Jornal O Breves

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O Breves Diretor: Carlos Alberto Pires - Ano 3 - Nº 88 - 29 de setembro de 2014 - Semanário - € 1,00 XS pág. 4 pág. 5 pág. 8 Pág. 4 Págs. 2 e 3 REDBIOS em São Jorge Região sem Navios Novos A Atlânticoline anulou o concurso internacio- nal para a construção de dois navios para transporte de passageiros, após análise das candidaturas apresentadas. Promoção Sucesso Escolar O SREC está a recolher contributos, junto da classe docente, com vista à elaboração do Plano de Promoção do Sucesso Escolar. Reforma da política na região Duarte Freitas assegura que o PSD tem “todas as condições para servir melhor os açorianos do que aquilo que tem sido feito até agora”. 40 Anos na Região 40 Anos na Região www.obreves.pt Em dia de aniversário o CDS Em dia de aniversário o CDS Em dia de aniversário o CDS-PP Açores homenageou antigos PP Açores homenageou antigos PP Açores homenageou antigos presidentes e militantes da primeira hora na região. presidentes e militantes da primeira hora na região. presidentes e militantes da primeira hora na região. O SRAA destacou a divulgação e a promo- O SRAA destacou a divulgação e a promo- O SRAA destacou a divulgação e a promo- ção de produtos originários das ilhas ção de produtos originários das ilhas ção de produtos originários das ilhas Reserva da Biosfera através das mostras Reserva da Biosfera através das mostras Reserva da Biosfera através das mostras que têm sido realizadas. que têm sido realizadas. que têm sido realizadas.

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Edição 88 publicada a 29 de setembro de 2014

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O B r e v e s Diretor: Carlos Alberto Pires - Ano 3 - Nº 88 - 29 de setembro de 2014 - Semanário - € 1,00

XS

pág. 4

pág. 5

pág. 8

Pág. 4

Págs. 2 e 3

REDBIOS em São Jorge Região sem Navios Novos A Atlânticoline anulou o concurso internacio-nal para a construção de dois navios para transporte de passageiros, após análise das candidaturas apresentadas.

Promoção Sucesso Escolar O SREC está a recolher contributos, junto da classe docente, com vista à elaboração do Plano de Promoção do Sucesso Escolar.

Reforma da política na região Duarte Freitas assegura que o PSD tem “todas as condições para servir melhor os açorianos do que aquilo que tem sido feito até agora”.

40 Anos na Região40 Anos na Região

www.obreves.pt

Em dia de aniversário o CDSEm dia de aniversário o CDSEm dia de aniversário o CDS---PP Açores homenageou antigos PP Açores homenageou antigos PP Açores homenageou antigos

presidentes e militantes da primeira hora na região.presidentes e militantes da primeira hora na região.presidentes e militantes da primeira hora na região.

O SRAA destacou a divulgação e a promo-O SRAA destacou a divulgação e a promo-O SRAA destacou a divulgação e a promo-ção de produtos originários das ilhas ção de produtos originários das ilhas ção de produtos originários das ilhas Reserva da Biosfera através das mostras Reserva da Biosfera através das mostras Reserva da Biosfera através das mostras que têm sido realizadas.que têm sido realizadas.que têm sido realizadas.

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2 O BREVES - 29 de setembro de 2014

