Jornal novo almourol ed 405 fev2015

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FEVEREIRO 15 | N°405 | ANO XXXIV | PREÇO 1,20 EUROS | MENSAL DIRECTOR LUIZ OOSTERBEEK Novo Almourol Adeus, Quim... da Barquinha Joaquim Vieira, 58 anos, partiu mas deixou um legado humano e material que alimentou e há-de alimentar a identidade e cultura do concelho de Vila Nova da Barquinha mas também de toda a região. O adeus foi sentido e as manifestações chegaram de todo o país. p04 Caudais do Tejo deixam região em alerta A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo tomou posição crítica sobre os caudais e assoreamento do Rio Tejo. Fernando Freire avisa que um dia pode surgir uma surpresa: Em vez de um rio, o Tejo pode tornar- se um riacho. A questão prende-se, segundo os autarcas, com a deficiente regulação das entidades nacionais, nomeadamente perante os transvases do lado Espanhol. Os espanhóis negam tudo. p05&24 Inaugurado Viveiro de Empresas em Ambiente Escolar Projecto envolve quatro turmas do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico do concelho de Vila Nova da Barquinha. Já há projectos e muita motivação. p011

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FEVEREIRO 15 | n°405 | Ano XXXIV | Preço 1,20 euros | MensALDIRECTOR LuIZ oosTerBeeK

Novo Almourol

Adeus, Quim...da Barquinha Joaquim Vieira, 58 anos, partiu mas deixou um legado humano e material que alimentou e há-de alimentar a identidade e cultura do concelho de Vila Nova da Barquinha mas também de toda a região. O adeus foi sentido e as manifestações chegaram de todo o país. p04

Caudais do Tejo deixam região em alerta

A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo tomou posição crítica sobre os caudais e assoreamento do Rio Tejo. Fernando Freire avisa que um dia pode surgir uma surpresa: Em vez de um rio, o Tejo pode tornar-se um riacho. A questão prende-se, segundo os autarcas, com a deficiente regulação das entidades nacionais, nomeadamente perante os transvases do lado Espanhol. Os espanhóis negam tudo.

p05&24

Inaugurado Viveiro de Empresas em Ambiente Escolar

Projecto envolve quatro turmas do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico do concelho de Vila Nova da Barquinha. Já há projectos e muita motivação.

p011

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02 CURTAS & GROSSASNovoAlmourol

FEVEREIRO 2015

↑ rio acima

↓ rio abaixo

Joaquim VieiraLugares comuns mas verdades ditas: a Barquinha fica mais pobre e não será a mesma. Para muitos um amigo, para outros uma figura carismática e irreverente, para outros ainda uma inspiração. Partiu mas deixou um legado humano e material. (Pág.4)

A praga chegou há meses!

A praga do escaravelho da palmeira que tem vindo a infectar e matar centenas de árvores por todo o país é tema de conversas surdas nas comunidades. O NA escreveu sobre a praga e deu a conhecer o plano de emergência para a combater. Foi há três meses. No entanto, só em Janeiro começaram os envios para publicação de editais por parte do governo...

Portugal 2020

Multiplicam-se as sessões de esclarecimento e formação sobre o novo quadro de apoio europeu para o país. Quem quer ser empreendedor tem à sua disposição ferramentas nunca vistas. Se estiver interessado tem muito por onde escolher e não estará sozinho(a).

O Tejo está em perigo Em dois meses, duas presenças no Rio Abaixo do NA. Depois do transvase no final de 2014, seguem-se as crescentes preocupações de autarcas portugueses, nomedamente do Médio Tejo. O presidente da câmara de Vila Nova da Barquinha lança o aviso: "um dia poderemos ter não um rio, não uma ribeira, mas sim um riacho". (pág. 5)

Paulo Passos

"Produto" de VN Barquinha, o designer Paulo Passos venceu o concurso para criação da imagem institucional do Município de Estarreja.Muitos não o sabem, mas é um dos criadores deste jornal e um dos mais premiados designers nacionais.

Apesar de tudo, cheira mal

Apesar da revogação do alvará de exploração por parte da autarquia de Vila Nova da Barquinha, da petição com mais de mil assinaturas e centenas de comentários de desagrado, na rua ou nas redes sociais, o mau cheiro provindo da exploração suinícola continua. A revolta da população aumenta. Espera-se que o bom senso impere.

29.º Fundada a 24 de Janeiro de 1986, a Associação Filarmónica Montalvense 24 de Janeiro celebrou o seu XXIX aniversário. É hoje responsável pelo nú-cleo concelhio do Ensino Articulado de Música, contando com 52 alunos, e pelo Projecto “ABC” da Música, que promove o ensino da música a todas as crianças do concelho de Constância que frequen-tam os jardins-de-infância.

Trabalhos na Ponte de Abrantes

Começou dia 9 de Fevereiro a segunda fase de trabalhos na ponte de Abrantes, sobre o Tejo, que vai durar até ao final de Novembro e proibir a passagem de veículos pesados ficando condicionada a uma faixa de rodagem para os veículos ligeiros, com circulação alternada e regulada por semáforos.O transporte público de passageiros tem uma circulação permitida até 20 toneladas. A circulação livre é permitida apenas para ambulâncias, bombeiros e forças de segurança em situação de emergência.

Luiz Oosterbeekeleito pelo CIPSHLuiz Oosterbeek é o novo Secretário-Geral do Conselho Internacional de Filosofia e Ciências Humanas, eleito durante a assembleia-geral do Conselho Internacional de Filosofia e Ciências Humanas (CIPSH), reunida na sede da UNESCO em Paris. O CIPSH foi fundado em 18 de Janeiro de 1949, no âmbito da UNESCO, e coordena neste momento uma reflexão internacional sobre o sentido e a função das humanidades nas sociedades do século XXI e participa nos principais programas internacionais de ciência, tecnologia e desenvolvimento, em colaboração com a UNESCO e as academias e universidades dos diversos países. É também director do Jornal Novo Almourol, que se congratula pela honra da sua eleição.

Sarau Solidário com Cabo VerdeA Câmara Municipal do Entroncamento organizou um Sarau de Solidariedade a favor do Município de Mosteiros e cerca de mil pessoas responderam ao apelo.José Cid, Dany Silva, Teresa Tapadas, Ricardo Oliveira, Filipe Santos, Padre José Luís Borga e Pedro Dionísio encheram de música o Pavilhão Desportivo Municipal. O Sarau foi transmitido em directo para os habitantes de Mosteiros – Cabo Verde. A Embaixadora de Cabo-Verde em Portugal, Madalena Neves, foi recebida durante a tarde, na Câmara Municipal, e agradeceu a preciosa ajuda. Já no Pavilhão Desportivo agradeceu a todos os presentes o seu espirito solidário a favor da população fustigada pela erupção do vulcão. O Presidente do Município, Jorge Faria, salientou o facto de toda a cidade se ter envolvido em torno da causa e agradeceu a disponibilidade de todos os músicos e demais envolvidos na organização do evento.

Cirurgias ginecológicas em Abrantes A actividade cirúrgica da especialidade de ginecologia do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) passou a ser assegurada pelos meios clínicos da maternidade da Unidade Hospitalar de Abrantes, desde 2 de Fevereiro. A decisão decorre, segundo comunicado do Conselho de Administração do CHMT, da convicção de que a concentração da actividade cirúrgica de uma mesma especialidade numa Unidade Hospitalar “contribuirá para um melhor serviço às cidadãs, acrescentando eficiência na prestação de cuidados” na especialidade. Ainda no comunicado pode ler-se que a decisão foi tomada “depois da reflexão clínica que tem sido efectuada no âmbito funcional do departamento cirúrgico e do serviço de ginecologia e obstetrícia”. Em 2014 realizaram-se cerca de 200 cirurgias electivas de ginecologia e obstetrícia.

Mais de 7.000 toneladas de lama foram acumuladas ao longo dos anos nas valas de Cordas e de Pereiro, no concelho de Torres Novas. Um delicado problema ambiental.

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noVoALMouroL.wordPress.coMNA PRIMEIRA PESSOA 03 FEVEREIRO 2015

CVManuel Maia 74 anosreformado da cPAtletaMoita do norte, Vila nova da Barquinha

1959Fui levado por carlos Godinho, que era sócio do sporting c.P., a treinar a Alvalade com o Prof. Moniz Pereira. Fiquei a cinco segundos do recorde nacional dos 1500 m. Treinei uns tempos mas acabei por parar de ir

1961entrei para a tropa e estive depois quatro meses em Angola. durante 4 anos não pratiquei atletismo.

1971depois de anos a trabalhar na cP para poder ter uma família, e depois de me casar, nasce a minha filha mais velha, susana.

2006recebi a medalha grau de ouro do município de Vn Barquinha. Já corria. mas decidi começar a praticar mais a sério. Ingressei no cLAc em 2009 e tive a grande satisfação de treinar com Mário Abegão.

Sempre tive jeito para…Em termos profissionais para muita coisa: rebocador, soldador, desenhador, electricista. Sempre tive gosto para isso. Mas se me perguntar se tenho jeito para dar um pontapé na bola, claramente não.

Três coisas a que nunca resistoA corrida, é mesmo assim. O estar sempre presente na união da família - importantíssimo na vida - e ajudar o amigo, o próximo. Estou sempre pronto a ajudar, a trabalhar, a auxiliar, sem qualquer interesse. Não podia viver sem...Sem a união de pais e filhos. Faz-me muita confusão as divisões familiares.

Acredito...Acredito que haja algo sobrenatural que nos guia mas não sou praticante. Mas creio que a Igreja Católica representa a religião mais honesta.

Não acredito...Na política, no estado em que ela está... Após o 25 de Abril houve uma abertura para que as pessoas falassem sobre as suas vidas e ganhassem alegria. Hoje estamos quase presos no que queremos dizer e mesmo dizendo não nos serve de nada.

Não vale a pena sermos maus e inimigos do próximo. Devemos ser amigos, honestos, e quantos mais amigos tivermos, melhor.

1990depois de 19 anos em Lisboa, como desenhador na cP, recomeço a praticar atletismo de forma regular. reacendeu-se o bichinho.

Se aprendemos com os erros porque temos medo de errar?Como não conseguimos ser perfeitos há quem erre e não consiga perceber a lição. E isso faz com que as pessoas não tentem, precisamente com medo de errar. Apesar de não conseguirmos a perfeição vamos sempre errando menos à medida que tentamos.

Se pudesse dar um conselho a um recém-nascido qual seria?Não vale a pena sermos maus e inimigos do próximo. Devemos ser amigos e honestos, e quantos mais amigos tivermos melhor.

O que preferia ser: um génio preocupado ou um idiota contente?Acho que a pessoa que sabe tudo tem grandes dificuldades em ser feliz, seria mau, viveria em ansiedade. Ser um idiota contente será uma defesa perante o mundo, as notícias. Prefiro esta última.

Uma música como banda sonora da sua vida?Não sou uma pessoa ligada à música. Mas gosto muito do fado e de orquestras sinfónicas. Vejo-me a correr com uma banda sonora de música clássica.

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04 SOCIEDADENovoAlmourol

FEVEREIRO 2015

VN BARQUINHA

"Meus amigos, está na hora, que amanhã é dia de missa!"

TEXTO&FOTO RICARDO ALVES

A Barquinha ficou mais pobre com a partida de Joaquim Vieira, o Quim do 21 como era co-nhecido por milhares. O dia 5 de Fevereiro de 2015 marcará de saudade e gratidão os muitos e muitas que tiveram o prazer de conhecer Joaquim Vieira, o ilustre morador do nº 21 em Vila Nova da Barquinha, figura carismática do Bar e museu etnográfico com o mesmo número.

O "ajuntador de objectos", como se definia numa reportagem do Jornal Novo Almourol em Dezembro de 2013, que no seu bar não tinha "clientes mas sim amigos", faz parte da memória de gerações de "ami-gos" que se juntavam na sua "casa" ao encontro de uma boa conversa, boa música e o famoso abafado.

Mas o Quim era muito mais. Na sua casa as portas estiveram sempre abertas para quem quisesse conhe-cer mais a Barquinha, a sua Barquinha, com a qual manteve durante toda sua vida uma paixão incondi-cional e foi verdadeiro cicerone de quem se aventurava pelo concelho, sendo tantas vezes a primeira paragem de milhares de visitantes.

Os mesmos milhares que na Quinta-feira, dia 5 de Fevereiro, visitaram a página de facebook e blogue

do Jornal Novo Almourol e leram que perderam um amigo. As tecnologias dão para aferir o impacto: cer-ca de 50 mil visitas, mais de 500 partilhas da notícia, mais de 15 mil comentários, de pessoas de todo o país, desde o Minho ao Algarve e às ilhas, mas também de outros países.

O lamento, o sentimento de perda foi imediato e pesado. Joaquim Vieira era coerente, de uma forma que dificilmente se encontra na actualidade. Corro-sivo porque sincero, desbragado mas especialmen-te sensível, aceitava todos e todas, recebia de braços

abertos a diferença e nunca quis mais para si do que desejava para os amigos.

Despedida como sempre quis. Em vida, Joaquim Vieira costumava antecipar a sua partida, olhando as paredes em sua volta, as do bar, detalhadamente suas, decoradas com as suas várias artes, desde a poesia, ao desenho, às colagens, à cerâmica ou olaria. Queria que se despedissem dele na sua “cave”, no seu bar, local de reunião de amigos.

Assim foi. A sua vontade póstuma ficou transcrita e o seu corpo esteve presente no bar de tantas memó-rias. Os amigos despediram-se, muitos não o puderam fazer pela distância ou outra impossibilidade. Aban-donou a sua casa sob aplausos e foi acompanhado por largas dezenas até ao cemitério de Moita do Norte.

