Jornal O Breves

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O Breves Diretor: José Fernando Bettencourt - Ano 3 - Nº 71 - 2 de junho de 2014 - Semanário - € 1,00 XS PARLAMENTO DOS JOVENS NESTA EDIÇÃO Cientista da UA em expedição interna- cional para desvendar um dos maio- res segredos geológicos da Terra. P.2 P.4 O IV Concurso Regional “IdeiAçores” contou com a participação de 35 esco- las do arquipélago... Dia Mundial da criança assinalado em São Jorge. Ver em www.obreves.pt Na freguesia da Urzelina é notável a nova dinâmica no que respeita a zonas balneares e turísticas. P.10 PROJETO COMENIUS Terminou em São Jorge, com alunos e professores da Polónia, Turquia e Reino Unido, dois anos após o seu início. Luís Neto Viveiros afirma que reuniões com associações de pesca permitem "melhorar" decisões para o setor. P.4 Democracia Viva Nos dias de 26 e 27 de maio houve mais açoria- nos por Lisboa. Mais propriamente na Assembleia da República. O Jornal o Breves não pode deixar de dizer presente a uma chamada desta natureza. P.3 P.10

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Edição 71 publicada a 2 de junho de 2014

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O B r e v e s Diretor: José Fernando Bettencourt - Ano 3 - Nº 71 - 2 de junho de 2014 - Semanário - € 1,00

XS

PARLAMENTO DOS JOVENS NESTA EDIÇÃO

Cientista da UA em expedição interna-cional para desvendar um dos maio-res segredos geológicos da Terra. P.2

P.4

O IV Concurso Regional “IdeiAçores” contou com a participação de 35 esco-las do arquipélago...

Dia Mundial da criança assinalado em São Jorge. Ver em www.obreves.pt

Na freguesia da Urzelina é notável a nova dinâmica no que respeita a zonas balneares e turísticas. P.10

PROJETO COMENIUS

Terminou em São Jorge, com alunos e professores da Polónia, Turquia e Reino Unido, dois anos após

o seu início.

Luís Neto Viveiros afirma que reuniões com associações de pesca permitem "melhorar" decisões para o setor. P.4

Democracia Viva

Nos dias de 26 e 27 de maio houve mais açoria-nos por Lisboa. Mais propriamente na Assembleia da República. O Jornal o Breves não pode deixar de dizer presente a uma chamada desta natureza.

P.3

P.10

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FICHA TÉCNICA: Jornal o Breves Nº. de Inscrição na ERC: 126151 Propriedade: Associação de Amigos para a Divulgação das Tradições da Ilha de São Jorge - NIF: 509 893 678 Morada: Apartado 10, 9800-909, Velas, São Jorge, Açores Diretor: José Fernando Bettencourt, Diretor-adjunto: Fábio Santos, Sub-diretor: Jaime Bento Contactos: 961 183 323 - 916 929 184 - E-mail: [email protected] - [email protected] TODOS OS ARTIGOS DE OPINIÃO PUBLICADOS NESTE JORNAL SÃO DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS SEUS AUTORES

Desvendar um dos maiores segredos geológicos da Terra

A geóloga da Universidade de Aveiro (UA) Clara Sena prepara-se para embarcar durante os meses de junho e julho numa expedição internacional no Oceano Pacífico, a sul do Japão, a bordo do navio Joides Resolution. No âmbito do International Ocean Discovery Program (IODP) uma equipa inter-nacional de 30 cientistas de onze países vai perfurar os sedimentos e rochas do fundo oceânico, para trazer para a superfície amos-tras que permitem entender como se iniciou o deslizamento da placa tectónica do Pacífico debaixo da placa tectónica das Filipinas, e como evoluiu esta fronteira entre placas ao longo da história do planeta. No final da mis-são os investigadores esperam desvendar um dos maiores enigmas da Geologia: o que despoleta o deslizamento e mergulho, para o interior do planeta, de uma placa tectónica debaixo de outra.

A formação e destruição de placas tectó-nicas é um processo fundamental do planeta Terra, com uma influência determinante na evolução física e química da Terra. Apesar de a ciência conhecer já bem o processo de formação e destruição das placas, poucas são ainda as evidências de como é que o processo de destruição de placas se inicia.

A partir do navio Joides Resolution, e em plena bacia sedimentar japonesa de Amami Sankaku, a expedição 351 do IODP, um pro-grama internacional de pesquisa marinha apoiado por 26 países que visa investigar a história e a estrutura da Terra a partir do registo de sedimentos e rochas, vai fazer descer uma máquina de perfuração ao longo de 1450 metros abaixo do fundo oceânico, que naquela zona se situa a 4720 metros de profundidade. Os trabalhos vão ser coordena-dos pelo australiano Richard Arculus e pelo japonês Osamu Ishizuka, dois dos mais repu-tados cientistas mundiais no estudo da forma-ção e destruição de rochas em zonas de fron-teira entre placas tectónicas.

Perfurar as entranhas da terra “Na zona de subducção [zona de conver-

gência de placas tectónicas, na qual uma desliza debaixo da outra e mergulha para o interior da Terra] que vamos estudar, onde a placa do Pacífico se afunda debaixo da placa Filipina, há um arco de Ilhas vulcânicas que testemunha o aquecimento da placa do Pací-fico e a ascensão de rocha quente e fundida que ao solidificar forma o Arco de Izu-Bonin-Mariana”, explica Clara Sena, investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA.

Durante a perfuração do fundo marinho, aponta a única cientista portuguesa que esta-rá a bordo do Joides Resolution, “prevê-se recuperar amostras de rochas sedimentares e vulcânicas de períodos anteriores e posterio-res à formação deste arco, oferecendo assim uma oportunidade única para entender como se terá iniciado esta zona de subducção”.

Entre a equipa científica, Clara Sena será a responsável pelas análises físico-químicas e microbiológicas dos fluidos que vão ser extraídos dos poros dos sedimentos e rochas que os investigadores vão trazer para a superfície. O estudo desses fluídos, explica a investigadora, “permitirá identificar processos geológicos tais como o fluxo de elementos

químicos provenientes da placa tectónica do Pacífico, que está atualmente a mergulhar e a aquecer até se fundir, debaixo da placa tectó-nica das Filipinas”.

Café português na bagagem Investigadora do Centro de Estudos do

Ambiente e do Mar da UA, Clara Sena tem-se dedicado ao estudo de fluídos em bacias sedimentares e à interação entre água, mine-rais e bactérias e a respetiva influência no ciclo do carbono no planeta Terra.

