Jornal O Breves

12
Pág. 2 Página 4 Página 3 OBreves Diretor: Carlos Pires - Ano 3 - Nº 48 - 23 de Dezembro de 2013 - Semanário - € 1,00 XS www.obreves.com Página 7 facebook.com/jornal.obreves Pág. 5 Governo Regional aprova intervenções na ilha Lar Idosos Calheta Saúde oral nos dois concelhos de São Jorge Casa Repouso Velas Mensagem de Natal dos Autarcas Festas de Natal

description

Edição 48 publicada a 23 de dezembro de 2013

Transcript of Jornal O Breves

Page 1: Jornal O Breves

Pág. 2

Página 4

Página 3

O B r e v e s Diretor: Carlos Pires - Ano 3 - Nº 48 - 23 de Dezembro de 2013 - Semanário - € 1,00

XS

www.obreves.com

Página 7

facebook.com/jornal.obreves

Pág. 5

Governo Regional aprova

intervenções na ilha

Lar Idosos Calheta

Saúde oral nos dois concelhos de São Jorge

Casa Repouso Velas

Mensagem de Natal dos Autarcas

Festas de Natal

Page 2: Jornal O Breves

A Secretária Regional da Solidariedade Social afirmou que o Governo dos Açores “está empenhado em construir uma sociedade que não exclua ninguém”, destacando as ações que têm sido desenvolvidas pelo Executivo para “minorar as dificuldades sentidas pelas pessoas que são portadoras de deficiência”. “Prova disso é o número de respostas que têm sido cria-das nos últimos anos. Hoje são mais de mil Açorianos e Açorianas a beneficiar de serviços especializados, nomea-damente nos Centros de Atividades Ocupacionais”, afir-mou Piedade Lalanda, recordando que “eram apenas cin-

co em 1996 e atualmente são 16, abrangendo quase 500 jovens e adultos, nas mais diversas ilhas”. Piedade Lalanda, que falava sábado, em Ponta Delgada, no jantar de Natal da Delegação dos Açores da Associa-ção Portuguesa de Deficientes, salientou ainda “o financia-mento de várias carrinhas de transporte adaptado, que não existiam em 1996 e que hoje são um recurso fundamental para facilitar o acesso aos serviços, incluindo a frequência dos centros de atividades”. Na sua intervenção, recordou também que “o investimento em equipamentos vocacionados para pessoas especiais não chegava aos 500 mil euros há 17 anos atrás”, frisando que, “em 2012, ultrapassou os seis milhões de euros, entre acordos de cooperação, apoios eventuais e investimentos no plano”. “Este ano e no próximo são vários os equipamentos em construção que vão melhorar, ainda mais, a rede de res-postas nesta área”, referiu a Secretária Regional, defen-dendo a importância da solidariedade, que deve existir “todo o ano” e não apenas na quadra natalícia. “Temos todos consciência que não está tudo feito. Em matéria de inclusão na nossa sociedade, particularmente quando pensamos nas escolas, nos locais de emprego, ainda temos de derrubar barreiras, não apenas físicas, mas também mentais e culturais. Mas não podemos baixar os braços ou perder a esperança”, afirmou Piedade Lalan-da. A Secretária Regional destacou o trabalho desenvolvido pela Delegação dos Açores da Associação Portuguesa de Deficientes, considerando que se trata de “uma voz que traz a esperança a muitos cidadãos, que passam por difi-culdades, que enfrentam limitações ou lutam contra obstá-culos que parecem intransponíveis”. “Podem contar com o Governo dos Açores para apoiar e contribuir para o vosso sucesso, porque ganha cada um de vós e ganham os Açores, na medida em que vencermos no respeito pela diferença”, afirmou Piedade Lalanda.

