Jornal Marília Livre 03

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Trânsito mata um a cada 5 dias Apenas acidentes com motos já mataram 15 este ano. Total de vítimas fatais chega a 26 desde janeiro. Abril sangrento teve onze delas. Imprudên- cia e bebidas preocupam. Veja quem são os protagonistas do trânsito assas- sino de Marília. Páginas 2 e 3 Shintaku, empresário e referência japonesa Reportagem especial desta edição fala com o empresário e referência da colônia, Yoshimi Shintaku, 75. Páginas 6 e 7 Marília Livre testa o novo Tiguan Mídia acompanha lançamento do Sonic este mês Escolas públicas padronizam até BO para relatar indisciplina Caso CMN: Cardoso e compradores réus no fórum Páginas 12 e 13 Página 11 Página 14 Tucanos mostram investimentos do estado Vice-presidente do PSDB percorre obras e mostra como partido ajuda na construção da cidade. Página 5 Voluntários lutam para diabético ter associação Página 10 Acidente, em frente à antiga Febem na véspera do feriado de Páscoa, sete pessoas morreram, entre elas duas crianças Durante duas semanas José Ursílio testou – e aprovou – nas ruas de Marília o novo Tiguan, da Volkswagen. Modelo enviado com exclusividade pela montadora para o jornalista. Página 15 CASAS - Mário Herrera e o jornalista José Ursílio vistoriaram as obras do Jardim Verona, acabamento das casas estão em ritmo de conclusão e aceleradas. Página 8

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Trânsito mata um a cada 5 diasApenas acidentes com motos já

mataram 15 este ano. Total de vítimas fatais chega a 26 desde janeiro. Abril sangrento teve onze delas. Imprudên-cia e bebidas preocupam. Veja quem são os protagonistas do trânsito assas-sino de Marília. Páginas 2 e 3

Shintaku, empresário e referência japonesa

Reportagem especial desta edição fala com o empresário e referência da colônia, Yoshimi Shintaku, 75. Páginas 6 e 7

Marília Livre testa o novo Tiguan

Mídia acompanha

lançamento do Sonic este mês

Escolas públicas padronizam até BO para relatar indisciplina

Caso CMN:Cardoso ecompradoresréus no fórum

Páginas 12 e 13

Página 11

Página 14

Tucanosmostraminvestimentosdo estado

Vice-presidente do PSDB percorre obras e mostra como partido ajuda na construção da cidade. Página 5

Voluntários lutam para diabético ter associaçãoPágina 10

Acidente, em frente à antiga Febem na véspera do feriado de Páscoa, sete pessoas morreram, entre elas duas crianças

Durante duas semanas José Ursílio testou – e aprovou – nas ruas de Marília o novo Tiguan, da Volkswagen. Modelo enviado com exclusividade pela montadora para o jornalista. Página 15

CASAS - Mário Herrera e o jornalista José Ursílio vistoriaram as obras do Jardim Verona, acabamento das casas estão em ritmo de conclusão e aceleradas. Página 8

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acidentes

Segundo o comando da Polícia Militar, estão sendo intensificadas operações de trânsito e blo-queios principalmente em avenidas para tentar coibir o avanço da violência.

Mas mesmo assim mortes continuam. Da-dos mostram que a violência no trânsito de Marília cresceu aproximadamente 150% em relação ao mesmo período do ano passado. O que mais assusta são as mortes causadas envol-vendo motocicletas.

Dos 16 acidentes registrados até agora – com 26 vítimas fatais -, dez deles envolveram motocicletas e resultaram em 13 mortes. Quatro deles ocorreram na rodovia do Contorno.

Uma das primeira morte este ano foi causada num acidente de moto. Em janeiro uma colisão na SP 294 tirou a vida do jovem Luis Fernando Carvalho, 21. Em abril dois casos registrados. Um deles matou o jovem Mario da Silva, 25, na estrada vicinal de Avencas.

Duas rodas assassinas

Trânsito mata um a cada 120 horas em MaríliaOs números assustam, e

devem. O serralheiro Vicente Lunardeli, 64,

morreu na última quarta-feira após ser atropelado por uma moto. Ele é o mais recente e provavelmente não será o último da triste lista de vítimas fatais no trânsito de Marília esse ano que já soma 26 vidas ceifadas.

Apenas em abril foram onze mor-tes. Levantamento indica que 15 ví-timas fatais morreram após envol-vimento com acidentes de moto. Na média, a cada cinco dias, ou 120 ho-ras, uma pessoa perde a vida no tran-sido de Marília esse ano.

Casos como do bombeiro José Correia de Lima, 61, que caiu da moto

e foi atropelado no entroncamento das estradas BR 153 e SP 294 há uma semana. O condutor do veículo fugiu sem prestar socorro e a vítima morreu ainda no local.

Lima, Lunardeli e outras vítimas viraram números na terrível estatís-tica do trânsito incluindo a acidentes malha urbana e rodoviária. E a impru-dência tem sido na maioria dos casos a grande causa das mortes. Segundo o coordenador do programa Viva Feliz sem Acidentes, Nelson Feitosa, cam-panhas focadas aos motociclistas já foram realizadas, mas a preocupação continua. “O desrespeito às regras por parte dos motociclistas é maior que o normal”, diz.

Motociclista morre na vicinal de Avencas; de 26 vítimas fatais, 19 envolvem motos este ano

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acidentes

As estradas que cortam a cidade fo-ram palco de 19 das 26 mortes registra-das no trânsito até agora. A SP 333, que liga Marília a Assis soma sozinha mais da metade dos casos: dez vítimas fatais de janeiro a abril. Somente num aciden-te, em frente à antiga Febem na véspera do feriado de Páscoa, sete pessoas mor-reram, entre elas duas crianças.

Já na SP 294, ou rodovia do Contor-no, foram registradas seis mortes, na BR 153 (Transbrasiliana) outras duas víti-mas fatais e na vicinal de Avencas mais um acidente fatal.

