Jornal MSJá - maio2011

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J ORNAL ACESSE: WWW . MSJA . COM . BR MAIO DE 2011 EDIÇÃO ESPECIAL EXPOAGRO 2011 O Congresso Nacional encontrou um “racha entre aliados” diante de uma votação importante: o texto do novo Código Florestal. De acordo com informações, esse documento pretende atualizar as regras da ati- vidade agropecuária em áreas de preservação ambiental. O relator, deputado Aldo Re- belo (PCdoB), foi acusado pela ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, de colocar no texto algumas “pegadinhas” e esse pen- samento foi aderido por outros votantes. Devido a isso, foi dado mais tempo para a discussão. Eleandro Passaia: candidato ou não? Confira a entrevista exclusiva Arquivo Pessoal Ele revela que algumas pessoas já ficaram com medo dele após a Uragano. “Quem tem algo a esconder ou consciência transtornada sempre tem medo”, diz ele PÁG. 3 PÁG. 8 PÁG. 5 PÁG. 11 PÁG. 12 PÁG. 6 PÁG. 8 Saiba mais sobre as “pegadinhas“ no texto do novo Código Florestal Economista diz que Dourados perdeu boom do desenvolvimento econômico para Três Lagoas PÁG. 4 PÁG. 4 Zauith fala sobre possível mudança de partido Líder do PSD em MS diz que Murilo não vai mudar por causa do PT Demarcação: deputado propõe fundo para evitar prejuízos entre produtores e indígenas Evento mostra verdadeira relação entre FUNAI e governo de MS Profissionais do Sexo que vivem com HIV/AIDS ainda fazem programa para sobreviver em Dourados Veja a galeria de fotos do MS Já; destaque também para a música O Partido Social Democrático (PSD) foi um partido político brasileiro, fundado em julho de 1945 e extinto pela ditadura mi- litar. Recentemente, no entanto, o prefeito paulista Gilberto Kas- sab resolveu “tirá-los das cinzas”. Sobre as especulações em torno da possível mudança de Murilo Zauith, do DEM, para o Partido Social Democrático (PSD), o ex- -suplente de senador, Antônio João Hugo Rodrigues, que presidirá o partido no Mato Grosso do Sul, afirma que o prefeito de Dourados não vai mudar por causa do PT. Por que as ONGs e alguns ruralistas são contra o projeto?

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JORNALACESSE:

WWW.MSJA.COM.BRMAIO de 2011

edIçãO especIAl expOAgrO 2011

O Congresso Nacional encontrou um “racha entre aliados” diante de uma votação importante: o texto

do novo Código Florestal. De acordo com informações, esse documento pretende atualizar as regras da ati-vidade agropecuária em áreas de preservação ambiental.

O relator, deputado Aldo Re-belo (PCdoB), foi acusado pela ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, de colocar no texto algumas “pegadinhas” e esse pen-samento foi aderido por outros votantes. Devido a isso, foi dado mais tempo para a discussão.

Eleandro Passaia: candidato ou não? Confira a entrevista exclusiva

Arquivo Pessoal

Ele revela que algumas pessoas já ficaram com medo dele após a Uragano. “Quem tem algo a esconder ou consciência transtornada sempre tem medo”, diz ele

Pág. 3

Pág. 8 Pág. 5 Pág. 11 Pág. 12

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Saiba mais sobre as “pegadinhas“ no texto do novo Código Florestal

Economista diz que Dourados perdeu boom do desenvolvimento econômico para Três Lagoas

Pág. 4

Pág. 4

Zauith fala sobre possível mudança de partido

Líder do PSD em MS diz que Murilo não vai mudar por causa do PT

Demarcação: deputado propõe fundo para

evitar prejuízos entre produtores e indígenas

Evento mostra verdadeira relação

entre FUNAI e governo de MS

Profissionais do Sexo que vivem com HIV/AIDS ainda

fazem programa para sobreviver em Dourados

Veja a galeria de fotos do MS Já;

destaque também para a música

O Partido Social Democrático (PSD) foi um partido político brasileiro, fundado em julho de 1945 e extinto pela ditadura mi-litar. Recentemente, no entanto, o prefeito paulista Gilberto Kas-sab resolveu “tirá-los das cinzas”.

Sobre as especulações em torno da possível mudança de Murilo Zauith, do DEM, para o Partido Social Democrático (PSD), o ex--suplente de senador, Antônio João Hugo Rodrigues, que presidirá o partido no Mato Grosso do Sul, afirma que o prefeito de Dourados não vai mudar por causa do PT.

Por que as ONGs e alguns ruralistas são contra o projeto?

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Charge do artista paraibano Regis Soares

EleiçõesO governador André Puccinelli, em visita a Dourados, afirmou que apoiará quem estiver melhor no grupo para as próximas eleições, tanto para o go-verno como para prefeitura de Dourados. “Preferencialmente do PMDB, mas não obrigatoriamente. Tem que ter justiça”, disse ele ao MS Já.

Bueiro e a PerimetralBueiro responsável pela morte da bióloga em Dourados abriu devido ao in-tenso tráfego de caminhões. Os reponsáveis já fecharam o buraco, mas o fluxo desses veículos no perímetro urbano da cidade traz consequências graves tanto na estrutura quanto na segurança de pedestres e motoristas. Enquanto isso as obras da Perimetral Norte estão em andamento, mas "de-vagar" e sem previsões para o de término.

Centro de ConvençõesA obra do Centro de Convenções de Dourados foi orçada em 2006, licita-da em 2007 e os preços contratados ficaram totalmente defasados em até 70% em alguns itens, segundo a construtora contratada: a Greco - Grupo Empresarial de Construções Ltda.

O Problema foi levado para a Procuradoria Jurídica do Município, que sugeriu que a fosse feito o realinhamento dos preços defasados. A obra, enquanto isso, corre risco de ser destruida por vândalos a exemplo do CAM.

Moda de Viola ArtuzianaO ex-prefeito de Dourados, Ari Artuzi (sem partido) ganhou uma moda de viola na Internet. Um usuário que se identifica como “Arcebides” postou um vídeo com a música “Escândalo”, onde narra a trajetória do político desde o atentado que teria sofrido em uma estrada vicinal ainda antes da prefeitura até sua prisão por conta da Operação Uragano.

EnqueteAcesse o site do jornal MS Já (www.msja.com.br) e vote na enquete que apon-tará quem será o escolhido dos leitores para a prefeitura de Dourado em 2012.

Políticos armaram um circo, convocaram a imprensa, teve até fo-guetórios ano passado, “ano eleitoreiro”, e lançaram à reconstrução da escola Presidente Vargas, mostraram projetos da obra, etc., e o pior, mesmo sabendo que tudo não passava de armações, interromperam as aulas no prédio que funciona a escola há mais de 40 anos.

Alugaram um prédio muito distante do centro, sacrificando milha-res de alunos e seus familiares que correm até riscos de acidentes nas idas e vindas às aulas, além dos professores e funcionários da escola.

Pura irresponsabilidade de quem subestima a inteligência dos cida-dãos, achando que estão abafando, quando, na verdade, cavam sua pró-pria sepultura politicamente. O povo não tolera mais esses desmandos com o dinheiro público.

