Jornal O Breves

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O Breves Diretor: José Fernando Bettencourt - Ano 3 - Nº 74 - 23 de junho de 2014 - Semanário - € 1,00 XS pág. 4 pág. 5 pág. 2 pág. 5 www.obreves.pt pág. 3 Situação de emergência em São Jorge Falta de meios aéreos impossibilitou evacuação aeromédica de ferido grave da ilha. PRORURAL+ terá grande impacto Programa PRORURAL+ vai disponibilizar cerca de 300 milhões de euros de fundos europeus nos próximos sete anos. Solução de futuro na LactoPico O Presidente do Governo dos Açores afirmou que o acordo alcançado entre a LactoPico e a LactoA- çores é uma solução de futuro para a produção de leite na ilha. Controlauto recebe certificação A empresa Controlauto Açores recebeu a cer- tificação do seu Sistema de Gestão da Quali- dade. PSD quer conhecer investimentos O PSD/Açores solicitou ao governo regional um conjunto de informações sobre os investimentos previstos em diversos portos de pesca da Região.

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Edição 74 publicada a 23 de junho de 2014

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O B r e v e s Diretor: José Fernando Bettencourt - Ano 3 - Nº 74 - 23 de junho de 2014 - Semanário - € 1,00

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Situação de emergência em São Jorge Falta de meios aéreos impossibilitou evacuação aeromédica de ferido grave da ilha.

PRORURAL+ terá grande impacto

Programa PRORURAL+ vai disponibilizar cerca de 300 milhões de euros de fundos

europeus nos próximos sete anos.

Solução de futuro na LactoPico O Presidente do Governo dos Açores afirmou que o acordo alcançado entre a LactoPico e a LactoA-çores é uma solução de futuro para a produção de leite na ilha.

Controlauto recebe certificação A empresa Controlauto Açores recebeu a cer-tificação do seu Sistema de Gestão da Quali-dade.

PSD quer conhecer investimentos O PSD/Açores solicitou ao governo regional um conjunto de informações sobre os investimentos previstos em diversos portos de pesca da Região.

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“Socialistas querem esconder responsabilidades na crise”

Duarte Freitas lamenta POLÍTICA

O presidente do PSD/Açores lamentou “as tentativas do Partido Socialista para desviar as atenções das suas responsabilidades nos problemas que se verificam hoje em dia na Região”. Duarte Freitas, que falava na Horta, durante a sessão de abertura de um seminário sobre “A Autonomia do Futuro”, organizado pelo partido no âmbito de um grupo de trabalho constituído pelo líder dos sociais democratas para analisar a reforma do sistema políti-co regional, considerou que essa tentativa “tem por objetivo esconder que os socialistas são os responsáveis pelos proble-mas e que é o governo regional socialista que tem de executar o seu programa de governo”. “Se alguma coisa está a falhar nos Açores de hoje é a forma como o Partido Socialista está a executar o programa que apre-sentou aos açorianos e a incapacidade que demonstra para ouvir os partidos políticos ou os parceiros sociais”, considerou Duarte Freitas, salientando que essa postura “não ajuda a resolver os problemas dos Açores”. Para o presidente dos sociais democratas açorianos “os Açores não podem continuar com um governo regional que se remete às funções de mero gestor de fundos comunitários, que se queixa de tudo e que para tudo encontra sempre uma desculpa qual-quer”. Duarte Freitas considerou ainda “evidente a necessidade de introduzir reformas e de modernizar a Autonomia, de melhorar o seu relacionamento com os açorianos, de a preparar para os desafios das próximas décadas”. “É com tristeza que verifico o reanimar de divisionismos que se julgavam ultrapassados, do reacender de tensões que nada acrescentam às necessidades dos Açores, mas que muito podem prejudicar os açorianos”, disse o presidente do PSD/Açores con-siderando, no entanto, que “muitas destas tensões derivam das próprias fraquezas do poder governativo atual e da sua incapaci-dade para responder à sua situação atual”.

