Jornal O Breves

8
Pág. 2 Aprovado apoio ao pagamento de propinas Pág. 4 Página 2 Página 3 OBreves Diretor: Carlos Pires - Ano 3 - Nº 59 - 10 de Março de 2014 - Semanário - € 1,00 XS www.obreves.pt Página 5 facebook.com/jornal.obreves Governo alarga remuneração ao setor público empresarial CDS quer solução para falta de combustível AMRAA quer manter tribunais e finanças Novos dirigentes no PSD São Jorge Eleições nas estruturas de ilha

description

Edição 59 publicada a 10 de março de 2014

Transcript of Jornal O Breves

Page 1: Jornal O Breves

Pág. 2 Aprovado apoio ao

pagamento de propinas Pág. 4

Página 2

Página 3

O B r e v e s Diretor: Carlos Pires - Ano 3 - Nº 59 - 10 de Março de 2014 - Semanário - € 1,00

XS

www.obreves.pt

Página 5

facebook.com/jornal.obreves

Governo alarga remuneração ao

setor público empresarial

CDS quer solução para falta de combustível

AMRAA quer manter tribunais e finanças

Novos dirigentes no PSD São Jorge

Eleições nas estruturas de ilha

Page 2: Jornal O Breves

A Deputada do CDS-PP Açores Ana Espínola indagou, esta sexta-feira, junto do Governo Regional sobre a situa-ção “incompreensível” verificada no Porto das Velas, ilha de São Jorge, que, frequentemente, fica privada de posto de abastecimento de combustíveis às embarcações de pesca, recreio ou atividade marítimo-turísticas, obrigando a viagens até à vizinha ilha do Faial. Num requerimento entregue no Parlamento Açoriano, Ana Espínola denuncia os inconvenientes atualmente verifica-dos por pescadores, iatistas ou operadores ligados às ati-vidades marítimo-turísticas, que estão posto de abasteci-mento de combustível por avaria da bomba existente no principal porto da ilha. “O Porto das Velas é o único, na ilha de S. Jorge, com capacidade para abastecer embarcações de pesca, de atividades marítimo-turísticas e de recreio náutico. Neste porto operam inúmeras embarcações de pesca que dina-mizam o mercado de trabalho local e a economia da ilha. Neste porto existe um sector de recreio náutico, escalado por inúmeras embarcações de recreio, sendo um ponto de atração turística da ilha”, indicou para referir que “a infraes-trutura de abastecimento de combustíveis recorrentemente está fora de serviço, por avaria”. “Esta situação obriga a que os pescadores com embarca-ções de maior porte e navegadores de recreio tenham de abastecer-se noutros Portos, nomeadamente no Porto da Horta”, na vizinha ilha do Faial, o que corresponde a um “encargo financeiro, quer em combustível, quer com a per-da de um dia de trabalho”, apontou.

Para além disso, acrescentou, “as embarcações de recreio que escalam o Porto das Velas, com necessidade de se abastecerem de combustível, poderão encontrar o posto de abastecimento em situação de inoperacionalidade” fac-to que em nada contribui para “a promoção da ilha perante os nossos visitantes”. Assim, e porque a gestão do Porto das Velas é da respon-sabilidade da empresa Portos dos Açores, a parlamentar popular quer saber se “tem o Governo Regional a intenção de fiscalizar esta situação para que não se mantenha esta situação incompreensível por parte de quem explora o for-necimento de combustíveis no Porto das Velas e que acar-reta prejuízos a quem necessita dos serviços daquele pos-to de abastecimento e em nada promove a ilha perante os nossos visitantes?”. Para além disso, questiona também, “que medidas preten-de o Governo Regional tomar?” e se “considera o Governo Regional importante que S. Jorge tenha um posto de com-bustível que permita o abastecimento a embarcações de pesca, de atividades marítimo-turísticas e de recreio, com um carácter fiável contribuindo para a boa imagem de quem visita esta ilha por via marítima, assim como, o abas-tecimento necessário para a atividade piscatória e outras?”. Por fim, a Deputada do CDS-PP quer saber “para quando a operacionalidade do posto de abastecimento?” e se “a reparação da avaria garantirá o funcionamento daquele posto de abastecimento, sem falhas, por quanto tempo?”.

