Jornal OCIDENTE 03

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OCIDENTE Jornal www.radioocidente.pt Ambiente Empresas & Negócios Obras Futebol Continua pendente a construção do hospital de Sintra, assunto que terá que ser “analisado” e “ponderado” admite ministro, Paulo Macedo. Pág: 10 Contagem decrescente para eleições na AESintra, que confirmou os candidatos, Manuel do Cabo e José Valério Falé. Pág: 5 Localização hipotética de aeroporto em Sintra, divide opiniões, sobretudo por parte de moradores que temem pela perda de qualidade de vida. Pág: 6 Hospital Eleições Aeroporto O ECOSAVE analisa o impacte dos electrodomésticos no consumo de Director Jorge Tavares Ano 2 | Nº 3 | Março de 2012 | GRATUITO Fernando Seara deixa a Câmara de Sintra no final do mandato e Marco Almeida, é “quase, quase”, o senhor que se segue, mesmo contra a vontade do PSD. Pág: 4 O Senhor que se segue Destaque Sintra em risco de perder freguesias O Governo aprovou a proposta de lei que estabelece as regras para a redução do número de freguesias, uma alteração legislativa que faz parte da reforma da Administração Local. Actualmente, existem 4259 freguesias e deverão ser extintas cerca de 1500. O concelho de Sintra pode perder nove das 20 freguesias. Pág: 3 Autárquicas 2013 PSD QUEBRADO!!! Dia Internacional de Mulher A luta continua O Jornal OCIDENTE esteve à conversa com três mulheres de têmpera e garra que presidem e lideram as Juntas de Freguesia de Casal de Cambra, Montelavar e Monte Abraão, respectivamente, Fernanda Santos (PSD), Lina Andrês (PS) e Fátima Campos (PS). Pág: 9 Reabilitação urbana chega a Sintra Pág. 12 Palácio da Pena com projetos de restauro aberto para obras Pág. 14 Miúdos dos RDA s ã o exemplo Pág. 15 Mem Martins tem relvado Pág. 15

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Edição de Março de 2012 do Jornal OCIDENTE

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OCIDENTEJornal www.radioocidente.pt

Ambiente

Empresas & Negócios

Obras

Futebol

Continua pendente a construção do hospital de Sintra, assunto que terá que ser “analisado” e “ponderado” admite ministro, Paulo Macedo. Pág: 10

Contagem decrescente para eleições na AESintra, que já confirmou os candidatos, Manuel do Cabo e José Valério Falé. Pág: 5

Localização hipotética de aeroporto em Sintra, divide opiniões, sobretudo por parte de moradores que temem pela perda de qualidade de vida. Pág: 6

Hospital EleiçõesAeroporto

O ECOSAVE analisa o impacte dos electrodomésticos no consumo de

Director Jorge Tavares Ano 2 | Nº 3 | Março de 2012 | GRATUITO

Fernando Seara deixa a Câmara de Sintra no final do mandato

e Marco Almeida, é “quase, quase”, o senhor que se

segue, mesmo contra a vontade do PSD.

Pág: 4

O Senhor que se segue

Destaque

Sintra em risco de perder freguesiasO Governo aprovou a proposta de lei que estabelece as regras para a redução do número de freguesias, uma alteração legislativa que faz parte da reforma da Administração Local. Actualmente, existem 4259 freguesias e deverão ser extintas cerca de 1500. O concelho de Sintra pode perder nove das 20 freguesias. Pág: 3

Autárquicas 2013

PSD QUEBRADO!!!

Dia Internacional de Mulher

A luta continua

O Jornal OCIDENTE esteve à conversa com três mulheres de têmpera e garra que presidem e lideram as Juntas de Freguesia de Casal de Cambra, Montelavar e Monte Abraão, respectivamente, Fernanda Santos (PSD), Lina Andrês (PS) e Fátima Campos (PS). Pág: 9

Reabilitação urbana chega a SintraPág. 12

Palácio da Pena com projetos de restauro aberto para obras Pág. 14

Miúdos dos RDA s ã o exemploPág. 15

Mem Martins tem relvadoPág. 15

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Editorial2 Media Março de 2012Jornal OCIDENTE

OCIDENTE, rádio/JornalA Nossa Selecção

Fernando Jorge Lima Fernando Mateus Hugo Saraiva João Antunes João Paulo Teixeira Jorge Manuel Cardoso Jorge Tavares Lilia Sebastião Artur Lopes Marinela Tavares Miguel Ângelo Mila Ferreira Nuno Cachucho Nuno Diogo Paulo Barulho Pedro Esteves Pedro Tavares Rui Camões Rui Oliveira Solange Henriques Victor Duziteo

NO AR

Gerações / Jorge Manuel Cardoso Grande Écran / Fernando Mateus

Rock FM / Nuno Cachucho

Lado B / Pedro Esteves

Viver o Trânsito / Jean Janes

Lusáfrica / Fernando Jorge Lima

OCIDENTECADA VEZ MAISJUNTO DE SI!

O maior contéudo de Notícias da Região!Distribuição Gratuita

Pontapé na criseDou comigo a pensar, onde falhou o país. Temos boa gen-te, séria e trabalhadora. Um Portugal à beira mar plantado, com excelentes condições na-turais e humanas. O clima não podia ser melhor, com tempe-raturas a gosto, já para o fim de semana.

Temos uma história com qua-se novecentos anos. E uma bandeira. E um hino. O pa-trimónio histórico e cultural é rico. Somos tantos milhões espalhados pelo mundo a falar a língua de Camões e Pessoa. Temos tantos emigrantes que nos representam em qualquer palco do mundo, tantas vezes, o nosso único cartão de visi-ta.

Mas, se olharmos para para dentro de nós, a história re-pete-se. A crise é crónica. A nossa estrutura produtiva está obsoleta. Não se percebem os objectivos estratégicos. O Estado asfixia a economia. O mundo rural está paulatina-mente a perder gente. A terra cada vez mais ao abandono.

Estamos mais esgotados e fartos de tanta conversa fiada. Temo pela nossa capacidade de reação, para um pontapé na crise ou para reescrever ou-tra história de um povo.

Mas afinal de quem é a cul-pa?

Se a matéria-prima é à partida boa e o resultado é desastroso, a culpa só pode ser do modelo de organização. E organiza-ção, num Estado como nosso, chama-se política.

Em Portugal, é claramente a política que está a falhar. E, se já não conseguimos mudar de país com uma mala de cartão na mão, precisamos de novos modelos e também de novos actores.

Sem ofensa, acho que estamos entregues a uma classe diri-gente e política, incapaz e de-gradada. O país parece estar condenado a viver assim.

Pior, não há quem!