Estradas somam 19 mortes

Bebida ao volante faz mais vítimas

Outro fator que preocupa é aumento de acidentes envol-vendo motoristas e o consumo de bebidas alcoólicas. Pelos me-nos dois foram confirmados. O último deles semana passada após delegado divulgar laudo indicando que o estudante Ma-theus Figueiredo de Freitas, 20, que dirigia o veículo que bateu na avenida das Esmeralda e matou a estudante Mayara Flo-resti, 16, havia bebido.

A defesa do jovem disse que vai contestar o laudo, já que não teria sido feito exame de sangue e apenas uma ava-

liação do médico. O processo segue agora para a Justiça.

Em outro caso, um mo-torista foi denunciado pelo homicídio da dona de casa Edna Muniz, que morreu num acidente no trevo de Pa-dre Nóbrega em março. Mar-cos Fabiano dos Santos Pinto, 30, estaria embriagado e ficou preso mais de um mês. Ele foi solto na semana passada após a primeira audiência do pro-cesso no fórum de Marília. O Ministério Público queria que ele respondesse o proces-so na cadeia.

Único acidente na SP 333 matou sete pessoas em abril; mês teve recorde de vítimas fatais

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editorial

expedientePublisherJosé Ursí[email protected]@uol.com.br

Diretor de RedaçãoGuto [email protected]

Departamento [email protected]

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Fundação:Editora Sinergia 01-12-2000 Marília Livre 01-03-2012

Criação & Arte Marcos Rogério Souza e Silva

Reportagens & FotosEditores Associados

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ImpressãoJornal da Cidade de Bauru Ltda.

Tiragem10.000

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Reprodução exclusivamente com autorização do Publisher. Opiniões em artigos e textos e informes publicitários de terceiros são de responsabilidade de autores.

repercutiu

Não adianta jogar a culpa na imprudência seja de motoristas e pedestres ou consumo bebida alcoólica. O culpado pelas mor-tes no trânsito der Marília – já são 26 de janeiro a maio, nú-mero recorde e cerca de 150% maior que o mesmo período do ano passado – é única e exclusi-vamente o poder público.

A maior parte das vítimas fatais está nas estradas ou teve acidente envolvendo motocicle-tas. Neste caso, a culpa das auto-ridades está em rodovias mal si-nalizadas e sem fiscalização, seja quanto à velocidade permitida ou equipamentos de segurança obrigatórios não usados.

É dever de o Estado zelar pela segurança do cidadão em qualquer área. E no trânsito não é diferente.

Nas mortes em área urba-na também tem culpa o poder público, mandatários que foram eleitos pelo povo para governar e não o fazem direito. Eventual dolo que está, por exemplo, no infeliz caso do garoto de nove anos morto em janeiro ao cair da bicicleta por causa de um bu-raco no asfalto.

E tem outros casos. Não adianta falar que o jovem estava bêbado quando bateu o carro e matou a menina. O álcool não tira a culpa do Estado. Pelo con-trário. Apenas a aumenta devi-do ao fato que o próprio poder público não faz cumprir a legis-lação. A fiscalização da Lei Seca inexiste.

Se motoristas e pedestres abusam, como caso do senhor que foi atropelado na rodovia porque não usava a passarela, é porque a infração da lei foi per-mitida pela omissão de quem deveria fiscalizar.

É por isso que pessoas vão continuar morrendo no trânsito de Marília, e em todo país, en-quanto não houver Educação que também é obrigação do es-tado oferecer a todo cidadão.

Culpado

BarõesQuase definidos os candidatos a prefeito, agora começa a briga pelas coligações proporcionais para eleição da Câmara. E nessa corrida partidos pequenos saem na frente porque estão mais estruturados e têm mais nomes. Fizeram a trincheira de guerra da campanha enquanto os imperadores do PT e PSDB, por exemplo, discutiam a majoritária deixando de lado a chapa para vereadores. Agora vão sofrer.

Aqui se fazO promotor de eventos Edinaldo Perão, que desde dezembro virou presidente do jornal Diário, começa a pagar e já é cliente fiel do fórum de Marília em ações criminais e cíveis por calúnia e difamação. Como pasquim não tem editor, ele que vai responder pelos abusos. E não são poucos. Além disso, pelo passado, ele também responde a ações por calote em canais de TV e contra o Ecad.

Nome aos boisFilho de empresário, gente que não entende nada

da função, advogado de político, além daqueles que pelo tempo em que estão agarrados à teta da

viúva podem até pedir aposentadoria. O cabide de emprego em cargos de comissão da prefeitura

tem aproximadamente 200 nomes e inclui até o ex-chefe de gabinete de

Bulgareli, que renunciou, mas deixou o apadrinhado mamando.

Apenas colocamos para votação um projeto que é de anseio de toda a sociedade. O Ficha Limpa nasceu da vonta-de popular.

Eduardo Nascimento autor da lei municipal Ficha Limpa

Nossas casas são diferen-ciadas e oferecem infraestru-tura com laje, água, esgoto, luz, telefone, asfalto, guias, sarjetas, piso azulejado, solei-ras nas portas e janelas e ins-talações hidráulicas prontas para o recebimento de aquece-dor solar.

Mário Herrera, sobre as casas do Jardim Verona

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conquista

O sucesso da Festa do Tra-balhador deste ano não ficou apenas no público

que lotou a avenida. Mais que as 40 mil pessoas, distribuição de um carro e três motos, sindicalistas ganharam notoriedade e o lema desse ano que tratava de menos juros e mais empre-gos começa surtir resultado.

A Força Sindical – incluindo a regional de Marília – pressionou e a presidente Dilma cobrou a que-da dos juros bancários, o que vem ocorrendo. Veja aqui alguns mo-mentos da festa que entupiu de gen-te a avenida Sampaio Vidal na noite de 30 de abril.

Menos juros, mais emprego

Nilo Pavarini

Hospital de Reabilitação fica pronto em setembro

A construção da unidade de Marília do Hospital de Reabilitação da Rede Lucy

Montoro está em fase final de acaba-mento e será concluída até setembro. O governador Geraldo Alckmin deve entregar a obra até o fim do ano.