Lá, foi devolvido à terra com a bandeira do muni-cípio, uma das muitas antigas relíquias que guardava dentro de si, leia-se a sua casa. E quem foi o Quim? O Quim será sempre parte da Barquinha e de todos os que o conheceram e nunca será esquecido. À família enlutada dirige o NA os mais sinceros pêsames.―

"Sou filho de José Francisco de Matos Vieira e de Maria dos Santos Joaquim e carrego dentro de mim essa herança toda. Fui operário de cerâmica durante 19 anos e ainda hoje me considero operário" Quim, Jornal NA, Dezembro de 2013

O ser humano tem muitas fomes, fraquezas, e tem a capacidade de criar. Diz-se que a fome e o frio põem a lebre ao caminho. Eu tenho muitas fomes, porque gostava de conhecer mais gente, logo mais coisas, as pessoas têm sempre gostos, carregam algo em si” Quim, Jornal Abarca, 2008

"Uma das coisas que as pessoas deviam fazer era curtirem-se, sem hipocrisias, sem falsidade, mesquinhez, serem mais livres, mais humanas." Quim, Jornal Abarca, 2008

Quim, frase diária de encerramento do Bar 21

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noVoALMouroL.wordPress.coM

CAMINHANDO 05FEVEREIRO 2015

CIMT

Caudais do Tejo geram forte preocupação

TEXTO RICARDO ALVES

Os autarcas da Comunida-de Intermunicipal do Mé-dio Tejo (CIMT) tomaram uma posição pública na reu-nião do Conselho Intermu-nicipal de 30 de Janeiro, pelo facto de se notar uma grande variação diária do nível do caudal do rio Tejo que resulta dos transvases do Tejo, para o sul de Espanha, e de uma ges-tão dos caudais em função das necessidades de produção de energia pelas grandes barra-gens espanholas junto à fron-teira com Portugal.

Em comunicado, a CIMT constata que “os últimos anos hidrológicos têm sido genero-sos quanto às disponibilidades de recursos hídricos na bacia do Tejo quer em Espanha quer em Portugal, como se pode comprovar pelas disponibili-dades de 75,8% da capacidade de armazenamento total das albufeiras da bacia do Tejo em Portugal, em Dezembro de 2014, e de 61,93% da capaci-dade de armazenamento total das albufeiras da bacia do Tejo em Espanha, em Janeiro de 2015, acima da média dos 10 últimos anos”.

No entanto, a CIMT refe-re o “preocupante assoreamen-to do leito do rio, deterioração da qualidade da água face aos caudais cada vez mais reduzi-dos e insuficientes para susten-tar um adequado estado ecoló-gico dos ecossistemas naturais, bem como se verificam danos em infraestruturas fluviais que ficam a descoberto, ausência de condições para a prática de desportos náuticos, satisfa-

ção da procura de serviços do turismo e lazer, que são uma componente importante da estratégia de desenvolvimento do Médio Tejo”.

“Um dia teremos apenas um riacho”. Fernando Freire, pre-sidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha (VNB) e um dos subscritores da posição pública da CIMT, coloca dúvidas sobre se “estão a ser cumpridos os instru-mentos de regulamentação europeia sobre a água”. Freire adverte para os danos que po-

dem advir da continuação da situação, “para além da questão ecológica há também o pre-juízo das actividades náuticas, VNB tem turismo, canoagem e estruturas fluviais que ficam a descoberto, o que nos limi-ta. São actividades que geram alguma riqueza no território e não só na Barquinha. Só na nossa CIM temos quatro: Ma-ção, Abrantes, Constância e VNB. Tem relevância econó-mica”.

Por outro lado, Fernan-do Freire afirmou ao NA que existe inacção portuguesa, nomeadamente das entidades que devem regular, e revelou que “um autarca que está aqui não tem informação. Eu não vou contactar o meu parceiro em Espanha que está preocu-pado que haja armazenamento de água e respectiva captação

Inacção da administração central poderá estar a condenar o Tejo tal como o conhecemos, avisa a cIMT

VN BARQUINHA

Superfície Comercial avança

TEXTO NA

O início da construção da superfície comercial e posto de abastecimento de combustí-vel nos terrenos junto à antiga Valura, na estrada Nacional 3, à entrada para a Vila, vai ar-rancar até ao fim de Fevereiro. A informação recolhida junto de fonte próxima do processo aponta para a iminência dos trabalhos de limpeza dos ter-renos num processo que sofreu atrasos relacionados com a co-locação das bombas de gasolina. Mas não só.

O projecto do supermer-cado – Grupo ”Os Mosque-teiros”, Intermarché – esteve praticamente finalizado na sua vertente comercial em meados de 2014 mas a partir do mo-mento em que se introduziu no mesmo a valência do posto de abastecimento este teve de so-frer algumas alterações, nomea-damente ao nível do acesso dos carros e percursos, relacionados com questões de segurança. Recorde-se que a inauguração esteve prevista para Novembro de 2014.

Os promotores do projecto já não são os que deram origem ao processo e segundo apurou o NA são oriundos do norte do país e estarão já instalados na região. Aquando da atribuição do da exploração do franchise pelo Grupo Mosqueteiros os modelos das unidades são es-tandardizados mas conforme a disponibilidade e terreno do espaço de armazenamento cada

franchisado pode fazer algu-mas alterações. Os promotores analisaram as sugestões e suge-riram que se integrasse as bom-bas de gasolina levando a uma reorganização do projecto.

O processo deu entrada nos serviços da Câmara Muni-cipal de VNB em Novembro de 2013, e em Fevereiro foi realizado o licenciamento do projecto de arquitectura. Desde então foi licenciado o projecto de arquitectura com o posto de combustível, também aprovado pela protecção civil, e aprovadas as peças de substituição da ar-quitectura do estabelecimento mediante a rectificação do pos-to de abastecimento de com-bustível. Os documentos relati-vos ao plano de demolição, e o projecto do posto de combustí-vel rectificado foram igualmen-te entregues até Maio e até final de Setembro foram entregues as últimas peças de correcções ao projecto de arranjos exte-riores. Em Dezembro último o processo ficou concluído.

A superfície comercial de-verá criar entre 30 a 40 postos de trabalho sendo que há cerca de um ano a autarquia recebeu currículos de interessados atra-vés da sua base de dados. O NA sabe que os promotores já têm esses documentos na sua posse sendo responsáveis pelo recru-tamento e selecção dos postos de trabalho. No entanto, terá ficado definido que se daria prioridade aos proponentes do concelho em caso de equivalên-cia de formação.―

Quim, frase diária de encerramento do Bar 21

"Um dia destes podemos ser surpreendidos e termos não um rio Tejo, não uma ribeira, mas provavelmente um riacho"

de água no seu território. Se-jamos coerentes. Quem está a jusante do rio é que tem de estar preocupado com os cau-dais. Essa preocupação está implícita na nova lei que de-fine os caudais mínimos ou ecológicos de modo a permitir que a vida das espécies a jusan-te se conserve”.

“Se não houver a jusante entidades públicas, nomeada-mente da administração cen-tral, que controlem os caudais, provavelmente teremos uma surpresa e não teremos água no rio Tejo daqui a alguns

anos”, alerta Freire, que prevê que se não houver um esfor-ço bilateral Portugal-Espanha “um dia podemos ter não um rio Tejo, não uma ribeira mas provavelmente um riacho, com danos significativos para as populações, a fauna, a flora e o próprio plano de valorização intermunicipal de uma riqueza cultural e patrimonial e turís-tica, teremos um futuro muito negro. Perderemos população e qualidade de vida”.

O conselho CIMT delibe-rou por unanimidade solicitar a intervenção do Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, a Agên-cia Portuguesa do Ambiente a Comissão para a Aplicação e o Desenvolvimento da Conven-ção de Albufeira (CADC) que reúnam esforços bilaterais para resolver o problema.―

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06 SOCIEDADENovoAlmourol

FEVEREIRO 2015

SOCIEDADENovos Espaços do Cidadão no Médio TejoTEXTO RICARDO ALVES

Foi assinado em 16 de Janei-ro, na sede da CIM do Mé-dio Tejo, em Tomar, um Proto-colo entre o Município de Vila Nova da Barquinha (VNB) e o Governo de Portugal com vista à implementação de um “Es-paço do Cidadão” na freguesia de Praia do Ribatejo. Este será o segundo espaço do género no concelho, que detém uma Loja do Cidadão desde 2009, a pri-meira do distrito de Santarém. A medida foi aprovada na reu-nião de executivo camarário do passado dia 14 de Janeiro.

Fernando Freire, presidente da autarquia, contou ao NA que esta é “uma aposta do governo” e ressalvou que o novo espaço não será igual a “uma loja do cidadão mas que de facto fa-cilita o acesso a informação à comunidade”, nomeadamente e numa primeira fase, ADSE; Caixa Geral de Aposentações; Segurança Social; Portal do Ci-dadão; Direcção Geral do Con-sumidor; Serviço de Estran-

geiros e Fronteiras; Instituto da Mobilidade Terrestre; Au-toridade para as Condições de Trabalho; Inspecção-geral das Atividades Culturais; Direcção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas; Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e Serviços partilhados do Ministério da Saúde.

O município avaliou a si-tuação e “entendeu que face à situação rural de Praia do Ri-batejo, devia facultar e facili-tar o acesso a este front office, entendemos que politicamente seria a opção mais correcta e que as populações de Limeiras e Madeiras possam ter acesso às informações importantes para o seu dia-a-dia”.

Constância não aceitou. Alca-nena (10), Ourém (5), Abrantes (4) e Tomar (3) são os conce-lhos que vão dispor de mais Es-paços do Cidadão. Torres No-vas, Mação, Sertã, Vila de Rei e Entroncamento vão dispor de dois cada. Ferreira do Zêzere, Sardoal e VNB vão ter, cada um, um Espaço do Cidadão.

O único dos 13 municípios da CIMT Médio Tejo a não assinar o protocolo foi Cons-tância, por razões de discórdia. A autarquia alega que os servi-ços prestados nos espaços “são competências da Administra-ção Central e não dos municí-pios” e que a sua adopção teria custos acrescidos para o muni-cípio.―

Recrutamento de Professores VoluntáriosEstão abertas as inscrições para professores motivados para a realização de trabalho voluntário com crianças com idades compreendidas entre os 7 e os 12 anos. Este projecto – “Tempo para ensinar… tempo para aprender!” - tem como objectivo favorecer o sucesso escolar na aquisição de competências ao nível da leitura e da escrita, em crianças do 1.º ciclo do ensino básico que revelam dificuldades de aprendizagem e cujas famílias não possuem recursos para colmatar estas desvantagens.As competências pretendidas são Interesse e motivação para projectos de voluntariado com crianças; Capacidade de adaptação a novas estratégias de aprendizagem; Receptividade e criatividade; Facilidade no relacionamento com crianças; Persistência; Que procure uma oportunidade para fazer parte de uma experiência recompensadora.As inscrições podem ser feitas até dia 16 de Fevereiro.―

ourÉM

Morreu Fundador do PS AbrantesManuel Pereira Dias, fundador do Partido Socialista de Abrantes e deputado eleito para a Assembleia Constituinte em 1975, faleceu dia 27 de Janeiro, em Abrantes, aos 84 anos, vítima de doença prolongada.Manuel Pereira Dias nasceu em Abrantes em 1930. Participou pela primeira vez em 1949 na campanha de Norton de Matos. Militante nº 1197 do Partido Socialista desde o 25 de Abril de 1974. Criou com um pequeno núcleo de pessoas, o Partido Socialista de Abrantes e ajudou a implementá-lo no Distrito de Santarém.Em Julho de 1974 fez parte da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Abrantes onde acompanhou desde o início a consolidação do crescimento do poder local democrático tendo também sido eleito deputado Municipal em 12 de Dezembro de 1976, cargo que desempenhou até às últimas eleições autárquicas, em 2013. A Câmara de Abrantes aprovou no dia 3 de Fevereiro, na reunião do Executivo Municipal, um voto de pesar pelo falecimento dos histórico político.―

ABrAnTes

Formar líderes e encontrar as chaves para a sustentabilidade

o projecto internacional APHeLeIA, coordenado pelo Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e que tem 17 parceiros de sete países, quer formar 40 líderes por ano e definir as 100 palavras-chave da sustentabilidade até 2017. com coordenação geral de Luiz oosterbeek, Benno werlen e renaldas Gudauskas, o projecto assinala os resultados negativos das últimas décadas de políticas de desenvolvimento sustentável, e defende um novo quadro de referência, que assume as necessidades humanas e a diversidade cultural como o núcleo de um novo paradigma de desenvolvimento.APHeLeIA, ou o espírito da simplicidade na Grécia antiga, é uma parceria que se baseia na colaboração estreita em Portugal entre o IPT, a comunidade Internacional do Médio Tejo (que será o território europeu prioritário para a formação de quadros em contexto aplicado), o Instituto Terra e Memória (que desenvolveu o modelo de gestão territorial cultural integrada, o município de Mação (onde ficará a sede do centro de Ações de referência do IYGu (International Year of Global understanding para a europa ocidental) e o centro de Geociências da universidade de coimbra (o único que em Portugal integra as ciências naturais e as ciências humanas).o projecto foi aprovado em sede da comissão europeia e Luíz oosterbeek, professor do IPT e director do Museu de Arte Pré-Histórica e do Instituto Terra e Memória (ITM), afirmou que o objectivo do mesmo é desenvolver um conjunto de actividades até 2017 em torno do desenvolvimento sustentável, tendo defendido a “importância da cultura na sustentabilidade do planeta.―

euroPA

VN BARQUINHA

Novo site abre portas a maior proximidade TEXTO NA

A Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha (VNB) lançou no dia 21 de Janeiro, o seu novo site oficial com um novo design, mais con-teúdos, numa nova arquitectura de informação, maior facilidade de navegação e mais velocidade da nova plataforma.

O novo site decorre de um projecto global dos 13 municí-pios que integram a Comuni-dade Intermunicipal do Médio Tejo inserindo-se numa estra-tégia de comunicação que pre-tende ser mais eficaz e de mais fácil utilização.

A nova ferramenta é opti-mizada para os mais modernos equipamentos como smartpho-nes e tablets. Município, Ser-viços, Viver, Visitar e Investir são as grandes áreas temáticas do portal, que tem como prin-cipal público-alvo os muníci-

pes, contendo nas suas páginas uma descrição pormenorizada da instituição – quem são os eleitos e quais as suas áreas de actuação, bem como os serviços disponibilizados pela autarquia.

O site contém também uma panóplia de documentos - requerimentos, actas, editais, plantas online, regulamentos, deliberações – assim como in-formações úteis para facilitar a relação entre o município e os cidadãos. Também disponíveis no novo site estão todos os do-cumentos da gestão financeira da Câmara Municipal, como os Orçamentos e os Planos de Prestação de Contas.