2 O BREVES - 23 de Dezembro de 2013

Governo dos Açores empenhado

Construir uma sociedade que inclua todos

Local

ESTA E OUTRAS NOTÍCIAS EM WWW.OBREVES.COM

Executivo regional aprovou

Programa para intervenções na ilha de São Jorge

Regional

O Governo Regional dos Açores, tendo em vista o cumprimento de empreitadas destinadas a reparar estragos causados por intempéries e a acautelar a segurança de pessoas e bens na ilha de São Jor-ge, aprovou um contrato programa com a Socieda-de de Gestão Ambiental e Conservação da Nature-za, Azorina S.A.. Através da Resolução publicada em Jornal Oficial, o Governo dos Açores assegura, na parte não cofinanciada por fundos comunitários, o financiamento dos projetos e obras do Caminho Municipal da Fajã dos Cubres, do caminho munici-pal adjacente ao Campo de Jogos de Santa Catari-na e do acesso à Fajã dos Cubres, no concelho da Calheta.

Page 3: Jornal O Breves

O BREVES - 23 de Dezembro de 2013 3

Autarcas desejam o melhor

Regional

No atravessar de mais uma quadra natalícia, O Breves foi ao encontro dos, recém-eleitos, presidentes de Câmara, dos dois concelhos da ilha, para que estes proferissem uma mensagem de Natal, aos seus munícipes. Décio Pereira, presidente da Câmara Municipal da Calhe-ta, referiu que “o Natal é por excelência o tempo da família, dos encontros entre as pessoas, de maior disponibilidade entre todos, de maior empenho e solidariedade”. “Entendo que é esse espírito que deve perdurar durante o ano. O nosso município, e a nossa ilha no seu todo, preci-sam desse entendimento, precisam que aqueles que com-põem os órgãos autárquicos, a todos os níveis, tenham esse entendimento e tenham a capacidade de trabalhar em colaboração, para que seja possível concretizar proje-tos de suma importância para o concelho e para a ilha”,

afirmou o autarca. “Deixo um abraço, muito especial, a todos os munícipes da Calheta e desejar-lhes muita saúde”, concluiu. O presidente do município das Velas afirmou que “num momento que é difícil para as famílias, para as empresas e para as instituições, aquilo que lhes quero transmitir é uma palavra de confiança e de esperança num futuro melhor”. Para Luís Silveira “este é um momento de paz e das famí-lias, em que devemos por alguns dias esquecer os proble-mas, mas tendo a noção que eles existem”. “Deixo a todos os munícipes uma palavra de incentivo e de esperança, fazendo votos que tenham muita saúde, paz, amor e que 2014 seja repleto de sucessos pessoais e pro-fissionais”, concluiu o autarca.

Mensagens de Natal Local

O presidente do Governo Regional dos Açores salientou que o executivo vai continuar a trabalhar no combate ao desemprego, na mensagem de Natal que deixou aos aço-rianos. "Quero transmitir-vos que temos consciência do trabalho que ainda é necessário fazer para que, neste nosso per-curso coletivo enquanto sociedade, enquanto povo, possa-mos sempre dizer que não deixamos ninguém para trás", frisou, numa mensagem de Natal divulgada. Vasco Cordei-ro começou por se dirigir aos açorianos que atravessam a quadra de Natal "afetados pelo sofrimento da doença, ou pela angústia do desemprego, ou ainda pela solidão", assegurando que "não estão sós". "Sabemos bem a dimensão da tarefa em que estamos a trabalhar. Sabemos bem que essa tarefa tem a ver com as famílias, tem a ver com as açorianas e com os açorianos que querem, e merecem, um futuro melhor", reconheceu. "Também sabemos que é a confiança, que é a esperança dos açorianos que nos impele a construir, a criar, a erguer soluções e respostas que ajudem o povo açoriano a ultra-passar, com sucesso, este período difícil que vivemos. Que ajudem a ultrapassá-lo sem deixar ninguém para trás", acrescentou. O presidente do Governo Regional ape-lou também aos açorianos para que renovem nesta quadra a esperança na capacidade de vencer. "É, no fundo, um apelo a que não nos resignemos e, pelos

Açores, não nos resignamos nem nos resignaremos. Somos muitos mais do que hoje somos. Somos um povo com séculos de história, com uma história que não nos deve apenas orgulhar, mas que nos deve ensinar", fri-sou. Vasco Cordeiro deixou ainda uma "palavra de reco-nhecimento" a "todos aqueles que avançam e respondem presente ao desafio de serem autênticos defensores" dos concidadãos "atingidos pelo infortúnio".