Conquistado por uma conjugação de lideranças da cidade nas áreas de saúde pública e política, o hospital de reabilitação também tem trabalho e dedicação do jornalista e radialista José Ursílio, vice-presidente da Exe-cutiva Municipal do PSDB, e inte-grante da coordenadoria regional do partido.

José Ursílio esteve em 2010 ao lado do governador visitando o lançamen-to da construção e essa semana foi verificar o andamento da construção.

“Temos várias obras em Marília e precisamos mostrar os investimen-tos do Governo do Estado e defender atuação das lideranças do PSDB nas conquistas”, diz José Ursílio.

A obra foi iniciada em janeiro de 2010 com orçamento de R$ 9.847 mi-lhões e está em área anexa ao Hospital das Clínicas de Marília. Serão 2.800 me-tros quadrados em dois pavimentos.

O Hospital de Reabilitação vai contar com setor de diagnóstico, salas de atendimento individual, ginásio de mecanoterapia, espaços para con-dicionamento físico, terapia ocupa-cional, fisioterapia infantil e adulto, frente de preparo, enfermaria, consul-tórios e sala de terapia em grupo.

Serão contratados fisioterapeutas, psicólogos, médicos fisiatras, assisten-tes sociais, nutricionistas e terapeutas ocupacionais para compor a equipe.

A unidade estará destinada princi-palmente ao atendimento de pacientes com lesões medulares, amputados, com sequelas físicas e cognitivas de trauma-tismo crânio-encefálicos, com paralisia cerebral e hemiplegias severas e com severa restrição de mobilidade.

O prédio é desenvolvido com 100% de condições para acessibilida-de e segue padrão recomendado pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

A proposta da Rede Lucy Monto-ro é render condições à pessoa com deficiência física de ser efetivamente incluída na sociedade, a partir do de-senvolvimento de suas habilidades e potencialidades.

José Ursílio ao lado do

governador Alckmin em fevereiro de

2011 durante lançamento do hospital

José Ursílio, vice presidente

do PSDB, mostra obra do hospital;

investimento tucano em

Marília

Irton Torres, diretor regional da Força Sindical, em nome dos presidentes de sindicatos, agradece ao público

Presidente do Sindicato dos Comerciários Mario Herrera e o jornalista José Ursílio na festa

Jornalista José Ursílio discursa para mais de 40 mil pessoas e defende fim do monopólio da Circular em Marília

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história

Shintaku: 75 anos de dedicação e tradição à cultura japonesaAos 75 anos, o empresá-

rio Yoshimi Shintaku, está oficialmente afasta-

do dos negócios e das atividades da colônia japonesa. Só oficialmente, porque na prática ele ainda é refe-rência para os mais novos e conti-nua com a mesma rotina das últi-mas seis décadas: acordar bem cedo e trabalhar muito.

Atualmente os filhos tomam conta da granja e dos negócios, mas o patriarca mantém sua mesa no escritório, atende telefonemas e tem dias bastante agitados. “A gente fica aqui, quando eles perguntam, a gente fala”, explica um dos nomes mais respeitados da colônia japone-sa de Marília.

Presidente de honra do Nikkey Clube, este ano ele diz que ficou afastado da organização do Japan Fest, que chega a sua décima edição. “Dessa vez pedi: me deixa descan-sar, é muita correria para o velho”, diz em tom de brincadeira.

Embora um dos mais antigos re-presentantes da colônia, Shintaku nasceu no Brasil, é mariliense. E re-cebeu a reportagem do Marília Li-vre para uma entrevista especial em sua granja, ás margens BR 153.

Num bate papo de aproximada-mente uma hora, falou sobre a colô-nia, política, administração, família e esporte e também sobre o desinte-resse gradativo dos mais jovens pela cultural oriental.

Veja aqui trechos da entrevista com o empresário que se tornou ponto de referência para as novas gerações da co-lônia e ainda tem muito a ensinar.

Marília Livre – Como o senhor enxergar o futuro da colônia japo-nesa em Marília, o que tem de pro-missor, de negativo?

Yoshimi Shintaku – A colônia está estabilizada. A associação nipo brasilei-ra de Marília é bem estruturada, na par-te de esporte está bem destacada, com a conquista de vários títulos nacionais, tanto os meninos como meninas. Eu já deixei o cargo para os jovens, é a Era da internet, a Era dos jovens, a gente preci-sa abrir espaço.

ML – Na área do esporte, Ma-rília projeta um centro de treina-mento de baseball. Como é a par-ceria com a colônia?

YS - O projeto está meio parado, eles falaram em construir o campo mas até agora não foi feito e a gente vai lá não vejo treinamento. Não sei o que vai acontecer.

ML – Senhor gosta de esporte?YS - No esporte dediquei 18

anos ao judô, mas agora não dá mais (risos).

ML – Cem anos de imigração japonesa, como o senhor avalia principalmente aqui em Marília?

YS - O jovem está ficando mais abrasileirado e hoje aqui já tem muitos casamentos com bra-sileiros e brasileiras. Já faz cem anos e vai mudando, não

tem como. Você pega descen-dentes da colônia alemã e eles ainda têm um dia da semana que só falam alemão. Já a colônia (ja-ponesa) não é tão assim. Hoje homens de 40 anos são poucos que falam a língua. O governo japonês está até mandando professores e tudo, mas mesmo assim está difícil porque tem poucos alunos.

ML – O Japan Fest este ano focou jus-tamente a cultura japonesa. Essa miscigenação preocupa? O senhor acha que os jovens vão continu-ar tocando

projetos como o Nikkey e outros?YS - Acredito que sim, mas

cada vez o jovem perde mais rit-mo e alguns deixam de cola-

borar. A gente conversa com outros descen-dentes também e eles falam isso. Hoje me-tade das famílias já é

diferente, os mais velhos estão fazen-do força para conti-nuar. Acho que vai, mas vai mudando.