É o segundo ano que o Governo paga aluguel e o prédio que foi de-sativado abandonado, quando os alunos já poderiam estar voltando no novo prédio. O Governador disse publicamente que não tem previsão para o término das obras, há quem diga que só em 2013 ou 2014 a obra estaria pronta. Detalhe: em pleno ano eleitoral. Nunca vi tamanha in-sensatez e falta de responsabilidade.

Resta-nos unirmos com a Associação de Pais e Alunos para mo-bilizar a sociedade e iniciarmos uma campanha para que os políticos eleitos por Dourados façam alguma coisa junto ao Governo estadual e federal para iniciarem imediatamente as reformas e ampliação dessa importante Escola.

As desculpas que existem problemas de ordem técnica no projeto para demolir e construir os novos blocos no local é inaceitável. Ainda que sejam verdadeiras tais alegações, sabemos que é possível de serem sanadas em questões de dias, desde que haja vontade política de quem comanda o governo do Estado.

Alguns políticos se intitularam pai da obra, mas nesse caso concreto o máximo que podem reivindicar é de padrasto. Se não houver pressão da sociedade, certamente eles continuarão inertes ou discutindo o sexo dos anjos.

Vamos nos unirmos aos pais, alunos, professores e funcionários do Presidente Vargas, pela reconstrução dessa importante obra.

Pinceladas

Expedientewww.msja.com.br

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Escola Presidente Vargas: até quando vamos esperar?

* Por Cleverson Titon - PSC Jovem Dourados

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O jornalista e ex-secretário de Governo, Eleandro Passaia, é cotado como possível candi-

dato a prefeitura de Dourados em 2012. Sobre o assunto, ele falou ex-clusivamente ao MS Já e chegou à con-clusão de que a proposta é tentadora, mas será candidato pelo PSC (Partido Social Cristão) apenas se “nenhuma pessoa de bem quiser enfrentar os bandidos de paletó nas urnas”.

Ele lembrou que não abre mão do compromisso público que fez em apoiar a eventual candidatura do em-presário Elizio Brites, entre outros nomes como do juiz Eduardo Rocha, do Padre Crispin ou do promotor aposentado Upiran Gonçalves. “São homens íntegros, que teriam peito para combater a corrupção. Se qual-quer um destes quiser disputar o pleito serei o cabo eleitoral número 1”, disse ele.

Sobre a união política do jornalis-ta com Brites, também responsável por ações consideradas importantes na transparência do dinheiro públi-co, como no caso CAM e Cobracon, ele afirma que o empresário liderou algumas pesquisas de intenção de votos para as eleições do mandato tampão e, por isso, teria sido uma

“pena” que o partido dele na época optou aliar-se ao ''blocão''. “Ele pode ser o prefeito, não o vice”, enfatizou.

Passaia diz que tem esperanças de que Brites estará no PSC ainda este ano. “ Na prefeitura certamente acabaria com a farra das propinas (...) A corrupção sempre existiu e quem nunca denunciou a roubalheira não pode ser o próximo prefeito”, diz ele. O empresário recebeu a informação positivamente e relatou que espera uma mudança na diretoria do PSB, no caso com a vinda do senador Valter Pereira, para saber se, realmente, fica ou não no partido.

Ele diz que somente os “prejudi-cados pelas prisões ou as pessoas que se tivessem a oportunidade que

teve não tomariam a mesma atitude” é quem acredita que ele organizou tudo para se candidatar.

“Denunciar tudo, envolvendo coronéis perigosos e temidos pela sociedade simplesmente para ser candidato seria uma atitude idiota, e isso eu não sou. A verdade é que muita gente procura explicação para o que eu fiz como se estivesse tentando justificar a sua própria covardia. Caso eu aceitasse ser mais um produto do meio político essa mesma gente que critica, hoje me respeitaria”, fala o jornalista.

Sobre o possível enfrentamento nas urnas entre ele, Murilo Zauith e até mesmo Ari Artuzi, Passaia diz que não faz campanha para destruir a imagem de ninguém, apenas co-bra os direitos como cidadão comum.

“Chegou a hora de dar fim a tudo isso e pouco me importa se a classe polí-tica não gosta das minhas atitudes”, alfineta.

Quando pedido para avaliar a atual administração e como enfrentaria a candidatura dos dois citados em 2012, ele relata que se incomoda quando não vê a aplicação de medidas mais transparentes no setor de licitação e que isso será lembrado no próximo ano pelo eleitor. “ Quem deixar de combater a corrupção terá o mesmo desprezo nas urnas de quem corrom-

peu os cofres públicos”, diz.Aliança por Dourados?Passaia relata que não acredita na aliança por Dourados, pois seria, para ele, uma divisão de poder. “Mas, to-mara que o tempo prove que estou errado. Se a aliança foi mesmo por Dourados em breve veremos me-lhorias significantes”, explica ele. O jornalista coloca ainda que há tem-po suficiente no mandato tampão para “frear a corrupção no setor de licitações e que, dessa forma, poderia sobrar mais dinheiro e evitar que a cidade se transforme num caos”.

Quando toca no assunto da pasta relacionada à saúde, uma das mais afetadas nas administrações, ele re-lata que viu funcionários desmotiva-dos, trabalhando descontentes, não apenas porque faltavam medicamen-tos e materiais básicos de trabalho, mas, sim, por causa do sentimento de impunidade. “É como se pensassem: não adianta fazer o serviço com mais eficiência ou economia, já que o que sobra é desviado', diz.

Outro assunto relevante seria a respeito dos cargos comissionados e contratados do município. O ex-se-cretário acredita que alguns merecem continuar onde estão, mas muitos cargos precisam ser extintos. “Cabide de emprego para acomodar a compa-nheirada é outro mal que sacrifica as contas públicas. Isso já está aconte-cendo na atual administração, como acontecia nas anteriores”, diz ele.

Se candidatoAinda na questão relacionada à elei-ção, questionado sobre como lidaria com a situação sabendo de todos os escândalos de corrupção envol-vendo os três poderes, ele fala que ainda é possível encontrar homens e mulheres íntegros em todos eles e avisa: “se um dia vier a ocupar nova-mente um cargo público irei denunciar qualquer irregularidade encontrada, sem qualquer tipo de medo.

''Cada homem tem o seu preço''A frase "O homem nasce bom e a so-ciedade o corrompe" - de Rousseau

- foi usada recentemente para ilustrar a situação de um vereador envolvido na Uragano (pela Polícia Federal, o mais voraz). Segundo a explicação, ele era um homem bom que se deixou levar pelo "clientelismo". Questionado sobre isso, Passaia muda a frase e diz que “o homem nasce bom, sua vaidade o corrompe, não a sociedade”.

Para o jornalista, a transferência de culpa só ajuda a diminuir ainda mais os valores do homem e revela que viu na prefeitura pessoas transferidas para cargos inferiores, perseguidos ou mandados embora porque não aceitaram se corromper. “Perderam financeiramente, mas fortaleceram seus princípios. Integridade é uma decisão pessoal, conquistada com renúncias”, enfatizou.

Uma frase para ele, que ilustraria a Operação seria ''cada homem tem o seu preço''.

VidaEle revela ainda que algumas pesso-as já ficaram com medo dele após a Uragano. “Quem tem algo a esconder ou consciência transtornada sempre tem medo”, diz ele.