Na mensagem de Natal

Vasco Cordeiro promete combater desemprego

Page 4: Jornal O Breves

4 O BREVES - 23 de Dezembro de 2013

Natal em família Lar da Santa Casa da Misericórdia da Calheta

Assine e divulgue o jornal O Breves

REPORTAGEM ALARGADA EM WWW.OBREVES.COM

Local

No Lar de Idosos da santa Casa da Misericórdia da Calhe-ta também se celebrou o Natal. Foi promovida uma festa alusiva à época na qual os auxi-liares fizeram um teatro, uma peça divertida, depois foi apresentado um vídeo onde os idosos utentes da institui-ção disseram, o que representava o Natal para eles. Durante a tarde houve um convívio entre os utentes e os seus familiares, com troca de prendas.

“Este foi um dia muito especial para os idosos, houve uma grande alegria pela união com as famílias e amigos. Para muitos é o primeiro Natal fora das suas casas”, afirmou Maria José Bettencourt, Gerontologa Social da instituição. De momento o Lar de Idosos da santa Casa da Misericór-

dia da Calheta alberga 26 idosos e tem capacidade para

mais 4.

Page 5: Jornal O Breves

O BREVES - 23 de Dezembro de 2013 5

Plano Regional de Saúde apresentado

FICHA TÉCNICA - Propriedade: Associação de Amigos para a Divulgação das Tradições da Ilha de São Jorge, NIPC: 509893678. NRT: 126151, Semanário, Sede: Largo Dr. João Pereira (Praça Velha) Apto10 9800-909 Velas. Contactos: Tel.295 412 113-Tlml.916 929 184,E-mail: [email protected]. Diretor/Chefe de Redação: Carlos Pires, Fotografia: O Breves, Mark Marques, José Capelo. Edição: Redação. Impressão: AADTISJ Administração: Valdemar Furtado, Carlos Pires, Adriano Brasil. Tiragem: 500 exemplares. Assinatura anual: 50,00 €. TODAS AS CRÓNICAS E ARTIGOS DE OPINIÃO, PUBLICADOS NESTE JORNAL, SÃO DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS SEUS AUTORES.

“Para melhorar o nível de saúde dos açorianos”

Regional

O Plano Regional de Saúde (PRS) para o triénio 2014-2016 vai permitir fazer um diagnóstico de quem vive na Região, de modo a que se possam tomar as medidas necessárias para se obterem “ganhos reais” para os aço-rianos, afirmou o Secretário Regional da Saúde. Luís Cabral, que falava em Angra do Heroísmo, na sessão de apresentação do documento, frisou que se pretende “com toda a transparência e isenção científica” saber a situação real da saúde de quem vive no arquipélago, sem a preocupação de saber se esses valores são mais eleva-dos ou mais baixos do que o todo nacional ou em outras localidades. O que interessa, segundo o Secretário Regional, é fazer o diagnóstico, porque “só conhecendo a realidade podemos intervir corretamente”. O plano hoje apresentado conta com uma intervenção mui-to ativa das unidades de saúde em todas as ilhas e dos seus profissionais, existindo, todavia, uma mudança muito marcada das unidades de saúde pública, até agora muito voltadas para as questões inspetivas e que têm na imple-mentação deste plano um papel preponderante “de promo-ção e prevenção da saúde”. “Será, pois, pedido às unidades de saúde pública que tenham uma monitorização constante dos indicadores de saúde e vamos responsabilizá-las também pela evolução desses indicadores na sua própria ilha”, disse Luís Cabral. A Direção Regional de Saúde recolherá depois os dados, concentrando essa informação, sendo uma das grandes diferenças em relação ao plano anterior a inclusão dos indicadores mensuráveis, que se podem depois comparar com o resto do país e com o resto do mundo. Nesse sentido, a Direção Regional da Saúde está a traba-