O empresário na sua granja; 130 empregos e referência de mercado

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história

Uma vez candidato para nunca maisA granja Shintaku fica à bei-

ra da BR 153, próximo ao rio Tibiriça. Hoje, três

dos seis filhos – cinco homens e uma mulher - trabalham na empresa, que tem 130 funcionários e produz uma média de 800 dúzias de ovos por dia.

Mesmo já aposentado, Yoshimi Shintaku ainda mantém a mesa no escritório ao lado do filho Shindi, que atualmente gerência os negócios da granja. Exemplo familiar de que o sucesso só vem antes do trabalho no dicionário.

Com camisa branca, sandália e muito bem disposto, o empresário lembra que um dia já foi candidato a vereador e esteve num palanque polí-tico para nunca mais. “Se dá melhor quem fala bem o português”, brinca.

Atual presidente do Sindicato Rural de Marília, cargo que ocupa há duas décadas, anuncia: “até agos-to, depois paro e passo”, afirma. Shintaku também é presidente de honra do Nikkey Clube de Marília e está envolvido com diversas atividades sociais e assisten-ciais. Veja mais alguns trechos da entrevista.

ML – O senhor é presidente do sindicato. Gosta de política?

YS - Olha po-lítica me puseram uma vez para nun-

ca mais. Para descendente nipônico é difícil, são poucos que conseguem começar ali dentro.

ML – O senhor já foi uma vez candidato?

YS - Sim, tive uma experiência, mas nunca mais.

ML – Não seria de novo?YS - Não, não, e também com a

idade que a gente tem só ia da cansei-ra de novo (risos).

ML – O senhor acha importante a colônia ter representante na Câ-mara?

YS - Dessa vez tem o Yoshio (Yoshio Takaoka, PSB). É bom para a colônia, mas (na política) se dá me-lhor quem fala um bom português. O problema é que antes da eleição apa-

recem muitos

candidatos, em vez de combinar para serem poucos, mas não. São cinco, seis, divide voto e dai ninguém se elege. A gente fala antes de eles se candidatarem: pensa bem, o voto é limitado, assim você não vai se eleger. Mas tem um pessoal que fica falando você ganha, você ganha e ele acredita e vai. O amigo tem de falar a verdade, mas os outros ficam falando e você acaba acreditando. Tomara que este ano apareçam uns dois, três só, mas pelo o que ouvi falar já são cinco, seis que querem e no final acaba o risco de ninguém ganhar.

ML – O senhor é um empresário de sucesso, Ma-rília é uma cida-de rica. O que o senhor acha que falta para a cida-de ter uma distri-buição de renda melhor, acabar com as favelas por exemplo?

YS - Admi-nistração (públi-ca) não é como a gente pensa, você quer fazer isso, aquilo, mas nem sempre dá. Um quer mas outro

não deixa. E quando você junta

três tem outros dez para atrapalhar, que não querem. Eu como nunca fiquei dentro daquela casa (Câmara Municipal) não sei falar bem nem criticar. Eu acho que o Mario Bul-gareli (ex-prefeito que renunciou o cago dia 5 de março passado) ad-ministrou, não foi ele que quis deste jeito, as vezes queria fazer mas os colegas não deixam. Por isso é difí-cil falar se fosse eu fazia isso, assim. As vezes a maioria não deixa.

ML – Já que política não, se o se-nhor não fosse empresário no setor de hortifrutigranjeiro, o que o gos-taria de ser?

YS - Olha eu sempre quando co-mecei plantar melancia inventei, comprei um pulverizador e coloquei um caxotão grande de dois mil litros na carreta para pulverizar. Na época a melancia não dava nem muito di-nheiro, mas com esse negócio que eu fiz para carregar água no encerado as indústrias começaram a fazer com fibra de vidro e foi onde se espalhou por ai. Eu sempre penso: se tivesse um pouquinho de cabeça tinha co-meçado isso na época. Pegou todos que plantavam melancia. Acho que se tivesse entrado na indústria tinha alguma coisa a mais.

ML – Obrigado pela atençãoYS - Obrigado você e desculpa a

correria.

Shintaku atende o telefone em sua mesa no escritório da granja

Com tradicional quimono japonês durante lançamento do Japan Fest

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empreendimentos

Mário Herrera vai entregar Jardim Verona em junhoO Jardim Verona, com 136 casas, na zona

Sul, terá obras concluídas este mês e será entregue em junho. O anúncio é do presi-

dente do Sindicato dos Comerciários de Marília, Má-rio Herrera.

As obras de acabamento das casas estão em ritmo de conclusão e aceleradas. Maioria dos imóveis está em fase de pintura.

Mário Herrera visita e mostra ao jornalista José Ur-sílio que foram concluídas as instalações de galerias de águas pluviais e redes de água e esgoto. .

A pavimentação em asfalto termina em 10 dias. Rede publica de energia e postes serão implantados em 15 dias.

As 136 casas do Jardim Verona tem financiamen-to da CEF (Caixa Econômica Federal), de 25 anos e prestações média de R$ 350,00.

As casas são de dois quartos, sala, cozinha, banhei-ro, garagem e quintal. Ecologicamente correta, tem tubulação para aquecedor solar e reflorestamento da área degradada.

“Nossas casas são diferenciadas e oferecem infra-estrutura com laje, água, esgoto, luz, telefone, asfalto, guias, sarjetas, piso azulejado, soleiras nas portas e ja-nelas e instalações hidráulicas prontas para o recebi-mento de aquecedor solar”, disse o sindicalista.

O êxito do empreendimento está baseado na cre-dibilidade habitacional de 18 anos do Sindicato em parceria com a Construtora Menin.

Tem ainda o apoio e coordenação da Federação dos Empregados no Comércio do Estado de São Pau-lo (Fercomerciários), através do seu presidente Luiz Carlos Motta.

Sindicato começa obras de 238 casas do Jardim Veneza

O Sindicato dos Comerciários de Marília começa em junho as obras de construção das 238 casas do Jardim Veneza, na zona Oeste. Inscrições es-tão abertas e mais de 300 interessados se preparam para documentações.

O presidente do Sincomerciários, Mário Herrera, iniciou o projeto habi-tacional em 1993, quando ao lado do jornalista José Ursílio lançou e cons-truiu o Jardim Lavínia, com 300 casas.

