Jornal O Breves

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Provoca estragos em várias ilhas Pág. 9 Vitor Soares dirigente da Associação Mergulho dos Açores Pág. 5 Página 7 Página 3 OBreves Diretor: Carlos Pires - Ano 3 - Nº 50 - 06 de Janeiro de 2014 - Semanário - € 1,00 XS www.obreves.pt Página 6 facebook.com/jornal.obreves Residencial Sol Mar recebe Miosótis Azores Encontro de Reis nas Velas Concerto de Ano Novo Agitação Marítima

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Edição 50 publicada a 6 de janeiro de 2014

Transcript of Jornal O Breves

Provoca estragos em várias ilhas

Pág. 9 Vitor Soares dirigente da

Associação Mergulho dos Açores

Pág. 5

Página 7

Página 3

O B r e v e s Diretor: Carlos Pires - Ano 3 - Nº 50 - 06 de Janeiro de 2014 - Semanário - € 1,00

XS

www.obreves.pt

Página 6

facebook.com/jornal.obreves

Residencial Sol Mar recebe Miosótis Azores

Encontro de Reis nas Velas Concerto de Ano Novo

Agitação Marítima

Realiza-se no próximo sábado, dia 11, na cidade da Horta, o 2º Encontro Tudo Sobre Rodas, evento que pretende juntar todos os praticantes de desportos motorizados e os amantes dos veículos de duas, três e quatro rodas, incluin-do bicicletas, motas, clássicos, carros de rali e Todo o Ter-reno. A iniciativa, organizada em conjunto pelas empresas Pneu-

Horta, Vitor dos Leitões e Mário e Paulo Silva, inclui um desfile de viaturas pelas principais artérias da cidade da Horta, com concentração marcada para as 14 horas, no parque do hipermercado Continente (que é também um dos patrocinadores do evento), e saída às 15 horas. As viaturas seguirão depois até ao Restaurante Vitor dos Lei-tões, onde será servido um lanche e jantar oferecidos a todos os participantes, com porco no espeto, seguindo-se uma noite de animação musical, a partir das 22h30, com um baile abrilhantado pelo conjunto “Onda Jovem”. O 2º Encontro Tudo Sobre Rodas conta com a colabora-ção da Câmara Municipal da Horta, Câmara do Comércio e Indústria, Direção Regional do Desporto, Associação de Ciclismo do Faial, Clube Automóvel do Faial, Clube Ami-gos das Motas, Grupo de Motards do Faial, RTP/Açores, Antena 9 e os jornais Incentivo e Tribuna das Ilhas. Patrocinam ainda a iniciativa as empresas Continen-te, SportZone, António Dias, A.Pimentel, Costa e Martins, Capelinhos Tur, Casa Capelinhos, Expaço X, AFA, Way2b, Eric-bar e as padarias “Popular”, “Bico Doce” e “Nova Era”. Como colaborador do 2º Encontro Tudo Sobre Rodas, o Clube Automóvel do Faial apela à participação de todos os amantes dos desportos sobre rodas neste evento.

2 O BREVES - 06 de Janeiro de 2014

Horta recebe

2º Encontro Tudo Sobre Rodas

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Política Eleições no CDS-PP em São Miguel

Augusto Cymbron é o novo Presidente da

Comissão Política de Ilha

Regional

Realizaram-se na tarde deste Sábado, dia 4 de Janeiro, as eleições para a Comissão Política da Ilha de São Miguel do CDS-PP, tendo vencido com 62,5% dos votos a lista encabeçada pelo militante Augusto Cymbron, que assim derrotou a lista encabeçada pelo militante Roberto Oliveira (que arrecadou 37,5% dos votos). Assim, a Comissão Política de Ilha será presidida pelo empresário Augusto Cymbron, contando nas Vice-presidências com Lurdes Ponte (funcionária pública), Francisco Silva (professor universitário) e Leonardo Ponte (advogado), ficando a Mesa da Assembleia de Ilha liderada pela advogada Cristina Santos. Votaram cerca de 10% dos militantes inscritos na ilha de São Miguel.

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Mau tempo causa estragos nos Açores Força do mar fustiga ilhas dos grupos Central e Ocidental Regional

Urzelina, Ilha de São Jorge

Ilha do Pico

Calhau Miúdo, Ilha Graciosa

Ilha das Flores Ilha do Corvo

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“Se há algo que nos une é esta obrigação de servirmos o Povo”

Vasco Cordeiro entende que Regional

Regional

O Presidente do Governo dos Açores afirmou que confia na importância e no papel que a diplomacia pode desempenhar no processo da Base das Lajes, no sentido de levar a “bom porto” o ambicioso objetivo da defesa dos interesses da Região. “Não partilhamos, por isso, da opinião do poeta austríaco Karl Kraus - e certamente que o senhor Embaixador Pedro Catari-no também não partilhará – que dizia que “a diplomacia é um jogo de xadrez em que os povos levam xeque-mate"”, afirmou

