Jornal - maio - 2010

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Jornal Mensal de Educação Ano 08 | Maio de 2010 | N.° 81 distribuição gratuita Faltam técnicos para empresas e indústrias Esther Cristina Pereira Pág. 06 Colunistas Resiliência no papel de ser mãe Jacir J. Venturi Mãe é bússola, GPS e multifuncional Teo Pereira Neto Pág. 14 Vale a pena saber um pouco mais (2) Pág. 13 Fiep compra Famec O Sistema Federação das Indús- trias do Estado do Paraná (Fiep) comprou a Faculdade Metropoli- tana de Curitiba (Famec), instala- da em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. O anúncio foi feito em um encon- tro dia 5 entre o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, professores, dirigentes e funcio- nários da instituição. Página 8. As empresas e indústrias paranaenses têm sentido o reflexo de uma decisão governamental, que fez com que as instituições de ensino ofertassem menos cursos técnico- profissionalizantes. Para tentar suprir a demanda, muitas empresas têm ido buscar os futuros profissionais ainda dentro das instituições de ensino, ainda com formação incompleta, mas que possibilita ter o estudante como estagiário nesse momento para assegurá-lo como funcionário no futuro. Páginas 4, 5 e 6. O Colégio Estadual do Paraná (CEP), o maior da rede, terá um diretor eleito pela comunidade estudantil. O anúncio foi feito no início deste mês pelo governador Orlando Pessuti (PMDB), durante reunião com representantes do Grêmio Estudantil. A realização de eleições para a diretoria do CEP é uma antiga reivindicação da comunidade escolar. Atualmente as eleições eram vetadas pela legislação estadual, por ser órgão de gestão especial, com autonomia e orçamento próprios. Página 7. Colégio Estadual terá eleição direta para diretor

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Jornal Mensal de Educação

Ano 08 | Maio de 2010 | N.° 81distribuição gratuita

Faltam técnicos para empresas e indústrias

Esther Cristina Pereira

Pág. 06

Colunistas

Resiliência no papel de ser mãe

Jacir J. Venturi

Mãe é bússola, GPS e multifuncional

Teo Pereira Neto

Pág. 14

Vale a pena saber um pouco mais (2)

Pág. 13

Fiep compra Famec

O Sistema Federação das Indús-trias do Estado do Paraná (Fiep) comprou a Faculdade Metropoli-tana de Curitiba (Famec), instala-da em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. O anúncio foi feito em um encon-tro dia 5 entre o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, professores, dirigentes e funcio-nários da instituição. Página 8.

As empresas e indústrias paranaenses têm sentido o refl exo de uma decisão governamental, que fez com que as instituições de ensino ofertassem menos cursos técnico-profi ssionalizantes. Para tentar suprir a demanda, muitas empresas têm ido buscar os futuros profi ssionais ainda dentro das instituições de ensino, ainda com formação incompleta, mas que possibilita ter o estudante como estagiário nesse momento para assegurá-lo como funcionário no futuro. Páginas 4, 5 e 6.

O Colégio Estadual do Paraná (CEP), o maior

da rede, terá um diretor eleito pela comunidade

estudantil. O anúncio foi feito no início deste

mês pelo governador Orlando Pessuti (PMDB),

durante reunião com representantes do Grêmio

Estudantil. A realização de eleições para a

diretoria do CEP é uma antiga reivindicação da

comunidade escolar. Atualmente as eleições eram

vetadas pela legislação estadual, por ser órgão

de gestão especial, com autonomia e orçamento

próprios. Página 7.

Colégio Estadual terá eleição direta para diretor

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Mercado de trabalho está aquecido e há muitas vagas

Empresas correm atrás de técnicos

O Brasil anda carente de profi ssionais da área técnica. Pesquisas revelam que hoje exis-tem mais vagas no mercado do que profi ssionais formados para suprir essa demanda. Empresas e indústrias têm tido difi culdade em contratar jo-vens da categoria e muitas acabam por buscar os alunos antes da conclusão do curso. Segun-do o diretor de educação profi ssional da Univer-sidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Ricardo Karvat, depois que houve mudança na lei, anos atrás, as instituições de ensino passa-ram a ofertar menos cursos técnicos. “Com essa diminuição na oferta, consequentemente o nú-

Helio [email protected]

mero de jovens qualifi cados e preparados tam-bém seria menor e isso se refl ete atualmente, por isso há mais vagas do que profi ssionais”.

O diretor do Senai Paraná, João Barreto Lopes, diz que o estado abrigará uma série de vagas de emprego, que necessitarão de pes-soas capacitadas. “É aí que entram esses jo-vens técnicos. Quanto mais profi ssionais bons colocarmos no mercado de trabalho, contribui-remos muito mais para o desenvolvimento do país e, consequentemente, supriremos essas vagas pendentes hoje em dia”, declara.

E há outras novidades. Um projeto, na Câmara dos Deputados, em Brasília, pro-põe uma bolsa de estudo para esses jovens profi ssionais. E o Paraná anuncia a criação de diversos centros de formação profi ssio-nal, espalhados pelas cidades do interior. É todo mundo apostando no potencial dessa rapaziada.

Tenha uma ótima leitura!

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Faltam técnicos para o mercado de trabalhoEm um espaço cada vez mais

competitivo no mercado de trabalho, qualquer diferenciação no currículo é um ponto positivo aos candidatos a um emprego. Começar, logo na adolescência, a ter contato com esse universo, é uma possibilidade que os jovens têm tido ao longo dos anos. Aliam os estudos tradicionais com aprendizagem técnica, nos chama-dos Cursos Técnicos Integrados, que ofertam o ensino médio juntamente com o técnico, sem desvincular o conteúdo de ambos os currículos.

Pesquisas revelam que hoje existem mais vagas no mercado do que profi ssionais formados para su-prir essa demanda. Empresas e in-dústrias têm tido difi culdade em con-tratar jovens da categoria e muitas acabam por buscar os alunos antes da conclusão do curso. Muitos jo-vens ingressam no ensino superior em seguida.

O diretor de educação profi s-sional da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Ricar-do Karvat, comenta que depois que houve mudança na lei, anos atrás, as instituições de ensino passaram a ofertar menos cursos técnicos. “Com essa diminuição na oferta, conse-quentemente o número de jovens qualifi cados e preparados também

seria menor e isso se refl ete atual-mente, por isso há mais vagas do que profi ssionais”, declara.

A UTFPR é uma das institui-ções que ofertam o ensino médio técnico e cuidam da orientação dos jovens ao mercado de traba-lho. “O estágio é obrigatório para a conclusão do curso. Quando o aluno tem difi culdade em achar, damos todo o suporte na procu-ra”, ressalta. “O aluno não sai sem experiência, por menor que ela venha a ser, na área em que estu-dou”, diz.

O reitor do Instituto Federal do Paraná (IFPR), Alípio Santos Leal Neto, salienta que o ensino médio técnico desenvolve habili-dades que os jovens não seriam capazes de descobrir tão cedo ou nem chegariam a saber que pos-suíam. “As pessoas que fazem essa modalidade de ensino ama-durecem mais rapidamente. Isso é extremamente positivo, tanto para o mercado de trabalho quanto para a vida delas mesmas”, res-salta.

Alípio ainda comenta que não há desenvolvimento sem profi ssio-nais qualifi cados e com o avanço da tecnologia atualmente, é im-prescindível mão-de-obra espe-

cializada. “A partir dos 14 anos, já é muito bom para o jovem ter con-tato com o mercado e viver essas experiências. Daqui a alguns anos o Brasil deverá se fi rmar como 5.ª maior potência do mundo e pre-cisaremos de pessoas, e por que não jovens, que atendam essa de-manda”, completa.