“Os Açores sempre passaram por grandes dificuldades enquanto estiveram divididos e foi a Autonomia que permitiu o desenvolvi-mento conhecido nas últimas quatro décadas”, alertou. O presidente do PSD/Açores garantiu, por isso, que os debates que o partido está a realizar sobre o sistema autonómico “não se destinam apenas a fingir que estamos preocupas ou como des-culpa para não agir”. “Não queremos ser apenas ouvintes da mesma forma que esta reflexão não quer dizer que todos devem estar de acordo com tudo. E não temos estado parados como comprova a concretiza-ção efetiva de propostas para a redução do número de deputa-dos ou para a extinção do cargo de Representante da República”. O líder dos sociais democratas reafirmou a sua convicção de que “é possível uma redução do número de deputados assegurando a atual pluralidade e diversidade parlamentar, melhorando o atual sistema eleitoral ao nível da proporcionalidade, bem como refor-çando a realidade ilha, afinal o conceito fundador do regime auto-nómico”. Duarte Freitas manifestou ainda a sua opinião que será possível “em diálogo com todos, trabalhar efetivamente para as reformas necessárias do nosso Estatuto, para que o poder local possa sofrer algumas transformações com novas formas de relaciona-mento com a administração pública regional, de um novo e mais participativo papel para os conselhos de ilha, entre muitos outros aspetos”. “O relacionamento dos nossos órgãos de governo próprio com as instâncias comunitárias e a adequação dos procedimentos e ins-trumentos para defesa dos nossos interesses nos processos de decisão supranacionais exigem um novo papel para os Açores nas suas relações com o exterior”, acrescentou. “Acima de tudo, nestas matérias nada nos deve impedir de dialo-gar e de chegar a soluções que respondam aos problemas dos açorianos e dos Açores”, afirmou.

PSD quer explicações sobre investimentos nos portos de pesca

O PSD/Açores solicitou ao governo regional um conjunto de informações sobre os investimentos previstos em diversos portos de pesca da Região, nomeadamente no que respeita ao fornecimento de gelo para as embarcações e à instalação de equipamentos de frio prometida pelo executivo durante as discussão do Plano e Orçamento para o ano corrente. Num requerimento, assinado pelos deputados Luís Garcia, Jorge Costa Pereira, Jorge Macedo, Judite Parreira, Cláudio Lopes, Luís Rendeiro, António Pedroso, João Costa, Paulo Parece e Bruno Belo, recorda-se que se têm vindo a verificar problemas no fornecimento de gelo às embarcações existin-do um compromisso do governo regional para resolver esse problema com a aquisição de equipamentos de frio. Por exemplo, lembram, “já em 2010 os pescadores da Horta se manifestavam preocupados com a falta de gelo, pois esta situação estava a provocar “graves prejuízos aos armadores” e, consequentemente, “repercussões negativas na produtivi-dade da frota de pesca açoriana”, o que também vem contri-buindo para diminuição dos rendimentos neste sector”. “Já nessa altura (2010), um responsável de uma associação de pescadores afirmava que as avarias nas máquinas de produção de gelo da Lotaçor ‘têm sido frequentes nos últimos quatro anos’, o que demonstra que estes problemas já se arrastam, sem solução definitiva, pelo menos, há oito anos”, lembram. No ano transato, esses problemas voltaram a comprometer o normal exercício da pesca, com vários órgãos de comunica-ção social a noticiar, que havia “abundância de atum nos mares dos Açores, neste início de safra” mas “o problema é que em terra não há gelo para conservar o peixe”, uma vez que ele já havia faltado em S. Miguel, Pico e Faial, tendo, nas

