Jornal o Templario Ano1 n2 Abr Mai Jun 2006

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    O Templrio Abril / 2006 -

    Fraternidade Rosa-Cruz do Brasil

    O Templrio

    Nesta Edio:

    EditorialPg. 2

    O zodaco e a atuao

    dos signos.Pg. 3

    A morte existe?Pg. 4 e 5.

    A genialidade de ScratesPg. 6

    A importncia do nome.Pg. 7 e 8.

    B J

    Abril / 2006ANO INO 2 Distribuio Gratuita

    A morte de Sneca Cristoforo Savolini.

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    Jlio Guajar Rodrigues FerreiraFundador e Instituidor da

    Fraternidade Rosa-Cruz do Brasil.

    No existe ainda um tabu maior que a morte. um tema do qual muitode ns evitam falar. Uma simples meno a esse assunto cria descon-forto numa troca de idias. Hoje, apesar das inmeras pesquisas rea-lizadas pela cincia nesse campo, ainda continuamos sem respostaspara esse enigma. Para Swami Vivekananda, foram os profundos

    questionamentos a respeito desse tema que levou o homem a buscarconforto nos mistrios, criando assim vrias linhas de pensamentosque culminaram nas religies. O homem teme a sua no existncia eno consegue fugir do seu destino.

    Buscando trazer algumas elucidaes a esse respeito quetrazemos nessa edio, como artigo principal, uma pesquisa funda-mentada nos ensinamentos Rosacruzes. Trata-se de um artigo sint-tico, sem muitos aprofundamentos, que provavelmente no ir respon-der todas as dvidas, mas esperamos que ele venha contribuir paraque o leitor possa lanar um novo olhar sobre esse tema.

    No artigo O zodaco e atuao dos signos, o leitor poderconhecer um pouco mais sobre si mesmo e sobre o trabalho quedeve realizar vida.

    Com a genialidade de Scrates, poder encontrar uma forma dedirigir a prpria vida, baseando-se no mtodo desenvolvido pelo mesmopara distinguir aquilo que til a ns.

    Ainda, nessa edio, trazemos para apreciao do leitor, um arti-go sobre a importncia do nome prprio e dos benefcios que este podetrazer ao individuo quando o mesmo conhece o seu significado.

    Esperamos que os artigos sejam apreciados pelo leitor.

    Para dirimir quaisquer dvidas ou para apresentar sugestes

    para os prximos nmeros, entre em contato conosco atravs do en-dereo eletrnico: www.rosacruzdobrasil.org.br.

    Diretor - Redator ResponsvelBencio Sampaio Fernandes

    Reviso

    Horcio Rolim de Freitas

    Equipe de Redao

    Slvio Lopes Rodrigues

    Paulo Robson Velloso

    Leonardo Gomes Pereira

    Jeniffer Ribeiro da Cruz

    Robson do Nascimento Muniz

    Marcus Andr de Arajo Reis

    Site: www.rosacruzdobrasil.org.brE-mail: [email protected]

    Editorao, Criao, Arte e ImpressoLetras e Magia Editora

    www.letrasemagia.com.br

    A Fraternidade Rosa-Cruz do Brasil uma instituio doutrin-ria de culto e cultura, fraternal e universal, que se compe deilimitado nmero de filiados, de ambos o sexos, sem preconcei-tos de crena, nacionalidade, cor ou posio social e tem por fito:

    A Doutrina: como culto inflexvel da moral e da elevao

    mental, intelectual e espiritual do homem, paraconstruo de uma sociedade justa e crist,reconhecida pelos seus membros como o TemploEspiritual da Humanidade.

    A Instruo: como base do aperfeioamento intelectualdo homem, recorrendo, para tal, verdade cientfica daTeosofia, na Antroposofia, na Ortologia e naAntropologia.

    A Filantropia: como prtica eficiente da fraternidadehumana e como verdadeiro culto da Civilizao.