o Presidente do Governo. “A esperança que temos é que nunca seja este o caso, por-que, se há algo que nos une, para além das nossas diferen-ças, é esta obrigação de servirmos este mesmo Povo”, asse-gurou o Presidente do Governo, acrescentando que, da parte do Governo dos Açores, “há a certeza da necessidade impe-riosa e da determinação de assumir este papel”. O Presidente do Governo falava na Receção de Ano Novo aos representantes consulares e às autoridades civis, milita-res e religiosas dos Açores, que tradicionalmente decorre no Palácio de Sant´Ana, em Ponta Delgada, no Dia de Reis. A receção contou com a presença do Representante da República para os Açores, Pedro Catarino, da Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, Ana Luís, do ex-Presidente do Governo dos Açores, Carlos César, e do Cônsul dos EUA nos Açores, Daniel Bazan, entre outras individualidades civis, militares e religiosas. Segundo Vasco Cordeiro, 2013 foi, no plano externo, um ano de grandes desafios, com o processo da Base das Lajes, tendo a Região contado, por parte do Cônsul dos EUA e de um conjunto de outros representantes que têm um papel importante a desen-volver, com o entendimento de que existe um interesse que não se esgota nos Açores e que é a relação histórica e estra-tégica entre Portugal e os Estados Unidos. “Não está, certamente, tudo feito. Já percorremos um longo caminho, mas ainda nos falta percorrer muito caminho”, frisou Vasco Cordeiro.

A inovação, a iniciativa e o esforço serão premiados no novo regulamento de apoio às atividades culturais, que trará também mais transparência à seleção dos projetos. O novo regulamento de apoios às atividades culturais na Região pretende trazer mais transparência ao processo de seleção dos projetos e premiar o mérito, segundo o diretor regional da Cultura, Nuno Lopes. As propostas de decreto legislativo regional e de decreto regulamentar regional estão em discussão pública, até o próximo dia 21, e podem ser consultadas na página da secretaria regional da Educação, Ciência e Cultura, bem como a proposta de decreto regulamentar regional que cria o Conselho Regio-nal de Cultura. Segundo Nuno Lopes, o documento define os critérios e a pontuação atribuída por cada em item em cada uma das áreas, o que permite uma "maior transpa-rência" no processo de escolha dos projetos, bem como a redução da "subjetividade" de quem aprecia. Serão tam-bém criadas diferentes comissões, compostas por mem-bros do Conselho Regional da Cultura, para avaliar as dife-rentes áreas, que passam a ser indicadas no início do con-curso. Este ano, o concurso deverá ser aberto o mais rápi-do possível, logo que o decreto legislativo seja aprovado pelo Parlamento e o decreto regulamentar seja aprovado pelo Governo Regional, sendo que as inscrições deverão ficar abertas durante um mês. No entanto, o objetivo da direção regional da Cultura é

abrir o concurso com a maior antecedência possível, por isso, ainda este ano, deverá ser possível apresentar candi-daturas aos apoios do próximo ano. O novo regulamento pretende premiar o mérito, de acordo com o diretor regio-nal da Cultura. Nesse sentido, há critérios que são mais valorizados, como a inovação e a colaboração entre várias áreas artísticas. "O desafio obriga-nos a crescer", salien-tou. Segundo Nuno Lopes, o objetivo é combater a rotina e premiar o esforço dos grupos e a iniciativa. No entanto, o diretor regional garantiu que serão atendidas as condições das ilhas mais pequenas e periféricas. Os apoios destinam-se a projetos culturais nas áreas audiovisual e multimédia (cinema, vídeo), artes performati-vas (dança, teatro, expressões artísticas tradicionais), artes visuais (pintura, escultura, desenho, gravura, ilustra-ção, fotografia), património cultural (estudos, divulgação, promoção) e outros eventos (realização de colóquios, seminários, feiras, festivais, workshops). É também apoia-da pela tutela a aquisição, remodelação, beneficiação, ampliação ou construção de infraestruturas destinadas a atividades culturais, bem como a aquisição de instrumen-tos musicais e respetivo material consumível, a reparação de instrumentos musicais, a aquisição de fardamento/ tra-jes e de repertório, por coletividades, destinados à realiza-ção de projetos culturais e os custos de edição de obras culturais.

Novo regulamento premeia o mérito e define

critérios para reduzir a subjetividade

Apoios a atividades culturais mais transparentes

O BREVES - 06 de Janeiro de 2014 5

Depois do “Cantinho das Buganvílias” e “Residencial Neto”

FICHA TÉCNICA - Propriedade: Associação de Amigos para a Divulgação das Tradições da Ilha de São Jorge, NIPC: 509893678. NRT: 126151, Semanário, Sede: Largo Dr. João Pereira (Praça Velha) Apto10 9800-909 Velas. Contactos: Tel.295 412 113-Tlml.916 929 184,E-mail: [email protected]. Diretor/Chefe de Redação: Carlos Pires, Fotografia: O Breves, Mark Marques, José Capelo. Edição: Redação. Impressão: AADTISJ Administração: Valdemar Furtado, Carlos Pires, Adriano Brasil. Tiragem: 500 exemplares. Assinatura anual: 50,00 €. TODAS AS CRÓNICAS E ARTIGOS DE OPINIÃO, PUBLICADOS NESTE JORNAL, SÃO DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS SEUS AUTORES.