De lá até agora já foram edificados 17 núcleos e quase 5.000 moradias construídas e entregues pela entidade.

As casas do Veneza são de dois quartos, sala, cozinha, banheiro e aca-bamento com azulejo, piso, soleiras nas janelas e madeiramento do telha-do com barrado galvanizado.

Os batentes são de madeira, há insta-lações hidráulicas internas para aqueci-mento solar e Mário Herrera comemora mais um avanço inédito do novo bairro: instalação própria de coleta e tratamento de dejetos de esgoto.

Herrera afirma já ter projeto apro-vado para a estação de esgoto e o be-nefício oferece exemplo de respeito ao meio ambiente.

Os interessados na aquisição da casa própria financiada pela Caixa Econômica Federal dentro do progra-ma Mina Casa, Minha Vida, podem procurar o sindicato nos horários das 8h às 11h e das 13H às 18h, à rua Ca-tanduva 140. O valor da casa é de R$ 85 mil e as prestações de 400 reais.

Casas com laje, terão 2 quartos, sala, cozinha e banheiro

José Ursílio, presidente Mário Herrera e o diretor Adhemar vistoriam obras

Casas do jardim Verona ficam prontos em junho

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política Hora e vez do ficha limpa EduardoNascimento

A troca da cesta básica pelo vale alimentação para ser-vidores da Câmara de Marília, hoje em torno de R$ 300 mensais, foi instituída na época em que Nascimento foi pre-sidente da Casa. Além disso, ele modernizou as instalações do legislativo, criou a TV Câmara e mudou a forma dos po-deres se relacionarem.

Nascimento foi presidente por dois mandatos consecutivos

e também acertou as finanças do Poder Legislativo depois do rombo de mais der meio milhão de reais provocado pelo presi-dente anterior Herval Rosa Seabra (PSB) e seu diretor, Toshito-mo Egashira, ambos condenados.

No final dos quatro anos em que esteve à frente do Legislativo, Nascimento quitou precatórios, e ainda repassou a sobra de caixa para entidades assistenciais da cidade e projetos de hospitais.

Valorização do servidor

Autor do projeto que promete lim-par os cargos de

comissão da administração municipal de apadrinhados políticos com condenações judiciais por crimes como improbidade e outros, o ve-reador Eduardo Nascimento (PTB) é o pré-candidato ofi-cial do seu partido a prefeito de Marília esse ano.

O lançamento do seu nome reuniu vários líderes e quase uma dezena de partidos como PHS, PSDC, PT, PSDB, PMDB, PRP, PC do B, DEM além de dois ex-deputados Jo-seph Zuza (estadual) e Doreto Campanari (federal) que dis-cursou em nome de todos e pregou a união de um projeto alternativo para administrar a cidade nas próximas gerações impedindo o que ele considera retrocesso político.

Vereador no terceiro mandato, na última eleição teve 2.750 votos, presidente da Câmara de Marília por duas vezes, Eduardo Nasci-mento aposta no cartel de projetos para se cacifar na disputar majoritária.

No mais popular e recen-te, ele é autor da lei municipal Ficha Limpa aprovado há um mês que entra em vigor nos próximos dias proibindo que pessoas condenadas pela jus-tiça em segunda instância ou decisões colegiadas assumam cargos em comissão na pre-feitura por apadrinhamento político.

“Apenas colocamos para votação um projeto que é de anseio de toda a sociedade. O Ficha Limpa nasceu da vontade popular e em Ma-rília não foi diferente. É pre-ciso acabar com o cabide de emprego, ainda nomeando pessoas com histórico de éti-ca e moral duvidoso”, disse o vereador.

Casado, pai de dois filhos, Eduardo Nascimento apos-ta que Marília pode ter um projeto de governo alterna-tivo com condições de ven-cer as eleições de outubro e depois administrar a cidade. Ele também prega a união de forças em torno de um único nome. “Estou colocando o meu como uma das opções neste debate”, disse.

Projetos de alcance social

Além do recém aprovado Ficha Limpa municipal, o vereador Eduardo Nascimento também tem marcado sua trajetória político com propostas de alcan-ce social como a lei que instituiu a tarifa social no Daem (Departamen-to de água e Esgoto de Marília) para pessoas carentes.

Ainda na questão de abastecimento de água, ele foi autor da lei que impediu a cobrança na troca do hidrômetro e, no início de 2010, anun-ciou voto contrário à en-tão vontade de o prefei-to Mario Bulgareli (que renunciou em março passado) de privatizar a autarquia mais rica da cidade.

Outro projeto de cunho social do verea-dor foi a ação popular que derrubou o aumen-to abusivo do IPTU em 2010 para mais de onze mil carnês, impedindo reajuste do imposto que beiravam 1000%.

André Gomes, Nascimento, Ursílio e Gobetti durante encontro do PTB

Eduardo Nascimento autor da lei municipal Ficha Limpa

Autoridades presente na festa que reuniu uma dezena de partidos

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saúde

Diabetes. Voluntários querem consolidar associação

Reativada no início de 2010, a Adim (Associação dos Diabéticos de Marília) hoje

possui cadastro com cerca de 200 pacientes, grande parte crianças ca-rentes, e espera em breve conseguir o registro de utilidade pública para ter parcerias e ajuda do município. “É uma doença que ainda carrega muito preconceito. As famílias precisam de apoio”, diz a vice-presidente Maria Jose Peres.

Segundo ela, o principal objetivo da associação tem sido aten-

der casos emergenciais de diabéticos sem medica-

mento. Cadastro da Se-cretaria Municipal de Saúde aponta que Ma-

rília tinha em 2010 – data do último

levantamento – aproximada-

mente 1,2 mil pacientes. A associação trata dos tipos 1 e

2 de diabetes e afirma que o custo mensal de um kit de insulina e exa-mes gira em torno de R$ 600. Atual-mente tem se focado na orientação para cadastro no sistema público de saúde que garante a medicação, o que pode levar até 90 dias.