Momentos do 40º Aniversário

Reportagem em obreves.pt MEO Kanal 118827

@cds-pp

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REGIONAL

O BREVES - 29 de setembro de 2014 3

CDS-PP homenageia antigos presidentes

e militantes da primeira hora

40 anos nos Açores

Nas comemorações do CDS-PP na região, Artur Lima, consi-derou que “ao longo destes 40 anos fizeram-se progressos inegáveis que proporcionaram melhores condições e qualidade de vida aos Açorianos”, mas registou que “a Autonomia, os poderes que ela nos confere – e que são cada vez mais, fruto das sucessivas alterações constitucionais e estatutárias – não têm sido devidamente potenciados”. “A Autonomia não é política-partidária e quando se a utiliza com estes fins capitulamos perante aqueles que, ainda hoje, olham com desconfiança para a nossa condição. Não podemos ser nós, Açorianos, a dar razões para ressuscitar querelas cen-tralistas balofas”, advertiu. Depois, apontou à governação: “O PS governa os Açores há 17 anos. Chegados a 2014, com cerca de 3 mil milhões de euros de fundos comunitários investidos na economia, é o próprio Governo Regional que reconhece que ainda somos uma região com demasiada pobreza e assimetria social. Cerca de 18% dos Açorianos são pobres; crescem os números de famílias e bene-ficiários do Rendimento Social de Inserção; a quantidade de apoios sociais é significativa na componente da despesa públi-ca. O abandono escolar (34% - 2012) é assustador e os níveis de insucesso escolar são os mais altos do País. Vivemos o maior flagelo social da sua história autonómica: uma taxa de desemprego de 17%. Os números são dramáticos e pioram quando o Governo reconhece que a taxa de desemprego, entre os mais jovens, é de 38%. Na saúde assiste-se à negação completa dos preceitos autonómicos: há anos que os sucessi-vos Secretários Regionais da Saúde se limitam a copiar e implementar medidas nacionais que não são compatíveis com a nossa condição arquipelágica. O atual titular da pasta, porém, entendeu ir mais além… Copia as medidas nacionais e, parale-lamente, vai impondo mais restrições e a maior austeridade de sempre no acesso aos cuidados de saúde. Hoje, temos um Serviço Regional de Saúde com listas de espera que envergo-nham qualquer Açoriano (menos os socialistas); Temos um SRS que não paga aos seus fornecedores – criando dificulda-des imensas a dezenas de empresas regionais e perigando contra dezenas de postos de trabalhos; Temos um Secretário Regional que obstinado pelas reformas, centraliza serviços hospitalares numa só ilha, fecha serviços de proximidade em ilhas sem hospital, decreta quotas para a realização de cirur-gias e dá uma machadada sem precedentes nas convenções com entidades privadas e nos reembolsos aos utentes que recorrem à privada, por falta de resposta dos serviços públi-cos”. O líder do CDS-PP e vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, com-prometeu-se a defender a "moderação fiscal", alegando que o Estado tem de cortar na despesa, em vez de aumentar impos-tos. "Nós acreditamos na moderação fiscal, que não se pode fazer de um dia para o outro toda, certamente fase a fase, com a prudência orçamental numa mão, mas sabendo que a carga fiscal é muito elevada e que é o Estado que tem de conter a sua despesa, não são as pessoas que têm de entregar mais ao Estado", frisou, nas comemorações do 40º aniversário do CDS, em Angra do Heroísmo, nos Açores. Segundo o líder centrista, nos anos do memorando com a ‘troika’ houve "aumentos de impostos excecionais", mas "o país começa a ter um pouco de crescimento económico" e as empresas têm mais confiança, por isso é preciso deixar que a sociedade "respire", com "moderação fiscal". Nos Açores, Paulo Portas respondeu às críticas do presidente do Governo Regional, que o acusou de não integrar os Açores numa visita que o vice-primeiro-ministro liderou ao Canadá.

"Se o Governo Regional me quer culpar pelo facto de uma empresa pública dependente do Governo da Região ter sido convidada para estar presente na missão que eu dirigi com empresas ao Canadá e essa empresa do Governo Regional declina legitimamente o convite, que culpa tenho eu que eles tenham decidido declinar o convite", frisou, alegando que o Governo Regional tem que "se organizar melhor". Paulo Portas referia-se à Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores, mas o vice-presidente do Governo Regional dos Açores, Sérgio Ávila, já disse entretanto que a visita ao Canadá liderada pelo vice-primeiro-ministro não pode ser confundida com uma missão empresarial, tendo em conta que se focou em assuntos relacionados com o mar. "Se faz sentido estar a ministra do Mar, faz todo o sentido estar o Governo dos Açores, porque, é bom lembrar, por força da Constituição, a exploração do Mar dos Açores é uma compe-tência partilhada entra a República e a Região", disse Sérgio Ávila. A não integração do Governo Regional dos Açores na comitiva que foi ao Canadá foi criticada na região não só pelo executivo socialista, como pelo PSD regional, mas Artur Lima, líder regio-nal do CDS criticou os socialistas, alegando que os açorianos não podem "dar razões para ressuscitar querelas centralistas balofas". "O recente e despropositado episódio relativo à deslocação de uma delegação empresarial portuguesa ao Canadá serve como exemplo paradigmático da forma como as governações regio-nais têm aprofundado a nossa autonomia. A autonomia não é político-partidária quando se utiliza com estes fins", frisou. Ainda sobre esta matéria, Paulo Portas disse que não guarda ressentimentos, salientando que o que lhe interessa é que "haja mais empresas açorianas internacionalizadas". O líder centrista considerou que "não é aceitável a diferencia-ção às taxas de desemprego" nos Açores em comparação com a média nacional, alegando que na República apesar de ainda ser alto o desemprego tem vindo a diminuir. Paulo Portas assumiu que os resultados do partido nos Açores, nas últimas eleições legislativas regionais, podiam ter sido melhores se não fosse "a circunstância nacional excecional que o país viveu", mas mostrou-se confiante de que o próximo ciclo político do CDS na região será de "crescimento". O líder do CDS apontou ainda como meta que o partido chegue aos 40 mil militantes ativos, até ao final deste ano, pedindo o contributo dos Açores. A sessão evocativa da passagem dos 40 anos do CDS-PP, organizada nos Açores, contou com a projeção de um filme, que foi produzido por vários elementos da Juventude Popular, sobre a história do Partido na Região, bem como foram presta-das homenagens aos primeiros dirigentes regionais do CDS eleitos em Congresso e aos militantes mais antigos do Partido nos Açores: Sra. Maria Lucrécia Bettencourt; Sr. José Alpoim de Bruges; Dr. António Candeias; Sr. Armando de Freitas Ama-ral; Dr. Augusto Cymbron; Sr. Alberto Manuel Soares; Sr. Aldi-no Melo; Sr. João Germano Bettencourt; Sr. Manuel Eleutério Serpa; Dra. Manuela Linhares Andrade; Dr. Jorge Leal Monjar-dino (a título póstumo); Sr. João Manuel Barcelos; Dra. Maria do Natal Viegas Alvernaz; Sr. Rafael de Melo Luís; Sr. José Ramos Dias; Dra. Maria Serafina Simões; Sra. Rosa Cravinho e Sr. João Furtado. Para além destes dirigentes e militantes Artur Lima e Paulo Portas prestaram homenagem aos três ex-presidentes do CDS-PP Açores - Dr. Rui Meireles, Dr. José António Monjardino e Dr. Alvarino Pinheiro.