A viagem aos mares do Japão é uma estreia ao serviço do IODP. No entanto, já não é a primeira vez que Clara Sena se „aventura‟ em alto mar. Em 2012 a investiga-dora esteve embarcada dois meses no navio Sarmiento de Gamboa, numa expedição organizada pelo Conselho de Investigação Científica de Espanha para investigação geo-física das rochas do Mar de Alborán, situado no extremo Oeste do Mar Mediterrâneo. “E, no Laboratório de Geologia e Geofísica Mari-nha da UA, onde trabalho, tenho feito muitas campanhas de mar de curta duração no âmbi-to das quais ganhei muita experiência no que toca às tarefas científicas e conduta necessá-ria a bordo de um navio”, lembra.

Instalada desde há dois dias na cidade de Yokohama, no Japão, onde o navio Joides Resolution a espera, os sentimentos e expec-tativas de Clara Sena resumem-se à “enorme

vontade de enfrentar novos desafios, tanto a nível técnico-científico como humano, e parti-lhar os conhecimentos e experiência com uma equipa internacional de cientistas, para estudar uma área tão enigmática do planeta Terra como é esta zona de convergência de placas tectónicas”.

“A questão humana e cultural é também muito importante, pois vamos estar confina-dos ao espaço do navio, durante dois meses, cientistas, técnicos e tripulação, com culturas muito diferentes e a trabalhar para um objeti-vo comum”, diz Clara Sena.

Do navio Joides Resolution, a investiga-dora descreve-o como muito bem equipado. “Para além de todas as áreas dedicadas à ciência, como laboratórios, salas de reunião, salas de acolhimento e processamento de amostras de rochas, o navio tem também camarotes confortáveis, lavandaria, ginásio, entre outros espaços”, diz. Na bagagem, para além do essencial para desenvolver a missão que lhe está entregue, Clara Sena leva igual-mente roupa para fazer as suas imprescindí-veis sessões de yoga e, para matar saudades de Portugal, um quilo de café português. “A equipa do IODP avisou-nos que se gostamos de bom café é melhor levarmos algum con-nosco, sobretudo quando nos esperam turnos de 12 horas de trabalho”, diz.

Redação

Ciência

Clara Sena, do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, é a única cientista portuguesa a bordo da missão do International Ocean Discovery Program

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Parlamento dos Jovens

A ilha de S. Jorge esteve representa-da por um grupo de Jovens estudantes que chegou cheio de motivação para defender as suas ideias na reunião que teve lugar nas salas de comissão da assembleia da república.

O primeiro foi marcado por uma reu-nião entre os jovens de cada região do país no sentido de agilizar os temas de debate a realizar no dia seguinte. Desta feita, já em plenário na sala do Senado da Assembleia da República.

Este projeto fomentado pela Assem-bleia da República no âmbito da juventu-de não é único. Único é este novo for-mato de juntar todas as regiões para debate e troca de ideias. Otimizando, assim, recursos, ao mesmo tempo que confere aos jovens a oportunidade de experienciar o conceito do debate pro-priamente dito.

Neste segundo dia, 27 de Maio pelas 10h00, assistiu-se à abertura solene do Plenário pelo Vice-Presidente da Assem-bleia da República, o deputado Eduardo Ferro Rodrigues, que explicou a todos os presentes a importância das questões de fundo estruturais que serviram de tema para a elaboração dos trabalhos nestes dois dias de parlamento. Que são as preocupações demográficas, a natali-dade e o envelhecimento.

Num claro discurso de motivação que, apesar de curto, foi muito rico em substância referiu a grande conquista da democracia em Portugal e o dever cívico de participação ativa dos jovens na polí-tica. “A democracia deve ser vivida.”, disse.

Seguiu-se o período de perguntas aos deputados em representação dos grupos parlamentares.

Em jeito de abertura, a primeira per-gunta foi atribuída ao círculo eleitoral dos açores que perguntou ao deputado representante do grupo parlamentar do PSD, pelo seu porta-voz Rui Azevedo da Escola Básica dos 2º e 3º ciclos com secundário de Velas, o seguinte – “Tendo em conta a abstenção registada, nas eleições europeias, acha que os resultados mostram a descrença da população face às atuais políticas?”

De seguida seguiu-se a resposta do deputado do PSD que enalteceu, em primeiro lugar, o trabalho efetuado pelo grupo de jovens açorianos e, responden-do concretamente à pergunta, disse – “O fenómeno abstenção é uma preocupa-

ção política transversal a todas as ban-cadas. Existe uma grande diferença entre o voto em branco e o fenómeno supra citado em si. A abstenção pode ter várias interpretações, mas, que de forma direta prediz a não participação dos cidadãos. Para termos menos abstenção tem de ser feito um trabalho de fundo na sensibilização da importância do voto. Trabalho esse que sinto estar a ser feito com iniciativas como esta.”, concluiu.

Durante a parte da tarde foram apre-sentadas as propostas discutidas no dia anterior, em sede de comissão parla-mentar, nas várias salas de reunião da AR. A região dos Açores e os seus representantes ficaram na 1ª Comissão na Sala 1, liderados pelo porta-voz Rui Azevedo, que, acompanhado por Ale-xandre Ávila, André Nicolau, Tiago Viei-ra, Catarina Vieira, Marta Patrocínio e os restantes elementos, das demais regiões do território nacional, discutiram varia-díssimas propostas com os deputados. Entre as quais descaram-se as medidas que foram apresentadas esta tarde. Pas-so a citar «A Redução do IRC para as empresas que disponibilizem serviços de creche aos seus colaboradores, [medida 1]; A criação de condições favoráveis à natalidade no sentido de proporcionar aos casais um ambiente propício ao bem-estar familiar, facilitando o arrendamen-to habitacional jovem e aumentando a licença de parentalidade para 36 sema-nas, assegurando as regalias laborais, [medida 2]; Obrigatoriedade da introdu-

ção do número de elementos do agrega-do familiar para cálculo de taxas, impos-tos e outras contribuições. Ex: IMI, Tarifa Familiar de Água, entre outras, [medida 3]; Criação de incentivos para as áreas económicas sustentáveis e apoio a investimentos com o objetivo final de promover o desenvolvimento, evitando a litoralização, fomentando a fixação de populações, alterando os índices negati-vos da balança comercial e evitando a emigração, [medida 4]; Fomentar a cria-ção de “Incubadoras de empresas” e conduzir à viabilidade das mesmas, [medida 5] ”.