lhar para que haja uma monitorização permanente desses indicadores. O Plano Regional de Saúde 2014-2016 assenta em quatro estratégias regionais, que pretendem ir de encontro aos problemas específicos dos Açores, que se desenvolvem em 18 áreas de intervenção com objetivos concretos, indi-cadores precisos e metas mensuráveis. “A definição destas metas é um desafio adicional para as unidades de saúde, para os próprios profissionais e uma responsabilidade política acrescida para a Secretaria Regional da Saúde”, frisou Luís Cabral. O documento estará em discussão durante um mês, tendo o Secretário Regional da Saúde exortado todos os interve-nientes, principalmente os profissionais de saúde, para que “utilizem este período de discussão para melhorar o documento e adaptá-lo à realidade de cada ilha”.

O Secretário Regional da Saúde anunciou a extensão da saúde oral ao concelho da Calheta, tendo sido já adquirida uma cadeira de medicina dentária e autori-zada a contratação de mais um profissional, alargan-do assim as disponibilidades desta valência na ilha de São Jorge. Luís Cabral salientou que, com esta medida, se con-segue “uma cobertura total dos centros de saúde da Região na área da medicina dentária”. O Secretário Regional, que falava no final de uma reunião com o Conselho de Administração da Unida-de de Saúde de Ilha de São Jorge, salientou que Governo dos açores tem dado uma grande atenção à saúde oral, equipando os centros de saúde com gabi-netes e dotando-os de médicos dentistas, para permi-tir uma boa resposta tanto na prevenção como ao nível dos tratamentos.

Saúde oral nos dois concelhos de São Jorge

REPORTAGEM ALARGADA EM WWW.OBREVES.COM

Page 6: Jornal O Breves

6 O BREVES - 23 de Dezembro de 2013

Pub

Pub

Page 7: Jornal O Breves

ASSINE E DIVULGUE O JORNAL DA SUA ILHA

O BREVES - 23 de Dezembro de 2013 7

REPORTAGEM ALARGADA EM WWW.OBREVES.COM

Local

Festa de Natal com peça musical Casa de Repouso João Inácio de Sousa

A Casa de Repouso João Inácio de Sousa realizou, como é habitual, a festa de Natal, onde utentes e familiares dis-frutaram da alegria da época. António Silveira, presidente da instituição, referiu que “apesar das dificuldades do último ano, vamos tentando ultrapassa-las, dando aos nossos utentes o melhor confor-to possível. Tratar os idosos exige, de todos nós, uma grande atenção e uma grande dedicação mas, penso que

vamos conseguindo e é esse o nosso objetivo”. Neste ano os docentes e os utentes organizaram uma peça musical, que representou o nascimento de Jesus, onde os utentes simbolizaram o presépio, vestidos a rigor. Segundo António Silveira, “esta época trás saudades e

recordações aos utentes que cá estão. Tentamos minimi-

zar, dentro do possível, promovendo alguns encontros,

com a participação da comunidade”.

Page 8: Jornal O Breves

Pub

8 O BREVES - 23 de Dezembro de 2013

Patrão Neves defende

“Uma cultura da vida para a Europa”

Europa

A Eurodeputada Patrão Neves defendeu a importân-cia do direito à vida e incentivou à mobilização dos cidadãos, ao nível europeu, para "a promoção de uma cultura da vida", num jantar organizado pela Federação Portuguesa pela Vida, que contou com a presença do Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemen-te, e de representantes dos principais movimentos portugueses que trabalham em prol da vida. Neste contexto, Patrão Neves, enquanto membro do ANIMA, um grupo de deputados que defende o valor da vida no Parlamento Europeu, destacou-se este ano na organização e promoção da primeira petição europeia, designada “One of us” (Um de Nós), que pretende proibir a utilização de fundos comunitários para a investigação científica que conduza à destrui-ção de embriões humanos, que utilize células estami-nais embrionários ou em programas de ajuda huma-nitária que promovam o aborto. O "One of us" pretende ser a primeira petição euro-peia após a institucionalização desta prerrogativa pelo Tratado de Lisboa, o qual prevê a possibilidade dos cidadãos proporem uma agenda europeia atra-vés de petições que recolham um total de recolher 1 milhão de assinaturas, proporcionalmente, em 7 Estados-membros. Segundo Patrão Neves informou a “One of us” obteve perto de 2 milhões de assinatu-