De acordo com ele, o inves-timento do governo federal na educação profi ssional vem numa crescente signifi cativa. Em 2002

eram 140 institutos federais, até o fi -nal deste ano esse número deve sal-tar para 350. Até 2020, a estimativa é que o Brasil tenha cerca de mil uni-dades em todo o seu território. “No Paraná, das 16 unidades previstas, 12 já estão implantadas, são 90% de presença em todo o estado. A ca-racterística do ensino médio técnico é trabalhar a criatividade do aluno, ou seja, aliando assim desenvolvimento com as novas tecnologias que têm aparecido”, complementa.

Mercado no estado tende a crescer e precisará de profi ssionais

O diretor do Senai Paraná, João Barreto Lopes, diz que o estado abrigará uma série de vagas de emprego, que necessitarão de pessoas capacita-das. “É aí que entram esses jovens técnicos. Quanto mais profi ssionais bons colocarmos no mercado de trabalho, contribuiremos muito mais para o desen-volvimento do país e, consequentemente, suprire-mos essas vagas pendentes hoje em dia”, declara.

Há mais de 30 anos o Senai foi criado para atender e tem o seu foco voltado para as necessi-dades das indústrias. Hoje são 130 cursos técnicos em todo o Paraná. “Mantemos um diálogo com o setor industrial por meio da Federação das Indús-trias do Estado do Paraná (Fiep), a fi m de sempre ocupar as vagas existentes no mercado”, destaca.

De acordo com Barreto, além da formação, o Senai cuida da manutenção do conhecimento técnico adquirido pelos alunos. “Em âmbito nacio-nal, 75% dos alunos conseguem um emprego ao término dos cursos. Em nível estadual, a porcenta-gem sobe para 91%, ou seja, os jovens saem bem preparados para entrarem no mercado e ocupar as

vagas que lhes são destinadas”. Ele ainda aconselha os jovens a procurar o en-

sino médio técnico, porque “é uma solução rápida, barata e efi caz e, aqui no Paraná, ainda é garantia na conquista de um emprego e atendimento à demanda por profi ssionais qualifi cados”, destaca.

O Ministério da Educação (MEC) tem se preocu-pado com a situação e tem investido na modalidade de ensino médio técnico. Ricardo Karvat diz que os institutos federais têm apostado na ampliação de suas unidades e, a médio e longo prazo, o número de alu-nos crescerá, juntamente com os cursos. “Assim es-sas vagas que não são ocupadas, serão preenchidas, sem falar que os alunos sairão mais preparados ainda para enfrentar o mercado de trabalho”, ressalta.

Alípio Leal também comenta sobre o inves-timento que o governo federal tem feito no setor. “Esse investimento na educação média técnica faz com que a independência que esse jovem adquira, desenvolva sua consciência coletiva e aprimore suas habilidades. Assim, ele exercerá da melhor forma o seu papel no mercado de trabalho”, salienta.

Na UTFPR os estudantes aprendem profi ssões por meio de aulas práticas.

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O contingente de um milhão de alunos matriculados em cursos profi ssionalizantes de nível médio poderá ser benefi ciado com a concessão de bolsas de estudo no valor de meio salário mínimo (R$ 255, em valo-res atuais), conforme projeto do senador Gerson Camata (PMDB-ES) aprovado dia 4 pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

De acordo com a Agência Senado, a proposta - que ainda será examinada pe-las comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Educação, Cultura e Esporte (CE) - visa a assegurar a qualifi ca-ção técnica e profi ssional de jovens. Sem esse apoio, observou Camata, muitos de-les abandonarão os estudos por necessi-dade de geração de renda, enfrentado di-fi culdades devido à baixa qualifi cação para disputar vaga no mercado de trabalho.

Educação profi ssional “é pilar central para realizações”, diz especialista

O diretor de relações acadê-micas da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Paraná (ABRH-PR) e coordenador do cur-so de Pós-Graduação em Gestão da Segurança e Saúde no Traba-lho da Unicuritiba, Giles Balbinotti, considera a educação profi ssional o pilar central para que as pesso-as garantam suas realizações. “É o principal caminho para chegarmos com ‘folga’ aos nossos sonhos”, comenta.

De acordo com o coordenador de cursos técnicos da Faculdade Tupy, Edson Schultz, o mercado vive mudanças constantemente e os profi ssionais de hoje e do futuro, devem estar preparados para acompanhar essa evolução tecnológica. “A cada momento surgem novos conceitos e tecno-logias, por isso é difícil conquistar um espaço no mercado de tra-balho desempenhando sempre a

mesma função. Isto ocorre por-que o mercado está exigindo pro-fi ssionais que possuam a capaci-dade de tomar decisões frente à adversidade”, declara.

Para eles, o potencial competi-tivo das indústrias e empresas está ligado diretamente à formação de mão-de-obra ou mente-de-obra de seus funcionários, portanto o crescimento econômico de uma região depende das inovações didático-pedagógicas e tecnoló-gicas oferecidas pelas instituições de ensino, que podem ou não pro-porcionar uma melhor qualifi cação profi ssional. “Diante disso, as insti-tuições de ensino têm um grande desafi o que é desenvolver o per-fi l de um profi ssional que deverá contemplar os conhecimentos te-óricos (competências) e também aprimorar seus conhecimentos práticos (habilidades), proporcio-nando uma formação completa”,

ressalta Schultz. Segundo ele, diferenciais com-

petitivos em recursos humanos serão desenvolvidos, no que diz respeito às competências geren-ciais, comportamentais, técnicas

Aluno de curso profi ssionalizante poderá ganhar bolsa

e administrativas das pessoas que atenderão às áreas organizacio-nais, nos níveis estratégico, tático e operacional.

Giles complementa a fala de Schultz e diz que o desafi o das instituições de ensino deveria ser o mesmo das organizações que querem vencer nesta era do co-nhecimento. “A parceria responsá-vel e consistente entre as institui-ções de ensino, notadamente téc-nico e tecnológico, e as empresas do conhecimento é condição sine quo non para que se atinjam os resultados organizacionais posi-tivos em termos de qualidade (de atendimento e do produto/servi-ço), custos (do processo produtivo e preço adequado para o consu-midor), entrega (no local e prazo acordado com o cliente) e pesso-as (suas motivações e disposição para crescer e fazer bem feito)”, destaca.

O projeto (PLS 433/09) vincula à concessão dessas bolsas 5% dos re-cursos federais destinados à manuten-ção e ao desenvolvimento do ensino, que totalizam R$ 29,2 bilhões no Orça-mento de 2010. Os 5% representariam R$ 1,4 bilhão, o que permitiria a con-cessão anual de 478 mil bolsas de meio salário mínimo, viabilizando o atendi-mento de metade dos alunos matricu-lados em cursos profi ssionalizantes de ensino médio.

No encaminhamento da votação, o senador Gerson Camata salientou os esforços do governo federal na expan-são do ensino técnico-profi ssionalizan-te do país. Somente no Espírito San-to, segundo Camata, foram instalados mais 16 estabelecimentos federais desse tipo.

A bolsa de estudo, no valor de meio salário mínimo, terá o propósito de auxiliar estudantes para que não abandonem seus cursos, provocando evasão do sistema.

Giles Balbinotti, da ABRH-PR.

