Jornal Momento de Uruguaiana

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Uruguaiana, de 19 a 25 de novembro de 2010 - Ano VI nº 319 Uruguaiana - Barra do Quaraí e Paso de los Libres - Visite nosso site: www.jornalmomentodeuruguaiana.com.br R$ 2,00 Vereador requer informaıes sobre devoluªo de verbas e denœncia de desvio de medicamentos AL pede prazo para farmÆcias se adequarem Lei que exige receitas para antibiticos Adiantada construªo da Escola de Educaªo Infantil do Pr-infncia Trevo de acesso do municpio recebe rede de iluminaªo pœblica SIMERS recorrerÆ da decisªo de volta ao trabalho dos obstetras plantonistas Uso inapropriado de Uso inapropriado de Uso inapropriado de Uso inapropriado de Uso inapropriado de herbicidas no herbicidas no herbicidas no herbicidas no herbicidas no Municpio serÆ apurado Municpio serÆ apurado Municpio serÆ apurado Municpio serÆ apurado Municpio serÆ apurado Anunciadas datas de dois leilıes de PEP de 250 mil toneladas de arroz Comandante do 1” BPAF Ø contra postos fixos de policiamento Professor Ø assassinado em casa RURAL P`GINA 10 P`GINA 10 Nesta ediªo Suplemento Rural CADERNO ESPECIAL SEGURAN˙A P`GINA 17 P`GINA 17 P`GINA 4 P`GINA 5 BARRA DO QUARA˝ P`GINA 5 Uruguaiana serÆ sede do 2” Encontro de Colecionadores Bonelli da Fronteira Oeste P`GINA 21 P`GINA 4 P`GINA 7 Quinta 319copia.p65 19/11/2010, 08:08 1

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Edição 319 do Jornal Momento de Uruguaiana.

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Uruguaiana, de 19 a 25 de novembro de 2010 - Ano VI nº 319

Uruguaiana - Barra do Quaraí e Paso de los Libres - Visite nosso site: www.jornalmomentodeuruguaiana.com.br R$ 2,00

Vereador requer informações sobre devoluçãode verbas e denúncia de desvio de medicamentos

AL pede prazo para farmáciasse adequarem à Lei que exigereceitas para antibióticos

Adiantada construçãoda Escola de EducaçãoInfantil do Pró-infância

Trevo de acesso domunicípio recebe rede de

iluminação pública

SIMERS recorrerá da decisão de voltaao trabalho dos obstetras plantonistas

Uso inapropriado deUso inapropriado deUso inapropriado deUso inapropriado deUso inapropriado deherbicidas noherbicidas noherbicidas noherbicidas noherbicidas no

Município será apuradoMunicípio será apuradoMunicípio será apuradoMunicípio será apuradoMunicípio será apurado

Anunciadas datasde dois leilões dePEP de 250mil

toneladas de arroz

Comandantedo 1º BPAF écontra postos

fixos depoliciamento

Professor éassassinadoem casa

RURAL

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Nesta ediçãoSuplemento Rural

CADERNO ESPECIAL

SEGURANÇA

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BARRA DO QUARAÍ

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Uruguaiana serásede do 2º Encontrode Colecionadores

Bonelli daFronteira Oeste

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22Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010

A Frase Radar

Rua Duque de Caxias, Gal. Barcelona - S/17CEP 97.510-180 – Uruguaiana RS

Redação e Administrativo: 3414-2814Comercial e Assinaturas: 3402-3614

e-mail: [email protected]@jornalmomentodeuruguaiana.com.br

Editor: Ricardo Peró Job (MTB 14010)Diretora Adm.: Vera Ione Molina (MTB 14344)

Diagramador: Marcio Lopes (9928-5414)Impressão: Jornal do Povo - Cachoeira do Sul

Editorial

COLABORADORES: Alberto Moura, Wolmer Jardim, Dudu Ferreira,Nei Duclós, José Édil de Lima Alves, Frank Finoqueto, Colmar Duarte,Tunico Fagundes, Joel Neimann Lopes, Alvaro Guez Velo, André Gue-rin, Newton Alvim, Vera Ione Molina Silva, Guilherme Socias Villela,Luiz Barbará Dias Jr., Elder Filho e Lúcia Silva e Silva.

O Jornal Momento de Uruguaiana não seresponsabiliza pelas opiniões emitidas nascolunas assinadas por seus colaboradoes

Abertura

(Lea Masina)

REDE MUNICIPAL

O secretário municipal deEducação, professor Delmar Kau-fmann, informa que os estudantes(alunos novos) que desejarem es-tudar na rede municipal poderãose inscrever até o dia 26 de no-vembro de 2010. São necessáriosos seguintes documentos: certidãode nascimento e cartão do SUS.As rematrículas serão efetivadasno período de 29/11 a 30/12/2010.

TV RECORD RS

Na quinta-feira, 11, entrouem operação a TV Record RS nocanal 14 (aberto) para o município.

I.P.T.U

O contribuinte que em 30de novembro se encontrar em re-gularidade fiscal referente ao exer-cício corrente (2010), terá reduçãode 10% aplicada sobre o valor ve-nal do imóvel, no Imposto Prediale Territorial Urbano – IPTU conce-dida no lançamento do IPTU doexercício seguinte (2011).

PROJETO

A Vereadora Neraí Kauf-mann encaminhará projeto de Leicom o objetivo de atribuir umnome à Travessa localizada naQuadra 166 entre as Ruas PradoLima e General Hipólito. (Rua quepassa no meio da Esplanada daJustiça). O nome sugerido é Dr.Mario Braccini, um notável juristade nossa cidade, a quem se pre-tende homenagear.

UNOPAR

Estão abertas as inscri-ções para o vestibular da Univer-sidade Norte do Paraná – Unopar.As mensalidades incluem o mate-rial didático e custam a partir deR$ 227. As inscrições vão até o dia25 de novembro nos polos deapoio presencial ou pelo sitewww.unoparvirtual.com.br. A provaserá realizada no dia 28. A taxa deinscrição é de R$ 30.

MÚSICA

Na quarta-feira, 17, às 22h,o Sargent Peppers, na Rua DonaLaura, 329, Porto Alegre, apresen-tou show com a New Years Band,integrada pelo baterista Lauro Car-valho. O show foi um tributo à ban-da irlandesa de rock U2. Saibamais sobre o grupo através do sitewww.newyearsband.com.br

A falta de sensibilidade da Pre-feitura Municipal em relação aos 8 obs-tetras que atendem a cerca de 160 par-turientes por mês em Uruguaiana. Osprofissionais trabalham há anos sem pos-suir contratos formais de trabalho, fican-do sem direito a férias, 13º terceiro e de-mais benefícios dos trabalhadores comcarteira assinada. Em ofício, avisaram hámais de trinta dias à direção do hospitale ao prefeito Sanchotene Felice que,caso não fossem atendidas suas reivin-dicações, deixariam de prestar estes ser-viços no hospital. Não foram levados asério. Mesmo assim, após a paralisação,alguns casos que colocavam em riscomães e bebês tiveram assistência Ago-ra, resta às gestantes se dirigirem a Ale-grete para atendimento.

Quando serácumprida a promessade campanha de criaruma estação de águastermais no Município?

A atitude dos obstetras em gre-ve, que voltaram ao trabalho cumprindodecisão judicial. Mesmo tendo sido tra-tados, nos meios de comunicação, deforma ofensiva pelo prefeito Sanchote-ne Felice, os profissionais, que jamaisdeixaram de atender os casos emergen-ciais e de urgência, não abriram mão dabusca pelo diálogo com a administraçãodo hospital e com a Prefeitura. A cate-goria busca há meses um diálogo comos gestores e o andamento das reuni-ões foi sempre comunicado ao Conse-lho Regional de Medicina - Cremers,Ministério Público e Conselho Municipalde Saúde. Fica, portanto, claro que oobjetivo dos profissionais foi apenas ode garantir seus direitos trabalhistas,como férias e 13º salário.

A volta da Feira do Livro de Uruguaia-na é, sem dúvida alguma, uma boa notícia. AFeira acontecerá somente pela insistênciacom que o atual secretário da Cultura, CésarLafayette Blanco de Lima, que mesmo semverbas, convenceu ao prefeito de realizá-la,mesmo que de forma mais acanhada. Como tato e o cavalheirismo que caracterizam suapersonalidade e fazem dele uma unanimida-de no quesito bem querer, Lafayette, maisuma vez soube se cercar de pessoas comconhecimento na área. Um grupo de escrito-res liderados pelo presidente da AcademiaUruguaianense de Letras, Ricardo Duarte,entre eles o professor Stábile e o jovem es-critor e editor Benhur Bortolotto, foi chamadopara assessorá-lo no evento. Embora menordo que em edições anteriores, pois não con-tará com os demais estandes dedicados aoartesanato e à pintura, a Feira certamente iráatingir seus objetivos maiores: a venda e di-

vulgação de livros. Também trará para Uru-guaiana alguns autores e ensaístas para au-tografarem seus livros e debaterem a obra deescritores consagrados. Portanto, o papel mai-or da Feira do Livro será cumprido. Será pa-trona desta edição, com merecimento, a es-critora Gelsa Verdum, membro da AcademiaUruguaianense de Letras, escritora de livrosinfantis, com inúmeras obras publicadas e su-cesso inconteste de vendas. Portanto, o papelmaior da Feira do Livro será cumprido. O quetemos a lamentar é o fato de que nossa Feira,embora Uruguaiana seja a mais importantecidade da Fronteira Oeste do Estado, conti-nue carecendo de verbas oficiais e da iniciati-va privada para que ganhe a importância deeventos de cidades bem menores, como porexemplo, a de Caçapava do Sul. Mesmo as-sim, o Momento de Uruguaiana saúda a voltadeste importante acontecimento cultural denosso município.

Maravilhaa reportagemnaúltima "Aplauso", destacandooescritor e editorRODRIGOROSP, da "NãoEditora" e da

"Dublinense", por ter deixado seu trabalhoparadedicar-se àseditoras. Rodrigo botouparagirara rodada literatura gaúcha!

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33Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010

PONTO LIVREWolmer Jardim

A dupla em questãoA dupla em questãoA dupla em questãoA dupla em questãoA dupla em questão

O conflito mais recenteA desavença entre a di-

reção da Santa Casa (leia-se San-chotene Felice) e obstetras queatuam no hospital configura maisum capítulo na tumultuada relaçãoque o chefe do Executivo mantémem nível local com boa parte dosprofissionais da área. Não é de hojeque se percebe uma predisposiçãodo prefeito de colocar em xequeprofissionais da medicina, eis quesão públicos alguns desses confli-tos. A divergência sustentada hálongo tempo com a Unimed é umdos tantos exemplos de como o pro-fessor Felice tem pouca margem deboa vontade para com certos mé-

dicos, ainda que alegadamentesuas motivações sejam as da de-fesa do interesse público e da sa-tisfação das aspirações populares.

É difícil imaginar o quepossa motivar o comportamentohostil do prefeito em relação àcerta parte dos médicos. Paraentendê-lo talvez fosse necessá-rio penetrar no mais profundo desua psiquê. Uma coisa transpa-rece: Sanchotene gostaria de ocu-par o lugar de alguns facultativosem atuação no município. Não foinem uma nem duas vezes que elesustentou discussões de cunhocientífico sobre determinadas es-

pecialidades. Alguns até juram tê-lo ouvido afirmar saber mais demedicina do que certos portado-res de diploma. E o contraditórionisso tudo é que talvez nenhumoutro prefeito tenha investido tan-to em equipamentos e recursosmateriais na área da saúde muni-cipal quanto ele, Felice. Isto é, sede um lado melhora sensivelmen-te as condições operacionais dasaúde pública, de outro, com seutemperamento belicoso, cria umclima de insatisfação e de inse-gurança àqueles que darão sen-tido e utilidade ao aparato monta-do na Santa Casa.

O conflito mais recente - IIO conflito mais recente - IIO conflito mais recente - IIO conflito mais recente - IIO conflito mais recente - IIÉ possível que no seu confronto mais recente,

agora com os obstetras, o prefeito Felice outra vez te-nha sido acometido da síndrome de Dom Quixote, (tris-te) figura de sua reconhecida predileção. No jogo debraço que sustenta contra oito profissionais da áreamédica, é de se imaginar que o prefeito julgue estar en-frentando um grupo de poderosos privilegiados, a cujasuposta arrogância precisa dobrar, em benefício do bemcoletivo. Outra possibilidade é de que não lhe falte apoioem segmentos mais pobres da população, pois emocasião assim afloram ao pensamento situações emque a urbanidade e boa vontade não estiveram pre-sentes nas relações entre médico e paciente. Mas oque por vezes escapa ao prefeito em seus assomos

Querem é se exibir...Sem entrar no mérito do problema, limito-me a

essas observações periféricas e também lamento que maisuma vez a corda esteja rebentando no lado mais fraco. Ouseja, na queda-de-braço entre a direção do hospital e osmédicos, o prejuízo acabou sendo de parturientes pobres,que naturalmente já enfrentam dificuldades para cumprircom seus misteres de mãe e que agora, como o mariscoentre o mar e o rochedo, tem de se deslocarem para Ale-grete e/ou outras cidades. Liminarmente os médicos fo-ram obrigados a voltar à atividade, mas com que estadode ânimo, com qual disposição para bem cumprir suastarefas (não se trata de deliberadamente fazer “corpo mole”,

quixotescos é que não há espaço, no seu universo deresponsabilidades, para ser patrocinador do acirramentode ânimos. Ao contrário, sua postura deveria ser sem-pre a de um quase magistrado, eis que conflitos dasociedade pedem por vezes serem arbitrados por quemadministra em nome de todos e a quem não caberia,por isso mesmo, tomar partido, fomentar desajustes ouse autodotar de poderes que nem a Lei Orgânica nemos ditames do bom senso lhe concedem. Não é pormenos que Uruguaiana dificilmente se une em torno desuas demandas e bandeiras. É difícil fazê-lo se no topoda pirâmide administrativa, dando o mau exemplo, estáalguém que invés do diálogo professa a discórdia, queno lugar da concórdia incita o belicismo dos espíritos.

mas psicologicamente esses profissionais não estarão noseu melhor momento para o desempenho de atividadesdelicadas, de profundas implicações e responsabilidades).Em Alegrete a questão naturalmente que repercutiu, poisalgumas parturientes foram trazidas para o hospital local.Enquanto alguns afirmam que uruguaianenses vieramnascer aqui para ajudar a fazer crescer a população local,que está diminuindo, alegretenses mais arraigadamentebairristas asseguram que no fundo essa gente quer é seexibir, nascendo aqui. Segundo eles, é a concretização deum sonho, já que todo uruguaianense, no fundo, gostariade ser um alegretense.

Dilma, a IlhaDilma, a IlhaDilma, a IlhaDilma, a IlhaDilma, a IlhaDilma Rousseff corre o risco de virar uma Ilha,

cercada por todos os lados de oportunistas e de ino-portunos. Sem maior experiência nos meandros dopoder e sem ser ladina que nem Lula, a futura presi-dente terá de revelar qualidades até aqui desconheci-das de discernimento e de jogo de cintura (com aquelagordura toda?) para não se deixar engolfar por fisiolo-gismos nem exotismos ideológicos. De um lado estãoos petistas, querendo finalmente meter o bedelho no go-verno, coisa que Lula não deixou. De outro lado estão ospeemedebistas com seu voraz apetite por cargos e po-der. Às suas costas, bafejando em sua nuca, estará oex-presidente, ainda com os cacoetes do mando, que-rendo influenciar os rumos governamentais. E à suafrente estará a monstruosa dívida interna, que se soma

à guerra monetária internacional já anunciada.Já li que Dilma não tem carisma, tanto que

embora já esteja há alguns anos na vida pública nãoconseguiu criar o dilmismo, em referência ao grupode adeptos e seguidores que costuma cercar um agen-te público notório e poderoso. Por enquanto o quetemos é o seu discurso pós-eleição, que tão bem re-percutiu por haver reiterado princípios que se afinamcom os desejos nacionais. Entretanto, sabemos to-dos que entre o discurso e a prática costuma haveruma abismal diferença. Transformar suas alentado-ras palavras em atos concretos, sem perder apoiosno Parlamento, na mídia e na opinião pública, este jáse antecipa como um dos principais desafios da futu-ra mandatária brasileira.

Entre a dignidade e o adesismoO Partido Progressista do Rio Grande do

Sul tomou a decisão mais coerente e digna que lhecabia tomar, anunciando publicamente que não faráparte do governo petista. Sim, porque para os pa-drões de moralidade e de civismo dos gaúchos, seriao fim da picada ver no mesmo salão do Piratini,tomando decisões conjuntas, o PP e o PT, que pro-gramaticamente (se é que isso ainda tem algumvalor) são opostos, azeite e água, grêmio e inter,fhc e tiririca, luiza brunet e erundina.

Já o PDT, que disputou contra Tarso, des-

pudoradamente se joga mais uma vez nos braçosdos petistas, jogando no lixo da história toda umatrajetória de coerência e de firmeza ideológica. Tudopor meia dúzia de cargos. Não é atoa que JulianaBrizola, fiel à memória de seu avô, se postou contra oadesismo escancarado. Mas será voto vencido, por-que a fome por CCs falará mais alto. E assim, humi-lhado pelo apego às migalhas de poder que lhe sãojogadas pelos espertos petistas, o PDT e legado deBrizola vão mirrando, mirrando, até ser em breve ape-nas uma abstração na cena política nacional.

Estão fazendo uma celeuma em torno dolance, mas a bola que o meia Douglas perdeu nojogo contra a Argentina ele cansa de perder nos jo-gos do Grêmio. Tanto que quem prestar atenção veráque a maioria dos contra-ataques que o Grêmio so-fre resulta de lances perdidos pelo camisa 10 emseus devaneios de grande craque. É o toque a mais,o taquito, a firula e a inapetência para correr atrás dequem ficou com a bola. Respeito opiniões contrári-as, mas Douglas não tem estofo para jogar na sele-ção e está longe de ser um craque. É, forçando umpouco a barra, um peladeiro muito bem remunerado.

De outra parte, quem diria, hem? O Interna-cional, que adequadamente comemora o fato de terum dos mais qualificados plantéis do país, não temum centroavante confiável. Já o Grêmio, pobrezinhode marré, tem quatro (Borges, Diego, André Lima eViçosa). Imprevidência de Carvalho? Acho que não,pois em tese os jogadores da posição que estão noBeira-Rio teriam de dar melhor resposta. A questão,na opinião suspeita de um gremista que nem eu, nãoé o centroavante. É o esquema de Roth que torna onúmero 9 um ser solitário, quase uma excrescênciano contexto tático do time.

Quando da última vez que andei emUruguaiana, uma das discussões mais re-correntes da política local era sobre se Fre-derico Antunes deverá ou não ser candida-to a prefeito em 2012. Argumentos forammanejados por correntes favoráveis ou con-trárias à ideia. Todos respeitáveis. Todospertinentes.

Mas essa é uma questão que nãocabe a ninguém mais avaliar e decidir, anão ser ao próprio Frederico. Ele é que po-derá colocar na balança fatores que aosdemais não compete saber nem conside-rar. De minha parte, como uruguaianensee amigo do deputado, claro que gostaria devê-lo concorrendo à sucessão de Felice.Pelo bem de Uruguaiana. Mas este é umdesejo puramente pessoal, nada tendo aver com razões objetivas que, reitero, só aFrederico cabe avaliar.

A candidaturade Frederico

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44Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010Política

Por Ricardo Peró Job

[email protected]

No dia 31 de julho, o desembargador Dácio Vieira, doTribunal de Justiça do Distrito Federal e Territóriosproíbiu veí-culos de comunicação de publicarem reportagens sobre a Ope-ração Boi Barrica, que envolvia Fernando, filho mais novo deJosé do Ribamar do Sir Ney, vulgo José Sarney. Ministros doSupremo Tribunal Federal, juristas, advogados e promotoresdo Ministério Público afirmam que a decisão do desembarga-dor Dácio Vieira, que proibiu o Estado de São Paulo de publicarreportagens sobre a Operação da Polícia Federal, contraria aConstituição e recentes manifestações da corte que garantema liberdade de imprensa e de expressão. Os ministros conside-raram estranho o conteúdo da decisão, já que durante o ano oSTF deu decisões claras de que não podem ser admitidas res-trições à liberdade de imprensa e afirmaram que o desembar-gador deveria ter se negado a analisar o pedido de FernandoSarney. Foto publicada pelo Estadão mostrou o desembarga-dor com Sarney na festa de casamento da filha do ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia.