ras em 20 Estados-membros, inclusivamente em Por-tugal que, obrigado a recolher cerca de 16 mil assina-turas, apresentou mais de 70 mil, muitas das quais provenientes dos Açores que também estiveram mui-to ativos nesta iniciativa de cidadania europeia. Os números são bem expressivos do verdadeiro movi-mento de cidadãos europeus que animou este projeto de valorização da vida humana desde a sua expres-são originária, mais vulnerável e mais desprotegida.” O projeto desta petição encontrou alento reforçado na decisão do Tribunal Europeu de Justiça, no caso Brüstle/Greenpeace, em 2011, em que se pronunciou não só pela não patenteabilidade da vida humana, mas também pela proteção jurídica da dignidade, do direito à vida e da integridade de todo o ser humano, desde a conceção, em todas as áreas de competên-cia comunitária. Patrão Neves acrescentou que "agora segue-se um período de 3 meses para certificação e validação de todas as assinaturas, após o que a Comissão Euro-peia e o Parlamento Europeu se deverão reunir com os organizadores da petição para debater em detalhe as pretensões desta petição. Depois, a Comissão Europeia pronunciar-se-á formalmente sobre a res-posta a dar a esta petição, através de uma proposta legislativa que seguirá os trâmites normais.” A finalizar, Patrão Neves manifestou a esperança de que "o enorme sucesso do Um de nós assinale uma mudança de cultura na Europa que, nas últimas décadas, tem desenvolvido várias políticas de desva-lorização do ser humano ao longo do seu ciclo vital, nomeadamente, a preferência de conduzir experi-mentação toxicológica em embriões humanos em alternativa à utilização de animais. Espero que esta seja uma oportunidade decisiva para a renovação de uma cultura da vida, de uma valorização da pessoa na Europa. Este encontro com D. Manuel Clemente e com o representantes portugueses dos movimentos pró-vida permitiram também programar ações futu-ras, muito especificamente, no projeto de lançamento de uma Federação Europeia de defesa da vida já em organização.” tendo ainda aproveitado a ocasião para "desejar a todos um Santo e Feliz Natal".

Page 9: Jornal O Breves

Na continuação do Roteiro da Solidariedade Social dos deputados do Partido Socialista eleitos pelo círculo eleito-ral de São Jorge, Rogério Veiros e André Rodrigues, visita-ram as instituições do concelho de Velas. Os socialistas iniciaram no Instituto de Santa Catarina, na Urzelina, seguido depois para a Associação de Apoio à Criança com Necessidades Educativas Especiais e Casa de Repouso João Inácio de Sousa, na vila das Velas. No entender de Rogério Veiros, os Açores “são a região do país mais bem preparada em termos de respostas sociais e tem a sua melhor rede social, onde são um exemplo”. Referindo-se em particular à ilha de São Jorge, o socialista afirmou que “nos últimos dez anos nós temos dois CAOs em funcionamento, dois lares de idosos, quatro creches, quatro jardins de infância, vários serviços de apoio ao domicílio, centros de dia e tudo isso são apoios que melho-ram a qualidade de vida da nossa população e que são fundamentais para termos uma sociedade mais justa, soli-dária e mais satisfeita”. Nesta visita a todas as Instituições Particulares de Solida-riedade Social da ilha, André Rodrigues entende que todas se apresentam “de boa saúde” e “preparadas para o novo modelo de financiamento das IPSS”. “É um motivo de orgulho para nós ver o trabalho que foi feito ao longo dos últimos anos”, referiu o deputado jorgen-se. Neste novo modelo de financiamento, o executivo regional pretende criar um valor padrão por tipo de valência, o que centra as respostas sociais nas pessoas e nos utentes,

valorizando a prestação dos serviços que estas instituições efetuam. “No caso de São Jorge, o montante global disponível para os acordos financeiros irá ser reforçado e todo este novo enquadramento vem trazer maior responsabilidade às ins-tituições, e às suas direções, porque passam a receber um bolo financeiro que tem de ser bem gerido internamente em termos de recursos, da sua aplicação, de modo a que estas instituições continuem a ser viáveis”, concluiu o par-lamentar socialista.