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06 Jornal Nota 10 | Maio de 2010

PsicopedagogaDiretora da Escola AtuaçãoContatos:[email protected](41) 3274-6262

Esther Cristina Pereira

infantileducação Resiliência no papel de ser mãe

palavra do especialista

O Paraná deve construir mais seis cen-tros de educação profi ssional. O investi-mento, de R$ 77 milhões, vem do progra-ma Brasil Profi ssionalizado, do Ministério da Educação (MEC). O estado terá então 20 centros de educação profi ssional.

Até o ano passado a rede estadual atendia cerca de 80 mil estudantes e a estimativa para este ano é oferecer aten-dimento a 100 mil alunos. A necessidade de retomar investimentos na profi ssionali-zação dos jovens sensibilizou o governo federal, que criou o programa Brasil Pro-fi ssionalizado, que investe recursos na construção de escolas especializadas em todo o Brasil.

NOVOS CENTROS – Os seis novos cen-tros de educação profi ssional serão cons-truídos em Bandeirantes, Colorado, Ibipo-rã, Londrina, Maringá e Medianeira.

Este é o segundo convênio fi rmado en-tre a Secretaria da Educação do Paraná e o MEC. No ano passado, foram destinados R$ 126 milhões à construção de outros 10

centros de educação. As obras serão iniciadas nos próximos meses em Al-mirante Tamandaré, Assaí, Cianorte, Fazenda Rio Grande, Francisco Bel-

trão, Ibaiti, Laranjeiras do Sul, Manuel Ribas, Pitanga e Terra Roxa. Ao todo, os 16 novos colégios técnicos aten-derão em torno de 25 mil alunos.

Sempre ouvimos que ser mãe é padecer no Paraíso. Verdadeiramente precisamos refl etir e redefi nir o signifi cado do que vem a ser o Paraíso. E o mês de maio, quando comemoramos o Dia das Mães, é um bom momento para isso. A complexidade do pa-pel de mãe, principalmente nos dias de hoje, é grande. A ressignifi cação deste papel em tempos modernos leva a crer que o paraíso tão falado mudou o seu espaço e sua conota-ção de existir.

Ah... ser mãe... Tudo por causa da sociedade. Com nove

horas de trabalho profi ssional, com trânsito caótico, com novas síndromes e problemas emocionais e neurológicos que aparecem fei-to pipoca em azeite quente, é difícil atuar no

bidas e mais uma vez dizer que amou, dizer que está superfeliz e que sempre tudo vale a pena, para quem não tem a alma pequena.

Ser mãe é perceber que tudo que o fi lho

mostra e vive tem a sua referência, tem a sua cara, tem sim, o seu jeitinho. É observar no pequeno detalhe, a grande atitude. É ver no fi lho a obra iniciada e modelada diariamente com a certeza de que o acabamento da obra virá certamente no decorrer do crescimento e da idade e que o valor da sua obra apenas será mensurado verdadeiramente após a sua morte, pois heróis só são heróis depois que se eternizam.

Um abraço afetuoso pelo mês das mães

a todas e todos que fazem seu papel com exemplar referência.

papel de mãe. Principalmente para estar em sintonia com uma sociedade que exige multi-funções, ser mãe não é fácil... e jamais será padecer no Paraíso.

Ah... ser mãe... Ser mãe é dizer não, quando muitos di-

zem sim, é negar quanto muitos são contrá-rios a isso, é não permitir quando a socie-dade e a mídia opinam contrariamente, pois o que vale é o que parece, e mãe avalia o que não aparece. Avalia o intrínseco, avalia a alma.

Ah... ser mãe... É participar do Dia das Mães reavalian-

do todos os padrões de homenagens já rece-

Estado terá mais seis centros de educação profi ssionalPara viabilizar a construção destas

novas unidades, os municípios cede-ram os terrenos, o governo federal fará o investimento e o governo estadual fi ca responsável não apenas pela ela-boração dos projetos, mas também pela manutenção dos centros educa-cionais e implementação da proposta pedagógica.

PROPOSTA - Os centros estaduais de educação profi ssional são escolas concebidas para ofertar exclusivamen-te cursos técnicos profi ssionalizantes. A educação pode ser integrada ou subse-quente ao ensino médio, e ainda inte-grada à educação de jovens e adultos.

Os cursos serão criados de acor-do com a realidade socioeconômica de cada região. Cianorte, por exem-plo, desenvolveu uma forte indústria de vestuário, desta forma, entre os cursos que serão ofertados no futuro centro de educação profi ssional estão design de moda e química industrial.

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Seis centros de educação profi ssional devem ser construídos no interior do estado.

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Jornal Nota 10 | Maio de 2010 07ensino

Colégio Estadual do Paraná terá eleições para diretor

O maior colégio público da rede esta-dual do Paraná terá um diretor eleito pela comunidade estudantil. O anúncio foi feito no início deste mês pelo governador Orlan-do Pessuti (PMDB), durante reunião com representantes do Grêmio Estudantil. A re-alização de eleições para a diretoria do Co-légio Estadual é uma antiga reivindicação da comunidade escolar, atualmente vetada pela legislação estadual, por ser órgão de gestão especial, com autonomia e orça-mento próprios, como uma autarquia.

Um projeto de lei será enviado pelo go-verno do estado à Assembleia Legislativa alterando a legislação atual para que o Es-tadual possa eleger seu novo diretor. “Isso deve ocorrer até junho”, informa o governa-dor. “Temos que agradecer ao governador

pela conquista”, disse o presidente do grêmio estudantil do CEP, Danilo de Matos Casassa.

Para o professor Ivo Pitz, que já foi diretor de escola estadual, a eleição para o Estadual é o fi m da discrimi-nação em relação às outras escolas e seus alunos e professores. “É uma con-quista dos estudantes dessa histórica instituição. Eles lutaram, durante alguns anos, contra a situação a que foram submetidos”.

O presidente da Associação Pa-ranaense de Administradores Escola-res (Apade), Izaías Ogliari, avalia que foi uma decisão governamental sábia. “Desde a década de 70 lutávamos para que acontecesse o que vimos anuncia-

Dono da Faculdade Inesul é preso por desvio de verbas

O dono da faculdade Inesul, de Lon-drina, Dinocarme Aparecido Lima, e o diretor do Centro Integrado de Apoio Profi ssional (Ciap), Juan Carlos Monas-tiero, foram presos dia 11 acusados de desvio de recursos públicos. O meio uti-lizado para os desvios seria o Ciap, uma Organização da Sociedade Civil de Inte-resse Público (Oscip). A prisão foi feita pela Polícia Federal.

O esquema envolvia o desvio de ver-bas do governo federal repassadas para o Centro, que faz qualifi cação profi ssio-nal de adolescentes e jovens carentes. As investigações começaram há um ano em conjunto com a Receita Federal, o Ministério Público Federal e a Contro-ladoria Geral da União.

Segundo a Polícia Federal há rami-fi cações do esquema em diversos es-tados. Dinocarme tem faculdades no Paraná, Goiás, São Paulo, Maranhão e Pará. A estimativa é que, nos últimos cinco anos, foram repassados pelo go-verno mais de R$ 1 bilhão, dos quais cerca de R$ 300 mil teriam sido desvia-dos.

Em seu site a Inesul divulga como missão: “Formar agentes de transfor-mação que se coloquem à disposição da comunidade, interagindo, trabalhan-do com ela, mostrando-lhe dados e ca-minhos já tateados pelo conhecimento acadêmico, superando experiências acumuladas, assumindo, desta forma, a parcela de responsabilidade que lhe cabe, partindo para uma atuação trans-formadora e criadora, buscando uma sociedade, em termos políticos, verda-deiramente aberta, e em termos sociais, mais justa”.

