entre psicologia e tecnologia de fra-
grncias. Podemos considerar tambm que a
AromaCologia seja um ramo da cincia mais
abrangente denominada AromaTologia.
s gimnospermas surgiram no perodo
ADevoniano, h cerca de 360 m.a. e so as plantas aromticas mais antigas encon-tradas at hoje na natureza. Compreendendo a di-
viso Pinophyta, temos grandes famlias de plan-
tas aromticas como a famlia Pinaceae e
Cupressaceae. Na famlia Pinaceae, esto todas
as espcies de pinheiros (Pinus sp.), espruce
negro e espruce da Noruega (Picea sp.), abetos
(Abies sp.), espruce branco (Tsuga canadensis), e
os cedros verdadeiros (Cedrus sp.).
Na famlia Cupressaceae encontramos as
espcies dos cedros falsos: cedro da China
(Cupressus funebris), cedro da Virgnia (Junipe-
rus virginiana), cedro do Texas (Juniperus Mexi-
cana), cedro vermelho (Thuja plicata), cedro
ma (Thuja occidentalis), cedro japons (Cryp-
tomeria japonica), cedro Port Oxford (Chama-
ecyparis lawsoniana), e alguns outros que so
chamados de cedros dependendo da regio.
Uma caracterstica evolutiva interessante das
famlias Pinaceae e Cupressaceae a quase
totalidade de monoterpenos hidrocarbonetos,
principalmente o alfa-pineno (
-
Os Helichrysuns so plantas arbustivas
perenes da famlia Asteraceae conhecidas pelos nomes
de sempre-viva (Everlasting Flower) e flor imortal
(Immortelle). O nome botnico destas plantas deriva
das palavras gregas Helios que significa sol e Chrysos
que significa ouro.
A colheita das sempre-vivas feita durante
a fase de florao, nas primeiras horas da manh, quan-
do a concentrao de leos essenciais nas flores mais
elevada. As flores escolhidas so ento destiladas usan-
do vapor ao longo de um perodo de 24 horas.
Existem diferentes tipos de sempre-vivas
disseminadas em inmeros pases do mundo. Muitas
delas so aromticas e possuem leo essencial total-
mente distinto umas das outras, no podendo, portanto,
ter usos similares.
Em geral, o teor de leo essencial da flor das
sempre vivas muito baixo. Por exemplo, a variedade
H. italicum tem menos de 0,05% , indicativo de que a
produo de um quilo deste leo essencial exige que
mais de uma tonelada de flores sejam colhidas.
A variedade mais famosa de sempre-viva,
denominada popularmente de Immortelle provm da
espcie Helichrysum italicum. Esta espcie possui, em
seu leo essencial e absoluto, italidionas, que so di-
cetonas exclusivas dessa variedade e no encontradas
em nenhuma outra espcie de erva conhecida.
Fenomenais propriedades teraputicas so
atribudas a este leo essencial. Suas italidionas so po-
tentes estimulantes da regenerao da matriz extrace-
lular, pois aumentam drasticamente a produo de col-
geno na pele, reduzindo rugas e cicatrizes, tratando
queimaduras e auxiliando no fechamento de escaras e
feridas. Em cosmticos, um importante elemento que
traz beleza e jovialidade pele, pois as italidionas
tambm agem reduzindo visivelmente a intensidade da
cor de manchas escuras na pele, clareando inclusive
olheiras, alm de ser muito til em hematomas.
A sempre-viva Immortelle contm altos
nveis de acetato de nerila, outro composto responsvel
pelo suporte inigualvel deste OE na reconstruo de
tecidos. Esse componente tambm possui efeitos rela-
xantes que reduzem a tenso nos tecidos contribuindo
para reduo da formao de rugas. Tambm age na
esfera emocional trabalhando a ansiedade e depresso.
Os curcumenos so molculas encontradas
nos leos de gengibre e turmrico e tambm esto pre-
sentes na Immortelle. Possuem poderosa ao anti-
-inflamatria e analgsica que permite a este OE ter
qualidades interessantes no tratamento de reumatismo,
artrite, dores, dermatites e psorase.