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EDUCAÇÃO

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REGIONAL

Atlânticoline anula concurso internacional

Novo rumo nos transportes

A empresa pública dos Açores Atlânticoline anulou o con-curso internacional para a construção de dois navios para transporte de passageiros, após análise das candidaturas apresentadas, e vai lançar um novo no prazo de um mês. Em conferência de imprensa hoje em Ponta Delgada, o presidente da empresa, Carlos Reis, explicou que nenhum dos estaleiros candidatos à construção dos barcos, na sequência do concurso lançado em fevereiro deste ano, reuniu "todas as exigências do caderno de encargos", nomeadamente a nível da "documentação". A Atlânticoline decidiu, por isso, encerrar "este procedi-mento" e vai lançar, "no prazo máximo de um mês", um novo concurso internacional para a construção de dois navios com as mesmas características e o preço base (85 milhões de euros) do concurso agora anulado. O objetivo dos Açores é ter dois barcos para ligações entre todas as ilhas do arquipélago com capacidade para 650

passageiros e 150 viaturas. "Estamos perfeitamente seguros daquilo que pretende-mos e que aquilo que pretendemos serve da melhor for-ma os Açores e a operação que desenvolvemos", disse Carlos Reis, descartando a possibilidade de serem enco-mendados navios mais pequenos, como reclamam diver-sas vozes no arquipélago. Carlos Reis insistiu em que os barcos terão uma vida útil superior a 25 anos e que esta é a capacidade necessária para responder a picos atuais de procura no verão e àquilo que é esperado no futuro, sobretudo se houver um acréscimo significativo de turistas nas ilhas na sequência da liberalização das rotas aéreas, prevista para 2015. O presidente da Atlânticoline sublinhou que a empresa

assegura a operação de transporte de passageiros entre todas as ilhas, nos meses da primavera e verão, há sete anos, tendo por isso "perfeita noção" daquilo que está "a pedir". No entanto, ressalvou, a empresa presta um "serviço públi-co", que será sempre deficitário, tendo de haver, porém, um "equilíbrio" entre as necessidades desse serviço e o "seu custo". Segundo garantiu, assegurar a operação atual com barcos próprios (e não alugados, como acontece hoje), traduzir-se-á numa poupança anual de 2,5 milhões de euros. Além disso, revelou que os novos barcos terão capacidade para operar também no inverno, mas a possibilidade de isso acontecer só será avaliada posteriormente. Se o novo concurso decorrer com normalidade, a empresa pensa que poderá começar a usar os novos navios em 2017.

Contributos para o Plano de

Promoção do Sucesso Escolar

O Secretário Regional da Educação e Cultura está a reco-lher contributos junto da classe docente com vista à ela-boração do Plano de Promoção do Sucesso Escolar, num processo que começou a 15 de setembro, na vila do Nor-deste, e decorrerá ao longo das próximas semanas nas restantes unidades do Sistema Educativo Regional. Avelino Meneses, em declarações prestadas quinta-feira

