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MARÇO 15 | N°406 | ANO XXXIV | PREçO 1,20 EUROS | MENSAL DIRECTOR LUIZ OOSTERBEEK Novo Almourol Região acolhe Mundial de Wakeboard Mas não só. A albufeira de Castelo de Bode vai ter uma estância do desporto, a primeira no mundo. Em Setembro chegam os melhores do mundo p04&05 O NA faz 58 anos E os parabéns devem ser dados aos leitores, anunciantes, colaboradores e ex- colaboradores, ex- directores(as), à palavra escrita, à informação. A vida começa aos 58. p18e19 p04e05 p06 100 Milhões O Secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar esteve no Tecnopolo do Vale do Tejo, em Abrantes, e anunciou que a estratégia nacional para o sector passa pela inovação. O Tecnopolo é um dos centros que considera fundamentais para o sucesso do novo quadro comunitário de Apoio, o Portugal 2020 p010 Miguel Borges em entrevista Novo Pavilhão desportivo está pronto a ser inaugurado As obras do Pavilhão Desportivo de Vila Nova da Barquinha, inserido no Campus Escolar, estão finalizadas e a inauguração é para breve. também uam nova Galeria de Arte, fruto da requalificação de uma antiga escola primária na vila, está em construção. Presidente da Câmara Municipal de Sardoal defende a criação de oportunidades no interior, região que para ele é "uma oportunidade". Em altura de Semana Santa, acredita que a celebração anual é única no país e que pode alavancar o concelho para o futuro.

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Edição de Março 2015 Jornal NA

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MARÇO 15 | n°406 | Ano XXXIV | Preço 1,20 euros | MensALDIRECTOR LuIZ oosTerBeeK

Novo Almourol

Região acolhe Mundial de Wakeboard Mas não só. A albufeira de Castelo de Bode vai ter uma estância do desporto, a primeira no mundo. Em Setembro chegam os melhores do mundo p04&05

O NA faz 58 anosE os parabéns devem ser dados aos leitores, anunciantes, colaboradores e ex-colaboradores, ex-directores(as), à palavra escrita, à informação. A vida começa aos 58.

p18e19p04e05 p06100 Milhões o secretário de estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar esteve no Tecnopolo do Vale do Tejo, em Abrantes, e anunciou que a estratégia nacional para o sector passa pela inovação. o Tecnopolo é um dos centros que considera fundamentais para o sucesso do novo quadro comunitário de Apoio, o Portugal 2020

p010

Miguel Borges em entrevista Novo Pavilhão desportivo está pronto a ser inauguradoAs obras do Pavilhão Desportivo de Vila Nova da Barquinha, inserido no Campus Escolar, estão finalizadas e a inauguração é para breve. também uam nova Galeria de Arte, fruto da requalificação de uma antiga escola primária na vila, está em construção.

Presidente da Câmara Municipal de Sardoal defende a criação de oportunidades no interior, região que para ele é "uma oportunidade". Em altura de Semana Santa, acredita que a celebração anual é única no país e que pode alavancar o concelho para o futuro.

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02 CURTAS & GROSSASNovoAlmourol

MARÇO 2015

Técnicas de envelhecimento activoA Associação Portuguesa Conversas de Psicologia (APCP) pretende dar a conhecer técnicas para estimular o envelhecimento activo, através de acções de formação a técnicos e estudantes da área da gerontologia, dotando os formandos com ferramentas que possam utilizar nos seus locais de trabalho, permitindo-o sem necessidade de muitos recursos, e que podem ser aplicadas em lares, centros de dia e projectos de voluntariado. Na formação, serão ensinados jogos de motricidade, pequenos movimentos que podem ser ministrados a pessoas com dificuldade de mobilidade, plataformas electrónicas e informáticas para estímulo cognitivo, entre outras actividades. Vítor Anjos, presidente da APCP anunciou que está marcada formação para vários locais, entre os quais Vila Nova da Barquinha.

58 anos com a comunidade Na sua vida o Novo Almourol (NA) passou por várias fases. O seu início, em 1957, com o título “A Nossa Paróquia”, propriedade da Igreja de Santo António, e fundador o Padre José Coelho Susano. Mais tarde, em 1960, passou a designar-se “Almourol” para em 1981 passar a designar-se “Novo Almourol” designação essa que mantém até hoje. O NA foi-se adaptando aos novos tempos e respondendo às circunstâncias com que se deparou, numa tentativa de modernizar para atrair cada vez mais leitores. Com a comemoração de 58 anos a responsabilidade torna-se maior. Há um compromisso com os leitores que não pode ser descurado. O empenho tem de ser cada vez maior dada a enorme dificuldade com que nos deparamos. Vivemos tempos conturbados, numa conjuntura económica difícil, mas vamos tentando e fomos sempre conseguindo resolver todos os problemas com que nos deparamos para mantermos esta publicação. O NA evoluiu e deixou de ter apenas colaboradores que pelo amor à sua terra e à escrita redigiam artigos de opinião, para ter um jornalismo que procura dar voz a todos, a ter mais proximidade com os leitores e que continue a ser profícuo. O papel de um jornal é informar. Queremos fazê-lo mantendo uma relação de proximidade com os leitores sempre com o objectivo de não apenas subsistir mas fazer cada vez mais e melhor. Parabéns a todos os que ao longo destes 58 anos passaram pela direcção e redacção, colaboradores, angariadores de publicidade, anunciantes, e uma carinhosa palavra de agradecimento aos leitores, o alvo principal de todo o esforço conjunto desta equipa. Cidália Delgado

De comboio pela Rota da LampreiaA CP – Comboios de Portugal - disponibiliza a Rota da Lampreia do Tejo até final de Abril, um programa de lazer, destinado essencialmente a grupos de amigos apreciadores da famosa lampreia. Esta rota gastronómica propõe viagens de ida e volta de comboio, até Tancos, Barragem de Belver ou Rodão, e a reserva de almoço num dos tradicionais restaurantes da região: o “Almourol” em Tancos, a “Lena”, junto à Barragem de Belver ou a “Estalagem Portas de Rodão”, em Rodão, entre outros. As viagens são para grupos de 10 ou mais participantes e na compra de viagens de ida e volta, a CP disponibiliza ainda preços especiais, com reduções entre 40% e 50% sobre o preço. As reservas para este programa devem ser feitas através dos telefones 249 132 752 / 919 988 775 ou através do e-mail: [email protected].

↑ rio acima

↓ rio abaixo

Castelo de Bode

A albufeira recebe em Setembro o campeonato do mundo de wakeboard. Temos a tradição e a história na região. Riquíssimas, é certo. Mas para tomar posição, para evoluir e atrair pessoas, ou pelo menos fixar as que aqui vivem, é preciso inovação. (Pág.4)

Fusão nas Águas

O Governo apresentou um documento para a Reestruturação do Sector dasÁguas que deve levar à fusão das 19 empresas de distribuição existentes ficando apenas cinco. Os autarcas não foram (mais uma vez) ouvidos e estão preocupados com a falta de proximidade que tal irá causar. (pág. 8)

Parceria Intermunicipal

Há muito se fala em intermunicipalidade mas apenas a espaços se observa. O projecto de uma estância de wakeboard na região é um exemplo. Abrantes, Mação, Vila de Rei, Ferreira do Zêzere e Sertã, uniram esforços e quem ganha é toda a região. (Pág.4)

Contribuições ao estado?

Alegar desconhecimento de que os recibos verdes teriam de pagar contribuições à segurança social é risível e ainda mais vindo de Pedro Passos Coelho, "só" o primeiro ministro de Portugal e líder de um governo que ameaçou com pena de prisão os muitos trabalhadores precários e a recibos verdes por dívidas menores.

Pavilhão pronto

O novo pavilhão desportivo de Vila Nova da Barquinha está pronto e aguarda inauguração. Uma lacuna sentida pela comunidade escolar e população em geral que agora tem um equipamento moderno.(Pág.6)

Eventos 2020

Há eventos desportivos cuja magnitude e efeitos laterais, são estruturantes. É o caso, ou pode vir a ser, da entrada em força do wakeboard na nossa região. Aos municípios pede-se tanto que não ficava nada mal encontrar modo de inscrever certos eventos no Portugal 2020. Quantas vezes pode o interior ombrear com o litoral?

No início dos trabalhos da sessão da Assembleia Municipal de VN Barquinha, no dia 20 de Fevereiro, foi guardado um minuto de silêncio em memória de Joaquim Vieira, que faleceu no início do mesmo mês, vítima de doença prolongada.

0,5 Mais de meia tonelada de pilhas foram entregues em Dezembro pela Resi-tejo no âmbito do 6.º Pe-ditório Nacional de Pilhas e Baterias Usadas a favor do Instituto Português de Oncologia permitindo doar dois aparelhos de tratamento para doentes oncológicos ao instituto: uma Gama sonda portátil para gânglio sentinela e um Dermatomo.

Despiste causa estragos em hotel

Na madrugada de Domingo, dia 15 de Fevereiro, pelas 7h00, uma condutora perdeu o controlo da sua viatura e embateu com violência na fachada do prédio da unidade hoteleira em construção. O acidente aconteceu junto à avenida dos plátanos em VN Barquinha, e causou estragos materiais na parede exterior, portas e janelas. Segundo informações recolhidas no local, foi a própria condutora a reportar a situação à GNR contando ter sido surpreendida por uma viatura que saía da avenida e, assustada, terá desviado a rota embatendo no edifício. As reparações já foram realizadas.

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noVoALMouroL.wordPress.coMNA PRIMEIRA PESSOA 03 MARÇO 2015

CVRita Inácio 32 anos,ArquitectaLimeiras,Praia do ribatejo

199828 de Março, primeira actuação numa noite de Fados como convidada, na Meia-Via

2000outubro, início da Licenciatura de Arquitectura na Faculdade de Arquitectura da universidade Técnica de Lisboa

20013 de setembro, ser tia de gémeos

2006setembro, conclusão da Licenciatura de Arquitectura

Amar! Viver em função das suas paixões e não ter medo de errar!“

20122 de Agosto, primeira actuação na televisão, na rTP1, no Verão Total

Sempre tive jeito para…Desenhar, cantar e sorrir.

Três coisas a que nunca resistoA uma boa conversa, sushi e música. Não podia viver sem...Família, Amigos, Fado e Arquitectura.

Acredito...Que o caminho da Vida é o caminho do Amor.

Não acredito...Em demónios!

Se aprendemos com os erros porque temos medo de errar?Porque somos apegados à nossa zona de conforto, e penso que por desconhecimento do que vai acontecer com o suposto erro! E porque às vezes é difícil de aceitar que o erro está em nós mesmos e na nossa forma de agir com o outro, com o próximo e com o Mundo! Erramos e ainda assim repetimos e perpetuamos o nosso erro pela nossa vida, tudo porque a nossa espécie de comodismo nos prende a um algo, que raramente é o que nos faz feliz!

Se pudesse dar um conselho a um recém-nascido qual seria?Amar! Viver em função das suas paixões e não ter medo de errar! Aliás a única coisa que podemos prometer, como Pedro Chagas Freitas diz, é falhar!

O que preferia ser: um génio preocupado ou um idiota contente?Acho que no meio disto tudo, ser a Rita é bem mais fácil! (Gargalhada…) Confesso que as opções pouco me dizem. Um génio preocupado vive em angústia constante, e não é fácil aceitar as diferenças com o resto do mundo! O idiota contente? Bem, é verdade que os ignorantes são os mais felizes, mas viver na ignorância é ser absorvido por uma sociedade e pelo que ela impõe, é estar a jeito do que outros (com mais conhecimentos) querem ou pretende de nós! Por isso, nenhuma das opções! É preferível ser um comum mortal a saber sorrir!

Uma música como banda sonora da sua vida?“Over the rainbow” do Filme Feiticeiro do Oz, interpretado pela Judy Garland. Afinal porque quero acreditar que podemos ousar sonhar, e que num determinado lugar os nossos sonhos podem ser uma realidade!

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04 SOCIEDADENovoAlmourol

MARÇO 2015

MÉDIO TEJO

Castelo de Bode vai ter primeira estância de Wakeboard do mundo

TEXTO&FOTO RICARDO ALVES

Os municípios de Abran-tes, Ferreira do Zêzere, Mação, Sertã e Vila de Rei, a Turismo do Centro e a Asso-ciação Portuguesa de Wake-board e Wakeskate (APWW) em consórcio com a empresa EIPWU uniram-se na pro-moção conjunta da região Centro de Portugal através do wakeboard, um desporto que está em ascensão em todo o mundo, superando o surf em número de praticantes nos E.U.A.

O NA esteve na BTL - Bolsa de Turismo de Lisboa, a convite da organização, no dia 27 de Fevereiro e teste-munhou o empenho e satisfa-ção dos responsáveis durante a apresentação oficial. André Matos, Presidente da APWW, salientou a “espectacularidade” de um desporto “recente”, que tem captado “adeptos e curio-sos em todo o mundo”. “É o desporto aquático com maior taxa de crescimento dos Esta-dos Unidos da América, onde nasceu há 25 anos. Alastrou-se por todo o mundo e sabemos hoje que existem mais de três milhões de praticantes só na Europa”.

E é na Europa que o wake-board quer crescer (ver en-trevista na página seguinte), através de Portugal, “a Florida da Europa”, como lhe chamou Shannon Starling, presidente da World Wakeboard Asso-ciation e oriundo do estado da Florida nos EUA.

O Campeonato do Mundo de Wakeboard, a prova rainha

da modalidade, vai realizar-se em Setembro em Castelo de Bode, concelho de Abrantes, e é a primeira vez que tal acon-

tece fora dos EUA. “Vamos acolher um mega evento des-portivo, inserido numa acção de promoção de Portugal e do

interior do país. O grande ob-jectivo é criar um novo destino de wakeboard, construindo a primeira estância do mundo

em Castelo do Bode. A pro-moção do destino é alavancada através do campeonato mun-dial”, explicou Luís Segadães, especialista em Marketing Territorial e um dos respon-sáveis pela organização do evento.

Nacionais em Junho. Três meses antes do campeonato Mundial vai realizar-se o cam-peonato nacional de wake-board, naquela que será a pri-meira incursão da modalidade na região.