Há um ano, a jornalista Adriana Vandoni está sob censu-ra desde 13 de novembro de 2009, decretada por um juiz daVara Agrária de Cuiabá, Mato Grosso, a pedido do deputadocassado e agora eleito, José Riva, do PP. O elemento respon-de a 118 ações públicas por improbidade, formações de qua-drilha, peculato e outros crimes. Riva alegou na ação ter suahonra aviltada pelo fato de ter notícias de seus crimes publica-das. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso, através do desem-bargador Carlos Alberto da Rocha negou o recurso de Adrianaalegando que encontrou “consistência” na decisão do juiz. JoséRiva era presidente da Assembleia de Mato Grosso até julho,quando foi cassado por crime eleitoral. Em setembro ele voltoua perder o mandato, também por crime eleitoral. Riva é acusa-do pelo Ministério Público de ter desviado mais meio bilhão dereais. Mesmo assim, foi o mais votado e conta com a simpatiade parte do Judiciário local.

Diante de tais fatos, minha conclusão é a de que a frontei-ra entre a Justiça e o poder político não existe no Brasil. A censu-ra prévia já é uma aberração jurídica, mas sua manutenção du-rante meses a fio pela Justiça é simplesmente criminosa.

O ministro da Propaganda, Franklin Martins, aquele queelegeu a censura aos meios de comunicação como a meta desua vida, ainda não desistiu de ser indicado para a vaga deconselheiro da Anatel. A presidente eleita Dilma Rousseff pediuao presidente que não o nomeie, pois teme comprar uma brigacom a imprensa caso se confirme à nomeação. Que os deusesnos protejam!

Censura prévia volta a vigorar no país

O vereador José Clemente daSilva Corrêa (PT) (foto) propõe que sejarealizada, dia 30 de novembro de 2010,Sessão Especial alusiva ao transcursodo Dia de Solidariedade ao Povo Pa-lestino, que transcorre no dia 29 denovembro. A Sessão Especial tem oobjetivo de reconhecer os relevantesserviços que a Sociedade BeneficenteÁrabe Palestina presta a esta cidade.

Clemente solicita sessão especial emhomenagem ao Dia do Povo Palestino

Vereador requer informações sobre devolução deverbas e denúncia de desvio de medicamentos

Clemente quer saber que provi-dências serão tomadas em relação aosR$ 700 mil em verbas perdidas na Saú-de e à denúncia de desvio de Medica-mentos. O vereador José Clemente daSilva Corrêa (PT) requer ao ExecutivoMunicipal informações sobre a determi-nação da 10ª Coordenadoria Regional deSaúde que notifica o Município de Uru-guaiana a devolver a importância de maisde R$ 242 mil, referentes aos programasCidadania Alimentar, Saúde Bucal, Inver-

no Gaúcho, Farmácia Básica e Saúde daFamília, recebidos do ano de 2001 até oano de 2008, tendo em vista que não foigasta no prazo de vigência, conformeportaria 78/2008 e Resolução CIB 123/2009 da Secretária de Saúde do Estadodo Rio Grande do Sul.

Clemente também quer informa-ção quanto às providências que estãosendo tomadas para que o Município nãoperca R$ 414.060,90, que já estão venci-dos, e que irão somar mais de R$ 700 mil,

de verbas perdidas na Saúde, e a solicita-ção da presença do Secretário de Saúdena reunião subsequente da Comissão deSaúde da Câmara Municipal. O parlamen-tar ainda requer que sejam prestadas in-formações sobre a existência de denún-cia referente ao desvio de Medicamentosda Secretária de Saúde de Uruguaiana e,em caso afirmativo, qual a composição dasindicância que apura a denúncia, quemsão seus membros, nome e cargo queocupam na Secretária de Saúde.

O dia oficial de homenagem foi esta-belecido pela Organização das NaçõesUnidas - ONU, em 1977. A data esco-lhida deve-se ao fato de que 29 de no-vembro de 1947 é a data da Assem-bleia Geral da ONU que aprovou a re-solução sobre a partilha da Palestina.Essa decisão da ONU proporcionou acriação do Estado de Israel, fundadono dia 14 de maio de 1948.

AL pede prazo para farmácias se adequarem àLei que exige receitas para antibióticos

O presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da As-sembleia Legislativa, deputado Gilmar Sossella (PDT) entregou ao di-retor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa,na quinta-feira, 18, um ofício solicitando uma prorrogação de 180 diaspara que as farmácias possam se adequar à RDC 44/10. A normativa,que começa a ser aplicada a partir do dia 28 de novembro, exige queas farmácias retenham as receitas médicas para medicamentos con-trolados, os chamados antibióticos. O objetivo é reduzir a prática co-mum entre os brasileiros da auto-medicação e controlar o surgimentode superbactérias, responsáveis pela morte de muitas pessoas via in-fecção hospitalar.

Instituída pelo Governo do Estado em outubro de2008, em razão da decretação de emergência do sistemaprisional gaúcho, a força-tarefa dos presídios foi extinta pelagovernadora Yeda Crusius na quarta-feira, 17, em ato assi-nado no Palácio Piratini. Com o objetivo de solucionar osproblemas nas penitenciárias gaúchas, o grupo foi formadopor diversas instituições, como o Ministério Público e o Tri-

GoverGoverGoverGoverGovernadora assina ato extinguindo a força-tarefa dos presídiosnadora assina ato extinguindo a força-tarefa dos presídiosnadora assina ato extinguindo a força-tarefa dos presídiosnadora assina ato extinguindo a força-tarefa dos presídiosnadora assina ato extinguindo a força-tarefa dos presídiosbunal de Justiça. Depois de prestar contas à sociedade gaú-cha, no final de outubro, comprovando avanços na criação devagas nos regimes aberto, semiaberto e fechado, além dasreformas em estabelecimentos como o do Presídio Central, ogrupo deixará de existir, com a certeza do dever cumprido. Aoassumir a administração estadual, Yeda encontrou 23 casas pri-sionais total ou parcialmente interditadas por falta de condiçõesde uso. Com um cronograma produzido pela força-tarefa, foramreformados 229 presídios, o que resultou em investimentos supe-riores a R$ 39 milhões. Para reduzir o déficit do sistema prisional,foram recuperadas 850 vagas e criadas 3.021 que já estão emuso. Até o final do ano, o Estado deve concluir a construção demais 2.191 vagas. Considerando as obras já iniciadas pelo PoderExecutivo, contratadas ou em licitação, a expectativa é de quehaja a criação de 5.038 vagas em 2011 e, após isso, 3.672.

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55Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010Geral

no Município de Uruguaiana, com atuação nas seguintes áreas do Direito:Cível, Contratual, Trabalhista, Agrário, Internacional e Ambiental.

CLÁUDIO PETRINI BELMONTE - OAB/RS 42.579- Professor Universitário (Dir. Contratual, Dir. Agrário e Dir. Internacional);

- Mestre pela Universidade de Coimbra (Portugal);- Doutorando pela Universidade de Salamanca (Espanha).

NATHALIE SUDBRACK DA GAMA E SILVA BELMONTE - OAB/RS 62.305- Especialista em Direito e Processo do Trabalho (PUC – POA/RS)

Porto Alegre/RS: Av. Loureiro da Silva, n° 2.001, sala 515, CEP 90050-240,Fone: 55 51 3225-3178

Uruguaiana/RS: Rua Gal. Bento Martins, n° 2.497, sala 1.502, CEP 97510-001,Fone: 55 55 3402-3733

Itaqui/RS: Rua Rodrigues Lima, n° 376, sala 602, CEP 97650-000, Fones: 5555 3433-1626 / 2650

w w w . b e l m o n t e a d v o g a d o s . c o m . b r

A TERCEIRIZAÇÃO NO DIREITO DO TRABA-LHOPOR NATHALIE SUDBRACK DA GAMA E SILVA BELMONTE - OAB/RS 62.305

Estratégia de Saúde da Família -ESF atende mais de 900 famílias

Está adiantada a construção da Escolade Educação Infantil do Pró-infância

BARRA DO QUARAÍ

Está em andamento a cons-trução da Escola de Educação Infan-til Próinfância, investimento estima-do em mais de R$ 1, 073 milhão, comcontrapartida do Município de maisde R$ 300.000, totalizando R$ 1, 373milhão de investimento, viabilizadodentro de uma parceria da PrefeituraMunicipal da Barra do Quaraí com oGoverno Federal através do Progra-ma Pró-Infância. A creche deveráatender 120 crianças de zero a cincoanos. O prazo para a conclusão estáprevisto para o mês de agosto de2011. Depois de inaugurada, priori-zará a acessibilidade, com adequa-ções necessárias, a fim de permitirseu uso a portadores de necessida-des especiais, ligando a comunida-de aos ambientes de uso pedagógi-co, administrativo, recreativo, espor-

tivo e de alimentação (salas de aula,fraldários, bibliotecas, salas de leitu-ra, salas de informática, sanitários,recreio coberto, refeitório, secretariaetc.). O Governo Federal criou o Pró-Infância por considerar que a cons-

trução de creches e escolas de edu-cação infantil, bem como a aquisiçãode equipamentos para a rede físicaescolar desse nível educacional, sãoindispensáveis à melhoria da quali-dade da educação.

2ª Etapa do Projeto Música em Todos os CantosDifundir a musicalidade rít-

mica e poética na Barra do Quaraíe cidades vizinhas - este é o objeti-vo do Projeto Música em Todos osCantos, promovido pela PrefeituraMunicipal, através da Secretaria deEventos. A 2ª Etapa do evento será

realizada no dia 04 de dezembro de2010 a partir das 19h no Bairro Nor-man Irio Gutierres, anexo à Qua-dra Poliesportiva recentementeinaugurada, que estará vinculada àrealização do Sábado da Transpa-rência. O evento será realizado bi-

mestralmente e terá as seguintesapresentações: Articulo 29 (BellaUnión – ROU); Força Jovem daIgreja do Evangelho Quadrangular(Barra do Quaraí); Perro Negro (Be-lla Unión – ROU) e Contraband(Uruguaiana).

TTTTTrevo de acesso da Barrevo de acesso da Barrevo de acesso da Barrevo de acesso da Barrevo de acesso da Barra do Quaraí recebe rede de iluminação públicara do Quaraí recebe rede de iluminação públicara do Quaraí recebe rede de iluminação públicara do Quaraí recebe rede de iluminação públicara do Quaraí recebe rede de iluminação públicaA Prefeitura Municipal da

Barra do Quaraí, através da Secre-taria de Obras, realizou a instalaçãode rede de iluminação com a coloca-ção de luminárias no acesso da ci-dade. Foram colocadas 26 luminári-as nos dois lados da BR 472 até o

trevo de acesso entre a Rua Garibal-di. Este investimento foi orçado novalor de aproximadamente R$19.000,00, com recurso próprio domunicípio. A iluminação pública é es-sencial para a qualidade de vida dacomunidade e é de fundamental im-

portância para o desenvolvimento so-cial e econômico do município. Alémdisso, a iluminação pública valorizae ajuda a preservar o patrimônio ur-bano, embelezando a entrada da ci-dade, tornando-se positiva a recep-ção das pessoas que aqui chegam.

Prefeitura inicia revitalização das calçadas na Avenida Salustiano Marty A Prefeitura Municipal iniciou,

no dia 08 de novembro, a colocaçãode calçadas padrão na Avenida Salus-tiano Marty, com o material similaràquele com que foi construído o cal-çadão da cidade, hoje cartão postal domunicípio. Além das calçadas, serãocolocadas luminárias nos dois ladosda avenida, iluminando todo o centro

da cidade, proporcionando ainda maisqualidade de vida aos munícipes. Se-rão construídas inicialmente duas qua-dras, com o valor de aproximadamen-te R$ 200.000,00. Calçadas padroni-zadas, acessíveis, sem oferecer ris-cos para o pedestre e com o objetivode embelezar cada vez mais nossa ci-dade, este é o compromisso da Pre-

feitura Municipal da Barra do Quaraí.Conforme o Prefeito Maher, o novo pa-drão arquitetônico semelhante ao cal-çadão para as calçadas da cidade bus-ca melhorar a paisagem urbana e osistema de drenagem, além de garan-tir a livre circulação de pedestres epessoas com deficiência ou mobilida-de reduzida.

A prefeitura, através da Secretaria de Obras estárealizando a recuperação das estradas vicinais e vias deacesso da cidade. Serão recuperados mais de 200 Kmde estradas. Por determinação do Prefeito Municipal, Engº.Maher Jaber, estão sendo realizados, cascalhamento,alargamento das estradas estreitas, drenagem, amplia-ção de bueiros, recuperação e ampliação da sanga fun-da, e, com a aquisição de pá carregadeira no valor de R$250.000,00 e retro-escavadeira de R$ 197.000,00, estãosendo realizadas abertura de valas para escoamento deáguas e outros serviços, com o objetivo de proporcionaruma melhor trafegabilidade dos caminhões e transporteescolar que passam pelas estradas, dando total atençãoao produtor rural, condições melhores de escoamentoda produção e o deslocamento das famílias que residemna zona rural. Comprometimento com o homem do cam-po é prioridade do Governo Municipal.

A Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Saúde, implantouno ano de 2008 o PSF, Programa Saúde da Família, hoje ESF. O Programaé composto por 01 médico, 01 enfermeira, 01 auxiliar de enfermagem, 01odontólogo, 01 auxiliar de consultório dentário e 05 agentes comunitáriosde saúde. Todos realizando atividades já programadas a fim de alcançartoda a comunidade, trabalhando diariamente para uma grande melhora nasaúde de nossa população, atuando com ações de promoção da saúde,prevenção, recuperação, reabilitação de doenças, entre outras. A equipe éresponsável pelo acompanhamento de aproximadamente 925 famílias. ASaúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação domodelo assistencial. A equipe do ESF vem realizando vários trabalhos naconscientização para a prevenção de saúde, tais como aferição de pressãoe distribuição de panfletos informativos, palestra de exame bucal, atendi-mento de gestante, atendimento odontológico em crianças, distribuição deescova dental, visitas domiciliares, entre outros.

Recuperação das estradasmunicipais beneficia pequenos,

médios e grandes produtores rurais

As relações de trabalho sofreram modificações ao lon-go dos anos em razão de uma série de fatores, como, por exemplo, a inovaçãotecnológica. Referidas mudanças ensejaram o debate acerca da flexibilizaçãodas normas trabalhistas, ou seja, uma flexibilidade ante a relação de contratotípico (único empregador, contrato à prazo indeterminado, contrato protegido contradespedida sem justa causa, etc) para um contrato com regras mais elásticas,como a Terceirização.

A Terceirização é a possibilidade de transferir para outrem as atividades-meio (secundárias) atendo-se a empresa à sua atividade primeira. Mas qual se-ria o principal objetivo da Terceirização? Diminuir custos e, conseqüentemente,melhorar a qualidade dos serviços ou produtos, tornando a empresa, então, maiscompetitiva.

No entanto, tem sido a Terceirização utilizada adequadamente para quesejam atingidos tais objetivos? Muitas vezes se percebe que não...

A Terceirização requer muita cautela do empresário, deve ser feita umaanálise profunda do ponto de vista econômico (planejamento de custos, produ-ção, desenvolvimento, etc), bem como Jurídico, sob pena de um risco de respon-sabilização em ações trabalhistas.

A adoção de mão de obra terceirizada pode ensejar reconhecimento devínculo direto com a tomadora dos serviços, na hipótese de fraude, ou a res-ponsabilidade subsidiária dessa última, quando a empresa empregadora nãorealiza a integralidade dos pagamentos de seus empregados (Súmula 331, I, eIV do TST).

A atividade fim de uma empresa só poderá ser delegada, de acordo coma Súmula 331, I, do TST, em caso de trabalho temporário, caso contrário geravínculo direto com o tomador dos serviços. Já o inciso IV da referida Súmula,prevê que o inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do emprega-dor gera responsabilidade subsidiária do tomador quanto àquelas obrigações,inclusive se for órgão da administração pública direta e indireta.

A função desta responsabilização do tomador é de sanção, ou seja,culpa pela má escolha do fornecedor de mão-de-obra e também do risco, umavez que a inadimplência da prestadora de serviços decorreu do exercício deuma atividade que se reverteu em proveito da tomadora. E não pense o Toma-dor que quando de uma Execução Trabalhista irá ocorrer o exaurimento dastentativas de execução contra o devedor principal, eis que na esfera Trabalhis-ta o empregado é o hipossuficiente e está se discutindo verbas alimentares.Assim, o que irá ocorrer, provavelmente, ante a falta de bens suficientes daempregadora, será a execução dos bens do tomador, cabendo a este, posteri-ormente, na Justiça Comum o ressarcimento por parte dos sócios daquela,caso encontre bens suficientes.

Assim, a terceirização é cada vez mais uma realidade nas empresasbrasileiras, que buscam alternativas de sobrevivência frente a uma mercado glo-balizado e competitivo. Trata-se de um processo de busca na redução de despe-sas que deve ser bem analisado para que seus objetivos sejam alcançados, evi-tando custos com ações trabalhistas.

Como sugestão para melhoria da terceirização, deve haver uma escolhapor fornecedores melhor qualificados, avaliação da capacidade técnica da em-presa contratada, análise do custo dos serviços realizados por terceiros e coletade referências com outras empresas do ramo sobre as empresas de terceiriza-ção. Somente desta forma poderá o Tomador se certificar da qualidade dos servi-ços contratados, da saúde financeira da empresa empregadora (evitando res-ponsabilização por encargos sociais não cumpridos), podendo, com isso, se fo-car na sua atividade-principal para torná-la cada vez mais competitiva.

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66Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010

Por Nei Duclós

JORNALISMOLITERÁRIO

Geral

O conhecimento humano não cabe na escola. Escola ensina aaprender. Por isso começa com o principal instrumento para se chegar aoconhecimento, a alfabetização. Sem saber como funciona a escrita, ficaimpossível saber o que pega em qualquer outra matéria. É obvio, masprecisa ser dito, pois agora estão querendo criar inúmeras matérias no-vas, como se fosse possível abarcar o mundo com os braços.

As críticas à má educação no Brasil, com denúncias contra o sis-tema de ensino problemático, gera uma solução equivocada, que é a deinventar novidades no currículo, quando se deveria, a contrário, enxugar ese concentrar no básico: língua portuguesa (redação, leitura, literatura egramática); matemática (aritmética, álgebra, geometria); história e geo-grafia (o estudo dos povos e da terra); filosofia (como o pensamento hu-mano foi formatado). Acrescentaria Inglês, Francês, Música e Desenho.Mais tarde Física, Química, Biologia. Mas não Direitos do Consumidor oua velha Moral e Cívica. Isso é uma tragédia.

Se você estuda as matérias fundamentais, o resto vem por si, nãoprecisa criar um varejão curricular que só vai atrapalhar o sistema educaci-onal. E não se deve ficar na história de ensinar a pescar e não dar o peixe.Precisa dar o peixe também, para o aluno sentir o gosto do aprendizado.Nesse caso, me refiro às lições básicas de cada matéria. Se você estudaHistória, não basta aprender como estudar o passado, é preciso exemplos,saber pelo menos a formação do país, sem os anacronismos que hoje que-rem impor. Sim, porque daqui a pouco vão mudar toda a História do Brasil,como se fôssemos culpados de termos sido o que fomos.

O evento Enem mostrou o despreparo, a indiferença e a falta devontade do governo de tentar encarar seriamente a questão. Pela segun-da vez o teste foi anulado, contrariando o ditado de que um raio não caiduas vezes no mesmo lugar. O objetivo, para o ministro da Educação,Fernando Haddad, especialista em administração pública da União Sovi-ética (foi seu foco de estudo na faculdade) é acabar com o vestibular, atéhoje a mais democrática forma de acesso à universidade.

Pois você só pode entrar numa universidade séria se estudou deverdade e não por ter essa ou aquela cor da pele. A dívida social foi contra-ída pelas gerações passadas, que morreram. Hoje, ninguém tem nada a vercom a escravidão de séculos anteriores. Os feitores deitaram e rolaram pormuito tempo e agora quem vai pagar o pato é o aluno que estuda e nãoconsegue entrar porque o sistema de cotas privilegia quem não estudou?

Institucionalizar a indústria de analfabetos titulados será um des-serviço hediondo ao país que perdeu seu rumo desde o momento em quea escola pública foi sucateada e o que era de excelência virou essa coisaque todos sabemos. O mais intrigante é que os autores das falsas mudan-ças beberam na generosa fonte do ensino público brasileiro secular e deprimeiro time. Destruíram o sistema de ensino e agora querem maquiá-locom matérias pífias. Cidadãos que tiveram a sorte de se formar em outroBrasil não devem permitir que isso aconteça.