aos jornalistas, à margem da visita de dois dias que está a realizar à ilha de São Jorge, reafirmou o empe-nhamento do Governo dos Açores em implementar este Plano no ano letivo de 2015/2016. O Secretário Regional escusou-se a comentar o posi-cionamento das escolas de São Jorge no ranking nacional, salientando que “os rankings são muito falí-veis e variam muito de ano para ano”. “Além do mais, estamos a falar de uma ilha relativa-mente pequena, com universos estudantis que tam-bém são pouco numerosos e onde as oscilações podem ocorrer com muita rapidez”, acrescentou. “A nossa preocupação não é a de saber quem está mais à frente, mais atrás ou no meio. A nossa preo-cupação é a de colher as informações suficientes para efetivamente elaborarmos um plano integrado de combate ao insucesso escolar, que é um flagelo

que afeta os Açores no seu conjunto”, frisou Avelino Meneses. No primeiro dia da visita a São Jorge, o Secretário Regio-nal da Educação e Cultura visitou as Escolas Básicas e Secundárias do Topo, da Calheta e das Velas, tendo ain-da reunido com docentes, num diálogo centrado na temá-tica da promoção do sucesso escolar.

Avelino Meneses recolhe

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Incentivos à manutenção de paisagens tradicionais

Governo dos Açores anuncia REGIONAL

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O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente anun-ciou, em São Jorge, que o Governo dos Açores vai dis-ponibilizar um sistema de incentivos à manutenção de paisagens tradicionais em todo o arquipélago. “Estamos a preparar o quadro normativo de um siste-ma de incentivos à manutenção de paisagens tradicio-nais integradas em áreas classificadas em toda a Região, incluindo, designadamente, as paisagens de vinha e pomares em currais, em fajãs e em socalcos”, revelou Luís Neto Viveiros, que falava quinta-feira no Seminário 'Reservas da Biosfera - Um contributo para o desenvolvimento local'. Na intervenção que proferiu na sessão de abertura do seminário, integrado no 12.º Encontro Internacional da REDBIOS, Luís Neto Viveiros salientou o “extraordinário sucesso dos últimos anos dos apoios à reabilitação da paisagem da cultura da vinha do Pico”, destacando a “crescente procura das áreas protegidas” pelos turistas que visitam os Açores, ”enquanto espa-ços privilegiados de atividades e de lazer”. Nesse sentido, revelou que a Rede de Centros Ambientais dos Açores foi visitada, nos primeiros oito meses deste ano, por mais de 100 mil pessoas. Para Luís Neto Viveiros, o aumento dos visitantes que procuram Turismo de Natureza “representa novas oportu-nidades de negócio relacionadas com essa fruição, ao mesmo tempo que acrescenta responsabilidade aos poderes públicos e aos cidadãos em geral na gestão sus-tentável desses recursos”. “A conservação da natureza, a biodiversidade e a geodi-versidade são prioridades assumidas e reconhecidas pelo Governo dos Açores, por se assumirem como fatores de desenvolvimento local e polos de atração”, afirmou. Para o Secretário Regional, “o grande desafio passa,

necessariamente, por implementar medidas de conserva-ção e de sustentabilidade do Ambiente e, simultaneamen-te, conseguir que a Natureza, que é um dos principais ativos dos Açores, seja potenciadora de riqueza e de emprego”. “Estou certo que o seminário que aqui promovemos, em conjunto com a REDBIOS, será mais um contributo para a afirmação destes dois desígnios estratégicos - proteger sem limitar e desenvolver sem destruir - rumo a uns Aço-res mais sustentáveis, ambiental, económica e socialmen-te”, frisou Luís Neto Viveiros.

Mostra promove produtos originários das ilhas Reserva da Biosfera Luís Viveiros destaca a divulgação e a promoção de pro-dutos originários das ilhas Reserva da Biosfera (Corvo, Flores e Graciosa) que têm sido proporcionadas pelas mostras realizadas no âmbito do 12.º Encontro Internacio-nal das REDBIOS, que está a decorrer nos Açores. O governante afirmou que esta “marca própria” valoriza as caraterísticas do local de origem dos produtos expostos, como queijos, vinhos, biscoitos ou compotas. A atribuição do estatuto de Reserva da Biosfera, conferido pela UNESCO, a que o Governo dos Açores também vai submeter as Fajãs de São Jorge, além do seu contributo para um desenvolvimento sustentável, significa valorização e projeção a nível internacional, salientou o Secretário Regional. A Região, segundo Luís Neto Viveiros, ganha porque são valorizados os produtos originários das Reservas da Bios-fera, mas também porque, "integrando uma rede desta natureza, torna-se mais conhecida no mundo e, por essa via, como destino turístico de excelência que é".