    Todas essas doutrinas e saberes so administradas sob asregras disciplinares do Rito Templrio que estabelecem umapostura semelhantes s dos antigosmonges ecavaleirosdessa mstica e antiga Ordem.

    Editorial:Crditos:

    Quem Somos?

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    O zodaco e a atuaodos signos.

    A palavra zodaco provm do Grego, sig-

    nificando crculo dos animais que represen-tam as doze constelaes que so os signosastrolgicos.

    Se observarmos a terra no seu movimento detranslao, encontraremos doze constelaesdistribudas ao longo de sua trajetria ao redordo Sol. Possuindo afinidades tais que recebe-ram o nome de determinados animais devido similaridade de suas caractersticas.

    Essas constelaes ou signos iniciam-se emries e terminam em Peixes. Elas dentro des-se circulo classificam-se por diversos aspec-tos. O mais conhecido quanto aos quatroselementos (Fogo, Terra, Ar e gua), mas exis-tem, alm deste, outros aspectos no menosimportantes, porm pouco conhecidos. Va-mos mencionar o aspecto cuja caracterstica o trabalho diante do mundo, compreenden-

    do esta classificao os signos Cardeais,Fixos e Comuns.

    Os signos Cardeais so: ries, Cncer, Li-bra e Capricrnio. Identificando-se com osprincpios de Atividade, Iniciativa e Ao,embora exercitem isso de maneiras diferen-tes, pois cada um ligado a um elemento,trabalhando de acordo com as caractersticasdesse elemento.

    Os ngulos desses signos, em suas casas,representam os pontos culminantes a Leste,Sul, Oeste e Norte. Os Cardeais so aquelesque transformam o mundo com as ferramentasque lhes so entregues. Qualidades que os tor-nam Generais para uma batalha. Cumprem deforma dinmica suas tarefas, com iniciativa eimpulsividade.

    Os signos Fixos so: Touro, Leo, Escorpioe Aqurio, como os Cardeais tambm repre-sentam quatro elementos. Esses signos soextremamente persistentes lutando tenazmen-

    te por seus ideais. Quando tomam uma deci-so, abraam essa idia, seguindo-a incansa-velmente at o fim.

    Os signos Comuns so: Gmeos, Virgem,Sagitrio e Peixes que tambm, como os de-

    mais, representam quatro elementos. Essessignos so altamente flexveis, no possuindouma caracterstica prpria como os Cardeais eFixos, mas colhendo tudo que as classes an-

    teriores fazem e dando a elas um propsito eao, incentivando as virtudes, pois esses sig-nos possuem um alto poder mental e espiritu-al, equilibrando os rompantes Cardeais e apersistncia dos Fixos.

    Os temas aqui mencionados no devem servistos por um nico ngulo, pois esta anli-se baseada numa conjuno astrolgicasimples e solar, existindo muitos aspectos aserem analisados, como o signo ascenden-te, o signo lunar e as diversas posies pla-netrias. Na pratica, uma pessoa com signosolar Cardeal pode agir como Fixo ou Comume vice e versa, dependendo dos fatores aci-ma (Carta Natal) e do mais importante dosfatores que sua vontade e conscincia quelhe impulsionam para a evoluo que pode-r libert-lo do jugo planetrio.

    Leonardo Gomes Pereira

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    A morte existe?

    Por muito tempo a definio de morte esta-va ligada parada de funcionamento do co-

    rao e a conseqente parada de respirao.O desenvolvimento tecnolgico deste scu-lo fez surgir medicamentos e, mquinas ca-pazes de restaurarem a vida poucos minutosaps a parada cardaca e, em algumas situ-aes, mant-la indefinidamente. A partir deento as autoridades mdicas passaram aconsiderar a morte cerebral como a definiobiolgica de morte.