Os professores de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, decidiram con-tinuar em estado de alerta para uma pos-sível greve. No último dia 10 a categoria esteve reunida com o prefeito J. Camargo, mas não houve avanços, segundo o pre-sidente da Associação dos Professores Municipais de Colombo, Claudinei Duarte

do: eleição para diretor do Colégio Es-tadual do Paraná. Demorou, mas che-gou a hora. Espera-se que a mensa-gem contemple as aspirações da co-munidade escolar e que venha logo”. Ogliari ressalta, no entanto, que só a decisão não resolve. “O que resolve mesmo será a escolha dos próximos dirigentes de forma muito consciente, para ser uma escolha merecedora do nosso maior Colégio Estadual”.

Universidades e UFPR irão contra-tar professores e admistrativos

Treze instituições de ensino supe-rior do Paraná – entre universidade e faculdades – irão contratar 598 profes-sores por meio de concurso público até 2011. A autorização foi dada por meio do decreto 6.841, assinado dia 27 de abril, pelo governador Orlando Pessuti.

Além das novas contratações as instituições de ensino superior pode-rão renovar contratos temporários com cerca de mil docentes, num total de 38.323 horas/aula. Será possível ainda abrir testes seletivos.

As instituições que mais contrata-rão serão a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), seguida da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Maringá (UEM).

NA UFPR - A Universidade Federal do Paraná (UFPR) contratará 40 novos servidores técnico-administrativos para atuar em suas unidades de Curitiba (27), Matinhos (9) e Palotina (4).

Professores de Colombo continuam em estado de alertade Lima. “A prefeitura não apresentou nenhuma proposta até agora”.

O secretário de Municipais da APP-Sindicato, Edílson Aparecido de Paula, e o economista do Dieese, Cid Cordeiro, participaram da reunião com a prefeitura. De Paula solicitou que a prefeitura elabore um relatório

sobre a pauta discutida até agora desde a audiência de 16 de março deste ano.

Outro ponto de pauta da cate-goria, a licença-maternidade de seis meses, que estava previsto para ser implantada no mês de maio, não foi confi rmada na audiência.

Colégio Estadual deve ter um novo diretor até a metade deste ano.

Vista aérea da Faculdade Inesul, de Londrina.

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O Sistema Federação das In-dústrias do Estado do Paraná (Fiep) comprou a Faculdade Metro-politana de Curitiba (Famec), insta-lada em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. O anúncio foi feito em um encontro dia 5 entre o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, profes-sores, dirigentes e funcionários da instituição.

“Estamos preenchendo uma lacuna na oferta de educação do Sistema Fiep, investindo agora na graduação de nível superior”, afi rma o presidente. “Já atuamos no ensi-no fundamental e médio, no ensino profi ssionalizante e de pós-gradua-ção, e com a aquisição desta plata-forma completamos nosso portfólio de serviços na área de educação”.

O diretor Geral da Famec, pro-fessor Almeri Paulo Finger, diz que por diversas vezes foi procurado por organizações de ensino que queriam comprar a Famec, mas por não ter a certeza de que o projeto educacional da faculdade conti-nuaria, elas não tiveram andamen-to. “Quando a Fiep nos procurou, percebemos uma oportunidade de

garantir a manutenção e, princi-palmente, a ampliação do nosso trabalho”, disse.

O negócio envolve a aquisição do imóvel no qual está instalada a instituição e do Centro de Edu-cação Universitária São José dos Pinhais, entidade mantenedora da faculdade. O Sistema Fiep as-sume imediatamente a gestão da Famec e, dentro de 90 dias, im-

08 Jornal Nota 10 | Maio de 2010ensinoSistema Fiep compra Faculdade Famec

A operação da Famec terá o apoio de um Conselho Consultivo, formado por empresários e executivos do Siste-ma Fiep, e por um Conselho Acadêmico, composto por especialistas em educa-ção. “Nossa visão é a de criar um centro de excelência, conservando a autonomia da instituição, organizando um sistema de governança composto por empre-sários e educadores e aproveitando as competências dos professores e funcio-nários da Famec”.

A Famec possui dez anos de exis-tência e 1.250 alunos matriculados nos cursos de Direito, bacharelado em Ad-ministração, Ciências Contábeis, Peda-gogia e Informática. A nova gestão deve ativar outros cursos de funcionamento já autorizados e terá como meta ampliar o corpo discente em 5 mil alunos até 2014, a fi m de transformar o centro em universidade.

O nome e a atual estrutura de cola-boradores serão mantidos.

“Pretendemos de imediato ocupar espaços com programas do Sesi e do Se-nai que atendam às necessidades da in-dústria da região, oferecendo a São José dos Pinhais e à região metropolitana de Curitiba um modelo de educação superior comprometido com o desenvolvimento sustentável”, destaca Rocha Loures.

As bibliotecas das escolas da rede estadual do Paraná irão rece-ber exemplares da obra Antologia de Textos Filosófi cos, organizada pelo coordenador pedagógico da Secretaria de Estado da Educa-ção (Seed), Jairo Marçal, e editada pela própria entidade. Serão 65 mil exemplares distribuídos para as 2.136 bibliotecas dos colégios da rede estadual de ensino, de acor-do com o porte de cada uma.

O levantamento de distribui-ção está em estudo, mas, pelas estimativas, as escolas de pe-queno porte receberão 30 exem-plares, as de médio porte 60 exemplares e as de grande porte 90 exemplares.

De acordo com Marçal, des-

plementará um plano estratégico de operação para a instituição.

“Vamos instalar um centro educacional para o desenvolvi-mento social e tecnológico, com cursos técnicos, de especializa-ção, espaços de aprendizagem e programas de liderança, ges-tão e conhecimento, priorizando as demandas da indústria do estado”, salienta Rocha Loures.

Escolas estaduais receberão exemplares de livros de fi losofi ade a ideia de concepção ao livro fi nalizado foram quase dois anos. “A equipe acreditou no trabalho”, afi rma. Professores de Filosofi a do estado também receberão seus exemplares. “O material fi cará dis-ponível para consultas e download gratuito no site da Secretaria de Es-tado da Educação”, completa.

As obras são uma coletânea de textos de fi lósofos clássicos, es-colhidos de acordo com sua rele-vância para os estudantes do nível médio e em consonância com as Diretrizes Curriculares de Filosofi a para a Educação Básica. Constitui um suporte para o aprofundamento do ensino e refi namento da apren-dizagem de Filosofi a na rede públi-ca estadual do Paraná. O prefácio

é assinado pela fi lósofa Marilena Chauí.

A coletânea foi organizada a partir de textos ou fragmentos de textos clássicos de fi lósofos, pro-curando equilibrar, implicitamente, os conteúdos estruturais prepon-derantes nos textos com aqueles desenvolvidos nas Diretrizes Curri-culares de Filosofi a para Educação Básica, a saber: Mito e Filosofi a; Teoria do Conhecimento; Ética; Fi-losofi a Política; Filosofi a da Ciência e Estética.

Os livros reúnem 23 textos, 22 de fi lósofos clássicos e um do bra-sileiro Gerd Bornheim. Cada um é precedido por introduções de auto-ria de professores universitários es-pecialistas nos fi lósofos escolhidos.

Rodrigo Rocha Loures anunciou a compra durante reunião com funcionários.