Ao deixar de lado a questão polí-tica, Passaia mostra sua paixão pela vida e diz que pratica as mesmas coisas de antes, só que em lugares diferentes e que sua família sempre esteve ao seu lado. “Todos, todos mesmo, sentem orgulho de mim da mesma maneira que sinto orgulho de cada um deles. Aprendi o que é o amor dentro de casa”.

Ele ainda deixa uma mensagem aos leitores: “não permitam que todos os escândalos recentes da política douradense sirvam apenas para pro-mover a troca de corruptos no poder. Acreditem, temos todas as condições de mudar a nossa história.”, conclui.

MS Já

Passaia diz que será candidato se “nenhuma pessoa de bem quiser enfrentar os bandidos de paletó nas urnas”

Entrevista

“Denunciar tudo, envolvendo coronéis perigosos e temidos pela sociedade simplesmente para ser candidato seria uma atitude idiota, e isso eu não sou”, declara.

Eleandro Passaia

Ariadne Bianchi/MS Já

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Antonio João diz que Zauith não vai mudar por causa do PT

Sobre as especulações em torno da possível mudança de Murilo Zauith, do DEM, para o Partido Social Democrá-tico (PSD), o ex-suplente de senador, Antônio João Hugo Rodrigues, que pre-sidirá o partido no Mato Grosso do Sul, afirma que o prefeito de Dourados não vai mudar por causa do PT.

A declaração se deve ao fato de que petistas teriam dito que só apoiariam Zauith em 2012 caso o político fosse da base aliada da presidente Dilma Rousseff. Para isso acontecer, uma das formas seria aderir à nova sigla, que não tem uma proposta ideológica defi-nida, mas fazem parte da aliança. “Nós temos conversado muito, quero que ele me acompanhe espontaneamente assim como outros prefeitos em MS”, diz o ex-suplente.

Para Antonio João, a possível deci-são em julho estaria mesmo ligada a relação com a amizade com Gilberto Kassab, idealizador do partido, já que foram deputados federais juntos e ainda pelas decisões finais que podem

até serem antecipadas para junho. “Mas espero que ele venha por vontade própria. Ele me ajuda, eu o ajudo”, diz o político.

Questionado ainda sobre outras figuras que poderiam aderir ao PSD, como o governador André Puccinelli e ainda o senador Delcídio do Ama-ral, ele explica que não existe a menor possibilidade. “No caso do PMDB, é um partido hegemônico e adversário político, mas também não é inimigo”, comenta.

Quando se fala em elei-ções ele conclui dizendo que:

“Sou pré-pré-candidato“. MS Já

Zauith fala sobre possível mudança de partido e diz que já atendeu a todos na prefeitura

O Partido Social Democrático (PSD) foi um partido políti-co brasileiro, fundado em

julho de 1945 e extinto pela dita-dura militar. Recentemente, no en-tanto, o prefeito paulista Gilberto Kassab resolveu “tirá-los das cin-zas”.

O partido ganhou adesões em todo o País e renasceu com 32 deputados federais, uma banca-da considerada maior que a de le-gendas históricas como PDT e PSB. Nas últimas semanas, surgiram co-gitações a respeito da mudança do prefeito de Dourados, Murilo Zaui-th, também para a sigla.

Questionado sobre o assunto, ele se esquiva e diz para a reporta-gem que volte a fazer a pergunta apenas em julho. Isso porque as ações para definir as direções da nova sigla serão finalizadas prova-velmente até o mês citado.

Ao mudar de assunto, com re-

lação às nomeações destinadas a aliança por Dourados, Zauith diz que já foram preenchidos. “Já aten-di a todos”, afirma ele. O prefeito afirma ainda que qualquer crise

entre secretários já acabou e não tem problemas com os escolhidos para os cargos.

Sobre as eleições de 2012, ele relata que não tem medo da dispu-

ta eleitoral com candidatos como Eleandro Passaia ou até mesmo Ari Artuzi. “Cabe ao povo saber em quem votar. Vivemos em uma de-mocracia”, conclui ele. MS Já

Murilo em entrevista ao MS Já durante a entrega da primeira Vila Olímpica Indígena do Brasil

Antônio João com Kassab em evento da Fundação do PSD

Alexsandro Loyola/Divulgação

Claudio Oliveira/MS Já

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Governo não tem previsão para início da obra de duplicação da “Guaicurus”

Enquanto na avenida “Guaicurus” falta iluminação, sinalização e duplicação, a MS-156, que

liga as cidade de Dourados e Itaporã, garantiu uma extensão de 12 quilô-metros duplicados e iluminados em sua totalidade, com investimentos de R$ 13.850.000,00, além das pistas ampliadas e muretas divisórias de 80 cm de altura.

De acordo com o engenheiro Wil-son Costa Mendes, que responde pela Agesul (Agência Estadual de Empre-endimentos de Mato Grosso do Sul), em visita a Dourados, a duplicação da MS 162, no trecho que liga o município a cidade Universitária, se iniciaria no primeiro semestre de 2011.

Em entrevista, assessoria de comu-nicação do Estado relatou, no entanto, que não há previsão para o início das obras e explicou que isso se deve a falta de arrecadação em consequência das chuvas que destruíram algumas cidades de MS e, por isso, o governo teria ficado sem verba para a obra.

A “moderna iluminação” da 156, também divulgada pelo governo, con-siderada um cartão postal entre as duas cidades, e como uma forma de garantir a segurança da comunidade da reserva indígena, não funciona. Após denúncia de um leitor, o MS JÁ esteve na região no período noturno

e constatou a irregularidade. Além disso, os indígenas fizeram

um pedido recente ao governador André Puccinelli para que fosse rea-lizado outro acordo de recuperação das vias dentro da aldeia, o que não teria sido cumprido. Para Izaque de Souza, professor na escola indígena, falta vontade política.

De acordo com que o governador disse no evento em que marcou a entrega da primeira Vila Olímpica Indígena do Brasil, até hoje a Funai

– Fundação Nacional do Índio - não teria dado permissão para que fosse autorizada a regularização, em con-trapartida a manutenção da 156, já que os trabalhadores necessitariam de liberação da Polícia Federal.

A coordenadora da Funai, Lia Maria Aparecida Mendes de Oliveira, disse que isso era uma inverdade e que o termo faz parte de uma compensação que não foi feita por Puccinelli. “Não existe documento que o governo enviou solicitando nada”, declarou ela.

Para o vereador douradense, Elias Ishy, o governador trata a cidade com descaso. “Aqui ele deixa tudo para a última hora”, diz ele. O vereador procurou o Ministério Público após as declarações de Puccinelli e disse que é necessário um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para que o projeto seja levado adiante, mas alfi-netou: “se tiver vontade de fazer, faz”.

Ishy lembra que em 2010 o gover-nador veio a Dourados e disse que

duplicaria a Guaicurus e depois de-sapareceu. Para ele, a classe política do município também precisa ajudar a fiscalizar esse tipo de obra. “Os depu-tados não reagem. A classe tem muito medo do governador”, dispara ele.

156 e 162 De acordo com informações, Itaporã tem atualmente pouco mais de 17 mil habitantes, conforme o IBGE, e tem como ponto forte da economia a produção de grãos, bovinos e pisci-cultura. Além dos veículos, no trecho da reserva é intenso o movimento de pedestres, ciclistas e carroças.