Em Setembro chegam os melhores atletas internacio-nais. Estão a ser desenvolvidos projectos de implementação de cable parks em torno da barragem, com duas torres de ancoragem de seis cabos - ali-mentados a electricidade - que permitirão a prática no local. No final da execução estará criada uma estância para ser utilizada para praticantes de todo o mundo.

Apesar de ser um projec-to apoiado pelas quatro au-tarquias mencionadas, toda a região pode vir a beneficiar do fluxo de visitantes, nomeada-mente a hotelaria, restauração, património entre outras ver-tentes disponíveis.―

o mote foi dado por Maria do céu Albuquerque (Ps) durante a apresentação do projecto na BTL. Perante a presença de deputados e demais representantes políticos, a presidente da cIMT e do Município de Abrantes não deixou escapar a oportunidade para criticar o facto de o quadro comunitário que se aproxima, não prever o financiamento de eventos desportivos. “Mais uma vez serão os municípios a suportar os encargos e com recursos cada vez mais pequenos, não se percebe como é que iniciativas como esta não sejam consideradas para financiamento”, atirou a autarca, deixando o “desafio” ao “governo da nação para que se debruce sobre a matéria”. Posição igualmente critica teve Pedro Machado, Presidente da Turismo centro de

Portugal, “se a secretaria de estado inscrever estes eventos no quadro de apoio estará a contribuir para a valorização do território” “no Médio Tejo temos Fátima, temos fé”, finalizou Pedro Machado. Ao nA, Miguel Pombeiro, secretário executivo da cIMT, elogiou a posição da autarca no contexto da BTL, “o próximo quadro comunitário de apoio ainda não tem os regulamentos aprovados e o que se diz é que os eventos serão uma prioridade negativa, ou seja, que não é financiável”. no entanto, Pombeiro avisou que é necessária uma distinção, “há eventos que são estruturantes do ponto de vista do território e que o retorno é de tal forma importante que uma comparticipação de fundos comunitários tem um efeito multiplicador no território”, e congratulou-se com o

Autarcas criticam o facto de eventos desta importância não caberem no Portugal 2020

projecto na região, “num país com tendência para a litoralização dos eventos”.Vasco estrela (Psd), presidente da câmara de Mação, aplaudiu a tomada de posição da presidente da cIMT e apesar de perceber “que o país não pode apoiar todos os eventos, não há maior injustiça do que tratar por igual o que é diferente". Vasco estrela acredita que no Médio Tejo, onde 11 concelhos estão a perder população de forma assustadora, este tipo de projectos pode “contrariar esta dinâmica infeliz na nossa região”. “sabemos que não é a solução para os nossos problemas mas ajuda à promoção da região, é bom para a auto-estima, cria riqueza, pode ajudar a criar novos negócios, novas emoções, novas visões de futuro e fixar pessoas no território”, concluiu.―

Em Setembro a albufeira vai receber o Campeonato do Mundo de Wakeboard e até lá vão ser instalados parques para a prática da modalidade com duas torres e seis cabos dando o mote para a criação de um cluster na região

o surf tem tornado o oeste de Portugal num destino procurado. A litoralização do país pode agora ser um pouco contrariada com a introdução do wakeboard.

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noVoALMouroL.wordPress.coM

CAMINHANDO 05MARÇO 2015

SHANNON STARLING

"Portugal é perfeito para se tornar uma referência"

TEXTO&FOTO RICARDO ALVES

Estava relutante em tra-zer uma tão grande com-petição para Portugal. O que o fez mudar de ideia?A localização. É uma explica-ção mais alongada, mas quando olhamos para a Europa, para os desportos náuticos e wake-board, há dificuldades na sua realização devido a algumas restrições e os custos elevados. Quando vimos a Portugal pen-samos no país mas também pensamos em Europa. Quando aterrei aqui e comecei a anali-sar a área, apercebi-me que os lagos, os rios, a comida e as pes-soas são perfeitos, mas temos de olhar para a economia. E o nosso trabalho é fazer crescer o desporto. Quando procurei um local na Europa para trazer um evento deste tamanho, que vai trazer muita publicidade, qui-semos fazê-lo num local que se tornasse um destino na Europa, num continente que a norte está a ficar mais pequeno no sentido da prática do wakeboard.Pesou muito o facto de Portugal ter custos mais reduzidos?Sim. As acessibilidades e cus-tos. Por isso é que tudo mudou. De Portugal como anfitrião de um evento pontual, para a ideia de tornar o país uma referên-cia mundial para o wakeboard. Neste momento está frio em todo o lado, mas aqui não. Pode estar para os portugueses mas para alguém que viva na Suíça, por exemplo, não está. Eu fiquei surpreendido com o clima, e muitas outras coisas, e atenção que estou neste desporto desde o seu início. E é mais fácil cres-cer num país em que as percen-tagens de praticantes são baixas mas as acessibilidades às linhas de água são excelentes. De que números estamos a falar?Em dólares americanos? Ve-jamos, 300 atletas, que viajam com outras pessoas, cerca de 900 ao todo. Estas gastam em média 500 dólares por dia, fi-cam 14 dias em média. Não é só virem para o campeonato, mas encontrar um sítio em que experienciem tudo. Elas ficarão

em Lisboa e noutros sítios da região e farão disso as suas fé-rias de família. Está na ordem dos milhões.Conhecia Portugal antes desta visita?Não conhecia. Toda a riqueza histórica, a hospitalidade das pessoas… Fiquei em Cascais, desta vez, para sentir isso tudo. Estou a aprender tudo nos últi-mos três a quatro meses, e é isso que temos de fazer. Fazer disto uma experiência, acomodar as pessoas para estar com a famí-lia. Eu traria a minha família. Como é que tudo surgiu?Fui contactado pelo André Matos. Eu já viajei pelo mundo mas quando vim negociar um evento para Portugal foi a pri-meira vez que cá vim. O André

o norte-americano, da Florida, acreditaque o sucesso do projecto vai ser imediato

disse que devíamos ter aqui um evento para fazer parte do nos-so World Series. Era suposto ser um evento profissional, de 30 homens e 20 mulheres com grande cobertura dos media mas restrito a profissionais. Ha-via vários locais em discussão para acolher o campeonato do mundo, como Cancun, no Mé-xico, ou Tóquio, no Japão. Mas eu imediatamente sugeri e fiz força para que fosse Portugal. As acessibilidades para esses países não estavam prontas e as infra-estruturas não estão bem localizadas.Estamos a falar de um projecto de três anos…Sim. Mas este primeiro ano tem de ter sucesso. Não vou esconder isso. Muito está con-centrado neste primeiro ano. Eu não conheço muitas destas pessoas que estão aqui mas têm sido formidáveis, têm-me per-guntado o que preciso, o que quero para estar aqui e realizar o projecto, o que é óptimo.Não chegou a haver mui-ta negociação?

com a publicação do n.º 406 do Jornal novo Almourol, assinala-se o seu 58º aniversário.sendo uma publicação periódi-ca, o novo Almourol conseguiu manter, ao longo deste 58 anos de vida, a regularidade da pub-licação, o que é feito de grande valor para qualquer publicação periódica.um jornal local só atinge os seus objetivos se for ao encontro das necessidades dos seus leitores, conseguindo ao mesmo tempo contornar as dificuldades in-trínsecas ao investimento publicitário, os baixos níveis de leitura e as naturais barreiras à fidelização através da assinatu-ra, uma vez que esta publicação sustenta-se em parte, dos seus assinantes.Há 15 anos abracei este pro-jeto e juntei-me à equipa de colaboradores do Jornal novo Almourol. de 1998 a 2000 como diretora-adjunta e de 2000 a 2013 como diretora da publi-cação.Integrar um projeto de imprensa local é um ato de entrega e dádiva pessoal. Ao longo destes anos testemu-nhei o compromisso de quem arrogou ser possível erguer um projeto de comunicação social, desenvolvendo a proximidade, estimulando e conservando vínculos identitários, culturais e históricos da vida coletiva deste concelho.recordo, com um misto de saudade e nostalgia, as noites dedicadas a passar textos entregues em papel pelos colab-oradores, porque outros eram os tempos e nem todos tinham acesso às novas tecnologias. o jornal era na altura, todo paginado na gráfica, e só mais tarde, foi adquirido um software que permitiu fazer esse trabalho na redação.

Aniversário

Parabéns NA!

Lurdes GilDirectora do NA durante 13 anos

sou do tempo do jornal a preto e branco! só em 2000 foram introduzidas algumas páginas a cores.Ao olhar para trás fica o registo de um projeto que vingou, que foi mais longe e que acompan-hou a evolução dos tempos. Atualmente a informação deixou de depender exclusiva-mente de papel para circular e o novo Almourol está também disponível online, indo ao encontro das necessidades de novos leitores.Hoje é um projeto mais abran-gente da região onde está inserido, não esquecendo, no

Integrar um projeto de imprensa local é um ato de entrega e dádiva pessoal.

entanto, as suas raízes e o seu objetivo inicial, levar as notícias da Barquinha aos barquinhens-es que, por opção, ou por força das circunstâncias tiveram que abandonar a sua terra mãe.Muito se tem a agradecer a todos os colaboradores que durante estes anos contribuíram para a manutenção deste projeto. Muito representam também os leitores e assinantes deste jornal que permitiram a sua existência durante estes 58 anos de vida.Parabéns novo Almourol!―

Foi instantâneo, e com o Luís e o André, o Luís Segadães das Sete Maravilhas de Portugal e a sua experiência em Marketing e promoção de eventos, e o An-dré com a sua experiência nos desportos náuticos, estou muito feliz com a equipa. Estou muito confortável.Um desporto e sua econo-mia desconhecidos, como vão dá-los a conhecer à região?Sim, penso que vai levar algum tempo a enraizar ao nível dos interesses locais, porque somos novos aqui, mas no global pen-so que será sucesso imediato. Localmente, penso que ao fim de três anos veremos grande aceitação dos locais. Não é nas praias, é no interior do país, e

acho que isso vai precisar de al-guma promoção e algum tempo a desenvolver, o que é fácil.Quando poderemos ver desenvolvimentos no ter-reno, nomeadamente a montagem dos cabos para a prática do wakeboard? Verão seis cabos instalados até aos mundiais. Podem ser acaba-dos este mês, ou não, mas têm de estar acabados até ao mun-dial. O município (de Abran-tes) já nos disse que podem ser instaladas as duas torres para os cabos. Entre os nacionais e os mundiais vamos ver muito desenvolvimento, e verão mui-ta comunicação social e eco-nomicamente será instantâneo porque nós, do desporto, come-çaremos a aparecer. Mas o mais excitante para mim é o longo prazo, o que Portugal quer e o que nós queremos é tanto que venham pessoas e fiquem por duas semanas, gastem dinhei-ro nos restaurantes, hotéis, etc, como que se crie um cluster do wakeboard e que seja usado e visitado todo o ano.―

O presidente da World Wakeboard Association, Shannon Starling, contou ao NA como escolheu Portugal para receber o Campeonato do Mundo mas quer acima de tudo que Castelo de Bode se torne referência do desporto na Europa

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06 SOCIEDADENovoAlmourol

MARÇO 2015

VN BARQUINHA

Novo Pavilhão Desportivo pronto a inaugurarTEXTO NA

O novo Pavilhão Desporti-vo Municipal de Vila Nova da Barquinha (VNB), na Rua D. Maria II, inserido no Cam-pus Escolar e constituído tam-bém pela Escola Ciência Viva e pela Escola D. Maria II está pronto e a inauguração será em breve. O novo equipamento vai servir a comunidade escolar e a população em geral.

Os trabalhos de construção foram iniciados em Novembro de 2013 numa área de interven-ção com cerca de 10.000m². O novo equipamento tem capaci-dade para 222 lugares sentados nas bancadas e o exterior foi alvo de arranjos, nomeadamen-te dois campos desportivos, uma zona de recreio informal e um outro campo desportivo, de acesso franco à escola.

O valor de adjudicação da obra foi de 1.273.020 euros, comparticipada em 85% do valor elegível pelo QREN, no

âmbito do Programa Operacio-nal Regional do Centro (Mais Centro), e da União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

Nova Galeria em construção. Estão em curso as obras de transformação da antiga Es-cola Primária de VNB numa moderna galeria de exposições. Instalado no centro histórico da Vila, junto à Igreja Matriz, este novo espaço batizado por inspiração do padroeiro da vila – Santo António - consiste na criação de uma galeria de expo-sições com duas salas, parte de

ENTRONCAMENTO

Avenida das Forças Armadas em alargamentoTEXTO RAFAEL FERREIRA

O Entroncamento conti-nua a modernizar-se, como foi o caso, bem recente, da do-tação das várias instalações mu-nicipais de energia solar foto-voltaica, mediante a colocação de painéis para captação da luz solar e sua conversão direta em eletricidade, trabalho realizado por uma empresa espanhola.

Agora, com o objetivo de melhorar as acessibilidades, está em curso a empreitada de “Alargamento da Avenida das Forças Armadas”, que está a ser desenvolvida pela Sociedade de Construções Elimur, Ld.ª., com um valor contratual de 298 495€, acrescidos de IVA à taxa legal em vigor.

Os trabalhos em realização compreendem a execução de infraestruturas de rede viária de continuidade do traçado já existente em parte do arrua-mento (4 faixas de rodagem). A infraestrutura viária será com-

pletada com a construção de uma rotunda no cruzamento da avenida com a Rua Gil Vicente, do que resultará a segurança da circulação rodoviária neste nó e demarcando o acesso principal ao Parque Verde do Bonito.

Com esse sentido, a Câma-ra Municipal vai igualmente proceder à melhoria das condi-ções de segurança da circulação rodoviária na rotunda de acesso às piscinas municipais, corri-gindo a entrada desta rotunda, no sentido Norte-Sul.

Para efeitos da redução do

consumo energético a ilumi-nação pública, a colocar nesta rede viária, será constituída por colunas de braço duplo com lu-minárias led.

O arruamento será com-pletado com as inerentes in-fraestruturas, incluindo: rede de drenagem de águas pluviais; rede de drenagem de águas resi-duais domésticas; rede de abas-tecimento de água e combate a incêndio e rede de telecomuni-cações.