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Jornal Nota 10 | Maio de 2010 09legislação

Entidades paranaenses ligadas à área de educação divulgaram no úl-timo dia 11 manifesto em repúdio ao Projeto de Lei de autoria do senador Flávio Arns (PSDB) que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) com o intuito de diminuir de 6 para 5 anos a idade de acesso ao ensino fundamental.

A proposta já foi aprovada pelo Senado e tramita na Câmara dos De-putados. A Comissão de Educação e Cultura promoveu, em Brasília, no último dia 12, audiência pública para discutir o assunto, mas não houve consenso.

Assinam o documento o Setorial de Educação do PT Paraná; o Sindi-cato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP Sindicato); o Sindicato dos Servidores do Magisté-rio Municipal de Curitiba (Sismmac); o Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc); o Fórum Parana-ense em Defesa da Escola Pública e a bancada do PT na Câmara Municipal de Curitiba (composta pelos vereado-res Josete Dubiaski da Silva, conhe-cida como Professora Josete, Pedro Paulo e Jonny Stica).

De acordo com a Professora Jo-sete, o manifesto irá se somar aos protestos das entidades paranaenses que já estão sendo realizados, em âmbito nacional, pela Rede Nacional

Primeira Infância – formada por 74 organizações da sociedade civil, do governo, do setor privado, de orga-nizações multilaterais e outras redes de organizações – pela Organização Mundial de Educação Pré-escolar (Omep) e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).Para a professora Andréa Caldas, da UFPR e que represen-ta o Fórum Paranaense em Defe-sa da Escola Pública, é esperado bom senso dos deputados federais. “Esperamos que os parlamentares ouçam a voz da maioria dos edu-cadores do país e refl itam sobre a extemporaneidade dessa proposta, que, se aprovada, vai prejudicar as crianças de 5 anos”, disse.

Segundo a presidente do Sism-mac, Simeri Ribas Calisto, o PL amplia os níveis de exclusão no processo educacional e é totalmen-te contrário a consensos históricos construídos no campo da Educa-ção. “Quando, em 2006, o tempo de permanência no ensino funda-mental foi ampliado para 9 anos, o objetivo era ampliar o acesso à educação, mas, agora, o que se propõe é o inverso; ou seja, levar as crianças de 5 anos para o ensino fundamental é ampliar a evasão es-colar e prejudicar o desenvolvimen-to delas”.

Entidades contra antecipação do ensino fundamental

Em entrevista ao Nota 10 o senador Flávio Arns disse que houve uma “leitura equivocada” do texto de seu projeto. Conforme explicou, as adaptações foram necessárias para compatibilizar a LDO à emenda que ampliou o ensino fundamental para 9 anos.

Segundo ele, a emenda foi feita para garantir a oferta obrigatória de um ano inicial correspondente à pré-escola (antigo Jardim 3) na rede pública, e não para terminar o ensino fundamental um ano mais tar-de. Segundo ele, fi ca claro que a criança fará 6 anos no decorrer do 1.º ano fundamental, entendimento já fi rmado em questionamento ao Supremo Tribunal Fe-deral (STF).

“Meu projeto é tão somente adequar a LDB a essa nova redação da Constituição Federal, de maneira a afi rmar maior segurança jurídica para a Educação Bra-sileira, em face de uma LDB que seja consistente com a Carta Magna”, explica. “A questão de mérito do PLS 414, de 2008, é exclusivamente jurídico-constitucional.

Veja texto do documento divulgadoO documento divulgado pelas entidades paranaenses cita uma série de pon-

tos negativos advindos da possível aprovação do projeto. Diz um trecho da carta:

[...] O PL não contribui, para o aumento da escolaridade, porque a pré-escola já atende a maioria das crianças. Não benefi cia as famílias, porque seus fi lhos já tem direito assegurado à Educação Infantil, até a entrada do Ensino Fundamental, aos 6 anos de idade. Não contribui com o Ensino Fundamental, que ainda não superou o desafi o de assegurar insumos adequados para uma educação de qua-lidade para as crianças de 6 anos com a mudança para o ensino de 9 anos [...].

Para Arns a ideia é adequar LDB à ConstituiçãoTrata-se de modifi cação necessária, para tornar a LDB com-patível com a Constituição, naquilo que diz respeito à faixa etária para a educação infantil e ingresso no ensino funda-mental”, afi rma o senador.

Arns entende que a modifi cação constitucional trazida pela emenda n.º 53 é boa e atende às necessidades edu-cacionais das crianças de famílias pobres, uma vez que tor-na obrigatório o último ano do ensino infantil, que passará a compor o ensino fundamental. “Dessa maneira esse alunado terá mais chances de sucesso escolar, uma vez que terá um ano a mais para ambientar-se com a escola, bem como com as práticas educacionais e pedagógicas da educação formal”.

Em nenhuma hipótese o senador diz que essa redução de idade deve resultar na antecipação de conteúdos e ati-vidades que são adequados à “antiga” primeira série do ensino fundamental. “Deve-se, isso sim, adequar a orga-nização curricular, trazendo para o primeiro ano do ensino fundamental de 9 anos conteúdos pré-escolares oriundos da educação infantil”, explica.

Os parlamentares discutiram o assunto durante audiência

pública realizada este mês na Comissão de Educação, Cultura

e Esporte (CE), do Senado, em Brasília, mas não houve

consenso. Para Arns ocorreu uma “leitura equivocada”

do seu projeto.

O polêmico projeto quer antecipar o ingresso em um ano no ensino fundamental, em todo o país.

Crist

ina

Gallo

Page 10: Jornal - maio - 2010

Editora adjunta do Jornal Nota 10

Contato:[email protected]

Andréa Marques

10 Jornal Nota 10 | Maio de 2010notícias dos projetos que podem virar lei

Data em documento de cobrança

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, da Câmara dos Deputados, aprovou projeto de lei que obriga os Correios a informar, nas correspon-dências de documentos de cobrança, as datas de postagem e entrega ao destinatário. O PL 5181/09, do deputado Joaquim Beltrão (PMDB-AL), altera a Lei dos Serviços Postais (6.538/78), que determina apenas a informação do nome do destinatário e de seu endereço completo. A proposta foi aprovada na forma do substitutivo do re-lator, deputado Bilac Pinto (PR-MG). O substitutivo estabelece que a impressão das datas pode ser substituída por implemento tecnológico que permita o rastreamento do documento de cobrança e a identifi cação da data de postagem e de entrega.

ocorre hoje, o consumidor perde tempo e dinheiro enquanto aguarda a presença de técnicos. De acordo com o projeto, as prestadoras de serviços também serão obrigadas a informar ao usuário, com antecedência mínima de 24 horas, o dia e o horário aproximado em que ocorrerá o atendimento.

DEDUÇÃO DO IR

Os gastos com a educação de crian-ças e adolescentes apadrinhados, feitos por meio de doação a instituições assis-tenciais de utilidade pública, poderão ser descontados do Imposto de Renda de

Pessoa Física (IRPF). É o que prevê o projeto de Lei do Senado (PLS) 378/09. A intenção do autor, senador Jefferson Praia (PDT-AM), é estimular o apadri-nhamento ou adoção à distância de jo-vens carentes, na avaliação dele uma importante forma de solidariedade so-cial. Atualmente, apenas os gastos com a educação de crianças e adolescentes ca-rentes dos quais o contribuinte detenha a guarda podem ser deduzidos.