O que pega no ensino

João Paulo II tem inauguração da segundaetapa prevista para março de 2011

Na terça-feira, 16, o prefeitoSanchotene Felice, acompanhado dasecretária municipal de Ação Sociale Habitação, Elisabete Brettas Feli-ce; do gerente regional de Habitaçãoda Caixa Econômica Federal (CEF),Marcos Luiz Decesaro; do coordena-dor de Habitação da CEF/RS, Car-los Prati; e do gerente-geral da CEF,em Uruguaiana, Marcelo ErasmoTemp; vistoriou as obras no Conjun-to Habitacional João Paulo II, no bair-ro Cabo Luiz Quevedo onde, na se-

gunda etapa, estão sendo construí-das 500 casas. Em 29 de março foiinaugurada a primeira etapa, quandoforam entregues 140 unidades, oca-sião em que os contemplados rece-beram gratuitamente suas moradias,construídas com verbas da União edo Município. As 500 unidades dasegunda etapa terão prestações quevariam entre R$ 50,00 a R$ 139,50,conforme a renda familiar (apenas domarido e da mulher). A previsão deinauguração da segunda etapa é no

final de março de 2011. Na terceira eúltima etapa do Conjunto Habitacio-nal João Paulo II, serão edificadasmais 241 moradias que totalizarão881 unidades habitacionais. Parale-lamente, existe o projeto que prevêdoação de área municipal, localiza-da no antigo DNER, na União dasVilas, onde deverá ser construído umconjunto habitacional de 320 unida-des, em quatro edifícios, destinadosaos servidores da Prefeitura e doHospital Santa Casa de Caridade.

De 06 a 10 de dezembro, oCentro de Equoterapia de UruguaianaGeneral Fidélis - C.E.U, em parceriacom a Unipampa e Associação Nacio-nal de Equoterapia - Ande-Brasil, reali-zará o III Curso Básico de Equoterapiaem Uruguaiana. O evento tem comofinalidade capacitar profissionais da áreade Saúde e Educação para integraruma equipe interdisciplinar de um Cen-tro de Equoterapia. O Curso será reali-zado no Círculo Militar das 8h às 12h edas 14h às 18h. De acordo com o pre-sidente do C.E.U, Luis Antônio Sodré,os melhores profissionais credenciadosna Ande-Brasil ministrarão o Curso. “Es-pecialistas virão de toda a parte do país,

Curso Básico de Equoterapia em UrCurso Básico de Equoterapia em UrCurso Básico de Equoterapia em UrCurso Básico de Equoterapia em UrCurso Básico de Equoterapia em UruguaianauguaianauguaianauguaianauguaianaO evento será realizado em dezembro e contará com profissionais de todo o país

como Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba,Porto Alegre e Santa Maria”, garanteSodré. A abertura do evento contarácom a participação do presidente daAnde-Brasil, cel. Lélio de Castro Cirillo.A programação completa do III CursoBásico de Equoterapia estará dispo-nível em breve no site do C.E.U. Oinvestimento é de R$ 800,00, poden-do ser parcelado.

TRANSPORTE E HOSPEDAGEMPARA O CURSO

Para maior comodidade dosparticipantes, será disponibilizado trans-porte gratuito até o local do curso. O

presidente do C.E.U, Luis Antônio So-dré, fornecerá transporte gratuito paratodos os participantes do 3º Curso Bá-sico de Equoterapia, que será realiza-do de 6 a 10 de dezembro no CírculoMilitar de Uruguaiana em turno integral.Além disso, o 8º RCmec firmou parceriacom o C.E.U e oferece aos alunos docurso alojamento masculino e femininono valor de R$ 20,00 a diária com caféda manhã. Interessados devem enviare-mail para [email protected] [email protected] até odia 30 de novembro de 2010. Maio-res informações Fones: (55) 99762237 e (55) 9908 3867 ou pelo sitewww.equogenfidelis.org.br.

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77Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010Geral

O ESTADO-MAIOR DOS ANZÓIS

Por Cláudio Noronha(FINAL)

A AURA – Associação Uruguaianense deAdministradores, que encontra-se localizada naRua XV de Novembro, 2167 - Centro, no auge

dos seus 10 anos de criação, em nome deseus diretores e associados, tem a satisfaçãode agradecer a Comunidade Uruguaianense,

que está sempre prestigiando nossos eventos,garantindo o status alcançado de uma

entidade de classe ativa em nossa cidade.Acesse www.logicom-comex.com.br.

Na última pescaria cheguei a ser incluído como pescador e nãomais como mero auxiliar, ainda que não tivesse sido liberado das mi-nhas funções primárias. Na compra que um dos meus superiores rea-lizou de uma reluzente carretilha Penn 60, herdei a velha Dehn, cópianacional da sua similar americana e passei a fazer parte do Estado-Maior. Só não mudei a patente. Permaneci cabo.

Tudo aquilo não durou muito, um derrame aniquilou o terceiroe, por fim, meu pai não resistiu a um fulminante tumor. Lá se foi minhaturma. Um cabo sem ordens superiores. Um miliquinho só, sem exér-cito, sem chefias. Jamais tinha voltado à beira mar. Passados mais dedez anos, em férias, na companhia de amigos numa praia do extremo-sul, eu resolvi pescar. Seria na madrugada seguinte. O tempo estavaperfeito. Soprava um nordestão achatado e o sol teimava em escon-der-se. Um velho caniço campeado aqui, uma carretilha meio enferru-jada acolá, uma ida ao armazém do seu Torto para a compra de linhas,anzóis e chumbadas. E pronto. Lá estava eu, aparelhado o suficientepara voltar ao passado. Naquele verão, pensara muito no meu exérci-to, nos meus chefes, no General Viola. Sentia falta de tudo. E de todos.

Nem bem clareara o dia, instalei-me bem na beira da praia.Sozinho, com minhas tralhas e um grosso nó na garganta. Caniço nodescansador, garrafa térmica bem ao alcance, cuia na mão, sentadonum mochinho de três patas, mirava ao longe. Sorvia junto com o mategenerosos goles do meu passado. Aquilo ajudava a desmanchar abola que teimava em seguir alojada na minha goela.

Só pode ter sido por ordem expressa de algum membro doEstado-Maior: com certeza, a idéia partiu do General Viola. O caniçovibrou forte, chegou a lascear, sacolejou meio desengonçado, quasecaiu na areia. Quando o firmei, entre meus joelhos, senti que não eraqualquer bagrinho. O bicho brigava como os grandes. A linha assobia-va. A carretilha rangia, espremendo suas engrenagens. Lembrei dosvelhos ensinamentos, do nosso código militar da praia. Vou cansar ovalente, depois o arrasto como quiser. E assim o fiz.

Não precisou mais do que meia hora. Surge na praia, arrasta-do, ofegante, aquele corpanzil cinza rosado da maior viola que vi atéhoje. A boca sangrava muito, mostrando a briguenta que era. Movi-mentava-se como se fosse voltar para dentro do mar, seguia peleando.Não conseguia aproximar-me direito: da cabeça para trás, tudo era umaçoite que silvava ao bater-se contra o ar. Mas eu também não soubobo. De um golpe só, enfiei minha faca Coqueiro Deitado bem no meiodos seus olhos. Mal e mal escorreu um filete escuro e viscoso. Assim adanada parou com seus maus modos, de gente que não quer se entre-gar. Morrera. Examinei-a em cada detalhe, a aspereza de seu couro,verdadeira lixa, o limite da abertura de sua enorme boca, as nadadeirascurtas, diametralmente dispostas ao longo do corpo. Que perfeição! Euns quarenta quilos, no mínimo. Um troféu exagerado para um cabo.

E chorei. Chorei muito, desandei num soluçar que dava até dó.Ficara sozinho. Não tinha mais meus generais, não era mais um cabo,não dispunha de um mandalete sequer, de um soldadinho raso quefosse meu. Não teria medalhas, reconhecimentos, leituras elogiosasem ordens unidas. Nada. Só aquele enorme peixe que já começava ainchar, mas que eu pescara. Depois pensei. É assim mesmo. O sonhoé que ajuda as pessoas. A realidade, por vezes, demora. Acaba che-gando atrasada na vida da gente.

Na noite de quarta-feira, 17,os oito obstetras que realizam o plan-tão na Santa Casa retomaram o aten-dimento pelo Sistema Único de Saú-de - SUS. Os profissionais foram no-tificados da decisão judicial, que obri-gou a volta do serviço, suspenso des-de a zero hora do dia 14, após 30dias de aviso prévio à Prefeitura edireção do hospital. “Vamos cumprira decisão judicial, mas vamos recor-rer”, disse o representante do Sindi-cato Médico do RS -SIMERS, Edson

SIMERS recorrerá da decisão da Justiça davolta ao trabalho dos obstetras plantonistas

Machado, que esteve na cidade reu-nido com os médicos.

Edson Machado anuncia queo SIMERS pretende manter o diálo-go com o Poder Executivo, apesar daforma ofensiva como o prefeito San-chotene Felice se referiu ao grupo deobstetras e ao próprio sindicato. Oobjetivo é garantir os direitos traba-lhistas dos médicos, que há anos atu-am na instituição sem contrato e di-reitos a férias e 13º salário. “O confli-to não leva a nada e vamos procurar

o entendimento, pois o SIMERS éreferência nacional ao defender o in-teresse dos médicos ao lado do inte-resse da população”, disse Macha-do. O SIMERS também afirma quedurante o período no qual o serviçofoi suspenso, 13 partos foram reali-zados pelos plantonistas. Isso porquefoi mantido o atendimento em casosde urgência e emergência. Segundoo representante sindical, “a assistên-cia sempre esteve assegurada parapreservar o maior valor, que é a vida”.

Saiba mais sobre o tema:Na quarta-feira, 17, às

11h45min, o Juiz de Direito, Carl OlavSmith, titular da 2ª. Vara Cível daComarca de Uruguaiana despachou,em liminar, decisão favorável à Pre-feitura Municipal de Uruguaiana, obri-gando médicos a retornarem imedi-atamente aos plantões obstétricos noHospital Santa Casa de Caridade,nos setores de urgência e emergên-cia. A Ação Ordinária, com pedido deliminar, foi ajuizada pelo ExecutivoMunicipal.

Em seu despacho, o Juiz deDireito, Carl Olav Smith, destacouque “em situação análoga, o TJRSse pronunciou no sentido de que, nãoobstante o direito de paralisação egreve, é inviável a interrupção deserviço público essencial. Nos ser-viços ou atividades essenciais, ossindicatos, os empregadores e ostrabalhadores ficam obrigados, de

comum acordo, a garantir, durantea greve, a prestação dos serviços in-dispensáveis ao atendimento dasnecessidades inadiáveis da comu-nidade... Nesse contexto, a relaçãocontratual envolvendo as partes édemonstrada pelos contratos (fls.22/35) e respectivos pagamentospelos serviços prestados (fls. 49/75).Ademais, evidenciada a realizaçãode tratativas entre o sindicato médi-co e a administração da Santa Casade Caridade de Uruguaiana (fls. 37/43). Outrossim, direta ou indireta-mente, presente justa e concretapossibilidade de moléstia ao exercí-cio dos direitos inerentes à SaúdePública, amplamente consagradosna Constituição Federal, o que evi-dencia risco de dano irreparável oude difícil reparação. Destarte, enten-do estarem presentes os requisitosautorizadores da concessão da an-

tecipação de tutela. Por tais razões,defiro a liminar pleiteada, determi-nando que os réus mantenham emfuncionamento o plantão (urgênciae emergência) prestado junto a San-ta Casa de Caridade de Uruguaiananas áreas de obstetrícia e ginecolo-gia, até o término das negociaçõesem trâmite entre as partes, sob penade multa de R$2.500,00 (dois mil equinhentos reais) por dia de parali-sação do plantão, individualmentepara cada réu”, finalizou.

O prefeito de Uruguaiana,José Francisco Sanchotene Felice,determinou que continuem estudosdetalhados que permitam encontrarsoluções quanto às diferenças entreo pleiteado pela classe médica e oque a Santa Casa pode suportar. Atu-almente, a Santa Casa de Uruguaia-na tem prejuízo anual de R$ 750 milna área obstetrícia.

Reunião do SIMERS com os obstetras em Uruguaiana

IMPRENSA/SIMERS

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88Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010

GeralPor Vera Ione Molina

COTIDIANO

OPORTUNIDADEDE EMPREGO

- Empresa no ramo deAgricultura e Pecuária

- Necessário: conhecimentode talões de produtor, programas

PampaPlus e Igenity, contasà pagar e à receber, Excel, Word,

Internet, entre outros....- Somente com experiência anterior.Interessados enviar currículo com

pretensão salarial para:[email protected]

“Na esfera jurídica, violência significa uma espécie de coação, ou for-ma de constrangimento, posta em prática para vencer a capacidade deresistência de outrem... É igualmente, ato de força exercido contra ascoisas, na intenção de violentá-las, devassá-las, ou delas se apossar”,diz Renato Ribeiro Velloso.

Diz o autor também que existem vários tipos de armas utilizadas naviolência contra a mulher e cita todo o tipo de violência física, ameaças, aban-dono material dos filhos, obrigando a mulher a arcar sozinha com os deveresda maternidade e paternidade.

E, segundo ele, nem todos os tipos de violência deixam marcas físi-cas, como as ofensas verbais e morais, humilhações e torturas psicológicas,interrogatórios, que são consideradas pequenos assassinatos diários.

Essa é uma violência que não escolhe meio, raça, idade, condiçãosocial. O que intensifica o resultado dessa violência é o grau de “sofisticação”de quem a inflige. Há homens que aprenderam, talvez com suas mães queusavam dessa arma por necessidade de sobrevivência, a chantagear e mani-pular as mulheres com quem vivem, através de um discurso bem elaborado.Então, falando em uruguaianês, há aqueles que detestam mulheres chismen-tas. Aquelas criaturas com quem casaram ou vivem juntos ou namoram sãoconvencidas de que tudo se resolve entre quatro paredes. São submetidas àexploração, caprichos, decisões absurdas das quais não participam, mas, comosenhoras finas e discretas, aguentam caladas, sem contar para ninguém por-que essa foi a educação que receberam. E dale perpetuação das crueldades,dos pequenos assassinatos diários, da falta de liberdade de expressão e deescolha até das pessoas com quem se relacionam socialmente.

“Atualmente existe a Delegacia de Defesa da Mulher, que recebetodas as queixas de violência contra as mulheres, investigando e punindo osagressores. Como em toda a Polícia Civil, o registro das ocorrências ... é feitoatravés de um Boletim de Ocorrência, que é um documento essencialmenteinformativo, todas as informações sobre o ocorrido visam instruir a autorida-de policial, qual a tipicidade penal e como proceder nas investigações. Todaa mulher violentada física ou moralmente, deve ter a coragem para denunci-ar o agressor, pois agindo assim ela está se protegendo contra futuras agres-sões, e serve como exemplo para outras mulheres, pois enquanto houver aocultação do crime sofrido, não vamos encontrar soluções para o problema”.

Não é vergonha pedir socorro para os amigos, para os movimentosde defesa das mulheres e nem para a polícia. Vergonha é se deixar explorar,andar de cabeça baixa, de óculos escuros para tapar olho roxo.

Além disso, mulher bem resolvida, que tem condições de se autoge-rir não precisa representar um casamento feliz. Elas não convencem nem ascrianças e jogam fora suas vidas. Não se deixem assassinar lenta e diaria-mente, sejam chismentas, gurias.

O Dia Internacional de combate a ViolênciaContra a Mulher é problema de todos

Fundação Zoobotânica realizará exposiçãode fotos sobre Bioma Pampa na Pastoril

De 9 a 12 de dezembro, o Par-que Agrícola e Pastoril, a FundaçãoZoobotânica do Rio Grande do Sul, re-presentada pelo presidente da funda-ção Ernani Ruschel estará sediandouma mostra de fotografias sobre o Bi-oma Pampa. Serão expostas 30 fotosretratando as peculiaridades deste bi-oma, cuja ocorrência é restrita a umsó estado no Brasil, o Rio Grande doSul. Faz parte de uma extensa regiãonatural com cerca de 760 mil km², quecobre a metade sul do Estado, todo oUruguai e o nordeste da Argentina,com uma diversidade biológica rica edistinta, composta em grande parte porespécies adaptadas a ambientes cam-pestres. O Pampa possui cerca de3.000 espécies de plantas, 450 de gra-míneas, 150 de leguminosas, 480 deaves e 90 de mamíferos e uma infini-dade de outros organismos. Há vári-as espécies de plantas e animais en-

dêmicas da região. A exposição fazparte do Programa RS BIODIVERSI-DADE - Conservação da Biodiversi-dade como Fatores de Contribuiçãoao Desenvolvimento do Rio Grandedo Sul e tem como objetivo promovera conservação e recuperação da bio-diversidade, mediante o gerenciamen-

to integrado dos ecossistemas e a cri-ação de oportunidades para o usosustentável dos recursos naturais, comvista ao desenvolvimento regional. Acoordenação do Programa é da Secre-taria Estadual do Meio Ambiente, ten-do a Fundação Zoobotânica como umadas entidades executoras.

ABANDONO DE EMPREGOWalter Diaz, residente na rua Marechal Floriano, 3420, em

Uruguaiana; CTPS 99907, série 042 UFRS; filho de Juan Diaz eAnaurelina Freitas; nascido em 26/04/1958, natural de Artigas,Uruguai; capataz da Estância Princípio, de propriedade de MariaCristina Bastos Fernandes, no município de Barra do Quaraí, en-contra-se desaparecido desde o dia 14 de outubro de 2010.

Apenas 21 candidatosmédicos, de 122 inscritos no6º concurso público para pro-vimento de cargos e formaçãode cadastro de reserva para ascarreiras de Analista e Técni-co do MP, edital nº 28 – PGR/MPU, de 10 de novembro de2010. Entre eles, Gilberto So-ares Verdum. O resultado finalno concurso público para todosos cargos ficou devidamentehomologado pelo Procurador-Geral da República, RobertoMonteiro Gurgel Santos.

21 candidatosmédicos foramaprovados em

concurso públicofederal no RS

O Círculo de Pais e Mestres do Colégio Metodista União, através deseu presidente, Avelino Mayer, presta contas de suas atividades culturais,aquisições e melhorias, através de relatório divulgado para a comunidadeescolar. Em 2010, a entidade adquiriu dez jogos de xadrez, juntamente comas camisetas, para o Clube de Xadrez; sete armários para as salas de 5ªsérie ao ensino médio; bolas de futsal para o núcleo de esportes; comprou emandou confeccionar proteções para as tabelas de basquete e rede de vôleido ginásio; adquiriu uma máquina digital Samsung 12.2 para a escola; alémde realizar e organizar a alvorada festiva e o café colonial em comemoraçãoaos 140 anos do Colégio; colaborar com medalhas para gincanas, doar aga-salhos, participar na Noite de Cultura Gaúcha, através do patrocínio com opagamento do professor de dança; e de patrocínio de livro do Ensino Funda-mental, entre outras atividades.

C.P.M do Colégio MetodistaUnião presta conta de suasatividades à comunidade

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Page 9: Jornal Momento de Uruguaiana

99Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010Tradição

Por Colmar Duarte

[email protected]

LEMBRANDO A TROPA DE OSSO

HÁMUITO TEMPO NA ESTRADA

Maria Luiza Benites

A Volta da Tertúlia

De vez em quando, no horizonte do passadoSurge uma nuvem de lembranças andarilhas.Vai repontando para dentro do meu peitoA minha infância, com seus ossos em tropilha.

Humberto Zanatta e L.C. Borges

Aconteceu nos dias 12,13 e14 de novembro, na Fazenda do An-gico, em Dilermando de Aguiar, a 8ªedição do já tradicional Festival Viri-lha, Chibo & Canção, com a presençade cerca de duzentos convidados,entre poetas, músicos, compositores,intérpretes, imprensa e apreciadoresda arte nativista gaúcha, vindos de di-versas partes do Rio Grande do Sul.Na primeira noite, o poeta e composi-

Uruguaianenses são premiados no8º Festival Virilha, Chibo & Canção

tor uruguaianense Silvio Aymone Gen-ro conquistou os troféus de MelhorMúsica e o Segundo Lugar em Poe-sia, na categoria Tema Livre do Festi-val. Na segunda noite, a parceria en-tre os poetas Flávio Saldanha e SilvioGenro ganhou ainda os troféus deMelhor Letra e o Segundo Lugar nacategoria Tema Oficial do Festival, coma obra “Nosso Mundo”, em parceriacom o músico Bibiano de Santa Ma-

ria, que recebeu também o prêmio deMelhor Intérprete do evento. E assim,conquistando ao todo cinco premia-ções e honrando a arte e cultura deUruguaiana, sem patrocínio oficial, osdois poetas retornaram aos pagos comos bolsos das bombachas carregadosde troféus! Como eles e outros bra-vos e teimosos santos de casa já vêmfazendo há mais de trinta anos pelomundo afora.

No dia 15 de fevereiro de 1971, foi lavrada a ata de fundação daCalifórnia da Canção Nativa do Rio Grande do Sul. Existe documento regis-trado em cartório sobre esse feito, à disposição de pesquisadores, sociólo-gos, prefeitos, patrões de CTGS, e todos os mal informados e turistas queestão desembarcando agora, sem bagagem, e (assim espero) em rápidapassagem por aqui.