Há muito tempo os moradores e universitários que utilizam a “Guaicu-rus” para se locomoverem esperam a duplicação. Por lá passam, em média, mais de 10 mil pessoas, entre alunos, docentes e técnicos administrativos, fora o movimento também do escoa-mento de grãos, “todos os dias”.

Vários acidentes com vítimas fatais já ocorreram na estrada que liga o município ao mais importante pólo de educação do estado, as Universi-dades Federal e Estadual, sem contar o Aeroporto Municipal. Protestos já foram feitos, mas a avenida conti-nua trazendo transtorno para todos que dependem dela para chegar aos seus destinos. MS Já

Há muito tempo os moradores e universitários esperam a duplicação

Claudio Oliveira/MS Já

Evento mostra verdadeira relação entre FUNAI e governo de MS

Era para ser mais um evento comemorativo de entrega de obras em Mato Grosso do Sul,

não fossem a trocas de ofensas en-tre o governador André Puccinelli e a coordenadora da Funai (Fundação Nacional do Índio), Lia Maria Apare-cida Mendes de Oliveira. Em discurso, o governador criticou a Funai e falou que a minimização dos problemas nas aldeias passaria com a retirada total do órgão nas aldeias.

Puccinelli relatou que deseja uma parceria direta entre o governo es-tadual e federal para mostrar ações e atendimentos, sem demagogias, e disse que o esporte é uma manei-

ra inclusiva para que os indígenas gastem suas energias sem ficarem a mercê das drogas. Ele garantiu que a primeira Vila Olímpica Indígena do Brasil seria um instrumento para que eles possam ser resistentes e o go-verno poderá colaborar, mas sem a Funai. “Se não atrapalhasse, já aju-daria muito”, declarou ele.

O cacique Getulio Juca de Oliveira e sua esposa Alda Silva, conselhei-ros também do Aty Guassu, parecem concordar com algumas partes da fala do governador, pois afirmam que a Funai não dá muita atenção para os índios. “Para dizer que estão aju-dando, investir nas coisas bom, mas

recursos são poucos. Tinha que me-lhorar mais, cuidar mais dos índios, principalmente daqui [sic]”, diz ele.

Censura e políticaA coordenadora da Funai disse que se sentiu censurada ao pedir a pala-vra após as declarações d e Puccinelli. Isso porque quando questionou se poderia “usar o microfone”, os fun-cionários vestidos com um uniforme azul, do governo do estado, negaram a ela o direito de resposta.

Lia entendeu que o discurso foi para “queimar a Funai” e questionou:

“qual é a ação efetiva do governo do estado na s comunidades indígenas

hoje no MS?”. “Aquisição dos ma-quinários da aldeia produtiva, via recurso do governo federal, quem administra é a prefeitura junto com a Funai”, diz ela.

Segundo a coordenadora, isso demonstra a forma unilateral do go-vernador, que os acusa de coisas que o órgão não teria responsabilidade.

“É uma maneira dele retirar sua res-ponsabilidade dos serviços mínimos que o governo deveria prestar aos indígenas. Vir aqui fazer discurso é fácil. Tem problemas, tem, mas quem executa as ações aqui, por menor que seja, é a Funai”, conclui ela.

MS Já

MS 156 também enfrenta problemas com promessa do governo

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O Congresso Nacional encon-trou um “racha entre alia-dos” diante de uma votação

importante: o texto do novo Código Florestal. De acordo com informa-ções, esse documento pretende atualizar as regras da atividade agropecuária em áreas de preserva-ção ambiental.

O relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB), foi acusado pela ex-minis-tra do Meio Ambiente, Marina Silva, de colocar no texto algumas “pe-gadinhas” e esse pensamento foi aderido por outros votantes. Devido a isso, foi dado mais tempo para a discussão.

A ex-ministra também citou Mato Grosso do Sul como exem-plo de desmatamento por conta de quem pratica agronegócio irrespon-sável. Ela usou o nome do Estado, do Amazonas e de Rondônia ao cri-ticar o relatório.

O ponto polêmico restringiria a obrigação de preservar a mata ciliar em torno dos rios. Seria cria-da uma classificação para rios pequenos (com menos de cin-co metros de largura), cuja área de preservação mínima cairia de 30 metros para 15 metros.

Os ruralistas não concordam com Marina, em uma união diferente que agrega o deputado comunis-ta e setores mais conservadores

da sociedade. Até entre os ruralis-tas, porém, há também grupos que querem mais espaço para produção do que defende o projeto de Aldo.

MSPara o governador, André Puccinelli, a bancada do estado deverá votar a favor do novo código. Ele rebate a

ex-ministra e questiona por que ela mandou fazer a desfederalização do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Pantanal (Programa Pantanal) enquanto gestora, que tinha como objetivo a promoção do desenvolvimento sustentável dos municípios que compõem a Bacia do Alto Paraguai (BAP) nos Estados de Mato Grosso e MS. De acordo com que ela declarou na época, "não era vantajoso do ponto de vista do inte-resse público, não estava atenden-do às necessidades do País".

Para o vereador Elias Ishy, o novo código traz prejuízo sim. Ele acre-dita que as partes envolvidas não foram ouvidas e que o relator só se baseou no próprio discurso. “Ele não escutou o outro lado”, declarou ele. Já para o colega Gino Ferrei-ra, o novo código não seria o ideal para o proprietário rural do estado hoje, mas já atende grande parte das necessidades dos produtores.

“Já passou da hora de ser aprovado”, afirma.

Ferreira coloca em jogo a lega-lidade das ações e diz que o meio se preserva onde tem ambiente.

“Quando a Marina fala do prejuízo é porque ela é uma ambientalis-ta ideológica e ela tem que deixar isso de lado. Temos que pensar nos produtores do Brasil que fazem do campo sua vida”, conclui. MS Já

O ponto polêmico restringiria a obrigação de preservar a mata ciliar em torno dos rios. Governador rebateu declarações da ex-ministra Marina Silva

Para o governador, a bancada do estado deverá votar a favor do novo código

Claudio Oliveira/MS Já

“Pegadinhas” no texto do novo Código Florestal aumentam as discussões sobre o assunto

Por que as ONGs e alguns ruralistas são contra o projeto?Pontos Críticos do Relatório

1) Considera como consolida-dos desmatamentos ilegais ocor-ridos até julho de 2008 (Art. 3o III). Entre junho de 96 a julho de 2006 foram + de 35 milhões de hectares desmatados ilegalmente no Cerrado e na Amazônia (12,5 GtCO2).

2) Permite consolidação de uso em áreas de preservação permanente de rios de até 10 m de largura (representam mais de 50% da rede de drenagem se-

gundo a SBPC), reduzindo-as na prática de 30 para 15m irrestri-tamente (art. 36), para pequenas, médias e grandes propriedades.

3) Permite autorização de desmatamento por órgãos mu-nicipais (art. 27). Teremos 5.564 municípios autorizando desmata-mento.

4) Permite exploração de es-pécie florestal em extinção, p. ex. a Araucária, hoje vetada por de-cisão judicial e por regulação (art. 22).

5) Dispensa a averbação da Reserva Legal no cartório de imó-veis, substituindo essa medida por um cadastro rural que pode ser "Municipal" mediante a decla-ração de uma única coordenada geográfica (art. 19).