O directorJorge Tavares

A Parques de Sintra, o Palácio Nacional de Sin-tra e a Associação Portuguesa de Camélias apre-sentam, dia 17 e 18 de março, a II Exposição de Camélias – Sintra 2012, nos Jardins do Palácio Nacional de Sintra

Em destaque...... GeraçõesQuem não gosta de recordar as grandes baladas como Nights in White Satin ou o Hotel Califórnia. Nas noites da OCIDENTE, rádio/jornal, NO AR de segunda a sexta, entre as 22h00 e a 01h00, Jorge Manuel Cardoso leva a todos a música que marcou as nossas vidas. GERAÇÕES, um programa para gente boa, bonita e de bom gosto! Obrigatório.

... PodcastO serviço de Podcast da OCIDENTE, rádio/jornal, disponibiliza conteúdos para ouvir tranquilamente, a qualquer momento. Já es-tão disponíveis alguns programas, com especial destaque para o Programa LADO “B” de Pedro Esteves. Pode ainda recorrer aos arquivos e ouvir programas mais antigos, mas também reporta-gens, entrevistas e debates.

... O2Brevemente a OCIDENTE, rádio/jornal vai lançar um novo canal de rádio, dirigido aos jovens do concelho de Sintra. Uma parceria que vai envolver as escolas do concelho. Promete! Já agora!... Se tens uma banda, ou és cantor a solo e gostavas de ouvir a tua mu-sica na rádio, esta é a oportunidade!

Cidadão RepórterSeja o reporter OCIDENTE, rádio/jornal. Envie-nos as suas notícias e fotografias, para [email protected]

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3DestaquesMarço de 2012Jornal OCIDENTE

Autarquias

Governo aprova redução de freguesias

O Governo aprovou uma propos-ta de lei que estabelece as regras para a redução do número de freguesias, uma alteração legis-lativa que faz parte da reforma da Administração Local. Actual-mente, existem 4259 freguesias e deverão ser extintas cerca de 1500. O concelho de Sintra pode perder nove das 20 freguesias, entre urbanas e rurais.

Segundo o comunicado do Con-selho de Ministros, esta proposta de lei consagra “a obrigatorieda-de da reorganização administra-tiva do território das freguesias” e dá início ao “processo de reor-ganização administrativa do ter-ritório dos municípios, desde já se incentivando a sua fusão”.O diploma aprovado a semana passada, que seguirá para dis-cussão e votação na Assembleia da República, constitui “o regi-me jurídico da reorganização ad-ministrativa territorial autárqui-ca, estabelecendo os objectivos, os princípios e os parâmetros da regionalização administrativa territorial autárquica” e define e enquadra “os termos da parti-cipação das autarquias locais na concretização desse processo”.Recorde-se que as linhas gerais da reforma da Administração Local foram aprovadas no início de Setembro do ano passado. Na altura, o Governo anunciou que o número de freguesias iria ser reduzido e que seriam dados incentivos para a fusão de mu-nicípios.

Extinção de freguesiasO secretário de Estado da Pre-sidência, Luís Marques Guedes, afirmou que deverão ser extin-tas entre 1300 e 1400 das atuais 4259 freguesias, se o Parlamento aprovar as regras propostas pelo Governo para a reorganização autárquica.Marques Guedes frisou que esta “estimativa do Governo” é “uma mera simulação” e que o nú-mero de freguesias que vão ser extintas “depende não apenas dos parâmetros finais que fo-rem aprovados pela Assembleia da República como também do envolvimento e das propostas

que virem a ser apresentadas por parte das assembleias de municípios e das assembleias de freguesias, cuja participação está expressamente prevista na proposta apresentada pelo Go-verno”.Quanto às regras estabelecidas na proposta de lei aprovada, o secretário de Estado da Presi-dência adiantou que terá de ha-ver “uma agregação de 50 por cento das freguesias nas áreas urbanas”.

Sintra perde freguesiasSe a proposta de reorganização administrativa territorial autár-quica for aprovada, o concelho de Sintra, que tem 20 freguesia, que se dividem entre o rural e o urbano, perde nove freguesias, de acordo com os parâmetros estabelecidos na Proposta de Lei nº 44/XII, no que se refe-re aos “lugares urbanos”, com uma população igual ou supe-rior a 2000 habitantes. Sintra está classificada como município de Nível 1 por ter mais de 40 mil habitantes e uma densidade populacional supe-rior a 500 hab/km2. De acordo com os parâmetros de agregação, “redução, no mí-nimo, de 55% do número de fre-guesias cujo território se situe, total ou parcialmente, no mes-mo lugar urbano ou em lugares urbanos sucessivamente contí-guos e de 35% do número das outras freguesias”. Isto é, 13 das 20 freguesias de Sintra encaixam no primeiro parâmetro, e sete no segundo. Feitas as contas e de acordo com as propostas, na zona urbana só poderá ter seis freguesias em vez

de 13 e na zona rural cinco em vez de sete. O documento refere ainda que as autarquias agregadas pas-sam a designar-se “União das Freguesias”, seguida das deno-minações de todas as freguesias agregadas, devendo ser consti-tuído um “conselho de fregue-sia”.

Processo concluído até JulhoO ministro dos Assuntos Parla-mentares afirmou que o proces-so de redução de freguesias será concluído “até Julho” e “cons-truído de baixo para cima” e acompanhado “por um novo regime” que “reforça” as suas atribuições e competências.“A racionalização do número de freguesias locais não visa uma redução da despesa pública afecta às freguesias que serão aglomeradas, mas sim a liber-tação de recursos financeiros que serão colocados ao serviço das pessoas”, declarou Miguel Relvas na Assembleia da Repú-blica.

A CDU Sintra dá início esta sexta-feira, 9 de Março a um ciclo de ses-sões publicas onde pretende discutir a reorganização admnistrativa do concelho de Sintra. O ciclo de sessões está marcado para o salão da jun-ta de freguesia de Agualva, às 21h00 e conta com a presença de Pedro Ventura.Em Montelavar a convite da Junta de Freguesia, deputados dos diversos grupos parlamentares, com representação na Assembleia da República, vão debater sexta-feira, 9 de março, às 21h00, na Sociedade Filarmónica Boa União Montelavarense, a Reforma da Administração Local.