No turismo, a plataforma assume-se como um autênti-co roteiro, funcionando como cartão-de-visita do território e contendo informação sobre todos os produtos turísticos do concelho, como o Castelo de Almourol, a Igreja Matriz da Atalaia, o Parque de Escultura

Contemporânea, entre outros.

A Cultura e a Educação são áreas de referência nesta pre-sença na web, que referencia to-das as associações e colectivida-des, os diferentes equipamentos educativos, culturais e despor-tivos, sem esquecer as publi-cações editadas pela autarquia, assim como as obras publicadas sobre o nosso Ribatejo.

A actualização estará exclu-sivamente a cargo dos técnicos do município.

O site resulta da implemen-tação do projecto "Afirmação Territorial do Médio Tejo", da responsabilidade da Comuni-dade Intermunicipal do Médio Tejo.

O Portal consagra o direito de acesso à informação contida em processos e procedimentos em curso, assim como o direito à informação que assiste a to-dos os cidadãos, de acordo com o sistema de arquivo aberto.―

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noVoALMouroL.wordPress.coM

SOCIEDADE 07FEVEREIRO 2015

TEXTO&FOTOS RICARDO ALVES

Deixa a corporação de VN Barquinha com o sentimen-to de dever cumprido mas gos-taria de ter tido a oportunidade de preparar as comemorações dos seus 90 anos. Em mãos tem uma “proposta profissional aliciante” mas leva mágoa pelo modo como foi tratado ao fim de 24 anos de serviço como co-mandante, numa carreira que começou antes, quando entrou como cadete.

Carlos Gonçalves, que também foi recentemente elei-to para um segundo mandato como presidente da Federação Distrital de Bombeiros, admite que “fazer uma interrupção na minha vida profissional aqui na Câmara (VN Barquinha) deixa-me algum peso significa-tivo e emocional”, mas sai com o sentimento “de dever cum-prido, com toda a consciência deixo uma instituição com um património do qual muita da responsabilidade é minha e não

abdico de assumir, deixo um activo financeiro muito interes-sante”, na ordem dos 300 mil euros.

A mágoa, contou ao NA o novo comandante dos Bombei-ros Municipais de Tomar, não é relativa ao geral, mas sim de um passado recente, nomeadamen-te os últimos três anos, “não fui reconhecido pela entidade detentora, pelos bombeiros, que não me tratou com a con-sideração que eu acho que me-reço. Também é um peso que eu acho que me leva a tomar algumas decisões, mas a parte profissional, o projecto que me foi colocado, pesa bastante na decisão”.

Instado a detalhar os mo-tivos das suas palavras, Carlos Gonçalves não se quis alongar. No entanto, apesar de relutante, deixou escapar que “o último mandato da direcção que ces-sou não me tratou com o de-vido respeito e mais não posso dizer”.

Fazendo uma retrospectiva do seu trabalho em VN Bar-

Carlos Gonçalves é desde o início de Fevereiro o novo comandante dos bombeiros municipais de Tomar depois de 24 anos como comandante dos voluntários de Vila Nova da Barquinha. Sai com mágoa mas muita motivação para o novo desafio

quinha, Carlos Gonçalves con-tou que nunca teve necessidade de se pôr em biscos dos pés mas perante os recentes acon-tecimentos disse que ”sendo eu o comandante nunca me senti proprietário de nada”, “exceptu-ando um período ou outro de férias, todas as noites eu passei pelo quartel, todos os sábados, todos os domingos”, e afirma que “mesmo nos últimos três anos sofrendo eu na pele algum tratamento menos correctos, não houve da minha parte uma lamúria que tivesse extravasado os portões do quartel de bom-beiros”.

Para já, é o seu ex-adjunto, Jorge Gama, que vai assumir as funções de comandante, “não sei se será ele a assumir o lu-gar de comandante no futuro ou se será outra pessoa”, mas a direcção fica bem entregue, “o tenente-coronel António Ribeiro parece-me uma pessoa extremamente competente e isso deixa-me feliz, é uma pes-soa coerente, com uma postu-ra antagónica à pessoa que ele foi substituir e que tem todas as premissas para se conseguir fazer um bom trabalho”, antevê.

“Eu e o Major Júlio Gomes, que foi presidente da direcção durante 19 anos e da Liga dos Bombeiros, fomos as pessoas na história desta direcção que mais alto chegaram na estru-tura hierárquica dos bombeiros portugueses”, afirma Gonçalves perante a injustiça que sente mas olhando o presente diz que “o meu trabalho vê-se recom-pensado com esta confiança

24 anos como comandante dos Bombeiros Voluntários de Vn Barquinha MAÇÂO

Bombeiros com nova viatura de desencarceramento

TEXTO NA

Os Bombeiros Voluntários de Mação têm um novo Veí-culo de Socorro e Assistência Táctico (VSAT). A nova via-tura foi adquirida no âmbito de uma candidatura ao POVT/QREN, tendo sido compartici-pada pelo referido projecto no montante de 116.909,85€.

A Câmara Municipal de Mação também apoiou esta

aquisição, na verba não com-participada pela referida can-didatura, com a atribuição de um subsídio à Associação dos Bombeiros Voluntários de Ma-ção no valor de 27.870,15€.

O equipamento, conhecido por viatura de desencarcera-mento, veio substituir um outro existente na corporação, que já não respondia com total eficá-cia às necessidades, tendo este último sido entregue à Câmara Municipal de Mação..―

VN BARQUINHACarlos Gonçalves deixa Bombeiros com "sentimento de dever cumprido"mas também alguma "mágoa"

que a Câmara Municipal de Tomar deposita em mim”.

Em Tomar vai ter um “cor-po de bombeiros mais profis-sional, que está na dependência directa da Câmara Municipal, portanto é um serviço munici-pal, e vou passar a chefe de di-visão. Também aqui diria que o meu desafio é profissional”, diz Gonçalves que era há muitos anos técnico superior na câma-ra de VN Barquinha.

A Câmara Municipal de To-mar, na sua reunião de 19 de Janeiro, deliberou por unani-midade a constituição do novo comando dos seus Bombeiros Municipais e Carlos Gonçal-ves terá como 2.º Comandante Vítor Manuel Tendeiro Tarana, e como Adjuntos de comando Vítor Manuel Pereira Bastos, Carlos António Duque Rodri-gues e Paulo Alexandre Pereira de Freitas.―

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ECONOMIA 09FEVEREIRO 2015

"Mais de 90% dos fundos Europeus a aplicar nas regiões pobres"

Manuel Castro Almeida, o se-cretário de Estado do Desen-volvimento Regional anunciou no final de Janeiro, incentivos para a instalação de empresas no interior, que passam por uma majoração de 10% para quem aposta nos territórios

mais pobres. “Vai ser possível, no âmbito do programa Portu-gal 2020, bonificar as empresas que se instalam nas regiões mais pobres do país”, afirmou. O governante afirmou ainda que a “esmagadora parcela dos fundos europeus vai ser utili-

zada nas regiões pobres”, “mais de 90% dos fundos vão ser uti-lizados nas regiões do Norte, Centro, Alentejo e dos Aço-res.” O objectivo “é diminuir as diferenças de desenvolvimento que há no país e as assimetrias desenvolvimento.―

ESTA no Tagusvalleycom orçamentoreduzidoo projecto de instalação da escola superior de Tecnologia de Abrantes (esTA) nos terrenos do Tagusvalley, com um investimento inicial previsto de 11 milhões de euros, foi revisto e diminuído para 3 milhões de euros, segundo anunciou a presidente da autarquia abrantina, Maria do céu Albuquerque, durante um seminário sobre os novos desafios para a região centro, no dia 29 de Janeiro no Tecnopolo do Vale do Tejo. A autarca referiu-se à reformulação do projecto afirmando que “o país não suporta hoje o projecto” e que um dos edifícios instalados no Tecnopolo que não está a ser utilizado, será reabilitado e posto ao serviço do Politécnico de Tomar mas também das empresas.―

Tagusvalleyalarga prazosde concurso o prazo do 3.º concurso de Projectos empresariais foi alargado para 13 de Março de 2015 para chegar ao público académico. A iniciativa do Tecnopolo do Vale do Tejo, em Abrantes, tem por objectivo incentivar a criação de iniciativas empreendedoras de base tecnológica no Médio Tejo. desde dezembro foram recebidas ideias de negócio nos sectores Agroalimentar, da Metalomecânica, energia e Tecnologias de Informação e comunicação. As três melhores ideias, serão premiadas com um pacote de serviços, permitindo aos empreendedores materializar. Podem concorrer pessoas singulares, maiores de 18 anos, ou coletivas, constituídas há menos de três anos.―

TEXTO&FOTOS RICARDO ALVES

Foi durante o seminário "Tagusvalley 2020 - De-safios para a região", no Tec-nopólo do Vale do Tejo em Abrantes, no dia 29 de Janeiro, que Ana Abrunhosa, Presi-dente da Comissão de Coor-denação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR--C), afirmou que as verbas dos fundos comunitários para a re-gião Centro se vão centrar na competitividade e internacio-nalização das empresas, bem como na geração de emprego.

Ana Abrunhosa anunciou que a CCDR-C vai apostar na redução da taxa de desem-prego jovem na região e para isso vai apoiar a criação de no-vas empresas, incentivando os jovens a criarem o seu próprio emprego, nomeadamente nas áreas da cultura e tecnologia, com criatividade.

O maior bolo da dotação financeira total para a região centro é o que está reserva-do para competitividade das pequenas e médias empresas, 818 milhões de euros e Ana

Abrunhosa deixou claro que é tempo de dotar as empresas de ferramentas para o sucesso, “em vez de financiar a constru-ção de infra-estruturas”.

Também por isso a se-gunda maior aposta, leia-se dotação financeira, é atribuída à formação. Cerca de 288 mi-lhões de euros serão aplicados no Ensino e aprendizagem ao longo da vida, 13,7% da dota-ção total para a região centro.

Relativamente à competi-tividade e internacionalização das empresas, Ana Abrunhosa referiu a importância de au-mentar as exportações estimu-lando o investimento no sector de bens transaccionáveis.

Ana Abrunhosa anunciou as prioridades da acção da CCDR-C relativamente ao novo quadro de apoio “Portugal 2020” numa altura em que ainda há muita indefinição

A celebrar 10 anos, o Tagus-valley – Tecnopolo do Vale do Tejo, juntamente com o Instituto Politécnico de To-mar, assinou um protocolo de colaboração com a Universi-dade de Coimbra assinalando a adesão das primeiras ao pro-jecto INOV-C, Ecossistema de Inovação liderado pela ins-tituição de ensino. A presiden-te da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Al-buquerque, afirmou a impor-tância estratégica da parceria e a importância acrescida de ver a região trabalhar em conjunto no ciclo de investimento que se avizinha.

Recorde-se que a acção da CCDR-C alberga 11 co-munidades intermunicipais, incluindo a do Médio Tejo, e 100 municípios.

Sobre os 10 anos do Ta-gusvalley, a autarca lembrou “o lirismo” com que no início se falava em inovação mas que a aposta foi claramente ganha. Foram cerca de 8 milhões de euros de investimento e Maria do Céu Albuquerque, peran-te o Portugal 2020, propôs a todos que “criem actividades, iniciativas, parcerias para apro-veitar o ciclo de investimento. Relembrando que o Tagusval-ley passou a ser um “membro activo no Conselho Estratégi-co Intermunicipal”, Albuquer-que, que é também presidente da Comunidade Intermuni-cipal do Médio Tejo, chamou a região a potenciar as suas ideias no Tecnopolo do Vale do Tejo, advertindo que “sozi-nhos não conseguiremos levar Portugal a atingir os seus ob-jectivos”.―

Ana Abrunhosa esteve em Abrantes e levantou o véu sobre algumas das linhas de orientação do Portugal 2020

PORTUGAL 2020Região vai apostar na competitividade e no emprego

ABrAnTes

MÉdIo TeJo

Três empresas do concelho galardoadasO mérito de 3 empresas do Entroncamento foi reconhecido na “Gala Empresas Gazela 2014”, promovido pela CCDRC – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, que decorreu no dia 28 de Janeiro, em Torres Vedras e que contou com a presença do Ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro.As empresas Gazela são empresas jovens, inovadoras, com elevados ritmos de crescimento e capazes de se posicionarem de forma diferenciadora nos mercados. A CCDRC galardoou 46 “gazelas” que se situam em 29 municípios, dos 100 que compõem a região centro. Na região do Médio Tejo apenas o concelho do Entroncamento e de Ourém contaram com empresas galardoadas. No ranking dos municípios com mais empresas “Gazela” está Torres Vedras com 5 empresas e Viseu com 4 empresas, seguindo-se o Entroncamento e Guarda com 3 empresas galardoadas. Ice Cream Café, Lda. e Zone Soft – Fabrico de Produtos Software, Lda. foram as empresas do concelho que mereceram esta distinção e que autorizaram a divulgação. O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Manuel Alves de Faria, esteve presente no evento, em representação do Município e acompanhando o empresário Michael Salvado, da empresa Zone Soft.Em comunicado, a Câmara Municipal do Entroncamento associou-se com satisfação ao galardão atribuído às empresas do concelho “pelo seu dinamismo e iniciativa e pela importância que estas assumem na criação de empregos e de riqueza para o concelho”.―

enTroncAMenTo

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010 ECONOMIANovoAlmourol

FEVEREIRO 2015

o Acordo de Parceria celebrado entre o Governo Português e a comissão europeia, em 2014, Portugal 2020, reúne a atuação dos cinco Fundos europeus estruturais e de Investimento - Feder, Fundo de coesão, Fse, FeAder e FeAMP, identificando as prioridades de financiamento para o País no período de 2014 a 2020. o acordo distribui vinte e cinco mil milhões de euros através de dezasseis Progra-mas operacionais, Temáticos e regionais.os seis Programas Temáti-cos são a competitividade e Internacionalização (compete 2020), capital Humano (PocH), Inclusão social e emprego (PoIse) e, sustentabilidade e eficiência nos recursos (Poseur), o Programa de desenvolvimento rural (Pdr) e o Programa operacional Mar 2020. são apresentadas duas dimensões transversais, a refor-ma da administração pública e a territorialização das políti-cas. os Programas regionais distribuem-se pelo norte, cen-tro, Alentejo, Lisboa e Algarve. nas regiões Autónomas surgem quatro programas, o Po Açores, o Po Madeira, o Pdr Açores e o Pdr Madeira. Por último surge o Programa operacional de Assistência Técnica, instrumen-to de suporte à aplicação da estratégia global ao nível da gestão e controlo.considerando o definido no Acordo de Parceria, entre as metas definidas encontram-se o aumento da percentagem no PIB para o intervalo entre os 2,7% e os 3,3%; a diminuição da taxa de abandono escolar pre-coce em 13,2%; o aumento da percentagem de população com ensino superior ou equiparado entre os 30 e os 34 anos por forma a atingir 40%; o aumento da percentagem de energias renováveis no consumo final para 31%; o ganho em % de energia primária através da efi-ciência energética por forma a atingir 20%; o aumento da taxa de emprego para os 75%, e por último, no âmbito do combate à pobreza e às desigualdades sociais é definido como objetivo a diminuição de pessoas em

Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento e Empreendedorismo do Município de Vila Nova da Barquinha

Portugal 2020

Marina Lopes HonórioGadel

risco de pobreza e de exclusão social, com uma meta de menos duzentos mil face aos dados do ano de 2008.A grande concentração de verbas incide na prioridade competitividade e Internacio-nalização com mais de 40% das verbas alocadas no Qec, com o objetivo de contribuir para a mudança da especialização para o setor dos bens e para os serviços transacionáveis. As regiões consideradas menos desenvolvidas (PIB per capita < 75% média ue) são o norte, centro, Alentejo e r.A. Aço-res, apresentando uma taxa de financiamento de 85% em termos de elegibilidade para os Fundos europeus de Investi-mento.

o território do concelho de Vila nova da Barquinha, integrado na sub-região nuT III do Médio Tejo, é abrangido, entre outros, pelo Programa operacional re-gional do centro (centro 2020) e o Programa de desenvolvimen-to rural (Pdr 2020). considerando a decisão de execução da comissão [c(2014) 10194], o Po centro 2020 “centra-se em 9 objetivos temáticos e 27 prioridades de investimento, estruturando-se em 9 Eixos Prioritários: Investiga-

ção, Desenvolvimento e Inovação (IDEIAS); Competitividade e In-ternacionalização da Economia Regional (COMPETIR); Desenvol-ver o Potencial Humano (APREN-DER); Promover e Dinamizar a Empregabilidade (EMPREGAR e CONVERGIR); Fortalecer a Coesão Social e Territorial (APROXIMAR e CONVERGIR); Afirmar a sustenta-bilidade dos recursos (SUSTEN-TAR); Afirmar a sustentabilidade dos territórios (CONSERVAR); Reforçar a capacitação institu-cional das entidades regionais (CAPACITAR); Reforçar a rede ur-bana (CIDADES). “ As prioridades do Centro 2020 são “sustentar e reforçar a criação de valor e a transferência de conhecimento, promover um tecido económico responsável, industrializado e exportador, captar e reter talento qualificado e inovador, reforçar a coesão territorial, estruturar uma rede policêntrica de cidades de média dimensão dar vida e sustentabilidade a infraestru-turas existentes e consolidar a capacitação institucional.”o Pdr 2020, segundo a decisão de execução da comissão [c (2014) 9896] tem como objetivos “o aumento do valor acrescen-tado do setor agroflorestal, contribuir para o equilíbrio da balança comercial, assegurar condições que permitam me-lhorar a gestão sustentável dos recursos nomeadamente através de uma utilização mais eficiente dos mesmos, assegurando a sua proteção, e a dinamização eco-nómica e social do espaço rural.“ Este Programa visa: “aumentar a capacidade de inovação e trans-ferência de conhecimento para o setor agroflorestal; a melhoria do nível de capacitação e de aconselhamento dos produtores agrícolas e florestais; o aumento da concentração da oferta e a promoção da gestão de riscos a que o setor é vulnerável. O Programa detém quatro grandes áreas de intervenção: Inovação e conhecimento; Competitividade e organização da produção; Ambiente, eficiência no uso dos recursos e clima, e o Desenvolvi-mento local.”os Programas operacionais po-dem ser consultados em www.portugal2020.pt.―

NERSANTSítio do empreendedor renovado

TEXTO NA

O Sítio do Empreendedor, programa da NERSANT para apoio ao empreendedoris-mo e à criação de empresas no Ribatejo, renovou o seu portal com o objectivo de exponen-ciar as suas funcionalidades. A disponibilização online de um "Guia do Empreendedor", de uma "Bolsa de Equipamentos Partilháveis" e da "Bolsa de Mentores", são as novidades ao dispor de todos os que preten-dem criar uma nova empresa na região do Ribatejo.

O programa de apoio gra-tuito compreende fases que vão desde a maturação da

ideia, à definição do modelo de negócio e mentoria, à ela-boração do plano de negócios e preparação do lançamento da empresa e acompanhamen-to após início de actividade, é explicado neste portal, que está agora renovado, mais apelati-vo e com novas funcionalida-des para os empreendedores contendo agora um Guia do Empreendedor, ferramenta de trabalho que disponibiliza um conjunto de informação essen-cial para quem tem uma ideia e deseja criar uma empresa ou expandir a sua actividade no Ribatejo.

Para conhecer melhor esta ferramenta visite sitiodoem-preendedor.nersant.pt/.―

ADIRNReunião Temática sobre Acção e Inclusão Social

TEXTO NA

No dia 23 de Janeiro de 2015 teve lugar no Entron-camento, a Reunião Temática sobre Acção e Inclusão Social no âmbito da Elaboração da Estratégia de Desenvolvimen-to Local do Ribatejo Norte. Na abertura da sessão, iniciativa da ADIRN – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte, esteve pre-sente o Presidente da Câmara Municipal do Entroncamento Jorge Faria, sessão que contou com a vereadora Tília Nunes, e cerca de 30 participantes de entidades de solidariedade social dos sete concelhos do

território de intervenção da ADIRN.O debate centrou-se nos prin-cipais constrangimentos na área social e as oportunidades de investimento para o futuro. Tília Nunes reforçou a ideia de que a acção social deve fun-cionar através da partilha, da concretização de parcerias e na congregação entre entidades públicas e privadas na planifi-cação estratégica da interven-ção social local. Foi tema da sessão a crise na área social, a excessiva burocracia solicitada no âmbito dos programas de apoio e a dificuldade, em al-guns casos, de articulação de esforços na concretização de acções de âmbito social..―

O território do concelho de Vila Nova da Barquinha, integrado na sub-região NUT III do Médio Tejo, é abrangido, entre outros, pelo Programa Operacional Regional do Centro (Centro 2020) e o Programa de Desenvolvi-mento Rural (PDR 2020).

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EDUCAÇÃO 011FEVEREIRO 2015

TEXTO&FOTOS RICARDO ALVES

O primeiro Viveiro de Empresas em Ambiente Escolar (VEAE) em Portugal foi inaugurado no dia 5 de Fe-vereiro, na Escola D. Maria II, em Vila Nova da Barquinha (VNB). O VEAE funciona nas instalações do estabeleci-mento escolar e consiste num espaço exclusivamente destinado ao desenvol-vimento e criação de ideias de negócio, com meios e equipamentos próprios. Desafiar os jovens a pensar e criar em-presas desde tenra idade é o grande objectivo e os primeiros resultados já foram apresentados.

Antes da cerimónia de inauguração do espaço foram apresentados no audi-tório escolar os cinco projectos em “in-cubação” no viveiro da D. Maria II. São eles o Chocociência – que está a laborar no laboratório do Centro Integrado de Educação e Ciência (CIEC) - e a Vilaromática que tem a sua produção a crescer nos terrenos que circundam o CIEC. Ambos os projectos nasceram das mentes empreendedoras da turma 3A. A turma do 7C apresentou um projecto empresarial de seu nome Aro-mas D’Almourol e cuja actividade se centra em torno da abóbora, produzin-do bens derivados em vários segmentos, nomeadamente na alimentação - que de resto deram a provar aos presentes no auditório acompanhada de requei-jão. O D. Ramiro é a imagem de marca da “empresa”, “um produto exclusivo”, como os promotores juvenis fizeram questão de realçar. Os porta-vozes da Aromas D’Almourol apontam às ven-

das online, a empresas locais e partici-pação em feiras e outros eventos para disseminar os seus produtos.

Das turmas 8C e 9B surgem pro-jectos com ligação directa ao turismo: um através dos motores e outra através da tecnologia móvel. Os alunos da 8C apresentaram o Barquinha Cross, uma empresa que visa motivar os jovens à prática do desporto motorizado (moto-cross) e atrair turistas ao concelho. Para isso deixaram no ar a ideia de criar uma pista para o efeito.

A Innovateam é o projecto do 9B e consiste no aproveitamento da tecno-logia cada vez mais avançada e móvel. O objectivo da Innovateam é informar os que visitam o concelho dos locais de interesse histórico e cultural. Para isso apostam na tecnologia QR Code. Através de um código colocado num local ou monumento, por exemplo, o turista pode aceder a informações so-bre o mesmo bastando para isso usar a máquina fotográfica do Smartphone sendo o utilizador remetido para uma página com todas as informações.

Um projecto a meio caminho. A pro-fessora Ana Santos, coordenadora do VEAE, usou da palavra para agrade-cer o envolvimento de professores(as) e assistentes operacionais e disse que o projecto é um “conceito novo e inova-dor que será importante para o agru-pamento e para o concelho”, realçando que os jovens “são o nosso futuro”. Para Ana Santos, este tipo de projectos pode fazer com que os jovens se consciencia-lizem de que “é possível crescer, viver, e depois trabalhar” no concelho de VNB.

Fernando Freire, presidente da au-tarquia, realçou os investimentos de “milhões” realizados no melhoramento do parque escolar afirmando que “aqui não há gastos, há investimentos”. O au-tarca disse ainda que “o mais importan-te na vida é a educação” e que os recur-sos humanos são a maior “mais-valia”. Entusiasmado, Fernando Freire mos-trou estar “curiosíssimo por conhecer os projectos” e causou burburinho no auditório repleto de crianças e jovens quando adiantou que a autarquia ainda está a pensar “qual será o prémio, talvez

VN BARQUINHA

Viveiro de empresas inaugurado e em plena produção

uma visita ao estrangeiro”.

O projecto surgiu na sequência da iniciativa “Empreendedorismo na Es-cola”, que envolve 4 turmas do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico do conce-lho de VNB e que tem como principal promotor o Agrupamento de Escolas, com a parceria do Município, Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém, Tagusvalley, Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, Institu-to Politécnico de Tomar e Associações de Pais.

No âmbito do projecto em que par-ticipam cerca de 100 alunos do Agru-pamento de Escolas de VNB, a Câmara Municipal criou o “Prémio Municipal de Empreendedorismo em Ambien-te Escolar”, uma medida inserida no Plano Estratégico de Desenvolvimento Económico "Barquinha 2020", como forma de incentivar os jovens empresá-rios. Os resultados serão anunciados no final do ano lectivo.―

Alunos expressaram desejo de agarrar com as duas mãos a oportunidade de aprenderem

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OS PASSOS DE SÍSIFO

Da Suíça ao petróleo: caminhos de cultura e tecnologia para a economia do Médio TejoOpInIãO LUIz OOSTERBEEk

A decisão da Suíça em rom-per com a correlação cam-bial estável com o euro é mais um sinal do caminho perigoso de uma Europa que há dema-siado tempo vive em cima do muro, sem se decidir por que caminho progredir. Ao tomar esta decisão, a Suíça exprime falta de confiança na estabili-dade da moeda única europeia, e infelizmente tem razão. De-masiados anos sobrevalorizado, o euro tem sido um entrave às exportações e à recuperação da economia, apesar de todos os benefícios que trouxe para a circulação de produtos e mer-cadorias. Com uma Europa cada vez mais preocupada com a segurança e vozes a pedir mais controle nas fronteiras, poderá o euro resistir sem se converter num impulsionador das exportações através de uma verdadeira política monetária integrada?

O jogo do petróleo é, mais do que o euro, o melhor exem-plo actual do que significa en-frentar dilemas em contexto de depressão económica. Face à incapacidade em construir

mecanismos reforçados de integração (um novo sistema monetário que tome em con-sideração a importância da economia asiática, uma nova estratégia mundial de segu-rança numa ONU respeitada, etc.), os sinais de dilaceração passaram definitivamente da esfera social (onde os desastres são visíveis há muito tempo, como no caso dos refugiados) para a esfera económica. Desde 2008, o pensamento único que governa quase todos os países explicou que a receita comum seria exportar mais e impor-tar menos; faltou explicar para quem exportar, se a regra para todos passou a ser importar menos. Pouco a pouco a eco-nomia arrefeceu, até atingir os seus motores principais (Chi-na, EUA) e periféricos (Alema-nha, Japão, Coreia). Os EUA e a China souberam, como no passado, contornar em parte essa espiral reforçando o con-sumo interno e, de forma clara nos EUA, apostando na auto-nomia energética. Em pouco tempo deixaram os produtores de petróleo à beira do colap-so: ao diminuírem os preços reduziram dramaticamente os recursos financeiros, mas se os

aumentarem reduzindo a pro-dução perdem os mercados à muito conquistados, em favor dos novos recursos americanos (gás e petróleo de xisto). Pode-rão países como Angola, Vene-zuela e outros evitar profundas convulsões sociais se o valor do petróleo se mantiver baixo? Como ficará a segurança nas respectivas regiões e no mundo se esses países colapsarem?

Muitas vezes se faz o discur-so de que Portugal não tem recursos endógenos suficientes para poder aspirar a algo mais do que acompanhar os ciclos ditados pelos países mais for-tes. É certo que Portugal não tem uma economia forte, mas a verdade é que nunca a teve. Em diversos momentos a eco-nomia quebrou, e foi com visão e determinação, temperadas com muito pragmatismo, que se conseguiu reerguer. Para-doxalmente, um mundo em depressão prolongada e sem coesão pode ser uma grande oportunidade para Portugal e as suas regiões, se se valorizar não apenas o sol e a praia mas assumindo uma centralidade de discussão e afirmação de questões polémicas, que hoje

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CULTO 015FEVEREIRO 2015

"Na verdade, num planeta que envelhece, repensar uma centralidade social activa para os mais velhos é crucial. Essa centralidade só tem sido olhada de forma passiva, como custo (pensões de reforma) e oportunidade de negócio (saúde e turismo), mas essa é uma abordagem extractivista destinada à falência.“

DOM RAMIRO

CEAC: Centro de Estudos de Arte Contemporânea OpInIãO CARLOS VICENTE

Não querendo que a con-templação ou interacti-vidade com as esculturas do Parque sejam a única razão porque a Barquinha é Arte.