A proposta inovadora da Califórnia foi tão bem recebida, que somentedez anos mais tarde, apareceu outro festival de música nativa. Antes disso acidade de Taquara lançara a Ciranda Teuto-Riograndense e a cidade de Floresda Cunha apresentara a Vindima da Cançao. Nenhuma das duas, no entanto,trazia a proposta nativista da Califórnia. Eram festivais temáticos. A Ciranda,como seu título denuncia, só aceitava canções teuto-riograndenses e a Vindi-ma, canções que cantassem a colonização italiana e a região dos vinhedos.

Não foi por acaso que Santa Maria entrou para a história como osegundo palco para a música nativa do Rio Grande. A Universidade Federalde Santa Maria era, e continua sendo, um centro efervescente das inquietu-des da juventude estudiosa da região central do estado. Antes da realizaçãoda Califórnia, já investira na experiência de um festival voltado para nossasraízes culturais. Sob a lúcida presidência do Dr. Ari Cechela, o CTG Minuanoe a rádio Medianeira, em 1970, portanto um ano antes da Califórnia, realiza-ram o “Primeiro Festival Artístico- Cultural- Tradicionalista de Santa Maria.”Entre as inúmeras manifestações artísticas contempladas pelo festival esta-va a música. Mas tantos eram os concursos, que o de música foi o que con-tou com menos participantes. Não aconteceu uma segunda edição.

Atenta ao sucesso da 1ª Califórnia, Santa Maria foi a primeira cidade aenviar uma rádio – a Universidade --para fazer a cobertura da segunda ediçãodo festival. José Vasseur e Milton Monti faziam as transmissões ao vivo paraaquela região do estado. Isso gerou tal interesse, que fui convidado a fazerpalestras e participar de debates sobre os objetivos e significado da Califórnia.

A participação dos músicos, cantores e compositores santamarien-ses foi importantíssima. Um ano antes da criação da Tertúlia, Luiz CarlosBorges, Humberto Zanata, Antônio Carlos Machado, marcaram definitiva-mente a nona edição da Califórnia, com Tropa de Osso e Romance na Tafo-na, dois clássicos do nosso cancioneiro. No ano seguinte foi a vez do TocaioFerreira, com Veterano, Pago Perdido e Entardecer. Nesse ano, 1980, SantaMaria, criava a Tertúlia.

Dez anos depois de seu nascimento a Califórnia ganhava um pode-roso aliado na peleia pela preservação de nossos valores culturais recupera-dos pela música. De seu palco, grandes compositores e grandes intérpretesderam contribuições valiosas à música gaúcha.

Ali surgiram “Orelhano”, “Canto Alegretense” e outras tantas cançõesque se tornaram legítimas representantes do nosso canto.

Interrompida sua atividade durante uma década, retornou no fim dasemana que passou, com força total, a TERTULIA MUSICAL NATIVISTA DESANTA MARIA.

Agradeço aos amigos Cézar Schirmer, Iara Druzian, André Farias,Oristela Alves, Junior Benaduce e aos demais membros da organização, porme proporcionarem a alegria de participar do renascimento desse grandefestival. Foi muito bom estar no júri com Luiz Carlos Borges, Tadeu Martins,Waine Darde e Elias Rezende, e abraçar velhos amigos, como José Vasseur,Chico Escaramuça, Ortiz, Letícia Ferreira e todos aqueles artistas que fize-ram da XVIII Tertúlia um marco na história dos festivais gaúchos. Ave, SantaMaria, a música do Rio Grande está em festa!

LEMBRANDO O ROMANCE NA TAFONANa tafona abandonada, que apodreceu arrodiando,Pacácio serviu a cama e esperou chimarreando.Do pelego fez colchão, do lombilho, travesseiro,Da badana fez lençol, fez estufa do brazeiro.

Antônio C. Machdo e Luiz C. Borges

O maior festival artístico-amador da América Latina – o En-contro de Artes e Tradição Gaúcha(ENART) – comemora 25 anos em2010. A fase final do evento iniciana próxima quinta-feira, dia 18, emSanta Cruz do Sul, a partir das 19h,com um grande show de abertura,que contará com artistas como Mar-celo Caminha, a dupla César Olivei-ra e Rogério Mello, Gaúcho Pacho-la, entre outros.

A abertura oficial do eventoserá dia 19, sexta-feira, às 18h, noPalco A (Ginásio Poliesportivo), doParque da Oktoberfest. Neste ato,além da apresentação da inverna-da de dança do CTG Aldeia dosAnjos, serão homenageados complacas comemorativas aos 25 anosdo evento 25 pessoas e instituiçõesque ajudaram a construir e solidifi-car o ENART como um dos princi-pais eventos artísticos para o povogaúcho. Entre as instituições, desta-cam-se o Governo do Estado do RioGrande do Sul, a Assembleia Legis-lativa, o Instituto Gaúcho de Tradiçãoe Folclore, além de representantes dotradicionalismo, como os ex-presi-

Enart comemora 25 anos

dentes do MTG.A 11ª Mostra de Arte e Tradi-

ção Gaúcha, evento paralelo aoENART, trará como tema para asprendas, “Acessórios da indumentá-ria feminina”, e para os peões, o te-mário será “Botas”. A proposta daMostra é divulgar as atividades decunho folclórico e de valorizar aspec-tos interessantes das culturas regio-nais do Estado. A primeira mostraocorreu no ano de 2000.

Assim como no ano passa-

do, também haverá a transmissão doevento pela internet. Para 2010, alémda categoria Força A das Danças Tra-dicionais, também será transmitido asmodalidades: Força B de Danças Tra-dicionais, Declamação Masculina eFeminina, Chula e Intérprete SolistaVocal Masculino e Feminino. Todasas instruções de como proceder paraassistir ao evento ao vivo estão dis-poníveis no site www.enart.org, as-sim como a programação das provase modalidades.

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1010Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010Rural

Por Tunico Fagundes

CAMPEREANDO

PRODUTOSPRODUTOSPRODUTOSPRODUTOSPRODUTOSVETERINÁRIOSVETERINÁRIOSVETERINÁRIOSVETERINÁRIOSVETERINÁRIOS

ERNANDO CIDADE & CIA LTDARUA GENERAL HIPÓLITO, 3265 - FONE: (55) 3412-4054 - FAX: (55) 3412-2784 /

URUGUAIANA - RS - e-mail: [email protected]

Serão inspecionadas propri-edades nas localidades de Capela doIpané e João Arregui, por uma comis-são formada por engenheiros agríco-las e técnicos em aplicação de herbi-cidas nos próximos dias. A comissão,juntamente com o vereador Luis Gil-berto de Almeida Risso, irá apurar asdenúncias de uso inadequado deagroquímicos no interior do municí-pio, feitas por um grupo de produto-res de hortifrutigranjeiros que alegaestar sofrendo prejuízos econômicospelo uso inadequado de agrotóxicosnas lavouras de arroz. A formação deuma comissão para apurar as denún-cias foi aprovada pelos participantesda audiência pública que debateu oimpacto dos agrotóxicos no meioambiente. A audiência reuniu produ-

Comissão irá apurar denúncias de uso inapropriadode herbicidas no interior do Município

tores do interior do município e re-presentantes de entidades comoEmater, Associação dos Arrozeiros,Sindicato dos Trabalhadores Rurais,Comitê de Gerenciamento da BaciaHidrográfica do Rio Ibicuí, JustiçaFederal, Secretarias Municipais deAgricultura e do Meio Ambiente, Sub-seção da Ordem dos Advogados doBrasil, Instituto Riograndense do Ar-roz, empresas de aviação agrícola epequenos produtores rurais. Segun-do o engenheiro agrônomo João Car-los Batassini, da Emater, a aplicaçãoinadequada dos herbicidas pode pre-judicar pequenos produtores que es-tão apostando na diversificação damatriz produtiva do município. Paraa agrônoma Cíntia Trojan, do Irga, oproduto Gamitt, mesmo sendo apli-

cado em condições ótimas sobre osolo, apresenta volatização e ficasuspenso no ar, podendo ser deslo-cado pelo vento para outras proprie-dades rurais. “Mesmo em casos ondenão há erro na aplicação, pode ha-ver deriva do produto”, disse a agrô-noma. O herbicida, apesar de serapontado como o principal responsá-vel pelo efeito identificado como “clo-rose” (embranquecimento das fo-lhas), tem o uso considerado indis-pensável para a lavoura de arroz por-que evita que plantas daninhas cres-çam nas lavouras.

O presidente da Associaçãodos Arrozeiros, Walter Arns, conside-rou a audiência produtiva e esclare-cedora. Segundo Arns, todos os pro-dutores rurais podem ser atingidospor uma aplicação inadequada dosagroquímicos. Arns enfatizou que aAssociação dos Arrozeiros está pro-curando treinar os trabalhadores daspropriedades envolvidos com a apli-cação terrestre de herbicidas. Nesteano, cerca de 100 pessoas foram trei-nadas. Na audiência, os técnicostranquilizaram a população, afirman-do que o herbicida não é prejudicialà saúde humana e está certificadopela Agência Nacional de VigilânciaSanitária. A Câmara de Vereadoresde Uruguaiana decidiu encaminharum documento ao fabricante do pro-duto, solicitando que pesquise umanova fórmula do princípio ativo paradiminuir a volatilidade do herbicida.

Setor produtivo quer reduzir impostospara exportação de arroz

Após uma reunião como Ministro da Agricultura, Wag-ner Rossi, com o setor orizí-cola gaúcho na quarta-feira,10, foi anunciada a realizaçãode dois leilões para escoar oarroz estocado no Rio Grandedo Sul e Santa Catarina. Deacordo com Francisco Schar-dong, coordenador da comis-são do arroz da Farsul, o en-contro dos produtores com oministro foi muito bom. “Tínha-mos a expectativa de retirar500 mil toneladas do mercadoe o MAPA anunciou o leilão dePEP de 250 mil toneladas emduas datas, 23 de novembroe 07 de dezembro. A cada lei-lão, serão 110 mil toneladasgaúchas e 15 mil catarinen-ses”, disse Schardong. Oanúncio da liberação do PEPdeverá mexer com preço doproduto no mercado, objetivodos produtores, garantindo umpreço mínimo de R$ 25,80 nasaca do grão. O prêmio pagoà industria ainda não foi divul-gado pelo MAPA.

Anunciadas datas dedois leilões de PEP de 250mil toneladas de arroz

Representantes do setor produtivo gaúcho se reuniram na quinta-feira, 4, na Salade Reunião do Conselho Nacional de Política Agrícola – CNPA do Mapa, em Brasília-DFpara discutir demandas da cadeia produtiva. Participaram os presidentes do Instituto RioGrandense do Arroz - Irga, Maurício Fischer, da Câmara Setorial do Arroz, FranciscoSchardong, e da Federarroz, Renato Rocha. Segundo Fischer, o pleito para desonerarimpostos de exportação foi aprovado e será encaminhado através da Câmara Setorial doArrozA Instrução Normativa - IN 12, que aborda o padrão e classificação do arroz, vigoraaté o dia 3 de março e será substituída pela IN 6. Já a IN, que trata da rastreabilidade emtoda a cadeia produtiva dos produtos de origem vegetal, objeto da Portaria 54/2009 doMapa, deverá ser publicada antes do fim do ano. Sua aplicação ocorrerá no próximo ano.“O produtor terá seis meses de carência para adaptação aos novos ajustes”, afirmouFischer. As lideranças arrozeiras se reuniram, ainda, com o secretário executivo do Minis-tério da Agricultura, José Gerardo Fontelles, para discutir o Prêmio para Escoamento doProduto (PEP). Fontelles prometeu uma resposta para a próxima semana em reunião quedeve acontecer com o Ministro da Agricultura, Wagner Gonçalves Rossi. “A expectativa éque a resposta seja positiva, indicando que seja favorável à cadeia”, salientou Fischer. Apróxima reunião da Câmara Setorial acontecerá durante a 21ª Abertura Oficial da Colheitado Arroz, que será realizada em Camaquã, de 25 a 27 de fevereiro de 2011. Durante oevento, o Irga apresentará proposta de unificação e equalização da taxa de imposto,correspondente ao valor de referência a ser cobrado de arroz importado quando entrampor portos de estados que, atualmente, cobram ICMS diferenciado

Não consigo deixar de me indignar, com a “mordaça”que somos obrigados a usar durante o período eleitoral. Não meparece que isso seja modelo de democracia, ficamos mudos e

paralíticos, tanto nos jornais como nos microfones. Não podemos dar opinião sobreos candidatos ou opinar a respeito das, muitas vezes, deslavadas mentiras que sãoditas para eleger este ou aquele candidato, independente do partido a que pertença.

O Brasil atual orgulha-se de ser uma economia estável e forte, consegue cres-cer de forma sustentável e mesmo com taxas elevadas, consegue distribuir renda.

Olhando para trás, devemos lembrar várias décadas de instabilidade, demomentos breves e logo frustrados de crescimento, devemos reconhecer que é mui-to diferente da época atual.

O que foi que houve? Como foi possível essa transformação?A única forma de crescer foi superando o limite de nossa capacidade para

importar, financiar indefinidamente o déficit cambial com financiamento externo nãoera ou nunca será sustentável. Foi preciso encontrar um meio realista de elevar areceita cambial.

A verdade que sempre soubemos ou aprendemos é que no Brasil, só a agri-cultura e a pecuária podiam realizar essa tarefa.

Na verdade, poucos acreditavam nisso, pois até 1970 não éramos capazesde promover o abastecimento interno, e, naquela época pensava-se em desenvolvi-mento industrial como única “tábua de salvação”.

A partir dessa época houve uma grande revolução no campo brasileiro. No-vas gerações de produtores rurais começaram a emergir, muitos deles, principalmen-te gaúchos, abrindo novas fronteiras agrícolas.

Esses novos homens do campo romperam com as formas tradicionais deprodução, apropriaram-se, no bom sentido, nas tecnologias mais modernas desen-volvidas nas universidades e, com muita coragem e determinação, mudaram o perfilprodutivo do Brasil.

Somos hoje o segundo maior produtor de alimentos do mundo, em escala ediversidade e o primeiro e único em área tropical.

Alguns números são impressionantes. Em 1965 produzíamos 20 milhões detoneladas de grãos. Em 2008 chegamos ao patamar de 144 milhões de toneladas, ouseja, sete vezes mais, no entanto o mais impressionante é que a área usada que erade 21 milhões de hectares passou para 48 milhões de hectares.

PRODUZIMOS SETE VEZES MAIS ALIMENTOS EM UMA ÁREA APENAS2,5 MAIOR.

Sinônimo de competência e produtividade!Na produção de carne, que em 1965 era equivalente a 2,1 milhões de tone-

ladas, passamos em 2008 para 20 milhões de toneladas.A PRODUÇÃO DE PROTEINA AUMENTOU DEZ VEZES E A ÁREA OCU-

PADA AUMENTOU APENAS 15%.Os professores José Roberto Mendonça de Barros e Juarez Rizzeri mostra-

ram, em pesquisa realizada, que o custo, no varejo, de uma ampla cesta de alimentosem S.Paulo caiu pouco mais de 5% ao ano, em termos reais, entre 1975 e 2005.

É óbvio que isso só foi possível pelo aumento da produção de alimentos.É necessário que o Brasil valorize o agronegócio, que é o responsável, o

agente dessa transformação. É preciso dar ao campo o verdadeiro realce e o mereci-do apoio, mas, muito mais que isso, poupar o homem do campo dos preconceitos quecertas ideologias insistem em colocar.

Terminou a eleição, agora, tirando a “mordaça”, podemos voltar a colocar “aboca no trombone”, e afirmar, gritar aos quatro cantos, que sem nenhuma dúvida, odesenvolvimento que vivemos não se deve a este ou aquele governo, muito menos àstentativas anárquicas de certos grupos financiados ou apoiados pelo atual governo.

A exemplar posição do Brasil deve-se a muito trabalho, dia após dia, de sola sol, trabalho feito por gente de mãos calejadas, gente que orgulha o lema de nossabandeira - ORDEM E PROGRESSO.

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1111Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010

RURALElder Filho

[email protected]

Ao término de sua gestãofrente ao Núcleo Fronteira Oeste deHereford e Braford, Luciano Dornel-les faz uma avaliação de seu man-dato. Dornelles enumera algunseventos realizados em sua gestão,com ênfase para a I Exposição doBraford do Mercosul, realizada emUruguaiana, e que congregou criado-res argentinos, uruguaios e brasilei-ros, durante o Congresso Mundial doBraford. Dornelles lembra também daprimeira participação de criadores deHereford e Braford na FEICORTE,em São Paulo, maior feira indor daAmérica Latina, onde quase100%dos expositores eram oriundos doNFOHB. O NFOHB também realizoua I Copa Incentivo, dando oportuni-dade para que mais expositores pu-dessem participar e com premiaçãoem dinheiro como forma de fomentodas raças. O Núcleo participou ativa-mente de todas as exposições ofici-ais do calendário da ABHB e empres-

Luciano Dornelles deixa apresidência do NFOHB

PALETEADA

1º lugar - Guinter de Quadros e Adão Gonçalves; 2º lugar - EversonBoeira Machado e Itamar Martins; 3º lugar - Felisberto Fagundes Neto eAdair Pereira; 4º lugar - Adão Gonçalves e Márcio Goulart; 5º lugar - MaurícioPinto e Mauro Matos; 6º lugar - Renan Freitas e Júlio Cunha; 7º lugar - Mano-el de M.Pons Neto e Alair Rodrigues; 8º lugar - Fabiana Zacarias e RodrigoRivero

TIRO DE LAÇO OFICIAL PARA A ABCCC

1º lugar - Ricardo Flores e Adilson Chaves; 2º lugar - Maurício Bedi-not e Felipe Trindade; 3º lugar - Floriano de Faria Corrêa e Agnaldo Reis; 4ºlugar - Juarez Lopes e Maurício Poetini; 5º lugar - Maurício Pinto e MauroMatos

PROVA DE 21 DIAS DE DOMA

1º lugar - Tiago Bagé; 2º lugar - Alair Rodrigues Jr; 3º lugar - AlairRodrigues Jr; 4º lugar - Fábio Amaral; 5º lugar - Mauro Matos

PROVA DE ASSOCIADOS DO NCCC - FBT

CATEGORIA MASCULINA

1º lugar - Luiz Alberto Martins Bastos; 2º lugar - Manoel de MacedoPons Neto; 3º lugar - Everson Boeira Machado

CATEGORIA FEMININA

1º lugar - Andreia Monteiro; 2º lugar - Andréa Leão Pons

PROVA DE 1 ANO DE FREIO

1º lugar - Reinaldo Oliveira; 2º lugar - Moacir Ordoque; 3º lugar -Mauro Matos

NINO Luciano Dornelles e o criador Eichemberg

tou forte apoio aos programas daentidade, como o Pampa Plus, o Tes-te de Avaliação de Touros. No Brazi-lian Hereford and Braford, programapromovido pela APEX Brasil em con-junto com a ABHB, o Núcleo tem omaior número de Cabanhas partici-pantes, levando a genética da regiãopara o mundo.” Procuramos fortale-cer a participação do Núcleo em to-das as atividades da ABHB, e refor-çamos nossos contatos com as em-presas parceiras para que vinculas-sem suas marcas ao NFOHB. Hou-ve um aumento substancial no núme-ro de animais participantes das ex-posições, mostrando a força das ra-ças e suas potencialidades. Inova-mos com a criação da Copa Incenti-vo, nossa participação na Feicorte elevamos à outros estados e paísesnossa genética. O NFOHB é bastan-te respeitado na ABHB, e caminhacom as próprias pernas sob todos osaspectos”, avaliou.

Resultados da 10ª Edição da Festa do Cavalo Cioulo e Paleteada oficial para a ABCCCResultados da 10ª Edição da Festa do Cavalo Cioulo e Paleteada oficial para a ABCCCResultados da 10ª Edição da Festa do Cavalo Cioulo e Paleteada oficial para a ABCCCResultados da 10ª Edição da Festa do Cavalo Cioulo e Paleteada oficial para a ABCCCResultados da 10ª Edição da Festa do Cavalo Cioulo e Paleteada oficial para a ABCCC

10ª Festa do Cavalo Crioulo ocorreu no Água Azul

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1212Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010

SociedadeSocial

Laura [email protected]

Rafaela Drumond Moraes desfilando no salão do Tênis Clube

Maurício,Pamela e Cassio Santariano Greco

Maria Luiza conduzida pelo pai, Luiz Carlos Becker Halana Muniz Conte usou vestido branco comdelicados bordados em tons de rosa. Linda

Casal presidente Cláudio e Regina Conte, a rainha Marcela Ribeiro e as debutantes

Agora a Complicity, que já era uma loja onde se encontrava tudo de bom, inaugurou novacasa, na Domingos de Almeida, 1721. O coquetel foi na sexta-feira, 12. O espaço é muito grande, ebem transado. Parabéns a amiga Nádia Porto.

Inauguração

O Tênis Clube teve seu debut no dia 30 de outubro. Festa belíssima e organizada, decora-ção muito mimosa, bem de acordo com as meninas que estão sendo apresentadas à sociedade.Trabalho de equipe que inclui o casal Conte e June Bergalo.