A proposta de lei, aprovada a semana passada em conselho de ministros, para a reforma administra-tiva obriga a maioria das freguesias a fundir-se, sendo que as que não o façam perderão dinheiro.O diploma fixa um bónus de 15 por cento nas transferências do Orçamento de Estado tanto para as freguesias, como para os municípios. Mas no caso dos concelhos não há imposição de seguir esse caminho.O Governo considera que o Documento Verde fez o que lhe competia, provocou o debate mas che-gou a hora da polémica reforma administrativa sair do papel.E para incentivar as freguesias à fusão (que, de acordo com a proposta de lei, passará a ser obriga-tória em concelhos com menos de quatro fregue-sias e em freguesias com menos de 150 habitantes, o executivo faz saber que, todas as freguesias que fizerem a agregação de forma espontânea vão re-ceber uma majoração de 15 por cento no orçamen-to, a contar do primeiro ano do próximo mandato autárquico. Mas quem se fundir por “obrigação”, fica sem o prémio.A diferença entre as duas situações está no cum-primento ou não dos prazos e dos pressupostos da reforma: a partir do momento em que a nova lei for promulgada, cada Assembleia Municipal têm 90 dias para apresentar uma proposta de fusão.

Debates em Agualva e Montelavar

Freguesias que não aceitem fundir-se

vão ser obrigadas

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4 Local Março de 2012Jornal OCIDENTE

Autárquicas 2013 / Marco Almeida

Marco Almeida é “quase, quase” candidato à Câmara de SintraMarco Almeida, é vice-presidente da Câmara de Sintra, é candidato “quase, quase” assu-mido à Câmara Municipal nas eleições autár-quicas de 2013, uma matéria “a qual me sinto profundamente tranquilo quanto à decisão que já tomei”. Contudo, primeiro está a edi-ção do livro “Dar Sentido ao Compromisso”, com lançamento previsto para Abril.A propósito do anúncio de Car-los Carreiras, actual presidente da Câmara de Cascais em avan-çar com uma candidatura àque-le município, Marco Almeida que não partilha de “muitas ma-térias partidárias” com o recém eleito presidente da concelhia do PSD de Cascais e ex-pres-dente da Distrital de Lisboa do mesmo partido, reconhece que nesta questão “não poderia estar mais de acordo”.Por um lado, reconhece que “qualquer candidatura decorre de uma vontade pessoal” , mas também na “experiência autár-quica” e que “mesmo que não exercesse as funções de presi-dente de Câmara assumiria a candidatura”.Por outras palavras, Marco Al-meida considera que “em qual-quer candidatura é importante que haja vontade pessoal e só depois a vontade dos outros, quer sejam individuais ou de es-truturas”, entendendo que “para presidir a uma câmara munici-pal é importante ter experiência autárquica. Não é decisiva, mas tem vantagens do ponto de vista da ligação às comunidades e aos desafios que enfrentam”, escre-veu no faceboock.Um terceiro aspecto, não me-nos importante, passa pela “va-

lorização das funções de vice-presidente de Câmara” que se “exercidas com dedicação, elas constituem um importante pon-to de partida”, sublinha Marco Almeida.“Num panorama, em que cerca de mais de metade das autar-quias, à luz da legislação autár-quica actual, não contarão com a candidatura dos actuais presi-dentes, sejam do PS ou do PSD, importa saber como se proces-sará a sua substituição”, ques-tiona Marco Almeida, olhando para Sintra como “um desses casos” considerando que “é ma-téria sobre a qual me sinto pro-fundamente tranquilo quanto à decisão que já tomei”.Com um decisão “quase, qua-se” anunciada, Marco Almeida já fez saber que primeio irá pu-blicar um livro, com um balanço da sua actividade autárquica, uma espécie de “quem sou, o que fiz, como fiz” sem perder de vista propostas de futuro para o concelho.Só depois, anunciará “quase cer-ta candidatura à Câmara de Sin-tra”, que surge como uma von-tade indómita, e de forte apoio popular, sem retorno, mesmo que isso implique, marchar con-tra a vontade e estratégia do pró-prio partido.

Autárquicas 2013 / Fernando Seara

Seara admite candidatura a Lisboa, mas só decide “quando me apetecer”Fernando Seara (PSD) não esconde vonta-de de acabar a sua carreira autárquica como presidente da Câmara de Sintra, mas também não esconde que em política tudo é possível. A distrital “laranja” do partido está a avaliar a possibilidade da candidatura, já que o nome parece reunir maior consenso.Apesar de Fernando Seara já ter manifestado publicamente o desejo de regressar à advoca-cia, a Distrital de Lisboa do PSD pondera a candidatura de Sea-ra a Lisboa. Segundo fonte do partido ao Diário Económico, o partido assumiu que conta com o presidente de Sintra. “Esta-mos quase em 2013, data em que termina o seu último mandato como presidente da Câmara de Sintra, e sabemos que tem a le-gitima intenção de ir para casa e de regressar às suas aulas” mas “desengane-se senhor professor, nem pense nisso” porque “o dis-trito precisa de si e vamos dar-lhe mais um desafio”.O desafio passa por convencer Seara a trocar Sintra por Lisboa, apesar de o autarca de Sintra ter manifestado recentemente o seu desejo em voltar a exercer a sua profissão de advogado.“O meu tempo de autarca acaba em Sintra com as minhas res-ponsabilidades políticas. Já dis-se que gostava de voltar ao es-critório, gosto da universidade, mas nada, nem ninguém poderá dizer que não vai a um lado, não vai ao outro ou vai para o escri-

tório”, afirmou Fernando Seara.Mais recentemente e no final de uma visita do ministro da Eco-nomia à empresa Lusiteca [Fá-brica das Pastilhas Gorila], em Mem Martins, Fernando Seara, admitiu com um firme “sim” que está a ser “pressionado a candidatar-se a Lisboa”, mas que ainda não decidiu e só deci-de, “quando me apetecer”.Recorde-se que este é o último mandato de Fernando Seara, como presidente da Câmara de Sintra, e apesar de manifestar vontade em voltar a dar aulas, a verdade é que avançar como candidato à Câmara de Lisboa, surge cada vez mais, como uma forte possibilidade.A ser aceite, Marco Almeida (PSD), vice-presidente da Câ-mara de Sintra, poderá ter uma posição importante na estra-tégia do partido “laranja” no concelho, na passagem de tes-temunho, [à semelhança do que já aconteceu em Cascais, entre António Capucho e Carlos Car-reiras] tendo em conta a sua “disponibilidade” e “vontade” em avançar com uma candida-tura à Câmara de Sintra.

PSD QUEBRADO!!!