6) Cria a figura do manejo "agrosilvopastoril" de RL. Na prá-tica significa aceitar pastoreio de gado em RL (par. 1o do art. 18) e também em morros.

7) Ignora a evidente diferença entre agricultor familiar e peque-

no proprietário rural estendendo a este flexibilidades no máximo cabíveis àquele (como por exem-plo, anistia de recomposição de reserva legal).

8) Retira 4 Módulos Fiscais da base de cálculo de todas as pro-priedades rurais do País (inclusive médias e grandes) para definição do % de RL. Isso significa, deze-nas de milhões de hectares que deixam de ser RL estarão vulne-ráveis ao desmatamento ou dei-xarão de ser recompostos.

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O empresário e membro do Observatório Ambiental de Dourados, Romem Barletta,

afirmou ao jornal MS Já que acredi-ta que os “políticos não costumam ouvir os anseios dos que lutam ver-dadeiramente com a alma voltada para o nosso suporte de vida, que é o meio ambiente”.

Para ele, na questão ambiental, a classe política, de maneira geral, não tem demonstrado grande in-teresse em um plano de ação que pudesse contemplar “o mínimo” em favor da preservação ambiental. Ele também afirma que grande parte

dos proprietários rurais preferem ficar cegos quando a questão da preservação das matas ciliares, re-cuos mínimos às margens de rios, riachos e córregos vêm a ser discu-tida em público.

“Não é diferente no tocante ao desmatamento. Se não houvesse nenhuma cobrança dos órgãos fis-calizadores oficiais e ONGS, certa-mente não teríamos muitas árvores nas propriedades rurais”, declara Barletta.

O ambientalista acredita que são poucos os proprietários que defen-dem a natureza e seus animais e

também diz que nem mesmo haja uma política em curto prazo que contemple os ambientalistas. Para ele, o Mato Grosso do Sul já tem al-guns defensores do meio, mas são poucos para tomar o poder de deci-são. “Nos consola contar com Mari-na Silva e vários outros que não se envergam e discutem esta causa como uma das mais nobres que se discute em Brasilia. Não deveria ser assim”, conclui.

Ronaldo Ferreira, Coordena-dor do Comitê Regional de Defesa Popular, relatou que os envolvidos tentam colocar como pano de fun-do a expansão da agricultura e do etanol com forma de justificar e compensar os grandes desmata-mentos. Ele diz que o estado perde por não possuir uma política de sus-tentabilidade.

Para o coordenador, no ponto crítico do projeto, com a ampliação do uso das faixas de proteção, ha-veria um aspecto negativo diante das encostas dos morros desprote-gidas e os rios assoreados com risco de não existirem mais no futuro.

Ferreira afirma que o novo Código não vai proteger a agri-cultura familiar, mas sim os ru-ralistas e “desmatadores”. “A aprovação representará um gran-de retrocesso para a política ambiental do país”, completa.

O Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdam) de Dourados pouco discutiu ainda sobre o Código por ter passado por uma mudança administrativa recentemente. Mes-mo assim, o presidente, Ataulfo Al-ves Stein Neto, arrisca dar um pal-pite sobre o caso. Para ele, o novo código florestal não faz parte dos sonhos dos ambientalistas, porém não é exatamente o que os grupos monocultores também gostariam e, como Ferreira, também afirma ser um retrocesso. “É mais um exemplo, entre tantos outros no Brasil, de jogar a sujeira pra baixo do tapete, não enfrentar o passivo ambiental e legalizar os desmatamentos ilegais anteriores a julho de 2008 é inacei-tável”, afirma.

Ele faz uma análise que a base do Congresso Nacional é conserva-dora e quem patrocina as campa-nhas eleitorais e consegue eleger a maioria dos parlamentares, de acordo com ele, são os donos do ca-pital, seja ele urbano ou rural “Com raras exceções, são pessoas cuja escala de valores coloca o meio am-biente bem abaixo do lucro”, com-plementa. Ele termina a entrevista dizendo que, nesse caso, o gover-nador André Puccinelli “é parte do conservadorismo que domina a política brasileira”.

MS Já

Ambientalista diz que políticos não costumam ouvir anseios dos que lutam pelo meio ambienteEle também afirma que grande parte dos proprietários rurais preferem ficar cegos quando a questão da preservação das matas ciliares, recuos mínimos às margens de rios, riachos e córregos

Marina citou MS como exemplo de desmatamento devido ao agronegócio irresponsável

Divulgação

Por que as ONGs e alguns ruralistas são contra o projeto? 9) Permite pecuária extensiva em topos de morros, montanhas, serras, bordas de tabuleiros, cha-padas e acima de1800m (art. 10).

10) Retira do CONAMA poder de regulamentar APPs, e conse-quentemente revoga todas as resoluções em vigor. Com isso re-tirou, por exemplo, a proteção di-reta aos nossos manguezais, du-nas, refúgios de aves migratórias, locais de nidificação e reprodução de fauna silvestre dentre outras. Casos de utilidade pública e inte-resse social deixam de ser deba-tidos com sociedade no CONAMA

e poderão ser aprovados por de-cretos (federal, estadual e muni-cipal) sem transparência e debate público.

11) Abre para decreto federal, estadual e municipal (sem deba-te técnico e público) a definição do rol de atividades "de baixo im-pacto" para permitir novas ocupa-ções em área de preservação per-manente (art. 3o, XVII, h).

12) Define de interesse social qualquer produção de alimentos (ex. monocultura extensiva de cana ou soja, ou pecuária exten-siva) p/ desmatamento em APP

(art. 3o, IV, g). Isso permite des-matamento em todo tipo de APP em todo País.

13) Suspende indefinidamen-te a aplicação dos instrumentos de controle ambiental (multas, embargos e outras sanções) por desmatamento ilegal ocorridos até julho de 2008, até que po-der público desenvolva e implan-te Plano de Recuperação Am-biental (PRA) cujo prazo deixou de ser exigido nessa versão do PL (Art. 30).

14) Subverte o conceito de reserva legal que passa a ser

prioritariamente econômico (ex-ploração) em detrimento do seu valor de conservação e serviço ambiental (Art. 3º XII).

15) Suprime APP de peque-nos lagos (superfície inferior a um hectare) (art. 3º §4º).

16) Incentiva novos desmata-mentos em todo País ao criar fle-xibilidade para a regularização de desmatamentos ocorridos após julho de 2008, inclusive após a entrada em vigor da nova lei, com plantio de espécies exóticas e compensação em outros Estados.MS Já com Sócio-ambiental.com

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WWW.MSJA.COM.BR WWW.MSJA.COM.BR8 MAIO de 2011

Thales de Souza Campos, asses-sor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços

e Turismo de Mato Grosso do Sul (Fecomércio-MS), declarou que as “ações políticas refletem diretamente nos encaminhamentos econômicos e na possibilidade de novos empre-endimentos”, quando lembrado dos escândalos de corrupção de Dourados.

Recentemente ele colaborou para pesquisas relacionadas ao comércio do município nas últimas datas co-memorativas, como na Páscoa e Dia das Mães. Ele já havia considerado o momento político como positivo, já que seria de reestruturação após os acontecimentos.

Campos explica que os fatos colo-caram a cidade em decadência eco-nômica, mas que as últimas decisões, como a escolha de um prefeito, voltou ao processo de crescimento, pois já não existe a indecisão, o que garante a segurança nos investimentos.