    Para as religies em geral a morte no exis-

    te. Este entendimento pode diferenciar-se umpouco de acordo com cada crena. Por exem-plo: para as Religies no reencarnacionistas,o homem morre para ressuscitar no dia do

    juzo final e ocupar seu lugar no Reino Supe-rior de acordo com sua conduta no estado devivo, como ordinariamente conhecemos. Paraesses, a morte no existe em sua totalidadeseno um perodo de sono ou de no manifes-tao. Para as religies que pregam a reen-

    carnao, o que ocorre a passagem da cons-cincia do plano fsico para outros planos maissutis, de acordo com o grau de desenvolvi-mento espiritual.

    Podemos considerar outros estados de mor-te como aqueles em que os vivos vivem comose mortos estivessem, colocando seus medosacima do direito da liberdade da existncia.Tolos egostas! No compreendem ainda quea vida no nos pertence? Que no plano da von-

    tade no existe o certo ou o errado, e sim aexperincia; e que esta que valida a vida, namedida em que contribui para a harmonia dadinmica do movimento e no o contrrio?Lembro a estes as palavras de Fritjof Caprasobre o momento intuitivo que precedeu a cri-ao de seu livro O Tao da Fsica:

    ...neste instante subitamente apercebi-meintensamente do ambiente que me cercava ;isto se afigurava a mim como se participas-se em seus vrios nveis rtmicos, de uma gi-gantesca dana csmica . Como fsico sabiaque o ar, a areia, a montanha, TUDO cons-titudo de molculas e tomos em vibrao

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    constante. Mas sentado na praia, senti queminhas experincias anteriores, comprova-das matematicamente, subitamente adquiri-am vida. Assim eu vi (...) pulsaes rtmicasem que partculas eram criadas e destrudas(...). Neste momento compreendi que tudoisso se tratava daquilo que os hindus, simbo-licamente chamam de A Dana de Shiva (...).

    Cabe ento refletir sobre o que vale mais:uma vida longa, porm vazia ou uma vida re-pleta de experincias?

    Mas o que tem haver isto com a morte?

    Para abordarmos a morte sob o ponto devista espiritual, temos que, primeiramente,contextualizar o que vem a ser matria. A este

    respeito poderamos utilizar os conceitos dafsica moderna, citando Heinsenberg. Porm,fiquemos com o pensamento germinal deAristteles:

    ...a matria se define entre a relao mat-ria e forma . Ou seja, tudo que percebidono mundo dos fenmenos nada mais doque matria que encontrou sua forma. A ma-tria ento no uma realidade por si mes-ma, mas uma possibilidade, qual somentea forma lhe d existncia. a essncia que,num processo natural, passa de mera possi-bilidade realidade pela presena da forma; um substrato corpreo indefinido, com apossibilidade de vir-a-ser ao consubstanciar-se na forma. Todas as partculas elementa-res so feitas de mesma substncia e a essasubstncia podemos chamar de energia oumatria fundamental.

    Seria mera especulao afirmar algo sobre amorte estando do lado dos vivos. Mas a men-sagem : na medida em que se aprofunda naconstituio da partcula, v-se a cada passoque a vida no pode advir da matria; que re-almente a energia que vivifica a matria . Sea matria estivesse acima da energia, ou lhedesse a vida, por que ento uma me, no na-tural, hospedeira, no imporia seu padro dehereditariedade criana que hospeda? Comopode essa criana, esse pequenssimo conjun-to de clulas distantes ainda da forma exube-rante que vir a ser, no ser influenciada pelopadro da matria que a envolve o ventre dame hospedeira - e no mudar sua forma,

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    uma vez que a vida, sob esta tica, viria doexterior?

    Visto que Aristteles e a cincia modernaso aceitos, ento quem d ao ser humanosua forma? Se no possvel responder aestas perguntas com convico, deve-se en-to admitir a possibilidade da conscinciatambm transcender a matria.