Portela de Sintra / debate

P C P p r e o c u p a d o c o m b o m b e i r o s O PCP promoveu um encontro/de-bate com as Associações de Bom-beiros Voluntários do Concelho de Sintra, para refletir e fazer um ponto de situação das dificuldades, sobretudo depois dos cortes orça-mentais anunciados pelo governo,

uma “situação de asfixia financeira, que coloca em causa a própria ope-racionalidade das associações”, de bombeiros.As conclusões do encontro, serão levadas à discussão na Assembleia da República, pelo deputado An-

tónio Filipe. No entanto, destaque para o pagamento do transporte de doentes urgentes e não urgentes, verba “deve ser integralmente pago pelo Governo”, uma vez que se trata de um serviço prestado, sublinhou o PCP que considera “fundamental a revogação das medidas de corte no financiamento do transporte de doentes não urgentes” propondo mesmo a celebração de um contrato com a Liga dos Bombeiros Portu-

gueses definindo em conjunto com aquela Liga os procedimentos ne-cessários à sua execução. As associações de bombeiros pre-sentes alertaram para “dificul-dades de gestão”, que levará ao desemprego, apontando o dedo ao governo e disponibilizando-se para “actuar conjuntamente na de-fesa dos interesses da população” de Sintra.

Sintra / PSP

O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP cedeu dois veí-culos à divisão de Sintra, onde apenas seis das oito esquadras existentes têm uma viatura operacional, disse fonte poli-cial.

A comissária das relações públi-cas do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, Carla Duarte, confirmou à Lusa a entrega de duas viaturas à divisão de Sin-tra. Outra fonte explicou que as esquadras de Mira Sintra e São Marcos não têm qualquer veículo atribuído enquanto que as restan-tes seis do concelho têm somente um veiculo operacional. “A questão é que em algumas das esquadras estão viaturas paradas por falta de reparação ou manu-tenção”, explicou fonte polícia, salientando que uma viatura a circular por esquadra em fregue-sias densamente povoadas e com grande extensão territorial põe em causa a operacionalidade das autoridades policiais. “Apenas uma viatura numa es-quadra como Mira Sintra basta, mas em Algueirão-Mem Martins, Cacém ou Rio de Mouro, com áreas muito grandes, o aconselhá-vel seria ter duas viaturas. Além do mais, há os programas de pro-ximidade, como a Escola Segura, onde precisamos de mais viaturas e que estão postos em causa por-que não há carros”, disse. A mesma fonte adiantou que a viatura da esquadra de Massamá que ardeu no passado domingo, foi substituída por uma da divi-são da Amadora, considerando, no entanto, que esta esquadra que serve ainda a freguesia de Belas deve ter mais do que ape-nas uma viatura operacional para fazer face às necessidades da po-pulação.Fonte da PSP adiantou que a fal-ta de viaturas na divisão de Sin-tra obrigou, na sexta-feira, 5 de março, os agentes de autorida-de a desenvolver uma operação de fiscalização apeados, junto à própria esquadra de Massamá. O presidente da Junta de Massamá, Pedro Matias, disse à Lusa que a falta de viaturas e de “meios” na esquadra desta freguesia “é preo-cupante”.“Os meios em si já são escassos e quando não estão operacionais a preocupação cresce. A freguesia carece de policiamento e tendo em conta que esta esquadra tam-bém serve a freguesia de Belas é óbvio que apenas uma viatura não chega”, disse o autarca da freguesia onde reside o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

PSP apeada com falta de viaturas

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5LocalMarço de 2012Jornal OCIDENTE

AESintra / eleições

tação que teve lugar no Atrium Chaby, em Mem Martins. Sem avançar qualquer nome da sua lista, o candidato foi muito crí-tico para com a actual direção da Associação de Comerciantes, presidida por Manuel do Cabo, que já confirmou a sua recandi-datura a um novo mandato de três anos.“A associação não tem desem-penhado aquele papel, não di-ginificando os seus fundadores, nem criando valor para a activi-dade dos seus associados”, dis-se José Valério Falé que acusa a associação e os seus serviços de estarem “exclusivamente ao serviço de caprichos pessoais e para servir de ante-câmara para candidaturas a outros órgãos”.O candidato, adianta que “a gestão da associação deve ter nos seus associados o centro das suas preocupações prota-gonizando permanentemente actividades que possibilitam a melhoria contínua da actividade comercial e empresarial”, o que não tem acontecido nos últimos anos. “Precisamos de uma associa-ção para os novos tempos”, prosseguiu José Valério Falé, que defende uma Associação de Comerciantes mais perto dos associados, pronta para “ajudar à criação de novos negócios”, devendo estar “dotada dos re-

cursos necessários para auxíliar quem tem valor, boas ideias, ambição e capacidade de tra-balho”, disponível para dar res-posta às mais diversas questões, dando como exemplo aqueles que “apenas precisam de uma pequena ajuda para criar o seu próprio negócio”.Sem avançar com as propos-tas para o mandato, caso seja eleito, José Valério Falé propôe por agora a realização da Feira das Actividades Económicas ao concelho. Em jeito de desabafo, “não conhecemos nenhum con-celho do país, que se preze, que não tenha uma feira de activida-des económicas”, considerando ser uma oportunidade de “afir-mação do potencial valor em-presarial” do concelho.Caso seja eleito, José Valério Falé pretende recuperar “o es-paço perdido de relação insti-tucional, de credibilidade, que potencie a sua actividade e a dos seus associados junto de outras entidades e de todos os consu-midores sintrenses”.Com eleições marcadas para Abril, José Valério Falé vai ini-ciar contactos com empresários procurando apoios para a sua candidatura, apelando à ”par-ticipação de todos”, garantin-do da sua parte, “Vontade para Mudar”.

“Uma associação para os novos tempos”

Com “Vontade de Mudar”, para uma “associação mais forte, capaz e trabalhadora” o empresário José Valério Falé, apresentou-se como can-didato a presidente da As-sociação Empresarial do Concelho de Sintra (AE-Sintra), que vai a votos no próximo mês de Abril.

Como o lema “Ao Ser-viço dos Associados. A von-

tade de Vencer”, o José Valério Falé apresentou-se aos associa-dos numa cerimónia de apresen-

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6 Local Março de 2012Jornal OCIDENTEBelas / Sintra

Requalificação da Iluminação PúblicaA Câmara de Sintra em colaboração com a Agência Municipal de Energia de Sin-tra, a EDP e a Indal, requalificou a ilumi-nação pública do Jardim 25 de Abril em Belas (Sintra), cujos difusores registavam uma fraca transmissão de Luz.O novo balastro ao permitir redução de fluxo, vai ainda permitir reduzir o consu-mo de cada ponto de luz em cerca de 40 por cento nas horas de menor movimen-to. Segundo os técnicos, com estas novas luminárias é possível melhorar a qualida-de da iluminação deste parque reduzindo o consumo energético em quase 50 por cento.As antigas luminárias estavam em estado avançado de degradação, e a maior par-te dos difusores estavam partidos com a lâmpada à vista. Apresentava ainda pro-blemas ao nível da opacidade o que im-plicava uma fraca transmissão de luz. De sublinhar que o consumo de energia constitui uma fatia importante na factura dos municípios, sendo que a Iluminação Pública representa um grande peso nas contas.