“O paciente não pode ficar sem o remédio nem um dia, pode trazer complicações irre-versíveis a órgãos vitais. Esse é o problema”, explica.

Atualmente, a direto-ria tem seis voluntários e alguns profissionais da saúde, como nu-tricionista, psicólogo e dentista, que dão assistência às famí-lias. Segundo Maria José, também há casos em que a entidade presta as-

sistência jurídica para obter os me-dicamentos.

“Já conseguimos duas medidas judiciais e esta-mos com outro caso em análise no fórum”, disse.

Sem sede, a diretoria negocia com uma instituição da cidade espaço para desenvolver atendi-mento aos associados. “Hoje não temos nada, os medicamentos que conseguimos para distribuir ficam guardados na geladeira da minha casa”.

A Adim está recebendo ajuda e con-tribuições. O telefone para contato é o 9756.8683. A entidade pode emitir reci-bos para abatimento no imposto de ren-da e também proíbe em seu estatuto que associados e diretores sejam candidatos a cargos eletivos na política.

Conselho tem 46 entidades registradas

Quase cinco mil pessoas são assis-tidas diariamente por alguma das 46 entidades a cadastradas pelo Conse-lho de Assistência Social responsável por parte da organização do terceiro setor em Marília.

São programas desde o conheci-do Casa do Pequeno Cidadão, que atende 1,3 mil crianças todos os dias, até desconhecidos como a Adim ou o GMADC (Grupo Mariliense de Apoio a Pessoa com Câncer) que dis-tribui café da manhã e cestas bási-cas a pacientes carentes vítimas da diabetes internadas em hospitais público sem qualquer apoio, que atualmente atende 93 famílias.

Prefeitura cede mais dez servidores à Apae

A prefeitura anunciou que via aumentar a parceria com a Apae de Marília e ceder mais dez funcionários à entidade, que atualmente já recebe cerca de R$ 35 mil em subvenções mensais e outros 53 servidores.

Atualmente a Apae faz diaria-mente 420 atendimentos nas áreas de saúde, educação e assistência social. A ampliação da parceria foi definida durante encontro do pre-

sidente Pedro Figueira com o pre-feito Ticiano Toffoli.

Participaram ainda do encontro a diretora pedagógica Flávia Torres Garcia, a coordenadora do Cen-tro Sócio-Educacional Ana Maria Camporez e coordenador de Ma-rketing, Sérgio Úngaro, além do chefe de gabinete José Carlos da Sil-va e a secretária de Educação Maria do Carmo Mazzini.

Voluntários lutam para que Marília tenha uma associação para cuidar de diabéticos

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cmn

Casal Cardoso faz acordo com banco antes de vender CMN

“Novo dono” da CMN tem empresa na capital

Com mais de R$ 650 mil de FGTS dos funcionários atrasados, antes de vender

o jornal Diário e as rádios o bancário aposentado Carlos Francisco Cardo-so e sua esposa, a médica Renata Bal-dissera, assinaram um acordo com banco Bradesco para parcelar uma dívida de R$ 23.723,97.

Pela ação a dívida será paga em 18 prestações de R$ 1.448,97, a úl-tima parcela em abril de 2013. O acordo foi assinado em outubro do ano passado, dois meses antes de Cardoso e sua esposa venderem as empresas sem comunicar funcioná-rios nem depositar o dinheiro des-viado do FGTS e do INSS.

Faz parte de uma ação de co-brança que o banco move contra o

casal sonegador na 1ª Vara Cível. A dívida foi paga porque incluía o nome dos dois na lista suja de ca-loteiros do mercado além de res-

tringir opera-ções de crédito.

A dívida é referente ape-nas a uma das empresas: a rá-dio Diário FM. É resultado de um rompimento que Cardoso fez com bancos em 2009 para evitar a falência defi-nitiva da emis-soras e jornal.

A dívida inicial era superior a R$ 56 mil, mas o acordo der-rubou a cobrança praticamente pela metade e suspendeu a exe-cução contra a rádio. Faz parte

de uma série de acordos que o casal Cardoso assinou para qui-tar débitos antes de sorrateira-mente vender as empresas.

Em outros dois acordos, Car-doso mandou quitar uma dívida trabalhista com uma ex-funcio-nária da CMN que hoje trabalha como secretária para os deputa-dos Abelardo e Vinícius Camari-nha e depositar cerca de R$ 470 mil de INSS dos funcionários em atraso.

O objetivo do casal foi limpar parte do nome sujo deles na praça, enquanto mais de 160 funcionários da CMN ainda continuam sofrendo com a apropriação indébita do FGTS descontados do holerite e não deposi-tados pela empresa.

Oficialmente, na Junta Comer-cial, as rádios e o jornal Diário for-ma vendidos para duas pessoas: San-dra Mara Norbiato e Marcel Augusto Certain. Os dois são da capital pau-lista e nunca pareceram em Marília. Suspeitas dão conta que são testas de ferro de deputado Abelardo Camari-

nha, que seria o verdadeiro dono dos veículos de comunicação.

Sandra Mara seria ligada a uma igreja evangélica usada para es-quentar o dinheiro da negociata. Oficialmente Cardoso e sua espo-sa Renata venderam as empresas por R$ 80 mil, mas nos bastidores

eles teriam recebido mais de R$ 5 milhões de dinheiro sujo de caixa dois.

Investigação do jornal Marília Li-vre descobriu em março que um dos “novos donos” da CMN, Marcel Au-gusto, tem outra empresa registrada em seu nome na capital paulista no

ramo de comércio varejista de equipa-mentos de telefonia e comunicação.

Os dados constam do cadastro da Receita Federal e conferem como empresa individual, que está ativa e foi criada em maio de 2011. O ende-reço fica na rua Antonio Ferrari, 17, Jardim Moreno.

Cardoso (sentado) com seu advogado e o atual diretor da CMN Edinaldo Perão no fórum

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educação

Um papel timbrado com espaço para iden-tificar autor, data, relato da ocorrência, entre outras informações. Se você pen-

sou numa delegacia, errou. O documento com bra-são oficial do estado e tudo mais está disponível nas escolas estaduais para registrar casos de indisciplina e violência.