2 O BREVES - 10 de Março de 2014

CDS-PP pretende solucionar

Falta de combustíveis no Porto das Velas

Aprovado em Conselho de Governo

Apoio ao pagamento de propinas

O Governo dos Açores aprovou a criação do Progra-ma Especial de Apoio ao Pagamento de Propinas, para dar uma resposta célere e extraordinária a situa-ções de carência económica devido a alterações súbitas de rendimentos do estudante e da sua família

que comprometam o prosseguimento dos estudos superiores. “Poderão beneficiar deste programa estudantes resi-dentes nos Açores, independentemente de terem os seus cursos ministrados na Região ou fora dela”, anunciou o secretário regional da Saúde, na leitura do Comunicado do Conselho do Governo, que reuniu quinta-feira, em Angra do Heroísmo. Por outro lado, o Executivo aprovou ainda uma alte-ração ao Programa de Estabilização do Emprego, que prevê apoios à manutenção da atividade e dos postos de trabalho das empresas dos Açores e alar-ga a sua abrangência, para que mais empresas pos-sam se candidatar a esta medida. De acordo com a Resolução aprovada, a partir de agora podem candidatar-se a este programa, que está integrado na Agenda Açoriana para a Criação de Emprego e Competitividade Empresarial, empresas com 40 ou menos trabalhadores, em vez do limite máximo de 25 trabalhadores.

Regional

Local

ESTA E OUTRAS NOTÍCIAS EM WWW.OBREVES.PT

Page 3: Jornal O Breves

O BREVES - 10 de Março de 2014 3

António Pedroso novo líder do PSD em São Jorge

Eleições nas estruturas de ilha

Nas eleições internas do PSD de São Jorge, para todos os órgãos do partido, António Pedroso foi eleito Presidente da Comissão Política de Ilha, enquanto nas concelhias foram eleitos Paulo Teixeira, na Calheta, e Ruben Serpa, nas Velas. A sessão que contou com cerca uma centena de mili-tantes teve a presença do Presidente do PSD Aço-res, Duarte Freitas que, no seu discurso, destacou a renovação responsável que está a promover no parti-do e os resultados que pretende alcançar. António Pedroso, no seu discurso de apresentação, apelou à participação mais ativa dos militantes e anunciou a criação de um Conselho Consultivo que integrará antigos responsáveis políticos e destacados militantes em diferentes áreas socio-económicas de toda a ilha. Ruben Serpa fez uma análise da situação político-partidária e comprometeu-se a dar um novo estímulo ao partido. Paulo Teixeira por sua vez referiu que o partido tem de dar maior importância aos problemas das pessoas para que estas possam também dar importância aos projetos do partido. Nesta reunião magna dos social democratas jorgen-ses, foi ainda apresentada a nova estrutura dos TSD da ilha, presidida por Sérgio Fernandes, eleito no

passado mês de Fevereiro.

Local

CPI do PSD pretende criar Conselho Consultivo em São Jorge

António Pedroso, recém eleito Presidente da Comissão Política de Ilha do PSD em São Jorge, pretende agregar o partido na ilha e criar um Conselho Consultivo. "Atualmente, os grandes partidos têm perdido alguma credibilidade e é importante que a mantenham junto dos militantes e junto da população", referiu o social-democrata. "A mudança dentro do partido, a nível regional, já está a ser efetuada, com o nosso novo líder Duarte Frei-tas, e essas alterações e essa lufada de ar fresco irá se transmitir em São Jorge também. Estas novas equi-pas têm pessoas muito válidas, que estão com muita vontade de mudança e de trabalhar o que é muito importante", acrescentou. Questionado sobre a criação de um Conselho Consultivo, que integrará antigos responsáveis políticos e des-tacados militantes em diferentes áreas socio-económicas de toda a ilha, António Pedroso referiu que preten-de recolher "ensinamentos", de pessoas que "já muito deram a este partido, apesar de nem todos terem saí-do vitoriosos". No entender do presidente do PSD/Açores, estas eleições promoveram a possibilidade de "renovar e refres-car as lideranças". Para Duarte Freitas a necessidade de "reconstruir o nosso caminho, tentando garantir gente nova, novas posturas, angariando um conjunto de jovens, novos quadros, para liderarem as estruturas, sobre os quais deposito grande confiança para iniciarmos este trabalho difícil, longo e profundo de renovação do partido que nos há-de levar a uma capacidade sustentada de disputar as eleições e ganhá-las em São Jorge".