Residencial Sol Mar galardoada com Miosótis Azores

Local

O galardão “Alojamentos Verdes – Miosótis Azores”, criado pelo Governo Regional para incentivar a imple-mentação de boas práticas ambientais, distinguiu este ano 18 unidades turísticas, passando a abranger, pela primeira vez, todas as ilhas do arquipélago. Em São Jorge, a Residencial Sol Mar, na Calheta, junta-se ao Cantinho das Buganvílias e à Residencial Neto na lista das distinguidas. Os secretários regionais do Turismo e Transportes, Vítor Fraga, e dos Recursos Naturais, Luís Neto Vivei-ros, entregaram hoje a distinção relativa ao biénio 2014-2015, numa cerimónia realizada no Centro de Monitori-zação e Investigação das Furnas, em São Miguel, sen-do agora cerca de meia centena as unidades turísticas que ostentam o galardão. Para o biénio 2014-2015 can-didataram-se 18 empresários a este galardão, que é destinado a estabelecimentos hoteleiros, aldeamentos turísticos, apartamentos turísticos, conjuntos turísticos e empreendimentos de turismo de habitação ou de turis-mo em espaço rural regionais. Na cerimónia de entrega dos galardões, o Secretário Regional do Turismo e Transportes salientou que estes prémios, "que são um justo reconhecimento pelo esfor-ço desenvolvido no que a boas práticas ambientais diz respeito, não devem ser encarados como um fim, mas sim como o meio para nos tornarmos cada vez mais exigentes, qualificados e competitivos no mundo”. Vítor Fraga frisou que as políticas de sustentabilidade imple-mentadas pelo Governo dos Açores, que têm orientado o desenvolvimento turístico na Região, "têm tido ótimos resultados", que são visíveis "nos mais que conhecidos reconhecimentos internacionais de cariz ambiental, con-tribuindo fortemente para aumentar a notoriedade e para fortalecer a imagem do arquipélago como Destino de Natureza por excelência”.

O Secretário Regional garantiu, no entanto, que o Governo dos Açores não se ficará por aqui, já que, no âmbito do novo Quadro Comunitário de Apoio, irá desenvolver um novo sistema de incentivos, "com o objetivo de promover uma permanente adequação da oferta hoteleira à matriz do Destino Açores”. “Ao promo-ver a requalificação das unidades hoteleiras açorianas, este novo sistema de incentivos potenciará o desenvol-vimento da oferta, tentando ir ao encontro dos vetores que definem a matriz do destino, acrescentando valor e adaptando-a à evolução das tendências da procura, contribuindo assim para a sua permanente sustentabili-dade”, afirmou o titular da pasta do Turismo. Por seu lado, o Secretário Regional dos Recursos Natu-rais assegurou que o Executivo vai manter “o investi-mento necessário ao desenvolvimento de uma Econo-mia Verde”, sem “descurar a formação e a aposta estra-tégica na educação e sensibilização ambiental”. Na sua intervenção, além de referir a importância das ações de formação em boas práticas que são realizadas para colaboradores de alojamentos turísticos reconhecidos com o galardão Miosótis Azores, Luís Neto Viveiros anunciou que "foram atualizados e enriquecidos os con-teúdos multimédia disponibilizados pelo projeto Sentir e Interpretar o Ambiente dos Açores SIARAM". “Trata-se de um portal de elevada qualidade técnica e científica, de acesso livre para fins educativos”, afirmou. Neto Viveiros anunciou ainda que, dando cumprimento ao programa do XI Governo Regional dos Açores em maté-ria ambiental e numa perspetiva de que a informação ambiental é um dever das entidades públicas, a Secre-taria Regional dos Recursos Naturais "passa a disponi-bilizar um novo portal de monitorização ambiental, designado por AzMoniAmb"

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Concerto de Ano Novo nas Velas

REPORTAGEM ALARGADA EM WWW.OBREVES.PT

O BREVES - 06 de Janeiro de 2014 7

REPORTAGEM ALARGADA EM WWW.OBREVES.PT

Encontro de Reis no Auditório Municipal

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8 O BREVES - 06 de Janeiro de 2014