O prazo de execução será de 180 dias.―

Curso de Formação Profissional de Carpinteiro de LimposA Câmara Municipal de Mação e o Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Sul (CENFIC) pretendem promover o Curso de Carpinteiro de Limpos. Carpinteiro de Limpos é o profissional que, com base nas técnicas e nos procedimentos adequados e, de acordo com as normas de segurança, higiene e saúde no trabalho, executa, monta e assenta portas, janelas, caixilhos e outras estruturas em madeira ou produtos afins, utilizando ferramentas manuais e máquinas ferramenta adequadas.As inscrições estão abertas no Centro de Formação de Mação, na Zona Industrial decorrendo até 24 de Abril. Este curso de formação profissional terá a duração de 9 meses conferindo Certificado comprovativo de Aproveitamento.―

MAçÂo

Paulo Fonseca nomeadoPaulo Fonseca, presidente da Câmara Municipal de Ourém, foi indicado pela Associação Nacional de Municípios Portugueses, para representar a ANMP na Comissão de Acompanhamento do Programa Operacional Regional do Centro – Centro 2020. O autarca, que é também membro da direcção da ANMP, expressou em comunicado que esta designação “é uma grande honra, pois do sucesso na aplicação deste novo quadro comunitário, dependerá muito a regeneração da economia nacional”. A Comissão Europeia aprovou em Dezembro, o Programa Operacional da Região Centro - Centro 2020 - para o período 2014-2020 que terá uma dotação de 2.155 milhões de euros, dos quais 1.751 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e 404 milhões de euros do Fundo Social Europeu (FSE), um acréscimo de 27% face ao actual período de programação (2007-2013).―

ourÉM

Portugueses gostariam de ser recompensados pelo impacto ambiental da produção de energia

A universidade do Minho percorreu Portugal de norte a sul e perguntou às populações mais afectadas pelas infra-estruturas ligadas às energias renováveis se gostariam de ser recompensadas pelo impacto ambiental. A maioria é favorável à instalação de parques eólicos, centrais solares fotovoltaicas, barragens ou centrais de biomassa mas segundo o estudo os moradores de zonas mais próximas das explorações de fontes renováveis consideram que deveriam ter uma redução significativa nas suas facturas de electricidade, sobretudo devido aos impactos ambientais de que são vítimas. em média, os portugueses moradores junto a instalações renováveis exigem, no caso da proximidade de eólicas, um abatimento de 37,9 euros/mês na factura de electricidade. se estiverem perto de barragens, o valor exigido é de 44 euros/mês; 33,4 euros mês para as centrais de biomassa e 95 euros/mês de abatimento na factura mensal para os moradores próximos de centrais solares fotovoltaicas. o estudo decorreu também na barragem prevista para Almourol (Vila nova da Barquinha), para além de nos parques eólicos da serra d'Arga (caminha), das Terras Altas de Fafe e da serra da Padrela (Vila Pouca de Aguiar), parques fotovoltaicos da Amareleja (Moura), Brinches (serpa) e Ferreira do Alentejo, nas barragens da Bemposta e Picote (douro internacional) em termos de conclusões preliminares, os residentes identificaram impactos negativos daquelas estruturas, sobretudo para a fauna e flora locais. no caso de Almourol, em discussão pública, a maioria dos populares "até desconhecia estar em zona que poderia eventualmente ser alagada", disse ao Jornal expresso Lígia Pinto, responsável pelo estudo da uM.―

PAís

Pavilhão vai servir a comunidade escolar e a população em geral

Avenida das Forças Armadas

integrante do projeto “Mercado da Artes”.

A recuperação do edifício, na Rua Marechal Carmona, irá permitir a divulgação do patri-mónio regional e apoiar a divul-gação de artistas emergentes do concelho.

Com investimento total de cerca de 70.000 euros, esta obra terá um financiamento de 41.860,70 euros no âmbi-to do PRODER / Melhoria da Qualidade de Vida, do Sub Programa 3 da ADIRN - Ac-ção / Subacção: Conservação e Valorização do Património Ru-ral.. Deverá estar concluída no primeiro semestre de 2015.―

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SOCIEDADE 07MARÇO 2015

CONSTÂNCIAAntónio Mendes condecorado pelo "amigo" Cavaco SilvaTEXTO RICARDO ALVES

O ex-presidente da Câmara Municipal de Constância (CMC), que ocupou o cargo durante 23 anos, foi condecora-do no dia 13 de Fevereiro pelo Presidente da República, Cava-co Silva, numa cerimónia em que foram agraciados outros 14 antigos presidentes de câmara. A cerimónia de condecoração com o Grau de Comendador da Ordem do Mérito realizou-se no Palácio de Belém em Lisboa.

Há muito se conhece o apreço e amizade entre Antó-nio Mendes (CDU) e Cavaco Silva (PSD), algo registado durante a sua permanência à frente do destino da autarquia. Apesar das diferenças políticas, António Mendes nunca escon-deu a sua admiração pelo agora Presidente da República, nem Cavaco Silva pelo autarca de Constância durante os anos em que foi Primeiro-Ministro de Portugal. António Mendes, é

o actual Presidente da Assem-bleia Municipal de Constância

Júlia Amorim, actual presi-dente da CMC, esteve presente na cerimónia em representação do Município de Constância e em comunicado enviado às re-dacções felicitou o autarca por uma distinção “que muito hon-ra o Homem e o trabalho autár-quico desenvolvido em prol do concelho de Constância e das suas populações”.

António Mendes era co-

nhecido no concelho como um presidente presente, próximo das populações e incansável. A condecoração visou reconhecer “o papel insubstituível dos au-tarcas portugueses para o de-senvolvimento do nosso país e para o reforço da coesão territo-rial”, segundo a presidência da República e “galardoar actos ou serviços meritórios praticados no exercício de quaisquer fun-ções, públicas ou privadas, que revelem abnegação em favor da colectividade”.―

António Mendes cumprimenta cavaco silva

TOMARAutarquia quer gestão partilhada do Convento de CristoTEXTO NA

A Assembleia Municipal de Tomar aprovou por unani-midade, no dia 25 de Fevereiro, uma moção para que o Muni-cípio inicie conversações com a Secretaria de Estado da Cultu-ra com vista à gestão partilhada do conjunto monumental cons-tituído pelo Castelo Templário, Convento de Cristo e Aquedu-to dos Pegões.

Na moção apresentada lê--se que “considerando a aposta estratégica de Tomar no turis-mo, no património e na cultura, desde há várias décadas con-substanciada em documentos aprovados e em investimentos concretizados, (…) que o Mo-numento Património Mundial, classificado pela UNESCO, Castelo dos Templários / Con-vento de Cristo, traz a Tomar uma exposição nacional e inter-nacional, cuja responsabilidade

de interacção e de investimen-to acaba sempre por incluir o Município, como parceiro da entidade gestora, neste caso a Direcção Geral do Património Cultural; (…) que há diversos exemplos de gestão conjunta de património edificado e na-tural entre entidades públicas, privadas e autarquias, nacional e internacionalmente”, a autar-quia tomarense acredita que faz sentido a gestão partilhada do monumento.―

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08 SOCIEDADENovoAlmourol

MARÇO 2015

ser velho, sobretudo se velho sem parentela próxima e sensí-vel, é um monte de trabalhos, um grave e problemático risco para quem se encontra nessa situação. É, além do mais, um afrontamento à sociedade dita moderna e consumista, egoísta quanto baste e gozosamente instalada nos patamares da satisfação, inventados para o curtimento das famas e dos proveitos concebidos como reportório e cartilha. ser velho, na sociedade contemporânea tolhida por egoísmo e divorcia-da dos sentimentos familiares e solidários, equivale a uma condenação a morte lenta e dolorosa, tantas vezes pintada de um dramatismo pingente e inacreditável à luz dos elemen-tares princípios e preceitos do humanismo. À medida que as sociedades avançam no conhe-cimento aos diversos níveis, tecnológicos e científicos, mais se atolam, incompreensivel-mente, na mediocridade e na desfiguração de tudo quanto a rodeia, mais de distancia do relacionamento interpessoal.A mancha de um divórcio afrontante da dignidade do ser humano em termos de proximi-dade, de acompanhamento e de parceiro de uma comunidade partilhante em projectos de vida, esse divórcio é, por vezes, chocante e envergonhador.A imprensa e as televisões têm vindo a relatar, nestes últimos tempos, casos impressionan-tes e dramáticos da morte de idosos em completo estado de solidão, abandonados, discrimi-nados, sem o mínimo de apoio social, familiar ou de saúde. são “empecilhos” que morrem na total indiferença do seu seme-lhante, da vizinhança próxima, das autoridades, das comissões de (des)acompanhamento oficial, legalmente constituídas para sinalizar e acompanhar adequadamente esses casos de potenciais abandonos. comis-sões, que algumas vezes, são apenas e só, um instrumento de fachada oficialmente instituído para albergue de funcionários insuficientemente preparados para o exercício da missão. Para muitos desses a remuneração está em primeiro lugar e acima dos deveres e compromissos assumidos. essas falhas de observação atempada dos problemas, têm, como resul-tado, a morte de pessoas de idade avançada, de que os

Caminhando

Os Velhos

António RoldãoHistoriador

responsáveis só se dão conta ao fim de dias passados, de meses e até de anos. As preocupações foram omitidas, negligenciadas, esquecidas completamente por familiares e por outros repre-sentantes, num enredo difícil de explicar e de entender.Mas, não são só estes casos mediáticos o factor preocupan-te nesse cenário de horrores. di-versas ramificações pontificam pelos meandros da sociedade, ensombrando-a de tintas fortes e negras. A proliferação de lares ilegais, onde ordinariamente o lucro aparece como referên-cia principal e se sobrepõe a tudo o mais, é apenas mais um exemplo para meditação. A de-sumanidade dos processos de acompanhamento, em muitos casos, atrapalha mas é real e leva a perceber as razões que levam as famílias a descartarem os seus idosos como empecilho: o travão à sua liberdade de vida, o impedimento aos ócios e aos tempos livres sem coacções ou limitações.

recorrentes são os casos de lares desta tipologia encerrados pela segurança social, quan-do o alarido denunciante de torna ensurdecedor. só então actuam em prontidão. no mais das vezes fecham-se os olhos numa cumplicidade tolerante e comprometida. não se confina a este padrão o angustioso percurso do idoso quando mais necessita de amparo. os hos-pitais debatem-se com o grave problema de camas ocupadas por doentes abandonados pela família ou sem familiares conhe-cidos, que, depois de tratados ninguém aceita, ninguém é responsável pelo seu acolhi-mento. e, como o estado social não dá resposta e se encolhe cada dia mais com a invocação da crise, a chegada à estação de velho, com ou sem mobilidade, apresenta-se como uma tragé-dia anunciada, emocionante e perturbadora.―

"Diversas ramificações pontificam pelos meandros da sociedade, ensombrando-a de tintas fortes e negras."

VN BARQUINHA

AVEA com novos corpos sociaisTEXTO NA

A AVEA (Associação Viver Entre Amigos) constituída em 2005, tem novos corpos so-ciais para o biénio 2015/2016, que tomaram posse no dia 30 de Dezembro de 2014.

A AVEA é uma associa-ção que dá continuidade aos protocolos de geminação que a autarquia de Vila Nova da Barquinha tinha com outras localidades e tem como objecti-vo social o intercâmbio cultural e desportivo e o aumento do conhecimento mútuo entre os habitantes das localidades.

Actualmente tem proto-colos de geminação com Rio Maior, Dissay (França), Ma-donne (Itália) e Santa Catarina do Fogo (Cabo Verde), tendo sido com Dissay e Madonne que mais se têm estreitado os laços de amizade e intercâm-bio de culturas. Todos os anos, durante cerca de uma semana, cada uma destas localidades

recebe as delegações das outras duas.

Em 2014 a Barquinha re-cebeu as delegações de Dissay e Madonne, de 21 a 27 de Ju-lho, num total de 30 pessoas. O programa incluiu visitas (Espa-ço Europa, em Lisboa; Caste-lo Novo, Belmonte e Serra da Estrela; Fátima e Pia do Urso). Na vertente desportiva fez-se a descida do Tejo, de canoa, entre Constância e Barquinha e um peddy-paper subordinado ao tema "Nos trilhos da Europa".

Em 2015 cabe a Madonne receber as delegações da Bar-quinha e de Dissay, de 17 a 23 de Agosto, num total de 30 pes-soas por delegação.

Os interessados em ser só-cios da AVEA, poderão fazê-lo junto da associação, com uma quota anual simbólica de 2,5€ devendo os interessados morar no concelho de VNB ou con-celhos limítrofes e devem mos-trar-se disponíveis para, se se tornar necessário, acolherem as famílias que vão visitar o conce-

lho em 2017.Com Santa Catarina Do

Fogo, a AVEA mantém uma relação de ajuda humanitária, enviando periodicamente ma-terial escolar comprado pela Associação ou angariado junto de outras entidades.

A Direcção é composta pelo presidente José Maria de Araújo Calheiros Cunha, o vice-presidente Júlio Junceiro Ventura, secretário Francisco J. A. Ferreira da Silva, tesoureiro José Carlos Lopes Ribeiro e os vogais Maria Helena Ribeiro, Maria de Fátima M. Ventura e Isabel Maria A. Ribeiro Mação. A mesa da Assembleia é presi-dida por Vítor Miguel Arnaut Pombeiro, com Domingos M. Rodrigues Serrano como vice--presidente e Anabela Calhei-ros Cunha como secretário. O conselho Fiscal é presidido por António Vitória Mação, o secretário é Maria Cesaltina Ferreira e o relator é Ana Maria Veríssimo Carmo.―

ENTRONCAMENTO

Autarquia contra reestruturação das Águas de PortugalTEXTO NA

Os vereadores eleitos pelo Partido Socialista (PS) na Câmara Municipal do Entron-camento apresentaram no dia 17 de Fevereiro, em Reunião de Câmara, uma moção contra a Reestruturação das Águas de Portugal. A moção foi apoia-da por todos os vereadores da oposição e vai ser enviada à As-sembleia Municipal, à CIMT – Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, a cada Grupo Parlamentar, à ANMP – Asso-ciação Nacional de Municípios Portugueses e à Assembleia da República.

Em causa está a reestrutu-ração em curso no sector e que para os autarcas vai fazer com que se perca a “proximidade, assim como a gestão destas so-ciedades por parte dos órgãos

autárquicos democraticamente eleitos pelas populações, em suma os Municípios verão a sua participação claramente reduzi-da”, lê-se no texto da moção.