As obras de 11 dos mais significativos escultores na-cionais, são acompanhadas de perto pelos ateliers de artes à disposição no CEAC. De-senho e pintura, fotografia e vídeo, poesia, teatro e os ser-viços educativos para crianças

bloqueiam a Europa, como a exploração de novos recursos energéticos (gás de xisto) e no-vos materiais (terras raras), ou a afirmação de parcerias está-veis que se afirmem para além da casa europeia (com a China, com o Irão, com os países afri-canos), ou ainda a valorização de um gigantesco recurso que quase todos olham como um custo: os idosos.

Na verdade, num planeta que envelhece, repensar uma centralidade social activa para os mais velhos é crucial. Essa centralidade só tem sido olha-da de forma passiva, como custo (pensões de reforma) e oportunidade de negócio (saú-de e turismo), mas essa é uma abordagem extractivista desti-nada à falência. Os idosos po-dem e devem ocupar funções na reorganização social, na educação, no restabelecimen-to de redes de solidariedade, o que gerará novos recursos e postos de trabalho. Já existem algumas experiências neste sentido, mas em termos globais ainda nenhum País afirmou os seus idosos como um valor de crescimento cultural, identitá-rio e económico. Esta é a opor-tunidade do Médio Tejo!―

orientados pelos alunos de ar-tes do IPT.

Também tertúlias artísti-cas ou workshops, acontecem nas áreas das artes plásticas e fotografia, convidamos um ar-tista a falar da sua obra e do seu processo criativo uma ro-tina quase mensal.

Mensalmente, também, uma conversa com alguém da comunidade que se dedica a dar de si aos outros, quer no associativismo ou em outras áreas culturais; escrita, artes plásticas, fotografia, música,

teatro… este “item”, chama--se Palavras Soltas e dá a co-nhecer a pessoa por detrás da obra. Fica o convite.

Também a inauguração das Residências Artísticas (junto ao CEAC) estão para breve. Serão aceites artistas das di-

versas áreas que estejam a tra-balhar em projecto artístico de interesse para a comunidade. Estes projectos serão depois apresentados em público pelos próprios artistas e terão como moeda de troca alguns ateliers ou workshops dados pelos pró-prios, aos interessados locais. Esta troca de experiências será uma mais-valia para o incen-tivo artístico na comunidade local e sermos assim, cada vez mais, uma Barquinha de Arte que envolve o património ar-tístico, monumental e paisagís-

tico do Concelho.O Castelo de Almourol é

uma presença constante e ar-rebatadora mas começa a não estar só. São “imperativas” as caminheiras que liguem o Par-que a este “sentinela do rio”, como a capacidade de aloja-mento já criada na sede de concelho, como um sentimen-to único e efectivo da comu-nidade em receber bem quem nos visita e são cada vez mais e melhores os que o fazem.

A “identitariedade” com o lugar, ganha força.―

De vez em quando… vale a pena explicarmos, porque existimos.

Projecto do Município enquadra-se no Mercado das Artes

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016 DESPORTONovoAlmourol

FEVEREIRO 2015

António Bento disse adeus

As rádios e imprensa regionais perderam um dos seus mais fiéis colaboradores. António Bento, com uma vida dedicada à rádio e imprensa na região e amante do desporto, faleceu dia 20 de Janeiro, vítima de doença prolongada. Figura carismática e amiga no meio da informação regional, António Bento, de sentieiras, concelho de Abrantes, colaborou durante muitos anos com a rádio Tágide, Jornal Abarca (Tramagal) entre outros.―

Inauguraçãodo Centro de Marcha e Corrida Vai ser no dia 22 de Fevereiro, às 10h00, com a presença do atleta olímpico carlos calado, no estádio Municipal Joaquim Maria Baptista, em Alcanena. o centro Municipal de Marcha e corrida é a mais recente iniciativa no âmbito do programa “desporto e saúde”, promovido pela câmara Municipal de Alcanena. cada indivíduo possui características e necessidades diferentes e quem aderir terá um processo de treino que respeitará aspectos pessoais, com acompanhamento realizado por um técnico com formação específica. do programa consta às 10h00 a apresentação do programa, às 10h15 o Aquecimento de seguida, às 10h30 uma caminhada. Às 11h30 haverá lugar a uma aula de Yoga.―

JornALIsMo ALcAnenA

TEXTO NA

O CLAC, Clube de Lazer, Aventura e Competição, Secção de Atletismo, esteve presente com sete dos seus atle-tas veteranos, no Campeonato Nacional de Veteranos em Pista Coberta, 1ª jornada, que se rea-lizou pela primeira vez na pista coberta de Braga, no dia 18 de Janeiro.

Nestes campeonatos parti-ciparam 136 atletas veteranos dos 35 anos aos 90 anos. Os atletas do CLAC consegui-ram conquistar 15 medalhas. A equipa feminina do CLAC - Entroncamento conseguiu a proeza de conquistar sete meda-lhas individuais, e mais quatro medalhas na estafeta de 4x200 metros, onde se consagraram Vice-Campeãs Nacionais no escalão F35 anos. Nos masculi-nos, o CLAC conquistou 4 me-dalhas de ouro individuais.

Destaque para os dois tí-tulos de campeão nacional de “Masters,” nos 60 e nos 400 me-tros, obtidos pelo “jovem” José Canelo no escalão de M90 anos, em que os registos alcançados constituem, por larga margem, novos recordes nacionais.

Pódios e resultados con-quistados pelo CLAC: Célia

Silva (F35 anos), 1 medalha de ouro, Campeã Nacional dos 60 metros, e 1 medalhas de bron-ze nos 1500 metros e 1medalha de prata por equipas na estafeta de 4x200 metros; Ana Abegão (F45 anos), 1 medalhas de ouro, Campeã Nacional no Salto em Coprimento,2 medalha de pra-ta, Vice Campeão Nacional dos 400 metros e por equipas na estafeta de 4x200 metros; Ma-nuela Gil (F45 anos), 2 medalha de prata, Vice Campeã Nacional do Triplo Salto e por equipas na estafeta de 4x200 metros e um 5ºlugar nos 60 metros; Fátima Carrelo (F50 anos), 2 medalhas de ouro, Campeã Nacional dos 60 metros e no Salto em Com-primento, e ainda 1 de prata por equipas na estafeta de 4x200 metros; José Canelo (M90 anos), 2 medalha de ouro, Cam-peão Nacional dos 60 e 400 me-tros; Manuel Maia (M70 anos), 2 medalha de ouro, Campeã Nacional dos 60 e 1500 metros; Carlos Vicente (M40 anos), 9º classificado nos 1500 metros.―

ATLETISMOCLAC conquista 15 medalhas no Nacional de Veteranos

NATAÇÂOXXII Taça Vale do Tejonas piscinas de Abrantes

CLAC com campeõesno Regional de Juniores realizou-se nos dias 31 de Janeiro e 1 de Fevereiro, em Pombal, o campeonato regional de Juniores de pista coberta da Associação de Atletismo de santarém e pela secção de Atletismo do clube de Lazer Aventura e competição (cLAc - entroncamento) Fábio Martins sagrou-se campeão regional do salto em comprimento, com 6,71m e dos 60m barreiras, com recorde pessoal de 8,31 segundos, a melhor marca nacional nesta disciplina.Também vencedor foi carlos Gomes que se sagrou campeão regional do salto em Altura, com 1,88 metros. este atleta foi ainda medalha de “prata” no salto em comprimento, com um salto a 6,01 metros. o cLAc alcançou o 3º lugar colectivo, com 52 pontos.―

ATLeTIsMo

Bruno deCarvalho no centenário o Presidente do sporting clube de Portugal (scP), Bruno de carvalho, confirmou a presença no jantar do centenário do sporting de Tomar que se realizará no dia 28 de Fevereiro.É mais uma das muitas iniciativas que vão assinalar o aniversário da filial número um do scP. na jornada que antecederá este jantar, uma comitiva de Tomarenses será recebida no intervalo do jogo com o Gil Vicente e os ecrãs de Alvalade vão divulgar imagens do clube, da cidade e da festa dos tabuleiros cedidas pela Tomar TV. esta iniciativa conta com o apoio do núcleo do scP em Tomar que tem prestado à filial centenária uma colaboração de proximidade. o scP aceitou ainda subscrever o livro oficial do centenário.―

ToMAr

CampeonatoInter-Regionalde Clubes 2015 decorreu no dia 24 de Janeiro, nas Piscinas Municipais de campo Maior a edição de 2015 do campeonato Inter-regional de clubes. estiveram presentes 183 nadadores (93 masculinos e 90 femininos) em representação de 17 clubes. A equipa de Vila nova da Barquinha, cn Tejo, orientado pelo técnico Paulo serra apresentou 12 nadadores. estiveram em destaque: carolina carpinteiro – 3ª nos 800L, 200e, recorde pessoal nos 100c (estafeta); Mafalda Marques – 4ª nos 400L, 200B e 100B, com recordes pessoais nos Bruços; Márcio silva – três recordes pessoais nos 50, 100 e 200 Mariposa. no geral a equipa ficou em 11.º lugar.―

nATAçÂo

TEXTO NA

Realiza-se dia 21 de Feve-reiro no Complexo Muni-cipal de Piscinas de Abrantes, a XXII Taça Vale do Tejo em Natação.

Vão competir todas as se-lecções distritais de natação nos escalões de Infantis e Juvenis,e o objectivo do evento é que

seja capaz de galvanizar o de-senvolvimento desportivo das Associações através da interac-tividade que um torneio com estas características poderá pro-porcionar, em ambiente de fes-tividade desportiva.

A 1.ª sessão realiza-se às 10h15 e a 2.ª às 15h30. A orga-nização é da ANDS – Associa-ção de Natação do Distrito de Santarém.―

O Grupo Cicloturismo Barquinhense organiza dia 22 de Fevereiro, pelas 10h, a caminhada “Pelos trilhos da Praia do Ribatejo”, cerca de 6km pelos mais recentes trilhos da Praia do Ribatejo, passagem por vales há muito não percorridos, represas e minas reencontradas e vistas magnificas pelas margens dos rios Zêzere e Tejo. Inscrição: [email protected] até 20 de Fevereiro (1€ + 1kg de comida não perecível) Pagamento no dia/local do evento.

Page 17: Jornal novo almourol ed 405 fev2015

noVoALMouroL.wordPress.coM

ROTEIRO 017FEVEREIRO 2015

TOMARCarnaval da Linhaceira comemora 25 anos consecutivosTEXTO NA

A Linhaceira (no conce-lho de Tomar) prepara-se para festejar um quarto de século de realização consecu-tiva do seu Carnaval. Fiel aos princípios de sempre, o evento decorrerá oficialmente entre sábado, 14 de Fevereiro, e ter-ça-feira, 17, com o ponto alto a ter lugar na tarde de domingo, 15 de Fevereiro, em que o cor-so percorrerá as ruas da aldeia.

Já considerado “o carnaval mais artesanal de Portugal”, e com uma qualidade de con-cepção que o tem levado a ou-tros pontos do país para ani-mar outro género de eventos, o corso linhaceirense é o único de grande dimensão com uma tal longevidade em toda a re-gião do Médio Tejo, atraindo visitantes de toda essa área e fora dela. A excelente locali-zação, a cerca de dois quiló-metros das auto-estradas A13 (saída de Asseiceira) e A23 (saída da Roda), é também um trunfo da organização.

Pinóquio anuncia chegada do carnaval

Para além de muitos car-ros alegóricos, oriundos da Linhaceira, de outros lugares da freguesia de Asseiceira, e até de freguesias vizinhas, o corso, que partirá do complexo desportivo às 14h30, contará ainda com a presença da Fan-farra dos Bombeiros de Torres Novas, do grupo Mobiritmo da Escola Luís de Camões de Constância e actuação do co-nhecido DJ tomarense Rokas aka John S.

Outro dos momentos mais esperados do evento é a já tra-dicional e divertidíssima Por-calhada, na tarde de terça-feira de Carnaval, pelas 15 horas, no campo de futebol.

Todas as noites, a tenda da ACR Linhaceira receberá bai-les, sempre a terem início às 22 horas: no sábado com o con-junto PA.3, incluindo, à meia--noite, a apresentação do rei e da rainha; no domingo, com Élsio Nunes; na segunda com Elizabete Serra, incluindo à meia-noite o 25º Concurso de Fatos de Papel e a seguir uma das novidades do ano, um es-pectáculo de dança e fogo; por fim, na terça-feira, com RQZ Live Music e a eleição, ao bater das doze badaladas, do melhor mascarado do ano.

E, ao celebrar 25 anos, é de esperar que a inesgotável criatividade local se expresse da melhor maneira na concep-ção dos carros alegóricos, nos grupos temáticos de foliões, nas diversas brincadeiras que se espalham pela aldeia e até alguma surpresa.―

ABRANTES

Feira de São Matias vai, afinal, realizar-se

TEXTO NA

Apesar de a Câmara de Abrantes ter anunciado a suspensão da realização da Feira de São Matias por esta-rem a decorrer obras no espaço onde normalmente é acolhida, uma reunião com os feirantes desbloqueou a situação com o evento a ser transportado para o Aquapolis Margem Sul. A Feira de São Matias é a primei-ra do calendário nacional e vai realizar-se entre os dias 20 de Fevereiro e 8 de Março.

A intenção inicial da autar-quia abrantina era não realizar a edição de 2015 da feira, dadas as exigências logísticas e as difi-culdades em garantir as mesmas num cenário de obras no espaço adjacente ao Tecnopólo do Vale do Tejo que recebe anualmente o evento.

Segundo a autarquia, aquando da decisão de suspen-são, equacionou-se o campo de futebol do Barro Vermelho, mas o mesmo implicaria um investimento de 100 mil euros em abastecimento de água e electricidade.