Regional Governo salienta bons resultados

Melhoria do nível de qualificação

dos desempregados açorianos O Vice-Presidente do Governo dos Açores manifestou a sua satisfação pelos resultados que estão a ser obtidos no combate ao baixo nível de qualificação de muitos dos desempregados açorianos. Sérgio Ávila lembrou que essa é uma estratégia do Execu-tivo, que visa a promoção de uma “maior empregabilidade e com melhor remuneração”, sublinhando que, na sequên-cia da criação, em fevereiro de 2013, dos cursos de Aquisi-ção Básica de Competências (ABC), foi possível melhorar as habilitações académicas e profissionais de muitos desempregados. “Desde essa data foram já realizados 90 cursos, abrangendo 1.800 pessoas, cuja média de idades se situa nos 37 anos e que passaram a deter o 4.º ou o 6.º ano de escolaridade”, frisou. Sérgio Ávila salientou que “o Governo Regional investiu, só nesses cursos, cerca de um milhão de euros, mas vê, com muito bom grado, que não foi apenas um investimento seu, foi também um investimento realizado pelos açorianos que foram envolvidos neste projeto”. Outro motivo de satis-fação do Governo dos Açores é o facto de “45% das pes-soas que obtiveram sucesso no 4.º ano de escolaridade" terem decidido "investir em si", inscrevendo-se por iniciati-va própria nos cursos do nível seguinte, ou seja, para a obtenção do 6.º ano de escolaridade. “É também com orgulho que podemos afirmar agora que, nos últimos meses do ano transato, houve momentos em que os con-celhos da Povoação, Nordeste, Velas, Calheta, Lagoa, Angra do Heroísmo e Madalena não apresentavam desempregados inscritos com menos do que o 6.º ano de escolaridade”, disse. Esta medida permitiu também criar emprego aos professo-res do ensino básico que se encontravam inscritos nas Agências de Emprego da Região Autónoma dos Açores, “sendo atualmente residual o número de professores com competências para lecionar cursos ABC que ainda se encontram numa situação de desemprego”. O Vice-Presidente anunciou que o Governo dos Açores vai promo-ver, em 2014, mais 125 ações, que irão abranger mais 2.500 formandos, num projeto que ascenderá a 1,5 milhões de euros e que, para além dos atuais níveis forma-ção, prevê iniciar um projeto-piloto de três turmas para cer-tificar desempregados com o 9.º ano de escolaridade. Sérgio Ávila, que falava na cerimónia de entrega de diplo-mas a uma centena de formandos que concluíram cursos ABC realizados na ilha Terceira, aproveitou para fazer um balanço de várias medidas governamentais que visam o aumento da empregabilidade. Nesse sentido, revelou que o programa “Família Estável” permitiu, em várias medidas de emprego, dar prioridade imediata de colocação a, pelo menos, um dos membros de 233 casais em que ambos os cônjuges se encontravam numa situação de desempre-go. O apoio à contratação efetiva possibilitou a criação de 952 postos de trabalho durante o ano de 2013, meta que foi possível atingir através de vários programas do Gover-no dos Açores como, por exemplo, o Integra+, que permitiu a colocação de 265 pessoas, o Integra StartUp, com 85 pessoas, a criação do próprio trabalho por 52 pessoas com

a ajuda do programa CPE-Premium e, finalmente, com a maior percentagem, o Programa de Incentivo à Inserção de Estagiários – PIIE, permitiu colocar no mercado de tra-balho 550 jovens licenciados ou com cursos profissio-nais. No ano de 2013 iniciaram-se cursos Reativar de carácter Escolar e Tecnológico que abrangeram 1.344 desempregados, permitindo a sua qualificação tanto a nível tecnológico como ao nível do 9.º e 12.º anos de esco-laridade. O programa Recuperar abrangeu 757 pessoas que se encontravam desempregadas e não auferiam qual-quer rendimento proveniente de subsídio de desemprego, garantindo-lhes um rendimento mensal que, de acordo com as suas habilitações, foi desde cerca de 510 até qua-se 764 euros. Especificamente destinado aos beneficiários do Rendimen-to Social de Inserção, o programa FIOS trabalhou as com-petências sociais de cerca de 600 pessoas e promoveu nelas hábitos de trabalho que, por alguma razão, foram perdidos ou nunca foram adquiridos, prevendo-se, para 2014, que abranja 800 pessoas. Sérgio Ávila revelou ainda que, no próximo mês, se vão iniciar os primeiros cursos do programa Agir-Agricultura/Agir-Indústria, “que constitui uma experiência inovadora no que toca às medidas de emprego, aliando uma formação de alta qualidade a um estágio profissional em contexto real de trabalho e que inclui ainda um incentivo à contratação dos estagiários”. A primeira área económica a ser testada será a da bovinicul-tura, mas em estudo já se trabalha em outras áreas impor-tantes para a economia regional, como a horticultura ou a indústria dos lacticínios. Para Sérgio Ávila, o Governo mui-to tem feito, apostando em “medidas de criação de empre-go, de promoção da competitividade empresarial e de qua-lificação de trabalhadores e de empresas como fatores indispensáveis a uma economia que seja forte, sustentável e geradora de um futuro melhor e mais seguro para todos os açorianos”.