LIXO DE OUTRAS CIDADES

O líder do DEM na Câmara de Curi-tiba, vereador Denilson Pires, apresen-tou projeto de lei que trata da destinação fi nal do lixo. Pelo documento, o aterro sanitário da cidade fi ca proibido de re-ceber resíduos (qualquer classe) prove-nientes de outros municípios. No caso da empresa desrespeitar a lei, fi cará sujeita a advertências, multas e até cassação do alvará de funcionamento, conforme a proposta. Segundo o parlamentar, inte-grante da Comissão Especial do Lixo, a medida é uma forma de otimizar o Ater-ro da Caximba, que já teve sua vida útil prorrogada uma vez e atingirá seu limite no fi nal deste ano.

literatura

PRAZO PARA INSTALAÇÃO DE ENERGIA E GÁS

A Comissão de Defesa do Consumi-dor, da Câmara dos Deputados, aprovou o Projeto de Lei 2170/07, do deputado Felipe Bornier (PHS-RJ), que fi xa prazo de sete dias úteis para concessionárias de serviços públicos de energia e gás atenderem a pedidos de instalação ou reparo. Por sugestão da deputada Ana Arraes (PSB/PE), o relator, deputado Leo Alcântara (PR-CE), estendeu as exigên-cias às fornecedoras de água. Alcântara argumenta que, sem previsão de prazo para atendimento pelas empresas, como

Os amigos de meus fi lhos Paulus EditoraCarmem Guaita A famosa expressão popular “diga-me com quem andas que te direi quem és” pode ser, para alguns, apenas um dito conhecido, mas, neste caso, serve para exemplifi car a proposta de Carmen Guai-

ta, neste livro. Para ela, o convívio com os colegas pode colaborar para a formação e o desenvolvimen-to da personalidade dos jovens. “Cada encontro com outra pessoa nos personaliza, contribui para nos converter nas pessoas que somos”, refl ete. O livro traz algumas fases do crescimento da crian-ça, desde o primeiro ano de vida, quando está co-meçando a descobrir e conhecer as pessoas, até a adolescência, etapa muitas vezes conturbada. A autora envolve o leitor trazendo diversas questões atuais, como o perigo das mídias digitais (Internet, celular e Messenger), que, se usadas pelos fi lhos sem acompanhamento dos responsáveis podem ser uma forma de contato muito fácil com armadilhas.

Criando habitats na escola sustentávelImprensa Ofi cial do Estado de São Paulo e Instituto de Perma-cultura e Ecovilas do CerradoLucia Legan Contribuir para que os educadores atuem como parceiros da conscien-tização ambiental, es-timulando seus alunos

a criar habitats no espaço escolar, é o objetivo deste livro. Ele sugere a utilização da metodolo-gia para a educação em sustentabilidade baseada na permacultura, método para alcançar a cultura sustentável e um sistema de planejamento para a criação de ambientes produtivos, sustentáveis e ecológicos. Composta de um livro do educador e um de atividades para os alunos, a obra apre-senta cinco projetos de habitats que podem ser criados: alimentação, silvestre, água, energia & tecnologia e cultura & economia verde. As ativida-des propostas no livro do educador são descritas no caderno de atividades.

A Face Oculta Editora SaraivaMaria Tereza Maldonado Apelidos pejorativos entre crianças e adolescentes sempre foram alvo discus-são entre pais, educadores e sociedade como um todo. Hoje com o fácil acesso às informações e a agilidade na comunicação, esse tipo de agressão tornou-se ain-

da mais frequente e criou-se uma nova denominação para o estilo, chamado de Bullying ou Cyberbulling (quando praticados pela internet). O livro conta a his-tória da personagem Luciana, que sabe bem o que é isso. Ela fi ca até altas horas em seu computador tro-cando mensagens com muitos amigos de sua rede de relacionamentos e interagindo com outros usuá-rios de jogos online. Acha a realidade virtual muito mais interessante do que o “mundo real”. No entan-to, quando Marcelo a escolhe como alvo e começa a bombardeá-la com mensagens ofensivas pelo com-putador, Luciana fi ca transtornada, sem saber como agir com esse inimigo desconhecido.

Criando habitats na escola sustentávelImprensa Ofi cial do Estado de São Paulo e Instituto de Perma-cultura e Ecovilas do CerradoLucia Legan

Contribuir para que os educadores atuem como parceiros da conscien-tização ambiental, es-timulando seus alunos

Os amigos de meus fi lhos Paulus EditoraCarmem Guaita

A famosa expressão popular “diga-me com quem andas que te direi quem és” pode ser, para alguns, apenas um dito conhecido, mas, neste caso, serve para exemplifi car a proposta de Carmen Guai-

LEIgislativo

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INFORME PUBLICITÁRIO

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12 Jornal Nota 10 | Maio de 2010vitrine

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13Jornal Nota 10 | Maio de 2010

Vale a pena saber um pouco mais [2]

Teo Pereira Neto

corporativomundo

Diretor de Comunicação do Instituto Opet Educação e Cidadania.

Contatos:[email protected](41) 3021-4848

À medida que o profi ssional vai sendo alçado a postos mais altos na organização, seu perfi l de gestor prevalecerá. Um gestor é essencialmente um negociador, interna ou externamente. E para negociar precisa desenvolver habilidades de comunicação, cultura ampliada, percepções do compor-tamento humano e conhecimentos genéri-cos que lhe permitam estabelecer contatos empáticos, simpáticos e confi áveis.

Você já ouviu falar da Panair do Brasil? E lembra a origem do nome Venezuela?DELENDA EST SIMONSEN

Em 146 a.C. Cartago foi destruída pelo Império Romano, incendiada, e seu solo salgado para que ali nada mais nascesse. Situada na atual Tunísia, no norte da Áfri-ca, Cartago era potência comercial que disputava com Roma o controle do Mar Mediterrâneo. Ficou célebre a frase “De-lenda est Carthago” (Cartago seja destru-ída), proferida em todos os discursos pelo senador romano Catão. A partir de 1964

tivemos a versão brasileira, com o “Delen-da est Simonsen”. Acusado de simpatizante do presidente deposto João Goulart e pos-sível fi nanciador de Juscelino Kubitschek nas eleições presidenciais previstas para 1965, o empresário Mário Wallace Simon-sen fi cou na alça de mira do regime militar que governava o país. A Panair do Brasil, empresa aérea que rivalizava com a Varig, teve cassadas as suas rotas; as linhas trans-feridas para a própria Varig e para a Cru-zeiro do Sul. A Comal, mega-exportadora de café, também teve a licença cassada. E a TV Excelsior, a joia da televisão brasileira, sufocada até a venda e falência. Simonsen criou o primeiro supermercado brasileiro [Sirva-se] e fundou uma empresa que inter-ligava Rio e São Paulo através de um link de micro-ondas, inédito na época, que per-mitiu a transmissão ao vivo, pela primeira vez, de uma partida de futebol diretamente do Maracanã. Exilado, o empresário mor-reu em 1965. Em Paris, mas pobre.

palavra do especialista

VENEZA DE CHÁVEZFamosa pelas gôndolas, carnaval com

foliões mascarados e revoadas de pombos na Praça São Marco. Às vezes, quando a maré sobe, a praça fi ca inundada, com até um palmo de água. Veneza, na Itália, à margem do mar Adriático, foi construída em cima de 118 ilhotas, tem 150 canais e mais de 400 pontes. Por que uma cidade em condições tão atípicas e desfavorá-veis? Com a queda do Império Romano, foi a saída para fugir dos povos bárbaros que haviam invadido a Itália. E o que a Venezuela do presidente Hugo Chávez tem a ver com isso? Em 1499 os primeiros ex-ploradores europeus viram alguma seme-lhança com Veneza, pois os nativos cons-truíam as casas sobre palafi tas no lago Maracaibo. E chamaram de Venezuela, uma “pequena Veneza”. Entre os explora-dores estava Américo Vespúcio, cujo nome originou “América”, a denominação do continente americano.