    Se buscarmos na origem, na essncia das pa-lavras que contam a estria do Divino MestreJesus de Nazar, constataremos que nasceude uma concepo imaculada, que seu corpofsico foi gerado sem o desejo sensual; e quepara tal concepo, se fez necessrio um pro-cesso de purificao da matria durante 42

    geraes. Ainda, na Histria encontramos se-res determinados que no abandonaram seussonhos e suas convices, preferindo a foguei-ra a ter que neg-los. O que havia em comumentre esses grandes seres que os diferencia-ram dos demais de suas pocas? A julgar porsuas condutas, de uma forma bem simplista,podemos afirmar que esses grandes seres notinham medo da morte. Para eles havia algomais valioso que a prpria existncia fsica.Como leigos inconscientes podemos indagar:h algo que transcenda a existncia fsica?Para a cincia esotrica, aquilo que trata-

    mos aqui como matria se apresenta em di-ferentes gradaes vibratrias, formandomundos ou planos que se interpenetram; eonde transitar a conscincia, cuja manifes-tao ser condicionada pelos veculos uti-lizados pelo ser. Tudo que a ns se apre-senta como mineral, vegetal, animal e huma-no so espaos preenchidos pela energiacondensada. A cincia esotrica esclareceque o perodo entre o nascimento e a mortefsica deve ser consagrado construodesses veculos, plano a plano, at atingir o5 plano (o plano da Conscincia Una, ondepodemos afirmar: Eu e o Pai somos Um),aps o qual cessa a necessidade dasencarnaes. Esta cincia considera aindaa natureza e o homem como partesinterdependentes, e o homem um ser em

    constante evoluo - como uma clula emressonncia com o cosmos.

    Os Mestres iluminam, tomando como refern-cia nossa humanidade, que esse trabalho se

    inicia no ventre materno. Pelo poder da von-tade, a alma humana na sua descida at o pla-no dos sentidos, constri para si os corposmental, astral e fsico usando a matria emcada plano. Trs tomos sementes (fsico,emocional e mental), que acompanham o ser

    desde sua primeira manifestao, atraem eagrupam a matria nos respectivos planos emtorno de seus ncleos. Neles, as atividades doser, consciente ou no, como vitalidade, emo-es e pensamentos, vo plasmando essescorpos e determinando a capacidade de nos-sa atuao nesses planos. Aps a morte fsi-ca, a sntese das nossas experincias no pla-no fsico, astral e mental absorvida e traba-lhada pelo esprito vivente e utilizada como

    ponto de partida para a criao dos novos ve-culos de manifestao.

    Segundo os Mestres, quando a morte seapresenta, a fora vital escapa, provocandoum afrouxamento da fora eletromagnticaque mantinha agregados os tomos do corpofsico e este inicia o processo de desintegra-o. Ao seu tempo, os veculos astral e men-tal tambm se desintegram de acordo com asleis inerentes aos respectivos planos. A cons-

    cincia, a qual supervisionava a desintegraopaulatina de seus veculos, agora recolhe-seao seu plano de origem de onde arquiteta a fu-tura descida matria. Uma vida pautada emelevados sentimentos, como amor altrusta edesapego s coisas materiais, abrem os cen-tros de energia, sutilizando a matria com aqual so construdos esses veculos. Com istoa conscincia logra se manifestar na existn-cia fsica em toda a sua plenitude. A manifes-

    tao plena da conscincia no mundo dossentidos erradica a morte para sempre. O quechamamos de morte nada mais do que a ma-nifestao parcial da Conscincia Una. Ao con-templar a histria do desenvolvimento espiritualda humanidade, surgem diante de nossa almagrandes vultos que realizaram a manifestaoplena da conscincia. Neles a Conscincia Una

    jorrava abundantemente, sinal de que haviamultrapassado o portal das limitaes humanas,

    sutilizado seus veculos, unificando suas cons-cincias com a Conscincia Una, dando provasde que venceram a morte.