Foram oficialmente eleitos os órgãos sociais da Associação dos Operadores de Mergulho dos Acores, AOMA, que vai ser apre-sentada oficialmente no dia 10, em Paris. Esta apresentação decorre na “Salon de la plongee“, a 1ª feira especifica de mergulho de 2014, que decorre entre 10 e 12 de janeiro, onde os Açores vão estar presentes com espaço próprio sendo acompanhados com empresários do ramo. Esta Associação pretende desenvolver as actividades de Mergu-lho Recreativo, Turístico e de Lazer, de forma tal que seja prati-cado de maneira ambientalmente correcta e socialmente jus-ta, promover, auxiliar e propor alterações à regulamentação da actividade de Mergulho Recreativo, Turístico e de Lazer na Região dos Açores, representar os operadores, escolas e instru-tores independentes de mergulho dos Açores, que sejam asso-ciados, junto aos órgãos governamentais e não governamentais, nacionais ou internacionais, divulgar nacional e internacionalmen-te o turismo subaquático praticado de maneira ambientalmente correcta, desenvolver programas de educação ambiental, através de cursos, palestras, programas de rádio e TV, revistas e outras médias impressas, DVDs, CD-ROMs, peças de teatro, entre outros, para a sensibilização e consciencialização da comunidade em geral para a necessidade da preservação da fauna e flora subaquáticas, bem como dos recursos hídricos que desaguam no mar e que estimulem a prática do mergulho recreativo, turístico e de lazer, de maneira ambientalmente correcta e socialmente jus-ta, apoiar, assessorar, contribuir na implantação de Recifes Mari-nhos Artificiais na Região Autónoma dos Açores (RAA), auxiliar na regulamentação do funcionamento de Recifes Marinhos Artifi-ciais (RMA) na RAA, apoiar logística e operacionalmente nos estudos, formação, conservação e optimização dos RMA, bem como nos recifes naturais existentes, assessorar órgãos públicos e/ou privados sobre qualquer assunto relacionado com o MRTL na região, incentivar as práticas do mergulho que representem o mínimo impacto ambiental, divulgar o mergulho como actividade de ecoturismo e/ou de turismo sustentável, realizar convénios ou parcerias com entidades públicas e/ou privadas com a finalidade de atingir os seus objectivos estatutários, filiar-se e/ou represen-tar organizações não governamentais de interesse público, que tenham objectivos convergentes, apoiar os mergulhadores e a comunidade em geral para actuarem na indústria do turismo de mergulho e contribuir para a defesa e desenvolvimento das práti-cas de segurança no mergulho.

Os órgãos sociais recém eleitos são: DIREÇÃO: Presidente: Paulo Reis da "PARALELO 37, LDA" - Santa Maria Vice-Presidente: Rui Cabral de Melo da "AZORES SUB- Dive Center" - São Miguel Secretário: Jorge Botelho da "NORTAÇOR/MANTA MARIA" - Santa Maria Tesoureiro: Alexandre Jacinto da "OCTOPUS Dive Center" - Ter-ceira Vogal: Pedro Alves da "COWFISH Dive Center" - Pico 1º. Suplente:- Rolando Oliveira da "DIVE GRACIOSA" - Graciosa 2º Suplente: Victor Soares da "URZELINATOUR" - São Jorge MESA DA ASSEMBLEIA GERAL: Presidente: Emanuel Cabral da "ACORDIVING" - São Miguel Secretário: Norberto Serpa da "NORBERTO DIVING" - Faial Secretário: Tiago Castro da "DIVE AZORES" - Faial CONSELHO FISCAL: Presidente: Henrico Villa da "CW AZORES" - Pico Vogal: Bruno Sergio da "ECO AZORES" - São Miguel Vogal: Carlos Toste da "HOTEL OCIDENTAL" - Flores

O BREVES - 06 de Janeiro de 2014 9

Regional

Regional

As recentes alterações das cotações de referência dos produtos petrolíferos registadas nos mercados internacio-nais vão levar a uma atualização do preço máximo de ven-da dos combustíveis na Região Autónoma dos Açores. Esta atualização consiste na subida em dois cêntimos por litro no preço máximo das gasolinas sem chumbo de 95 e 98 octanas, um cêntimo por litro no preço máximo do gasóleo agrícola e um cêntimo por quilo nos preços máxi-mos do gás e do fuelóleo. A gasolina sem chumbo de 95 octanas passa a custar 1,44 euros por litro e a gasolina sem chumbo de 98 octanas passa a ter o preço de 1,51 euros por litro. O gasóleo agrícola passa a custar 0,84 euros por litro. O preço do gás em garrafas de 26 litros ou mais passa a ser de 1,41 euros por quilo, enquanto o fuelóleo passa a custar 0,61 euros por quilo. Os novos preços entram em vigor às 00h00 de sexta-feira.

Alterações nas cotações provocam

Aumento dos combustíveis na Região

Órgãos Sociais apresentados em Paris

Vitor Soares na Direção da AOMA

2013 ficou para trás. Foi um ano muito difícil para todos. É tempo de balanços. Sem quaisquer dúvidas o desem-prego foi o grande facto do ano que passou. Aumentou, muito; atingiu níveis recorde na nossa jovem história autonómica. Desesperantes os níveis de desempre-go jovem e dos desempregados de longa duração. O Governo investiu milhões, criou "Vias", "Agendas", "Compromissos", e muitos programas para o comba-ter... mas ele cresceu! O desemprego disparou por causa da crise, é certo! Mas acontece por deficiente planeamento do passado. É preciso uma mudança de paradigma! Outro facto que marca, negativamente, o ano velho é o que se prende com a pseudo-reforma do Serviço Regional de Saúde. Era para ser, não foi, mas está sendo... Primeiro apresentou-se um arrazoado de linhas num papel que perigavam contra a saúde dos Açorianos; depois percebeu-se que os açorianos não concordavam e disse-se que se alterava; agora, parece que meio às escondidas, vão implementando algumas das primeiras medidas - aqueles com as quais os açorianos não concordaram! Em sentido positivo destaco o adiamento da desmili-tarização das Base das Lajes. Mas foi apenas o adia-mento. Importa continuar a trabalhar diplomaticamen-te para evitar que os EUA retirem os Açores do seu mapa. E não vale a pena dizer que a responsabilida-de é da República. A responsabilidade é nossa, dos Açores, porque importa evitar o aumento do desem-prego e porque importa, de uma vez por todas, assu-mir as nossas potencialidades geoestratégicas e geopolíticas e delas retirar dividendos. Por fim, registo o reforço da implementação do CDS-PP no poder autárquico. Temos uma Câmara Munici-pal, lideramos Juntas de Freguesia e aumentamos a nossa representatividade em todos os outros órgãos autárquicos nos Açores. Os Açorianos vão dar pela diferença. Agora resta esperar que 2014 seja o ano de vira-gem… Próspero Ano Novo!