Localização de novo aeroporto

Aeroporto “Low-cost” deverá ser instalado em Sintra ou Montijo

O Governo constituiu um grupo técnico que tem de decidir até ao fim de Abril a melhor localização para o novo aeroporto de voos low-cost – uma medida im-posta pela troika e que terá como provável destino, as bases de Sintra ou Montijo.

Existem quatro hipóteses em análise, todas bases milita-res, caso do Montijo, Alverca, Granja do Marquês (em Sin-tra) e Ota. São infra-estruturas já existentes, como obriga o despacho do Governo, para que os custos sejam baixos. A grande decisão, deverá ser entre o Montijo e Sintra.Se o aeroporto ficar no Montijo, beneficiará grupos como o Espírito Santo – que ali tem campos de golfe (Portucale, entre outros), se for para Sintra irá beneficiar o Casino Es-toril e a Mota-Engil (devido à exploração da IC16), estando para breve a abertura de discussão pública sobre o melhor local para receber o aeroporto”.Refira-se que o presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara, à OCIDENTE, rádio/jornal, já apelou publicamen-te do interesse da instalação do aeroporto no município. Contudo, o semanário “SOL”, adianta que no Montijo, jun-tam-se cada vez mais personalidades a defender a margem Sul como a melhor localização, devido aos acessos e orde-namento de território. Se a decisão do Governo pesar a ‘cor’ política das câmaras

municipais da zona, ganhará Granja, pois conta com as autarquias de Cascais, Oei-ras, Sintra e Mafra, todas do PSD. Já na opção Montijo, prevalecem as autarquias comunistas (como Alcochete, Barreiro, Seixal, entre outras), com excepção da própria cidade, que é PS.

Opiniões dividem-seA possibilidade de Sintra ser uma das hi-póteses para receber as companhias “low cost” está a motivar alguma apreensão, sobretudo por parte dos moradores do Bairro das Raposeiras, na freguesia de Algueirão-Mem Martins.Em comunicado a Associação de Proprie-tários do Bairro das Raposeiras (APBR) pede ponderação e informação sobre um “assunto tão impotante”. “Sem ouvir as populações, é inadmissível falar em hipóteses deste tipo que, a serem aplicadas, desvalorizam propriedades e habitações em toda a zona envolvente, perspectivando um inferno sonoro nas muitas localidades das redondezas”, cha-mam a atenção, os moradores.Refira-se que a Assembleia de Freguesia de Algueirão-Mem Martins, aprovou por unanimidade em 2011, uma moção apre-sentada pelo Bloco de Esquerda (BE) que recomenda ao executivo, a necessi-dade de acompanhamento do processo, no sentido de serem criadas “condições para que a população seja ouvida antes de serem tomadas decisões”.O presidente da Junta de Freguesia, Ma-nuel do Cabo, não participou nesta vota-ção porque à mesma hora esteve presente numa sessão da Assembleia Municipal de Sintra (AMS), mas reconheceu em comu-nicado que “o assunto é sério” e que deve ser tratado com “ponderação” envolven-do todas as forças partidárias.

Montelavar

Queluz

São João das Lampas

Rinchoa

Monte Abraão

Almargem do Bispo

Agualva

O Parque Urbano Felício Loureiro tem um novo equipamento com mesa, bancos e te-lheiro para que os utilizadores possam des-frutar de mais um espaço com sombra para um jogo de cartas ou uma refeição ligeira. No parque já é possível ver as amendoei-ras em flor, um dos símbolos presentes no brasão, de Queluz, conhecido pelo vale da Amendoeira.

Tratando-se de uma importante via alterna-tiva ao trânsito, a rua dos Currais de Ourém, na Codiceira, vai ser, finalmente, pavimen-tada pela Câmara de Sintra, estando a cargo da Junta de Freguesia a resolução dos pro-blemas de escoamento das águas, obras que vão iniciar-se em breve. Fica, resolvido um melhoramento, há varios reclamado pela fre-guesia.

No passado dia 1 fevereiro, foi inaugurado um novo parque infantil na Rinchoa. Com a inauguração deste parque colmata-se um pouco mais a necessidade deste tipo de equi-pamentos numa zona tão densamente po-voada. A iniciativa contou com crianças das escolas ensino básico da Rinchoa que assim deram um colorido especial a um evento de alguma formalidade.

A Junta de Freguesia de Monte Abraão ini-ciou este mês o ciclo de sessões de formação em “Literacia Financeira e Gestão do Orça-mento Familiar”. A iniciativa é direccionada aos utentes acompanhados pela Área Psicos-social da autarquia local e está a decorrer numa primeira fase ao longo do mês de Mar-ço, às sextas-feiras, entre as 9h30 e as 12h30, no Gabinete de Apoio à Família, em Monte Abraão.

O executivo da Junta de Freguesia, com o propósito de fomentar a participação da população na actividade autárquica e na identificação e solução de problemas, está a realizar nas principais localidades, reuniões públicas de executivo para escutar e registar os problemas e ansiedades da população. Dia 23 de março à noite, encontro marcado na Sociedade de Almornos.

No próximo dia 10 e 11 de março, a Junta de Freguesia de Agualva vai realizar a “Agualva Solidária”, iniciativa de recolha de alimen-tos, que decorre nos vários Mini-Preços da cidade de Agualva-Cacém. Os bens recolhi-dos destinam-se a apoiar famílias carência-das. Pode também colaborar como voluntá-rio, num dos postos de recolha.

A Junta de Freguesia de Montelavar vai or-ganizar, um debate público sobre a reorgani-zação administrativa do território, iniciativa que conta com a presença de todos os par-tidos políticos com assento parlamentar. A iniciativa está marcada para esta sexta-feira, 9 de março, pelas 21h00, na Sociedade Mon-telavarense.

MulherdaDia

“Não quero que as mulheres tenham poder sobre os homens, mas sim sobre si mesmas”. Foi assim que Mary Wollstonecraft (1759-97) assumiu o seu feminismo. Inaceitável para a época, motivo de luta para as mulheres duante mais de dois séculos. Primeiro pelo direito ao voto, depois pela igualdade no traba-lho. Finalmente, pelos direitos que lhes libertaram o corpo. Até quando um Dia Internacional da Mulher?

O Movimento feminista nasceu nos Estados Unidos, em 1848, quando em Falls, Nova Iorque, se realizou a primeira convenção dos Direitos das Mulheres. As suas líderes foram alvo de violên-cia e discriminação. O desejo de justiça, porém, leva o movimen-to a todo o mundo e nascem ligas e associações que lutam pela igualdade de direitos entre os sexos.