Houve discussão, houve participação e confraternização. Nestes dois dias, graças às quase 400 escolas que partici-param em todo o país neste projeto, a democracia saiu vencedora. Podia ouvir-se pelos corredores da AR o não à desistência.

À conversa com professor responsá-vel pelo agrupamento de S. Jorge, o Prof. João Silva, da Escola Básica e Secundária de Velas, tivemos a oportu-nidade de oscular a prestação dos nos-sos representantes. Pela voz de um pro-fissional da educação, com muita expe-riência em eventos como este, eviden-ciou o comportamento dos seus discen-tes, como exemplar. Destacou ainda que existe muito trabalho a fazer no sentido de captação do interesse dos jovens para a realidade da sociedade nos dias de hoje.

Por: Fábio Santos

Nos dias de 26 e 27 de maio houve mais açorianos por Lisboa. Mais propria-mente na Assembleia da República. O Jornal o Breves não pode deixar de dizer presente a uma chamada desta natureza.

Democracia Viva EXCLUSIVO - BREVES

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Mais proximidade com associações de pesca permitem "melhorar" decisões para o setor

Pescas

associações de todas as ilhas dos Aço-res.

Questionado pelos jornalistas sobre os prazos de pagamento relativos à primeira venda de pescado em lota, o Secretário Regional destacou o "esforço” da Lotaçor em garantir uma regularidade média de liquidação a 15 dias, nas ven-das superiores a 2.500 euros, uma vez que as restantes são pagas ao dia.

Luís Neto Viveiros salientou que esse esforço deriva do facto de a Lota-çor operar “num mercado que também tem algumas dificuldades”, nomeada-mente porque “vende a operadores que depois colocam o pescado noutros mer-cados, na exportação e no mercado

Luís Neto Viveiros, que falava à margem de uma reunião alargada com a Federação das Pescas dos Açores e representantes de todas as suas organi-zações associadas, em que também participaram a administração da Lotaçor e o Diretor Regional das Pescas, salien-tou que foi avaliado neste encontro “um conjunto grande de questões”, frisando que estes encontros contribuem para “melhorar cada uma delas, em cada uma das ilhas e em cada um dos portos" da Região.

A atividade da pesca em geral, a gestão dos portos , a comercialização do pescado e a fiscalização da pesca foram alguns dos temas debatidos com as

O Secretário Regional dos Recursos Naturais entende que as reuniões mantidas periodicamente com os repre-sentantes do setor das pescas contribuem para “melhorar” decisões e resolver situações “em cada uma das ilhas”.

local, e que também se confrontam com alguma dificuldades nos recebimentos”.

O Secretário Regional, assumindo a existência de uma dívida significativa por parte de operadores que compram pes-cado para o mercado local e externo, de cerca de dois milhões de euros, revelou que se pretende estabelecer com os compradores um plano de regularização que mantenha a sua relação comercial com a Lotaçor nos limites dos 'plafonds' de crédito acordados.

“É esse equilíbrio que se tenta encontrar, entre aquilo que é a venda da Lotaçor e os prazos de pagamento da Lotaçor que também recebe dos seus clientes”, afirmou Luís Neto Viveiros.

No 2.º Ciclo, a equipa da Escola Básica e Integrada Gaspar Frutuo-so venceu com o projeto 'Kit Churrasco', que consiste numa embala-gem reciclada onde estão incluídos todos os produtos necessários à preparação do braseiro para um churrasco, nomeadamente carvão, acendalhas e fósforos.

A equipa da Escola Secundária Manuel de Arriaga conquistou o primeiro lugar relativo ao 3.º Ciclo com o 'ColdKiller', um casaco impermeável e transpirável com aquecimento promovido através de um circuito elétrico recarregável.

Os alunos da Escola Profis-sional da Vila Franca do Campo foram os vencedores do ensino secundário/ profissional com o projeto 'Hortafácil', uma máquina manual multifunções que permite realizar quase todas as tarefas agrícolas que não impliquem motorização.

Os detentores dos primeiros lugares, do 3º ciclo e ensino secundário/profissional, foram premiados com uma missão de empreendedorismo a Lisboa, onde terão a oportunidade de conhecer incubadoras de empresas, contatar com empreen-dedores de sucesso e visitar a Gesentrepreneur, uma empresa

especializada em formação em empreendedorismo, além de usufruirem de um programa social e cultural adaptado aos seus interesses.

O concurso regional 'IdeiAçores' realiza-se no âmbito do Programa Educação Empreendedora - O Caminho do Sucesso, um projeto do Governo dos Açores, através das direções regionais da Juventude e Educação e da Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores (SDEA), em parceria com o Centro de Empreendedorismo da Universidade dos Açores. Este programa visa despertar e incentivar nos professores e nos alunos dos Açores o potencial empreendedor e a possibilidade de poder controlar o seu futuro, permi-tindo, a longo prazo, criar o seu próprio emprego e contribuir simulta-neamente para a política ativa de emprego e para a criação de riqueza na Região.

IV Concurso Regional 'IdeiAçores'

35 escolas da região participaram

O IV Concurso Regional IdeiAçores contou com a participação de 35 escolas do arquipélago, que apresentaram as ideias de negócios oriundas de equipas do 2.º e do 3.º ciclo e do ensino secundário/profissional, das quais três foram eleitas vencedo-ras por um júri especializado.

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Política

www.obreves.pt

O deputado do PCP-Açores, Aní-bal Pires, desdobrou-se em vários contactos, de uma ponta à outra da ilha.

O parlamentar reuniu com os Presidentes de Câmara das velas e Calheta. Neste âmbito, Aníbal Pires, defende que – “No contexto atual o investimento público assume uma importância central, enquanto única via para dinamizar a atividade eco-nómica local e combater uma reces-são esmagadora, fruto de políticas nacionais e regionais erradas. Assim, as dificuldades financeiras dos municípios de São Jorge levan-tam profundas preocupações, já que, futuras limitações à sua capaci-dade de investimento resultarão, necessariamente, num agravamento da situação económica da ilha e das condições de vida dos jorgenses.” Diz ainda o parlamentar que – “É necessário que o Governo Regional reforce a cooperação com estes municípios, auxiliando-os a fazer face às suas dívidas, nas quais está também, de forma direta ou indireta, em muitos casos, implicado.”