ASSINE E DIVULGUE O JORNAL DA SUA ILHA [email protected]

www.obreves.pt

Page 4: Jornal O Breves

ASSINE E DIVULGUE O JORNAL DA SUA ILHA

4 O BREVES - 10 de Março de 2014

Regional Governo dos Açores pretende

Estender remuneração complementar ao

setor empresarial público regional

O Vice-Presidente do Governo dos Açores anunciou, em Ponta Delgada, que o Executivo vai aplicar na SATA a remuneração complementar “nos termos em que foi apro-vada, por unanimidade, na Assembleia Legislativa” da Região. Sérgio Ávila falava no final de uma reunião que, conjunta-mente com o Secretário Regional dos Transportes e Turis-mo, Vítor Fraga, teve com elementos da plataforma sindi-

cal daquela empresa, precisando que a medida será apli-cada como o foi a todos os funcionários públicos e abran-gerá também os trabalhadores do setor público empresa-rial dos Açores. Para o Vice-Presidente, o objetivo é que se tenha, “de acordo com o que foi o acórdão do Tribunal Constitucional, uma solução que seja constitucionalmente sustentável e que permita assegurar a igualdade de tratamento não só entre todos os funcionários da administração pública, como todos os funcionários do setor público empresarial”. Sérgio Ávila salientou que “é esta a competência do Governo”, a de aplicar, ou não, a tabela correspondente à remuneração complementar ao setor público empresarial. “O que o Governo comunicou aos sindicatos é que irá apli-car essa tabela, de forma a que o efeito sobre a remunera-ção base dos trabalhadores do setor público empresarial seja exatamente o mesmo que é para os funcionários públicos”, sublinhou. O Vice-Presidente do Governo sustentou que se assegura assim, “no enquadramento legislativo definido, por unani-midade, na Assembleia Legislativa Regional, exatamente o mesmo efeito e um tratamento verdadeiramente igualitário entre todos”.

O Governo dos Açores pretende que, “até final do mês de março, todos os trabalhadores da Administração Regional possam beneficiar da redução do horário de trabalho para as 35 horas”, afirmou, em Angra do Heroísmo, o Vice-Presidente do Executivo. Sérgio Ávila frisou que há dois objetivos que o Executivo pretende alcançar, sendo um o de “repor a situação que existia antes da imposição das 40 horas” e outro o de “criar uma regulamentação de trabalho que seja benéfica para os trabalhadores”, independentemente de serem ou não sindicalizados. “É fundamental para a normalização do funcionamento da administração pública regional e para salvaguardar os direitos dos trabalhadores que todos possam ter exata-mente os mesmos benefícios e exatamente a mesma regulamentação”, afirmou Sérgio Ávila, que falava no final de uma reunião com representantes da Federação Sindical da Administração Pública (FESAP), com a qual foi celebra-do um acordo coletivo de trabalho abrangendo os trabalha-dores nela filiados. “O acordo permitirá que essa situação seja salvaguardada e que, até final de março, todos os trabalhadores da admi-nistração regional possam ter esse enquadramento”, salientou.