Ele afirmou que o desenvolvimen-

to de Dourados também está ligado a questão histórica, como no caso da oportunidade que o economista enxergou após a divisão do estado de MS e Mato Grosso (MT). “A região estava elencada para ser o grande celeiro agroindustrial, perdeu o boom

do desenvolvimento econômico do momento para o bolsão - Três Lagoas, porém é um grande momento para retornar aos trilhos”, declarou.

A Expoagro - Exposição Agrope-cuária de Dourados, é um exemplo que, para o economista, assim como

todos os grandes eventos, propor-ciona possibilidade de ganhos e aos empresários de mais negócios. “Essa feira não será diferente, trará grande movimento para o município e pro-porcionará momento de recuperação do tempo perdido”, declara ele.

Campos acredita que a exposi-ção possibilitará também a oferta de empregos temporários. O presidente do Sindicato Rural, Marisvaldo Zeuli, declarou que a Exposição deverá mo-vimentar R$ 84 milhões, ou seja, 20% a mais que no ano passado, onde os números chegaram a R$ 60 milhões.

Campos compara o aumento na expectativa de lucros devido ao mo-mento de dificuldade política, pois, segundo ele, “algo já estava no ar”. “Podemos imaginar que esse aumento já representa um grande passo”, diz. Para concluir, o economista acredita ainda que o desenvolvimento pode vir acompanhado da preocupação com o meio e a sustentabilidade.

MS Já

“Ações políticas refletem diretamente nos encaminhamentos econômicos e na possibilidade de novos empreendimentos”

O deputado estadual Laerte Tetila (PT) deverá apresentar em breve um Projeto de Lei

que cria um fundo estadual destina-do à aquisição de terras indígenas, com o objetivo de acabar com os conflitos entre índios e produtores rurais em Mato Grosso do Sul.

Segundo o parlamentar, o gover-no federal não pode comprar terra indígena, mas o estadual sim. Ele explica que a união depositaria o va-lor para o Estado que intermediará a negociação. Pela Lei, só é indeni-zada a benfeitoria e com o projeto o valor da terra também seria ressar-cido. “É um forma de evitar o que se quer fazer, mas não pode”, afirma o deputado.

Para o cacique Getúlio Juca de Oli-veira, conselheiro do Aty Guassu, o que falta para os indígenas ainda é

terra. Ele acredita, porém, que para requerer novamente é necessário pagar aos produtores, que não te-riam culpa do possível erro. “Se pedir tanto, tem que pagar tanto, quero que a justiça reconheça isso tam-bém”, declarou ele ao MS Já.

O vereador Gino Ferreira não pensa que a solução seja exata-mente a terra. Ele diz que os índios precisam ser integrados a socieda-de, pois seria essa a vontade deles. Com relação à proposta de Tetila, ele diz que o conflito, para ele, é entre os proprietários e o governo federal.

“Ninguém tem nada contra o índio, mas tomar na mão grande não vale”, afirma. Ele é mais enfático ao dizer que se for dessa forma, ele oferece até suas terras. “Se quiser comprar minha propriedade desse jeito pode ofertar”, conclui. MS Já

“Ninguém tem nada contra o índio, mas tomar na mão grande não vale”, diz vereador sobre os conflitos

Tetila quer acabar com os conflitos entre índios e produtores rurais em MS

Ele já havia considerado o momento político como positivo

Claudio Oliveira/MS Já

Claudio Oliveira/MS Já

Sobre demarcação, deputado propõe fundo para que indígenas ou produtores não tenham prejuízos

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WWW.MSJA.COM.BR WWW.MSJA.COM.BR 9MAIO de 2011

O Transtorno Afetivo Bipolar vem sendo muito comentado pela mídia, pois alguns famo-

sos revelaram que convivem com a doença. A atriz britânica Catherine Zeta-Jones, após ser internada em um hospital psiquiátrico para trata-mento do transtorno, revelou que o estresse que passou com a doença do marido, o ator Michael Douglas, desencadeou a crise.

O MS JÁ entrevistou a psicóloga Rubia Durand para esclarecer dúvidas sobre a bipolaridade e, segundo ela, o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), é também conhecido como Transtorno Bipolar de Humor (TBH) e antigamente usava-se o termo Psicose Maníaco Depressiva.

A doença está diretamente rela-cionada com as alterações de humor,

“com episódios depressivos e maní-acos que esses episódios maníacos são caracterizados com extrema alegria, euforia e humor extrema-mente elevado (Mania) e também a episódios de humor muito baixo e desespero (depressão), no qual o individuo apresenta no decorrer da sua vida”, explica Rubia.

O transtorno afeta, segundo a es-pecialista, 1,5% da população mundial e se caracteriza por ser uma doença crônica e grave.

A idade na qual a bipolaridade se manifesta se dá em torno dos 20 a 30 anos de, mas pode começar após os 70 anos.

Transtorno Tipo I e Tipo IIDe acordo com a psicóloga o Transtor-no afetivo bipolar se divide em dois tipos, o 1 e o 2. No tipo 1 a pessoa vive episódios de Mania (euforia) e posteriormente episódios depressivos.

“Essas fases não ocorrem necessa-riamente numa ordem sistemática entre Mania e Depressão. Na prática observa- se que os pacientes têm uma tendência a terem várias crises de um tipo e poucas de outro”, explica ela.

O segundo tipo caracteriza-se por não apresentar episódios de Mania, mas de hipomania com depressão. Rubia explica que hipomania são epi-sódios de períodos distintos “durante o qual existe um humor anormal e

persistentemente elevado”.

Os sintomas A psicóloga ressalta que todos nós já passamos por momentos de triste-zas e euforias, mas não significa que sofremos de um Transtorno Afetivo Bipolar, pois “o Transtorno afetivo bipolar apresenta as características citadas de modo exagerado e muitas vezes duradouro”, enfatiza.

A família e o BipolarMuitas vezes escutamos relatos das dificuldades da família em lidar com doenças relacionadas ao humor, mas segundo Rubia, a família tem papel fundamental na estabilidade do comportamento apresentado pelo paciente que sofre de Transtorno. “Os familiares podem dar apoio e ajudar no tratamento, podem compreender mais os sintomas, as causas e o au-tocontrole “.

“Buscar informação em qualquer si-tuação da doença é fundamental, pois auxilia tanto o indivíduo como os familiares a se prepararem, para manterem um melhor bem-estar e equilíbrio para o doente. Adotar me-

didas preventivas, praticar exercícios e formar uma rede de apoio susten-tará de forma mais significativamente uma qualidade de vida satisfatória e favorável para a pessoa bipolar”, conclui a psicóloga.

Diagnóstico O Transtorno é considerado uma perturbação afetiva e, como expli-ca a psicóloga o diagnóstico correto, muitas vezes, só será feito depois de muitos anos. “Por exemplo, podemos citar uma pessoa que tenha uma fase depressiva, receba o diagnóstico de depressão e alguns anos depois apre-senta um episódio maníaco (eufórico) e na verdade o que o indivíduo tinha era o Transtorno Afetivo Bipolar, po-rém até que a Mania apresentasse sua sintomatologia não era possível dar um diagnóstico preciso”, comenta Durand.