audições sobre o Plano e Orçamento da Região para 2014, o Secretário Regional dos Recursos Naturais reconhecido a existência de problema “devido à utilização de equipamentos obsoletos” e garantindo “que em 2014 haverá o reequipa-mento das unidades de gelo” um pouco por todas as ilhas; Em Março deste ano o Governo Regional anunciou que ia “abrir concurso público para a aquisição de quatro máquinas de gelo” que seriam “instaladas nos portos da Horta, no Faial, da Madalena, no Pico e da Praia da Vitória e de São Mateus, ambos na ilha Terceira”; Acresce, para além deste constrangimento, que no núcleo de pescas do porto da Horta os pescadores estão ainda confron-tados com a ausência de postos de abastecimento de água e luz. Depois do anúncio feito em Março passado, os deputados do PSD/Açores questionam se o Governo Regional confirma que, nesta data, já foi efetivamente aberto o concurso público para a aquisição das referidas quatro máquinas de gelo para instalar nos portos da Horta, da Madalena, da Praia da Vitória e de São Mateus na ilha Terceira. Questionam igualmente e caso o concurso anunciado ainda não tenha sido efetivamente aberto, a que se deve a demora ou quando prevê o Governo que as novas máquinas estejam instaladas. Para além deste investimento nestes quatro portos “existem outros previstos para a aquisição de máquinas de gelo para outros portos de pesca da Região? Quais e qual a sua planifi-cação? Quando serão resolvidos os problemas de falta de postos de fornecimento de água e luz às embarcações de pesca no porto da Horta?”, questionam ainda.

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Um homem morreu no sábado na ilha de São Jorge, nos Açores, enquanto esperava por meios da Força Aérea para ser transferido para o hospital de Pon-ta Delgada, afirmaram as autorida-des locais. O homem ficou "gravemente feri-do" depois de ter sido colhido por um touro durante uma tourada à corda, tendo recebido assistência na Unidade de Saúde de Ilha de São Jorge, que, mais tarde, dado o agravamento do quadro clínico, pediu meios para uma transferência urgente para o hospi-tal de Ponta Delgada, segundo as mesmas fontes. No entanto, o helicóptero militar usado para estas situações não estava disponível, por estar a ser usado noutra operação, na Madeira, e foi então tentada outra solução, o envio de um avião C295, mas a Força Aérea alegou que o aeroporto de São Jorge "não é certificado". Sempre segundo as mesmas fontes, a Força Aérea disponibilizou-se para ir buscar o homem à ilha do Pico, a mais próxima, por o aeroporto ter outra certificação. As autoridades ainda desviaram o percurso de um dos barcos que ligam as ilhas do grupo central dos Açores para fazer a transferência do doente de São Jorge para o Pico, mas o homem acabou por morrer antes de embarcar. As autoridades locais que prestaram estas informa-ções, garantiram que tudo foi feito para transferir o doente para o hospital.

A Força Aérea alega que usou todos os "recursos disponíveis" para responder ao pedido de "evacuação médica", no sábado, em São Jorge, Açores, lamentando o desfecho da situação, em que um homem acabou por mor-rer enquanto aguardava transporte. Em comunicado divulgado, a Força Aérea (FA) afir-ma lamentar "profundamente o desfecho da situação", referindo estar "consciente de que colocou, como sempre,

todos os seus recursos disponíveis ao dispor da segurança e bem-estar das populações". O presidente do Governo dos Açores pediu a reali-zação de um inquérito ao caso, sublinhando que "a certifi-cação ou não do aeródromo de São Jorge para operação noturna" diz respeito a voos comerciais, "mas não releva para voos de emergência de evacuação aeromédica", como aquele "que era imprescindível" neste caso. Nos Açores, apenas três das nove ilhas do arquipé-lago têm hospital. Em caso de urgência, é a Força Aérea, que tem uma base nas Lajes, na ilha Terceira, que garante a transferência dos doentes. Nas regiões autónomas, a FA tem dois helicópteros EH-101 destacados na base das Lajes, Açores, e um em Porto Santo, Madeira. No entanto, tem apenas um piloto-comandante disponível, nas Lajes. No passado dia 17, o chefe do Estado-Maior da For-ça Aérea, José Pinheiro, recusou comprometer-se com uma data para a substituição do piloto-comandante em falta no destacamento daquele ramo na Madeira, afirman-do que será "tão cedo quanto possível". "A Força Aérea (FA) está a fazer todos os esforços para resolver o problema tão cedo quanto possível e esta-mos a fazê-lo, a reforçar a instrução, só que as pessoas têm de ter experiência, têm de cumprir critérios e parâme-tros e é uma questão de tempo", afirmou, na altura, o general José Pinheiro