“O Governo apresenta um documento para a Reestru-turação do Sector das Águas com o objectivo de garantir a continuidade, universalidade, qualidade e sustentabilidade na prestação do serviço público de abastecimento e saneamento de águas”, mas para os vereadores o que vai acontecer com a di-minuição de 19 empresas ges-toras para apenas cinco é que “uma empresa que agregará um

vasto território, desde a Capital até à Serra da Estrela, não ga-rantirá, por certo, a capacidade de resposta com tantos sistemas e tantos municípios integrados, com realidades tão diferentes”, referindo-se à empresa Águas de Lisboa e Vale do Tejo que resultará da fusão da Águas do Oeste, SIMARSUL, SIMTE-JO, SANEST, Águas do Zêzere e Coa, Águas do Centro, Águas do Norte Alentejano, Águas do Centro Alentejo e EPAL e vai abranger os concelhos dos distritos de Lisboa, Leiria, Se-túbal, Castelo Branco, Guarda, Coimbra, Santarém, Portalegre e Évora, nomeadamente o En-troncamento.

“Com este modelo de agre-gação de diferentes realidades territoriais, perde-se toda uma estratégia local já construída por cada município”, defende o texto da moção.―

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PUBLICIDADE 09MARÇO 2015

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010 ECONOMIANovoAlmourol

MARÇO 2015

Parceiros territoriais assinam acordo para o Desenvolvimento do Ribatejo Interior TAGUS 2020

Foi assinado o acordo de par-ceria TAGUS 2020 por 40 entidades regionais para o desenvolvimento de Abran-tes, Constância e Sardoal nos próximos cinco anos, no pas-sado dia 11 de Fevereiro, em Assembleia-geral de parcei-ros. O momento ficou, ainda,

marcado pela apresentação e aprovação das linhas orien-tadoras da Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior. O audi-tório do Tecnopolo do Vale do Tejo acolheu esta Assembleia--geral, presidida pela autarca de Constância, Júlia Amorim,

actual presidente da direcção da TAGUS. Na sessão foi apro-vada a macro-estratégia para o desenvolvimento dos três con-celhos, que serviu de base às Estratégias de Desenvolvimen-to Local (EDL) TAGUS 2020 do DLBC Rural e Urbano sub-metidos a concurso.―

Fersant e Feira nacional de Agricultura em Junho

A nersAnT - Associação empresarial da região de santarém, lança mais uma edição da FersAnT, feira empresarial que se realiza há 25 anos. Após o sucesso das edições anteriores, onde estiveram mais de 200 mil visitantes provenientes de todo o país, a nersAnT aposta uma vez mais na realização da FersAnT em conjunto com a Feira nacional da Agricultura, de 06 a 14 de Junho, no cneMA em santarém. nesta XXVI edição, a nersAnT pretende "reforçar o estatuto alcançado e disponibilizar condições favoráveis à realização de negócio por parte das empresas expositoras". os interessados em expor os seus produtos e serviços na FersAnT, podem inscrever-se no portal da associação, em www.nersant.pt. Mais informações sobre as condições de participação no certame são obtidas através do departamento de Associativismo, Marketing e eventos da nersAnT (249 839 500 [email protected]). de referir que os preços de aluguer dos stands têm desconto de 10% para associados nersAnT (com quotização regularizada).―

TEXTO&FOTO RICARDO ALVES

O governante esteve em Abrantes no dia 4 de Março e visitou o Tagusvalley – Tec-nopolo do Vale do Tejo, parque de ciência e tecnologia instala-do em Abrantes.

Aos jornalistas, Nuno Vieira e Brito, defendeu que o sector agroalimentar tem de distinguir-se por meio da “ino-vação, criando redes e parcerias ao nível científico, tecnológico e empresarial, e aproveitando a sua biodiversidade, que, ao nível da agroalimentar, é dos mais ricos do mundo”.

O secretário de estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, anunciou que 100 milhões de euros serão dis-ponibilizados para a investiga-ção aplicada, e a poucos dias da apresentação do plano estraté-gico nacional para o sector, que vai ser apresentado no dia 20 de Março em Oeiras, afirmou que este se encontra numa “fase de crescimento notável”.

O secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar esteve em Abrantes, no Tagusvalley – Tecnopolo do Vale do Tejo, e disse que a estratégia nacional para o sector, de 2015 a 2020, passa pela inovação

“A nossa estratégia assenta numa visão de conjunto que engloba a necessidade de me-lhorar a produtividade e valo-rizar os nossos recursos, olhar para as alterações climáticas e encontrar as melhores áreas de intervenção em cada um dos sectores”, e sobre o Tecnopolo do Vale do tejo, que acabara de visitar, Nuno Vieira e Bri-to disse ser o exemplo que se deseja na “valorização do sector primário e agroalimentar”, que segundo defendeu, “passa pelos centros de inovação e conheci-mento”.

O Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar incluiu Abran-tes no seu roteiro pelo país, através do qual quer “conhecer a realidade do país e os bons exemplos que vão existindo no território, ao nível da inovação e investigação agroalimentar”, tendo visitado o Centro de Transferência de Tecnologia Alimentar – INOV’LINEA, estrutura que apoia directa-mente o sector regional, no

PORTUGAL 2020100 milhões para investigação no sector agroalimentar

reGIÃo

Lojas do Mercado Diário em Hasta PúblicaA Câmara Municipal do Entroncamento deliberou em reunião de Câmara de 3 de Fevereiro, realizar uma Hasta Pública, para ocupação de sete lojas instaladas no Mercado Diário Municipal, sendo quatro lojas no interior e três no seu exterior. As taxas de ocupação mensal das lojas vão dos 60,72 euros para 4 lojas no interior até aos 93,09 euros para uma loja no exterior. As outras duas lojas, também no exterior têm, taxas mensais de 73, 83 euros e 77,04 euros. A Hasta Pública irá decorrer no dia 13 de Março, às 18h30m, no Salão Nobre do Edifício dos Paços do Concelho. As lojas estão assinaladas no edifício com a informação e n.º respectivo.―

enTroncAMenTo

Imóvel em hasta públicaEm reunião da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha (VNB) 25 de Fevereiro de 2015, foi decidido proceder-se à Hasta Pública para alienação de um prédio urbano para fins comerciais, propriedade do Município. Em causa está o rés-do-chão do prédio sito na Rua D. Maria II, Bloco n.º 2. A Hasta Pública vai ter lugar na Sala de Reuniões dos Serviços Municipalizados de VNB no dia 30 de Março 2015, pelas 10h00, perante representantes da Câmara Municipal. A base de licitação tem subjacente o preço fixado pelo Município, resultante da avaliação do imóvel que é 55.300,00€ (cinquenta e cinco mil e trezentos euros). .―

Vn BArQuInHA

O azeite Casa Anadia registou em 2014 um aumento das exportações superior a 100%, entrando em novos mercados. Brasil é o principal mercado com uma quota de 50% por cento. Em Março a empresa estará presente na Feira Internacional Foodex, Japão.

nuno Vieira e Brito recebe presente do coordenador técnico da Tagus, Pedro saraiva

Vale do Tejo.

Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Munici-pal de Abrantes, assumiu que “o desafio é conseguirmos chegar ao final da próxima década com uma perspectiva de dimensão nacional, e internacional, não tanto regional e local. Temos feito um esforço, com investi-mentos como neste centro de transferência que fica completo do ponto de vista do equipa-mento e das infra-estruturas e queremos ir mais longe e chegar a objectivos maiores. Nem tudo está concluído, nomeadamente a instalação da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, a instalação de naves para acolher projectos empresariais e a reabi-litação do pólo do Instituto do Emprego e Formação Profis-sional, mas mais que trabalhar as questões físicas, o que im-porta neste quadro comunitá-rio é valorizar as relações entre empresas e as parcerias, para alicerçar a nossa economia de forma sustentada”.―

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PUBLICIDADE 011MARÇO 2015

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MARÇO 2015

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OS PASSOS DE SÍSIFO

RentabilidadeOpInIãO LUIz OOSTERBEEk

“O que é interessante é que as marcas mais caras cres-ceram quase o dobro da média, e que os modelos mais baratos perderam mercado. Crescemos um pouco em termos globais, o que é melhor do que, por exemplo, na Holanda, onde a queda foi abrupta, mas pior do que na Inglaterra”. Escuto na televisão Belga, num programa sobre a economia do País.

Neste cenário, é fácil cul-par a existência de uma moe-da única. Vivemos uma época de transição, entre um sistema que já não funciona (o sistema monetário internacional, as fronteiras entre países, as re-gras de mercado, os modelos de ensino, as estruturas de so-cialização,…) e um futuro que ninguém ainda consegue ante-cipar com rigor. Estão abertas, porém, e como sempre que no passado se viveram transições deste tipo, duas vias princi-pais: ou o aprofundamento das interacções entre grupos e o aumento da mobilidade e das trocas comerciais; ou o isola-cionismo, a rigidez territorial

e a xenofobia. Qualquer um dos dois permite recomposi-ções futuras, mas o modelo da rigidez e do isolacionismo (que está a ganhar terreno na Europa e no Mundo) sempre conduziu às guerras e a muitas mortes, com brutal decréscimo da economia.

Não é fácil escolher. O ca-minho da interacção crescente implica rever fronteiras, fa-cilitar a mobilidade e inovar na tecnologia, e foi o progra-ma após a queda do muro de Berlim… porém sem evitar a perda de qualidade de vida de milhões de pessoas que antes se enquadravam na classe mé-dia do hemisfério Norte. Esse ciclo, que terminou com o iní-cio da depressão de 2008, tem no seu activo os muitos mais milhões que, no hemisférico sul, acederam a classes mé-dias/remediadas (sem jamais atingirem o status, entretanto perdido, da classe média Eu-ropeia). Mas para prosseguir nesse caminho seria necessário criar um verdadeiro governo europeu, assegurar uma par-ticipação efectiva das popula-ções nos processos de decisão

(o que sempre foi recusado por lideranças medrosas e míopes, mesmo quando bem inten-cionadas), transformar o Euro num instrumento não apenas de poupança ma de verdadei-ra agilização económica, pro-mover um combate sério ao desemprego através do alarga-mento da ocupação em servi-ços de qualidade (mesmo que baixando os salários efectivos individuais, aceitando uma in-flação maior).

Pior do que qualquer uma dessas soluções (poderíamos chamar modelo medieval ao decrescimento e modelo impe-rial ao da aceleração da globa-lização) é ficar no meio…e essa é a posição específica de uma união europeia que definha a cada dia, entre equilíbrios de paralisia e retóricas de pseudo--grande potência.

Ninguém que hoje mande pensa prosseguir esse caminho, e a caixa de Pandora vai-se abrindo para soluções de risco máximo. Não essencialmente o Syriza, mas a Frente Nacional ou o Podemos (parentes eu-ropeus de populismos como o chavismo, cujas consequências se tornam a cada dia mais pe-

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CULTO 015MARÇO 2015

"Vivemos uma época de transição, entre um sistema que já não funciona (o sistema monetário internacional, as fronteiras entre países, as regras de mercado, os modelos de ensino, as estruturas de socialização,…) e um futuro que ninguém ainda consegue antecipar com rigor.“

DOM RAMIRO

58 anos de idade OpInIãO CARLOS VICENTE

58 Anos de idade. O jornal Novo Almourol e eu. Só agora me apercebo disso, em-bora me tenha cruzado com ele na minha adolescência. Ve-lhos tempos, já o posso dizer, memórias são muitas… levar-mos os artigos em folhas A4 e as colarmos numa cartolina para desta forma imaginarmos como seria a página impressa, isto noite a dentro no salão nobre do município que fazia de redacção improvisada sem-pre com o apoio do Dr. Justi-no… vendermos o jornal na nossa Aldeia sobre a “batuta” do Prof. Armando de Oliveira e do Sr. António José…

Esta relação na idade tor-na-me mais cúmplice na ami-zade já existente pela “iden-titariedade” e causa efeito de

nosas para a população) e tam-bém o Estado Islâmico (que é mais Estado do que muitas bu-rocracias estatais, porque une uma massa humana em torno de um programa e de uma es-perança, que passa certamen-te pelo extermínio do nosso modo de vida).

É tempo de compreender que as oportunidades de futuro se geram em momen-tos assim. E afinal não é tão difícil descobrir uma agen-da convergente: a paz (que a grande maioria ainda quer), o pão (sem o qual essa maioria irá continuar a mudar, para se aproximar do campo da vio-lência), a educação integradora (que não se faz sem dinheiro, e sem a qual se podem formar excelentes técnicos mas cresce a xenofobia), a habitação digna (incompatível com a paupe-rização das classes médias), o acesso à cultura (fundamental para uma resiliência apoiada na diversidade) e a integração produtiva intergeracional (de jovens e de idosos).

A rentabilidade será cer-tamente maior nestes investi-mentos!―

alguns artigos do passado que, como no presente, são a repre-sentação viva da comunidade e do que a move, dito de ou-tra maneira; serviço público. Guarda de memórias, desper-tar ideias sobre acontecimen-tos, muitas vezes atrasados pela periodicidade do jornal, mas fica sempre o registo e por isso ganham vida na his-tória deste Concelho que se vem desenhando.

Hoje, muito mais bonito. Mas também o jornal tem es-sas honras, de uma nova rou-pagem e atitude na atenção

aos assuntos, à sua comunida-de e ao “passa palavra” para as gerações futuras de um bem que queremos preservar; a pa-lavra escrita.

Escrevi muitos artigos, de-

o velho castelo Templário

senhei alguns bonecos… “prós e contra”, sempre com a intei-ra liberdade e também respon-sabilidade do momento vivido e é desse inerente “estado de alma” que se faz o “todo”, que

faz de nós o que somos en-quanto comunidade.

O (Novo) Almourol está de parabéns, (já o disse) tal como a sua jovem e enérgica equipa. Merecia com certeza uma melhor atenção, quer da comunidade quer do poder instituído. O Almourol feito de letras que formam palavras e contam histórias… tal como o velho guardião do rio que lhe deu nome… fazem parte de nós, e ambos representam a “monumentalidade” deste Concelho cada vez mais boni-to e a assumir cada vez mais protagonismo na região.