Líder Regional CDS-PP

10 O BREVES - 06 de Janeiro de 2014

Opinião Por: Artur Lima

Próspero Ano Novo

Ora bem, ora bem…. Vejamos…. Hoje,

apetece-me falar, ou melhor, escrever sobre

algo que, desde há que anos, anda aqui a

matutar na minha cabecinha: aptidão.

Segundo a definição, aptidão é a qualidade

de apto, capacidade, inclinação, disposição.

Por palavras que se entenda, ter aptidão

para fazer algo é ter “queda” para a coisa,

“ter costela” para fazer algo.

E no que é que isto encaixa no que quero

dizer? Muito bem: profissões e cursos. Sim, exactamente. Se, nas candida-

turas para os empregos e cursos houvesse um teste psicotécnico de aptidão,

este país seria um local muito melhor, a funcionar com uma engrenagem

bem oleada, tudo sobre rodas, acreditem-me!

Que os testes psicotécnicos custariam dinheiro? Sim, de facto. Talvez o

equivalente, por exemplo, ao ordenado dos motoristas dos “popós” do

governo, perfeitamente dispensáveis (que conduzam Vossas Excelências as

suas viaturas, por favor), que, redireccionando para cobrir esses custos,

pronto, ficava tudo sanado. E assim, o que aconteceria?

As pessoas que quisessem candidatar-se a um emprego ou a um curso

(superior ou não), teriam de fazer esses testes, e, conforme o resultado,

seriam aceites em qualquer um ou não. O que isto facilitaria a vida do nosso

país, transformá-lo-ia numa máquina bem oleada e tudo a correr sobre

rodas?

Quantas vezes você foi às Finanças ou à Segurança Social e foi bem atendi-

do, com cortesia, cordialidade e, acima de tudo, bom profissionalismo? E,

ao dirigir-se a um hospital, foi atendido por médicos e enfermeiros que

atenderam também com bom profissionalismo, informação que se entenda,

com cordialidade e cortesia (muito necessários na medicina, está-se a tratar

de pessoas), ou mesmo, quando necessitou de recorrer a questões jurídicas,

foi atendida por advogados/solicitadores que lhe permitem um atendimento

perceptível, monetariamente acessível e concreto, sem moras de nada? Já

está a ver onde quero chegar?

Por exemplo, na candidatura ao curso superior de medicina veterinária, era

(não sei se ainda o é) exigido um atestado médico a afirmar que o candidato

não possuía distúrbios suficientemente graves que impossibilitassem a inter-

comunicação pessoal, ou seja, um documento médico a dizer que a pessoa

pode estar e comunicar com outras….. num curso de medicina veterinária?

Mais: foi só pagar (e bem) um médico para adquirir esse atestado, e, passar

nas provas de acesso, e pronto, 5 anos depois (sim, na altura os cursos

tinham uma duração digna de licenciatura) tinha-se médico veterinário.

Bolas! Desculpem-me a linguagem, mas, bolas!

E aquelas pessoas que seguem os cursos de línguas porque, em matemática,

são uma nódoa (mas, depois, também como professores de português,

inglês, história, filosofia, etecetera, também são uma nódoa?)?

Não! Deveria ser realizado o dito teste de aptidão, independentemente das

notas, das médias, e, se a pessoas não tivesse “queda” natural para o que

estaria a candidatar-se, não seria aceite. E mais: se chumbou no teste psico-

técnico num ano, escusava de fazê-lo o teste para a mesma área novamente,

pois, esses testes, medem a aptidão de uma pessoa para determinada coisa

(ou determinadas coisas), ou seja, mede algo que vai cá dentro, natural,

VOCAÇÃO, que não é algo que se adquire, ou se tem, o não se tem, e pron-

to! E assim, quem não tem vocação para ser médico, advogado, funcionário

público, professor, assistente social, cantoneiro de resíduos municipais,

engenheiro, o que for, pode ter média de 19,9, que não entra, quer no curso,

quer no emprego.

E essa dos 19,9…. É baixar as médias dos cursos, dar mais valor ao que as

pessoas têm dentro de si para isto ou para aquilo, dar valor aos psicotécni-

cos de vocação em vez dos “ultra notas perto dos 20” e pôr um travão no

que se vê mais e cada vez mais hoje em dia, pessoas a realizarem profissões

não por vocação, mas porque preferiram “queimar as pestanas” a estudar

para terem profissões que, para além de “status” social, trará muito dinheiri-

nho… e permitimos que isso aconteça com áreas muito, muitíssimo impor-

tantes como a saúde, a nossa saúde… e, acredito piamente que Portugal

tornar-se-á um local de excelência para se viver, com bons atendimentos em

todas as áreas. Se pensarmos bem, até os trabalhadores ficariam agradeci-

dos, pois encontrar-se-iam a fazer trabalho num emprego que realmente

gostariam, sem chegar a meio do dia e olhar nervosamente para o relógio

desejosos que a jornada de trabalho acabe, desejosos pelas férias e a descar-

regar a sua frustração nos colegas de trabalho e a quem fazem atendimen-

to. Seria maravilhosa a confluência entre a fome e a vontade de comer, se

me permitem a expressão.