O Vice-Presidente referiu, a propósito, que foram publica-dos quarta-feira os primeiros dois acordos, “o que quer dizer que, se tudo correr dentro da normalidade, os Açores serão a região do país onde todos os trabalhadores irão ter este benefício e irão repor uma situação que consideráva-mos de injusta”. “Como dissemos desde o princípio, o Governo dos Açores não era problema nem obstáculo e estamos aqui para cumprir o nosso compromisso e corrigir a injustiça que, sem necessidade, foi imposta aos trabalhadores”, subli-nhou. Sérgio Ávila recordou também que o Governo Regional sempre encarou os seus trabalhadores como “um recurso e não um encargo”, pelo que este enquadramento legislati-vo de horários de trabalho e um conjunto de medidas, como a remuneração complementar, constituem “condições adicionais para a motivação deste recurso, que é fundamental num serviço público de qualidade”. “Para teremos qualidade no serviço público precisamos de funcionários públicos motivados, devidamente recompen-sados do ponto de vista financeiro e com as condições de trabalho que motivem essa produtividade em nome do ser-viço público”, defendeu o Vice-Presidente do Governo.

Até final de março

Governo quer 35 horas para todos os trabalhadores

Regional

Page 5: Jornal O Breves

O BREVES - 10 de Março de 2014 5

ESTA E OUTRAS NOTÍCIAS EM WWW.OBREVES.PT

Regional

ASSINE E DIVULGUE O JORNAL DA SUA ILHA [email protected]

www.obreves.pt

A Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores (AMRAA) propôs que seja encontrada uma solução entre o Governo da República e as autarquias açorianas para manter os serviços de justiça e de finanças existentes nas ilhas. "A nossa proposta vai no sentido de, por uma via construti-va e equilibrada, encontrarmos uma perspetiva que minimi-ze o impacto na maior parte dos concelhos dos Açores" dos encerramentos previstos, frisou, em declarações aos jornalistas, o presidente da AMRAA, Roberto Monteiro, no final de uma reunião com o representante da República para os Açores, Pedro Catarino. Os autarcas açorianos pedem que seja tida em conta a "realidade geográfica" dos Açores e dizem estar dispostos a disponibilizar instalações e funcionários e até a assumi-rem alguns encargos para "poderem garantir a permanên-cia destes serviços junto das suas populações". O presidente da AMRAA lembrou que, de acordo com um mapa divulgado por um sindicato, cerca de um terço dos concelhos dos Açores, sobretudo nas ilhas com mais do que uma autarquia, serão afetadas pelos encerramentos de finanças. No entanto, considera que com a Rede Integrada de Apoio ao Cidadão (RIAC) existente nos Açores "pode ser encon-trada uma solução que vá ao encontro da estratégia de racionalidade e que mantenha grande parte destes servi-ços junto das pessoas". Quanto aos tribunais, salientou que, nalgumas ilhas, a per-da de competências pode mesmo fazer com que alguns casos tenham de ser julgados noutras ilhas. No encontro com Pedro Catarino, os autarcas reivindica-ram também o pagamento dos montantes relativos aos 5% do IRS relativos ao ano de 2009 e aos dois primeiros meses de 2010. Segundo Roberto Monteiro, que preside à câmara da Praia da Vitória, o Governo da República deve 5,2 milhões de euros aos 19 municípios dos Açores, o que corresponde apenas ao período de governação do anterior executivo. "Com a falta destes montantes, alguns municípios estão a ter recusas de vistos para investimentos nos respetivos concelhos, por não terem forma de garantir os seus 15%", frisou, explicando que embora o montante em falta "não representa absolutamente nada para o Governo da Repú-blica", permitiria um investimento de 5 a 10 milhões de euros, a curto prazo, nos Açores. Outra das reivindicações dos autarcas é a redução do cus-to da iluminação pública, já que ao contrário do que acon-

tece no continente, as autarquias açorianas não recebem rendas da Eletricidade dos Açores (EDA). "Pelos nossos cálculos, neste momento, o custo da ilumi-nação pública dos Açores já está a representar, na maior parte das câmaras, o equivalente a 30% das suas despe-sas em aquisição de bens e serviços. É um valor comple-tamente anormal, relativamente ao todo nacional, e resulta do facto de a entidade reguladora dos serviços energéticos ter ignorado por completo a realidade dos Açores, em que os municípios cederam os seus ativos para efeitos de nas-cimento da EDA", salientou. Roberto Monteiro lembrou que numa fase inicial os municí-pios tiveram acesso a uma tarifa reduzida, como contra-partida pela cedência de ativos, mas nos últimos três anos essa redução foi ignorada e o custo com a iluminação pública aumentou em mais de 25%. A AMRAA apelou ainda a uma diferenciação nos Açores dos valores cobrados à Sociedade Portuguesa de Autores, semelhante aos benefícios de ordem fiscal aplicados na região (na ordem dos 20%), tendo em conta a realidade geográfica do arquipélago. Segundo Roberto Monteiro, as autarquias são os "grande promotores de eventos culturais" nos Açores, mas correm risco de ficar "estranguladas", por restrições financeiras, uma vez que para além dos montantes cobrados pelos artistas têm de pagar despesas com a sua deslocação, o que encarece os espetáculos em "duas ou três vezes mais" em comparação com os que se realizam no conti-nente.