Por último. Um Abraço… ao Quim que nos deixou, tam-bém ele, um adepto ferrenho deste jornal que com a sua es-crita ou prosa mais irreverente fez de si uma personagem que ficará para sempre. O “Quim da Barquinha”.―

"O Almourol feito de letras que formam palavras e contam histórias…“

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016 ENTREVISTANovoAlmourol

MARÇO 2015

MIGUEL BORGES

"Interioridade é sinónimo de oportunidade" Miguel Borges (PSD) é presidente da Câmara Municipal de Sardoal no seu primeiro mandato à frente do município depois de ter exercido funções como vice-presidente. Casado e pai de quatro filhos, o professor do quadro do Agrupamento de Escolas do Sardoal e com forte ligação à cultura e religiosidade, convida a que se visite o concelho durante a Semana Santa, na Páscoa. No entanto, acredita que o Sardoal pode ter um papel importante no roteiro religioso da região. É no património e na criação de condições que melhorem a qualidade de vida de quem vive no Sardoal que o autarca aposta para atrair e fixar pessoas

TEXTO&FOTOgRaFIa RICARDO ALVES

Está a chegar mais uma semana santa, qual é o significado da semana santa para o Sar-doal?É sempre um momento alto na vida dos sardoalenses, o momento mais alto, um momento de fé e religiosidade muito forte, mas também um momento de encontro e reencontro das famílias sardoalenses, porque nesta altu-ra todos os caminhos vão dar ao Sardoal e as famílias fa-zem a festa referente à Páscoa. E depois é um momento que nos dá a possbilidade de mostrarmos aquilo que de bom temos e de bom fazemos, à nossa região e ao país também. A Semana Santa começa a ter algum impacto a nível nacional, até nos orgãos de comunicação social nacional começa a ter alguma visibilidade, muitas vezes até a par de outros grandes centros que têm também esta festividade. As pessoas percebem que a nossa Se-mana Santa não é mais um conjunto de procissões que fazem parte do calendário religioso, é mais do que isso. É também um momento em que as nossas pequenas economias locais também têm um apoio e uma ajuda, porque realmente há muita gente que nos visita e são pessoas que almoçam, são pessoas que bebem os seus cafés cá no Sardoal e isso é importante para a nossa economia local.

Até porque tem um envolvimento muito forte da comunidade local, das associações, esse é um elemento diferenciador, apesar de haver outras localidades que o fazem? O Sar-doal tem-se distinguido?É verdade, e não só através das irmandades que partici-pam e que são organizadoras e responsáveis pelas festi-vidades religiosas, mas também recordo que os tapetes enfeitados, tapetes que são feitos de flores, é um mo-mento de grande envolvimento da comunidade, porque são os moradores daquelas zonas das diferentes capelas e igrejas que embelezam o chão das igrejas com esses tapetes e também as associações e o agrupamento de escolas, porque já há uns anos que fazemos um concur-so de projectos de tapetes, numa lógica de tentar trans-mitir a tradição, que ela não se perca e que os jovens da escola percebam que isto é deles, que é único e que têm de o preservar e sentir como sardoalenes. Também des-de o ano passado, envolvemos todo o concelho, porque alargámos a todas as capelas das freguesias do concelho, acompanhado por um circuito, e disponibilizamos um autocarro para quem queira fazer esse circuito e visitar todas as capelas e igrejas do concelho onde têm esses tapetes de flores.

O Sardoal tem duas manifestações de grande escala, a Semana Santa e depois as festas do concelho. A aposta nesses eventos tem para si uma importância acrescida, pelo destaque que é dado ao concelho nesses eventos?

Sim, na verdade são dois momentos altos em que as pessoas se unem e as associações e toda a comunida-de se envolve na organização e na participação, sendo certo que aquilo que é diferenciador da nossa região é realmente a Semana Santa. Mas também as festas do concelho são importantes e um momento alto, são na verdade os dois momentos fortes de exposição exterior.

Miguel Borges (Psd) no seu escritório na câmara Municipal de sardoal

Durante o ano tem também um outro prota-gonista que é o Centro Cultural Gil Vicente (CCGV) que fez recentemente dez anos. Qual o balanço da sua actividade?É verdade, o CCGV é um pólo de atractividade cul-tural, não só de divulgação e de formação de públicos em termos culturais. E vejamos, neste momento está a decorrer no CCGV uma exposição de Nadir Afonso que é “só” um dos maiores nomes da pintura do sécu-lo XX da Europa, não só de Portugal. As fronteiras da pintura para Nadir Afonso vão muito para lá do nosso rectângulo pela importância que tem na história e na pedagogia em termos artísticos no nosso país e por isso é uma forma também para que as pessoas possam vir

ao Sardoal ver esta exposição magnífica. Mas recordo que este ano tivemos também no Sardoal a Companhia Nacional de Bailado e se verificarmos a itinerância que eles tinham para o ano de 2014/2015 tinhamos lugares como Gotemburgo, Faro, Porto, Sintra e depois Sar-doal. É bonito de se ver como é que o Sardoal consegue ombrear com estas grandes terras.

Ganhou notoriedade a sua frase “a interiori-dade não é sinónimo de inferioridade”...Essa frase acompanha-me há muito tempo, tem qua-se 20 anos. Na altura, com outros colegas, fizemos o projecto educativo para o agrupamento de escolas do Sardoal, quisemos dar um título e houve alguém no grupo que se lembrou “olha porque não: interioridade não é sinónimo de inferioridade”. E é isto que temos de gritar, infelizmente temos de gritar para quem está relativamente longe e não é tão longe quanto isso, para que quem está nos grandes centros de decisão o perce-bam. E neste momento digo outra coisa, interioridade é sinónimo de oportunidade. Num país tão inclinado para o litoral, é importante que consigamos nivelá-lo de forma a que o bom português, que é português em Cascais ou português em Sintra, português em Lisboa, não tenha mais direitos que o português da Tojeira ou dos Valhascos. Somos os mesmos portugueses com os mesmos direitos, as mesmas obrigações, mas também temos de ter as mesmas regalias. Somos portugueses para pagar impostos mas também somos portugueses para ter acesso às necessidades básicas, saúde, educação, emprego, transportes, cultura, é importante que esteja-mos ao mesmo nível.

Sendo certo que é dificil a formação de pú-blicos em concelhos pequenos, até pelo nível

“As pessoas percebem que a nossa Semana Santa não é mais um conjunto de procissões que fazem parte do calendário religioso, é mais do que isso.„

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SEMANA SANTA 017MARÇO 2015

de formação académica e condição social de cada população, os grandes eventos são momentos de exteriorização pontuais. Que estratégia tem para potenciá-los ao longo do ano?Este conjunto de eventos que definimos como estraté-gia e prioridade nós apresentámos no âmbito da Co-munidade Intermunicipal, mas também dentro daquilo que é a estratégia para a nossa região. É importante ter-mos toda esta lógica dentro do turismo religioso mas para isso é preciso que consigamos manter e preservar aquilo que é o nosso património. Para isso temos uns bons milhões de euros indicados para a estratégia da região de turismo. Ou seja, quando nos pediram para darmos contributos para a estratégia do Portugal 2020, com as necessidades do concelho, tudo isto foi apresen-tado. Agora é questão de esperarmos que os diferentes concursos venham a ser abertos para que possamos en-caixar aquilo que faz parte da nossa estratégia. A Se-mana Santa tem para nós um grande desafio: para os sardoalenses, a partir do 1 de Abril, e até ao dia 4 - dias em que decorrem as festividades - há uma aposta ganha, porque as pessoas sabem, e fazemos alguma divulgação, que todos os caminhos vão dar ao Sardoal, não só pelos tapetes, não só por causa das cerimónias religiosas, as pessoas visitam-nos. Ora, qual é o nosso grande desafio, como é que potenciamos esta riqueza que temos, nestes 4 ou 5 dias, nos restantes dias do ano? Daí termos a funcionar um grupo de trabalho que está a definir uma estratégia para o turismo religioso, onde estão os par-ceiros detentores desse património, a Câmara Munici-pal, mas é um grupo que vai sendo alargado, porque é importante percebermos o que fazemos nos restantes dias, com toda esta riqueza e com todo este patrimó-nio, como é que a pessoa em Agosto vem ao Sardoal e consegue perceber o que é a procissão dos fogaréus, de uma forma não real, claro, de uma forma virtual, mas é importante que a pessoa perceba que na Páscoa existe uma procissão como a dos fogaréus para que na próxi-ma Páscoa nos possa visitar também. Este é o grande desafio, como é que projectamos todo este património e toda esta riqueza nos restantes dias do ano, isso é o que nós estamos a trabalhar também nessa lógica do Portugal 2020. Porquê? Porque queremos criar riqueza, o turismo faz parte do ministério da economia e por alguma razão é... De pouco nos serve dizer que temos um conjunto de capelas e igrejas lindíssimas se depois não tivermos algum retorno. Não é só para o nosso ego, é importante ter retorno porque as pessoas nos visitam, porque as pessoas vêm cá, compram as nossas coisas, almoçam nos nossos restaurantes, e mesmo que não se crie mais, para a sustentabilidade daqueles que existem é fundamental, daí estarmos a trabalhar nesta estratégia do turismo religioso para todo o ano.

Mais uma vez a criação de públicos?A criação de públicos, sim, e em termos culturais é im-portante a criação de públicos, é algo que não se mede muito bem, mas que se vai criando e vai-se sentindo também. Digo-lhe que quando o Centro Cultural co-meçou com os primeiros concertos de música clássica, teríamos 20, 30 pessoas a assistir, e agora temos 150, não só porque os próprios sardoalenses percebem e co-meçam a querer ir mas também porque o Centro Cul-tural tem algum impacto regional e as pessoas de fora

também vêm. Mas posso dar um exemplo da criação de públicos. Como é sabido, nós fazemos uma viagem todos os anos com os nossos jovens, pela Europa. Não posso precisar há quanto tempo, se há dois, três anos, numa cidade francesa havia como alternativa ir visitar uma adega com provas de vinho ou ver uma exposição de pintura. Para alegria dos responsáveis que estavam com as pessoas, os sardoalenses, na sua grande maioria, foram ver a exposição de pintura, o que quer dizer que algo neles está a mudar, se calhar pelo hábito que têm de ver e de acompanhar optaram pela exposição de pin-tura e eram jovens de 15, 16, 17 anos e ficámos muito orgulhosos. Mostra que durante estes 10 anos o Centro Cultural tem cumprido parte desta função.

Temos o Sardoal que baixa as tarifas para as empresas em 5%, temos o cartão jovem sardoalense, temos formação de públicos no Gil Vicente, temos um curso superior técnico profissional, está tudo montado para o futu-ro do concelho? Por onde é que passa o futu-ro do Sardoal?Temos a oferta das refeições escolares para crianças até

ao 2.º ciclo, temos os incentivos à natalidade... (pausa)Não tenhamos ilusões, nós precisamos de aumentar a nossa população e as pessoas só se fixam onde têm tra-balho, onde têm emprego, por isso precisamos de criar postos de trabalho, precisamos de criar emprego, esse é o grande desafio, acreditamos que com tudo isto possa-mos ter aqui uma atractividade no Sardoal. Esta atracti-vidade pode ser, por exemplo, se conseguirmos fixar ca-sais para os quais seja indiferente morar aqui ou noutro sítio, mas que sabem que há um concelho que lhes ofe-rece todas estas regalias, ou um concelho onde podem deixar as suas crianças às oito da manhã e regressar às 19h e as crianças estão no jardim de infância onde têm um acompanhamento, onde têm uma formação especí-fica, porque a partir de uma determinada hora entram empresas que dão aulas de expressão física, de expressão musical com qualidade. Acreditamos que ao aumentar por aqui a população conseguimos que a nossa econo-mia local se mantenha, pelo menos. Também criámos o gabinete de apoio ao empresário, também estamos a fazer um trabalho profundo em relação à nossa zona industrial, de revisão de toda a zona industrial, porque temos lotes que estão disponíveis, que não estão a ser utilizados. Tivemos esse contacto com os empresários, e já temos casos de sucesso, já temos respostas positivas, por isso podemos pensar que este é o nosso caminho, onde há pessoas que se vão instalar no Sardoal breve-mente, onde vão criar postos de trabalho, criando postos de trabalho fixamos pessoas e a partir daí tudo roda, é este o nosso desafio.

Uma última pergunta, se eu só puder vir vi-sistar a Semana Santa num dia, o que é que me aconselharia a visitar, o que é que me aconselharia a fazer?Aconselho primeiro a dirigir-se ao posto de turismo ou outros sítíos onde temos as exposições e pegar num roteiro da Semana Santa, onde poderá perceber quais são as capelas que nós temos enfeitadas e depois per-corrê-las. E estou a falar num espaço de 1500 metros onde temos 6 capelas e 3 igrejas, todas elas enfeitadas com tapetes de flores, além de visitar os quadros do Mestre do Sardoal, além de visitar toda esta beleza. Depois, comer nos nossos restaurantes porque se come bem no Sardoal, temos bom vinho também, é impor-tante perceber que temos bom vinho, temos dois bons produtores de vinho premiados e, recordo que, para Portugal, no último concurso de Bruxelas, vieram 80 grandes prémios, dois deles para o Ribatejo e os dois vieram para o Sardoal - Quinta do Côro e Quinta Vale do Armo. Pode visitar a exposição de Nadír Afonso que é uma oportunidade a não perder de estar em con-tacto com a obra do grande mestre e depois à noite divertir-se nos nossos bares, com a nossa noite que é sempre muito animada também. E depois depende da componente da fé e religiosidade, a procissão dos fo-gareus é única, na Sexta-feira a procissão do enterro do Senhor, no Sábado haverá também animação com música, para além das festividades religiosas, e no Do-mingo temos a procissão da ressurreição do Senhor, que também não é vulgar encontrarmos dentro das festividades religiosas, por isso é escolher o melhor dia e o que melhor se enquadra em termos de fé e religiosidade porque depois todo o património está disponível nos restantes dias.―

“Num país tão inclinado para o litoral, é importante que consigamos nivelá-lo de forma a que o bom português, que é português em Cascais ou português em Sintra, português em Lisboa, não tenha mais direitos que o português da Tojeira ou dos Valhascos.„

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018 DESPORTONovoAlmourol

MARÇO 2015

Trilhos de Ciência & Arte: Caminho de Santiago

no dia 29 de Março vai realizar-se mais um percurso de interpretação da natureza e da paisagem onde a ciência se conjuga com a arte, história e cultura. desta vez é o caminho de santiago em destaque. o local de encontro é na Igreja Matriz de Atalaia, Vila nova da Barquinha, pelas 9h00. A extensão do percurso é de 13 kms que a organização estima ser de média dificuldade. Informações/Inscrições: 249720350| 926642703 | [email protected] | www.ciec.vnb.pt.―

Fábio Martins campeão nacional de juniores

o atleta do cLAc - clube de Lazer Aventura e competição – do entroncamento, sagrou-se campeão nacional de 60m barreiras em pista coberta, com 8,28 segundos, que constitui ainda, a melhor marca nacional do ano. o campeonato nacional de Juniores realizou-se nos dias 7 e 8 de Fevereiro, na pista do Pavilhão de exposições de Braga. o cLAc apresentou-se nesta competição com quatro atletas dos escalões juvenis e juniores. carlos Gomes com 1,92 metros no salto em altura (6.º) o juvenil eduardo encarnação com 11,18 metros no lançamento do peso (13.º) e a estafeta de 4x200 metros, completam a lista de participantes.―

Vn BArQuInHA ATLeTIsMo

TEXTO NA

A proposta de cruzar a Pe-nínsula Ibérica em bicicleta todo-o-terreno (BTT), sempre com o Tejo no olhar, foi apre-sentada na BTL – Feira Inter-nacional de Turismo, no dia 27 de Fevereiro, em Lisboa. Percor-rer 1.210km, divididos em 13 etapas é o desafio da Trans-Ibé-rica em BTT Tejo/Tajo Vivo para os dias 15 a 30 de Maio.