Cedo um grupo de feiran-tes começou a procurar alter-nativas tendo surgido a aceite, no Aquapolis Margem Sul em Rossio ao Sul do Tejo. Os fei-rantes vão suportar o encargo com o fornecimento de energia e o município aceitou em con-trapartida isentar os mesmos do pagamento de taxas.

Para 2016, o município es-pera que a Feira de São Matias já se possa instalar no Vale da Fontinha, que vai ser requali-ficado mesmo espaço que se espera também vir a acolher o mercado semanal e o mercado grossista.―

reunião entre feirantes e autarquia desbloqueou situação

ENTRONCAMENTO

Noite carnavalesca

VN BARQUINHA

Carnaval a dobrar em Moita do NorteTEXTO NA

O Clube União de Recreios de Moita do Norte organi-za o corso carnavalesco no dia 15 de Fevereiro pelas 15h00. O percurso será efectuado pelas ruas de Moita do Norte, Cardal, Bairro de Sta. Maria, Parque da Barquinha e Zona de Expan-são. Vai haver um concurso de máscaras até aos 10 anos e pré-

mios para os 5 primeiros bem como lembranças para todos os inscritos. Após o desfile, pelas 17h00 está garantida animação

musical com João Pina. A en-trada é livre.

Dois dias depois, dia 17 de Fevereiro, O Clube de Instru-ção e Recreio Ex-Tuna organi-za o seu carnaval com desfile de crianças mascaradas e também com prémios para todos. As inscrições são realizadas no lo-cal e há matiné, também com João Pina.―

TEXTO NA

No próximo dia 16 de Feve-reiro, às 21h30m, o grupo musical Fun2 Rock vai animar a noite carnavalesca no Centro Cultural do Entroncamento, uma noite com muita anima-ção e alegria, na qual haverá um Concurso de Mascarados, com

prémios para os três melhores fantasiados da noite.

As inscrições para partici-par no concurso são efectua-das no próprio dia, a partir das 20h30m, no Centro Cultural. O evento é organizado pela Câmara Municipal do En-troncamento, em parceria com o Bar “Sabores do Mercado” e tem entrada livre.―

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018 CULTURANovoAlmourol

FEVEREIRO 2015

MAÇÃO

Um museu que é um orgulho para o concelho

TEXTO&FOTO CIDáLIA DELGADO

Numa tarde cinzenta, de um dos últimos dias de Ja-neiro, foi inaugurada a nova exposição do Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado no Vale do Tejo, em Mação, que transformou o dia dos que a vi-sitaram num dia com mais cor.

“Do Gesto à Arte: Criar, Fazer, Comunicar", assim se de-signa a nova exposição inserida no âmbito do projecto Gestart – Gestos Artísticos revisitando a diversidade e a convergência na Europa, programa apoiado pela Comissão Europeia e que foi inaugurada por Jorge Barre-to Xavier, Secretário de Estado da Cultura.

Jorge Barreto Xavier elo-giou a exposição e considerou o “trabalho feito pelo Museu de Mação muito importante não só para Mação como para o país”, destacando Mação como um “bom exemplo da cultura que se promove em Portugal, com reconhecimento no es-trangeiro”.

Das palavras de Vasco Es-trela, presidente do município de Mação, ouviu-se que este museu é um orgulho para o concelho de Mação. Elogiou o empenho de Luiz Oosterbeek

e de Saldanha Rocha, anterior presidente do Município de Mação, bem como de toda a equipa envolvida, “que levaram o Museu a ter a dimensão que hoje tem”.

Luiz Oosterbeek, director do Museu referiu que nesta ex-posição “podemos ver diversos gestos, uns a desenhar grandes paisagens, outros a construir detalhados objectos, outros ain-da a criar formas de representa-ção e que este é o resultado do esforço e do trabalho de uma equipa onde se destaca o Mu-nicípio de Mação e o Instituto Politécnico de Tomar”, no qual continua a faltar a “integração regional e nacional destes pla-nos bem como a consolidação da dimensão institucional”.

Luiz Oosterbeek sublinhou ainda que “não se trata apenas de fazer coisas no interior, mas de que se podem fazer as me-lhores coisas no interior”.

Os presentes puderam apreciar a nova e renovada ex-posição, que por ser bastante apelativa vai com certeza con-seguir prender a atenção dos vi-sitantes, conforme se pode tes-temunhar através da presença animada de muitas crianças das escolas de Mação que ansiosas aguardavam para conseguir vi-sitar o museu.―

Muitas crianças estiveram na inauguração da exposição

TEXTO NAFOTOS PÉRSIO BASSO&R. ALVES

O trabalho “Indépendance Cha Cha” propõe ao espec-tador outra forma de interpre-tar o resultado das acções dos homens, através do som, da música e das canções. Ângela Ferreira apresenta uma nova peça inspirada pela sua partici-pação na Bienal de Lubumbashi 2013 (República Democrática do Congo) - uma escultura que parte da arquitectura colonial dos anos 50 do centro urbano da capital de Katanga, província rica em minerais do então deno-minado Congo Belga.

“Indépendance Cha Cha” foi considerada pelos leitores do jornal “Público” a melhor expo-sição de arte contemporânea de 2014.

A inauguração da exposição decorreu na Galeria do Parque no dia 24 de Janeiro e contou com a presença do presidente da

autarquia, Fernando Freire, Ân-gela Ferreira e do representante da fundação EDP e comissário da exposição, João Pinharanda.

Ângela Ferreira nasceu em Maputo, Moçambique, em 1958. Com dupla nacionalida-de, a artista tem vivido alterna-damente entre a África do Sul e Portugal. Completou estudos na Michaelis School of Fine Arts da Universidade de Cape Town, em 1985, e residiu nos anos seguintes em Lisboa, onde rapidamente se afirmou no meio artístico.

Foi a primeira a eleger a questão do passado colonial como temática artística. Utili-zando a sua dupla experiência

Exposição da autoria de Ângela Ferreira, artista representada no Parque de Escultura Contemporânea Almourol está patente na Galeria do Parque até 24 de Maio

cultural, europeia e africana, Ângela Ferreira procura encon-trar esse difícil ponto de vista que se apresenta como uma pro-posta de diálogo continuado. A artista desconstrói o referencial minimalista minando-o com o poder evocativo da memória.

A exposição é mais uma ini-ciativa fruto da parceria do Mu-nicípio com a Fundação EDP na programação da Galeria do Parque e nas actividades ligadas ao Parque de Escultura Con-temporânea Almourol.―

VN BARQUINHAA melhor exposição de arte contemporânea de 2014

VN BARQUINHAExposição GESTART TEXTO&FOTO PÉRSIO BASSO

O Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ri-batejo, em Vila Nova da Bar-quinha, inaugurou no dia 28 de Janeiro, uma exposição alusiva ao projecto GESTART – Patri-mónio Cultural e Artes.

A cerimónia foi presidida por Fernando Freire, Presidente da Câmara Municipal, na pre-sença de autarcas e outros con-vidados.

O projecto “GESTART

– gestos artísticos revisitam a diversidade e a convergência das artes na Europa” – é coor-denado pela Câmara Municipal de Mação e pelo Instituto Terra e Memória, com a colaboração das autarquias de Vila Nova

da Barquinha e Abrantes, e do Instituto Politécnico de Tomar. Este é um dos quatro projectos do programa “Cultura” coorde-nados por Portugal, e o único que integra o património e as artes num plano comum.

As artes visuais, as artes plásticas e o património cultural são as referências básicas de di-versas actividades com a partici-pação de artistas, arqueólogos e cidadãos, em domínios como a cerâmica, o design, a literatura, a fotografia ou a tecnologia da pedra.―

Fernando Freire, joão Pinharanda e Ângela Ferreira

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noVoALMouroL.wordPress.coM

CULTURA 019FEVEREIRO 2015

decorreu no dia 27 de janeiro o programa da rTP2 sociedade civil, dedicado ao tema “Museus de comunidade” na sequência do 1º seminário Museus de co-munidade e desenvolvimento de Produtos Turístico-culturais, organizado pelo Instituto Politécnico de Tomar e pelo Município de Torres novas com participação da AdIrn, univer-sidade Lusíada, cIMT, Município de ourém e Museu nacional Ferroviário. As conclusões deste seminário foram encorajadoras e ajudaram a concluir a compo-nente prática de um trabalho de dissertação de sílvia Marques. na terça-feira passada, fui convidado pelo programa televisivo da Jornalista eduarda Maio, por indicação da Mestre sílvia Marques que insistiu para a acompanhar enquanto seu ex-orientador e na qualidade de diretor Técnico do MAr. Foi a qualidade do seu trabalho de Mestrado em desenvolvimento de Produtos de Turismo cultural que esteve na origem da nossa deslocação aos estúdios do Porto. o citado seminário de junho de 2014 realizado em Torres novas, na sua belíssima biblioteca, correspondeu a um momento importante na nossa sub-região do Médio Tejo. A dis-sertação entretanto concluída é mais novo conhecimento que fica disponível como trabalho académico de um curso do Instituto Politécnico de Tomar. no seminário de 12 de junho de 2014, foram discutidos os painé-is “Mercantilização da cultura” e “Modelo de intervenção do Mu-seu de comunidade”. estiveram envolvidos académicos, autar-cas, agentes de desenvolvimen-to local, estudantes de vários graus de ensino e outros atores territoriais. na circunstância ficou patente a necessidade da cIMT-comunidade Intermunici-pal do Médio Tejo em mobilizar os seus 13 municípios para aprofundarem duas realidades distintas mas em incontornável confronto: a questão identitária e cultural em relação com a questão económica e turística. Tanto em junho de 2014, quanto agora em janeiro de 2015 se

Roteiro do Tejo: dos territórios, das pessoas e das organizações

35. Sociedade civil e Museus de Comunidade

Luís Mota FigueiraProfessor Coordenador do Instituto Politécnico de Tomar

focou uma mesma realidade: o museu como instrumento do território deve participar da or-ganização do destino turístico, deve influenciar o contexto geográfico onde liberta a sua energia e tem que ser um aliado do desenvolvimento económico de base comunitária. Tal como será importante referir-se, o trabalho museológico e muse-ográfico que se vai realizando deve, também, conter uma centelha de oportunidade para ser divulgado em maior escala e audiência pelos atores que se lhes dedicam, como é o caso presente da Mestre sílvia Marques.

(...)o museu como instrumento do território deve participar da organização do destino turístico, deve influenciar o contexto geográfico onde liberta a sua energia(...)

Aquele que não tem memória arranja uma de papel. Gabriel García Márquez

É também com este tipo de contributos que se vai mel-horando a qualidade dos territórios e nomeadamente do seu significado enquanto destinos turísticos, dado que o trabalho de sílvia Marques e de outros especialistas formados nas escolas de Tecnologia e na escola de Gestão do IPT, bem como noutros estabelecimentos de ensino e Formação da nossa região e fora dela é, sempre, um acrescento de energia orientado ao desenvolvimento local e regional e que devemos saudar e saber aproveitar.

Tomar, 28 de janeiro de 2015―

Luís Mota Figueira escreve segundo as regras do Novo Acordo Ortográfico

Homenagema António J. Vieira de CarvalhoRealizou-se dia 17 de Janeiro no Convento de Cristo, em Tomar a apresentação do cartaz promocional da festa dos Tabuleiros 2015, que se realiza entre os dias 4 e 13 de Julho. O evento promocional foi abrilhantado pelo concerto da Orquestra de Ouro Preto, Brasil. Na ocasião, António José Vieira de Carvalho, natural de Atalaia, concelho de Vila Nova da Barquinha, professor da Ordem de Cristo e cirurgião-mor da Coroa, na Capitania de Minas Gerais, no séc. XVIII, foi homenageado..―

Militares limpam matoUm protocolo entre o município de Sardoal e o Regimento de Engenharia número 1, sediado em Tancos (VN Barquinha), proporcionou a limpeza de mato em terrenos entre as povoações de Presa e Entrevinhas no concelho sardoalense. Para a intervenção foram destacados quatro militares e quatro viaturas com os custos operacionais, bens consumíveis e apoio logístico a serem assegurados pela autarquia. O acordo está previsto no Plano de Actividade Operacional Civil, através de diversos trabalhos de colaboração deste ramo das Forças Armadas aos municípios..―

sArdoAL ToMAr

Barquinha SaudosaO grupo musical Barquinha Saudosa participou, no dia 10 de Janeiro de 2015, no "XII Encontro de Janeiras", na cidade da Régua, que para além do conjunto barquinhense, juntou os grupos de cantares Os Amigos da Música, de São João de Lobrigos; a Tuna do Rancho Etnográfico de Borbela e o grupo anfitrião, "Os Rabelos do Douro", de Fontelas - Peso da Régua.―

Vn BArQuInHA

VN BARQUINHAPalavras Soltas de um músico barquinhenseTExTO&FOTO RICARDO ALVES

Rui Almeida, músico bar-quinhense, foi o convidado de mais um “Palavras Soltas”, ciclo de conversas com perso-nalidades ligadas a Vila Nova da Barquinha (VNB) e que se realizou no Centro de Estudos de Arte Contemporânea no dia 22 de Janeiro.

“A Barquinha é o meu por-to de abrigo, onde dei os pri-meiros passos, aprendi a andar de bicicleta e fiz a escola pri-mária”, começou por desbravar Rui Almeida. O pai, também músico reputado, nunca o obrigou a seguir a via da mú-sica, “uma benesse, sempre me deram liberdade” asseverou.

Começou o ensino mu-sical em Tomar, no conserva-tório, em 1981, e “tinha aulas particulares com a professora Manuela Tamagnini”, recor-dou. “Quando cheguei, com 17 anos, à escola de música, foi um choque ver miúdos de 12/13 anos a tocar desalmada-mente”. Durante os 4 anos de conservatório estudou “10 a 11 horas de piano por dia só para apanhar o nível deles”, apenas para se convencer que não se via “a estar esse tempo todo no escritório”.

rui Almeida

Haveria ainda de ter aces-so a uma bolsa de estudo que o levaria à Alemanha, “uma boa experiência, para perceber o que estava a acontecer lá fora”. Lá, percebeu que “não que-ria ser pianista clássico” mas considerou ser importante ter a base. “Fiz um bom exame (Chopin, Brahms)” contou, para depois ressalvar que gosta de “um estilo mais melancóli-co, apesar de “ser uma pessoa alegre”. E como define o mú-sico Rui Almeida os grandes autores? “Mozart: Saltitão; Chopin: Romântico, delico-doce; Beethoven: Incrível!”.