AMRAA pretende

Manter tribunais e repartições de finanças

Page 6: Jornal O Breves

Há cerca 25 anos deixaram de nascer crianças na Ilha de São Jorge. Segundo os entendidos na matéria (que eu leigo não dis-cuto), “um parto corre sempre bem até começar a correr mal”. Ou seja, há que ter todos os meios ao dispor para que tudo esteja assegu-rado e corra bem, e assim sendo, passou-se a nascer na Ilha Terceira, Faial ou São Miguel. Vá lá, que ao menos os registos dos nascimentos são feitos como naturais da Ilha de São Jorge. Se assim não fosse em breve não teríamos “naturais da Ilha de São Jorge” seriam todos imigrantes. Segundo os censos de 2011, “perdemos” cerca de 1000 habitantes nos últimos 10 anos. Eramos cerca de 10.000, hoje são cerca de 9.000 habi-tantes. Outros dados que revelam a nossa realidade, e que consegui apurar no SRE (Serviço Regional de Estatísti-ca) foram de que em 2010 nasceram 55 crianças, e no ano de 2011, nasceram 73 crianças. (registados na Ilha de São Jorge). Abordo este assunto pela simples razão que de, ser pai/mãe em Ilhas como São Jorge, aquelas que os sucessivos governos intitularam de “Ilhas de Coesão” é sempre uma tarefa muito mais complicada, do que para aqueles que vivem na Terceira, Faial ou São Miguel. Implica a saída da Ilha 3 ou 4 semanas antes da data prevista para o nascimento do filho(a). O marido/companheiro ao acompanhar a esposa/companheira, tem apenas 15 dias de dispensa do tra-balho por lei (tempo que nunca é o suficiente). Fica sem “ganhar” ou seja sem salário, e a maioria das vezes os rendimentos do casal já são parcos. Ou seja “constituir família” em Ilhas como São Jorge (e outras que não tem maternidade) é de facto uma opção que obriga a muito esforço, vontade e dedicação. O governo ao longo dos anos, sobretudo em épocas de campanha eleitoral prometia aos nossos vizinhos da Ilha do Pico que iriam ter uma maternidade. Pois mas verdade é que hoje, as mães continuam a engravidar no Pico, e os filhos a nascerem no Faial. Aos Jorgenses nunca nos prometeram uma maternida-de. Por isso não nos “enganaram”. O que era necessário mesmo, é que no âmbito do esta-tuto de Ilha de Coesão, e também seria uma forma de corrigir assimetrias, que fossem criados apoios de pro-teção especial para os casais que pretendem constituir família. Deixo à reflexão da Senhora Secretária Regional da Solidariedade Social, bem como aos Senhores Deputa-dos da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, sobretudo aos eleitos nas Ilhas de coesão, para que tomem uma iniciativa legislativa que atenue esta situação.