Homem morre vítima de uma colhida em São Jorge

Por falta de meios aéreos LOCAL

Força Aérea lamenta morte

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REGIONAL

Controlauto Açores recebe certificação

NP EN ISO 9001:2008

A Controlauto-Açores foi criada, em 4 de Abril de 1995, tem sede na Zona Industrial da Praia da Vitória; por escritura pública celebrada, em 9 de Agosto de 2004, aumentou o seu capital social de 150.000 para 300.000 euros. Por Despacho de Sua Excelência o Senhor Secretá-rio Regional da Habitação, Obras Públicas, Transportes e Comunicações, nos termos do Decreto-Lei nº 254/92, de 20 de Novembro e da Portaria Regional nº 9/94, de 21 de Abril foi autorizada a Controlauto a exercer a atividade de inspe-ção obrigatória de veículos na Ilha Terceira, com um cen-tro fixo e nas Ilhas de S. Jorge, Pico e Faial com centros móveis. Mais tarde, na sequência de deliberação da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo que aprovou, em 9 de Janeiro de 2003, proposta com vista à construção de um novo Centro de Inspeções de Viaturas na Ilha Terceira e no concelho de Angra do Heroísmo, foram projetadas, autorizadas e executadas as obras e autorizações para o exercício de inspeções técnicas a veículos. Ao longo destes anos têm sido efetuados os investi-mentos necessários a um bom exercício deste poder públi-co de inspeção de veículos e proporcionando, em simultâ-neo, melhores condições físicas de trabalho e de acolhi-mento aos nossos utentes. No desenvolvimento do seu trabalho, a empresa tem procurado melhorar a qualidade da prestação do seu servi-ço, renovando, constantemente, os seus equipamentos técnicos de inspeção e os de suporte à sua atividade e gestão; tem investido nas suas instalações dos centros fixos e construiu, ou adaptou, em espaços arrendados, em instalações fixas nas Ilhas do Faial, Pico e S. Jorge, esti-mando-se o total do investimento em valores próximos de 2.000.000€.

A empresa ajustou os seus recursos humanos às necessidades legais e de serviço, tendo passado de 4 tra-balhadores, em 1995, para 19, atualmente, dos quais um é Diretor Técnico, outro Responsável da Qualidade e 3 são gerentes. A empresa aposta muito fortemente na formação contínua dos seus trabalhadores, que participam, em média, para além da formação inicial para serem creden-ciados, como inspetores, em geral, 2 ações de formação, por ano. A empresa, nos termos legais, foi acreditada pelo IPAC para todos os Centros – 1 fixo e 3 móveis, em 18 de Maio de 2005 e, no caso do CITV de Angra do Heroísmo, em 18 de outubro de 2012. Todos os equipamentos técnicos são calibrados por entidade externa e idónea para cumprimento dos requisi-tos legais e decorrentes do processo de acreditação IPAC. A Controlauto Açores aposta na melhoria da presta-ção do seu serviço de modo contínuo. Na sequência deste objetivo a Controlauto Açores acaba de ver certificado o seu Sistema de Gestão da Qua-lidade pela SGS. Com esta certificação pretendemos adotar procedi-mentos com vista a uma melhoria da prestação de serviço e do nível de qualidade no atendimento a utentes.