Porque a segurança sem-pre foi um objectivo pessoal, acabou o curso mas não era o que queria fazer. Teve depois aulas em Lisboa, no mítico Hot Club, com António Pi-nho Vargas e Mário Laginha, “ambos deambulavam no Pop e no Rock, estavam mais no campo que eu queria”.

Depois houve momentos importantes: é convidado a tocar com o lendário Carlos Paredes, no Entroncamento, toca com a banda “Pedro e os Apóstolos” e entra definitiva-mente no circuito. Trabalhou com Alexandre Manaia, Lúcia Moniz, André Sardet ou Mi-guel Amado. “Andei dois anos a tocar em bares mas apercebi--me que aquilo não era para mim”. Em 2004 torna-se te-clista de João Pedro Pais.

Na sua carreira lembra com especial gozo a presença no Rock in Rio, com Bryan Adams e Keith Scott, “uma pessoa humanamente acima da média”, contou, e muito mais haveria para contar. Ain-da sobre a Barquinha, “o João Pedro Pais disse uma vez num concerto que eu era do En-troncamento. Não gostei e no final disse-lhe e ele rectificou no seguinte. Para mim a Bar-quinha é um paraíso, e é uma frustração as pessoas não da-rem valor ao que têm e ao que se tenta fazer”.

Gosta da Barquinha por-que “somos todos vizinhos do lado”. Na calha está mais um músico mas terá de esperar. O filho de Rui Almeida, de três anos, “ainda está na fase da ex-ploração”.―

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020 CULTURANovoAlmourol

FEVEREIRO 2015

Concurso de fotografia"Amor e Humorde Abrantesde 14 a 18 Fevereiro realiza-se um concurso de fotografia em Abrantes, intitulado “Amor e Humor em Abrantes” que pretende juntar a folia da época carnavalesca à paixão do dia dos namorados com fotografias que retratem vários aspectos do amor e da diversão carnavalesca nas freguesias do concelho, em toda a sua abrangência. o concurso é destinado a jovens fotógrafos amadores, dos 14 aos 40 anos, e o período de submissão/envio de fotografias ocorre entre as 09h00 do dia 14 de Fevereiro e as 15h00 do dia 18 de Fevereiro 2015. os trabalhos submetidos serão depois sujeitos à votação que decorrerá entre as 10h00 do dia 23 de Fevereiro e as 24h00 do dia 01 de Março 2015. As fotografias devem ser enviadas para o email do serviço de juventude da câmara, [email protected], ou [email protected]. A organização é do Município de Abrantes em parceria com a Associação centro comercial Ar Livre.―

Exposição Colectiva Expo 4A Galeria Municipal do entroncamento recebe até 19 de Fevereiro, uma exposição colectiva de pintura intitulada “eXPo4”.nesta exposição vão estar patentes obras dos pintores: Aida Guimarães, carlos Antunes, Irene Galamba e Kaiser, quatro artistas da TAAcTo (Tertúlia Associativa de Arte e cultura Torrejana). segundo os autores desta exposição: “são quatro olhares diferentes. Quatro diferentes sensibilidades. Quatro formas de expressão, de técnica e de entendimento da vida. Assim é a Arte e assim aparece expressa através das emoções de cada um e por isso mesmo tão autêntica, tão pessoal”.Poderá ser visitada de terça a sexta-feira, das 13h às 19h e aos fins-de-semana, das 15h às 19h. o evento é organizado pela câmara Municipal do entroncamento, no âmbito do Projecto deVIr 2015.―

ABrAnTes

enTroncAMenTo

Quinta do Bill iniciam tour 2015A banda tomarense regressa a Ourém dia 28 de Fevereiro pelas 21h00, ao Cineteatro Municipal para iniciar a sua temporada na estrada. Quinta do Bill é um grupo musical português, de folk rock, formado em 1987 com uma carreira de sucesso nacional. Bilhetes: 10€ | Reservas: 249 543 666 | 916 591 231 (das 14h00 às 20h00).―

ourÉM ABRANTESTodas as fases de Maria Lucília Moita

TEXTO NA

Trata-se de uma mostra significativa, com apresen-tação de todas as fases do seu percurso artístico, do núcleo de obras legado pela própria, em vida, ao município de Abran-tes. Estas obras fazem parte da colecção a integrar futuramen-te um espaço museológico. Foi com o apoio do seu filho, Miguel Simão, que tão intima-mente conhece a sua produção pictórica e as várias fases que a representam, que é possível, pela primeira vez na Galeria quartel, reunir o maior núme-

uma mostra significativa do seu percurso artístico

ro de obras já apresentadas em Abrantes, com simultâneas re-ferências à sua obra poética.

“Maria Lucília Moita nas-ceu em Alcanena em 1928 [e faleceu em Abrantes em 2011]. De 1944 a 1946 teve lições com o pintor João Reis. Depois da primeira exposição individual na Sociedade nacio-nal de Belas Artes em 1958, marcada pela pintura do seu mestre e dos pintores natura-listas (Silva Porto, Pousão…) da colecção Dr. Anastácio Gonçalves que era da sua fa-mília, começou um percurso que foi primeiro reacção, de-pois, uma procura que só nos

anos oitenta se afirmou sua “escrita” muito pessoal. Sempre o carvão e o óleo como proces-sos. Em 1977, com o apoio dos serviços da Fundação Calouste Gulbenkian, expôs o percurso até então realizado num espa-ço da Câmara Municipal de Abrantes, onde vive[u] desde 1954.Fez exposições idênticas nalguns museus e outros es-paços de cultura.” (Do Livro Maria Lucília Moita, 2004, Abrantes, Câmara Municipal de Abrantes, pág. 145).

A exposição pode ser visi-tada de terça a sábado, no ho-rário das 10 às 12h30 ou das 14 às 18h30.―

Até 20 de Março, está patente ao público no quARTel – Galeria Municipal de Arte de Abrantes, a exposição “Maria Lucília Moita. 1928 | 2011”

SARDOALNadir Afonso em exposição no Centro CulturalTEXTO NA

A galeria do Centro Cul-tural Gil Vicente, em Sar-doal, acolhe, até 26 de Abril, uma exposição de 24 obras da autoria do reconhecido artista Nadir Afonso. A mostra inte-gra 15 telas e nove guaches.

Nadir Afonso Rodrigues é um dos mais conceituados e talentosos pintores mundiais da sua geração. Nascido em Chaves, em 1920, formou-se em arquitectura, actividade que abandonou em 1965, para se dedicar exclusivamente à criação da sua obra plástica. Foi um dos pioneiros da arte cinética, sendo autor de uma

teoria estética e tendo publica-do vários livros, nos quais de-fende que a arte é puramente objectiva e regida por leis de natureza matemática, que tra-tam a arte não como um ato de imaginação, mas de observa-ção, percepção e manipulação da forma. Nadir Afonso alcan-çou reconhecimento interna-

cional e está representado em vários museus.

A sede da Fundação Nadir Afonso, cuja colecção de Arte estará patente em Sardoal, é um projecto do arquitecto Siza Vieira, orçado em cerca de nove milhões de euros, tendo sido inaugurada em Julho de 2014.―

Tributo a Pink FloydA banda "TIME" vai proporcionar no dia 21 de Fevereiro, no Teatro S. Pedro, um espectáculo de tributo à banda que estabeleceu um marco na história da música do século XX. O projecto "TIME" recorda uma sequência de temas que marcaram gerações desde a década de 70 aos nossos dias. “Cada canção transporta o espectador entre diversos cenários e sonoridades numa sequência consistente que transforma as cerca de duas horas de espectáculo num curto momento de prazer”, descreve a organização. Vão ouvir-se temas de sempre como “Breathe”, “Another brick in the Wall”, “Time”, “Shine on you crazy diamond”, “Dogs”, “Wish you were here”, “Brain Damage”, “Eclipse” ou “High Hopes” num ambiente multimédia que evoca os cenários grandiosos dos concertos desta banda. No palco reúnem-se músicos de diferentes gerações e influências que se unem na paixão pelos Pink Floyd, a quem rendem homenagem pela grande obra deixada à humanidade. A banda “TIME” integra António Tomás, António Bernardo, Paulo Bispo, Ricardo, Tó Zêzere, Zé Pedro, Ana Bernardo, Ana Patrícia Sanganha e Mariana Azevedo. Depois de Abrantes, a banda tem agendado um concerto no Cineteatro Municipal de Ponte de Sor, no dia 4 de Abril. Os bilhetes estão à venda no Posto de Turismo de Abrantes (241 362 555) e custam 7.50€. a organização é do Orfeão de Abrantes..―

ABrAnTes

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noVoALMouroL.wordPress.coM

CULTURA 021FEVEREIRO 2015

MAÇÂOExposição de Homenagem a Cipriano DouradoTEXTO NA

Mação recebe até dia 6 de Abril a Exposição “Passagens e Memórias” de Homenagem a Cipriano Dourado na Gale-ria do Centro Cultural Elvino Pereira. Cipriano Dourado (Penhascoso, Mação, 8 de Fe-vereiro de 1921 — Lisboa, 17 de Janeiro de 1981) foi um ar-tista plástico neo-realista por-tuguês que desenvolveu a sua actividade nas áreas da gravura, desenho, pintura e aguarela.Nasceu em Penhascoso, con-celho de Mação, pois os seus pais, então residentes em Lis-boa, quiseram que os seus fi-lhos nascessem na sua terra natal. Os temas mais frequen-tes na sua obra são, exactamen-te, a mulher e a terra. Cipriano Dourado foi um dos pioneiros da Gravura Portuguesa Con-temporânea. Iniciou a sua actividade profissional como desenhador-litógrafo. Fre-quentou um curso nocturno na Sociedade Nacional de Belas

um dos trabalhos do artista plástico neo-realista

Artes em Lisboa. Em 1949 fez um estágio na Academia Livre Grande Chaumière (Paris). Leccionou na Escola de Artes Decorativas António Arroio.Cipriano Dourado encontra--se, designadamente, repre-sentado no Museu Nacional de Arte Contemporânea, no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gul-

benkian, em Lisboa, no Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira. Organizada pela Câmara Municipal de Mação a exposição conta com parcerias com a Fundação Ca-louste Gulbenkian - Centro de Arte Moderna; Museu do Neo-realismo de Vila Franca de Xira e Culturgest - Caixa Geral de Depósitos.―

COMÉDIA

António Raminhos a fazer rir TramagalTEXTO RICARDO ALVES

António Raminhos e Hugo Sousa vão estar em Trama-gal, Abrantes, para uma Noite de Stand Up Comedy no dia 28 de Fevereiro pelas 22h00. O espectáculo vai realizar-se na Sociedade Artística Trama-galense e é uma organização da Associação Juvenil CISTUS.

António Raminhos é um dos melhores e mais descon-certantes comediantes portu-gueses e tem presença regular no programa da RTP1 Cinco Para a Meia Noite.

Raminhos é igualmente rei das redes sociais com publica-ções diárias sobre a vida social portuguesa, tendo sido prota-gonista recentemente de um vídeo com David Antunes, o músico ribatejano que também marca presença no programa

da RTP1, e que haveria de ser retirado, censurado, pelo You-tube que o considerou inapro-priado. A discussão em torno do acontecimento acabou por obrigar o Youtube a recolocar o vídeo, um sucesso na inter-net.

Hugo Sousa é comediante e autor de textos e desde o final de 2003 que faz programas de televisão e espectáculos de co-média. Na comédia de palco, o seu forte é a stand-up comedy mas faz com bastante regulari-

dade shows com personagens, sketches e improviso. Corre o país com espectáculos em tea-tros, auditórios, bares, festas ao ar livre e eventos corporativos ou festas de empresa.

A entrada para o espec-táculo é de cinco “cistus” e os bilhetes podem ser adquiridos através da Junta de Freguesia de Tramagal ou reservando através da página de facebook da Associação Juvenil Cistus. No final do espectáculo haverá lugar a sessão de autógrafos.―

CONSTÂNCIA

Feira dos Saberes na Antiga Cadeia até 1 de Março

TEXTO NA

A Câmara de Constância está organizar um conjunto de iniciativas, a Feira dos Sabe-res, até dia 1 de Março na An-tiga cadeia da vila, à qual abriu as portas a artesãos do concelho para ali exporem e venderem os seus trabalhos, bem como transmitir conhecimentos atra-vés do trabalho ao vivo e a reali-zação de workshops vários, que vão decorrer ao fim de semana.

A culinária também está representada, através de doces, bolachas e outras iguarias que mestres da arte querem ensi-nar a quem queira aprender. Haverá ainda espaço para mú-sica com recitais de saxofone (com o dueto Sara Junqueira e

Ana Xisto) e de clarinete (com o dueto Renata Junqueira e Adriana Quintas). no domin-go, 22 de Fevereiro, às 15h00, e sexta-feira, 27 de Fevereiro, às 16h00, respectivamente.

Dos workshops disponíveis até final do evento, que come-çou no dia 24 de Janeiro, as sugestões são: Workshop de Patchwork – Vera Sá, 16 de Fe-vereiro, das 14 às 17h (gratuito); Workshop de Bolachas de Ale-crim – Maria da Luz Costa, 17 de Fevereiro, às 14h (gratuito); Workshop de Torta de Laranja – Maria de Fátima Bandarra 22 de Fevereiro, às 14h, (gratuito).

O número máximo de par-ticipantes por actividade é de 10 pessoas e as inscrições devem ser feitas no Posto de Turismo de Constância.―

Artesãs expõem na Antiga cadeia de constância

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022 GASTRONOMIANovoAlmourol

FEVEREIRO 2015

Publicidade - 249 711 209 / 92 720 02 [email protected]

TEXTO NA

É o 21.º ano consecu-tivo em que o peixe do rio volta a animar a gas-tronomia em Vila Nova da Barquinha. O Muni-cípio e os restaurantes do concelho unem-se para promover mais uma edi-ção da mostra gastronó-mica “Mês do Sável e da Lampreia”, entre 14 de Fevereiro e 05 de Abril, uma iniciativa que tem como principal objectivo promover a cozinha típi-ca e tradicional.