"É um contributo muito relevante”, frisou. Criado em 1971, o Programa MAB - o Homem e a Biosfera (The Man and the Biosphere Programme - MAB) é um pro-grama de cooperação científica internacional sobre as inte-rações entre o homem e seu meio. As Reservas da Biosfera são a principal linha de ação des-te programa e sua conceção é um inovador instrumento de planeamento para combater os efeitos dos processos de degradação ambiental. As Reservas da Biosfera devem cumprir três funções que se complementam, nomeadamente uma função de conser-vação dos recursos genéticos, das espécies, dos ecossis-temas e das paisagens, uma função de desenvolvimento, a fim de promover um desenvolvimento económico e humano sustentável, e ainda uma função de apoio logísti-co, para fomentar e apoiar a investigação, educação, for-mação e observação permanente das atividades de inte-resse local, nacional e mundial que contribuam para a con-servação e desenvolvimento sustentado.

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Procissão Bom Jesus - Fajã Grande

Fotoreportagem por Mark Marques

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XIII Gala do Desporto Açoriano

Fotoreportagem por Jorge Gois

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EUROPA

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Serrão Santos para relatório sobre o leite

A Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu vai ela-borar um relatório de iniciativa sobre o impacto do fim do regime de quotas na evolução do mercado do leite. Ricar-do Serrão Santos, deputado socialista eleito pelos Açores, será o representante dos socialistas europeus (Socialists and Democrats) neste importante relatório para o futuro do sector do leite na Europa. Ricardo Serrão Santos refere “tratar-se de um relatório pré-legislativo que pode constituir um primeiro passo no senti-

do de dar resposta a uma situação que começa a gerar algum consenso, inclusive na Comissão Euro-peia, de que apesar das medidas que constam do “pacote do leite”, o fim das quotas leiteiras obrigará a encontrar um mecanismo que produza efeitos equi-valentes em termos de regulação do mercado do leite”. O eurodeputado socialista disse ainda que “o objetivo deste relatório é contribuir para a reflexão que a própria Comissão Europeia anuncia estar a fazer sobre o sector e apontar pistas para que esta instituição a tome iniciativa legislativa neste domí-nio”. Serrão Santos salientou, numa alusão aos interes-ses dos Açores neste sector, ser este “o início de um processo político que implicará estudo, análise e capacidade de fazermos valer as nossas especifici-dades” uma vez que se espera que o relatório “inclua

a caracterização e identificação das necessidades do sec-tor a partir dos últimos desenvolvimentos do mercado e das novidades em termos de regulamentação na União Europeia”. O relator do Parlamento Europeu é o eurodeputado James Nicholson, deputado do Reino Unido, Irlanda do Norte, do grupo político ECR – Conservadores e Reformistas Euro-peus que foi também o relator para o "pacote do leite" na legislatura passada.

Socialistas Europeus indicam

O Breves no MEO #118827

O presidente do PSD/Açores, Duarte Freitas, assegurou que os sociais-democratas açorianos têm “todas as condi-ções para servir melhor os açorianos do que aquilo que tem sido feito até agora”. “Estamos a trabalhar com as pessoas para servir as pes-soas e para apresentar aos açorianos uma nova forma de fazer política na nossa Região”, garantiu. Duarte Freitas falava na sessão de abertura do seminário “Açores com Futuro”, organizado no âmbito do grupo de trabalho criado para estudar a reforma do sistema político açoriano e que hoje foi dedicado aos jovens e a política. O seminário decorreu na Ribeira Grande, um concelho que Duarte Freitas considerou de grande simbolismo por ser “o mais jovem do país e liderado pelo mais jovem presidente de câmara do país, Alexandre Gaudêncio”. O presidente do PSD/Açores defendeu ser essencial “voltar a credibilizar a atividade política e os políticos uma vez que este é o expoente máximo do trabalho comunitá-rio”. É por isso, explicou, “que o PSD/Açores lançou este con-junto de debates. Não pretendemos debater apenas a arquitetura autonómica ou o Estatuto e a Constituição nacional. Queremos ir mais longe a apresentar aos açoria-nos uma reforma da maneira de fazer política nos Açores e

na forma de servir os açorianos”. Segundo o presidente do PSD/Açores, quando “atingimos um desemprego jovem de 40 por cento torna-se claro que é preciso questionar a forma como se governa nos Açores antes que se comece a questionar para que serve uma Autonomia que não resolve os problemas”. “O problema não está na Autonomia”, disse. “Devemos começar por perguntar para que temos um governo regional se não dá resposta. Daqui a algum tempo vamos começar a perguntar para que temos Autonomia. Não podemos chegar a esse ponto. O PSD/Açores, hoje na oposição, amanhã no governo, tem de dar essas res-postas”. Duarte Freitas salientou ainda “os progressos feitos nestes últimos quarenta anos de Autonomia, nomeadamente a construção de uma verdadeira identidade regional. Hoje os jovens quando no exterior já não dizem que são desta ou daquela ilha. Dizem que são dos Açores e esta mudança em relação aos seus pais ou avós é muito importante para a construção da nossa Região”. O grupo de trabalho “Pensar a Autonomia do futuro” é coordenado pelo professor universitário Carlos Amaral. A sessão de hoje foi organizada por Francisco Monteiro da Silva, jurista, e pela politóloga Carmen Gaudêncio.