O Dia Internacional da Mulher começou a ser comemorado a partir de 1910, na sequência do segundo Congresso de Copenha-ga das Mulheres Socialistas. O dia 8 de Março foi fixado em ho-menagem às operárias de têxteis de Nova Iorque que se haviam manifestado em 1857 pela redução do horário laboral para dez horas e por melhores condições de trabalho.

Em Portugal, 1909, surge como o ano de criação da Liga Repu-blicana das Mulheres Portuguesas. Durane o Estado Novo o re-gime de Salazar preferiu promover organismos que ensinassem o bom desempenho do nobre papel de fada do lar. Em 1946 Ma-ria Lamas, jornalista e escritora, tenta ressuscitar o movimento ao ser eleita presidente do Conselho Nacional de Mulheres Por-tuguesas, mas este é encerrado pelo Governo um ano depois. Só em 1975 é finalmente instalada a Comissão de Condição Feminina, que seria substituída em 1991 pela Comissão para a Igualdade e os Direitos das Mulheres. Os elementos que cons-tituem a Comissão apresentaram razões para a existência ainda de um Dia Internacional da Mulher. Só em 1984 é excluída em Portugal a ilicitude em alguns casos de interrupção voluntária da gravidez.

As estatísticas de 1991 referem ainda que a média dos salários das mulheres em todos os níveis profissionais é sete por cento inferior à dos homens, mas em cargos de direção essa diferença atinge quase 20 por cento. Em 1992 não existem mulheres nas estruturas de direções das 50 maiores empresas do país e entre as mil maiores, apenas 366 tinham mulheres em cargos desse nível.

Nos dias que correm, a mulher continua a lidar com as diversas tarefas do dia-a-dia, desde mãe, dona de casa e esposa, além de trabalhar. Talvez seja o fator mais positivo que as diferencia dos homens, essa capacidade natural de ser sensível e corajosa ao mesmo tempo.

Todos os dias são da mulher.

A luta continua!

Suplemento Jornal OCIDENTE | 8 de MARÇO 2012

Dia Internacional da Mulher

A luta continua

Patrícia C.

Rádio Ocidente www.radioocidente.pt

8 Suplemento “ Dia Internacional da Mulher” Março de 2012Jornal OCIDENTE

A edição de 2012 do Festival da Canção da RTP conta com a participação de um grupo de Queluz, Susana Gonçalves e Pe-dro Portas que formam os Cúmplice´s. Ambos já pisaram o palco do Festival da Canção em 2000, ele na defesa da canção “Ave Cega” e ela no coro. Este ano estarão presentes com a música “Será o que Será” já este sábado, 10 de março.A história da banda começa em 1991 quan-do se conheceram num Clube de Vídeo em Queluz. O gosto pela música deu início à primeira banda que formaram em 1992, os “Silence”. Mais recentemente, gravaram o primeiro álbum de originais, e dois desses temas, foram selecionados para a série da TVI, “Morangos com açúcar” e a novela “, Fala-me de Amor”.Agora e com o apoio da Junta de Fre-guesia de Queluz, a dupla está de volta e pede o voto à população de Queluz aos “Cúmplice´s” e para estarem presentes no sábado, às 20h30, no Club71, na rua Adria-no Correia de Oliveira nº5, em Queluz.Afinal, foi aqui onde tudo começou!

Mulher na Escola Gama Barros Até esta sexta-feira, a Escola Secundária de Gama Barros, no Cacém, decorre a Semana da Mulher. Destaque para uma exposição comemorativ do Dia Internacional da Mulher que se assinala hoje, 8 de março.

Igualdade de género

Desigualdade é apanágio nacionalEm Portugal, são apenas seis por cento as mulheres em car-gos nas administrações das em-presas. A Comissão Europeia dá conta de um progresso, len-to, de mulheres em lugares de topo.

O repto foi lançado há um ano. Nessa altura, Viviane Reding, comissária euro-peia da Justiça, desafiou as empresas eu-ropeias cotadas em bolsa a aumentarem voluntariamente o número de mulheres nos seus conselhos de administração, através da assinatura do compromisso europeu pelas mulheres na administra-ção das empresas.Um ano depois, apenas 24 o fizeram. O que significa que a este ritmo, e feitas as contas, serão necessários mais de 40 anos para se atingir uma paridade de género aceitável (pelo menos 40% de ambos os sexos).De acordo com o mesmo relatório, rea-lizado pela Comissão Europeia, apenas um em cada sete membros dos conselhos de administração das principais empre-sas europeias é mulher (13,7%). Uma me-lhoria em relação aos 11,8% verificados em 2010, mas apenas ligeira.

Portugal com baixo índice de igualdade entre homens e mulheresPara aqueles que ainda têm dúvidas acer-

Tome notaPortugal é um dos países com baixo índice de igualdade entre homens e mulheres, ao lado da França e Ruanda, embora apre-sente médias acima da europeia e mundial, revela o ranking 2012 de igualdade de género da rede internacional Social Wa-tch, que mede, numa escala de 0 a 100 pontos, o fosso entre homens e mulheres a vários níveis.

ca das razões que movem esta luta, ficam alguns dados sobre a situação recente das mulheres portuguesas.São apenas seis por cento as mulheres em cargos de topo nas maiores empre-sas nacionais, o que nos torna o quarto país com menos representação femini-na na União Europeia (UE), ao lado do Luxemburgo e de Itália e apenas melhor que Malta (3%), Chipre (4%) e Hungria (5%).E isto apesar de serem cada vez mais as provas que apontam para benefícios eco-nómicos decorrentes de um equilíbrio entre sexos. Para identificar as medidas mais adequa-das para reduzir este desequilíbrio, a Co-missão lançou uma consulta pública, que visa recolher opiniões sobre a adopção de medidas a nível da UE para corrigir a dis-paridade de género nos lugares de topo das empresas.

Música

Queluz no Festival da Canção

9Suplemento “ Dia Internacional da Mulher”Março de 2012Jornal OCIDENTE

Fátima Campos Fernanda SantosLina Andrês

Dia Internacional da MulherA Luta continua

Assinala-se hoje, 8 de Dezembro o Dia Internacional da Mulher. O Jornal OCIDENTE esteve à conversa com três mulheres de têmpera e garra que presidem e lideram as Juntas de Freguesia de Montelavar, Monte Abraão e Casal de Cambra,

respectivamente, Lina Andrês (PS), Fátima Campos (PS) e Fernanda Santos (PSD.