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1313Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010Social

O Projeto África Vermelha foi um golaço de placa. Raul Valls enviou as fotos para o Depar-tamento de Marketing do Inter. Estas fotos foram tiradas em ZANZIBAT , uma ilha paradisíaca emítica, segundo Raul.

Patrício Salles MunizFerreiraestevenases-são de autógrafos daamigaMaria daGraçaRodrigues, em PortoAlegre, autora de He-lena de Uruguaiana.Patrício sempre pres-tigia os amigos uru-guaianenses nas ativi-dadesculturais.Foielequem nos enviou o li-vrodeMariadaGraçapara divulgação.

Marta Ilarraz, Eneida Frank, Rejane Fittipaldi e Jane Gonçalves

Nesta primavera, o Café da Praça tem estado lotado nos fins de tarde. Muita alegria e descon-tração

Uma turma de amigosofereceu festa de ani-versário na casa de

Kitty e Orlando Fabia-no para os artistas ÊnioRodrigues e UbirajaraRaffo Constant no últi-mo fim-de-semana.

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1414Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010

O Rio de Janeiro exibe, agora, espetáculos como os musicais Hair eCats, que revelam facetas distintas da presença internacional.

A influência cultural estrangeira, em si, não é boa ou ruim. Pode serpositiva ou negativa, dependendo do modo como for exercida.

Cats é apenas cópia domodelo americano; Hair é recriação com sota-que brasileiro e está recebendo os maiores elogios da crítica especializada.

James Rado, co-autor de Hair, entrevistado pelo jornal O Globo: �Omundo mudou muito desde a primeira vez que Hair foi encenada, em 1967.Como o senhor interpreta o interesse atual pelo musical?

Em primeiro lugar, a guerra ainda é um assunto forte para as pessoas.Hair questionava justamente os motivos para as guerras, além de propor ummundo novo, ideal, imaginário, que ainda é desejado por muitos.

Em segundo lugar, acho que a vida contemporânea ficoumuito veloz,cheia de tecnologia, tensão e stress. Já naquele tempo os hippies buscavamuma vida mais descomplicada, sem problemas desnecessários. Muita gentedeseja justamente isso nos dias de hoje.

O assunto não envelheceu. É uma peça que fala sobre tabus, tolerân-cia e não violência. Destaque para os números musicais mais famosos doespetáculo que forammantidos em versões em português. Aquarius abre ostrabalhos e Let the sunshine in (Deixe o sol entrar) marca o momento deemoção final.

Vestidos longos, saias estampadas que batem no chão, lembrandoroupas dos hippies nos anos 70 marcarão presença no Verão 2010.

Gilce Faria CorreaBOM-TOM

Paz e amor40 anos depois

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1515Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010Geral

UNIPAMPA

Por Newton Alvim

BALAIO DE ESCRITOS

Essa mulherEssa mulher, em Uruguaiana, provocou frenesi, como vi

no jornal que me enviaram. Todos falando dela e da sua paixãode dizer e de cantar somente o que toca o seu coração doloridode amores desfeitos. Entre tantas canções, ela ainda contou his-tórias – e ela tem tantas sobre como viver por arte e pela arte,entre andanças e paixões. E todos buscaram suas palavras, ver-dadeiras ou inventadas, na voz que ainda faz tão boa parceriacom o violeiro da hora, na noite sempre amiga.

O canto dessa mulher, disseram os de Uruguaiana, pare-ce o mesmo do início dos anos 70, quando defendeu músicasperoladas de Luiz Coronel e Marco Aurélio Vasconcelos. E elafez-se estrela ao interpretar as antológicas “Gaudêncio Sete Luas”e “Leontina das Dores”, no palco que por tantos anos foi dela, naCalifórnia que se inventou no Cine Pampa. Hoje, tudo mudou,com o festival sumindo, mas ela reapareceu na cidade para di-zer a todos - que a conheceram moça cantadora tão afinada -que ainda é mesma, apesar do avanço dos anos, do coraçãofraquejando, dos gestos ainda mais lentos no palco ou no abra-ço de tantos amigos.

Era desejo dessa mulher cantar mais uma derradeira vezna Uruguaiana que muito ama, assim como ama a sua São LuizGonzaga. Mais que cantar, ouviu, feliz, que lhe pediram bis tan-tas vezes, nas vozes de admiradores e até de um amor sentidopor estes anos todos. Nesse trajeto à lonjura da cidade fronteiri-ça, fez-se entrega e apossou-se não apenas de um, mas devários palcos, como a dizer que a posse ali era única e só elabem sabia tão verdadeira e marcante.

Lágrimas da vida inteira tem essa mulher, que parece can-tar pedindo perdão por amar demais, como disseram em Uru-guaiana. Ela canta como alguém que abrasa a pele, ganha vári-as cores e incorpora, em cada cantar, personagens latinoameri-canos de valia e ensinança. É ela com seu sofrimento e suaalegria, suas conquistas e derrotas, nos dizendo que ali há vári-as mulheres buscando abraços e desafios, tentando driblar asolidão e evitar a dor maior em cada amor desmanchado.

Essa mulher, tão alta e sensível na voz forte, parece cres-cer ainda mais quando ocupa os palcos da vida, como disseramem Uruguaiana. Mudou de nome, agora mais artístico, com aidade marcando seu corpo, mas o olhar ainda exala juventude,pelo brilho das coisas novas que reinventa no caminho, pois elanão se entrega, tal é a paixão pelo canto que jamais desafina.

Essa mulher valoriza as raízes, gosta de lembrar o quefoi, nas ruas descalças de São Luiz Gonzaga, numa infânciasimples e doce, entre os laços de sangue que até hoje lhe dãoânimo e consolo. Em Uruguaiana entenderam isso e a ovacio-naram como a uma deusa dessa música que vem da terra, queparece arrancar algo de dentro, do que sobra da vida, como omais triste dos boleros.

Com sua imensa paixão em cantar, essa mulher, nascidaRosa Maria Medeiros, hoje ganhando os palcos como Rhosam-maria, é a mesma figura alta, de voz forte, que também encan-tou São Luiz Gonzaga. A mesma mulher que, num dia dos anos70, entrevistei, guri fascinado, para o jornal em que labutava emUruguaiana. A mesma mulher “que fala de flores, de galos eamores”, como bem lembrou a amiga Vera Ione Molina, no seujornal que edita com garra, persistência e talento. Tudo isso ex-plica a doce e generosa homenagem que lhe deram na cidadede caros amores. E de onde saiu uma semana depois, com umrosário de lágrimas, mas sussurrando ser infinitamente feliz.

No próximo domingo, 21, os alunos da UniversidadeFederal do Pampa (UNIPAMPA) terão seu rendimento avalia-do pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes(ENADE). Na edição desse ano, a Instituição terá avaliadosos cursos de Agronomia, Enfermagem, Farmácia, Fisiotera-pia, Medicina Veterinária, Nutrição, Serviço Social, Zootecniae Tecnologia em Agronegócio, com 659 inscritos. O desem-penho dos estudantes no ENADE faz parte da construção deindicadores educacionais de qualidade da educação superior,como o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geralde Cursos da Instituição (IGC). O ENADE é componente cur-ricular obrigatório e necessário para a expedição do diplomado aluno. Os relatórios do ENADE apresentam informaçõespreciosas para o curso a respeito do desempenho de seusestudantes, e por isso é importante que os inscritos apresen-tem-se em seus locais de prova a partir das 12h15 do dia 21de novembro. O teste inicia às 13h e não será permitido aces-so aos prédios após esse horário. O estudante deverá com-parecer à prova munido de documento oficial de identificação

Estudantes da PUC e Uni-pampa levaram ao prefeito soli-citação de melhorias no transpor-te coletivo e iluminação no trechoda BR-472 que dá acesso aoCampus Universitário. Participa-ram da audiência os acadêmicosThiago Ribeiro Schmitt, KamelSalman Junior, Wesley VanzellaBarros, Camila Kruger Cardoso,Leandro Abel Mallmann, RodrigoGoulart Soares, Dandara FidelisEscoto, Elton Rosa Melo, Sandrade Oliveira, Estevan Giongo eLuiz Carlos Paiva.

Alunos da PUC e da UNIPAMPAreivindicam melhorias transporte

Universidade tem nove cursos avaliados pelo ENADE 2010

O Laboratório Itinerante Tecnologia com Ciência de-senvolvido pelo Instituto de Física da Universidade Federal doRio Grande do Sul (UFRGS) já está em Caçapava do Sul. É aprimeira vez que o projeto é exposto fora da região metropoli-tana, por iniciativa da Universidade Federal do Pampa (UNI-PAMPA) e coordenação do professor Pedro Dornelles. A car-reta-palco está na região para difundir a cultura tecnológica ecientífica e mostrar aos visitantes como eles se relacionamcom a física no cotidiano. Noções sobre energia e meio ambi-ente também podem ser conferidas por quem procurar o La-

(com fotografia) e do cartão de informação, caso tenha recebi-do. O aluno que não tiver recebido o cartão de informação doestudante deverá informar-se sobre o seu local de prova juntoao coordenador de curso ou através do site do INEP (http://www.inep.gov.br), e comparecer normalmente no seu local deprova munido de seu documento de identidade. Além dos alu-nos dos nove cursos citados, estudantes de outros cursos daUNIPAMPA que não estão habilitados ao exame neste ano eque estejam irregulares quanto ao ENADE de anos anterioresforam inscritos para regularizar sua situação.

QUESTIONÁRIO DO ESTUDANTEO questionário do estudante a ser respondido pelos

inscritos no ENADE 2010 está disponível no site do INEP até odia 21 de novembro. Essa coleta sobre o perfil socioeconômicodos participantes é realizada exclusivamente via Internet. Algunsitens do questionário são levados em conta para o cálculo doCPC e do IGC. O link de acesso ao questionário é: http://enade.inep.gov.br/enadeIes.

Laboratório Itinerante vem à regiãoboratório. Além de divulgar e a ciência e a tecnologia, essa é,também, uma oportunidade de conhecimento para quem desejaestudar e trabalhar na área. O projeto permanece em Caçapavado Sul até o domingo, dia 14. Na próxima semana, a parada seráem Bagé, em frente ao Centro Administrativo da Prefeitura, comatendimento ao público entre os dias 19 e 21 de novembro. Ale-grete poderá conferir o Laboratório entre os dias 26 e 28 dessemês. O Laboratório Itinerante estará aberto para exposição das9h às 12h e das 14h às 18h. Aline Reinhardt para Assessoria deComunicação Social

Acadêmicos da Universidade Federal do Pampa – Unipam-pa participaram do Seminário em favor da campanha “Diga não àviolência contra a mulher. Assuma esta luta!”. A professora do cursode Serviço Social da UNIPAMPA, Campus São Borja, Cristina Kolo-geski Fraga, palestrou no evento sobre a inserção da Universidadeno combate a esse problema social.

A campanha é realizada pela Secretaria de Políticas paraas Mulheres, pela Federação das Mulheres Gaúchas e pela Confe-deração das Mulheres do Brasil. O Seminário aconteceu no dia 13 denovembro e contou com a presença da presidente da Federação dasMulheres Gaúchas Mari Perusso.

Na palestra, a professora Cristina faz referência ao texto “Eusei, mas não devia”, da escritora Marina Colasanti, destacando como aviolência contra a mulher tem sido tratada como uma questão rotineira,embora tenha grandes consequências sociais. Segundo dados do Mi-nistério da Defesa, o maior número de autores de violência são os ho-mens, entretanto, o abuso físico e a negligência são praticados pelasmulheres contra crianças. Dessa forma, a professora Cristina afirma:

— O perigo mora em casa, independente de classes soci-ais. As pessoas têm consciência da gravidade do problema, mas hánecessidade de se realizar a sensibilização delas para evitar os abu-

Acadêmicos discutem violência contra amulhersos. Todos já foram discriminados de alguma forma, assim, a aborda-gem da violência remete a questões pessoais.

De acordo com a professora, em São Borja são notáveis assituações de violência, o que justifica a importância do curso de espe-cialização oferecido na Universidade em Políticas e Intervenção emViolência Intrafamiliar. A estrutura interdisciplinar do curso permitemaior entendimento do que é violência, considerando cultura e de-senvolvimento, política, direitos sociais e ética profissional, comomanifestado nas disciplinas oferecidas.

O objetivo é buscar o reconhecimento, qualificar e sensibili-zar a sociedade local para prevenir e combater a violência que temaspectos multifacetados:

— A violência está enraizada na cultura local. Profissionais sozi-nhos não dão conta da demanda, para isso a troca de saberes e a análiseda violência sob vários ângulos, olhando a violência na sua essência.

Para a acadêmica do curso de Serviço Social, Aricia Costade Oliveira, o Seminário contribui culturalmente para São Borja:

— Nada melhor do que a academia trazer essa discussãosobre a violência contra a mulher. Trás uma inquietação para a popu-lação, o que consequentemente trará frutos, à medida que acadêmi-cos e profissionais serão multiplicadores dessa ação no município.

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1616Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010Geral

Por Guilherme Socias Villela

DESENVOLVIMENTO

Dou aulas a domicílio. ParaDou aulas a domicílio. ParaDou aulas a domicílio. ParaDou aulas a domicílio. ParaDou aulas a domicílio. Parapessoas que não gostam de falarpessoas que não gostam de falarpessoas que não gostam de falarpessoas que não gostam de falarpessoas que não gostam de falarem público, não tem tempo de irem público, não tem tempo de irem público, não tem tempo de irem público, não tem tempo de irem público, não tem tempo de ira uma escola de idiomas, quera uma escola de idiomas, quera uma escola de idiomas, quera uma escola de idiomas, quera uma escola de idiomas, querficar em casa e desenvolver umaficar em casa e desenvolver umaficar em casa e desenvolver umaficar em casa e desenvolver umaficar em casa e desenvolver umahabilidade específica: leitura/habilidade específica: leitura/habilidade específica: leitura/habilidade específica: leitura/habilidade específica: leitura/conversação/gramática...conversação/gramática...conversação/gramática...conversação/gramática...conversação/gramática...

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AULAS DE INGLÊS

Explicar a economia brasileira no exterior hoje se tornou maisfácil para os brasileiros. Ocorre que, graças ao Plano Real, às priva-tizações e ao sistema de proteção ao sistema bancário – iniciativasdesenvolvidas especialmente na década de 90 (fim de século!) – aeconomia tem crescido com mais vigor e maior justiça social. O pro-duto interno bruto (PIB) mostra, ainda que modestamente, cresci-mento do emprego e da renda nacionais. Ademais, hoje, explicar aeconomia brasileira no exterior é fazê-lo com linguagem acessível.Com termos lá conhecidos, por economistas e por um público maior.

Todavia, quem, há mais de uma década, deu aulas de econo-mia brasileira no exterior enfrentava grandes dificuldades em expli-car alguns dos seus fenômenos típicos. Por exemplo: as taxas ab-surdas de inflação (chegaram a cerca de 90% ao mês na chamadadécada perdida – anos 80); a indexação dos valores monetários; e ocrescimento dos saldos dos empréstimos de qualquer natureza.

Por outro lado, no Brasil há, ainda hoje, um absurdo desco-nhecimento técnico e político sobre alguns fenômenos econô-micos conhecidos no exterior. Para não ir muito longe, bastacitar o denominado “Efeito-Tanzi”, concebido pelo italiano VitoTanzi – um economista do Banco Mundial, em Washington DC(EUA), pelo que se informa.

O “Efeito-Tanzi” relaciona preços de mercadorias e de servi-ços; inflação; fato gerador de tributos e arrecadação de impostos etaxas. Poderia dizer-se que, basicamente, quanto maior a inflação,menor a arrecadação real de impostos. Vale dizer, a inflação influen-cia diretamente a arrecadação fiscal dos governos.

No Brasil – onde a carga tributária oscila entre 36 a 40% doPIB –, quando os governos desejam maior arrecadação fiscal costu-mam aumentar as alíquotas de impostos e taxas correspondentes.(Pouco se lhes importa melhorar a gestão pública.) Por igual, malsabem que o estranho “Efeito-Tanzi”, por consequência, induz aofato de que se forem menores essas alíquotas de impostos e taxas,maior será a arrecadação de tributos. Há, ainda, algumas explica-ções mais singelas, por exemplo, menos impostos estimulam o sur-gimento de novas empresas e negócios, logo maior arrecadaçãofiscal. Ao revés, mais impostos provocam a sonegação fiscal.

Economista.

O estranho �efeito-tanzi�Na quinta-feira, 18, o Sindi-

cato dos Despachantes Aduaneirosdo Estado do Rio Grande do Sul -SDAERGS realizou palestra-aula gra-tuita sobre Certificação de Origem emSão Borja. Voltado aos associados eseus colaboradores, o evento ocor-reu no restaurante do hotel Al-Mana-ra (Av. presidente Vargas, 1913). Es-tiveram presentes o presidente doSDAERSG, Lauri Kotz, e o vice-pre-sidente da Fecomércio-RS, ArnoGleisner. Na ocasião, o palestranteMario de La Vega apresentou aspec-tos relevantes do comércio internaci-onal, a estrutura dos acordos de co-mércio internacional, a sistemática deaplicação dos regimes de origem daAladi e do MERCOSUL, as regras deorigem nas operações de comércioexterior, entre outros assuntos.

Certificação de Origem é tema depalestra do SDAERGS em São Borja

O evento contou com a presença do presidente do SDAERGS, Lauri Kotz.

Propriedade investe na Oliviculturacom apoio da ADU

O diretor da Agência de De-senvolvimento de Uruguaiana –ADU, Fernando Martins de Mene-zes, e o técnico agropecuário daEmater, Emanuel Torres, realizaramuma visita, na quinta-feira, 4, na pro-priedade de Raul Tavares, na locali-dade Cerrito. Raul está investindo nacitricultura e na olivicultura em seuestabelecimento e deverá plantar1100 mudas de cada cultura. O solojá está preparado e as covas estãoprontas para a colocação das mu-das. Devido à estiagem o produtoraguarda o reinício das chuvas parao plantio, tendo em vista que asmudas estão em torrões e em tube-tes, com irrigação diária. A ADUapóia e acompanha a iniciativa doprodutor, juntamente com a secre-taria municipal de Agricultura. O se-cretário Wilson Dornelles e o enge-nheiro agrônomo Antonio Gonçalvesjá estiveram visitando a proprieda-de. A Secretaria forneceu, a título deincentivo, 100 mudas de laranjeiras

ao produtor. Antes de iniciar o proje-to desenvolvido pela ADU, o propri-etário visitou a Embrapa Clima Tem-perado de Pelotas, ocasião em quelhe foi indicado o viveiro para aqui-

sição das mudas. Fernando Martinsde Menezes afirmou que o solo dapropriedade, a irrigação e a capaci-dade de gestão de Raul garantirãoo êxito desta atividade.

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1717Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010

SegurançaPor Marcos Rolim

APERGUNTADEVIAMÃO

Respondendo aos requeri-mentos dos vereadores, solicitandoa criação de postos policiais na Pra-ça Barão do Rio Branco e no ParqueDom Pedro II, o Comando do 1º Ba-talhão de Policiamento de Área deFronteira esclarece que, atualmente,o batalhão desenvolve o Projeto Po-lícia Cidadã. A ação tem como obje-tivo integrar a comunidade às váriasinstâncias governamentais e não go-vernamentais, buscando a melhoriada qualidade de vida local, uma mai-

Comandante do 1º BPAF é contrapostos fixos de policiamento

or sensação de segurança e instigan-do a comunidade a buscar soluçõescriativas para os problemas do seubairro ou entidade. O policiamentomóvel propicia ao policial atender acomunidade em uma área de maiorabrangência, destacando que suapresença física, no próprio desloca-mento, já inibe a ação delituosa. Apresença policial fixa, nos postos su-pramencionados, iria atribular a ati-vidade, restringindo o atendimento auma área de pequeno raio. Ademais,

quando ocorrem eventos, onde hágrande concentração de pessoas, sãoescalados policiais a pé e motoriza-dos para a segurança da comunida-de. Diante disto, o comando do 1ºBPAF entende que não é necessáriaa criação de tais postos, sugerindo queo investimento seja revertido na aqui-sição de viaturas policiais. A comuni-dade uruguaianense teria mais recur-sos para atendimento de suas deman-das, com maior mobilidade, atenden-do mais pessoas em menos tempo.