PSD/Açores empenhado REGIONAL

Reforma do sistema político na região

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A governação socialista gaba-se de que foi "pioneira na implementação dos grupos de recruta-mento inerentes ao Ensino Especial" nas escolas da rede pública. Até é verdade! Só que não basta ser-mos os primeiros. Temos que ser consequentes! Ora, a integração nas escolas de alunos com necessidades educativas especiais (criando-se a escola inclusiva que os socialistas tanto defendem) exige soluções alternativas às habituais, respostas diversificadas das normais e o alargamento de um corpo técnico especial que assegure condições adequadas à comunidade educativa. Só assim se promove a inclusão e, por esta via, se combate o insucesso escolar - que tantos "pensos rápidos" têm obrigado os vários Secretários da Educação a colo-car na ferida. Uns mais do que outros! Este ano lectivo, que agora se iniciou, começou com o Governo socialista a anunciar a implementa-ção de um Plano de Promoção do Sucesso Escolar nos Açores e os pais e encarregados de educação de meninos com necessidades educativas especiais a verificarem a redução dos educadores e técnicos especializados. Quer-se uma escola inclusiva, mas depois diz-se que os professores e educadores só podem estar com os meninos às segundas, quartas e sextas, porque nos outros dias têm que ir para outra unida-de orgânica... Quer-se promover o sucesso escolar, mas reduzem-se os apoios existentes. É manifestamente a política do "penso rápido" que vem de trás e vai continuar, infelizmente, pelo que se está a ver... Espera-se que esta ferida não venha a gangrenar obrigando a alguma amputação... Ago-ra isto não vai lá com pensos!

A Tia Rosa era uma vendedora de frutas e hortaliças, negócio que ia dando para viver. A Tia Rosa, nunca saia sem o seu carrinho da hortaliça e sem o seu…Terço, que costumava rezar com muita devoção, mesmo durante as viagens, sempre que não podia entrar numa igreja. Um dia a Tia Rosa foi vender as suas mercadorias a casa de um protestante e depois deu falta do seu Terço. Ficou muito triste. Dois dias depois voltou lá para a sua venda e o protes-tante exibindo o Terço perguntou com ar trocista: - Tia Rosa, a senhora perdeu o seu Deus? - Eu perder o meu Deus? Nunca!” - Exibindo o Terço o protestante insistiu: “Não é este o seu Deus?” - A Tia Rosa, muito contente, disse: “Graças a Deus que o senhor encontrou o meu Terço; muito obrigada”. - O protestante continuou: “Por que não troca a senhora este cordão com bolinhas, pela Bíblia?” - A Tia Rosa respondeu humildemente: “Eu não posso ler a bíblia, porque não sei ler, nunca aprendi, mas com o meu Terço eu medito toda a palavra de Deus e guardo-a no meu coração. - Medita a palavra de Deus? Como assim? Explique-me, por favor. Pegando no Terço a Tia Rosa respondeu: - Ao olhar para o Crucifixo, recordo tudo o que o Filho de Deus fez por cada um de nós, dando todo o Seu Sangue para a nossa salvação; na conta grande penso em Deus Omnipotente; as três contas mais pequenas fazem-me lembrar as três Pessoas da Santíssima Trindade: Pai, Filho, Espírito Santo; vem outra conta grande e eu recor-do-me do Pai-Nosso que Jesus nos ensinou e as dez contas mais pequenas trazem-me à lembrança os Dez Mandamentos que Deus deu a Moisés. Neste momento o protestante já engolia em seco, mas a Tia Rosa continuou com a sua catequese: - De manhã penso no Lar de Nazaré, na vida humilde de Jesus, Maria e José; ao meio-dia, penso na Vida Pública de Jesus; pelas três da tarde, uno-me às dores que Jesus sofreu até expirar na Cruz, por essa hora; à noite, cansada do trabalho da jornada, lembro-me que se Jesus morreu, mas ressuscitou, também o mesmo me aconte-cerá a mim e isso dá-me paz e tranquilidade, para ador-mecer a pensar que no dia seguinte continuo a trabalhar pensando em Deus, com o meu Terço. - Diga-me lá o senhor: isto é idolatria? - O protestante disse simplesmente: Tia Rosa ensine-me a rezar o Terço!