    Slvio Lopes Rodrigues

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    A genialidade deScrates

    Certa vez, um discpulo de Scrates, aproxi-

    mou-se do mestre, ofegante de desejo em con-tar-lhe uma novidade.

    __ Scrates, Scrates, preciso lhe contar algo,uma novidade e tanto!

    Scrates, que neste momento meditava emseus prprios questionamentos, levantou-separa ouvir seu discpulo inquieto, mas ao levan-tar-se logo se adiantou em dizer:

    __ Claro, pode me contar, mas antes que me

    conte, sua histria precisa passar por trs crivos.__ Crivos? Mas quais? __ Perguntou o disc-pulo um tanto embaraado.

    __ Sim, trs crivos. E o primeiro seria conhe-cer de voc se tem certeza da veracidade danotcia: verdadeira sua novidade? __ Pergun-ta Scrates calmamente.

    __ Bom, mais ou menos.

    __ Ento podemos duvidar da legitimidade desuas palavras em me contar essa histria?__ De certo modo sim, mas...

    __ O segundo crivo seria conhecer de voc seo que me traz til. Existe alguma utilidadeno que me dir?

    __ Provavelmente... No. __ Responde o dis-cpulo com um ar reflexivo.

    __ O terceiro crivo seria conhecer se o que tem

    a me dizer benigno: suas palavras so boas?__ Ah! Isso no mesmo! Isso a nica coi-sa que garanto...

    __ Ento, sua novidade no verdadeira, nemtil e muito menos, boa. Para que vou desejarconhec-la?

    Scrates era assim, as perguntas eram sim-ples e seus ensinamentos consistiam em fa-zer com que o prximo pensasse por si s.O mesmo acreditava na liberdade para pen-sar, pois j conhecia que o homem livre enico e que s alcana a sabedoria quandoh um esforo individual para o mesmo.Sempre quando interrogado, fazia o ouvinte

    refletir com uma srie de perguntas, at pro-var que o mesmo estava completamenteequivocado.

    Possua muitos discpulos e nada escreveusobre si mesmo ou seus ensinamentos. Mes-mo 400 a.C., Scrates dava lies a seus dis-cpulos de geologia, geografia, astronomia,meteorologia, gramtica e rtmica, ensinando-lhes tambm a fisiologia das moscas e daspulgas e, sobretudo, a arte da tergiversao*e retrica**. Em lugar dos deuses, venerava asnuvens, o ter e o torvelinho dos tomos.

    Scrates, pela moral, honrava a ptria, mascriticava a poltica, porm julgava que deviaservir ptria com bons costumes e procura-

    va educar cidados respeitosos. Acreditavaque, para alcanar a felicidade ou semelhanacom Deus, seria a prtica da virtude e que to-dos deveriam conhecer a si mesmos.

    Antes de ser executado, teve a proposta deum discpulo para fugir, mas no aceitou por-que estaria desobedecendo s leis de sua p-tria, o que se oporia a tudo que o mesmo pre-gou em toda sua vida.

    Assim termina a vida material de um mestre

    no planeta, mas seus ensinamentos deixadospor sculos seguintes e o simples viver parao bem seria uma das mximas de Scrates.Possamos ns, tentar compreender evivenciar as palavras do sbio. Mesmo que aprincpio seja difcil, mas comecemos peloscrivos, em atentarmos a todo o momento empeneirar as palavras que nos vm aos ouvidos,evitarmos a mentira, a inutilidade e a malda-de das palavras proferidas.

    Procurar viver, ao invs de criticar nossaptria, no engordar a injustia apontando oerro dos outros e sim nossos prprios erros,nossos atos desonestos, mesmo que pense-mos serem os mais simples, mesmo que onosso ato seja furar uma fila ou no devol-ver um lpis usado. Por isso Scrates nofugiu, mas deixou um legado e procurou vi-ver com respeito e sabedoria.