“O mundo muda a cada instante”“Até ao momento não senti qualquer descriminação no de-sempenho das minhas funções enquanto autarca. A todos os ní-veis sinto sempre grande respei-to por mim e pelo trabalho que faço e ainda pelo empenho que dedico a cada tarefa/projecto em que me envolvo” refere Lina Andrês, presidente da Junta de Freguesia de Montelavar. Ainda assim, considera que a socieda-de, a cada momento, “cresce no sentido da igualdade e do res-peito pelo outro, seja homem ou mulher”, acreditando que “todas as mulheres, nas mais variadas esferas da sua vida, se sentem cada vez mais inseridas e respeitadas”. Diz que há ainda objectivos a atingir na sociedade. “Claro! O mundo muda a cada instan-te, os desafios são imensos e diversificados e as mulheres, pelas suas características, con-seguem adaptar-se com maior facilidade às novas rea-lidades e criar multiplos meca-nismos de sobrevivência. Estas particularidades são essenciais para envolver as mulheres nos desafios da nossa sociedade e deles alcançarmos, todos, ga-nhos extraordinários”. O seu dia a dia acontece com “grande rigor, empenho e sen-tido de responsabilidade”. O dia começa invariavelmente, às 09h00 e termina por volta das 19h30 horas. “São muitos os dias em que se prolonga até mais tarde” e “muitos dos fins de semana são dedicados ao serviço autárqui-co. Os multiplos projectos que desenvolvemos na autarquia de Montelavar e a disponibilidade

para ouvir e acompanhar todas as pessoas, situações e comu-nidade viva, requerem uma en-trega total e assim o faço, com sentido de dever. Como todas as mulheres, criei rotinas e tru-ques para que a organização e gestão da casa não fiquem prejudicadas”. Reconhece que quem fica a perder é a famí-lia: “o meu marido e o meu filho são o meu suporte e o meu refu-gio. Um um dia vou compensá-los!”.

“Somos todos iguais, nas nossas capacidades”Nasceu em Angola, mãe de três filhos e seis netos, de signo Car-neiro, “que quer dizer, espírito de liderança, vontade de resolver e vencer”, Fátima Campos diz que sempre foi uma lutadora. Com a voz embarga, não escon-de o orgulho por ter conseguido “criar” os filhos “sózinha. Dei-lhes um curso superior” mas também afectos, que só as mães sabem dar e transmitir. Hoje, sente-se gratificada e reconheci-da, pela missão cumprida.Pronta a “dar sempre o melhor”, Fátima Campos está “sempre disponível” para responder a todas as solicitações, enquanto mãe, mulher, avó e presidente de Junta de Freguesia. Para ela a mulher continua a ter uma carga bastante pesada que é a sua vida famíliar e a sua actividade pro-fissional. “Mas arranjo sempre tempo”, como aconteceu ainda recentemente com o elemento mais novo da família, “o meu neto de três meses, que precisa-va de ir ao médido”, diz a sorrir e orgulhosa. “A mãe não podia... sabe, já é o sexto”.Ser presidente da Junta implica

estar disponível “24 horas, du-rante os 365 dias do ano. E quem não tiver disponibilidade e ape-tência para o cargo, não vale a pena candidatar-se. Costumo di-zer que é um cargo de homem”, e sorri, acrescentando que “em boa hora as mulheres já exercem essas funções”, valendo-lhe tam-bém a “comprensão da família” que sempre a apoiou. Questionada sobre se alguma vez se sentiu discriminada, “nes-te momento não”, mas quando iniciou o seu mandado como presidente da Junta de Fregue-sia, há 14 anos, “sim. Uma vez disseram-me, vá para casa coser meias”, imagine-se, um mo-mento que recorda com uma boa gargalhada. “E não digam que sou autoritária. As mulhe-res têm que ter determinação e mostrar as suas capacidades para serem levadas a sério por alguns homens. Neste momen-to sou respeitada por homens e mulheres no desempenho das minhas funções”, refere Fátima Campos.“Somos todos iguais, nas nossas capacidades, mas ainda há ho-mens que acham que não. Dei-xe-me dizer que sinto imenso orgulho no trabalho que faço, eu e a equipa que me acompanha na Junta de Freguesia”.

“A minha missão é ajudar”“Não sou muito apologista de datas” e o Dia Internacional da Mulher é uma dessas, admite Fernanda Santos, presidente da Junta de Freguesia de Casal de Cambra. “Em todos os dias do ano o nosso papel é desempe-nhado e fundamental na socie-dade”. Diz-se uma “pessoa simples” que “gosta de ajudar” e de se

sentir “útil”onde quer que este-ja. Considera-se uma “amiga”, e não esconde que é uma “avó vaidosa”, adora os “filhos que estão sempre em primeiro lu-gar”. Gosta e ser reconhecida, de comunicar e ser ouvida e re-conhecida. E quando as coisas não estão de feição, “às vezes basta uma palavra. Uma frase. “Gosto de ti.” Tem a certeza que “a minha missão é ajudar. Estar próxima dos outros”.Ser autarca, não é tarefa fácil”, sobretudo “gerir o tempo” entre a freguesia e a “família”, sen-do ela “uma mulher de família. “Desdobrar das minhas fun-ções, obrigam-me [por vezes, tantas vezes] a não ser possível estar presente. Mas... tenho os meus filhos muito próximos e o meu marido, apoia-me no seu silêncio”.Mulher de armas e de causas, Fernanda Santos sempre esteve na primeira linha, pela criação da freguesia de Casal de Cam-bra, que começou por ser um bairro injustamente referencia-do, sobretudo pela comunicação social, como o maior da Europa. “Não era motivo de orgulho”. O trabalho de recuperação e

reabilitação, era enorme. “Mas conseguimos” mudar a cara ao bairro, que se transformou em freguesia e já é Vila. Pensativa, “Casal de Cambra, nasceu pela força de muitas ins-tituições e de um povo que se uniu, fazendo desta terra o que ela é hoje e que me orgulho de ter pertencido”, recorda com alguma emoção, Fernanda San-tos.Diz que nunca se sentiu discri-minada ou menosprezado pelo facto de ser mulher. A sorrir, explica que “Casal de Cambra é maioritáriamente liderada por mulheres”, desde o Centro de Saude, à Solami, mas também no Agrupamento de Escolas, na Junta de Freguesia, no Centro Social e Paroquia e até à pouco tempo no posto da PSP. Aliás, “quando nos reunimos na Co-missão de Rede Social, a única excepção é o sr. Padre [ri] por-que as mulheres estão de facto a liderar as instituições”, refere a autarca.Ser mulher “é um orgulho, até porque temos essa capacidade de fazer em simultâneo, fazer várias coisas ao mesmo tempo”, remata.