Opinião 10 O BREVES - 29 de setembro de 2014

Por: Maria Fernanda Barroca

O Terço da

Tia Rosa

Por: Artur Lima

Educação

Especial

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Opinião O BREVES - 29 de setembro de 2014 11

Parece contraditório mas é verdade. É o paradoxo da governação açoriana dos últimos anos. O Governo Regional dos Açores esfalfa-se a tentar passar a ideia de magnanimidade, espalhando bonda-de, solidariedade e caridade. Uns santos, portanto. São apoios, ajudas, auxílios, incentivos e compensa-ções num aparente "oceano de rosas" que, por ficcio-nado milagre, caem do regaço da governança das ilhas. Numa terra de gente agradecida e devota do Senhor Espírito Santo, não pode deixar de reconhecer-se que, para quem o poder é mais importante que o servi-ço, encontraram a fórmula mágica. Não por acaso, utilizei atrás as expressões "tentar passar a ideia", "aparente" e "ficcionado", porque, na verdade, tudo é marketing político, imagem e comuni-cação. Pouco é verdade e essência. Afinal, o que o Governo dá é o que o Governo tira. Com efeito, o tal Governo santo é o mesmo que fica meses e, quando não, anos sem pagar a fornecedores de bens e serviços, deixando um rasto de desgraça na nossa economia e sociedade. Governo santo que é o mesmo Governo que diminui e limita os reembolsos numa área tão sensível como é a saúde, onde continua sem dar as respostas neces-sárias às necessidades da população, sendo respon-sável pelos 35.000 açorianos sem médico de família, a mais alta taxa do país (14,2%). É esse mesmo Governo santo responsável pela mais alta taxa de desemprego dePortugal (16%), ou pela mais alta taxa de abandono escolar precoce(34%), ou pela mais alta taxa do país de beneficiários de RSI (7,4%), quando a média nacional é 2,2%, ou, ainda, pela mais alta taxa (67%) de famílias com rendimentos mensais inferiores a 529€. Tudo isto depois dos Açores, entre 2000 e 2013, terem recebido 2.6 mil milhões de euros da União Europeia e 3.8 mil milhões de euros de transferências do Orça-mento do Estado. Por isso, afinal, o Governo não é "santo" mas "malandreco" ao criar a ideia que dá muito, quando, na realidade, dá muito menos do que aquilo que recebe e tira.

Dar à custa de quem recebe

Por: Clélio Meneses

Recordo-me de ter lido (não me lembro onde, privilégios da ida-de) esta frase: “O modo como nos ocuparmos dos nossos idosos será uma caraterística histórica do nosso grau de civilização”. À medida que a nossa população aumenta de idade, teremos de prestar cada vez mais atenção a esta incontornável questão bem como ao envelhecimento do Ocidente e das suas naturais conse-quências sociais. Perante esta pseudo cultura da morte será bom também não esquecer o conceito de "autonomia relacional", a ideia de que uma pessoa não é um ser isolado, mas faz parte de um todo, uma família, uma sociedade, um país, um continente e um plane-ta vivo que se chama Terra. Muitos parecem ter perdido o sentido de uma conexão do ser humano entre si, com os outros, com o universo e com o cosmos de que fazem parte, numa mera forma relacional de equilíbrios onde todos os momentos estão mutuamente implicados, no sen-tido dos afectos e do amor e da vida no seu todo. Cada idade tem as suas necessidades, as suas belezas, as suas tarefas e exigência de cuidados. O convívio entre idosos e jovens, sempre foi, é e será motivo de mútuo complemento, de troca de saberes e experiências, numa vivência de continuidade intergeracional. Os seus tempos cruzam-se numa partilha de equilíbrio, numa cumplicidade curiosa, numa terna forma de viver e saber ensinar a viver. Cícero escreveu que "o peso da idade é mais leve para quem se sente respeitado e amado pelos jovens". O cineasta sueco Ingmar Bergman disse que "envelhecer é como escalar uma grande montanha: enquanto se sobe as forças dimi-nuem, mas o olhar é mais livre, a vista mais ampla e serena". Em época de predadores da vida eu atrevo-me a recordar a céle-bre frase de Júlia César depois de ter subjugado a Gália rebelde: veni, vidi, vinci-cheguei, vi e venci. Parece-me ser, nos tempos que correm, uma atitude muito de moda, entram em cena política adultos de meia-idade, ou jovens de idade avançada, depende do ponto de vista, ignoram o que já existia antes de terem nasci-do e desconhecem em absoluto que o tempo flui de forma vertigi-nosa, trucidadora e implacável. Deles nem vai restar uma banda desenhada que faça rir os avós, os filhos e os netos. Ou será que já foi descoberto o elixir da longa vida e está no segredo destes falsos deuses? Acabo com uma frase optimista mas que transporta muita res-ponsabilidade para todo o cidadão que se quer livre, feliz e res-peitado em todas as épocas da sua vida; que amou, trabalhou e lutou por nobres ideais da sociedade: "O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, mas por aqueles que permitem a maldade." Albert Einstein Duma forma mais simples eu diria: - “o mal só avança porque os bons não fazem nada…” A isto eu chamo muito simplesmente “cidadania activa e parti-cipada”, liberdade com responsabilidade, humanidade com ética,

respeito pela vida que não nos pertence e pela morte que está anunciada, mas é crime provocá-la ou antecipá-la e será uma aberração legislá-la.