Page 14: Jornal - maio - 2010

PADRÕES DE QUALIDADE

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou no dia 5 de maio, a Resolução 8/2010 que normatiza os padrões mínimos de qualidade da educação básica nacional de acordo com o estudo do Custo Alu-no-Qualidade Inicial (CAQi), desenvolvido pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação. O documento é o principal produto do Termo de Cooperação fi rmado entre a Câmara de Educação Básica do CNE e a Campanha em 5 de novembro de 2008. A Resolução segue agora para homologação do ministro da Educação, Fernando Haddad.

MUDANÇAS NO FIES

Alunos que vão solicitar o Financiamento Estudantil (Fies) e aqueles que já obtiveram o fi nanciamento têm agora uma série de facilidades. Inscrições permanentemente abertas, juros mais baixos (3,4% ao ano) e mais prazo para quitar o empréstimo (três vezes o tempo de dura-ção do curso) estão na relação de mudanças anunciadas pelo ministro Fernando Haddad. Um estudante que faz a sua graduação em quatro anos, explica o ministro, terá 14 anos e meio pra pagar o fi nanciamento com taxa de juros inferior à infl ação. No caso da prestação, ela será fi xa, independente da infl ação que ocorrer no período e da mudança das taxas de juros. Além dessas condições, o universitário poderá re-querer o fi nanciamento assim que passar no vestibular ou durante o curso. A regra dos juros vale também para os alunos já fi nanciados.

DATA DO ENADE

O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2010 será re-alizado em 21 de novembro. A relação dos participantes selecionados será divulgada até 20 de setembro, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). O exame, previsto inicialmente para 7 de novembro, será aplicado às 13h (de Brasília) do dia 21 aos estudantes matriculados no primei-ro e no último ano dos cursos de bacharelado em agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fi sioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, terapia ocupacional e zootecnia e dos cursos superiores de tecnologia em agroindústria, agrone-gócios, gestão hospitalar, gestão ambiental e radiologia. LIVROS DIDÁTICOS

Professores e diretores das escolas públicas de ensino fundamental de todo o país já podem começar a estudar e debater com suas equipes pedagógicas sobre os livros didáticos que deverão utilizar a partir de 2011. O Fundo Nacio-nal de Desenvolvimento da Educação (FNDE) publicou no dia 29 de abril, em seu portal na internet, o Guia do Programa Nacional do Livro Didático 2011. O documento também será distribuído às escolas em versão impressa, em maio, e traz um resumo das obras selecionadas para a escolha dos professores e di-retores. Além do guia, as escolas participantes receberão uma carta do FNDE com a senha para acessar o sistema de escolha pela internet.

14 Jornal Nota 10 | Maio de 2010palavra do especialista

Quando um aparelho realiza três fun-ções, dizemos que é multifuncional. O que dizer de uma mãe? Na árdua frágua da semana executa dezenas de atividades: provedora, psicóloga, enfermeira, mo-torista, cozinheira, passadeira, mulher, fi lha, irmã, amiga, etc. E, antes de tudo educadora, pois as mães são e sempre fo-ram as maiores educadoras de todos os tempos. Tive um excelente professor de História que ensinava que antigos povos conquistadores, ao se apoderarem de uma região, matavam os homens e mantinham vivas as crianças e as mães, porém destas decepavam a língua.

Em passado recente, as mães eram bús-solas, pois mostravam o norte, repassan-do valores e bons hábitos. Hoje, mães são GPS, pois, além da educação e dos bons ensinamentos, mostram cada detalhe da caminhada do fi lho. Sim, temos hodierna-mente uma relação mãe e fi lho mais perso-nalizada e interativa.

O grande desafi o ao educar um fi lho é

Mãe é bússola, GPS e multifuncional

Jacir J. Venturi

Diretor de escola, foi professor da UFPR e da PUCPR e autor do livro Da Sabedoria Clássica à Popular.

Contato:[email protected]

ensino&educação

acertar na medida, pois ensina a sabedoria popular que a diferença entre o remédio e o veneno é uma questão de dosagem. E aqui me detenho para instigar o(a) leitor(a) a uma refl exão, embora o que vamos afi rmar é de difícil mensuração. Fruto de leituras, diálogos, observações, inclusive em esco-las e famílias estrangeiras, suspeito que as mães brasileiras – na média – são das mais superprotetoras e sobrecarregam-se para poupar a criança ou adolescente.

Em decorrência, nada mais certo que o arrependimento futuro, pois aquela super-mãe, tão efi ciente no seu papel de bússo-la, GPS e multifuncionalidade – mas que pouco compartilha as tarefas – parado-xalmente é falível no que é preponderan-te: não prepara o fi lho para a vida adulta permeada de adversidades e frustrações e para a qual exige-se autonomia e autocon-fi ança. A psicóloga Maria Estela A. Santos é enfática: “Um fi lho superprotegido pos-sivelmente será um adulto inseguro, inde-ciso, dependente, que sempre necessitará

de alguém para apoiá-lo nas decisões, nas escolhas, já que a ele foi podado o direito de agir sozinho.”

A prática deve ser: com bom senso, ensina-se e delega-se ao fi lho tudo o que ele tem capacidade física e intelectual para realizar. Destarte, é imprescindível que o “reizinho” assuma algumas tarefas domésticas como limpar o tênis, guardar as roupas e os brinquedos.

É trabalhoso criar esses hábitos e amiúde a mãe se pergunta se vale a pena em meio a tantas resistências, aborreci-mentos, chiliques, e até mesmo advém o convencimento de que é mais fácil fazer as coisas sozinha e deixar o fi lho à vonta-de. No entanto, perde-se uma oportunida-de única e é pouco provável que a nossa super-heroína se livre das consequências futuras. E o mais importante: essa dura ta-refa tem que ser compartilhada por todos os adultos da casa, que têm que ter uma unidade de verbalização e uma prática modelar.

rápidas

Page 15: Jornal - maio - 2010

R. Des. Ermelino de Leão, 15, Cjs, 81 e 82 - Fone: (41) 3323.6493CEP: 80.410-230 - Curitiba / Paraná R. Des. Ermelino de Leão, 15, Cjs, 81 e 82 - Fone: (41) 3323.6493

coluna da apadeAssociação Paranaense de Administradores Escolares - ApadeDeclarada de Utilidade Pública pela Lei nº. 7.527/81

Expediente Jornal Nota 10: Jornal Nota 10 – Um veículo da Nota 10 Publicações. Circulação: Distribuição gratuita em escolas públicas e particulares do Paraná, sempre a partir do dia 10 de cada mês. Redação: R. Duílio Calderari, 122, Hugo Lange - CEP 80.040-250. Telefone/Fax: (41)3233-7533. E-mail: [email protected] Editor e jornalista responsável: Helio Marques - MTb 2524. Revisão: Andréa Maria de Carvalho Marques. Colaboração: Douglas Luz. Diagramação: Marcos Mariano.

INFORME PUBLICITÁRIO

Agentes Educacionais I e II 1 – Introdução: Este trabalho é direcionado aos associa-

dos da APADE que trabalham nas escolas como Agentes Edu-cacionais. Algumas siglas para ajudar a entender o texto: L.C. = Lei Complementar; AE-I = Agente Educacional I; AE-II = Agente Educacional II.