A idéia do castigo chegou ao Brasil com os colonizado-res portugueses. Antes de existir propriamente um país, tínhamos já uma ordem jurídi-ca, resultante da importação das “Ordenações do Reino” (Afonsinas, Manuelinas e Fi-lipinas) que incluíam penas de mutilação física e pena de morte para grande número dedelitos. Sobre a severidade destas leis, há um episódio histórico curioso: conta-se queFrederico “o grande”, rei da Prússia, ao tomar conhecimento das leis penais vigentesem Portugal, teria feito a seguinte pergunta: -“ainda existe gente viva por lá?”. Se lem-brarmos que a Prússia foi um Estado especialmente autoritário, a pergunta do rei pare-ce ainda mais relevante. Os colonizadores que aqui aportaram – não para construiruma nação como os puritanos britânicos do May Flower que imaginaram uma “NovaInglaterra” na América do Norte, mas para enriquecer - estavam encharcados destasnoções punitivas e as aplicaram impiedosamente. Sempre contra os “de baixo”, é claro.Tomé de Souza, por exemplo, já no ano de fundação de Salvador, mandou matar umíndio acusado de haver morto um colono, amarrando-o à boca de um canhão, o quepermitiu que seus pedaços fossem espalhados pelos ares. O ato, segundo o relato deRobert Southey “encheu de terror os Tupinambás e foi útil lição aos colonos”. Ao longode nossa história encontraremos uma sucessão de atrocidades praticadas contra o povobrasileiro por seus dirigentes e muito do que, ainda hoje assistimos, têm suas raízesfincadas em um passado nunca suficientemente conhecido. Veja-se, por exemplo, ocaso dos nossos presídios onde se criou um regime de horror sob o olhar indulgentedos governantes e indiferença generalizada da chamada “opinião pública”. Um olharatento sobre nossa história identificará incontáveis episódios de barbárie oferecidospelo Estado contra os presos. Em 1823, no Pará, por exemplo, o oficial inglês JohnPascoe Greenfell mandou prender nos porões de um navio 256 soldados e paisanosenvolvidos em “desordens”. A descrição nos chegou por 4 sobreviventes e pode serconhecida pela obra de Domingos Antônio Raiol (Motins políticos – Ou história dosprincipais acontecimentos políticos da província do Pará desde o ano de 1821 até 1835,Belém, Universidade Federal do Pará, 1970, vol. 1, p. 48.): “encerrados ou atochadosem tão estreito recinto, esses infelizes, que pertenciam a diversos partidos e cores, queconvinha extremar, romperam logo em gritos e lamentos, exasperados pelo calor e faltade ar, que experimentavam, ouviram-se algumas ameaças contra a guarnição de bordo[...] Seguiu-se um violento frenesi, sucedido logo depois por acessos de raiva e furor,que os levou a lançarem-se uns contra os outros [...] A bárbara guarnição do navio [...]dirigiu alguns tiros de fuzil para o porão e derramou dentro uma grande porção de cal,cerrando-se logo a escotilha [...] Por espaço de duas horas ainda se ouviu um rumorsurdo e agonizante [...] Eram sete horas da manhã do dia 22 quando se correu a esco-tilha do navio em presença do comandante [...] Um monte de duzentos e cinqüenta edois corpos, mortos, lívidos, cobertos de sangue, dilacerados [...]”

O oficial responsável pelo massacre foi absolvido, promovido a almirante elembrado como “um dos maiores nomes de nossa História Naval” (Efemérides brasilei-ras, 2ª ed., Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1938, p. 576). Se conhecêssemos me-lhor nossa história, se todos nós tivéssemos a noção de que o Brasil é filho de um paichamado genocídio e de uma mãe chamada escravidão, penso que teríamos uma vi-são mais crítica a respeito da “ordem do castigo”. Como decorrência, poderíamos valo-rizar mais a dinâmica de superação de conflitos que emerge de uma “ordem da restau-ração. Observe-se a repercussão do episódio de Viamão quando uma professora de-terminou que um aluno pintasse a parede onde ele havia escrito o seu apelido. Imedia-tamente, na mídia, o garoto virou “o pichador”. Tecnicamente, quem escreve uma pala-vra à caneta em uma parede, ou em uma classe, “picha”. Não me parece irrelevante,entretanto, a diferença entre rabiscar algo em uma parede ou usar um spray para omesmo propósito. Mas quem ouve a palavra “pichador” pensa logo em um sujeito irres-ponsável que degrada o patrimônio, que enfeia e emporcalha nossas cidades. Trata-mos disso no episódio de Viamão? Parece claro que não. Por que razão, então, usa-mos a mesma expressão e chamamos o garoto de “pichador”? Talvez, arrisco, porquefique mais simples justificar a “ordem do castigo” que o garoto recebeu. A escola, éclaro, deveria exigir do aluno que o dano – ainda que pequeno – fosse reparado. Afamília do menino deveria ser comunicada sobre os procedimentos necessários. Tudoisto, inclusive o momento de pintar a parede, deveria ter ocorrido sem qualquer alardeou envolvimento dos demais estudantes. O que tivemos, entretanto, foi a exposiçãopública do garoto – a quem nossos bravos órgãos de imprensa conferiram uma novaidentidade, a de ser “o pichador” -, sua ridicularização diante dos seus pares pela pro-fessora que o chama de “bobo da corte” e a aplicação de um castigo desproporcional,vez que o garoto é conduzido a retocar a pintura em várias salas de aula (onde elejamais havia produzido qualquer dano). É assim que ensinamos “justiça” aos jovens?Justiça é o mesmo que punir? Afinal, qual a idéia que temos sobre “justiça”? Esta pare-ce ser a pergunta mais relevante que fica do alarido todo em torno do “episódio deViamão”. Uma pergunta que, infelizmente, a grande maioria dos comentadores do epi-sódio sequer cogitou. Como de costume.

Uma reunião com integran-tes do Grupo de Trabalho sobre Se-gurança Vial do Comitê de Frontei-ra Paso de los Libres-Uruguaiana,com a finalidade de continuar a exe-cução e operacionalização do trata-do na V Reunião do Comitê de Fron-teira, realizada em Uruguaiana em30 de junho e 1º de julho passado,aconteceu em Paso de Los Libres.

O encontro teve lugar no Sa-lão de Atos da Intendência Munici-pal, por iniciativa da diretora de Trân-sito do Município de Paso de los Li-bres, Gabriela Ruiz e do consul bra-sileiro na Argentina, Lucas LagesBrandão. Na semana passada foirealizado um encontro naquela ci-dade, da qual participaram o juiz deInfrações do Município, MarceloSoria, os responsáveis pelas áreasde Trânsito e Segurança nas Estra-das e um fiscal de Uruguaiana, como fim de ordenar a agenda temáticade acordo com o tratado de junho/julho. “A reunião em Uruguaiana foimuito produtiva e a próxima serápara dar continuidade aos acordos.É muito positivo que venham fiscais

Libres e Uruguaiana debatemsegurança no trânsito

de trânsito para se capacitarem aquie vice-versa, para que conheçam asnormas de cada país” disse o juízde infrações.

No encontro anterior, foramfeitos vários acordos sobre as infra-ções de trânsito cometidas em Li-bres e Uruguaiana, o seguro obriga-tório internacional, e acordadas asinformações sobre normas de trân-sito a serem repassadas para esco-las secundárias, universidades e for-ças públicas. Também foram deba-tidas as normas mínimas e docu-

mentação que devem portar os visi-tantes para entrada no país. Tam-bém foi abordada a facilitação dotrânsito para os brasileiros e argen-tinos e de certa tolerância nos finaisde semana, como, por exemplo, noestacionamento irregular, quando oinspetor de trânsito convidará o con-dutor a se retirar em vez de reter oveículo. O Comitê de Fronteira é or-ganizado pelas Chancelarias da Ar-gentina e do Brasil através de seusrepresentantes diplomáticos nesteponto fronteriço.

Professor é assassinado em casaFoi encontrado morto em sua casa o professor

Osni Peres, 49 anos, que lecionava matemática na Esco-la Estadual de Ensino Médio Dom Hermeto. O professor,que morava sozinho, havia assumido o cargo de agentefinanceiro da instituição há alguns meses. Osni Peres, que

desaparecera desde o dia 15 de novembro, foi encontradoem sua casa, na Rua Marechal Floriano, bairro Cabo LuizQuevedo, no chão, próximo à porta do quarto, com os pésamarrados e um lençol em torno do pescoço. A polícia ain-da não tem suspeitos do assassinato.

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1818Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010

Esporte

PAIXÃOCOLORADA

IMORTALTRICOLORPor Ricardo Peró Job Por Joel Neimann Lopes - [email protected]

Recebida com festa, seleção volta aoBrasil e só lamenta erro da arbitragem

Ramyro Kleinubing Fernandes

A tristeza e a dor de mais umMundial perdido ainda estavam es-tampadas nos rostos. Na volta aoBrasil, porém, o carinho da torcidaajudou a renovar o ânimo da sele-ção feminina de vôlei,vice na com-petição no Japão, ao cair novamen-te diante da Rússia. Jogadoras e otécnico José Roberto Guimarães fo-ram recebidos com festa por torce-dores em São Paulo. Cartazes, fai-xas e uma bandeira do Brasil foramprova de que a prata é vista com or-gulho dentro de casa.Esse calor hu-mano é especial. Por isso nós fica-mos tristes de termos perdido o Mun-dial mais uma vez para a Rússia.Mas lutamos até o fim e a torcidaestá reconhecendo isso – disse otécnico José Roberto Guimarães.Uma das líderes do grupo, Jaqueli-ne lamentou o segundo lugar, masfestejou o reconhecimento.

- Estou super feliz. Não temcoisa melhor chegar e receber essecarinho. Todo mundo sabe que que-ríamos voltar com a vitória, ninguémquer o segundo lugar. Mas eu crescimuito com essa equipe. Só tenho aagradecer.No desembarque, apenas

um lamento: a atuação do árbitro co-reano Kim Kun-Tae, o mesmo quehavia apitado a final do Mundial de2006. Para Zé Roberto, a participa-ção dele foi fundamental para a der-rota brasileira.

- Acho que, no vôlei, quecada vez evolui mais, deveria ter umabola com chip ou ser igual ao tênis,com o desafio. Dizem que o futebolé bom por causa dessa polêmica coma arbitragem. Não é, o futebol é hor-rível por causa disso. No tênis, nãotem o que reclamar, perdeu porquefoi justo. Não tem o que discutir. Nãoestou dizendo que venceríamos porcausa daquele ponto. Só acho quenão poderíamos perder por conta deuma injustiça, devido a um árbitro queé marcado por atuações desastrosas– reclamou Zé.

O lance em questão ocorreuquando o Brasil vencia o tie-break por7/6 e Sheilla atacou uma bola que foiconfirmada como boa por dois juízesde linha. O árbitro de cadeira, Kun-tae, inverteu a marcação e deu bolafora. Em vez de 8/6 para o Brasil, oplacar passou a mostrar 7/7. ParaNatália, um dos destaques do Mun-dial, o lance poderia ter alterado ahistória do jogo.

Nesta segunda-feira , 15, o novocampeão gaúcho de xadrez, edição 2010foi conhecido em Uruguaiana. Rodrigo daSilva Borges, 22 anos, de Soledade, rece-beu a Taça das mãos do Prefeito Municipalde Uruguaiana, Prof. José Francisco San-chotene Felice. A competição foi iniciadano sábado, 13, teve a participação de 21enxadristas classificados em três etapas(Santa Maria, Pelotas e Porto Alegre), e quedisputaram o título máximo do xadrez gaú-cho em sete rodadas. Na segunda posição

Final do Campeonato Gaúcho deXadrez aconteceu em Uruguaiana

ficou o pelotense Daniel Fertuzatti e em ter-ceiro o uruguaianense Paulo da Rosa Pau-lo. A final do campeão gaúcho foi organiza-da pela Federação Gaúcha de Xadrez, pre-sidida por Eduardo Vicentini de Medeiros,e teve a parceria da Prefeitura Municipal deUruguaiana, por meio de sua Secretaria Mu-nicipal de Esporte e Lazer. Teve a arbitra-gem de Eduardo de Medeiros, Augusto Pi-zzatto Soares e a coordenação geral deVicente Majó da Maia. Os dez primeiroscolocados receberam premiação em tro-

féus, medalhas e dinheiro. Esta final cons-titui-se num dos grandes eventos esporti-vos da cidade e teve a organização elogia-da pela unanimidade dos participantes. Foirealizada na Biblioteca Municipal de Uru-guaiana. Nossa cidade, de forma inédita,foi representada por cinco enxadristas (Pau-lo da Rosa Paulo, Paulo Ricardo D’Avila,Luiz Carlos Bagesteiro, Odilon Batista Sil-veira e João Cesar da Rosa Jr), sendo queos três primeiros da lista se classificaramentre os dez melhores.

Uruguaiana fica em 2º lugar no quadro geral demedalhas da 30ª Olimpíada Comerciária Sesc

A delegação de Uruguaiana retorna para casa com tro-féus nas modalidades futebol de campo, futsal máster masculino,vôlei masculino e atletismo da 30ª Olimpíada Comerciária Sesc.Com isso, os uruguaianenses ficaram com o 2º lugar no quadrogeral de medalhas do evento, que aconteceu nos dias 14 e 15 denovembro, no Sesc Campestre, em Porto Alegre. Cerca de 1,2 milatletas de 80 municípios gaúchos participaram da competição. Aabertura contou com a presença da ex-jogadora de vôlei da Sele-ção Brasileira Ana Moser. Confira abaixo a classificação final detodas as modalidades.

ABERTURA – Ana Moser destacou a importância do es-porte. Segundo ela, “esporte é saúde, é participação, é convivên-cia, é um dos meios sociais mais significativos , sendo um excelen-te caminho para o desenvolvimento pessoal”. O tema também foiabordado pelo diretor regional do Sesc/RS, Everton Dalla Vecchia.O dirigente falou sobre a importância de se valorizar e estimular aprática de esportes. “A disputa com certeza é importante, no entan-to,, a integração entre os atletas e o estímulo à prática de hábitossaudáveis são fundamentais”, afirma Dalla Vecchia. Já o vice-pre-

sidente do Sistema Fecomércio-RS Itamar Tadeu Barboza da Sil-va ressaltou o compromisso da entidade em promover ações debem-estar aos trabalhadores do setor terciário. “É uma alegria po-der proporcionar mais esta atividade para os gaúchos”. ÂngelaNoronha, colaboradora do Sesc Uruguaiana, ficou com o 1º lugarna modalidade salto em distância master. “Treino uma vez por se-mana, mas a rotina de professora de educação física me ajudoubastante para obter essa vitória”, destaca a atleta, de 31 anos.Além disso, Antônio Juraci, 19 anos, conquistou o 1º lugar no saltoem distância. “Treino diariamente. A prova foi competitiva e os atle-tas eram de bom nível”, declara. Anderson Menezes da Silva, 24anos, zagueiro e capitão da Despachantes Uruguaiana, equipe queficou com o 3º lugar no futebol de campo, ressaltou que a organi-zação do evento esteve impecável. A 30ª Olimpíada ComerciáriaSesc visa promover a qualidade, além de oportunizar a integraçãodos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo atravésda prática de esportes. Este ano, as atividades acontecem nasmodalidades: vôlei (masculino e feminino), futebol de campo, fute-bol sete, futsal, xadrez, bocha, natação e atletismo.

O Grêmio arrancou um empate he-róico com o Santos na Vila Belmiro. Já noinício do jogo o Santos teve duas boasoportunidades de gol, com Zé Eduardo ePará. O Grêmio defendia-se bem e, aos13 minutos, em uma jogada ensaiada emcobrança de escanteio Douglas quasemarcou, chutando por cima. Aos 18 minu-tos, quando o Tricolor começava a levarperigo para os adversários, Douglas, decostas no campo de ataque acertou umacotovelada num jogador santista e foi ex-pulso. O Grêmio ficou com dez homensem campo. Mas ao contrário do que seesperava, o Santos não conseguiu fazerprevalecer sua superioridade numérica. OGrêmio se fechou na defesa e seguiu ex-plorando com perigo os contra-ataques.Aos 37, o Santos, através de uma cobran-ça de falta da direita sobre a área gremis-ta perdeu um gol incrível, com Dorval ca-beceando pra fora. Foi o último lance maisimportante do primeiro tempo.

O segundo tempo manteve o mes-mo ritmo da primeira etapa, com o Grê-mio fechado e o time da casa pressionan-

Empate com raça e superação na Vila Belmirodo, sem levar muito perigo para a área Tri-color. Aos 11 minutos, numa jogada de con-tra-ataque o Grêmio quase marcou. Fábiorecebeu de Lúcio e cruzou na cabeça deAndré Lima. O goleiro Rafael defendeu.Aos 25 minutos, Rafael Marques faz pê-nalti sobre Zé Eduardo. O árbitro apontapenalidade máxima e mostra cartão ama-relo para o zagueiro gremista. Zé Eduardocobra forte, no canto direito, mas Victordefende de forma espetacular. O Grêmio,aproveitando-se do abalo da equipe san-tista pela perda da penalidade, partiu parao ataque. Num lance escandaloso, Lúcio foiderrubado na área santista e o árbitro nãomarcou a penalidade. Mas o erro de arbitra-gem pareceu motivar ainda mais o Tricolor.Aos 35 minutos Rochemback cobrou falta daintermediária com perfeição. Mais uma gran-de defesa de Rafael. Aos 40 minutos, Luciopela esquerda chutou na rede pelo lado defora. Sem se encontrar mais em campo apóso pênalti perdido, o Santos não mais reagiu.A última oportunidade da partida foi do Trico-lor, com Junior Viçosa, que substituíra AndréLima, aos 46 minutos.

Com os jogos apenas aos finais de se-mana, sobra tempo para as especulações, afinala roda tem que girar e se não há noticia, cria-sefactóides. Assim a dança do goleiro e do atacantecolorado ganha uma repercussão acima da quemerece. Cada torcedor tem uma preferência, mastodos sabemos que nosso treinador é um homemde sólidas convicções (teimoso), e no Mundial,Renan e Alecsandro estarão no time titular.

No gol concorrendo pela vaga, além deRenan, temos Pato Abbondanzieri o mais experi-ente de todos, capaz de suportar uma decisãocom a serenidade de quem passeia pelo bairrode sua casa. Além disso, tem liderança e caris-ma, atributos essenciais num momento desses.Lauro, outro concorrente, é muito azarado. De-pois de um longo período de ostracismo, voltou ater chances e tomou três gols do Avai. Emboranão tenha tido culpa em nenhum, goleiro que tomatrês gols sempre fica na berlinda. Muriel, o titularda vez pelo rodízio, é uma das promessas dascategorias de base. A referência de “braço curto”não lhe é adequada a ele pelas performances queapresentou por Caxias, Portuguesa e sub-23.Goleiraço.

No ataque, Alecsandro reina soberano naescolha do técnico. A pequena mostra de Ilan ani-mou o torcedor, porém, depois disso, foi arquiva-do. Não está claro que tenha limitações para irpara a reserva da reserva ou foi contratado comlesão que o impede de ter uma seqüência. Quemestá em grande fase é Leandro Damião que podenão ter uma técnica exuberante ou plasticidade

com a bola nos pés, mas é matador. Em campoestá sempre incomodando os zagueiros, trom-bando e finalizando.

O jogo contra o Botafogo provavelmen-te não terá nossos titulares, mas os aspirantesestarão em campo para provar que merecem umachance. Todas as suposições levantadas acer-ca desse jogo não resistem a uma análise maisséria, sem o folclore local. Para começar queo Internacional não entrega jogo, aconteça oque acontecer. Se nosso resultado beneficiarou prejudicar alguém não é de nossa compe-tência. Quem vestir o manto alvirrubro vai en-trar buscando a vitória. Nunca foi diferente. Nãocom o colorado.

E segue a disputa eleitoral com episódi-os cada vez mais acalorados. É de lamentar queum movimento que só contribuiu para o cresci-mento colorado nos últimos anos tenha se frag-mentado a esse ponto. Recebi e encaminhei mi-nha cédula definindo meu candidato. Exerci meudireito de opinar sobre o tipo de gestão quero parameu colorado no próximo biênio. Quero que o In-ternacional continue a disputar títulos, a crescer, aformar jogadores. Errar ou acertar, é do contextode quem toma as decisões. Mas fica muito claroque nos últimos anos houve muito mais acertosque erros. Os títulos estão ai para comprovar. Nestemomento que temos dúvidas quanto ao potencialde nosso time para o mundial, devemos lembrarde algo mais relevante: estamos no mundial, algoimpensável anos atrás. Isso não é pouco. E nãoquero perder esse privilégio.