O tratamentoApós o diagnóstico, a psicóloga expli-ca que o tratamento será feito com remédios prescritos por um médico Psiquiatra, envolvendo uma classe de medicamentos estabilizadores de

humor. “O carbonato de lítio é o mais estudado e o mais usado”, revela.

Um acompanhamento psiquiátri-co deve ser mantido por um longo período, sendo que algumas formas de psicoterapia para o indivíduo com Transtorno pode aprender a lidar com situações e pessoas de modo a evitar episódios maníaco/depressivos.

Para Rubia, o psicólogo tem papel fundamental no tratamento, pois de acordo com ela a terapia faz com que a pessoa se conheça e se sinta me-lhor consigo mesma e com os outros.

“Isso auxilia a diminuir o sofrimento e entender o porquê de determinados comportamentos que estão sendo apresentados. É um trabalho em con-junto entre o psicólogo e o paciente. A participação do paciente é funda-mental para o sucesso do processo terapêutico. Não há conselhos, fór-mulas mágicas ou milagres, há um autoconhecimento do paciente que foi procurar ajuda”, afirma a psicóloga.

Ela destaca ainda que é muito importante o trabalho em parceria entre psiquiatras e psicólogos para obterem melhores resultados com os pacientes. MS Já

Transtorno Bipolar afeta 1,5% da população mundialPsicóloga douradense esclarece dúvidas sobre a doença; conheça os tipos

Ilustração

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WWW.MSJA.COM.BR WWW.MSJA.COM.BR10 MAIO de 2011

Em Dourados, o naturopata José Antonio Pacheco, resol-veu mostrar aos pacientes

um produto natural encontrado em Mato Grosso por um mateiro que di-zia “resolver qualquer problema”. Na dúvida, ele decidiu testar e garante: “é um pó mágico com 100% de sa-tisfação sexual”.

Em contato com o MS Já, Pacheco explicou que o produto é natural e não oferece risco a saúde dos usu-ários, como no caso do conhecido Viagra. “A única orientação é não tomar ou ingerir qualquer derivado do leite em seguida”, disse ele. Se-gundo afirma, a composição dá re-

sultado em 40 minutos. O naturopata mostra que ainda

existe um tabu entre os homens com relação à s e x u a l i d a d e . “Eles ainda tem vergonha, uns pregam ser um super-homem quando a re-alidade não é bem assim. Existem ainda casos de eja-culação preco-ce e até mesmo de perder o desejo sexual ou disfunção erétil, por isso

quando tomam o kanjin sentem satisfação”, diz ele.

Após reclamações da vida sexu-al, um paciente diabético con-tou que por in-dicação de seu advogado to-mou o kanjin. Segundo expli-cações, ele pas-sava mal com a pílula azul e, en-tão, experimen-tou o produto.

“Depois disso ele me colocou contra a parede e disse que eu precisava

divulgar essa informação já que tan-tos homens tinham o mesmo pro-blema que ele e não sabiam o que fazer”, relatou Pacheco.

EnergéticoKanjin é um composto 100% con-centrado de ervas naturais e qual-quer pessoa de 18 a 90 anos podem tomar, de acordo com o naturopa-ta. A embalagem em sache é uma dose completa. Para saber mais sobre o produto, basta entrar em contato com a clínica “Vida Saudá-vel”, localizada na rua Nelson de Araújo, 26, no centro de Dourados. Telefone 3422-0697. MS Já

“Pó mágico garante 100% de satisfação sexual”, afirma naturopata de DouradosConhecido como “kanjin”, estimulante natural oferece qualidade, sem risco como o Viagra

Pela avaliação de órgãos municipais, em Dourados é comum ver jovens embriagados e envolvidos em acidentes

O álcool traz cada vez mais consequências graves nas vidas de seus consumidores.

Pelo fato de ser uma droga licita existe uma ignorância aos fatores complicadores que ele provoca. Essa afirmação é da maioria dos órgãos relacionados ao atendimento médico e ao acompanhamento da vida dos jovens em Dourados.

O Conselho Municipal de Juven-tude enviou dados estatísticos ao MS JÁ, que apontam os principais problemas sociais da comunidade, indicando drogas ilícitas e alcoolismo como fatores relevantes.

De acordo com o conselho, é necessário fazer um mapeamento e levantamento de estatísticas exatas sobre os casos, pois, segundo eles, só assim poderão aplicar ações efi-cientes com melhores resultados.

Segundo Marilene Rivarola, do Conselho Tutelar de Dourados, é cada vez maior o número de ado-lescentes envolvidos com drogas na cidade. “Mês passado nós re-cebemos uma denúncia de uma festa particular, na qual menores estavam ingerindo bebida alcoólica, fomos até o local e levamos três

pessoas para o conselho. O dono da propriedade não queria permitir que as levássemos então a polícia foi acionada para nos ajudar, cha-mamos os pais para comparecerem ao local e verificarem o que estava ocorrendo. Há também casos de pais exaltados que não aceitam o que o conselho faz”.

A conselheira fala que nos finais de semana é quando se registram números elevados de denúncias sobre adolescentes embriagados, em clubes, festas no geral. Nas reservas indígenas é registrado o maior número de jovens vítimas da bebida.

O Corpo de Bombeiros também não tem estatísticas, mas segundo o Tenente Edenilson Pereira Do-mingos, Relações Públicas da 2º Grupamento de Bombeiros, muitos atendimentos feitos por eles são de pessoas embriagadas, princi-palmente que causaram algum tipo de acidente. Os mais comuns são os de trânsito.

ConscientizaçãoNa opinião do Tenente a marca de cerveja Skol fez uma grande cam-

panha publicitária de conscienti-zação na qual criou o “motorista da rodada”, fazendo com que muitas pessoas elegessem um amigo para não consumir álcool e dirigir para os outros. “É muito difícil ver um jovem todo machucado por um acidente de trânsito devido ao álcool, você vê que ele tinha a vida toda pela frente e foi brutalmente impedido de continuar sua trajetória ”, comenta Edenilson.

Ele lembra que mesmo com toda a legislação, no período de festas, como a Expoagro , ocorrem muitos acidentes por uso abusivo do álco-ol e também cita que alguns pais acabam terceirizando a responsa-bilidade sobre os filhos. “Eles não querem ter dores de cabeça e aca-bam deixando que os filhos bebam, pois eles também querem beber e acaba deixando os filhos fazerem o que bem entendem”, completa o Tenente.

SamuA médica interventora do Serviço de Atendimento Móvel de Urgên-cia de Dourados (Samu), Silmara Nomoto, falou ao MS JÁ. Ela explica que o álcool não é simplesmente

uma droga como qualquer outra que prejudica a saúde. “O que eu posso falar é que se tornou comum aqui na cidade jovens embriagados e muitos envolvidos em acidentes. Observados também um número alto em repúblicas”.

A preocupação maior do Samu, segundo ela, é a prevenção de não associar álcool com direção. “As pessoas que bebem ignoram o fato de que o álcool possa causar tanta alteração nos reflexos, até mesmo de dirigir adequadamente e muitos deles são motociclista, o que piora ainda mais a situação, por que há uma diminuição do equilíbrio”, diz ela.