A Diretoria da APADE, gestão 2009/2011, elegeu várias prioridades e, entre elas, apoio aos AE e defesa dos seus di-reitos. Iniciamos também essas atividades pelo interior do Es-tado, principalmente a partir do Encontro de Foz do Iguaçu. Para avançarmos, é preciso atrair mais associados para exer-cermos a legítima pressão em busca de melhorias para todos.

Decidimos, então, preparar e designar Representantes Municipais para promoverem benefícios aos associados, por meio de bons convênios na região. Com essa perspectiva, já promovemos encontros em Campo Mourão, Londrina, Marin-gá, Curitiba e Foz do Iguaçu, envolvendo Municípios de cada uma dessas regiões.

Em Campo Mourão, além do encontro, fi zemos o Primei-ro Seminário com os Representantes Municipais das Regiões acima já indicados. Hoje, já temos 59 Representantes espa-lhados por 34 municípios.

Nesses encontros, aos poucos, fomos percebendo que os Agentes Educacionais estão muito sozinhos. Portanto, esta-mos iniciando, com esta matéria no Espaço da APADE, no Jornal Nota 10 de maio/2010 e no Site da APADE (www.apa-de.com.br) um trabalho de esclarecimento e orientação para vocês, servidores. Esperamos corresponder à expectativa de todos. Juntos, defenderemos os direitos e, com base nos deba-tes, buscaremos outras reivindicações para os Agentes Edu-cacionais I e II.

2 – A Carreira dos Agentes Educacionais: O Governo, em 09/09/08, sancionou a Lei Complementar 123. Ela criou a car-reira dos Agentes Educacionais. Ela contempla dois cargos:

a) O Agente Educacional I: Ele presta serviços descritos no Anexo I da lei 123/08. Para prestar Concurso para o Cargo de AE I, o interessado tem que ser, por exemplo, brasileiro nato ou naturalizado e ter Ensino Fundamental completo.

b) O Agente Educacional II: É para quem possui o Ensi-no Médio completo. As funções específi cas deste cargo estão no anexo II da Lei.

Cada cargo está dividido em 36 classes. A classe inicial corresponde ao ingresso na carreira e é o piso salarial da ca-tegoria. O percentual entre uma classe e a seguinte é de 3,8%; a diferença entre o valor do Piso e o valor da última classe (36), tanto do AE I quanto do AE II, é 268,90%. Exemplo: (629,34 x 3,6890) = 2321,63. Portanto, vale a pena estudar e galgar as classes o mais rápido possível, pois a diferença é boa. A LC 123/08 não possibilita a passagem do AE-I para AE-II. Deduz-se, então, que o funcionário AE-I para ser en-quadrado como AE-II deverá submeter-se a novo concurso. De modo geral, conclui-se que a lei dos Agentes Educacionais

apresenta vantagens sobre a lei do magistério, por não ser tão discriminatória quanto a dos professores.

3 - Subindo na Carreira: A LC 123/08 prevê duas for-mas de avançar nas classes: Por Progressão, ou por Pro-moção.

Por Progressão: é o avanço nas classes de dois em dois anos, de acordo com a avaliação de desempenho e com a atualização profi ssional, em cursos de no mínimo 40 horas.

Por Promoção: Promoção é o avanço por ter concluí-do estudos em níveis superiores ao exigido para o ingresso no cargo.

a) Para o Agente Educacional I: A conclusão do En-sino Médio lhe dá o direito da avançar 7 classes. Ou a obtenção de Curso de Especialização na área específi ca, lhe dá o direito de avançar 6 classes.

b) Para o Agente Educacional II: A conclusão de curso de especialização na área específica, com dura-ção de 1200 horas, o AE II avança 6 classes. Ou a con-clusão de Curso Superior lhe dá o direito de avançar 5 classes.

Reforçando: A capacitação para a carreira, como vimos, é responsável pelo avanço de 13 classes no Cargo de AE-I e 11 classes, no AE-II. Isso estimula os Agentes a se capacitarem cada vez mais.

TABELA SALARIAL (40 HORAS SEMANAIS):

Nível 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 AE-I 629,34 6 53,25 678,08 703,85 730,59 758,35 787,17 817,08 848,13 880,36 913,82 948,54 984,59 1.022,00 1.060,84 1.101,15 1.142,99 1.186,43AE-II 944,01 979,88 1.017,12 1.055,77 1.095,89 1.137,53 1.180,76 1.225,63 1.272,20 1.320,54 1.370,72 1.422,81 1.476,88 1.533,00 1.591,25 1.651,72 1.714,49 1.779,64

Nível 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36AE-I 1.231,51 1.278,31 1.326,88 1.377,30 1.429,64 1.483,97 1.540,36 1.598,89 1.659,65 1.722,72 1.788,18 1.856,13 1.926,66 1.999,88 2.075,87 2.154,76 2.236,64 2.321,63AE-II 1.847,26 1.917,46 1.990,32 2.065,96 2.144,46 2.225,95 2.310,54 2.398,34 2.489,48 2.584,08 2.682,27 2.784,20 2.890,00 2.999,82 3.113,81 3.232,13 3.354,95 3.482,44

5 – Benefícios: A APADE oferece aos seus associados também vários benefícios como: convênios, onde a As-sociação tem representação. Veja-os no Site www.apade.com.br. Há também à disposição dos associados atividades de lazer, especialmente nos imóveis da APADE na praia. O Site contém as instruções sobre a utilização dos imóveis. Os associados têm assessoria jurídica e administrativa gratuitas. Nas ações judiciais de assuntos não funcionais, os honorários serão abaixo da tabela da OAB.

6 – Atenção: Quando há mudança de legislação regu-

lamentando a carreira, costumam ocorrer injustiças, voluntá-rias ou não, com os vencimentos dos funcionários. Se alguém tem dúvida sobre o correto recebimento dos proventos, con-sulte a APADE, mandando sempre xerox do contracheque e Histórico Funcional. A situação será analisada e, conforme o caso, serão sugeridas medidas cabíveis.

7 – Tira-Dúvidas: É um sistema criado pela atual equipe da APADE, para equacionar rapidamente e sem custo, qual-quer dúvida. O melhor caminho é o e-mail. Pode também ser via fax, telefone ou pessoalmente.

4 – Vantagens: A LC 123/08 cria gratifi cações e outros benefícios. Estabelece percentuais (gratifi cações) para o perí-odo noturno, transporte, alimentação e adicionais, nos moldes das vantagens dos Professores. Veja o quadro abaixo:

Tipo Natureza Percentuais

Gratifi cação Diretor (AE-II) (Como na LC 103) 50% do N-II, Classe 1 (R$ 387,42). Vice (AE-II) (Como na LC 103) 90% do Diretor (R$ 348,68). Secretário 30% da Classe 1 do AE-II .(R$ 283.20). Período Noturno + 20% sobre horas trabalhadas à noite.Auxílio Transporte 20% do AE-II Classe 1 (R$188,80). Alimentação Defi nido, por decreto, àqueles que recebem até 02 salários mínimos. (R$ 1,50/dia).Adicionais Quinquenal e Anual + 5% a cada 5 anos (até 25%). Depois de 30 anos + 5% por ano (até o máximo de 50%).Nota: O AE-II pode ser designado Diretor ou Vice (se eleitos) ou Secretário de escola. Para saber se os proventos estão corretos é necessário sempre consultar contracheque e o Histórico Funcional.

Presidente Izaías nomeia os Coordenadores de Foz: Carlos Taborda, Noeli Knop, Raquel Moreira e Jaci Marinho.

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