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1919Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010Mural

TUDO PELO SOCIAL

Representantes das OrganizaçõesNão Governamentais de Salvador protes-taram contra a prefeitura que, segundoeles, não tem repassado a verba enviadapelos governos estadual e federal destina-da a ajudar na manutenção dos abrigos queatendem crianças e adolescentes órfãos.Segundo os manifestantes, em alguns abri-gos o dinheiro não é repassado há dez me-ses e as unidades passam por privaçõesde toda natureza. (Ricardo Peró Job)

MULHER

25 de novembro é o Dia Internacio-nal de Combate à Violência contra a Mu-lher. “É chocante que se precise destacarno calendário uma data em que reste ligara mulher a dor e sofrimento, como sendoesses os sentimentos que pontificam suavida. Não se pode deixar de atentar no fatode que a cada 6 minutos uma mulher é ví-tima de agressão dentro do lar, o que aler-ta para a necessidade de que providênciassejam tomadas”, dizia Maria Berenice Diaz,autora da Lei Maria da Penha, em discursoproferido no dia 25 de novembro de 1997.(Vera Ione Molina Silva)

MULHER II

Temos obtido avanços, mas há mui-to a ser feito com relação ao efetivo cum-primento da lei e amparo à mulher que vivecom medo, não só das agressões físicas,mas de outras agressões mais sutis eaceitas socialmente. É comum sabermosde mulheres que têm medo de pedir a se-paração de corpos do marido “porque elenão vai aceitar”. Esse não aceitar é umeufemismo para um elenco de horroresque as mulheres sofrem, tendo que aca-tar qualquer tipo de decisão que lhe é im-posta e aprovada pela grande maioria dasociedade que se acha no direito de jul-gar o que é bom para a vítima, como seessa tivesse de ser tutelada pelo marido,mesmo que tenha escolaridade superior àdele. (V.I.M.S)

PROGRESSO EM MOÇAMBIQUE

O presidente Luiz Inácio da Silvaautorizou o BNDES a emprestar US$ 18milhões para a construção de um aero-porto internacional em Nampula, Moçam-bique, na base área da cidade. É parte dopacote de US$ 300 milhões do Brasil paraa infraestrutura local. Já os nossos aero-portos... (R.P.J)

CONSCIÊNCIA NEGRA

A 1ª Semana da Consciência Ne-gra acontece de 16 a 22 de novembro naAssebleia Legislativa do RS, em conformi-dade com a Resolução nº 3.045/2009, pro-posta pelo deputado Alceu Moreira (PMDB).A programação começou na manhã de ter-ça-feira, 16, na Catedral Metropolitana, com

um ato interreligioso e a abertura oficialocorreu na noite de quarta-feira, às 20 ho-ras, com a presença do 1º vice-presidenteda Casa, deputado Marquinho Lang (DEM),no Plenarinho. Dentro da programação,também está prevista a entrega do PrêmioZumbi dos Palmares e do Troféu CarlosSantos, durante a sessão solene em ho-menagem ao Dia da Consciência Negra,realizada a partir das 14 horas, nesta quar-ta (17). (V.I.M.S)

CONSCIÊNCIA NEGRA II

As duas premiações a serem entre-gues visam homenagear personalidadesque atuaram ou atuam em prol da valori-zação e do desenvolvimento da comuni-dade negra. O Prêmio Zumbi dos Palma-res, instituído em 2008 por iniciativa dodeputado Raul Carrion (PCdoB), traz dis-tinções para cinco áreas de atuação - cul-tural, social, política, esportiva e religio-sa. O Troféu Carlos Santos, criado a par-tir de proposição do deputado Alceu Mo-reira, aprovada em 2009, contempla cin-co categorias: saúde, educação, empre-endedorismo, políticas afirmativas direci-onadas às mulheres negras e resistênciaquilombola. (V.I.M.S)

CPMF

O governador Eduardo Campos, dePernambuco, já avisou que o PSB não acei-ta ser padrinho da CPMF. (R.P.J)

EMPREGO TEMPORÁRIO

Walmart - Além das 340 vagas tem-porárias para lojas do litoral gaúcho, as lo-jas da rede nos três Estados da região Sulestão recebendo currículos de profissio-nais interessados em preencher as maisde mil vagas disponíveis. As vagas sãopara áreas operacionais e os candidatosdevem possuir Ensino Fundamental e/ouEnsino Médio completos. Não é necessá-ria experiência anterior, não há restrição deidade e há vagas para pessoas com defici-ência. (V.I.M.S)

EMPREGO TEMPORÁRIO II

No Rio Grande do Sul, Estado commaior número de lojas da região (BIG, Ma-xxi Atacado, Nacional e TodoDia), sãomais de 750 vagas em aberto, distribuí-das entre a capital, região metropolitana,interior e demais regiões. Os interessa-dos devem enviar currículo para o [email protected] ou entregar seucurrículo no balcão de informações de qual-quer loja BIG, Maxxi Atacado, Nacional eTodoDia. (V.I.M.S)

FOMINHA

O senador eleito Lindberg Farias, doPT do Rio de Janeiro, nem tomou posse ejá quer ser ministro, líder do governo, líderdo partido. Desde os seus tempos de UNE,Lindberg é louco por uma boquinha. Aliás,

a presidente eleita Dilma Rousseff não gos-tou nada da confusão criada por senado-res do PT, liderados por Delcídio Amaral,do Mato Grosso do Sul e Lindberg Farias,na busca por cargos e empregos no futurogoverno. (R.P.J)

TJ-RS PAGOU R$ 1,4 BI ILEGALMENTE

Decisões administrativas do Tribu-nal de Justiça do Rio Grande do Sul permi-tiram o pagamento irregular de R$ 1,4 bi-lhão nos salários de juízes, desembarga-dores e técnicos do Judiciário. A conclu-são integra decisão do Conselho Nacio-nal de Justiça, que decretou a nulidadede atos administrativos do tribunal queinflaram a folha de pagamentos da ma-gistratura gaúcha entre 1994 e 2009. Naúltima terça, 2, por unanimidade, os con-selheiros do CNJ aprovaram o voto do re-lator José Adônis Callou de Araújo Sá einterromperam definitivamente os paga-mentos irregulares. (R.P.J)

CHINA

Um mundo que utilizasse recursose gerasse resíduos nos níveis da China ne-cessitaria de um planeta 1,2 vezes maiordo que a Terra para se manter, segundoum relatório sobre o “rastro do carbono”do país apresentado pela ONG FundoMundial para a Natureza. “Segundo o Fun-do, é crucial que a China enfrente proble-mas como as emissões de dióxido de car-bono e o acelerado desenvolvimento ur-bano sem que isto custe ao planeta”. Orelatório assinala que setores como aconstrução e o transporte, associados aoavanço do nível de vida no país, contribu-íram em grande medida para que as emis-sões de CO2 no país atingissem o pata-mar de 54% do impacto ecológico nacio-nal. Em consequência, a China necessi-taria do dobro de seu solo produtivo parasatisfazer a sua demanda. (R.P.J)

NÃO FALTOU DINHEIRO

Duas das principais fornecedorasda Petrobras, com contratos que chegama R$ 1 bilhão, a UTC Engenharia e a Es-tre Ambiental priorizaram candidatos e oPT ao doar recursos nas eleições. Os re-passes foram feitos para petistas que dis-putaram as eleições em Estados onde asempresas têm contratos com a Petro-bras. O principal beneficiado foi o gover-nador reeleito Jaques Wagner (PT-BA),com R$ 2,4 milhões. Seguido pelos se-nadores Lindberg Farias (RJ) e DelcídioAmaral (MS), com R$ 500 mil cada. Tam-bém para eleger a maior bancada da As-sembleia de São Paulo, os 24 deputadoseleitos pelo PT fizeram as campanhasmais caras do Estado e gastaram juntos,R$ 27 milhões. Das 10 campanhas maiscaras entre os eleitos, 6 foram de petis-tas: Edinho Silva, Rui Falcão, Alencar San-tana, João Antonio, Adriano Diogo e Car-los Grana. (R.P.J)

De 12 a 15 de novembro, a Biblioteca Pública Municipal Prado Vepposediou a Final do Campeonato Gaúcho de Xadrez. Foi promovida palestrasobre Lições de Xadrez Escolar e Iniciação ao Xadrez, tendo como palestran-te Eduardo Vicentini de Medeiros, presidente da Federação Gaúcha de Xa-drez. Foi realizada mais uma edição da Copa Mercosul de Xadrez, alusiva aos20 anos de fundação do Clube de Xadrez Uruguaiana.

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2020Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010

Dudu FerreiraGASTRONOMIA

e-mail: [email protected]

BOM FINALDE SEMANAA TODOS!!

PARA PENSAR:RA PENSAR:RA PENSAR:RA PENSAR:RA PENSAR: "na maior parte dos homens,"na maior parte dos homens,"na maior parte dos homens,"na maior parte dos homens,"na maior parte dos homens,as dificuldades são filhas da preguiça."as dificuldades são filhas da preguiça."as dificuldades são filhas da preguiça."as dificuldades são filhas da preguiça."as dificuldades são filhas da preguiça."

Samuel Johnson

Josep PlaLi na coluna do

"Anonymu's" sexta passadafrases e comentários sobregastronomia ditas pelo JosepPla, escritor catalão. Interes-sante: "(...) É inquestionávelque a cozinha caiu de quali-dade em toda a parte. Emdefinitivo, tudo está se indus-trializando. o gosto das coi-sas é outro. A cozinha, comoarte da lentidão, da modera-ção, da paciência e da calma,está em extinção. Eu gosta-

ria de saber se é possível fa-zer algo de bom nesse mun-do que não seja com base naobservação e na calma. Meuideal culinário é a simplicida-de, compatível em todo mo-mento com um certo grau de"sustância" e consistência.Peço uma cozinha simples eleve, sem nenhum elementode digestão pesada, uma co-zinha sem taquicardias. O co-mer é um mal necessário e,portanto, vamos torná-lo agra-

dável. Sempre acreditei que amesa é um elemento decisivode sociabilidade e de tolerân-cia. Gosto das nossas coisas,sobretudo se são comuns esimples, limpas e impecáveis.Nunca cheguei a compreenderextamente por que motivo oexótico, simpelsmente pelomero fato de ser exótico, te-nha que ser necessariamenteadorável. A nossa velha cozi-nha familiar é, em definitivo, aúnica que vale a pena...".

(Por Carolina Ferreira - Irlanda)Mantendo o espírito sacro, o Fran-

ciscan Well Brewery (www.franciscanwellbrewery.com), famoso pub e microcer-vejaria de Cork, sul da Irlanda, construídono local de um mosteiro franciscano onde,segundo a lenda, a água do poço realizavacuras milagrosas. Atualmente a água podevir dos canos municipais, mas a cerveja jor-

Uma bebida tirada do poço

ra de forma livre e abundante para os padrõesirlandeses. A leve e refrescante Friar Weisse detrigo e a robusta Rebel Red são opções excelen-tes da casa (4,5 euros o copo de 600 ml). Esco-lha entre um punhado de outros chopes e umavariedade de garrafas importadas, certamente osuficiente para deixar você "langerated", "maga-lorim" ou "mombolised" (modos corkonianospara descrever os excessos alcoólicos).

(Por Carolina Ferreira - Irlanda)Há quase um século,

a cidade de Cork tem estadoassociada à literatura, músicae ao cinema. O destaque davisita vai para o Old EnglishMarket, antigo mercado públi-co considerado o melhor mer-cado de produtos alimentaresda Irlanda. Inaugurado em1786, o Old English Marketsobreviveu a Era da Fome,guerras, revoluções, incêndi-os, crises econômicas e pas-sou a ser frequentado comoatração turística pelos apaixo-nados por comida. Atualmen-te, graças a ênfase em alimen-tação e saúde, o mercado dis-põe de uma grande variedadede frutas e vegetais orgânicos,chocolates artesanais, vinhos,pães caseiros, produtos locais,

Mercado Público Irlandês

importados, além de queijos,peixes e carnes de ótima qua-lidade. Anexo ao Old EnglishMarket fica o Farmgate Cafe,um restaurante que elabora ocardápio baseado nos produ-tos disponíveis no mercado.Destaque para os pratos tra-

dicionais: Crubeens (pé deporco) e Tripe and Drisheen(ensopado de tripa de ovelha)e o icônico café da manhã ir-landês com 2.000 calorias,que acompanha bacon, ovos,salsicha, morcilha e torradacom muita manteiga.

* Soube que Vander Pires não é maiso intérprete da Cova da Onça para 2010. Nãohouve acerto. Contudo, não se desesperem,covianos. Seu substituto está a altura de Van-der Pires, pois também atua com grande des-taque no 1º Grupo do Carnaval do Rio de Ja-neiro e bem mais em conta, diga-se...

* Neste sábado, nos salões do Tê-nis Clube, Ana Lívia Monção (filha de Hé-lio e Mônica Monção) comemora seus 15anos juntamente com amigos e familiares.Será um belo evento, com certeza. HélioMonção é um dos diretores da Cova daOnça que vem realizando um brilhante tra-balho nesta comunidade.

* Com o fim da safra de terneiro bú-falo, o jantar temático "Baby Búfalo" do Res-taurante da Praça, às quartas- feiras, tem datapara terminar: provavelmente na primeira se-mana de dezembro. Então não perca maistempo. Aproveite as semanas que restam.Será informada nesta coluna a data exata pelopecuarista João Gaspar Osório de Almeida.

* Impressionante os valores da car-ne bovina. Inflação galopante, em funçãoda pouca oferta do produto no RS e cen-tro do país.

* Nasceu neste sábado, dia 13, ArthurMachado Saldanha, filho dos amigos SérgioSaldanha e Cláudia. Parabéns pelo "rapa detacho", futuro "pratos" da Cova da Onça.

* Enfeites natalinos do ESPAÇOÚTIL simplesmente fantásticos. A loja está

recebendo reservas para dezembro. Adi-ante-se e não perca tempo. Vale a penaconferir...

* Depois do fiasco do Inter no final desemana, o tradicional Baile do Havaí pareceque vai ser transferido para o Beira-Rio...

* "Antes, tornávamo-nos cozinhei-ros na cozinha. Hoje, a arte faz parte daformação de um chef de verdade." AlainDucasse, chef francês.

* Quem está se preparando para a ceianatalina, não deixe de comprar a última edição,de nº 213, da revista Gula. Imperdível. Pode serconsultada pelo site: www.gula.com.br

* Dias destes fiz uma massa cujoresultado foi ótimo: piccolinni com salmãoe camarão ao molho de nata e manjericão.Foi lá na casa do meu amigo Urbano Sur-reaux Machado, por ocasião do noivadode sua filha. Na próxima semana dou areceita, passo a passo.

* Buenos Aires tem um ótimo restau-rante francês, chamado La Bourgogne, masesbarrou na cultura porteña. Cordeiro malpassado, quase crú, não cai bem ao gostodos hermanos (nem no nosso!), dizem. Mui-tas vezes as culturas gastronômicas devemser mais analisadas.

* Um dia ainda vou visitar minha fi-lha Carolina na Irlanda, onde reside, e levarcomigo Paulinho Clausell, Chico Fileto,Jorge Brazeiro e Angelo Bastos. Guerra feiacom os tomadores de cerveja de lá...

VIA E-MAIL E RAPIDINHAS...

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2121Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010Geral

Por Maria Clara Prati

JORNALISTADESANTACATARINA FAZCOMENTÁRIOPRECONCEITUOSOEVAI PARARNA INTERNET

Jovem do Plano Alto participará dasOlimpíadas Escolares em Goiânia

Alex Larré Tavares, proveni-ente do Distrito do Plano Alto, repre-sentará o Estado do Rio Grande doSul no Salto em Distância nas Olim-píadas Escolares que serão realiza-das de 02 a 11 de dezembro em Goi-ânia. O uruguaianense obteve a vagaao sagrar-se Campeão dos JERGS,etapa estadual com a marca de6m22cm. Alex teve como adversári-

as instituições consagradas como aSogipa de Porto Alegre e o ColégioMilitar de Santa Maria. Cumpre res-saltar que essa modalidade tem abrasileira Mauren Maggi como Cam-peã Olímpica. Tendo recebido a visi-ta do atleta em seu gabinete, o vere-ador Ronnie Mello está apoiandoesse jovem, não só com a esperan-ça no título, mas pela convicção de

que o Poder Público deve valorizar oEsporte, independente da modalida-de a que o atleta se dedique. O par-lamentar concluiu o encontro, dizen-do: “na LDO 2011 fiz uma emendana qual, a Prefeitura Municipal devedar todo apoio financeiro aos uruguai-anenses que estiverem representan-do nossa cidade em eventos esporti-vos oficiais”.

Em 14 de novembro de 1962,a Escola CNEC foi fundada em Uru-guaiana no governo do prefeito, Sr.Antônio Chiarello, e secretário muni-cipal da Fazenda, major José MariaArgemi, que foi o primeiro diretor doeducandário. A escola funcionava no2º. andar da Prefeitura. Hoje, a CNECde Uruguaiana oferece 4 cursos: Téc-nico em Contabilidade, Informática,Enfermagem e Técnico em Seguran-ça do Trabalho. O professor Sancho-tene Felice, fundador da escola quemuito tem contribuído para a forma-ção dos jovens uruguaianenses, nacondição de Prefeito Municipal, pôdeajudar com a concessão de meias-bolsas de estudo e estágio para osalunos. Na foto, no ato de fundação,o professor Sanchotene Felice, aoseu lado, o General-de-Brigada, José

Escola CNEC celebra 48 anos

Horácio da Cunha Garcia, que co-mandou a 2º. Brigada de CavalariaMecanizada – Brigada Charrua, noperíodo de 25/04/1962 a 22/08/1963;

e o prefeito da época, Antônio Chia-rello (de óculos). A professora MariaFernanda Zadra Pereira da Silva é aatual diretora da CNEC-Uruguaiana.

Uruguaiana será sede do 2º Encontro deColecionadores Bonelli da Fronteira Oeste

O 2° Encontro de Coleciona-dores Bonelli - Fronteira Oeste será re-alizado em Uruguaiana/RS, nos dias 27e 28 de novembro de 2010, na PraçaBarão do Rio Branco. O vento integra-

rá a 34ª Feira do Livro de Uruguaiana.Além se ser uma oportunidade paraconhecer e confraternizar com outroscolecionadores e fãs, os visitantes vãoconferir uma mostra de bonecos, ma-

terial importado, troca e venda de re-vistas e livros, exposição de itens rarose a exibição do filme de Tex. O encon-tro conta com o apoio da loja Zona Fran-ca Comics e Revistaria TexBr.

O jornalista Luiz Carlos Prates, da afiliada da Rede Globo, de Santa Cata-rina, disse que o tráfego intenso nas estradas, durante o feriado, é causado porqueos pobres estão comprando carros demais. O jornalista ainda criticou o governopor estimular a oferta de crédito para que pessoas de baixa renda comprem carros.E foi mais longe, disse que essas pessoas que causam acidentes são pessoas quecompram um automóvel e nunca leram um livro, moram apertados, em gaiolas,sem nenhuma qualidade de vida, mas querem carro.

Ainda culpou o governo por estimular a oferta de crédito e tudo num discur-so, segundo os apresentadores Ana Paula Padrão e Celso Freitas, carregado depreconceito e ódio de classe. Tanto quanto sei, todos passam pelos mesmos cur-sos para tirar carteira de motorista e já ouvi falar de muito rico que transfere suasmultas para amigos ou parentes para não perder a licensa.

O comentário está causando furor da Internet e eu me admiro muito, poisfaz parte do meu cotidiano escutar comentários semelhantes. “Quando um desgra-çado desses morre sozinho não tem problema, pior é levar junto uma pessoa ino-cente”. Claro que não tem problema, para quem tem esse tipo de pensamento éapenas menos um pobre no mundo. É o tipo da pessoa que se autodenomina“homem de bem”.

O que me confunde é que, segundo ouço de pessoas mais jovens, existemmuitos menininhos de quase trinta anos que já causaram vários acidentes nosseus rachas noturnos, inclusive com mortes, e nada aconteceu a eles. Por queserá?

É lamentável que muitas pessoas ainda vão defender esse bandido se elefor responsabilizado pelas monstruosidades que disse em nome de uma “liberdadede expressão” que se sobrepõe à moral e à ética, quando desrespeita o direitolegítimo das pessoas menos privilegiadas de progredirem e adquirirem bens quelhes facilite a vida.

Eu, pessoalmente, sou contra uma imensa quantidade de automóveis nasruas, gosto muito do transporte coletivo em grandes cidades, mas é devido à polui-ção, ao desperdício. De uma coisa eu tenho certeza, o senhor Prates não criticariaa família para a qual ele trabalha se cada núcleo tivesse seis automóveis em casa,ele não quer é que novas pessoas tenham acesso a esses bens, não quer que omundo seja mais generoso para com a maioria, não quer a promoção das pessoasque trabalham.

Agora que o Natal se aproxima, o que desejo a todos é que possam adqui-rir os presentes que sonham dar para seus filhos, suas mães, suas namoradas enamorados. O mundo não foi feito para os amigos do seu Luiz Carlos Prates. Oseletrodomésticos facilitam o trabalho da mulher e a libertam um pouco das tarefasdomésticas. Tenho certeza que os comerciantes de Uruguaiana vão me apoiar.Neste Natal, sem consumismo, vamos comprar presentes que faz tempos deseja-mos entregar aos nossos queridos. Presentes que tornem suas vidas mais ricas emais prazerosas. Feliz Vida!