O BREVES - 23 de Dezembro de 2013 9

Regional

Assine e divulgue o jornal O Breves

[email protected]

A Representação Parlamentar do Bloco de Esquerda denunciou que muitas escolas não estão a cumprir a legislação regional no que diz respeito ao empréstimo gratuito de manuais escolares, nomeadamente por-que a caução paga pelos encarregados de educação no início do ano para garantir o acesso ao emprésti-mo dos livros, não está a ser devolvida no fim do ano, quando os livros são entregues em boas condições. “Os encarregados de educação estão a pagar o mes-mo livro várias vezes: tantas quantos os anos de utili-zação que cada livro tem”, denunciou a deputada Zuraida Soares, que acrescenta: “pior do que isso, quando os livros são comprados pela primeira vez, este valor é descontado diretamente da verba do escalão da ação social escolar”. O Bloco de Esquerda alerta para o facto de o objetivo da legislação estar a ser totalmente subvertido e exi-ge à Direção Regional da Educação e à Inspeção Regional da Educação que resolvam esta situação. “Os encarregados de educação estão a ser penalizados indevidamente”, disse Zuraida Soares.

BE denuncia

Irregularidades no empréstimo gratuito de

livros em escolas dos Açores

Deputados Socialistas de São Jorge Local

Promovem Roteiro da Solidariedade Social

Page 10: Jornal O Breves

O estatuto do direito de opo-sição é uma LEI que existe para ser cumprida. Não é uma lei de faz de conta, nem o seu cumprimento está sujeito à vontade de um ou outro déspota que por achar que tem uma maioria "sólida" resolve suspen-der "ad eterno" a democracia. A referida Lei no seu artigo 1º estipula: "É assegura-do às minorias o direito de constituir e exercer uma oposição democrática ao Governo e aos órgãos exe-cutivos das regiões autónomas e das autarquias locais de natureza representativa, nos termos da Constituição e da Lei". Quem respeita a democracia não discute deveres, nem hesita - um instante - em cumprir as suas mais elementares obrigações decorrentes da lei funda-mental de um estado de direito. Carlos César, Vasco Cordeiro, João Ponte, Roberto Monteiro, Andreia Cardoso e Sofia Couto, apenas para citar alguns socialistas, todos eles cumpriram ou cumprem o Estatuto do Direito de Oposição, honrando os cargos para que foram eleitos, respeitando os eleitores e dignificando a democracia. Por infortúnio - e infelizmente - o presidente da câmara de Angra do Heroísmo encontra-se (e faz questão de estar) no pólo oposto dos seus camara-das e nos antípodas da democracia. Recusa-se a cumprir a Lei e a Constituição, impondo a sua autori-dade de forma arbitrária e absoluta numa atitude mais próxima da tirania do que da democracia. "Canhões ou manteiga" - bradava Mussolini às mas-sas ensandecidas... Por cá, señor presidente, lutare-mos por uma Angra do Heroísmo fiel à tradição de lutar contra o absolutismo serôdio.

Líder Regional CDS-PP

10 O BREVES - 23 de Dezembro de 2013

Opinião Por: Artur Lima

Canhões ou

manteiga “A democracia defende o status quo para além do tempo em que o QUO perdeu o Status.” Status quo… Isto quer dizer, basica-mente, o que é feito para definir o estado de coisas ou situações, ou seja, a expressão refere-se ao estado actual das coisas. E, democracia?