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O Presidente do Governo dos Açores afirmou que o acordo alcançado entre a LactoPico e a LactoAçores é uma solução de futuro para a produção de leite na ilha, mas realçou que, agora, "há muito trabalho pela frente” para se conseguir atingir esse objetivo. "Se o caminho definido for implementado, se houver valorização do que é produzido na ilha do Pico, é possível libertar recursos para, no futuro, poder resolver" esse passivo da cooperativa, disse Vasco Cordeiro, que falava aos jornalistas no final de uma audiência com os presidentes da LactoPico, Jorge Pereira, e da LactAçores, Gil Jorge Oliveira. Este acordo surge âmbito de um trabalho de concer-tação desenvolvido pelo executivo açoriano, o que, de acordo com o Presidente do Governo, decorreu de forma reservada e silenciosa, incidindo sobre o que “era o essencial” deste processo. “Há agora condições para que este setor tenha futuro”, afirmou, destacando a vontade de colaborar nessa solução manifestada pelo Governo, LactoPico, LactAçores, produtores da ilha do Pico e Caixa de Crédito Agrícola. “A pior coisa que poderia aqui acontecer era todos nós sairmos com a impressão de que há uma solução do tipo varinha mágica para a LactoPico”, afirmou. O Presidente do Governo reiterou ainda que o seu executivo está disponível para colaborar nas soluções que possam dar sustenta-bilidade ao futuro do setor leiteiro na ilha do Pico, mas reafirmou que “os desafios não se resolvem com a passagem de um che-que para pagar dívidas passadas”.

“Tem que ser o próprio trabalho desse setor que tem que libertar os recursos para isso”, defendeu Vasco Cordeiro. Relativamente à solução que hoje lhe foi apresentada pelos pre-sidentes da LactoPico e da LactAçores, Vasco Cordeiro destacou o facto de surgir “num exercício de espírito cooperativo”. No quadro desta solução, a LactoAçores assume a gestão indus-trial e comercial da cooperativa de lacticínios da ilha do Pico, de forma a que, com a sua experiência, possa dar garantias de que este setor tem futuro. “Esta é uma solução que coloca o futuro do setor leiteiro na ilha do Pico numa nova perspetiva”, afirmou o Presidente do Gover-no, acrescentando que “continua a ser necessário muito trabalho, muita persistência e muito esforço”.

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Solução de futuro para a produção de leite no Pico