6 O BREVES - 10 de Março de 2014

Opinião

Porque nascer fora de ilha

é obrigatório Ora bem, aqui, da minha parte, fica uma interpretação diferente de alguns provérbios portugueses, que não foi à toa que passaram de boca em boca e de geração para

geração, contendo muita sabedoria e bom senso. A minha interpretação pode não ser a mais correcta, nem a mais agradável, mas, da forma como as coisas estão (e eu estou a sofrê-lo “na pele”, acreditem), cá vai disto! “Assim como vive o Rei, vivem os vassalos” é um ditado popular que, no nosso país e na nossa actualidade, é a mais pura das mentiras! Ou querem que eu me convença que, com os cortes todos realizados nos bolsos dos mais pobres, os membros do governo também cortaram nos seus rendi-mentos mensais? “A presunção é a mãe de todas as asneiras”, isto porque os políticos e quem manda no país é deveras, muito presunço-so, e, de facto, só anda a fazer e a falar…. Asneiras! E quem paga por isso? O “Zé povinho”, pois claro! “Quando um burro fala, os outros baixam as orelhas”, e é isso mesmo que se está a passar neste país, pois, quem anda a falar nada mais é do que burro, e nós, que andamos a acatar tudo só com “manifes” muito “soft” pelas ruas, somos burrinhos porque estamos a baixar, e demais, as ore-lhas! “Quem fala muito, dá bom dia a cavalo”, é o que acontece a quem consegue ser eleito e depois fica a dever N favores, de tal forma que, quando chega ao poder, não consegue fazer nada de jeito, pois tem de andar a pagar os favores prestados durante a campanha eleitoral. “Uma ovelha má põe o rebanho a perder”, sem dúvida algu-ma, mas, em Portugal, o povo teima em colocar nas posi-ções de poder e de liderança nada mais, nada menos que algumas ovelhas más. “Quem quer vai, quem não quer manda”, de facto. Quem não quer fazer nada por este país, mas que tem poder, posi-ção e condições para fazer, manda fazer, manda pagar impostos, manda ser despedido com acordos defraudantes para o trabalhador, manda os centros de emprego inscrever inscritos em cursos remunerados nos meses em que se irá fazer as estatísticas sobre o desemprego (só para a fotogra-fia “níveis de desemprego” não ficar muito borrada, né), e etc, etc, blá, blá, blá. “De grão em grão a galinha enche o papo” deveria ser o mote deste país, deveras, devagarinho, descontos sim, mas em TODOS os estratos sociais, com o governo a dar o exemplo e tudo, mas, infelizmente, é algo que não acontece em Portugal. E, mais uma vez escrevo: DEVAGARI-NHOOOOO! Pois, na minha opinião, “a raposa tanto vai ao ninho, que um dia deixa o focinho”, e o país vai rebentar pelas costuras, só que, quando tal acontecer, pouco ou nada se vai poder fazer, em relação a tudo, pois, “A fome é o melhor tempe-ro”, e o povo português está deveras esfomeado, faminto, por justiça social, dignidade de viver, brio de andar na rua com a cabeça erguida depois de uma vida de trabalho a descontar para isto e para aquilo, poder ter e criar os seus filhos sem passar fome nem necessidades. É que estamos muito acomodados à actual situação, naque-la de que “mal de muitos consolo é” e que “o que não tem solução, solucionado está”, sim, e quanto! Pois é… infelizmente, é assim que tudo está, no povo…. Enfim…. Que haja um 25 de Abril, por favor!

Por: Alexandra Farrica

Interpretações diferentes

Por: Mark Marques

Page 7: Jornal O Breves

Por: Joaquim Machado Eurodeputada PSD

1 - No ar há ainda resquícios do congresso nacional do PSD. Marcelo e Relvas, por razões opostas, continuam a suscitar paixões; o professor simpatia, o ex-ministro repul-