Por definição, é a forma de governo em que a soberania é exercida pelo povo, um governo em que o povo exerce a soberania, directa (quando o povo expressa a sua vontade por voto directo em cada assunto particular) ou indirectamente (quando o povo expressa sua vontade por meio da eleição de representantes que tomam deci-sões em nome daqueles que os elegeram). Também existe a democracia semidirecta, que é um regime de democracia em que existe a combinação de representação política com formas de democracia directa, ou seja, elege-se mas, para certas e determi-nadas questões, existe a intervenção directa do povo. Muito bonito, sim senhor, mas, agora, questiono: como é possível, num regime democrático de governo, serem permitidas as famosas maiorias absolutas? Como é que a Constituição portuguesa o per-mite? O que deveria ocorrer seria algo como: não há cá maiorias absolu-tas para ninguém, faz-se uma relação entre a percentagem dos votos e o que é permitido, porque neste país, a Constituição quer fazer com que os diferentes partidos políticos consigam entender-se e governar em conjunto. Isso, sim, para mim e a meu ver, um estado verdadeiramente democrático num regime de democracia indirecta, como o nosso. É que no regime em que vivemos, um partido ganha a maioria absoluta (como já tanto aconteceu), quer fazer leis e afins, não dá liberdade de voto aos seus deputados (“ou votas no “sim”, ou vamos arranjar maneira de andares da assembleia”), e o “Zé Povi-nho” que se lixe, pois, quer queira/concorde quer não, vai ser apro-vado e pronto! E é também por isso que nos encontramos no buraco em que esta-mos, da porcaria que foi decidida e aprovada lá para trás, como os fundos comunitários milionários e bilionários que recebemos e foram mal investidos, mal atribuídos, e encheram indevidamente os bolsos de muita gente (que são aqueles que, nesta crise em que nos encontramos, passeiam muito bem na vida, e olham de soslaio para os trabalhadores que perderam os seus trabalhos e encontram-se na mais pura das misérias, como se fossem superiores a tudo!). E o povo não faz nada para além de manifestações que mais não faz senão uma leve indigestão ao governo, que por um dia vê os trabalhos parados nas diferentes áreas de interesse na sua explo-ração através dos ordenados mínimos, como a indústria, pescas, agricultura, pecuária e etc. É muito triste viver assim. O povo deveria unir-se, rebelar-se, deitar a baixo governos que permitem maiorias absolutas ou que, por conveniência, fazem coli-gações que sabem de antemão que as suas propostas e leis vão passar todas, fazendo uma cedência de nada aqui e acolá, e alterar a Constituição portuguesa com validade imutável para todo o sem-pre de forma a não permitir mais maiorias absolutas nem coliga-ções de “faz jeito”. Deveríamos fazer isso, rebelar-nos, a bem ou a mal, e acabar com os monopólios, os “lobby”, contratos “swap”, etc. Acabar com a pouca vergonha de ver notícias sobre os mais ricos do país, e os que afirmam que recusam-se a pagar impostos (e depois saem fotos suas, nas suas casas, com quadros da Maluda especados pelas paredes), e endireitar este país de uma vez por todas. É necessário luta? Lute-se. É necessário recorrer à força armada, dar tiros, matar (que raio, só em último recurso)? Que se faça. Seja feito o que for necessário, e, antes de chegarmos a esse ponto, que mostremos que estamos prontos a fazer de tudo o que for necessá-rio para chegarmos onde é necessário para que Portugal esteja para o povo, seja do povo e se baseie no povo. Aliar as ideias comunistas às democráticas, uma pitada de socialismo, e pronto, tem-se a verdadeira democracia como deve ser, com todos a con-tribuir, todos a usufruir, e todos a viver em bem, sem riquezas excessivas, distribuindo tudo por todos. E aí sim, não se faria verdade a frase com que iniciei esta crónica.