REGIONAL Vasco Cordeiro considera que acordo para a LactoPico

O Presidente do Governo dos Açores anunciou hoje que o Programa PRORURAL+ vai disponibilizar cerca de 300 milhões de euros de fundos europeus nos próximos sete anos, permitindo desenvolver medidas de grande impacto nos setores agrícola e agroalimen-tar da Região. “Neste novo quadro, importa consolidar o caminho percorrido, mas também implementar estratégias que permitam reduzir a nossa dependência alimentar das importações, aumentar as exportações, procurar e conquistar novos mercados, garantir mais e melhores rendimentos a todos os intervenientes na cadeia e contribuir, assim, para a criação de mais emprego”, afirmou Vasco Cordeiro. Numa intervenção na abertura da Feira Agrícola Açores 2014, o maior certame dedicado à Agricultura que se realiza no arquipélago, o Presidente do Governo, ao nível do investimento nas explorações agrícolas, mostrou-se confiante na capacidade empreendedora dos empresários agrícolas, uma vez que as taxas de comparticipação, a fundo perdido, serão bastante aliciantes, suplantando mes-mo aquelas que serão praticadas no território continental. “Na nossa Região, os nossos agricultores deverão dispor de taxas médias de cofinanciamento que variam entre os 50% e os 75%, enquanto no continente, para uma medida equivalente, são indicadas taxas de apoio que oscilam entre 30% e 50%”, adiantou Vasco Cordeiro. Na abertura desta Feira, que decorre no novo Pavilhão de Exposições de São Miguel, o Presidente do Governo anunciou, por outro lado, que será também assegurado um prémio à primeira instalação de jovens agricultores superior ao do Quadro Comunitário de Apoio que finalizou a 31 de dezembro de 2013, tendo em consideração o esforço de investimento e o nível de formação adquirido. O valor deste prémio à primeira instalação passa, pois, de um máximo de 40 mil para um limite de 50 mil euros. “Na nossa curta história de desenvolvimento no âmbito da União Europeia, este revela-se mais um momento determinante para prosseguir o sucesso das nossas empresas e reforçar a sua capacidade de concorrer em mercados cada vez mais globais”, defen-deu Vasco Cordeiro, ao assegurar que o Governo dos Açores “está pronto e determinado a ser parceiro neste processo de consoli-dação e de desenvolvimento do nosso setor agropecuário”. Relativamente ao POSEI, Vasco Cordeiro frisou que o trabalho que está em curso pelo Governo, em parceria com as entidades representativas dos agricultores, visa criar e definir as regras para o cabal aproveitamento da dotação financeira anual deste progra-ma, que ascende a cerca de 77 milhões de euros. O Governo pretende, assim, introduzir critérios que tornem cada vez mais simplificados os processos, que reforcem algumas áreas fundamentais, caso do prémio à produção de leite, e que possam adequar, nesse prémio, a nova realidade que resulta da extinção do regime de quotas e, por essa via, ligando à produção efetivamente realizada. “Estamos, desta forma, convictos, sobretudo pelo trabalho que tem sido feito em articulação com as entidades representativas dos agricultores, que poderemos construir um bom programa e uma boa solução em benefício da nossa Agricultura”, afirmou. O Presidente do Governo salientou, por outro lado, a necessidade de todos terem a consciência de que, hoje como no passado, con-tinua a existir esta aliança poderosa entre os agricultores, o seu movimento associativo e todos aqueles que, aos mais variados níveis, querem continuar a fazer da Agricultura um dos setores de referência da economia dos Açores e que muita orgulha a Região face ao país e ao estrangeiro.

Governo confiante que PRORURAL+ terá grande impacto na Agricultura açoriana

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Opinião O BREVES - 23 de junho de 2014 7

Em primeiro lugar quero pedir desculpa a todos os leitores pelo título forte da crónica, mas é que dada a situação são necessá-rias palavras fortes para chegarmos a alguma conclusão, a verdade aparenta ser simples, o nosso Sistema Regional de Saúde é um verdadeiro “aborto”, decerto mais evidente nas ilhas que não possuem um Hospital, dispondo apenas de Cen-tro de Saúde, ou seja todas as ilhas à excepção do Faial, Ter-ceira e São Miguel. Se as deficiências e anomalias do nosso Sistema Regional de Saúde, já eram evidentes, mais ficaram quando li o título da notícia “Homem ferido morreu na ilha de São Jorge à espera de meios aéreos para ser transferido”, já em 2012 num debate entre os 2ºs menbros das listas candidatas às Eleições Regio-nais da ilha de São Jorge, eu na qualidade de candidato da CDU, denunciava as carências do Sistema Regional de Saúde e defendia que a implementação das Taxas Moderadoras era ridícula, visto que os contribuintes já pagavam a sua “Saúde Pública” em impostos e descontos, foi então que o candidato do Partido Socialista defendeu que seria uma forma de reduzir as grande dívida acumulada pelo mesmo Sistema Regional de Saúde. A realidade é que tinha esperança (eu e todos os açorianos), que se melhorasse ou pelo menos se mantivesse a qualidade de Serviços de Saúde na nossa ilha, mas não foi o que aconte-ceu, o acesso a consultas de especialidade foram-se evaporan-do, as exigências para evacuação para a ilha Terceira foram ficando cada vez mais extremas, determinados exames tiveram que ser efectuados noutras Unidades de Saúde fora da área de residência (exemplo: radiografias serem tiradas unicamente no Centro de Saúde da Calheta), já para não falar da demora por um consulta para especialidade A, B e C que tanto têm habitua-do os jorgenses, entre muitas outras anormalidades. Estamos a falar de pessoas, pessoas que nascem, vivem e morrem, além de número somos seres humanos. Que por vezes partem cedo de mais, estas pessoas, que são eleitores, contribuintes e por vezes também são doentes, que pagam os seus impostos, fazem os seus descontos e é agora que deixo a grande questão, desculpem-me a expressão, porque raio não temos o acesso ao mesmos cuidados de saúde que um habi-tante das ilhas do Faial, Terceira e São Miguel? Muitos jorgenses vêem-se, quando tem possibilidades, a optar pelo privado e isto quando existe esta opção, paga a peso de ouro! Depois do 25 de Abril conquistamos uma coisa que se chama Democracia, um sistema político que tem como premis-sa justiça e igualdade para todos os seus cidadãos, mas está à vista de todos que isso não acontece por cá, como nos pode-mos sentir seguros nas nossas ilhas desta forma? Não nos sentimos! Estão a condenar cada vez mais São Jorge a uma ilha sem futuro, fazendo vista grossa a todos os problemas existentes! Somos uma ilha com cerca de 9000 mil habitantes, não somos nenhum matadouro em que as pessoas devem esperar pela sua hora, não é por caso que os jorgenses têm acentuado o seu descrédito pela política do partido que nos governa a nível regional (eleições autárquicas são exemplo disso), está na altu-ra de dizer basta, trata-se de uma afronta aos jorgenses, na teoria temos os mesmos direitos e deveres que qualquer outro cidadão português, mas na prática apenas temos os mesmos deveres, há que apurar responsabilidades por mais um triste episódio como este! Agora deixo uma pequena pergunta a todos leitores para reflec-