Na sua 2ª edição, a prova tu-rística define-se como uma ex-tensa aventura, dividida em 13 etapas (uma por dia), com um delicioso percurso, com vários single tracks, em semi-autono-mia e orientação GPS, acom-panhando o maior rio Ibérico, desde a nascente na Serra de Albarracín (Espanha) até à foz em Lisboa. A assinalar a parti-da, os atletas são convidados a recolher um pouco de água da “fonte”, que desagua no Oceano Atlântico. Este será, também, o acto simbólico que marcará o términos da travessia em BTT na capital portuguesa à chegada.

A travessia deste ano está marcada para os dias 15 a 30 de Maio. Embora, os participantes só comecem a pedalar, maiorita-riamente por estradas secundá-rias ou em terra batida, a partir de dia 18 de Maio, a concentra-

ção da prova, com um acumu-lado de subidas de aproximada-mente 16 mil metros, será em Abrantes no dia 15. Pelo cami-nho, os atletas vão vislumbrar nove etapas em território espa-nhol, passando por Salto de Pó-veda, Trillo, Zorita de los Cañes, Aranjuez, Toledo, Talavera de la Reina, Bohonal de Ibor, Serra-dilla e Alcántara. Em território nacional, a Trans-Ibérica entra no dia 27 de Maio. As duas ro-das vão circular por Vila Velha de Rodão, Abrantes, Santarém e, por fim, Lisboa.

Com uma classificação de difícil e uma altitude máxima de 1.688 metros, esta actividade pretende afirmar os territórios ibéricos, situados nas margens do Tejo como um destino tu-rístico integrado. E surge por iniciativa de 17 Associações de Desenvolvimento Local portu-guesas e espanholas, num pro-jecto denominado de Tejo/Tajo Vivo, www.tejovivo.com.―

BTTAcompanhar o Tejo da nascente à foz

ATLETISMOJantar de homenagem a Manuel Maia

Encontro de escolas de futebol

Fevereiro foi um mês em grande para a escola Municipal de Futebol de Vila nova da Barquinha. no dia 7 de Fevereiro, a escola promoveu um encontro entre várias escolas de futebol formação: união desportiva Atalaiense, escolas de Tomar, união de Tomar e Mouriscas. no dia 21 de Fevereiro um novo encontro, desta vez com a presença da Associação Académica de santarém, união desportiva Atalaiense e escolas de Tomar. em ambos os dias estiveram presentes cerca de 180 atletas, divididos por vários escalões: Petizes, Traquinas, Benjamins e Infantis. A acompanhá-los estiveram dezenas de pais e familiares, perfazendo cerca de meio milhar de pessoas em cada um dos dias.

Foram duas manhãs cheias de desporto, empenho, dedicação, diversão, aprendizagens novas, convívio e partilhas…como encarregada de educação de um participante, não posso deixar de agradecer à equipa Técnica da escola, no nome do Prof. david costa, pelo excelente trabalho que têm feito junto de nossos meninos. um agradecimento também a todos os participantes “visitantes”. Maria Eduarda Oliveira―

correIo dos LeITores

Mafalda Marques é vice-campeã distrital decorreu no dia 1 de Março, o Torneio regional de Velocidade em que estiveram presentes 184 nadadores em representação de 18 clubes. o cnTejo esteve presente, orientado pelo técnico Paulo serra, com os atletas: nuno Afonso, carolina carpinteiro, david carpinteiro, david carvalho, Telmo Faria, carolina Marques, Mafalda Marques,daniel oliveira, Alexandre silva e Márcio silva. A equipa de Vila nova da Barquinha alcançou 8 finais, 24 novos recordes pessoais e Mafalda Marques, foi vice-campeã distrital absoluta nos 50 metros bruços batendo o recorde distrital de Juvenis B. A atleta tem apenas dois anos de natação e é proveninete das escolas do Aquagym.―

nATAçÃo

TEXTO NA

A Junta de Freguesia de Vila Nova da Barquinha, com o apoio da Câmara Municipal de VNB e do Jornal NA, organiza no dia 14 de Março um jantar de homenagem ao atleta vetera-no Manuel Maia, do CLAC – Entroncamento.

O jantar realiza-se pelas 20h00 na sede do Clube de Instrução e Recreio de Moita

do Norte, de onde é oriundo Manuel Maia, várias vezes cam-peão nacional e internacional, e que aos 74 anos demonstra uma energia e empenho que são um exemplo para todos. A Junta de Freguesia de VNB não quis dei-xar de homenageá-lo.

Na manhã de dia 14 de Março, realiza-se também um Corta Mato de homenagem, junto às piscinas de Moita do Norte, prova inserida no Corta Mato Nacional Ferroviário.―

O Clube Náutico Barquinhense organiza no dia 12 de Abril, pelas 10h00, no parque ribeirinho de Vila Nova da Barquinha junto ao Centro Náutico, a prova Regional de Esperanças de canoagem, evento popular entre os habitantes do concelho e que este ano terá a presença de 120 atletas dos escalões iniciados, infantis e cadetes masculino e feminino. Inscrito na ACBT (Associação de Canoagem da Bacia do Tejo) o CNB prevê ainda a presença de 13 clubes oriundos da zona de Lisboa, Margem Sul, Santarém e Beira Baixa.

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noVoALMouroL.wordPress.coM

CULTURA 019MARÇO 2015

Assistimos pela televisão à tentativa de destruição de testemunhos históricos pelo au-todenominado estado islâmico. A destruição de obras de arte antiquíssimas chocou-nos. Ho-mens armados de marretas de aço deferiam golpes violentos sobre esculturas, altos-relevos e outras formas de obras de Arte, reduzindo-os a pedaços. enfatizamos de que se trata de uma tentativa, porque apagar a História ou tentar modificar os Factos que lhe dão legitimi-dade é, como a própria história da Humanidade demonstra, impossível. este caso de tenta-tiva de correcção da história é um pequeno mas significativo exemplo da principal ameaça compósita do nosso tempo: fanatismo, esquecimento, ig-norância. Andando de mãos da-das, estes componentes da vida contemporânea emergem com grande energia provavelmente porque, as Humanidades, ao cederem e aparentemente colapsarem perante as Tecnolo-gias, deixaram espaço para que aparecessem outras compo-nentes. numa abordagem otimista parecer-nos-ia que o conhecimento sobre a contínua presença da humanidade nos espaços geográficos ligados pela globalização económica e pela tecnologia de informação e comunicação estaria assegu-rado como valor de referência para o nosso presente e futuro. A realidade parece contrariar este optimismo. contudo e num outro plano vemos e registamos condenações que quebram o silêncio e se alinham à inques-tionável questão de que o património de qualquer lugar do Mundo é, hoje, património comum da Humanidade. de https://pt-pt.facebook.com/mnaa.lisboa respigámos notícia e texto: dIreçÃo do Museu nAcIonAL de ArTe AnTIGA condenA ATenTAdos PATrI-MonIAIs no IrAQue - A preservação, estudo e divul-gação do património histórico e artístico de todas as culturas e civilizações, missão central e uni-versal dos museus, constitui um

Roteiro do Tejo: dos territórios, das pessoas e das organizações

40. A força da História no combate pela Humanidade.

Luís Mota FigueiraProfessor Coordenador do Instituto Politécnico de Tomar

ativo essencial na cultura da paz. Nesse sentido, o MNAA considera seu dever condenar, de forma veemente, a recente destruição de peças do Museu de Mossul, levada a cabo pelo autodesig-nado Estado Islâmico, aliás na sequência de outros atentados patrimoniais.Nesse sentido, e sem nunca per-der de vista o sofrimento infligido às populações daquela região, o MNAA exprime por este meio

"(...) apagar a História ou tentar modificar os Factos que lhe dão legitimidade é, como a própria história da Humanidade demonstra, impossível."

A família é a fonte da prosperidade e da desgraça dos povos. Martin Luther

o seu repúdio pela devastação de uma herança histórica e artística que pertence a toda a Humanidade, consciente de que a memória é uma componente essencial da liberdade e protes-tando, hoje mais do que nunca, a sua fidelidade à missão essencial de contribuir, pelo seu trabalho quotidiano, para o diálogo entre civilizações.saudamos este posicionamento e subscrevemos esta posição. embora desde há poucas horas se avolumem outras notícias aventando a hipótese de algumas das peças serem reproduções em gesso, objectos de propaganda, etc., a posição de um dos mais prestigiados museus exemplifica compro-misso e sentido de missão. os atentados contra o património histórico são, sempre atentados contra a Humanidade. não po-deremos, nunca, fazer silêncio sobre esta questão.

Vila Flor, 27 de fevereiro de 2015―

Luís Mota Figueira escreve segundo as regras do Novo Acordo Ortográfico

Feira de Abril de regresso?A Feira de Abril, feira de divertimentos (carrinhos de choque e similares) vai, tudo aponta, regressar já este ano ao Entroncamento, e para ocupar pela primeira vez o Espaço Multiusos. Segundo um jornal da cidade, os Feirantes já mostraram o seu interesse em estar presentes suportando as despesas com a electricidade, desde que a Câmara os isente das taxas de ocupação. Se esta condição for aprovada pelo executivo, o Entroncamento voltará a ter a sua Feira de Abril, agora num espaço criado para a receber. A Feira foi interrompida há vários anos sendo o motivo apresentado a não propriedade do recinto multiusos por parte da autarquia. em 2012 realizou-se uma "mini-feira", fruto iniciativa de dois empresários do ramo.―

Pós-Graduação em Protecção CivilA Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA) tem disponível uma pós-graduação em “Protecção Civil: Gestão da Comunicação no Risco, nas Emergências e nas Crises”, um curso aberto a licenciados e não licenciados que terá início a 27 de Março e se estende por dois semestres. O objectivo da formação é dotar os alunos de técnicas de comunicação e análise de acontecimentos nas fases de prevenção e planeamento do risco. A pós-graduação destina-se sobretudo a jornalistas, operadores de imagem, bombeiros, forças de segurança, assessores de imprensa, relações públicas, autarcas, técnicos de proteção civil, e comandantes operacionais, entre outros.―

esTA enTroncAMenTo

Curso de Vídeo no CEACNo âmbito do Atelier de Fotografia e Vídeo em curso no Centro de Estudos de Arte Contemporânea (CEAC) de Vila Nova da Barquinha, no presente ano letivo, vai iniciar-se dia 3 de Março o módulo dedicado ao vídeo. Ministrada pelo Prof. João Seguro, docente do Instituto Politécnico de Tomar, esta formação permitirá adquirir competências de captação de imagem e respectiva edição. Ao todo serão nove aulas de vídeo, realizadas à terça-feira das 18h às 21h, com aula de apoio à quinta (facultativo) das 15-18h ou das 18-21h.Traga a sua câmara ou máq. fotográfica e o seu computador portátil e inscreva-se no CEAC, através do Facebook, do email [email protected] ou telefone 926273161.―

Vn BArQuInHA

VN BARQUINHAPalavras Soltas com... Rita Inácio

TEXTO CIDáLIA DELGADO

Rita Inácio, arquitecta de formação, fadista de coração foi a convidada para mais um fim de tarde de “Pa-lavras Soltas”, com personali-dades ligadas a Vila Nova da Barquinha.

Decorreu no Centro de Estudo de Arte Contem-porânea (CEAC), no dia 5 de

rita Inácio à conversa com carlos Vicente

Fevereiro, com Carlos Vicente a conduzir a conversa conhece-mos uma Rita dedicada a todos os projectos em que se envolve, seja na defesa do património, seja na junta de freguesia da Praia do Ribatejo entre outras actividades em que se envolve.

Contou dos seus tempos de menina na escola de Limei-ras e da Praia do Ribatejo, do seu jeito para o desenho e da sua paixão pela música, e pelo

fado em particular, e dos seus tempos na Universidade em Lisboa por onde fez grandes amizades que se mantêm até hoje.