Banhado por três rios - Tejo, Zêzere e Nabão - o concelho de Vila Nova da Barqui-nha tem no peixe do rio a sua principal fonte de sabores. Iguarias como Açorda de Sável e Arroz de Lampreia, entre ou-tras receitas tradicionais, são servidas à mesa dos

sável

7 restaurantes aderentes, num concelho cuja his-tória está intimamente ligada à actividade pis-catória.

Ao provar os pratos únicos da gastronomia portuguesa e que remon-tam aos princípios da na-

cionalidade, os visitantes poderão ganhar bilhetes para passeios de barco ao Castelo de Almourol e conhecer um monu-mento ímpar e na região e no país, com um patri-mónio arquitectónico e paisagístico magnífico (1 bilhete por dose, sendo a promoção válida apenas ao fim-de-semana).

Crónica de Enologia Como servir um vinhoEng. Teresa NicolauEnóloga

como servir um vinho, quais os copos adequa-dos, a sequência em que devem ser servidos os diferentes vinhos, qual a temperatura ideal para servir, são muitas das perguntas com que seguramente muitos dos caríssimos leitores já se depararam aquando realizar um pequeno evento. de facto, são pormenores muito importantes para que se possa saborear e degustar um vinho em plenas condições não deflagrando ou subesti-mando a sua qualidade. Após escolher o vinho ou vinhos a servir, as garrafas devem ser limpas cuidadosamente, em especial perto do gargalo para que algu-ma impureza presente seja removida. As garrafas de vinho tinto levadas a uma tem-peratura entre 16-18ºc, devem ser abertas pelo menos 30 minutos antes de ser servido e vertido para um decantér com cuidado, permitindo que o vinho “respire” antes de ser servido e remo-vendo algum pequeno depósito. no caso do vinho branco, este deve ser servido frio entre os 8-12ºc, e mantido assim durante todo o evento, colocando-o assim num frapé com gelo.A tradição que diz que o

vinho tinto é ideal para acompanhar pratos de carne e o vinho branco é ideal para pratos de peixe, não se verifica. o importante é que o paladar da comida não se sobreponha ao do vinho e vice-versa conse-guindo um equilíbrio na degustação.Apesar de a degustação de um vinho ser uma festa de sabores, para ser verdadeiramente apreciado deve ser ser-vido segundo a seguinte ordem: primeiro o seco e depois o doce; o vinho novo deve preceder o velho; e o branco serve--se sempre antes do vinho tinto.

E o copo? Que copo es-colher? os copos devem ser incolores para deixar transparecer o vinho, a sua limpidez e cor. deve ter um pé por onde pe-gar, de forma a que não se coloque a mão envol-ta no copo o que altera a temperatura do vinho. o vinho tinto é servido em copos grandes e abertos permitindo a libertação dos aromas, e o vinho branco num copo pequeno e fechado de forma a concentrar a sua frescura dos aromas. Assim, o copo de balão (copo redondo, permite que o vinho “respire”, ideal para tintos nobres e envelhecidos), o túlipa

(parece um sino inverti-do, recomenda-se para servir vinhos brancos, rosés e tintos jovens), o bordalês (copo elegante, perfeito para vinhos brancos, rosés e tintos jovens) a taça (um copo largo e achatado, utili-zado para o vinho tinto, mas também para servir espumante doce) e o flute (elegante e esguio, é o mais utilizado para servir espumante/cham-panhe).

Nada de “copo cheio”, dita a etiqueta! nenhum copo deve ser atestado de vinho – se for tinto, sirva até 2/3 do copo apenas, e se for branco, não ultrapasse metade do copo. na parte final do evento ou do jantar há sempre o momento do café. depois deste servem-se os digestivos e indepen-dentemente de serem vinho do Porto ou outro licor qualquer, podem ser servidos frescos ou acompanhados de uma pedra de gelo. este é um hábito que foi adoptado há relativamente pouco tempo, até então as bebidas pós-jantar eram servidas à temperatura ambiente!

e perante estas dicas caros leitores(as) desejo votos de bons momen-tos de degustação…―

Para os amantes das iguarias que até 05 de Abril vão ser reis e rai-nhas gastronómicas, deixamos os restau-rantes aderentes e os contactos que podem utilizar para as respec-tivas reservas: Almourol (Tancos) 249720100;

A Carroça (Limei-ras) 249739718; Chi-co (Praia do Ribatejo) 249733224; Ribeirinho (Barquinha) 249712292; Soltejo (Barquinha) 249720150; Stop (Ata-laia) 249710691; Tas-quinha da Adélia (Bar-quinha) 249711792 e Restaurante Estrela – 249739666.―

Para além de provarem pratos únicos da gastronomia portuguesa, os visitantes podem ganhar passeios de barco ao Castelo de Almourol.

VN BARQUINHA21.º Mês do Sável e da Lampreia

Page 23: Jornal novo almourol ed 405 fev2015

Fevereiro Carnaval da Linhaceira14 a 17 de Fevereiro A tradição do carnaval no concelo de Tomar passa pela Linhaceira. Carros alegóricos, muito humor, sarcasmo e folia. Três dias que enchem por completo as ruas da aldeia

MúsIcA TeATro/dAnçA sABer cIneMA PATrIMónIo eTnoGrAFIA Ar LIVre GAsTronoMIA LITerATurA eXPosIção

noVoALMouroL.wordPress.coM

NADA PARA FAZER 023FEVEREIRO 2015

Concerto de Raquel Tavares

13 de FevereiroCineteatro São Pedro,

Abrantes, 21h30

10€-

Feira de S. Matias 20 de Fevereiro a 8 de Março

Aquapolis, Margem Sul Abrantes

-

“Maria Lucília Moita. 1928|2011”

Até 20 de MarçoquARTel – Galeria Munici-

pal de Arte de Abrantes -

“Do Gesto à Arte: criar, fazer, comunicar”

Exposição permanente

Museu de Arte Pré-Histórica de Mação

-

Commedia a la Carte

28 de Fevereiro Cineteatro São Pedro,

Abrantes, 21h30 10€-

“Escreler” trabalhos de

Manuel PortelaAté 28 de Fevereiro

Biblioteca Municipal António Botto, Abrantes

-

Encontros Documentais

“Formar e Educar”

25 de Fevereiro Biblioteca Municipal

de Vila de Rei -

António Zambujo

apresenta o disco

“Rua da Emenda” 28 de Fevereiro

Teatro Virgínia, Torres Novas,

21h30 12,50€

Quarteto Artemsax Projecto

Giacometti 21 de FevereiroCineteatro São Pedro,

Alcanena21h30

entrada gratuita -

Feira dos Saberes Até 1 de Março

Antiga Cadeia de Constância

-

Glenn Miller Orchestra voltam a

Portugal para três concertos

14 de FevereiroTeatro Virgínia, Torres Novas,

21h30 15€-

Concerto com GNR

20 de FevereiroCineteatro Paraíso, Tomar,

21h30 13€ a 16€

-

“Getas – 32 Anos de Teatro”

Até 7 de MarçoEspaço Cá da Terra

Centro Cultural de Sardoal–

“Portugal e a Grande Guerra”

Até 21 de Março Casa dos Cubos

Tomar-

Ethno Bing Band 20 de FevereiroCineteatro São Pedro,

Abrantes, 21h30 4€-

“Passagens e Memórias”,

homenagem a Cipriano Dourado

Até 6 de Abril Galeria do Centro Cultural

Elvino Pereira Mação

-

XXI Mês do Sável e da Lampreia

Até 5 de Abril Restaurantes aderentes

do concelho de Vila Nova da Barquinha

-

“Nadir Afonso”, pintura

de Nadir Afonso Até 26 de Abril

Galeria do Centro Cultural Gil Vicente

Sardoal-

TIME – Tributo aos Pink Floyd

21 de Fevereiro Cineteatro São Pedro,

Abrantes, 21h30 7,50€

-

“Indépendance Cha Cha” de Ângela Ferreira

30 de JaneiroAuditório

do Centro Cultural Elvino Pereira,

Mação 21h -

Quinta do Bill em concerto 28 de FevereiroCineteatro Municipal

de Ourém21h30

10€–

Page 24: Jornal novo almourol ed 405 fev2015

024 POR AGORA É TUDO FEVEREIRO 2015

Nova formação SuperiorO Instituto Politécnico de Tomar prepara cursos técnicos superiores profissionais que são uma nova formação superior politécnica, com funcionamento previsto para o pró-ximo ano lectivo, respondendo às prioridades e necessidades da eco-nomia do Médio Tejo. Os cursos são delineados tendo em conta as áreas de formação do IPT ao nível dos cursos de licenciatura, mestrado e pós-graduação e as áreas de espe-cialização, também para jovens que pretendem retomar os estudos e ac-tivos que procurem requalificação.

Qualificação e ensino No dia 28 de Janeiro foi assinado um protocolo entre a CIM do Médio Tejo e a ANQEP - Agên-cia Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, para a aplicação à CIMT do módulo de aprofundamento regional e visa o desenvolvimento do processo de planeamento da rede de oferta de qualificação ao longo do período de vigência do Quadro Estratégico Comum 2014-2020 e da Agenda 2020. Estiverem presentes verea-dores e técnicos das autarquias que acompanham a área da educação.

IPTreGIão

Espanha rejeita críticas O Governo espanhol rejeitou no dia 5 de Fevereiro que os transva-ses de água do Tejo realizadas em Espanha sejam responsáveis pelas variações do caudal do rio no lado português, afirmando que os crité-rios estabelecidos no convénio bi-lateral têm sido “escrupulosamente cumpridos”. Perante as críticas da CIM Médio Tejo (ler pág. 5) o Ministério da Agricultura, Ali-mentação e Meio Ambiente de Espanha disse à Lusa que “o vo-lume mínimo semanal foi sempre superior aos 7 hm3 estabelecidos”.

rIo TeJo

Título Jornal Novo Almourol propriedade CIAAR - Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo Director Luiz Oosterbeek Editor Ricardo Alves (CP-9685) Sub-Directora Cidália Delgado Chefe de Redacção André Lopes Redacção Maria de Lurdes Gil Jesuvino, Rafael Ferreira, Patrícia Bica, Núcleo de Comunicação ESTA, Margarida Serôdio Opinião António Luís Roldão, Alves Jana, Augusto Mateus, António Carraço, Teresa Nicolau, João Gil, Luís Mota Figueira, Luís Ferreira, João Geraldes Marques, Joaquim Graça, Bruno Neto, Humberto Felício, Tiago Guedes, Carlos Vicente, Miguel Pombeiro, Rita Inácio Edição Gráfica Pérsio Basso e Paulo Passos Fotografia Ricardo Alves paginação Ricardo Alves publicidade Novo Almourol Departamento Comercial 249 711 209 - [email protected] Jornal Mensal do Médio Tejo Registo ERC nº 125154 Impressão FIG - Indústrias Gráficas SA Tel. 239 499 922 Fax. 239 499 981 Tiragem Média Mensal 3500 ex. Depósito Legal 367103/13 Redacção e Administração Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo - Largo do Chafariz, 3 - 2260-407 Vila Nova da Barquinha Email [email protected] / [email protected]

Novo Almourol

Centro GeriátricoA Estrutura Residencial representa um investimento de 2 milhões de euros e entrou no dia 2 de Fevereiro em concurso público. Da responsa-bilidade da Santa Casa da Miseri-córdia, prevê a construção de uma estrutura residencial com capaci-dade para 58 utentes, numa área superior a 3.000 m2, com um valor base de 2 milhões de euros. Será composto por três lares para idosos e espera-se que o primeiro edifício, de um total de três, esteja pronto no final de 2015. O projecto deverá criar 50 novos postos de trabalho.

VILA de reI

ENCONTRO IBÉRICO

Abrantes vai estar com os azeites TEXTO NOVO ALMOUROL

De 27 de Fevereiro a 1 de Março, decorre, em Abran-tes o III Encontro Ibérico do Azeite. O debate tem lugar de destaque neste evento, organi-zado pelo município ribateja-no, num simpósio técnico que acontece nos dias 27 e 28 no Cine-teatro São Pedro.

«Osdesenvolvimentos tecnológicos no olival e na

extracção do azeite», «o azeite e o consumidor», «programa de desenvolvimento rural 2020 e o azeite», «o turismo e novos pro-dutos associados ao azeite» são alguns dos temas em análise no simpósio técnico.

O Encontro Ibérico do Azeite, que visa reconhecer a im-portância crescente da fileira do azeite para o desenvolvimento económico e social do país, tem também exposição de «escultura, cerâmica, pintura e artesanato elaborado a partir do conceito

“Azeite”», petiscos inspirados no “ouro líquido”, exposição e ven-da de produtos cosméticos ela-

"Utilizamos água de boa qualidade para lavar carros e mesmo na indústria ou em campos de golfe"

As modificações climáticas e am-bientais estão a mudar o regime e frequência das chuvas, aceleran-do o processo de desertificação da Península Ibérica. numa sociedade em que cada vez mais as decisões se tomam para reme-diar problemas de curto prazo, as megabarragens, a desflorestação e a impermeabilização de solos têm sido a marca do “progresso”. embora exista água em quanti-dade suficiente para as necessi-dades presentes e previsíveis de abastecimento, os sistemas de captação, distribuição e utiliza-ção da água geram desperdícios enormes. A sábia construção de cisternas de colecta doméstica

Editorial

Ambição

Luiz Oosterbeek Director

de chuvas foi abandonada. A desflorestação dos cabeços acelerou a erosão e liquidou a produção natural de água que alimentava os rios. utilizamos água de boa qualidade para lavar carros e mesmo na indústria ou em campos de golfe. não temos estruturas de captação das chu-vas torrenciais. As nossas casas não reciclam a água… no curto prazo é fundamental conseguir o que a cIMT exige e que Fernan-do Freire explica ao nA, mas a solução sustentável está numa mudança de infra-estruturas. Terá o novo quadro comunitário pensado nisso?olhar a vida de outra forma, valorizar o passado e polemizar o presente até ao incómodo, eram características do Quim que agora nos deixou. Ficamos mais pobres e com mais responsabili-dades.―

borados com azeite, e outras actividades que acontecem no Mercado Criativo.―