O deputado do Partido Comunis-ta Português, na Assembleia Regio-nal, alerta ainda para o esvaziamen-to do espaço rural culpabilizando, mais uma vez, as políticas desenvol-vidas pelo Governo dos Açores. Aní-bal Pires refere que este é um – “Fenómeno agravado pelas políticas regionais erradas, pela concentra-ção da ativiadde transformadora, encerramento e concentração dos serviços públicos das freguesias, concentrando-os nas vilas e em par-ticular nas Velas, por razões que são meramente economicistas. (…), assim, sucedeu com as cooperativas de lacticínios e muitas escolas bási-cas, num processo que ameaça con-tinuar, nomeadamente com o encer-ramento das escolas do 1.º ciclo do ensino básico da Calheta e Ribeira Seca, aquando da construção do novo edifício da Escola Básica e Secundária da Calheta.” - disse

O ensino profissional também não fica de fora das preocupações do deputado de esquerda. Neste

setor o deputado refere que – “A sustentabilidade e, mesmo, a sobre-vivência da Escola Profissional da Ilha de São Jorge (EPISJ), está a ser posta em causa pela limitação brutal, imposta pelo Governo Regio-nal, ao número de cursos (e conse-quentemente ao número de alunos), que a EPISJ pode oferecer.” – diz ainda o parlamentar – “O governo Regional impede a EPISJ de abrir cursos, para os ir criar no seio da Escola Básica e Secundária das Velas, com custos mais baixos e regras mais flexíveis, em concorrên-cia direta e desleal com uma institui-ção que foi criada com o estímulo do próprio governo.”

Em relação à EPISJ, Aníbal Pires realça ainda a importância que a instituição tem para a economia da ilha. Entende que é um factor chave para fixar população e alerta para as dificuldades que a EPISJ atravessa que, de resto, são conhecidas por todos.

O deputado, em conclusão da sua visita, fala também do NÃO que

a banca persiste em dar aos pedidos de reestruturação de dívidas, pedi-dos pelas instituições, o que conti-nuará a levar muitos casos à insol-vência.

“O setor financeiro continua, assim, a embolsar milhões de euros da riqueza produzida pelos jorgen-ses, dinheiro que, reinvestido na ilha, garantiria com certeza um nível de desenvolvimento económico mui-to diferente.”, diz Aníbal Pires.

O elevado custo da eletricidade nos Açores é outra das preocupa-ções do PCP.

“Os Açores, uma das regiões mais pobres do País, têm de pagar a eletricidade mais cara do País!”, a admiração do deputado regional que adianta ainda – “É inadmissível que a EDA vá distribuir três milhões e meio de euros (3,5M€) em dividen-dos, resultantes do ano transato (2013). Um ano em que foram impostos sacrifícios ainda mais pesados a todos os açorianos!”, con-clui Aníbal Pires.

De realçar ainda que foi o PCP que propôs no ano passado, no Par-lamento dos Açores, a redução de 10% do custo da eletricidade para empresas e famílias. Proposta que foi rejeitada pelo PS, PSD e CDS-PP.

Terminada a sua visita parlamen-tar a São Jorge, o deputado garante levar estas e outras preocupações à casa da democracia açoriana, Assembleia Legislativa Regional dos Açores.

José Fernando Bettencourt

São Jorge sofre efeitos da recessão

Representação Parlamentar do PCP veio a S. Jorge

Concluída uma visita de três dias à ilha de São Jorge, depois de inúmeros contactos com a população e forças vivas da ilha, Aníbal Pires, deputado do PCP no Parla-mento dos Açores (PA), con-clui – “A ilha de São Jorge continua a sofrer, agudamen-te, os efeitos de uma recessão económica.” Adianta ainda o parlamentar que são – “O desemprego e empobrecimen-to que afetam, de forma muito mais brutal, as ilhas de menor dimensão do nosso arquipéla-go.”

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O PSD/Açores defende a neces-sidade do governo regional proceder a uma intervenção “estruturada” no sector cooperativo de São Jorge tendo em conta “a situação de gran-des dificuldades que estão a ser sentidas na ilha”.

Segundo o deputado social democrata António Pedroso, que falava à comunicação social no final das jornadas parlamentares do PSD/Açores, “é preciso ter em conta que mais de 700 famílias dependem diretamente do sector cooperativo pelo que a situação atual está a pro-vocar grandes dificuldades a essas

Governo deve agir para ajudar sector cooperativo de São Jorge

Política

famílias e, em paralelo, às empresas locais e a todos quantos dependem indiretamente desta atividade”.

Para o deputado do PSD/Açores, eleito pela ilha de São Jorge, “o governo regional tem de abandonar a postura de distância em que se tem encontrado neste assunto para se envolver mais profundamente”.

“Se é verdade que o PSD/Açores também entende que não pode ser apenas atirado dinheiro ao proble-ma, julgamos que o governo tem de agir, acompanhando depois a ges-tão das cooperativas, exigindo resul-tados e fiscalizando devidamente

para que não se repitam os erros cometidos no passado”.

O que tem acontecido, afirmou, “é que o governo regional se tem limitado a emitir cartas de conforto para que as cooperativas possam aceder a crédito bancário. O que se verifica é que esta situação não aju-da a resolver o problema e acaba até por agravar a situação com o aumento do passivo das cooperati-vas, que já ronda os 15 milhões de euros”.

António Pedroso reafirmou ainda a posição dos sociais democratas açorianos de que deve existir, “em todas as ilhas sem hospital um labo-ratório de análises clínicas em fun-cionamento permanente”. “

“A ilha de São Jorge debate-se atualmente com muitos problemas, quer no sector primário, quer ao nível empresarial e social”. “Estes problemas só se combatem com uma postura mais ativa do governo regional, analisando e encontrando soluções, em parceria com os jor-genses para que esses problemas possam ser resolvidos”.

Em Jornadas Parlamentares, na ilha de S. Jorge, o PSD/Açores defende

Grupo parlamentar do PSD defende injeção de capital

no setor Cooperativo da ilha de S. Jorge mas, com

controlo.

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O PSD/Açores pediu explicações ao Secretário Regional da Educação sobre as dispensas dos professo-res classificadores das Provas Finais de Português e Matemática, realizadas recentemente pelos alunos do 4º e 6º anos de escolaridade: "Ao contrário do que foi feito em todo o território nacional, a dispensa não foi, estra-nhamente, dada durante o processo de classificação dos alunos", disse a deputada Judite Parreira.

"Pela mão da Diretora Regional da Educação, a tutela dispensou os professores, não por dois dias como no resto do país, mas por quatro dias, mas para serem gozados após o términus das atividades letivas, de acor-do com um agendamento feito pelo órgão de gestão, no âmbito da autonomia das escolas", explicou a social-democrata.