Segundo Battaglia, em seu livro The
Complete Guide to Aromatherapy, este leo seria um
dos mais poderosos agentes quelantes para remoo de
metais pesados e toxinas do corpo. E Kurt Schnaubelt
em seu livro Advanced Aromatherapy, cita: O efeito
analgsico de reduo de dores e efeitos regenerativos
da sempre-viva Immortelle nico. Se aplicado em
tempo, este leo previne hemorragias. muito eficiente
7
Mentraste (Ageratum conyzoides)
O mentraste uma erva que nasce esponta-
neamente em campos e jardins em todo o Brasil. co-
nhecida na fitoterapia popular tambm com os nomes
de catinga-de-bode ou erva-de-So-Joo (no o hip-
rico). Esta planta tem tido seu consumo aumentado, a
partir de sua incluso na lista da Central de Medi-
camentos da Anvisa (Resoluo RDC n. 10/2010
Anexo I) e subsequente comprovao de sua eficcia
como analgsico e anti-inflamatrio.
um leo essencial raro que est chegando
recentemente ao mercado de aromaterapia nacional. Os
compostos predominantes deste leo essencial so o b-
cariofileno (12 a 16%) e os cromenos, principalmente
precoceno I (60 a 75%) e precoceno II (
-
18 a 20 de Maro de 2016Belo Horizonte - Minas Gerais
2 CONGRESSOS UNIDOS PARA UM 1 GRANDE EVENTO!
VERSO PRESENCIAL + VERSO ONLINEMais de 60 palestras. Comparecendo presencialmente ou apenas online, voc no perde nada!
PALESTRAS (CIA) - 18 e 19 de Maro:
Damio Pergentino de Souza:ASPECTOS QUMICOS E FARMACOLGICOS DA BIOATIVIDADE DOS LEOS ESSENCIAIS.
Guilherme Peniche:O EFEITO DA AROMATERAPIA NA DOR DO ATLETA.
Dra. Regina Manzochi:APLICAO DOS LEOS ESSENCIAIS E TERAPUTICAS COMPLEMENTARES NA ODONTOLOGIA.
Eduardo Alves:APLICAO DOS LEOS ESSENCIAIS NO CONTROLE DE DOENAS DE PLANTAS.
Dr. Jair Guilherme dos Santos Jr.AROMATERAPIA PARA TRANSTORNOS DE COMPORTAMENTO EM CES.
Dr. Afrnio Arago CraveiroPRINCPIOS VOLTEIS ATIVOS DE PLANTAS MEDICINAIS BRASILEIRAS.
Marcela Machado:UMA VISO SOBRE A SEGURANA E EFICCIA DOS LEOS VOLTEIS.
Andr Ferraz:AROMATERAPIA NA GESTAO, PARTO E PS PARTO.
Luciane Vishwa:PARCERIA MOLECULAR - A INTELIGNCIA DOS LEOS ESSENCIAIS.
Dra. Adriana Nunes Wolffenbttel:OS LEOS DE LARANJA DOCE E AMARGA, E OS MARCADORES BIOLGICOS MELATONINA (BEM ESTAR) E CORTISOL (ESTRESSE).
Ozlia Carvalho:ALM DOS AROMAS - TERAPIAS PARA O CORPO E ALMA (EXPERINCIAS COM AROMATERAPIA EM SPAS).
Smia Maluf :SNDROME GERAL DE ADAPTAO - AS CONSEQUNCIAS DO ESTRESSE DIRIO E A EFICCIA DA AROMATERAPIA.
Dietrich Gmbel (Alemanha):O EFEITO DA RELAO ENTRE HOMEM E PLANTA ATRAVS DOS LEOS ESSENCIAIS.
PALESTRANTE EM DESTAQUE:
DR. DIETRICH GMBEL
Doutor em Zoologia, bilogo e gegrafo. Escritor de in-meras e ilustres obras como Fundamentos da terapia ho-lstica com leos essenciais das plantas, livro que serlanado no evento em edio traduzida para o portugus. Momento indito e especial!
Dia 22/03: Uma chave universal para aplicao de leos essenciais. Curso baseado na inter-relao homem-planta.
Participe dos Cursos Ps-Congressosque sero ministrados por Gmbel:
Dia 23/03: A correspondncia entre leos essenciais, cores e tons, dentro do conceito da Cosmoterapia.
Dr. Renato Meneguelo:FOSFOETANOLAMINA E SEU POTENCIAL TERAPUTICO CONTRA O CNCER.
PALESTRAS (CIMI) - 20 de Maro:
Dr. Jos Eduardo Faria:OS PERIGOS DA CONTAMINAO BIOLGICA E A AO REDENTORA DO DETOX.
Dr. Mark Sircus (EUA) :MAGNSIO E BICARBONATO DE SDIO: MEDICAMENTOS CASEIROS DE EMERGNCIA.
Dr. Emerson Godoi:A FORMA QUE NASCEMOS INFLUENCIA O QUE SEREMOS.
Dr. Elisaldo Carlini :O USO MEDICINAL DA CANNABIS.
Ailla Pacheco :PRTICAS INTEGRATIVAS DA SADE - DA ESPIRITUALIDADE CINCIA.
O evento oferecer um coquetelcomemorativo aos participantesno momento dos autgrafos.
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II Congresso Internacional
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INTEGRATIVA
I Congresso Internacional de