Reservada, com um brilho no olhar, cantou e encantou os presentes no final da conversa com um fado em que pudemos apreciar a sua delicada voz. Foi um momento que captou a at-enção dos presentes e onde so-bressaiu a sua veia de fadista.―

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020 CULTURANovoAlmourol

MARÇO 2015

Sofia Lisboa apresenta livro

no dia 14 de Março, pelas 16h00, sofia Lisboa, cantora dos silence 4, vai apresentar o seu livro “nunca desistas de Viver” no centro cultural de Vn Barquinha. A obra revela um período muito difícil na vida da cantora leiriense, que se viu confrontada com um diagnóstico de leucemia. sofia Lisboa ultrapassou a doença mas para trás ficaram fortes transformações na sua vida, umas negras outras de luz. depois do diagnóstico, sofia Lisboa, que era então instrutora de fitness em Leiria, perdeu “a saúde, um filho, o emprego, o marido, a beleza”, lê-se no texto de apresentação do livro. Mas a doença, e todas as contrariedades que se seguiram, não a fizeram desistir. com o apoio e “o amor da mãe, do pai e dos amigos, tantos e tão bons, sempre a ajudar”, e uma grande vontade de viver, sofia Lisboa voltou a reconhecer-se ao espelho e no livro conta na primeira pessoa a história da sua luta contra a leucemia, relatando cada uma das fases. o prefácio do livro é assinado por david Fonseca que também é membro dos silence 4, hoje com uma carreira fulgurante na música.―

Robert MeaningIntegrado na programação “entro.culturas”, vai decorrer no dia 14 de Março, às 21h30, no centro cultural do entroncamento, um espectáculo musical interpretado pelo músico robert Meaning (Gonçalo serras). “The Last Girl standing” é o novo trabalho musical de robert Meaning que fala sobre as suas experiências, os encontros e desencontros, e a busca pela mulher da sua vida, que será (ou não) ruiva. como primeiro single apresenta-nos 'My mind is set on you', uma pequena história sobre um homem que se apaixona por uma atriz de novelas, que conhece apenas da televisão. no seu novo trabalho existem mais doze canções, todas com um carimbo folk. A entrada é livre.―

Vn BArQuInHA

enTroncAMenTo

Vozes do FadoO Cube União de Recreios de Moita do Norte, VN Barquinha, vai realizar mais uma noite de fados, “Vozes do Fado”, no dia 28 de Março, pelas 21h30. O espectáculo inclui jantar com os habituais aperitivos, bom vinho, Caldo verde, chouriço assado, arroz doce, café d’Avó e Aguardente, por 12,5 violas. O cartaz é de luxo, com Ana Laíns, Cristiano de Sousa, Silvina pereira, Carlos Almeida, João Silva, Ricardo Silva, João Paulo e Paula Carapeta. As reservas devem ser feitas para 965 659 104 ou 969 569 257, ou nas instalações do clube. .―

MoITA do norTe TORRES NOVASDiabo na Cruz apresentam novo álbum

TEXTO NA

A banda portuguesa vai actuar no sábado, dia 21 de Março, no Teatro Virgínia pe-las 21h30 e na bagagem levam o 3.º disco.

"Vida de estrada”, single do novo trabalho com o nome da banda “Diabo na Cruz, roda há semanas e de forma insistente nas rádios nacionais e, mais recentemente, ficou a conhecer-se um outro sin-gle, “Ganhar o Dia”. Ambos os singles tornaram-se já dos

Irreverentes e animados, vão apresentar 3.º disco em Torres novas

CEM SOLDOSPrimeiras confirmações para o Festival Bons Sons 2015TEXTO NA

Trêsporcento, Tó Trips, Nice Weather For Ducks e Retimbrar são os primeiros nomes avançados para a edi-ção deste ano do Festival Bons Sons (FBS) que se realiza na aldeia de Cem Soldos, conce-lho de Tomar, nos dias 13, 14, 15 e 16 de Agosto.

Em ano de mudança de ciclo – o festival passa a ser anual e não de dois em dois anos - também há lugar a nova imagem, “contemporânea mas onde estivesse reflectido o seu carácter festivo e o calor que se sente quando se Vive a Al-deia”, lê-se no comunicado en-viado às redacções.

Os passes para os quatro dias do FBS estão já dispo-

níveis e a preço reduzido em Março e Abril (25€), Maio e Junho (30€) e em Julho e Agosto a 35€.

O Jornal Novo Almourol (NA) assinou recentemente um acordo de parceria com a organização do FBS, o Sport Clube Operário de Cem Sol-dos (SCOCS), na promoção do festival em troca de aces-so aos conteúdos e artistas do festival, bem como a oferta de bilhetes através de iniciativas

do NAOs bilhetes podem ser ad-

quiridos online, em Ticketline e na loja online dos CTT, mas também na FNAC, Worten, ou El Corte Inglés. Em To-mar, os bilhetes estão à venda no Amor Lusitano - Portu-guese House.―

Just Under apresentam o segundo álbum Os Just Under, banda de Cem Soldos, Tomar, lançam um novo disco no dia 21 de março, com um concerto na sede da Associação Sport Club Operário de Cem Soldos, pelas 22h30. “Nervo”, o segundo trabalho de originais, é composto por oito faixas cantadas em português, caraterizadas por uma sonoridade rock, do qual faz parte uma versão da “Vampiros”, de Zeca Afonso. Em comunicado, a banda refere que este “álbum é o resultado do esforço dos seus quatro membros em colaboração com alguns elementos externos que ajudam a banda a explorar a sua linguagem.” O primeiro single extraído do disco é “Vida Obscura”, com o videoclip gravado na cidade de Tomar.João Rufino (guitarra e voz), João Pedro (guitarra, teclas e vocais de apoio), Fábio (bateria) e Simão Mourão (baixo) compõem a banda tomarense que surgiu em 2006. O seu percurso conta já com importantes concertos de reconhecimento na área musical, como no Musicbox, em Lisboa (2011), ou a atuação no Pórtico do Festival Optimus Alive (2012). Em 2013, lançaram o seu primeiro álbum “Peculiar” que os projetou e incentivou à criação de “Nervo”, agora apresentado ao público. André Lopes.―

ceM soLdos

maiores sucessos da banda. O Álbum “Diabo na Cruz”

sucede os muito aclamados Virou! (2009) e Roque Po-pular (2012), é composto por 11 canções peneiradas de dois anos de trabalho.

“Os Diabo na Cruz conti-nuam a sua caminhada ímpar

no panorama musical portu-guês, reinventando mais uma vez a musicalidade do país, sob um prisma contemporâneo, e reflectindo sentimentos, aspi-rações e contratempos de uma geração que se descobre a si mesma no acto de esculpir o amanhã”, lê-se no comunicado de promoção ao concerto.

A banda é composta por Jorge Cruz, voz e guitarra, João Gi, teclados, Sérgio Pires, vio-la braguesa, Bernardo Barata, baixo, João Pinheiro, bateria e Manuel Pinheiro na percussão. Os bilhetes custam 10€.―

"Ganhar o Dia" e "Vida de Estrada" são dois dos singles do reportório

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CULTURA 021

se “cultura é saber quais são os problemas do nosso mundo e quais são as soluções para eles” e, deste modo, é “o trabalho contínuo de fazer e refazer o mundo que quere-mos”, intervir na cultura do Médio Tejo é…Bem, deve concluir-se que é saber quais são os problemas do Médio Tejo e dos seus habitantes e organizações e é também refazer o Médio Tejo de forma a que nele possamos ter um futuro melhor.

Marca d'água

A cultura no Médio Tejo

Alves JanaConsultor

“Como se mostra já insuficiente o nosso viver aqui? Como enfrentar os desafios e as oportunidades que se colocam a este território ao mesmo tempo central e periférico? Que futuro queremos para nós?“

noVoALMouroL.wordPress.coM

MARÇO 2015

REGIÃO

Festas concelhias com cartazes definidosTEXTO RA COM RAFAEL FERREIRA

As festas concelhias da região começam a ganhar forma com o avanço de alguns dos nomes a constar nos pro-gramas. Em Constância, para as Festas de Nossa Senhora da Boa Viagem, de 4 a 6 de Abril, vão actuar nomes como Sam The Kid, D’Impruviso, Tiago Bettencourt, DAMA, Ricardo Rebelo, entre outros.

A vila poema recebe ain-da a 27.ª edição do Grande Prémio da Páscoa, no dia 4 de Abril, pelas 9h30, prova histó-rica de atletismo e que este ano quer subir mais um degrau na sua afirmação nacional, como explicou Luís Correia, orga-nizador do evento, durante a apresentação das festividades pela autarquia no dia 5 de Março. Na próxima edição o NA trará o programa comple-to destas festas.

Entroncamento recebe Sér-gio Godinho. Começam a ser conhecidos os contornos das Festas da Cidade- e de São João Baptista-, cuja parte pro-fana terá lugar no Largo da Câmara Municipal, no mês de Junho.

O programa inicia-se com Emanuel, no dia 19, concluin-do com Sérgio Godinho, no

d.A.M.A. actuam em constância, Tomar e entroncamento

dia 27. Nos restantes dia inter-calares constam, entre outras, as atuações de: D.A.M.A., Filipe Santos, Pedro Dionísio, Ricardo Oliveira e Teresa Ta-padas.

Festa dos tabuleiros. A Co-missão da Festa dos Tabuleiros divulgou na tarde de terça--feira, 24 de Fevereiro, o cartaz do programa de animação do fim-de-semana grande da fes-ta, que decorre entre 4 e 13 de Julho em Tomar.

Na sexta-feira, 10 de Julho, actuam os D.A.M.A, no sába-do, dia 11, os Amor Electro, no domingo, 12 de Julho, o cantor angolano Anselmo Ralph e no

É claro que no Médio Tejo há os problemas eternos e também os problemas do mundo de hoje. Por exemplo, como enfrentar a morte, como lidar com as formas difusas do poder. Mas há também os problemas específicos do Médio Tejo, aqueles que dão conteúdo às nossas formas de viver aqui e incerteza quanto ao nosso futuro.Por exemplo. como se mostra já insuficiente o nosso viver aqui? como enfrentar os desafios e as oportunidades que se colocam a este territó-rio ao mesmo tempo central e periférico? Que futuro quere-mos para nós? sim, porque há – sempre – imensas possibili-

dades de futuro e querer uma é recusar as outras.ou ainda. em que lugares neste Médio Tejo se trabalham estas questões e as respec-tivas respostas. e quem as trabalha? e como chegam elas – questões e respostas – aos cidadãos comuns? e que lugar lhes é dado nesse questionar e responder?Porque é muito diferente uma resposta “pronta a servir” produzida por uns poucos para consumo de muitos ou uma resposta construída desde logo com a participação desses muitos. e essas são, também desde logo, duas formas culturais, e por isso estruturantes, de fazer o mun-do em que queremos viver, aqui. ou seja, duas formas de mundo que nós fazemos a partir do modo cultural de trabalharmos o mundo em que hoje vivemos.Por isso o trabalho cultural é sempre político, é o trabalho de refazer a polis, a cidade, a sociedade organizada em que vivemos. Mas dizer político não significa afirmá-lo como politicamente alinhado com este ou aquele partido. Mas também não é, nunca, neutro ou equidistante de todas as forças partidárias. essa ideia de um trabalho cultural neutro e assético, logo “sério” ponto de vista cultural, é um esforço vão de ocupar um lugar que não existe – para fugir à res-ponsabilidade de viver neste mundo com os outros.Por isso, o trabalho cultural começa por ocupar um lugar no mundo. Por exemplo no Médio Tejo. e de, a partir desse lugar, estar envolvido (queira ou não) no processo de refazer o mundo que, também ele, nos vai fazendo. não, não é circu-lar, é em espiral. uma espiral criativa.

P.s. – Porque será que alguns se reservam o direito de pensar os problemas e de lhes dar as respostas que todos “devem” consumir? este tam-bém é um problema cultural, mas está bom de ver que não interessa a todos colocar.―

Alves Jana escreve segundo as regras do Novo Acordo Ortográfico

dia 13, os Quinta do Bill jun-tamente com a Banda Filar-mónica Gualdim Pais.

Todos os concertos têm lugar no Estádio Municipal de Tomar sendo que cada espec-táculo tem uma duração pre-vista de uma hora e meia.

Os bilhetes ainda não fo-ram colocados à venda mas já se sabe que custam 4 euros para todos os espectáculos, ex-cepto o de Anselmo Ralph que tem um preço de bilheteira de 5 euros.

No entanto, a comissão disponibiliza um passe para os quatro dias que, se for adquiri-do até ao dia 5 de Junho, custa 15 euros.―

MÚSICAFestival One Man Band vai deambular entre Abrantes e PortalegreTEXTO NA

Portalegre e Abrantes vão receber nos dias 15 e 16 de Maio o festival “One Man Band”. Neste festival, dedicado a abandas com um único artista, realiza-se pela primeira vez em Abrantes, partilhando o evento com Portalegre, cidade em que o festival se tem realizado. Duas das noites de festival terão assim o palco do Tea-

tro São Pedro ao passo que em Portalegre é no Centro de Artes e Espectáculo que a

música vai tocar. Na edição de 2015 serão

quatro projectos internacio-nais e dois nacionais que vão alternar actuações entre as duas cidades: Urban Júnior (Suíça), Tiny Legs Tim (Bél-gica), Made for Chickens by Robots (Austrália), The Blues Against Youth (Itália) e dos portugueses Johnny Luv & sus Muchachos Hate Killers e Fel, (o novo projecto de Humberto Felício, ex-Kaviar e cronista do jornal NA).―

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NovoAlmourolMARÇO 2015

TEXTO NA

O famoso e tradicio-nal Arroz de Lam-preia volta à mesa em sete restaurantes do Concelho de Mação, no âmbito do Festival da Lampreia 2015. A ini-ciativa é promovida pela Câmara Municipal de Mação, em parceria com os restaurantes aderentes, que vai decorrer entre 1 de Março e 19 de Abril e que todos os anos leva ao concelho inúmeros apreciadores oriundos de todo o País.

Durante um mês e meio os visitantes po-dem deliciar-se com um delicioso prato, típico de Mação, que assume lugar de destaque nas ementas dos restaurantes, sobre-tudo pela forma única e especial como é confec-cionado: em Mação o arroz é feito com o san-gue da lampreia e servido

separado da mesma, ofe-recendo uma variedade única de sabores que vai com toda a certeza que-rer provar.

A excelência desta iguaria é sobejamente conhecida e reconhecida, tendo mesmo sido eleita, em 2013, Estrela do Mé-dio na categoria de Prato Principal a nível regional.

A fama da lampreia vem de longe, assim como a sua história, que se cruza com a do Rio Tejo e as gentes de Ma-ção, sobretudo da Fre-guesia de Ortiga, onde ainda existem vários pescadores. A excelência da lampreia e do peixe do rio, assim como dos pratos que a partir daí se confeccionam, têm feito do Município, ao longo dos tempos, um ponto de referência a nível na-cional.