"Não se compreende esta opção, até porque as pro-vas terão a sua classificação a decorrer até 6 de junho, enquanto as aulas vão terminar no dia 13. Ou seja, os professores serão dispensados, é certo que em mais tempo, mas já depois da altura em que necessitam de um período para trabalho extra", avançou Judite Parreira

"Trata-se, afinal, de um trabalho complementar, minu-cioso e exigente, que será uma sobrecarga de trabalho para os professores. Além de que coincide com o período de avaliação dos seus próprios alunos. Assim, o governo regional parece estar apenas a dar uma espécie de com-pensação por um trabalho realizado", lamenta a deputa-da do PSD/Açores.

Para Judite Parreira, "é indispensável que o senhor secretário da tutela se pronuncie publicamente sobre a razão lógica desta medida, que sobrecarrega os profes-sores classificadores, não lhes disponibilizando mais tempo para se dedicarem a uma tarefa tão minuciosa, e colocando-os numa situação de desvantagem em relação aos seus colegas do continente, mesmo se receberam um número inferior de provas, cada um, para classificar", concluiu.

PSD/Açores quer explicações sobre

dispensas de professo-res nas provas finais de Português e Matemática

Política

“O mesmo PSD que no passado acusou o Governo dos Açores e o Partido Socialista de não terem solução para os proble-mas do setor cooperativo de São Jorge, é o mesmo que uns dias diz que não conhece a realidade, nem a dimensão do problema, noutros dias diz que a solução é a injeção de capital e, ainda nou-tros dias, diz que a solução não passa simplesmente por atirar dinheiro aos problemas, temos de acompanhar a gestão”, acusa André Rodrigues.

Para o deputado socialista jorgense, isto “só pode ter um significado: é que quem não acompanha devidamente esta ativida-de de extrema importância para São Jorge é o PSD/Açores e não o Partido Socialista”.

O PS sempre defendeu uma solução de proximidade e um apoio constante, que se traduz no protocolo assinado entre cooperativas e governo, permitindo maior rigor e apoio à gestão, promovendo de igual modo a sua sustentabilidade e viabilidade, sempre na continua procura de soluções para os desafios com que o setor se confronta”, não se limitando a “passar cheques em bran-co”.

“O Governo dos Açores, suportado pelo Partido Socialista, continua a promover a sustentabilidade do setor cooperativo, envol-vendo produtores e cooperativas, de modo a que o produto de excelência, o Queijo São Jorge, transfira valor para a economia da nossa ilha - às empresas, aos trabalhadores, aos produtores e às famílias jorgenses, induzindo impactos sociais positivos”, assegu-rou André Rodrigues. O deputado socialista lamentou que o “PSD Açores se tenha acomodado a passar umas jornadas parlamentares a diag-nosticar problemas e que desse momento não tenham resultado quaisquer soluções viáveis e construtivas”.

André Rodrigues lamentou ainda que o PSD Açores esco-lha “ignorar o apoio que o Governo do Açores tem vindo a prestar à escola profissional de São Jorge, a única sediada em ilhas da coe-são”, numa tentativa de “fazer esquecer os problemas criados durante a gestão do PSD na Câmara Municipal de Velas”.

“O PSD critica o Governo dos Açores por abrir poucos cursos nas escolas profissionais, optando por esquecer que os seus financiamentos derivam do Fundo Social Europeu, que devido à crise social que assola o país e a região, foram esgotados na promoção de emprego e em medidas de apoio às famílias e às empresas, o que reduziu as verbas comunitárias disponíveis para o ensino privado profissional. Este PSD que critica nos Açores, é o mesmo PSD que corta a direito no Governo da República”, salien-tou André Rodrigues.

O deputado socialista vê no “reforço de 100 milhões de euros do Fundo Social Europeu, no Plano Operacional de 2014-2020” uma “oportunidade de dinamizar e viabilizar as escolas pro-fissionais, com a possibilidade de poder abrir mais cursos com rele-vância para o mercado de trabalho regional”.

“Seria de esperar que o maior partido da oposição nos Açores manifestasse a seriedade de não criticar só por criticar e apresentasse soluções e caminhos alternativos, que não se resu-mam a capitalizar eventuais situações de descontentamento”, con-cluiu André Rodrigues.