“Estava chegando, colocando meus materiais na mesa, quando um dos alunos que não vi qual foi pegou da mesa a caixa de giz e foi passando para seus amigos. (...) Começaram uma guerra jogando uns nos outros e eu no meio dessa guerra sem poder conter.”

O relato acima foi registrado numa escola estadual da zona sul em fevereiro deste ano e retrata bem o aumento da indisciplina nas salas de aula em escolas públicas.

“Uma indisciplina perigosa, pois poderia atingir os olhos de algum amigo da sala de aula e dar uma situação fora do normal na escola (...)”, completa a professora.

Devido a casos como esse, a Diretoria de Ensino de Marília padronizou um boletim interno para re-gistro nas escolas. O termo de ocorrência tem espaço para que professores identifiquem dia, aluno, série, disciplina e relatem o tipo de indisciplina cometida.

O documento traz ainda espaço para as providên-cias tomadas pela escola e assinaturas do aluno, pai ou responsável e direção. O jornal Marília Livre teve acesso a alguns boletins de escolas das zonas norte e sul.

A violência nas escolas tem aumentado conside-ravelmente, segundo a Apeoesp. A principal delas é o afronte verbal contra professores. Segundo Carmem Urquiza, professora e dirigente, é preciso tomar medi-das para que a situação não complique ainda mais.

Uma pesquisa feita com 278 professores de Ma-rília indica que 76% deles já presenciaram algum ato de violência, sendo o vandalismo os mais corriquei-ros entre todos com 69%.

O levantamento também aponta que 68% dos pro-fessores já foram xingados por alunos e 49% já presen-ciaram o uso de drogas dentro dos colégios. Outros 18% já sofreram algum tipo de roubo ou furto.

A Apeoesp afirma que é preciso investir em ma-terial humano para melhorar o ensino. Segundo Carmem, os baixos salários afastam o interesse.

“Tem colégio que chega a ter 500 adolescentes no pátio durante o intervalo e os inspetores, aqueles profissionais que cuidam deles fora da sala, aprova-dos no último concurso não querem se apresentar

com salário de R$ 700.”Outra medida que precisa ser adotada, segundo

ela, é criar mecanismos para que estudantes tenham mais interesse no aprendizado. “O aluno de um cur-so técnico, como Senac ou Senai, por exemplo, ter-mina o curso e sai empregado. Já no ensino público não tem essa compensação direta”, argumenta.

Indisciplina cresce e até padroniza BOs nas escolas estaduais

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MP também quer modelo único de ofício

O promotor da Vara da Infância e Juven-tude, Jurandir Ferreira, disse que está tentando elaborar em conjunto com as

escolas e a polícia um modelo de ofício para comu-nicação das ocorrências nas escolas.

“Na maioria das vezes faltam dados. Já peguei boletim de ocorrência que não ti-nha do que a professora foi xingada por exemplo. Isso é necessário para tipificar qual ação vamos tomar”, explica.

O promotor confirma que os casos de agressão verbal ainda são mais predomi-nantes e estão sendo solucionadas, na gran-de maioria, na primeira audiência com a presença dos pais. Violência física, como a agressão de um pai de aluno contra a dire-tora no colégio Waldemar Muniz, em março, tem sido casos isolados. Nas escolas alunos e professores evitam comentar o assunto.

RONDA ESCOLAR – Polícia também intensifica patrulhamento em escolas

para reprimir violência

educação

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carro

fique atento@

Nunca desça uma ladeira em ponto morto; engrene uma mar-cha mais baixa (terceira é a mais indicada) para que ela contenha as rotações do motor e impeça o carro de ganhar velocidade. Assim, você estará poupando os freios do seu carro - e em muitos, casos, vidas.

Ladeira abaixo

Até junho chega Sonic para lugar do AstraA configuração hatch e mo-

tor 1.6, 16 válvulas, flex com 120 cavalos e talvez

por preço médio de R$ 49 mil ou R$ 52 mil do Sonic deve desembarcar nas concessionárias brasileiras em ju-nho. Carro substitui o Astra e põe a Chevrolet em novo lançamento.

A General Motors do Brasil põe o terceiro carro realmente novo no mercado em menos de um ano. Em 2011 lançou o Cruze e o Cobalt.

Sonic é compacto sul-coreano e terá duas configurações--hatch e sedã. Vai disputar público jo-vem com o New Fiesta da Ford que tem preços a partir de R$ 47 mil.

Nova opção fará parte da família global Ecotec, e apenas no Brasil aceitará etanol e gaso-lina. Será um bom adversário para o 1.6 Sigma “flex” (115 cv) do New Fiesta.

O hatch compacto Chevro-let Sonic terá o motor Ecotec e aceitará etanol e gasolina mas o que realmente vai ser destaque segundo promessa da Chevro-let é visual diferente em seu interior e dotado de tecnologia de ponta.

Sonic vai ser apresentado a jornalistas neste mês. José Ursí-lio vai participar do evento, em Búzios a convite da GM.

O novo Chevrolet aqui deverá oferecer airbag duplo frontal e lateral, faróis de nebli-na, ar condicionado, controle de tração, volante multifunção e equipamento de som com conexão Bluetooth. Para a ver-são topo de linha, o Sonic terá ainda teto solar e sensor de es-tacionamento.

Palio 2013 nas concessionárias

A linha 2013 do novo Fiat Palio chega ao mercado brasileiro com novos equi-

pamentos em sua lista de série. A par-tir de agora as versões Attractive 1.4, Essence 1.6 16V e Essence Dualogic 1.6 16V passam a sair de fábrica com o Kit HSD (High Safety Drive), compos-to de air bag duplo frontal mais freios ABS com EBD.

O novo Fiat Palio, lançado no ano passado, é sucesso desde então. Com suas linhas atraentes, total-mente redesenhadas pelo Centro Estilo Fiat, maior, mais completo e seguro, ele conquistou o consu-midor brasileiro. Com suas seis versões, o novo Palio contempla os mais variados gostos, necessidades e orçamentos.