Ações no combate as drogasNa opinião do conselho as ações

isoladas de algumas entidades ligadas a área de saúde no muni-cípio fragmenta a rede de órgãos envolvidos enfraquecendo as ações. “É necessário trabalho conjunto entre clínicas de recuperação com os programas governamentais”.

Além dessa junção de esforços o órgão defende a criação de uma Secretaria Municipal da Juventude.

MS Já

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WWW.MSJA.COM.BR WWW.MSJA.COM.BR 11MAIO de 2011

Alerta: "profissionais do sexo que vivem com HIV/Aids ainda fazem programa em Dourados", diz presidente da AGLTD

O projeto desenvolvido pela presidente da AGLTD (As-sociação de Gays Lésbicas e

Transgêneros de Dourados), Claudia Assunção, explicou ao MS JÁ que mui-tos profissionais do sexo de Dourados que vivem com HIV/Aids ainda fazem programa para ganhar dinheiro. “É falta de oportunidade, o preconcei-to ainda é presente na população, é muito difícil alguém dar emprego para uma ex-garota de programa com Aids e muito menos para uma Travesti com Aids. Por esse motivo elas continu-am fazendo programas, a gente tenta conscientizar elas e eles também, a se prevenirem, além é claro de fazer o tratamento certinho para manter uma vida normal”.

Ela fala ainda que a contaminação é maior entre os homens por irres-

ponsabilidade deles em relação ao uso de preservativos na hora do sexo. “No caso dos homens eles não tem medo, acham que não vai acontecer com eles, e acabam contraindo o vírus da Aids. Tem homens que saem com profissionais do sexo e pagam o do-bro para não usar camisinha”, conta Claudia.

Hepatite mata mais?Além das principais doenças que esses profissionais contraem a co-ordenadora fala também de como se prevenir contra as Hepatites, que estão contaminando e levando a óbi-to mais pessoas que a Aids, de acordo com ela.ProjetoO projeto com profissionais do sexo terá uma verba de 50 mil reais para

todo esse ano, mas até agora o di-nheiro não foi liberado para que co-meçasse a ação.

“Estamos com dificuldade, pois a verba não foi liberada e o índice de HIV só tem aumentado. Só neste ano 12 casos já foram notificados, 7 ho-mens, 4 mulheres e 1 adolescente”, comunica a idealizadora do projeto.

“A parceria foi aprovada pelo Mi-nistério Estadual e o Conselho Muni-cipal de Saúde e a Secretaria de Saú-de agora está firmando um convênio com a Claudia responsável pelo pro-jeto e que conhece e trabalha a mais tempo com esse pessoal, distribui material para essas pessoas na noite, pois o programa sozinho não conse-gue atingir essa população”, explica a coordenadora do programa DST/Aids, Berenice de Oliveira Machado Souza.

O projeto será um trabalho de prevenção de doenças sexualmen-te transmissíveis, que serão feitas em casas noturnas, em pontos de prostituição. Além das informações o programa disponibilizará suporte jurídico.

Segundo Claudia, além das con-vencionais visitas nas ruas, o proje-to irá até a casa dos profissionais do sexo. “Fiz também um mapeamento das boates para fazer uma conscien-tização maior desses profissionais, esse mapeamento é exclusivo para Dourados”.

Ela explica ainda que, os profissio-nais do sexo tem horários diferentes, trabalham de noite,de dia descansam e para conseguir atingir esse público que o projeto foi criado.

Atendimento para profissio-nais do sexoA parceria do projeto profissionais do sexo e o programa DST/Aids disponi-bilizam tratamento com remédios e exames periódicos e também traba-lha na conscientização dessa popu-lação com a distribuição de preser-vativos e folhetos explicativos das doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids e também as Hepatites.

Para fazer o teste de HIV a pes-soa pode ir até o programa DST/AIDS localizado na rua dos Missio-nários, nº420, Jardim Caramuru em Dourados, das 7h às 17h. O lugar não fecha para almoço e fica aberto todos os dias.

MS Já

Aumentaram o número de jovens com HIV/AIDS em DouradosDe acordo com a coordenadora do programa

DST/Aids, Berenice de Oliveira Machado Souza, o índice de jovens vivendo com HIV/Aids aumentou nos últimos anos em Dourados. São 141 pessoas contaminadas, 54 do sexo masculino e 87 do sexo feminino.

“Entre os anos de 2008 e 2009 observamos um crescimento da contaminação na terceira idade, nos anos de 2009 a 2010 a estatística subiu entre as mulheres casadas, já em 2010 e 2011 o número de jovens com o vírus foi o que mais aumentou na cidade”, declarou ela.

O jovem, segundo Berenice, não acredita que pode contrair a doença. De acordo com ela, muitas vezes fala para a parceira ou parceiro que só man-tém relações sexuais com uma pessoa e por isso não precisa usar camisinha. “Os jovens acreditam que o que acontece com o vizinho nunca aconte-cerá com ele e se recusa a se prevenir nas relações, com isso acaba contraindo o vírus e a única maneira de evitar a contaminação, outras doenças sexual-mente transmissíveis e também evitar a gravidez é usando a camisinha”, alerta a coordenadora.Tratamentos

O programa faz o trabalho de prevenção e o trata-mento distribuindo remédios, preservativos e fa-zendo exames para toda a sociedade.

O coquetel de remédios é distribuído para os do-entes que já manifestaram a Aids. “Por exemplo, a pessoa tem o vírus HIV, mas a AIDS ainda não se ma-nifestou, não precisa tomar o remédio, apenas fazer o controle de carga viral. Só nas coletas de sangue a cada 6 meses, se a médica falar que está alterado esses exames, ai ela vai dizer que será necessário começar o coquetel”, esclarece a coordenadora do programa. MS Já

Claudia diz que contaminação é maior entre os homens por irresponsabilidade

Claudio Oliveira/MS Já

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Chef de cozinha abre secreto livro de receitas ao MS JÁ

Rave Natural ContactMúsica

O chef de cozinha douradense, Renato Augusto Benedetti de Frei-tas, se formou em gastronomia na cidade de Curitiba,no Paraná, e fez estágios com os grandes nomes da culinária brasileira na cidade de São Paulo.

Também foi chef de um restau-rante e Buffet em Campo Grande. Em Dourados era proprietário do Santo Buffet e sócio do restaurante Pueblo Santo.

No ano passado, o chef foi aper-feiçoar seus conhecimentos gastro-nômicos na capital paulista e logo depois partiu para uma viagem a Eu-ropa, onde se especializou um pouco mais nas cozinhas Italiana e Francesa.

De volta à terra natal, ele trouxe um novo conceito em gastronomia, a Santa Cozinha, uma “Rotisseria Delivery” que faz entregas de pratos

prontos diferenciados e sofisticados, por encomenda.

Com a inovação de sempre, Frei-tas faz suspense sobre novo empre-endimento e confessa que mais virão por aí.

Enquanto aguardamos, o chef abriu seu secreto livro de receitas ao MS JÁ e agora passaremos para os leitores essa receita fácil e surpreen-dente pelo aroma, sabor e visual.

MS Já

Por Diego Antônio - cAmArotte.com

Franciely e Caroline

Richard e RuanAlice Fernandes

O MS Já apresenta nesta edição especial para Expoa-gro, artistas de Dourados que se destacam no mundo da música. Para conhecer mais sobre eles, basta digitar o nome dos cantores no Google ou Youtube.