“PSD limita-se a apontar

problemas e nunca

apresenta soluções”, acusa

André Rodrigues

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CARTÓRIO NOTARIAL DE VELAS

JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL

8 O BREVES - 2 de junho de 2014

Certifico para fins de publicação que, por escritura de dezanove de Maio de dois mil e catorze, lavrada a folhas setenta e três e seguintes do livro de notas para escrituras diversas número quatrocentos e três – B deste Cartório, foi feita uma escritura de justificação em que foi justificante MANUEL SOARES SILVESTRE, casado com MARIA CARMELO DE MORAIS SILVA SOARES, segundo o regime da comunhão de adquiri-dos, natural da freguesia de Norte Grande (Neves), deste concelho, onde reside habitualmente na Rua Dr. João Soares de Albergaria, número 10, desta vila e freguesia de Velas (S. Jorge), contribuinte fiscal 120.954.583, o qual declarou que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, dos dezasseis pré-dios que a seguir se indicam, todos situados na freguesia de Norte Grande (Neves), deste concelho: ------------------------------------------------------ UM – Prédio urbano, composto de casa alta telhada, destinada a habita-ção, com a área de sessenta e oito metros quadrados, e quintal, com a área de cento e setenta metros qua-drados, sito no lugar de Outeirão, a confrontar do Norte com Manuel Joaquim Silvestre e outro, do Sul com Manuel Joaquim da Silveira, do Nascente com estrada e do Poente com grutão, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 126, em nome do justificante marido, com o valor patrimonial tributário de 7.990,00 €, omisso no Registo Predial. ---------------------------------------------------------------------------------- DOIS – Prédio urbano, com-posto de casa de rés-do-chão, destinada a arrecadações e arrumos, com a área de onze metros quadrados, sito na povoação de Norte Grande (Neves), a confrontar do Norte com José Dias Regalo, do Sul e do poente com Manuel Joaquim Silvestre e do Nascente com estrada, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 483, em nome do justificante marido, com o valor patrimonial tributário de 640,00 €, omisso no Registo Predial. ---------------------------------------------------------------------------------- TRÊS – Prédio rústico, composto de terra e charneca, com a área de setecentos e vinte e seis metros quadrados, sito no lugar de Vale do Lameiro, a confrontar do Norte com João de Sousa da Silveira, do Sul com Miguel Almada, do Nascente com Francisco Bettencourt da Silveira e do Poente com João Pedroso de Matos, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1.662, em nome do justificante marido, com o valor patrimonial tributário, para efeitos de I.M.T. e de Selo, de 88,42 €, omisso no Registo Predial. ------------------------------------------------------------------------------------------------- QUATRO – Prédio rústico, composto de terra, com a área de seiscentos e cinco metros quadrados, sito no lugar de Covão, a confrontar do Norte, Nascente e Poente com servidão e do Sul com Josefa Joaquina, ins-crito na respectiva matriz sob o artigo 1.818, em nome do justificante marido, com o valor patrimonial tributá-rio, para efeitos de I.M.T. e de Selo, de 105,66 €, omisso no Registo Predial. ------------------------------------------------------ CINCO – Prédio rústico, composto de terra, com a área de cento e vinte e um metros quadrados, sito no lugar de Covão, a confrontar do Norte com Josefa Joaquina, do Sul com Veríssimo José, do Nascen-te com José Sousa Lopes e do Poente com Bárbara Lopes, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1.821, em nome do justificante marido, com o valor patrimonial tributário, para efeitos de I.M.T. e de Selo, de 22,11 €, omisso no Registo Predial. ------------------------------------------------------------------------------------------------- SEIS – Prédio rústico, composto de terra, com a área de duzentos e quarenta e dois metros quadrados, sito no lugar de Covão, a confrontar do Norte com José Sousa Lopes e outros, do Sul com Manuel Sousa Luís, do Nascente com servidão e do Poente com herdeiros de Manuel de Sousa Lopes, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1.822, em nome do justificante marido, com o valor patrimonial tributário, para efeitos de I.M.T. e de Selo, de 35,37 €, omisso no Registo Predial. ----------------------------------------- SETE – Prédio rústico, com-posto de terra e charneca, com a área de dois mil novecentos e quatro metros quadrados, sito no lugar de Rochão, a confrontar do Norte e do Poente com servidão, do Sul com Manuel Joaquim Teixeira e do Nas-cente com Manuel Azevedo Oliveira, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1.838, em nome do justificante marido, com o valor patrimonial tributário, para efeitos de I.M.T. e de Selo, de 233,87 €, omisso no Registo Predial. ------------------------------------------------------ OITO – Prédio rústico, composto de terra e charneca, com a área de mil novecentos e trinta e seis metros quadrados, sito no lugar de Fonte Santa, a confrontar do Nor-te com borda da rocha, do Sul com servidão, do Nascente com grutão e do Poente com Manuel Azevedo Oliveira, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1.877, em nome do justificante marido, com o valor patri-monial tributário, para efeitos de I.M.T. e de Selo, de 290,90 €, omisso no Registo Predial. ---------------------------------------------------------- NOVE – Prédio rústico, composto de rocha, com a área de trinta e oito metros quadrados, sito no lugar de Quebrada, a confrontar do Norte com José Bettencourt Silveira Ávila, do Sul e do Nascente com Josefa Joaquina e do Poente com Manuel Luís, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3.283, em nome do justificante marido, com o valor patrimonial tributário, para efeitos de I.M.T. e de Selo, de 4,42 €, omisso no Registo Predial. ------------------------------------------------------------------------------------------------- DEZ – Prédio rústico, composto de rocha, com a área de quatrocentos e oitenta e quatro metros quadrados, sito no lugar de Abelheira, a confrontar do Norte com Manuel Teixeira Bettencourt Azevedo, do Sul e do Poente com Manuel Bernardo Azevedo e do Nascente com António Vieira de Sousa Bettencourt, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3.859, em nome do justificante marido, com o valor patrimonial tributário, para

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efeitos de I.M.T. e de Selo, de 53,05 €, omisso no Registo Predial. ---------------------------------------------------------------------------------- ONZE – Prédio rústico, composto de rocha, com a área de mil duzentos e dez metros quadrados, sito no lugar de Abelheira, a confrontar do Norte com José Teodoro Bettencourt e outros, do Sul com Mariano Rosa, do Nascente com Manuel Sousa Machado e do Poente com António Azevedo de Sousa e outros, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3.866, em nome do justificante marido, com o valor patri-monial tributário, para efeitos de I.M.T. e de Selo, de 158,71 €, omisso no Registo Predial. ----------- DOZE – Prédio rústico, composto de rocha, com a área de mil quatrocentos e cinquenta e dois metros quadrados, sito no lugar de Abelheira, a confrontar do Norte com António Vieira Sousa, do Sul com José Sousa Azeve-do, do Nascente com Joaquim Matos da Silveira e do Poente com Manuel Bernardo Azevedo, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3.867, em nome do justificante marido, com o valor patrimonial tributário, para efeitos de I.M.T. e de Selo, de 30,95 €, omisso no Registo Predial. ------------------------------------------------------------------------------------------------- TREZE – Prédio rústico, composto de rocha, com a área de cento e vinte e um metros quadrados, sito no lugar de Fajã de Isabel Pereira, a confrontar do Norte com Teresa, filha de João José de Borba, do Sul com António Inácio Almada, do Nascente com Jorge Inácio Azevedo e do Poen-te com herdeiros de Manuel de Sousa Machado Filipe, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3.965, em nome do justificante marido, com o valor patrimonial tributário, para efeitos de I.M.T. e de Selo, de 4,42 €, omisso no Registo Predial. ------------------------------------------------------------------------ CATORZE – Prédio rústi-co, composto de terra, com a área de vinte e nove metros quadrados, sito no lugar de Fajã de Isabel Pereira, a confrontar do Norte com Manuel Azevedo Bettencourt, do Sul com herdeiros de Manuel Sousa Machado Filipe, do Nascente com herdeiros de Teresa de Jesus e do Poente com herdeiros de Manuel Sousa Pereira, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 4.000, em nome do justificante marido, com o valor patrimonial tri-butário, para efeitos de I.M.T. e de Selo, de 4,42 €, omisso no Registo Predial. --------------------------------------------------------- QUINZE – Prédio rústico, composto de terra, com a área de vinte e nove metros quadrados, sito no lugar de Fajã de Isabel Pereira, a confrontar do Norte com calhau, do Sul com servidão, do Nascente com Manuel António Machado Braz e do Poente com João Inácio Bettencourt, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 5.882, em nome do justificante marido, com o valor patrimonial tributário, para efeitos de I.M.T. e de Selo, de 4,42 €, omisso no Registo Predial. --------------------------------------------------------- DEZASSEIS – Prédio rústico, composto de vinha, com a área de cento e cinquenta e três metros quadrados, sito no lugar de Vigia, a confrontar do Norte com herdeiros de João Teixeira de Sousa, do Sul com servidão, do Nascente com caminho e do Poente com José Silva, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 6.202, em nome do justi-ficante marido, com o valor patrimonial tributário, para efeitos de I.M.T. e de Selo, de 21,55 €, omisso no Registo Predial. -------------------------------------------------------------------- Que ele, justificante, possui em nome próprio os referidos prédios, desde Junho do ano de mil novecentos e noventa e três, em virtude de os mes-mos lhe terem sido legados por seu pai António Joaquim Silvestre, por testamento elaborado no Canadá, país onde este teve a sua última residência habitual, que não tem os requisitos mínimos para ter validade em Portugal, pelo que não dispõe de qualquer título válido para os registar na Conservatória. ------------------------------------------------------------------------------------ Que, no entanto, desde aquele ano, entrou na posse dos mesmos, sem interrupções, na plena convicção de estar a exercer um direito próprio, agindo sempre por for-ma correspondente ao exercício do direito de propriedade plena, aproveitando todas as suas utilidades, usu-fruindo-os, limpando-os, fazendo da casa identificada sob o número um, primeiramente, a sua casa de mora-da de família e, mais tarde, a sua habitação secundária, nela recebendo correspondência e seus familiares e amigos e fazendo da casa identificada sob o número dois a garagem dos seus veículos automóveis, desbas-tando os prédios rústicos, cultivando-os e colhendo os respectivos frutos, suportando os encargos de todos os identificados prédios, nomeadamente pagando os respectivos impostos, à vista de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja, posse esta que assim exerceu sobre tais prédios até hoje, de modo contí-nuo, pacífica, publicamente e de boa fé, pelo que se afirma titular do direito de propriedade plena, invocando como causa de aquisição a usucapião. --------------- Que, atendendo ao modo como adquiriu os aludidos pré-dios, considera tais imóveis como bens próprios seus, com o consentimento e acordo de sua referida mulher. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Está conforme. Velas, 19 de Maio de 2014.