Passaria a acontecer algo como “meu amigo, o teste psicotécnico deu nega-

tivo para o curso/profissão a que te queres candidatar, portanto, não tens

queda natural para a coisa, nem nunca vais ter. Temos pena, escolhe outra

coisa, sabes como é, até acertares…. Como aquela do: nove fora, nada!”.

Por: Alexandra Farrica

Nove fora, Nada

Como aluno do 12º ano e possível estu-dante do ensino superior, assusta-me a situação económica e social a nível mun-dial. Sim, porque não é apenas Portugal que se encontra num estado lamentável, os outros países do mundo também estão a passar por grandes dificuldades. Tocando num ponto fundamental, a edu-cação e o ensino tem sofrido cortes

orçamentais imprevistos e inesperados, o que impossibilita o bom funcionamento de escolas e universidades. A sustentabilidade das famílias já é muito difícil, mas quando os pais têm os filhos a estu-dar a situação agrava-se, devido ao pagamento das despesas inerentes à estadia noutra cidade e das propinas. O aumento dos impostos, os despedimentos e o corte nos salários fazem com que as famílias não consigam subsistir muito menos aguentar com despesas extraordinárias. É necessário apoiar mais quem quer seguir os estudos no ensino superior, criar incentivos, reduzir as propinas e facilitar a integração. No nosso país existem muitos licenciados, que ao não terem oportunidades de emprego no seu país, acabam por emigrar para outras nações, às vezes tornam-se verdadeiros heróis nesses países que os recebem muito bem. São muitos os casos de sucesso de trabalhadores portugueses no estrangeiro. É triste que o Governo português aposte tanto na formação universitária e depois não crie oportunidades para esses jovens formados. Atualmente, Portugal é um país de emigrantes. O problema é que esses emigrantes são jovens qualificados que não mostram as suas qualidades no país de origem. Para quem é novo e só agora começa a pensar no curso que quer seguir, todos os problemas que surgem quanto à emigração, o desemprego jovem e a falta de oportunidades, são obstáculos à tomada de uma decisão pensada e refletida. O que serei, profissionalmente, na minha vida? É uma questão que faço a mim próprio muitas vezes, e infelizmente não encontro resposta. Existe muito de tudo, existem muitos enfermei-ros, professores, jornalistas, assistentes sociais, advogados, enfim não há grande escolha. As universidades deviam apostar no diálo-go e na cooperação, e restringiam determinados cursos apenas numa universidade e assim sucessivamente, ou seja, as universi-dades tornavam-se monopólios. Por exemplo só a Universidade dos Açores ficaria com o curso de biologia marinha. Apesar de tudo eu continuo a acreditar na reconversão portuguesa e que ainda é possível ter esperança na concretização do sonho português. É impossível a existência de uma sociedade perfeita, mas pelo menos devemos lutar para que isso seja minimamente alcançável. Eu não quero ser um emigrante, eu quero ser um tra-balhador português e quero dar o melhor de mim à minha terra e ao meu país. O meu patriotismo expande-se nas minhas perspeti-vas de vida, por isso procurarei sempre o melhor para o meu país. A emigração é uma obrigação para quem está no fim da linha, para quem não vê mais nada para além de um fosso e um abismo. É muito triste que isso se suceda no nosso país, mas os tempos obrigaram que assim fosse. Não podemos culpabilizar única e exclusivamente os políticos, é o caminho mais fácil, porque o desemprego é o resultado de um ciclo vicioso de problemas finan-ceiros e económicos. O papel do governante é pouco valorizado pelo povo, os políticos são ignorados pela generalidade das pes-soas, que só veem os defeitos e nunca os aspetos positivos da governação. Claro que são responsáveis em certa medida, no entanto não são os únicos. Outro aspeto que preocupa os futuros estudantes é a integração num novo espaço e na universidade. Uns têm mais facilidade que outros, no que diz respeito à inclusão numa nova realidade. Na minha opinião, e como patriota, defensor da tradição e do costume açoriano, acho que o Governo Regional dos Açores devia dotar a nossa universidade com mais cursos superiores para que os estu-dantes açorianos estudassem cá no nosso território, nas nossas ilhas. Dependemos sempre do continente, das universidades de Portugal continental. Podemos aprender mais, conhecer novos aspetos, partilhar conhecimentos com outras pessoas, sermos mais instruídos, mas os nossos docentes e os nossos estudantes devem ser valorizados de igual maneira. A nossa Universidade deve ser glorificada. Se eu tivesse a oportunidade e se aquilo que eu quero seguir fizesse parte da oferta educativa da universidade açoriana, não hesitaria e a escolha seria sempre Açores!