tirem um pouco, quantas mais vidas terão que se perder para

haver mudanças, neste “aborto” de Sistema Regional de Saú-

de?

Sistema Regional de Saúde

dos Açores, um aborto

Por: António Machado

Há pouco tempo fomos confrontados com a morte do Fernando Ribeiro e Castro, que nos deixou esta frase: «Se queres ver uma criança feliz, dá-lhe um irmão. Se queres ver uma criança muito feliz, dá-lhe muitos irmãos.» Foi enviada à Assembleia da República o pedido da Instituição deste Dia. Do texto enviado respigamos estas palavras: “A vida vai-se construindo em torno de afectos, acontecimentos, apren-dizagens, compromissos, ideias, e tantas outras coisas”. “O calendário assinala datas, efemérides, memórias. Por isso se destacam dias especiais, para celebrar o que é mais importan-te”. “Os irmãos são os nossos mais próximos. Crescemos com eles, na família, numa teia de cumplicidades e vivências comuns. O que vivemos entre irmãos é único, irrepetível, molda a nossa vida para sempre”. “Por isso propomos a criação do Dia dos Irmãos. Quer em família, quer socialmente, essa é a maneira de mantermos sem-pre presente, fortalecermos e festejarmos o que, de tão impor-tante, acontece entre irmãos: • O crescer juntos. • As aventuras. • As descobertas. • A solidariedade. • A proximidade. • A cumplicidade. • A identidade que é diferença. • A diversidade. • A entreajuda, a cooperação e a divisão de tarefas. • A alegria e a tristeza. • As emoções, boas e más. • A tolerância. • A reconciliação. • A partilha. • As histórias, raízes e memória. Só quem tem a felicidade de ter irmãos, conhece bem o signifi-cado desta iniciativa O mundo em que vivemos parece esquecer ou desvalorizar esta verdade. A instituição do Dia dos Irmãos pretende assinalar o que de mais feliz podemos ter: irmãos”. “Propomos o dia 31 de Maio para Dia dos Irmãos – porquê? O mês de Maio é um mês onde se assinalam algumas celebra-ções familiares, como o Dia da Mãe (em Portugal, no 1º Domin-go de Maio) e o Dia Internacional da Família, declarado e insti-tuído a 15 de Maio por uma deliberação da Assembleia Geral das Nações Unidas em 1992. Encerrar o mês, no dia 31 de Maio, com a festa do Dia dos Irmãos é fechar o mês com chave de ouro, exaltando uma das mais fortes relações de geração e sustentação familiares. Por outro lado, no dia seguinte, a 1 de Junho, festeja-se em muitos países, como em Portugal, o Dia Mundial da Criança. Ora, a celebração, na véspera, do Dia dos Irmãos proporciona, por coincidência, uma sequência bem feliz”. É como se, colectivamente, na véspera do dia das crianças, lhes assinalássemos a felicidade de terem ou virem a ter irmãos. Além do valor social da celebração da fraternidade e da solida-riedade familiar, a instituição desta data tem ainda um valor cívi-co acrescido num tempo em tanto em Portugal, como na Europa a sociedade e os cidadãos despertam cada vez mais para a crise e o problema da natalidade. Em Portugal sabemos que os índices de natalidade estão de tal modo baixos que, em breve, não haverá renovação de gera-ções. Com o recurso à legalização do aborto e convite à emigra-ção dos jovens qualificados por pessoas com (ir)responsabilidade, caminhamos para a substituição de Creches por Asilos. País que não cuida das suas crianças e dos seus idosos, é um país condenado à ruína material, porque a ruína moral já está instalada.