A Notária,

Sandra Cristina Pereira Oliveira Campos da Rocha Fontes

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O projeto Comenius, com o nome Our History: Our Pride and Strength, decorre desde 2012 e tem como objetivo principal a troca de experiências que vem enri-quecer alunos e professores das escolas de todos os países envolvidos.

Neste caso, as diversas comitivas, levaram aos paí-ses que visitaram a sua cultura, gastronomia, visitaram e divulgaram locais históricos do seu país, as danças tradi-cionais e as festas populares, bem como, as datas em que se realizam.

Fazer com que os alunos melhorassem a pratica da língua inglesa foi outro dos fatores que marcaram este projeto que teve a duração de dois anos.

Depois da EBS/Velas ter visitado as escolas dos paí-ses, acima referidos, o projeto terminou no fim da passa-da semana com a escola das Velas a receber alunos e professores da Polónia, Turquia e Reino Unido.

Our History: Our Pride and Strength

Educação

Este é o nome do projeto que permitiu o intercâmbio entre alunos e professores da Escola Básica e Secundária das Velas (EBS/Velas) e escolas da Turquia, Polónia e Reino Unido.

A junta de freguesia, com o apoio da Câmara Munici-

pal das Velas e outras entidades da freguesia, procedeu

a diversas remodelações nas zonas balneares e locais

turísticos da freguesia.

A piscina foi alindada com gravuras emblemáticas da

freguesia e o parque de campismo também sofreu algu-

mas remodelações, já visíveis.

Todas as restantes zonas balneares da freguesia

foram alvo de reparação para receber os muitos banhis-

tas que procuram a Urzelina durante a época Balnear.

Decorrem, nesta altura, obras de remodelação no

caminho que liga o porto aos portinhos, uma zona turísti-

ca por excelência.

Veja a reportagem em www.obreves.pt

Nova dinâmica turística - Alindamento de locais turísticos - Reparação de zonas balneares - Tudo preparado para o verão

Na freguesia da Urzelina é notável a nova dinâmica no que respeita a

zonas balneares e turísticas.

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Opinião

Não é fácil escrever esta crónica quando os dedos se recusam a teclar e a voz embarga.

Tive, do meu ponto de vista, o melhor pai que alguém poderá alguma vez ter na vida. Morreu sexta-feira passa-da, 23 de maio de 2014, aos seus provetos 85 anos de idade, após debater-se, firme e corajosamente, contra uma doença que teimou em levá-lo para lá do mundo.

Chamava-se João Gago da Câmara. Dele herdei o nome com o mais incontido orgulho.

Foi presidente da Câmara Municipal de Ponta Delga-da e iniciador da Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores, foi delegado de turismo de São Miguel, fundou o Lyons Clube de São Miguel, foi Cônsul do Panamá, da França e da Suécia, pôs-se à frente da grande manifestação da lavoura que levaria ao derrube do governador civil dos Açores e à instauração da Auto-nomia Constitucional, atitude que lhe valeu ser preso político do regime comunista de então, iniciou os cursos de preparação matrimonial nos Açores ajudando muitos jovens e usou o desempenho de todos estas funções sobretudo a favor do bem comum. Aos fins de semana, calcorreava montes, vales e matos de espingarda às cos-tas, pois a caça era a sua veneração. Não era pessoa de vaidades e de penachos – o cargo era para servir os outros, nunca a si próprio, e os partidos políticos tinham o valor que cada um lhes queria dar, considerando-os ele tão só a ponte para chegar ao que mais amava, o povo da sua terra. João Gago da Câmara não vacilava quando se tratava de optar entre a humildade e a arrogância, entre a vaidade e a modéstia, entre a justiça e a iniquida-de, entre a solidariedade e o afastamento, entre a fraternidade e a contenda, entre a coragem e o temor. “Ajuda sempre os outros”, tantas vezes me disse, adivi-nhando-se-lhe nesses momentos, naquela cara segura e dura – só predicado dos fortes - a convicção dos verda-deiros.

A família, antes de costas voltadas por força dos afa-zeres da vida, foi no fundo a sua missão, pois desacomo-dava-se na desunião. Foi preciso a morte trazer-nos, a filhos e netos, um sopro do patriarca, que todos nós fami-liares sentimos, indiferenciadamente, e que nos fez cair em nós e abraçarmo-nos e beijarmo-nos efusivamente. E foi entre prantos vindos dos mais profundos territórios da dor que todos decidimos nunca mais darmos caminho ao afastamento e nos reunirmos bastas vezes, por nós, mas sobretudo por ele. Como é possível a morte fazer-se vida e trazer-nos o calor intenso dessa paz inigualável que nos invade a alma e nos indica o caminho? Embora antes cético face ao outro lado da vida, afirmo hoje, com o mais autêntico convencimento, que só pôde ter sido ele (“Ajuda sempre os outros”) entre nós.