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Page 22: Jornal Momento de Uruguaiana

2222Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010

NAQUELES TEMPOSAlberto Moura

A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

EM ALGUM LUGAR NO PASSADO

O movimento em favor da República iniciou-se,efetivamente, no episódio da chamada “Questão Militar”que apaixonou os militares e marcou o início da revolu-ção de 1889.

Estava em discussão, no Congresso, projeto delei em favor dos direitos políticos dos oficiais militares quan-do, nos debates, surgiram ofensas à dignidade das for-ças armadas. Na oportunidade, o coronel Sena Madurei-ra, que servia no Rio Grande do Sul sob as ordens deDeodoro, rebateu energicamente, pelos jornais, os ata-ques recebidos.

O Barão de Cotegipe, então na chefia do Gabine-te, querendo castigar Sena Madureira, determinou a De-odoro que o censurasse publicamente, por desrespeitoao governo e à disciplina, não sendo atendido. Deodorofez mais: sustentou a legitimidade da atitude do militar.Por isso foi exonerado do cargo de governador do RioGrande do Sul que ocupava.

Mais uma foto sensacional pertencente ao acer-vo do Dr. Mário Valls e gentilmente cedida para estapágina pela senhora Regina Núria Beheregaray, mos-tra, em princípios da década de 1940, no estádio doFerro Carril, um time formado por profissionais libe-rais. Excluindo o da maleta, em pé, a esquerda, que

OMÊS DE NOVEMBRO NO PASSADOEm 1º de 1885, foi fundado o Clube Caixeiral.Em 1º de 1802, nasce em Cachoeira Joaquim dos Santos Prado Lima. Prado

Lima, ainda muito jovem, na Revolução Farroupilha, veio para Alegrete onde foieleito vereador e presidente da Câmara Municipal; foi, ainda, Juiz de Paz, Chefe dePolícia e Coletor Geral. Também foi deputado à Assembléia Constituinte, cargo quedeixou para assumir a Chefia de Polícia da Fronteira.

Tendo adquirido uma estância entre o Guarapuitã e o Itapitocay, passou a morarem Uruguaiana desde os primórdios da povoação.

Prado Lima foi o grande artífice da mudança do povoado localizado em Sant’anaVelha para a atual localização, autorizado pelo ministro Domingos d’Almeida, dequem era grande amigo.

Por tudo isso, Prado Lima é considerado co-fundador de Uruguaiana, sendo cog-nominado “Patriarca”. Faleceu em 1o de setembro de 1887, aos 94 anos.

Em 03 de 1941, morre, em Uruguaiana, Dom Hermeto José Pinheiro, 1o bispo deUruguaiana, natural de Traipú, Alagoas.

Dom Hermeto foi ordenado padre em 1895 e sagrado bispo pelo Papa Pio X em17 de março de 1912, tomando posse em 19 de maio do mesmo ano.

Seu lema era “IN DOMINE ESPERAVI”.Em 04 de 1959, morre, em Porto Alegre, o general José Antônio Flores da Cunha.Flores era nascido em Sant’ana do Livramento, em 1880.Foi deputado estadual e federal pelo Ceará; foi, em 1917, intendente provisório e

chefe de polícia em Uruguaiana e, em 1920, elegeu-se intendente para o período1920/24. Teve participação ativa nos movimentos revolucionários de sua época e,vitoriosa a Revolução de 1930, foi nomeado interventor federal no Rio Grande doSul, em 28 de novembro de 1930 e governador eleito pela Assembléia Constituinte,permanecendo no cargo até 1937, quando renunciou e exilou-se no Uruguai.

Com o advento da 2ª Guerra Mundial, Flores resolveu retornar ao Brasil, sendopreso e depois indultado.

Com a democratização do país, elegeu-se deputado federal por várias legislatu-ras, sendo que, em 1958, concorrendo pelo Partido Trabalhista Brasileiro, ficou na4a suplência.

Retornou ao Rio Grande do Sul em 1959 já com a saúde abalada. Depois seuestado agravou-se, ficando internado durante meses no Hospital Beneficência Por-tuguesa, onde faleceu. Flores era cidadão honorário de Uruguaiana, cidade que

permaneceu vinculado. Quando relatavasua eleição para a intendência afirmava:“Tive que trocar minha cadeira de deputa-do – o que quer dizer 3 ou 4 anos de man-dato – por uma prefeitura falida, onde fuiencontrar os policiais com calçado amare-lo num pé e sapato preto no outro; umaprefeitura para a qual não se fiava um car-retel de linha”.

Em 06 de 1924, morre, no combate doGuassú-Boi, o ex intendente de Uruguaia-na, Antônio Carneiro Monteiro. Monteiro,que era nascido em Alegrete, foi intenden-te de Uruguaiana no período 1912/1916 elíder de importante facção política no mu-

nicípio. Pertencente ao Partido Republicano Federalista, se opunha aos Republica-nos radicais, chefiados por Sérgio Ulrich de Oliveira. Assim, na época, a políticamunicipal se dividia entre “monteiristas” e “sergistas”. Antônio Monteiro, a par de terfeito uma boa administração, foi um dos pioneiros da telefonia em Uruguaiana, em1905, juntamente com Luiz Bettinelli e o engenheiro José Montagner.

Em 08 de 1915, o senador José Gomes Pinheiro Machado é assassinado no Riode Janeiro. Pinheiro Machado, gaúcho de Cruz Alta, foi um dos políticos mais temi-dos pelos presidentes da República no período de 1898 a 1915, pela sua influênciajunto às cúpulas partidárias de muitos estados, sobretudo do sul e do nordeste.

Por tudo isso, aumentava dia-a-dia o número daqueles que jamais se conforma-ram com seu prestígio e influência.

E, 8 de novembro de 1915, no Hotel dos Estrangeiros, Rio de Janeiro, foi assas-sinado com uma punhalada pelas costas, por um homem que se chamava Mansode Paiva.

Em 15 de 1889, é proclamada a República no Brasil (nesta página estamos dandomaiores detalhes sobre este episódio).

Em 20 de 1934, morre, em Uruguaiana, Antônio Mary Ulrich, vítima de um colap-so cardíaco por forte emoção, ao receber a notícia da aprovação do convênio inter-nacional para a construção da Ponte Internacional, obra da qual foi um dos idealiza-dores. O jornal “A Fronteira” que circulou em 21 de maio de 1947, dia da inauguraçãoda Ponte, assim descreveu o episódio: “Antônio Ulrich, falando num banquete paracomemorar a oficialização daquela memorável campanha, foi acometido de umasíncope, tendo apenas tempo de proferir estas palavras “É este o momento maisfeliz da minha vida”. Tombou, assim, vitimado pela emoção que no instante domina-va-o, na esplendente realidade de seu sonho”.

não foi identificado, estão na foto: em pé, Ventura LaHire Gutierrez, Manoel d’Arriaga, Duroc Menezes,Newton Carlos Degrazia e Osvaldo de Mello Schmidt;agachados: Dante Campana, Luiz Parga Torres, Pe-dro Augusto Grassi, Raul Almeida, Dardo Menezes eMário Ferrari Valls.

Antônio Carneiro Monteiro

Todos esses fatos agitou a classe militar, que emsua grande maioria bandeou-se para as fileira do partidorepublicano.

Assim, com o desenrolar dos acontecimentos, omarechal Manuel Deodoro da Fonseca foi chamado aoRio de Janeiro, colocando-se em contato com os chefesrepublicanos. De início relutou aderir à causa, face suasligações afetivas com o Imperador mas, depois, conven-cido por Benjamim Constant, da necessidade de ser mu-dada a forma de governo, resolveu aceitar.

Tomada esta resolução, civis e militares começa-ram a conspirar de comum acordo, com Deodoro na lide-rança. Inicialmente o levante estava marcado para o dia16, mas os rumores de que o governo havia expedidoordem de prisão contra os chefes republicanos, fez comque Deodoro, embora doente, se colocasse à frente dastropas e, na manhã de l5 de novembro, proclamasse aRepública.

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2323Uruguaiana,19 a 25 de novembrode 2010Cultura

Álvaro Guez Velo

[email protected] Prêmio Fato Literário,

uma iniciativa do Grupo RBS comapoio da Caixa Econômica Fede-ral, acontece anualmente desde2003, culminando na Feira do Li-vro de Porto Alegre. A premiaçãodeste ano ocorreu nesta segunda-feira, 15, no Clube do Comércio,em Porto Alegre. O escolhido porvotação popular recebeu o prêmiode R$ 10 mil e cada um dos esco-lhidos pelo júri oficial recebeu R$20 mil.

ONG Cirandar sai vence-dor em Projetos de Literatura

Centro de Integração de Redes Soci-ais e Culturas Locais - Cirandar é uma organi-zação não-governamental que apoia institui-ções sociais, promovendo a inclusão de crian-ças a adultos por meio da cultura. Entre seusprojetos está o Redes de Leitura, para incenti-var o prazer dos livros em comunidades daCapital como Morro da Cruz, Restinga e VilaFarrapos, fortalecendo bibliotecas comunitári-as. A ONG também conta com a participaçãode escritores, que vão ao encontro do público.Por meio de parcerias, a Cirandar colocou emmovimento o projeto Gravaêh, que conta comum ônibus equipado com um estúdio para gra-vação digital. O veículo percorre o Estado, re-gistrando a música de grupos e instrumentis-tas gaúchos.

Festipoa Literária leva júri popular

O Festipoa Literária é uma série de con-ferências, leituras, palestras, saraus e espetá-culos artísticos gratuitos que homenageia anu-almente um nome da literatura do Estado. Fer-nando Ramos, coordenador do projeto, semostrou surpreso com a expressiva votação:

— É um reconhecimento, óbvio, a umtrabalho que está apenas começando. Ganharo voto popular foi inusitado porque nem medediquei a fazer campanha. Fui um anticandi-dato, mas o reconhecimento da comunidadeintelectual pode ter gerado uma corrente desimpatia e apoio que levou as pessoas a votare a divulgar por conta própria — afirmou.

Aldir Garcia Schlee vence a catego-ria personalidade

Escritor, jornalista e tradutor, Aldyr Gar-cia Schlee é também um artista gráfico com

O Fato Literário é um prêmio que movimentatoda a rede de leitura do Estado

nome assegurado na história - venceu, em1953, aos 19 anos, um concurso nacional queescolheu o uniforme oficial da seleção brasilei-ra de futebol, o mesmo usado até hoje. Nas-ceu em Jaguarão, em 22 de novembro de 1934,e viveu sempre entre o Rio Grande do Sul e oUruguai. Boa parte da sua obra é calcada nasquestões identitárias e nas relações de frontei-ra entre o Estado e o país vizinho. Recebeuduas vezes o prêmio da Bienal Nestlé de Lite-ratura Brasileira e foi três vezes premiado como Prêmio Açorianos de Literatura. Em novem-bro de 2009 pubicou "Os limites do impossível,os contos gardelianos" pela editora ARdoTEm-po. Tem ainda inédito o romance "Don Frutos".Esta articulista, que faz parte da Academia doFato Literário, votou em Schlee pela antiga li-gação literária que desenvolveu com ele devi-do à descoberta de que ele escrevia sobre asrelações de fronteira. Seus livros de contos, noinício da carreira, já nos reportavam a uma re-alidade muito semelhante à dos uruguaianen-ses e isso, num período em que vivíamos emPorto Alegre, sem nenhuma expectativa de umdia voltar para a terra natal, foi definitivo. Inde-pendente desse fato, sua literatura tem muitaqualidade literária.

Bibliografia: 2009: "Glossário de Si-mões Lopes Neto" - São Paulo; 2009: "Os limi-tes do impossível - os contos gardelianos" EdARdoTEmpo, Porto Alegre; 2007: "Contos gau-chescos e Lendas do Sul", de JSLN, ediçãocrítica com estabelecimento da linguagem. IEL/Unisinos; 2000: "Contos de Verdades", contos(ed. Mercado Aberto); 1998: "Linha Divisória"(contos, ed. Melhoramentos); 1997: "Contos deFutebol" (contos, ed. Mercado Aberto); 1983:"Contos de Sempre" (contos, ed. Mercado Aber-to); 1991: "El dia en que el papa fue a Melo"(contos, ed. de la Banda Oriental) (republicadoem português como "O Dia em que o Papa foia Melo", ed. Mercado Aberto, 1999) [1]; 1984:"Uma Terra Só" (contos, ed. Melhoramentos);

Participações em antologias: 2003:"Melhores Contos do Rio Grande do Sul" (con-tos, ed. IEL); 1999: "Para Ler os Gaúchos" (con-tos, ed. Novo Século); 1996: "Nós os Teuto-gaúchos" (ensaios, ed. da Universidade/UFR-GS); 1994: "Nós os Gaúchos 2" (ensaios, ed.da Universidade/UFRGS); 1988: "Autores Gaú-chos 20: Aldyr Garcia Schlee" (antologia, ed.IEL); 1977: "Histórias Ordinárias" (contos, ed.Doc); Aldyr Schlee é ainda tradutor de espa-nhol-português e português-espanhol de impor-tantes livros da literatura do Rio Grande do Sule uruguaiana.

FREDDIE HUBBARD

Freddie nasceu em Indianápolis (EUA).Quando menino, tomava emprestada, sem oconhecimento do irmão, uma corneta militar,e se escondia no galinheiro, tentando tirar sonsdo instrumento, até ser descoberto pelo pai,que ficou surpreso com o talento do garoto.Assim, aos treze anos, Hubbard foi matricula-do na escola de música da cidade, onde estu-dou trompete por seis anos. Mais tarde, tocouem festas, restaurantes, e acompanhava mú-sicos de renome em shows nos hotéis da ci-dade. Quando completou vinte anos, foi mo-rar em New York City, onde foi descoberto pelorenomado baterista e maestro Art Blakey, rei-tor da Universidade do Jazz na cidade. Freddietocou com Ron Carter, Hancock, Chick Corea,Dexter Gordon e outros grandes nomes do Jazz.O grande trompetista Freddie Hubbard faleceuem 2008, aos 70 anos, mas seu sopro em mú-sicas como Sky Dive, Misty e Body and Soul,continua muito vivo.

Nota: Ouça estas raridades no progra-ma “Faixa Nobre”, todos os sábados, com iní-cio às 14h, e término às 18 horas.

CHET BAKERNos meados

da década de 40, emuma pequena igrejano interior do Estadode Oklahoma (EUA),chamava a atençãoum menino magro epálido, tocando umTrombone enorme.Este era Chet Baker,que desde seus seteanos dedilhava a gui-

tarra do pai. O menino cresceu e trocou o trom-bone pelo trompete, foi estudando música eaprendendo rápido.Em 1946, ao ingressar noexército, foi enviado a Berlim para tocar na USArm Berlim Band, onde dois anos depois, aconselho dos colegas,Chet voltou para LosAngeles para estudar teoria e harmonia. De-pois de quase três anos de estudo, Baker, queera aficionado pelo estilo do Jazz "Be-Bop”, foitocar em uma boate famosa de São Francisco,o que culminou em conhecer o saxofonistaCharlie Parker, rei do gênero até hoje. Desdeentão, tudo foi como um raio. Chet Baker tocoucom todos os ícones do Jazz, se tornando umdeles, sendo chamado o Cara do Cool Jazz. Ohomem era tão talentoso que certa vez foi as-saltado e espancado por nove vagabundos,como resultado perdeu sete dentes, assimBaker teve que aprender a tocar outra vez, mas,no final das contas, Chet voltou a tocar comoantes. Em maio de 1988, em circunstâncias mis-

teriosas, Baker nos deixou,ao despencar do oitavo andar de uma sacada deum hotel em Amsterdan (HO). Na mureta foiencontrado em pé, o seu trompete dourado.

Nota: Sugestão ao leitor, ouvir as músi-cas: Look For The Silver Lining, There Will Ne-ver Be Another You e My Funny Valentine, noprograma “Faixa Nobre”, todos os sábados cominício às 14, e término às 18 horas.

2º FESTIVAL MANUEL PADEIRO DECINEMA E ANIMAÇÃO

Terá iníciono próximo dia pri-meiro de dezem-bro, o 2º FestivalManuel Padeiro deCinema e Anima-ção. O evento con-tará com uma mos-tra competitiva e ou-tra paralela, além de debates entre diretores queconcorrem aos R$ 25 mil em premiação. Haveráa exibição de 25 curtas-metragens nas seguintescategorias: ficção, animação, videoclipe, documen-tário e vídeo universitário. O festival será realiza-do no Museu Parque da Baronesa, na cidade dePelotas, e a cidade de Uruguaiana será represen-tada pelo filho Marcelo Tajes.

BAR, CULTURA E MÚSICA

Neste sábado, 20, haverá a inaugura-ção do “Porto Alegre Bar”, o local que exibe umadecoração de muito bom gosto, como a dosCafés Hard Rock. Conta também com um pá-tio arborizado que, com certeza, será o suces-so do verão uruguaianense. O ambiente seráponto de encontro dos amantes da música ecertamente irá agradar a jovens de 10 a 100anos. O proprietário é o meu amigo Luiz Afon-so Depedrini, grande apaixonado pelo Rock andRoll. Na primeira noite, a partir das 20 horas, oAlvarito Güez Velo, escrevendo na terceira pes-soa, vai levar seus CDs de Blues, Jazz e Rockand Roll. Este era o bar que estava faltando nacidade

MORANGOS

Lugar tradicional na cidade, onde co-mer bem é lei, o restaurante oferece almoçodiariamente com farto Buffet e opções a Lacarte para o jantar. Em um dos pontos maiscentrais da cidade, na Rua Santana, quasena esquina com a praça, é possível tambémapreciar saborosos lanches, sucos e cervejas.A empresa oferece também sorvetes e pico-lés “Morangos” de vários sabores. Telentregapelo fone 3412 2069

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PoesiaANJO CAMINHANTEANJO CAMINHANTEANJO CAMINHANTEANJO CAMINHANTEANJO CAMINHANTE

(Homenagem a Seu Emílio Prato)

Mergulhei fundo,desenhei minha rua,visitei minha calçada,que também foi tua,Diz a meninada,que anjos voam,o que não faz diferença.O nosso – foi caminhante.

O anjo de nossa infância,serenamente seguia,mal dobrava a esquina,ouvia-se: pan Dulce, pan Bueno ...Murmurando? Rezando?E de porta, em porta,pela janela ou portão,lá estava o velhinho,a oferecer o pão.

Mãos operosas, cuidadosas- a trabalharMãos afetuosas – mãos postasao nosso olhar.Em seus braços magros, cestas,pesadas, alvinhas, cheirosas,que a tarde, para o café começarna hora, deveriam chegar.

Seu Emílio pequeno,e grande padeiro,anjo, oficiante, mensageiro?Herdamos um gosto simples,um gosto de infância,do pão d’água, sovado, de milho,cabrito, doce, caseiro ...Herdamos um gosto simples,de tua história exemplar;vida que transcende,é liturgia do Bem.Para todos nós,Doce pão!Doce voz!

Lígia Chisté

A escritora Gelsa Verdum lançalivro em Frederico Westphalen

A escritora uruguaianense Gelsa SoaresVerdum, homenageada recentemente como apróxima patronesse da Feira do Livro de Uru-guaiana, participou como convidada da 28ª edi-ção da Feira do Livro de Frederico Westphalen,RS, autografando sua mais nova obra "Os me-ninos astronautas" no dia 11 de novembro. Oprincipal evento cultural do município foi realiza-do entre 10 e 12 de novembro no calçadão daPraça da Matriz. A atração principal foi a sessãode autógrafos e o show de jazz com o renoma-do escritor Luiz Fernando Veríssimo, destacan-do-se ainda os demais escritores participantes,as oficinas literárias e as atividades culturais di-versas. link: http://www.luzealegria.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=3897

No dia 26 Arte Sesc apresenta �A Caravana da Ilusão�No mês de novembro, gaúchos de sete cidades terão a

oportunidade de assistir ao espetáculo “A Caravana da Ilusão”.Em Uruguaiana, a apresentação será no dia 26, no Parque DomPedro II (Av. Presidente Vargas s/nº), a partir das 18h. A atividade,que tem entrada franca para toda a comunidade, integra a agen-da do Arte Sesc – Cultura por toda parte. A peça conta a históriade uma trupe de artistas mambembes numa estrada deserta. Emdeterminado momento, esses caminhos se bifurcam e chegam auma a encruzilhada. De imediato a dúvida, o medo e a ansiedade

por renovações e descobertas, envolvidas de sentimentos e ilu-sões que se materializam com a chegada de uma cigana encanta-dora e amaldiçoada. O texto e a concepção são de Alcione Araújo.A trilha sonora é assinada por Rogério Lauda. Alessandra BeatrizMalheiro Barbosa, Dominique Martins Andujar, Marcos Leandro deCastilhos, Ricardo da Silva Azambuja e Rogério Pinheiro Laudaformam o elenco. Maiores informações no Sesc Uruguaiana (RuaFlores da Cunha, 1984), pelo telefone (55) 3412-2482 ou atravésdo site www.sesc-rs.com.br/artesesc.

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