    Jeniffer Ribeiro da Cruz

    *Procurar rodeios, evasivas; usar de subterfgios

    **Oratria. A arte de discursar de forma primorosa, pormvazio de contedo

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    A importncia donome.

    Quando desejamos assinalar alguma coisa, de modoque ela possa vir a ser reconhecida por outra pessoa,

    damos a essa coisa um nome. Assim, o homem con-segue relacionar objetos, plantas, animais e at osseus prprios filhos atravs do nome que lhe foi apli-cado. Desde os tempos mais remotos, desde de quan-do os nossos antepassados adquiriram o dom da fala,vimos adotando essa prtica.

    Nos povos mais antigos, os pais buscavam nome-ar os seus filhos com nomes que os relacionavam aanimais, plantas e objetos celestes, buscando dar aeles uma referncia na natureza para que, com a

    qual, os mesmos se identificassem e pudessempautar as suas vidas. Essa prtica ainda comumnos povos indgenas e os pais esperam que seusfilhos se espelhem no nome que lhe foi dado, adqui-rindo as qualidades e as virtudes que so inerentesao nome adotado.

    Uma outra prtica entre os povos da antiguidadeconsistia em dar ao recm-nascido o nome de umantepassado, acreditando-se que as virtudes apre-ciadas no falecido se transmitissem pela magia donome ao novo ser. Essa prtica considerada pelo

    homem moderno como uma superstio - era filhade vrias observaes e que por muitas vezes eramconstatadas. Porm, para a sociedade atual essaprtica perdeu totalmente o valor. Desse modo po-demos constatar diariamente que os novos-pais nodo muita importncia sobre a influncia do nomedado aos seus filhos.

    J no cabe a ns basearmos as nossas atitudesem supersties e tradies, porm, fato que mui-to dos grandes vultos do passado foram de uma certa

    forma influenciados pelo prprio nome. Assim vemosregistrados nas pginas da histria os nomes de:Alexandre que quer dizer: defensor dos homens-,Aristteles perfeitssimo -, Abrao pai de umamultido -, Saulo tenro, delicado, frgil-, Paulo pequeno (Saulo de Tarso adota o nome de Pauloquando adquire a firme convico sobre a Doutrinado Cristo e percebe o quanto pequeno perante avontade do Pai, fato que podemos traduzir como umapostura de humildade), e muitos outros.

    Devido ao fato de no nos preocuparmos mais com

    o significado dos nomes com os quais batizamos osnossos filhos, isso nos induz a cometer erros taiscomo: Batizar crianas loiras com o nome de Bruna que quer dizer morena -, crianas morenas comnome de Flvia loura, amarela.

    O mais interessante notarmos que o modismodesmedido, sem nenhum critrio lgico, faz com quepais influenciados por este, desejosos de dar a seusfilhos nomes que o diferenciem das demais crianas,acabam criando neologismos e nomes compostosque no traduzem coisa alguma e que muitas vezes

    so derivados de nomes estrangeiros. Mais interes-sante ainda notarmos que alguns nomes que pos-suem um significado que deixariam qualquer cida-do moderno, nascido em uma metrpole, bastantesatisfeito com o seu nome - se soubessem o signifi-cado deste mas que caram no desagravo do povopor fora de preconceitos. Assim vemos nomescomo: Agenor muito viril, Alberico rei dos Elfos(qualquer criana de hoje poderia ficar orgulhosadesse nome, graas trilogia Senhor dos Anis)-,Adalberto nobreza brilhante -, Astolfo lobo guer-

    reiro -, Arquimedes pensador brilhante,previdentssimo - Bertoldo governador brilhante -,Clodoveu guerreiro famoso, Clotilde guerreirafamosa -, Adeodato ou Deodato - oferenda de Deus-, Salom pacfica Madalena torre -, Tibiri omaioral, o que guarda a terra -, Orsio montanha -, e muitos outros que pela ignorncia deixaram deser aplicados.