Restaurantes aderen-tes: Restaurante A Lena

Crónica de Enologia Como organizare preparar a sua garrafeiraEng. Teresa NicolauEnóloga

Quando chegar a altura de guardar um vinho na sua garrafei-ra, verifique em que condições o vinho deve ser consumido. Há vinhos que não me-lhoram com o estágio em garrafa, porque se encontram prontos a consumir (vinhos jovens e de consumo imediato) quando são colocados no merca-do.se pretender fazer a sua própria garrafeira, é importante esco-lher, de acordo com o seu gosto pessoal, os vinhos a incluir na sua coleção pois será o co-lecionismo de alguns anos que irá promo-ver o rechear da sua garrafeira. o número de garrafas existentes deve ser proporcional aos seus hábitos de consumo e de acordo com os vários momen-tos em que se enqua-drem.A garrafeira deve ser um espaço amplo, protegido da luz e de variações de tempera-tura (que deve situar--se entre os 7ºc e os 13ºc). Quando existem grandes variações de temperatura, o vinho pode sair pela rolha da garrafa, o que signi-fica que aqueceu ou

que a rolha secou em demasia. A humidade do ar é outro aspecto a ter em conta: deve rondar valores entre os 60% e os 75%. se o local destinado a guardar o vinho for demasiado húmido este deve ser desumidificado. Mas, se precisar de aumen-tar a humidade do ar, o melhor é regar o

chão (se for possível). Para se assegurar dos valores da tempera-tura e da humidade, o melhor é adquirir um termómetro e um hi-grómetro. uma opção mais cara é a aquisição de uma garrafeira tipo “frigorífico”, onde a temperatura e humi-dade são constantes e facilmente contro-ladas.A garrafeira deve ter

MAÇÃOLampreia à mesa em sete restaurantes do concelho de Mação

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uma boa circulação de ar para que cheiros indesejáveis (como, por exemplo, o cheiro a mofo) sejam rapida-mente eliminados.uma vez na garrafei-ra o vinho deve ser movido o menos possí-vel, por isso o ideal é planificar a organiza-ção das suas garrafas antes de as colocar no lugar. Geralmente as garrafas são guar-dadas deitadas, para que o vinho fique em contacto com a rolha. deste modo, a rolha não seca e não deixa entrar ar. As melhores garrafas devem estar mais perto do solo, porque é a zona mais fresca da garrafeira. As garrafas de vinho do Porto Tawny, Madeira e outros generosos de-vem ser armazenadas de pé, pois são vinhos constituídos por elementos que podem danificar as rolhas se estiverem em perma-nente contacto com elas. Tendo uma boa garrafeira envolta de todas estas condições os vinhos irão evoluir positivamente ao lon-go dos anos, encon-trando-se em perfeitas condições aquando do momento ideal para serem degustados.―

“As melhores garrafas devem estar mais perto do solo, porque é a zona mais fresca das garrafei-ras“

022 GASTRONOMIANovoAlmourol

MARÇO 2015

– Ortiga – 241 573 457, todos os dias – almoço, com reserva; Avenida (Pica-Fino) – Mação – 241 572 585 / 966 225 784, dias da semana – almoço e jantar, por encomenda; fim-de--semana – almoço e jan-tar (encerra à 2.ª feira); Dona Flor – Penhasco-so – 964 841 691 / 969 923 02, 3.ª feira e sába-do – almoço e jantar, por encomenda; O Cantinho – Mação – 241 573 367 / 964 677 705, todos os dias – almoço e jantar; O Godinho – Mação – 241 572 874 / 962 536 310, todos os dias – almoço, por encomenda (encerra ao domingo); O Pesca-dor – Mação – 241 573 180 / 934 244 472, todos os dias – almoço e jantar, com reserva (encerra à 2.ª feira); Solar do Moi-nho – Cardigos – 274 866 505 / 910 308 055, todos os dias – almoço e jantar, por encomenda.―

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Março Semana Santa, sardoal22, 29 Março | 3, 4, e 5 de AbrilMaravilhosas capelas enfeitadas, a religiosidade e o profa-no (música, bares, animação) em perfeita sintonia.22 de Março – Passos do Senhor, 29 de Março - Ramos, 2 de Abril - Senhora da Misericórdia, 3 de Abril - Enterro do Senhor, 5 de Abril - RessureiçãoMúsIcA TeATro/dAnçA sABer cIneMA PATrIMónIo eTnoGrAFIA Ar LIVre GAsTronoMIA LITerATurA eXPosIçÃo

noVoALMouroL.wordPress.coM

NADA PARA FAZER 023MARÇO 2015

22º Olímpico Jovem

de Constância 14 de Março

Constânci9h30 às 13h

-

“Maria Lucília Moita. 1928|2011”

Até 20 de MarçoquARTel

Galeria Municipal de Arte de Abrantes

-

“Do Gesto à Arte: criar, fazer, comunicar”

Exposição permanente

Museu de Arte Pré-Histórica de Mação

-

“Troncos”, pintura de

Manuel Soares Traquina

Até 22 de Março Galeria Municipal do Entroncamento

-

“O Menino de Sua Avó”, com Maria do Céu

Guerra e Adérito Lopes

14 e 17 de Março Cineteatro São Pedro,

Alcanena21h40

5€ -

“Your Majesties, Welcome to the Anthropocene”,

pela Vortice Dance Company

20 de MarçoCineteatro São Pedro,

Abrantes21h30 10€

Sons do Mundo pelo

“Projeto Geo” 14 de Março

Centro Cultural Gil Vicente, Sardoal 21h30 gratuito

-

Apresentação do livro

“Nunca Desistas de Viver”

Sofia Lisboa 14 de MarçoCentro Cultural

de V. N. da Barquinha16h -

Robert Meaning

apresenta “The Last Girl

Standing” 14 de MarçoCentro Cultural

do Entroncamento 21h30

gratuito -

“Portugal e a Grande Guerra”

Até 21 de Março Casa dos Cubos

Tomar-

X Festival de Música da Beira

Interior com Orquestra das

Beiras 14 de Março

Cineteatro São Pedro, Abrantes21h30

gratuito-

“Passagens e Memórias”,

homenagem a Cipriano Dourado

Até 6 de Abril Galeria do Centro Cultural

Elvino Pereira Mação

-

Festival da Lampreia Até 19 de Abril

Restaurantes aderentes do concelho de

Mação -

“Nadir Afonso”, pintura

de Nadir Afonso Até 26 de Abril

Galeria do Centro Cultural Gil Vicente

Sardoal-

“Indépendance Cha Cha” de Ângela Ferreira

30 de JaneiroAuditório

do Centro Cultural Elvino Pereira,

Mação 21h -

Festa da Música pela Associação

Canto Firme 14 de Março

Sede da Canto Firme, Tomar,

14h – gratuito -

XXI Mês do Sável e da Lampreia

Até 5 de Abril Restaurantes aderentes

do concelho de Vila Nova da Barquinha

-

Mostra de Teatro Concelhia

8 a 21 de MarçoConcelho de Tomar

1,5€ a 5€ -

Semana da Leitura

Feira do livro, apresentações

de livros, workshops

16 a 21 de MarçoCentro Cultural Gil Vicente,

Biblioteca Municipal de Sardoal

“Sonho, Luz e Cor”,

pintura de Maria Magda Vaz

Até 30 de Abril Museu Municipal

de Vila de Rei-

“As Três (Velhas) Irmãs”, com Graça Lobo,

Mariema, Paula Só e

Martim Pedroso 28 de MarçoTeatro Virgínia,

Torres Novas, 21h30 7,50€

-

Diabo na Cruz 21 de MarçoTeatro Virgínia Torres Novas

21h30 10€

Semanada Juventude

concertos, teatro, despor-to, workshops

21 de MarçoTomar

-

André Lopes

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"Ontem como hoje, procuramos informar para que os leitores possam decidir melhor sobre o nosso futuro comum"

024 POR AGORA É TUDO MARÇO 2014

em 1957, o existencialista camus, expoente da angústia humana frente ao absurdo das suas pró-prias construções, recebia o Pré-mio nobel da Literatura. A urss vivia o acidente nuclear de Mayak e iniciava a brutal repressão con-tra os comunistas dissidentes que haviam organizado a primeira grande revolta anti-ditatorial dos países de leste, na Hungria. A ditadura de Franco enfrentava as primeiras dissidências catalãs, enquanto a democracia nos estados unidos fazia explodir 9 bombas atómicas e nucleares experimentais, e sofria com a comissão de Mccharty. Foi o ano do nascimento das comunida-

Editorial

1957

Luiz Oosterbeek Director

Maiores de 23 Encontram-se abertas as inscrições para as provas especialmente ade-quadas destinadas a avaliar a capa-cidade para a frequência do En-sino Superior dos Maiores de 23 anos para todos os Cursos do Ins-tituto Politécnico de Tomar (IPT).As inscrições podem ser efec-tuadas até ao dia 02 de Abril nos Serviços Académicos do IPT ou na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes.Mais informações em www.ipt.pt.

Medalhas de Ouro e Prata O vinhos do Casal da Coelhei-ra (CdC), Tramagal (Abrantes), receberam duas medalhas de Ouro e uma Medalha de Prata no Concurso Mundus Vini, na Alemanha. No final de Feverei-ro já haviam obtido a Medalha de Prata em Paris com o vinho CdC branco 2014. Agora, os vinhos CC tinto 2012 e o CdC Reserva tinto 2012, trouxeram a Medalha de Ouro, e o Mythos 2012 foi galardoado com a Medalha de Prata no presti-giado concurso internacional.

IPTcAsAL dA coeLHeIrA

Hora do PlanetaEntre as 20h30 e as 21h30 do dia 28 de Março, serão desliga-das as luzes interiores e exteriores do Castelo de Abrantes, da Pra-ça D. Francisco de Almeida e do Edifício dos Paços do Concelho, para assinalar a Hora do Plane-ta 2015, em defesa do ambiente e poupança de recursos energé-ticos. A Câmara de Abrantes compromete-se ainda a promover medidas destinadas a melhorar a eficiência energética, junto dos seus munícipes. É um acto sim-bólico da organização global de conservação da natureza WWF.

ABrAnTes

Título Jornal Novo Almourol propriedade CIAAR - Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo Director Luiz Oosterbeek Editor Ricardo Alves Sub-Directora Cidália Delgado Chefe de Redacção André Lopes Redacção Maria de Lurdes Gil Jesuvino, Rafael Ferreira, Patrícia Bica, Núcleo de Comunicação ESTA, Margarida Serôdio Opinião António Luís Roldão, Alves Jana, Augusto Mateus, António Carraço, Teresa Nicolau, João Gil, Luís Mota Figueira, Luís Ferreira, João Geraldes Marques, Joaquim Graça, Bruno Neto, Humberto Felício, Tiago Guedes, Carlos Vicente, Miguel Pombeiro, Rita Inácio Edição gráfica Pérsio Basso e Paulo Passos Fotografia Ricardo Alves paginação Ricardo Alves publicidade Novo Almourol Departamento Comercial 249 711 209 - [email protected] Jornal Mensal do Médio Tejo Registo ERC nº 125154 Impressão FIG - Indústrias Gráficas SA Tel. 239 499 922 Fax. 239 499 981 Tiragem Média Mensal 3500 ex. Depósito Legal 367103/13 Redacção e administração Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo - Largo do Chafariz, 3 - 2260-407 Vila Nova da Barquinha Email [email protected] / [email protected]

Novo Almourol

Feira de Março O município promove, entre os dias 13 e 29 de Março, a Feira de S. Gre-gório (Feira de Março), junto ao Al-monda Parque com equipamentos de diversão, bens alimentares e ar-tesanato local e étnico. A animação musical, aos fins-de-semana, inclui dia 14 -22h | The Neverminding Bastards + Keep Razors Sharp; 15 - 16h | Banda da Sociedade Filarmónica União Matense; 21 - 22h | Pedro Dyonysyo & Amigos; 22 - 16h | Banda da Sociedade Filarmónica Lealdade União Ri-beirense; 28 - 22h | Rock Avenue; 29 - 15h | Banda do Centro Recrea-tivo e Musical de Outeiro Grande.

Torres noVAs

SARDOAL

Semana Santa é no Sardoal TEXTO NOVO ALMOUROL

A vila de Sardoal vai estar em festa juntando celebrações reli-giosas e profanas naquela que é a semana mais aguardada para os sardoalenses mas também para os milhares de visitantes que es-colhem anualmente a vila para celebrar a Páscoa.

Já a partir de 22 de Março os visitantes podem presenciar a procissão dos Passos do Senhor, e no dia 29 de Março a procis-são de Ramos. Dia 2 de Abril,

quinta-feira santa, será a vez da realização da procissão do Se-nhor da Misericórdia e no dia 3 de Abril a do Enterro do se-nhor. Dia 5 de Abril, domingo de Páscoa, realiza-se a procissão de Ressurreição.

Durante a Semana Santa as seis capelas e três igrejas da vila vão estar enfeitadas e os visi-tantes podem visitar cada uma e admirar o trabalho decorativo exímio das populações.

Semana santa na BTL. O Sar-doal esteve presente na Bolsa de Turismo de Lisboa, à seme-

lhança dos outros concelhos do Médio Tejo, e levou a promoção o seu maior evento anual. Os ta-petes de flores e verduras natu-rais, que entre quinta-feira Santa e domingo de Páscoa adornam o chão das Capelas e Igrejas não só da Vila de Sardoal, mas também das aldeias do Concelho, estive-ram em evidência. A elaboração de tapetes de flores e verduras naturais é uma tradição cultural que se julga ser única no país e cuja origem remonta a um pas-sado longínquo, sabendo-se que já existia com grande esplendor no século XIX..―

des económicas europeias, do lançamento do primeiro satélite espacial artificial (o sputnik, da urss). no Portugal de salazar, tão arredio do desenvolvimento industrial, dois eventos marca-vam os novos tempos: o início da rTP, indicador da renovação tecnológica, e o congresso conjunto dos Industriais e dos economistas, orientado para o desenvolvimento industrial. era o fim de um mundo e a abertura de um novo e desconhecido futuro. os primeiros passos do nA, com a designação “A nossa paróquia”, foram dados nesse momento de transição. ontem como hoje, procuramos informar para que os leitores possam decidir melhor sobre o nosso futuro comum.