Por: Alexandra Farrica

Democraticamente

falando

Page 11: Jornal O Breves

Mais um ano é passado No mundo universal

E que Deus seja louvado Nesta quadra de Natal

Em cada lar brilhe a luz Do maior ao pequenino Toda a graça nos seduz

A imagem do Deus menino

Que o Natal seja mais lindo De fé, de graça e de flores

Seja um novo ano bem-vindo Todo de paz e de amores

Veio Deus ao mundo

Em mensagem de esperança Com sentimento profundo Na humildade de criança

Uma lição de humildade

Neste mundo de enganos Onde reina a vaidade

Em muitos seres humanos

Que termine a pobreza Que a muita gente consome

Não falte o pão na mesa E ninguém morra de fome

A todos os desamparados

Em toda a face da terra Principalmente aos refugiados

No mundo fogem à guerra

Para esses refugiados Este Natal não tem brio Vivem desamparados

Passam fome e passam frio

E pensando na verdade Eu vos digo em alta voz

Merecem um pouco de dignidade São seres humanos como nós

Aos velhinhos que estão sozinhos

No seu lar em solidão Que Deus lhes traga carinhos

E lhe estenda a sua mão

Deus de bondade infinita Caminho, verdade e luz Nesta mensagem escrita Que a todos nós conduz

O Natal ao terminar

Para todo o ser humano Eu vos quero desejar

Para todos um Bom Ano

O BREVES - 23 de Dezembro de 2013 11

Ao Natal Opinião

Mercê de um acaso que consi-dero feliz – acaso quanto ao local e não quanto ao acto em si – encontrava-me na paroquial de S. Pedro de Angra do Heroís-mo no dia em que o celebrante – sacerdote que de há muito nos habituou à sua eloquência – abordou o tema que serve de título a estas linhas. Fez-me saber, o douto homem da Igreja, que o Natal é celebrado não só por quase todas as confissões religiosas de raíz cristã, como também – surpresa minha – por cer-tas comunidades religiosas que nada têm a ver com Cristo a não ser, evidentemente, beneficiar, tal como nós cris-tãos, do Seu amor. Longe de mim a estultícia de pretender estabelecer polé-mica com pessoa de tão rica cultura, eu que a possuo bem modesta, e, especialmente nesta matéria. E se me atrevo, ainda assim, a abordar o assunto, faço-o para correspon-der ao seu apelo para que, meditando, tente encontrar uma explicação para o problema que, então, propositada-mente deixou em suspenso: se nós católicos fomos capa-zes de incutir noutras comunidades o culto do Natal, por-que não conseguimos idênticos resultados em relação à Páscoa? Já muitas vezes, mesmo antes de ouvir a referida homilia, a minha curiosidade me levou a indagar junto de pessoas que, pelo menos, mantêm uma atitude indiferente perante a Igreja, a razão por que, não cumprindo qualquer outro dever de católicos, celebram contudo o Natal? As respos-tas afinam quase todas pelo mesmo diapasão: - E porque não havemos de celebrar? É uma festa tão catita! E, por vezes de forma mais causticante: - Que fazem vocês cató-licos de especial pelo Natal que nós não possamos tam-bém fazer? Em meu modesto entender, suponho encontrar aqui a ver-dadeira chave do problema. Celebrarão de facto essas comunidades não-católicas e não-cristãs o Natal de Cristo, ou alguns momentos de prazer? Se essas comunidades observassem os católicos empenhados, não em preparar a consoada, ornamentar a casa e trocar presentes, mas pelo contrário, procurando os irmãos que sofrem, e, nos outros dias, como diz a canção, “fazendo com que os outros dias sejam também Natal”, talvez as coisas se pas-sassem de de maneira bastante diferente. E, então aque-les que nos acompanhassem, podíamos afirmar que vinham imbuídos do verdadeiro espírito do Natal. A Páscoa, por sua vez, é precedida de tempos de penitên-cia e oração. É uma festa bem pouco catita! No entanto, os acontecimentos que se celebram numa e noutra época, equivalem-se na sua importância. Se é motivo de gran-de júbilo para a Humanidade o Natal de Cristo, não o é menos a Sua Ressurreição, a Sua Vitótia sobre a Morte!

A Universalidade

do Natal

Por: Jorge Leonardo Por: José Afonso

Page 12: Jornal O Breves

Última Página O BREVES - 23 de Dezembro de 2013

OLHO NÚ

O Olho Nu S. Jorge foi criado para reconhecer e alertar para várias situações que acontecem na Ilha de São Jorge (fotojornalismo) e para provocar debate de ideias. Está também subjacente promover e divulgar a

"nossa" Ilha de São Jorge e os Açores. Imagens como esta de "cortar a respiração" são um ótimo cartaz.

Pub