    Do livro intitulado Da Magia natural de Dr. MagnusSondahl grande estudioso de lingstica eHierofante da Cincia Ortolgica (Reta razo), extra-

    mos um trecho que nos apresenta uma belssimaexplanao sobre a importncia do nome para a for-mao do carter de um indivduo:

    Efetivamente no se pode conceber ou compreen-der uma existncia qualquer, sem uma imagem sub-jetiva correspondente, e um sinal que evoque, quan-do se queira, a dita imagem.

    Pois bem, o nome serve para evocar: - eis a magiado nome.

    Quando se quer fazer bem a algum, ou arrastarsobre algum influncias simpticas: - faz- se-lheelogios. Quando, ao contrrio, se quer fazer mal aalgum ou dirigir sobre algum influncias antipti-cas: - faz-se-lhe censuras.

    Essa verdade, embora no sistematizada em teo-ria, bem conhecida hoje, na prtica, pelos mais ig-norantes; e sobretudo, pelos mais perversos.

    D-se a uma palavra um mau sentido e aplique-sea algum, e ver-se- que vai logo despertar, nessealgum, uma irritao psquica, contrariedade emau humor!

    D-se, ao contrario, a uma expresso qualquer, umbom sentido, e aplique-se a algum, e ver-se-,nesse caso, despertar nesse algum, uma emoo

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    AMOR - PENSAMENTO - AO

    A FRATERNIDADE

    ROSA-CRUZ DO BRASIL

    Capitulo So Luiz - Rua: Anglica Mota, 166Olaria - RJ - Tel.: 2564-7121

    Cultos abertos ao pblico: Quartas-feiras, s 20 horas

    Templo de So Joo - Rua: Afonso Pena, 75 (Pa. Afonso Pena)Tijuca - RJ - Tel.: 2569-7625

    Cultos abertos ao pblico: Teras-feiras, s 20 horas

    Nosso jornal porta voz oficial da Fraternidade Rosa-Cruz do Brasil - tem como objetivo maior, sensibilizarnossos leitores para uma reflexo interior. Aqueles que almejam por uma sociedade consciente,espiritualizada, e desejosos de atuar esto convidados a vir trabalhar conosco nesse propsito.

    Convidamos os leitores a conhecer melhor nossos trabalhos, comparecendo as nossas reuniesrealizadas semanalmente nos locais e horrios conforme os quadros acima.

    Informaes adicionais podero ser obtidas no nosso site: www.rosacruzdobrasil.org.brou peloe-mail: [email protected].

    carinhosa, prazer e um estadode bom humor, ou de harmoniapsquica!

    No basta, porm, para que ainfluncia mgica se exera, sa-ber a acepo, ou qual o senti-

    do do termo. mister ainda, - eo da mais alta importncia, -entrar em conta com as disposi-es psquicas, emotivas e inte-lectuais, da pessoa que empre-ga o nome, ou faz o apelo, a In-vocao, ou evocao.

    Em moral dizia Aristteles -,o que vale a inteno!

    Da o instinto do apelido de fa-

    mlia, ou a adoo de nomes deintimidade entre pessoas que seafeioam, cujo emprego maisou menos vedado a estranhos.

    Da a instituio sistemtica donome iniciativo ou esotrico, emtodas as Sociedades Secretas,de Instruo, de Educao oude Ao.

    Como podemos notar no textoacima, o nome de batismo temuma influncia muito grande nanossa formao, mas para quetal acontea faz-se necessrioque os pais esclaream seus fi-lhos sobre o seu significado.Desse modo, com a devida tu-tela dos mesmos, poderiamatravs do nome, nortear assuas atitudes perante a vida. E

    sempre que se fizesse neces-srio, poderiam invocar a forado nome, para que, orientadopelo seu significado, tomassemas decises necessrias parasuperar os obstculos que avida lhes apresenta.

    Bencio Sampaio Fernandes