Por: Susana Mexia

Viver não custa...

Page 12: Jornal O Breves

Última Página O BREVES - 29 de setembro de 2014

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OLHO NÚ Por: Mark Marques

Por: Margarida Raimond

Há um ano...

DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

Na freguesia da Urzelina, na estrada regional quando chove mais um pouco temos logo um “lago artificial”. Esta situação ocorre há muito tempo e o Inverno está de regresso para piorar a situação. Este acumular de água é um perigo para os automobilistas e “invade” as habitações que ficam a sul da estrada. A Junta de Freguesia da Urzelina tem envidado todos os esforços junto da entidade competente para resolver este assunto, ou seja a Secretaria Regional do Turismo e Transportes. Hoje mesmo os trabalhadores da Junta de Freguesia se “viam a braços” com mais uma situação para resolver. Esperamos que a Secretaria Regional dos Transportes tome uma atitude célere e positiva.

Um professor é alguém que tem o privilégio de auxiliar, orientar e assistir ao desenvolvimento físico e intelectual das novas gerações. O seu trabalho não se limita a uma transmissão de sabe-res, ele engloba também, também, a orientação dos sen-tidos de lealdade, verdade e honestidade em geral e honestidade intelectual em particular. Como afirmava o pedagogo português Damião Peres: “ o professor tem que saber o que ensina, mais do que ensina e o que quer ensinar”. Para atingir este tríplice objectivo é necessário consagrar muitas horas ao estudo e à preparação das aulas. Por muitos anos de prática que tenhamos, nunca temos perante nós, turmas iguais. A preparação das aulas faz-se pensando nos nossos alunos. A mesma matéria não pode ser dada sempre da mesma maneira quando muda o público. Choca-me, profundamente, ver os professores tratados como funcionários públicos que trabalham menos horas que os outros, porque na realidade não é assim, o profes-sor trabalho muito antes, durante e depois das aulas. Todas as unidades lectivas têm de ser previamente pre-paradas; os testes de avaliação requerem uma cuidada elaboração, bem como uma posterior correcção, o que, na melhor das hipóteses, exige horas e horas de trabalho silencioso, atento, perspicaz e minucioso. Segue-se ainda o levantamento das lacunas detectadas na recepção da aprendizagem e consequente procura da melhor forma de ajudar o aluno a ultrapassá-las, não esquecendo que não há dois alunos iguais, para cada um tem de se encontrar uma forma diferente de o conduzir à superação das respectivas dificuldades com sucesso. O professor está sempre sobre escrutínio dos alunos, dos pais e dos colegas. Não podemos consentir que pessoas que estão no ensino, porque não podem fazer outra coi-sa, criem um ambiente de confrontação. A Escola tem de ser uma comunidade de trabalho em que todos se desen-volvam e valorizem. O professor tem que ser exigente com os alunos porque começa por ser exigente consigo mesmo. Os alunos devem conhecer “as regras do jogo” por forma a evitar que não aproveitem todas as oportunidades para cresce-rem em formação e conhecimento. Numa sociedade altamente competitiva, como aquela em que vivemos, as pessoas têm que ser habituadas a ser avaliadas. Na escola, a avaliação não é um estigma mas é uma forma de conhecer se se está ou não a atingir os objectivos estabelecidos. Na vida activa ninguém se pode furtar à avaliação e aí sim, se as coisas correm mal o resultado não será bri-lhante e pode ser muito frustrante. Para além do respeito que deve pautar toda a convivên-cia, na sala de aula, ele é de capital importância pois não podemos esquecer que a par da formação científica há a formação pessoal. Lembro, com saudades, alguns professores que tive. Eram exigentes em todos os domínios, mas tratavam-nos com cordialidade e ajudavam-nos a superar as dificulda-des, sabíamos que tínhamos que fazer o possível para atingir os objectivos, mas sabíamos, também, que podía-mos contar com uma disponibilidade total e que nos davam a palavra certa no momento certo. Um professor sabe sair de si mas, acima de tudo, ama os seus alunos.

O Professor