Por: Maria do Céu Patrão Neves

O BREVES - 06 de Janeiro de 2014 11

Universidade Opinião Eurodeputada PSD

No âmbito da União Europeia, este ano de 2014 será palco de grandes mudanças, quer institucionais, ao nível do governo das instituições europeias, quer financeiras, económi-cas e sociais com impacto directo na vida quotidiana dos cidadãos. No plano institucional destacam-se duas importantes mudanças futuras. A primeira reporta-se à nova constituição do Parlamento Europeu decorrente das próximas eleições as quais poderão atri-buir um número significativo de lugares aos eurocépticos. Actual-mente já não nos referimos apenas ao tradicional eurocepticismo britânico: sistematicamente contrário a todos os poderes da União Europeia sobre os Estados-membros ou a todo o reforço orçamen-tal comunitário, mas também rejeitando muitas formas de solidarie-dade para com Estados-membros com maiores dificuldades e sem-pre crítico em relação à forma como este gerem as suas contas públicas. Desta vez, a situação é bem mais grave com partidos de extrema-direita a crescerem em vários Estados-membros, hastean-do não só as suas características bandeiras de intolerância e de exclusão, mas também reforçando o seu discurso anti-europeu (e pró-nacionalista). De acordo com algumas sondagens (se bem que ainda distantes), é possível que os franceses deem a vitória à Fren-te Nacional que, entretanto, se pode vir a aliar à extrema-direita holandesa, sendo igualmente possível um aumento de votação nos partidos de extrema-direita na Áustria, Suécia, Dinamarca ou Bélgi-ca, onde têm vindo a crescer. O objectivo comum no Parlamento Europeu é impedir o desenvolvimento das políticas europeias e, tanto quanto possível, paralisar a União e conduzir à sua implosão. Neste contexto considero que, nas próximas eleições europeias, devemos assumir a nossa integração europeia e votar esmagado-ramente em partidos pró-europeus. Uma segunda mudança significativa ocorrerá na Comissão Euro-peia. Não me refiro aqui à também alteração da constituição do colégio de comissários, nem tão pouco ao novo procedimento de designação do seu Presidente, mais democrático e transparente, através da sua nomeação pelos partidos políticos europeus com assento no Parlamento e com este a desempenhar um papel ímpar na sua eleição. Destaco preferencialmente o facto do futuro presi-dente da Comissão Europeia deixar de ser português, o que consti-tuirá uma grande perda para Portugal. Para os críticos de Durão Barroso, tanto os da primeira linha, desde que ele assumiu a presi-dência da Comissão Europeia, como os mais recentes, desde que a Europa mas sobretudo Portugal começou a sentir o peso da aus-teridade nas finanças públicas, importa realçar que a sua acção tem sido preponderante para os interesses de Portugal na gestão de vários dossiers, e que ele se mantém atento aos impactos das políticas públicas no todo nacional e sempre com particular preocu-pação pelas regiões ultraperiféricas como os Açores, do que sou testemunha. Aliás, todos os portugueses que trabalham nas institui-ções portuguesas ou em contacto directo com a Comissão Euro-peia sabem que Durão Barroso, nas suas actuais funções, tem sido um aliado inestimável de Portugal. Neste contexto, diria que importa reconhecer para continuar a beneficiar, no futuro, da influência pró-nacional de Durão Barroso na cena internacional. Por fim, no que se refere às mudanças no plano das políticas euro-peias com impacto directo na vida dos europeus, considero que o trabalho desenvolvido nos últimos anos, muniu a União Europeia de novos instrumentos que prometem ser eficazes no combate às fragilidades que permitiram o contágio da Europa, desde 2009, pela crise financeira norte-americana, bem como na recuperação econó-mica da maior potência comercial do mundo, baseada no conheci-mento, na investigação e na inovação. As políticas comunitárias, como as da coesão, da agricultura e das pescas, o novo quadro de gestão de fundos, mais flexível e dinâmico, e os novos critérios de investimento, mais responsabilizadores das autoridades nacionais e regionais, criam um quadro favorável de crescimento económico e de progresso social para que somos todos chamados a contribuir. Tenho esperança que o ano de 2014 seja melhor do que os últi-mos; tenho a certeza de que temos de ser participantes activos nesta mudança.

Mudar de ano, virar de página

Por: Emanuel Areias

Última Página O BREVES - 06 de Janeiro de 2014

OLHO NÚ

Nos dias de hoje a sensibilidade para as questões do ambiente é maior, ou pelo menos deveria ser, mais do que há 20 anos atrás. Existem diversas formas de poluir. Os placares de publicidade (Politica ou outra), são muito utilizados nos tempos atuais como meio de divulgação e comunicação. Tudo bem, desde que os mesmos tenham efetivamente a mensagem a transmitir, e não como demonstra a fotografia que tem "restos de publicidade" de há muitos anos atrás. Seria uma atitude positiva por parte das organizações partidárias e/ou empresas publicitárias, que atualizassem a publicidade ou ao menos pintassem o placar de cor branca ou outra (caso não tenham publicidade a fazer), para não termos este "lixo" a poluir o nosso ambiente. Como uma imagem vale mais que mil palavras, fica o reparo.

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