Por: Maria Barroca

Instituição do

DIA DOS IRMÃOS

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Última Página O BREVES - 23 de junho de 2014

FICHA TÉCNICA: Jornal o Breves Nº. de Inscrição na ERC: 126151 Propriedade: Associação de Amigos para a Divulgação das Tradições da Ilha de São Jorge - NIF: 509 893 678 Morada: Apartado 10, 9800-909, Velas, São Jorge, Açores Diretor: José Fernando Bettencourt, Diretor-adjunto: Fábio Santos, Sub-diretor: Jaime Bento Contactos: 961 183 323 - 916 929 184 - E-mail: [email protected] - [email protected] TODOS OS ARTIGOS DE OPINIÃO PUBLICADOS NESTE JORNAL SÃO DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS SEUS AUTORES

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OLHO NÚ Por: Mark Marques

facebook.com/jornal.obreves

O PERIGO ESPREITA! Alerta à Secretaria Regional do Turismo e Transportes. Na estrada regional entre Biscoitos (Calheta) e Manadas (Velas), existe há muito muito tempo um “ENORME BURACO” na ber-ma da estrada, que oferece muito perigo aos automobilistas, embora assinalado com fitas que já desapareceram com o tempo, os ferros que as suportavam estão “espetados” poden-do riscar alguma viatura, bem como o piso da estrada está a ceder. (ver foto). Fica o alerta, depois não digam que não avisaram.

O estado da nação é caótico. Preci-sávamos de um Salvador cheio de dinheiro que ajudasse a pagar a divida do país. E quiçá um Caetano que oferecesse carros ao pessoal. Pois claro, o pessoal quer é andar de pópó. Necessitamos de achar petróleo no nosso quintal. Fartamo-nos de cavar e nada! Nem ouro de d´ouro nem negro! Enriquecia-mos a carteira, pagáva-mos as dividas e atestávamos os popós. Pois claro, o pessoal quer é andar de pópó e com o tanque cheio. Leitores já procuraram dentro da

arrecadação para ver o que têm lá por

casa?

Consta que alguém procurou e

encontrou um conjunto de obras (gravuras)

preciosíssimas de um tal Rembrandt. Que

sorte! Eu já procurei, e a única coisa que

encontrei assim com mais valor foi, um cro-

mo da Panini de uma coleção mais ou

menos antiga do “Mundial de Futebol de 94

nos EUA”. Que azar!

«há-de se amanhar»

Por: Fábio Santos