sa, um desejo, o outro repulsa. Ausente do Coliseu, Relvas foi o mais criticado de quantos "estiveram" no congresso, chegando a ofus-car outras personalidades e ideias válidas lançadas para debate. 2- Umas das melhores ideias surgidas no Coliseu de Lisboa foi trazida por Passos Coelho (afinal, capaz do melhor e do pior), precisamente sobre o fomento da natalidade. Não se pretende um Estado omnipre-sente, da pia batismal à cova, como dizia Herculano. Mas um país progressivamente envelhecido, com uma das mais baixas taxas de natalidade do mundo tem, necessariamente, de repensar o seu futuro. Sem gente não há troika, reformas públicas e supe-ravites que nos acudam. 3 - Nos Açores fingimos que a natalidade não é um problema, certamente embevecidos pela distorção estatística introduzida por Rabo de Peixe e mais uma ou outra localidade. Como sempre, é mais cómodo deixar a solução para depois. Já nos habi-tuámos à ideia. Há quem esfregue as mãos de con-tentamento. 4 - A candidata do PSD/Açores ao Parlamento Euro-peu é uma dupla vitória de Duarte Freitas - pela ele-gibilidade e pelo destaque que foi conferido a Sofia Ribeiro na lista nacional. Já só falta o desafio de tra-duzir tudo isso em votos. 5 - O desafio ganho pelo PSD/Açores atira para o PS a responsabilidade de fazer outro tanto. No . Desta vez Vasco Cordeiro é vítima da sua própria estratégia e por isso não escapa à comparação. 6 - O mandato exercido pela eurodeputada Patrão Neves não pode deixar de ser elogiado. Estranha aos meandros da política, cedo mostrou sensibilida-de para as questões económicas e sociais e uma espantosa capacidade de trabalho, feito de contato com as instituições e os cidadãos individualmente considerados. A sua saída não é um castigo (embora possa pare-cer) e dificilmente ficará arredada da política.

Deputado Regional PSD

O BREVES - 10 de Março de 2014 7

Surpresas

Opinião

A celebração do Dia Interna-cional da Mulher, a 8 de Mar-ço, convida sempre a glosar o mote, com uma interpelação muito direcionada para as mulheres. Eu, porém, nunca me senti tentada a fazê-lo. Sempre me assumi como personalista, e não feminista ou machista; sempre me afirmei como defensora dos direitos humanos, iguais para todos e sem valorizar qualquer caraterísti-ca supostamente identitária de qualquer pessoa. Compreender-se-á assim – creio – a minha fraca apetência pelas perspectivas de género que dividem (a sociedade em grupos) mais do que uniem, o que apenas o personalismo será capaz de almejar. Hoje, porém, não enjeito a oportunidade de abordar o estatuto da mulher na sociedade contemporânea pela perplexidade que me causaram as notícias que vieram a lume nos últimos dias sobre a discrepância de remuneração entre mulheres e homens. Na Euro-pa, no continente em que os direitos humanos mais plenamente se encontram cumpridos, onde o Estado social mais se encontra desenvolvido, as mulheres precisam de trabalhar mais 59 dias/ano para ganhar o mesmo do que os homens. Estes números da desi-gualdade mais do que humilhantes para as mulheres devem ser uma vergonha para a nossa sociedade. Se, como personalista, não posso advogar o princípio de discriminação positiva para as mulheres, quando tomo conhecimento destes números sou obrigada, enquanto personalista, a considerar que a discrimina-ção positiva se justifica (não como princípio mas) como estratégia para construir a igualdade entre todas as pessoas que tarda em acontecer. Enquanto precisarmos de uma prática de discriminatória - de discriminação positiva, legalmente estabelecida, para compensar a discriminação negativa, naturalmente exercida - para promover a igualdade seremos teste-munhas de um ideal não alcançado, de um direito não cumprido, de uma justa expectativa injustamente defraudada.

Mais um Dia Inter-nacional da Mulher

Por: Maria do Céu Patrão Neves

Page 8: Jornal O Breves

Última Página O BREVES - 10 de Março de 2014

OLHO NÚ

Assine e divulgue o jornal O Breves

[email protected]

www.obreves.pt

Pub

Na Vila das Velas, junto à zona do Arco está implantada no triangulo esta "peça de arte", ou melhor os seus "restos mor-tais".

Esta "peça de arte" foi oferecida ao Município das Velas em 1993, pelo Artis-ta Seixas Peixoto.

Hoje tentar ler o que está inscrito na mesma, é uma paciência ou um "puzzle", porque faltam 12 letras da frase que era: VELAS UMA DÉCADA DE DESENVOL-VIMENTO, bem como uma medalha na meia lua.

A esta "peça" restam-lhe duas opções em meu modesto entender. Recuperam-na ou então limpem o espaço. Assim como está dá uma péssima imagem.

É que um povo também é avaliado e reconhecido, pela forma como trata o seu património.