Durante a Idade Média, a Igreja Católica estabeleceu a chamada Inquisição, um tribunal eclesiástico que julgava e punia os hereges (ou, pelo menos, assim começou, porque, depois, desataram a julgar quem ameaçava o poder eclesiás-tico fosse de que maneira fosse).

Aqueles que se apresentavam perante o esse tribunal, depois de muito massacrados e torturados, deveriam usar uma túnica com o formato de um poncho e um chapéu longo e pontiagudo, isto é, a carapuça. A partir daí surgiu a expres-são “vestir a carapuça”, usada para designar o ato de assumir a culpa.

Quantas e quantas vezes nós, no dia-a-dia, utilizamos essa expressão? Até usamos aquela: “se a carapuça lhe ser-ve…”

Remetamo-nos para a actualidade e para nos referirmos a algo estranho, no mínimo!

Eleições Europeias, que, por si só, já são alvo de um manifesto desinteresse nacional a nível de eleitores, tem menos votos do que as Legislativas e Presidenciais (bastantes menos, diga-se de passagem), quem as marca? Ou seja, quem decide em que dia se processa o acto de votar para as eleições europeias?

Andei a pesquisar na internet, e li que o Presidente da República recebeu os representantes dos partidos com assento parlamentar para marcar a referida data. Mas essa escolha é relativa, uma vez que o Parlamento Europeu (PE) aprovou a 21 de maio de 2013 as datas da realização das próximas eleições europeias para entre 22 e 25 de maio des-te ano nos vários Estados-membros.

E o que os representantes decidem? Dia 25 de Maio, pois claro! Talvez por ser um domingo?... Mas, esperem…. As festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres é já internacional-mente conhecida, o Papa João Paulo II esteve cá por essa data, celebrou uma missa e tudo connosco. E os políticos escolhem precisamente esse domingo para Portugal ir a votos para as europeias? Mas dia 24 foi sábado! Não servia para votarmos? Ou querem fazer-me crer que o povo de São Miguel, já de si muito absentista nestas coisas de eleições (como todo o resto do país), ia no domingo de Santo Cristo às urnas para votar?

Agora pergunto: e se o dia 13 de Maio calha num domin-go, as eleições marcadas para entre 10 e 13 de Maio, vão marcar para dia 13? Não acredito! Nem essas eleições, nem nenhumas outras em Portugal serão jamais marcadas para esse dia!

Então, para quê no dia 25, domingo da procissão e dia mais forte, mais populoso e para ser passado o dia inteirinho fora de casa, nas festas, em Ponta Delgada?

Quem ganhou? O PS! E quem ficou em segundo? Aliança Portugal (uma coligação PSD-CDS)… diferença? Uns meros votos que colocam apenas um deputado de diferença… e se em São Miguel não se tivesse verificado uma abstenção de 82,7%? No total, apenas votaram na ilha de São Miguel 17,22% dos eleitores e, dos que votaram, 5,76% apresentaram o seu voto em branco.

Que maravilha! E querem fazer-me crer que não houve aqui uma “dança de cintura”? Uma orgânica entre os representantes para que as eleições fossem neste dia, sabendo que em São Miguel iria ser registada uma abstenção tão elevada?

Por favor, vistam a carapuça meus senhores!!!!

VESTIR A CARAPUÇA

Por: Alexandra Farrica

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As palavras do João – A ti, pai

“Ajuda sempre os outros”, tantas vezes me disse, adivinhando-se-lhe nesses momentos, naquela cara segura e dura – só predicado dos fortes - a convic-ção dos verdadeiros.

Por:

João Gago da Câmara

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AQUI TAMBÉM MORA GENTE – Caminho de Baixo, lugar do Toledo, fregue-sia de Santo Amaro, no concelho das Velas. Estas “crateras vulcânicas” estão num caminho onde tem cerca de uma dezena de habitações. Alerta-se o Municí-pio das Velas e a Junta de Freguesia de Santo Amaro para colocarem este assun-to na agenda. Trata-se apenas de “tapar os buracos”, não algo muito “dispendioso”. Os que moram por aqui agradecem.

OLHO NÚ Por: Mark Marques

As boas companhias … Durante

as festas as pessoas de onde quer

que venham comem e bebem gratui-

tamente com qualidade. É a sopa,

são as carnes, o biscoito o queijo da

ilha, o papo-seco, o vinho de cheiro,

entre outras iguarias. As gentes

fazem muito gosto em puder distri-

buir a todas e quaisquer pessoas

que apanhem pela frente, um peda-

ço de qualquer coisa. Enquanto isto,

ao invés desta degustação de quali-

dade oferecida pelos conjuntos de

pessoas com enorme coração, movi-

das pela fé e responsabilidade

social. As más companhias … que

recebem em média por passageiro,

cento e muitos euros e em troca dão

-nos uma bucha embalada em plás-

tico rançoso com uma fatia de fiam-

bre já verde da congelação com cer-

ca de 5 cm de grossura e água de

café. Estas fazem promoções quan-

do não queremos e sobem-nos os

preços quando precisamos. Vai uma

sopinha?

Ontem em conversa um amigo

disse-me que recebera uma chama-

da nesse mesmo dia do hospital, a

confirmar um exame (TAC) marcado

há sensivelmente 2 anos. Ao ouvir

fiquei tão surpreendido como a

senhora que fizera a chamada. Eu

pensei em voz alta, “Tanto tempo,

por acaso ainda não morreste”! A

senhora pensou que ao fazer tal

chamada falaria com a viúva.

«há-de se amanhar».

Fecho de Edição

Por: Fábio Santos

Preço máximo de venda dos combustíveis atualizado nos

Açores

facebook.com/jornal.obreves

As recentes alterações das cotações de refe-

rência dos produtos petrolíferos, registadas nos mercados internacionais, vão levar a uma atuali-zação do preço máximo de venda dos combustí-veis na Região Autónoma dos Açores.

Esta atualização consiste na subida em um cêntimo por litro no preço máximo das gasolinas sem chumbo de 95 e 98 octanas e na descida em um cêntimo por quilo no preço máximo do fuelóleo industrial.

A gasolina sem chumbo de 95 octanas passa a custar 1,46 euros por litro e a de 98 octanas passa a ter o preço de 1,53 euros.

O fuelóleo industrial passa a custar 62 cêntimos por quilo. Os novos preços entraram em vigor às 00h00 de domingo.