Novo Chevrolet Sonic, nas versões sedã e hatch

Não descanse o pé no pedal da embreagem enquanto dirige. Este é um hábito muito comum entre os motoristas, mas que pode provocar a queima do disco da embreagem. Além disso, os rolamentos e o vo-lante do motor podem ser danifi-cados. Quando parar em ladeiras, jamais segure o carro pisando no acelerador e na embreagem ao mesmo tempo. Esse procedimen-to, além de aumentar o consumo de combustível, desgasta o conjun-to de disco e platô da embreagem, diminuindo sua vida útil. Ao parar em semáforos, é aconselhável co-locar o câmbio em ponto morto, evitando ficar com a embreagem acionada por muito tempo. Esse procedimento, por mais simples que pareça, ajuda muito a prolon-gar a vida útil de todo o conjunto.

Transmissão

A lubrificação consiste essen-cialmente em separar as super-fícies de dois componentes em movimento relativo por meio de uma camada fina de óleo ou graxa, minimizando o atrito. Com o tem-po essa camada diminui e o motor começa a trabalhar em alta tempe-ratura. O prazo médio para efetuar a troca de óleo é a cada 5000 qui-lômetros.

Troca de óleo

Novo Chevrolet Sonic, nas versões sedã e hatch

Palio contempla os mais variados gostos

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Tiguan dá gosto de dirigirAnda bem, é confortável,

agrega alto nível de tec-nologia, tem fino acaba-

mento e é um alemão. É o Tiguan da Volkswagen que pode ser comprado por mais ou menos R$ 115 mil e não é nenhum exagero de caro.

A reportagem do Marília Livre está testando o Tiguan lançado no fim do ano passado completamente repaginado. O jornalista José Ursílio já tinha andado com o carro em outubro quando foi apresenta-do em Belo Horizonte pela Volks.

O utilitário chegou ao país em

2009 e agora tem identidade visual da marca, com os faróis com linhas retas e a grade interligando as duas peças.

Linhas predominantemente ho-rizontais e conjunto de iluminação diurna, formado por catorze LEDs e tela colorida no painel de instrumen-tos. Tem as “mesinhas de avião” para os passageiros de trás. Porta-malas pode variar de 470 a 1510 litros.

O 2.0 TSI entrega 200 cavalos de potência e trabalha em conjunto com a transmissão automática de seis ve-locidades.

O utilitário incorpora, em sua lis-ta de opcionais, o Park Assist II, nova geração do sistema que, ao encontrar uma vaga compatível, realiza a mano-bra de estacionamento para o moto-rista, que precisa apenas controlar o acelerador e o freio. As alterações do Tiguan o deixaram ainda mais pare-cido com o também recém-renovado Toaureg. A VW ainda redesenhou o formato do capô, acrescentou frisos nas laterais e também mudou leve-mente o design da porção traseira.

O carro está muito mais moderno,

mas chique, chama atenção de quem olha e muito de quem dirige.

Tiguan tem itens de série, como volante multifuncional com borboletas para trocas de marcha - esse compo-nente antes era opcional -, e passa ainda pelo sistema Kessy, para trava e ignição sem chave, Bluetooth para celular e en-trada auxiliar para iPod, além do De-tector de Fadiga, sistema que analisa o comportamento do motorista e o avisa para a necessidade uma parada de des-canso. E Auto Hold, o freio de estacio-namento automático.

A Ford acaba de mostras em Camaçari (Bahia), a nova geração do Ford EcoSport. O jipinho deve che-

gar às concessionárias a pelo menos R$ 55 mil a partir de julho. Brasil, China e Índia vão pro-

duzir o carro que pretende ser vendido em mais de 100 países.

E como todo lançamento grandio-so, a Ford está outra vez investindo no marketing. A apresentação do veículo foi no Farol da Barra, em Salvador, na Bahia. A empresa apresentou a ver-são Titanium 2.0 Flex.

O carro tem grade sutilmente hexagonal determina a identidade global da Ford: o New Fiesta ficará

assim. O modelo é baseado na nova plataforma glo-bal compacta da Ford, usada no New Fiesta.

No Brasil, deve trazer sob o capô o motor Sigma 1.6, fabricado no país, além de um 2.0 para as versões mais caras.

Entre outros equipamentos, o novo EcoSport tem -- ao menos na versão Titanium -- rodas de liga aro 16, partida sem chave, direção elétrica, sensores de chuva, crepuscular e de estacionamento, airbag duplo, freios com ABS (antitravamento), controle eletrônico de estabilidade e assistência de partida em aclives. O sistema de interatividade SYNC é outro destaque.

O carro sairá da linha de montagem de Camaçari, mas o modelo será fabricado também na China e na Índia, e vendido em cerca de 100 países.

Novo EcoSport chega em julho às lojas por R$ 55 mil

carro

José Ursílio do jornal e revista Marília Livre testou o Tiguan

Novo modelo traz sistema Park Assist II que estaciona sozinho

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DESCONTRAÇÃO – Passeio em família do empresário Digo

Maestrelo Pontes coma veterinária

e esposa Joicy Mota e a filha

Brenda

ORIENTAL – A técnica de enfermagem Fernanda Alvarez Martins leva a

filha para conhecer as novidades do

JapanFest

ALEGRIA – A fisioterapeuta Patricia Menezes Terrazas esbanja sorrisos durante evento na cidade

BELEZA TRIPLA – Amigas e promotoras de eventos Daniela Marucco, Lilian Hissae e Jéssica Khul matam a sede em momento relax

LÁPIS E PAPEL– A representante comercial

Priscilla França Hernandez posa para artista plástico

que desenha sua caricatura

BRINCANDO – A jornalista Laura Saldivia aprende brincando com os filhos Bianca, Beatriz e Kimberly na oficina de dobradura

MÚSICA - Dj Lara Zangaro, que estreia seu novo programa a partir de 15 de maio para telespectadores do Canal 9. Mix Musical sempre a partir das 21h30. Boa pedida e boa música. Prestigie