Lina Andrês

Fátima Campos

Fernanda Santos

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10 Local Março de 2012Jornal OCIDENTEHospital de Sintra

Construção do hospital de Sintra terá que ser “analisado” e “ponderado” admite Paulo Macedo

A construção do Hospital de Sintra, continua a ser “analisado” e “ponderado” disse o mi-nistro Paulo Macedo, impasse que não agra-da Fernando Seara, presidente da Câmara de Sintra, que chama a atenção do governante para a necessidade de colmatar os problemas de funcionamento de alguns centros de saúde no concelho.A construção de um Hospital em Sintra, tem sido um projeto su-cessivamente adiado e que o ac-tual governo, não garante a sua construção, tendo em conta a “conjuntura atual do país”, pre-ferindo apostar na construção de Unidade de Saúde Famliar (USF) com prioridade do Governo.“O hospital de Sintra é um pro-jeto que terá que ser analisado e ponderado, mas dentro desta

Tapada das Mercês

Ministro inaugura Unidade de SaúdePaulo Macedo, ministro da Saúde, inaugurou a nova Unidade de Cuidados de Saúde Perso-nalizados das Mercês (UCSP), na avenida Embaixador Aristides Sousa Martins, na Tapada das Mercês, na freguesia de Algueirão-Mem Martns (Sintra).

A unidade permite a prestação de cuidados de saúde a cerca de 12 mil utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e conta com sete médicos, quatro enfermeiros, quatro administrativos, num horário de funcionamento de segunda a sexta, das 8h00 às 18h00, assegurando consultas médicas, consultas de saúde materno-infantil, vacinação e tratamentos.As novas instalações permitem a realização de um maior número de consultas médicas e de actos de en-fermagem, aumentando a acessibilidade dos cidadãos aos cuidados de saúde e melhorando a qualidade dos serviços.Com 121.747 utentes, a nova Unidade de Saúde irá ainda desenvolver junto da comunidade, actividades de promoção da saúde e prevenção da doença, estudo, avaliação e vigilância epidemiológica, para além do acompanhamento prestado em cuidados continuados. O investimento realizado pelo ministério da Saúde na construção e apetrechamento das instalações rondou os 323 mil euros

conjuntura e do que são as prio-ridades. Nós temos que rentabi-lizar e aproveitar a capacidade que está instalada, designada-mente em Cascais, e aproveitar as capacidades na sequência da abertura do hospital de Loures”, disse o ministro da Saúde, aos jornalistas no final da cerimónia de inauguração da Unidade de Saúde da Tapada das Mercês, na freguesia de Algueirão-Mem

Marins, no concelho de Sintra, que decorreu no dia 11 de Feve-reiro.Paulo Macedo preferiu destacar a necessidade de se “rentabi-lizar e aproveitar a capacidade que está instalada, designada-mente em Cascais, e aproveitar as capacidades na sequência da abertura do hospital de Loures”, explicando que há hospitais na grande Lisboa que ficaram com capacidade instalada” e que pode ser aproveitada, necessi-tando apenas de “uma visão de conjunto”, para uma decisão.Sem resposta satisfatória para a construção do Hospital de Sin-tra, e questionado sobre a pos-sibilidade de alargamento da área de influência do Hospital de Cascais, Paulo Macedo disse estar a “analisar diferentes alter-nativas”, mostrando-se contu-do, “consciente que Sintra, pelo crescimento da sua população, tem de ser objecto de uma aten-ção especial”.

“Sintra tem um hospital em parceria com a Amadora”“É ividente que queremos o Hos-pital de Sintra. Costumo dizer que Sintra tem um hospital em parceria com a Amadora”, referiu Fernando Seara, presidente da Câmara de Sintra, que se ques-tiona: “Em razão de determina-das opções dos últimos tempos, Sintra foi o único concelho, e é o segundo maior de Portugal, em relação ao qual não foram con-

cretizadas opções de construção de novos hospitais”, observou o autarca, preferindo acreditar que foi “por mera casualidade que as opções foram para Loures e Vila Franca de Xira”.Pensativo, “de certo em razão de algum estudo muito aprofunda-do”, acrescentando com alguma ironia, ter “também capacidade para aprofundar as minhas refle-xões. Loures ganhou, Vila Fran-ca de Xira também, mas de certo que a natureza e especificidade do segundo concelho de Portu-gal, ficou com meio hospital”.Para Fernando Seara, o que im-porta por agora do Ministério da Saúde, “é criar Unidades de Saude Famíliar”, estando previs-to para a região de Lisboa, dez novas unidades, algumas das quais em Sintra “que bem pre-cisam de um esforço”, anotou o presidente da Câmara de Sintra, apontando os casos de Agualva, Belas e Queluz, como exemplo mais gritantes.A autarquia está a equacionar a possibilidade de resolução das más condições de funcionamen-to destas unidades de saúde, através de projectos de adap-tação que passam também por infraestruturas muncipais e que a conscretizarem-se, “consegui-remos mostrar ao país que com pouco se dá muita saúde a mui-ta gente. Será um bom exemplo, naquilo a que se chama, gestão contemporânea”, rematou Fer-nando Seara.

Direitos do Consumidor

“Educação Financeira dos Consu-midores Jovens” é o tema de uma sessão de esclarecimento, promovida pelo Serviço Municipal de Informa-ção ao Consumidor (SMIC) que vai decorrer, esta quinta-feira, 8 de mar-ço, no Jardim de Infância Popular.no Cacém. A iniciativa integra-se no âm-bito das comemorações do Dia Mun-dial dos Direitos do Consumidor, que se assinalam no dia 15 de março.

Feira da Saúde

A Junta de Freguesia de Mira Sintra, promove entre 15 e 17 de Março, a 4ª Feira da Saúde, iniciativa que decor-re na Casa da Cultura de Mira Sintra. Pretende-se promover a prevenção e a potencial deteção de algumas situa-ções e saúde que careçam de futuro acompanhamento clínico. Vão de-correr palestras, rastreios, recolha de sangue e a mais variada informação, disponivel a toda a população.

“Formação para a Comunidade”

O Centro de Recursos TIC (CRTIC) de Sintra, para a Educação Especial vai realizar um conjunto de seminá-rios direccionados para encarregados de educação, assistentes operacionais, entre outros intervenientes, no pro-cesso educativo dos alunos com ne-cessidades educativas especiais. Este conjunto de seminários irá realizar-se na Escola Secundária Padre Alberto Neto, em Queluz, nos dias, 8, 14 e 21 de março, das 17h30 às 19h30, e irá abordar temáticas diversas que pro-curam fazer o enquadramento legal e abordar estratégias de intervenção mais eficazes a cada aluno em dife-rentes contextos.

Sintra Empreende

Incutir, fomentar e estimular o em-preendedorismo é o objectivo do Sintra Empreende 2012, iniciativa da Associação Empresarial de Sintra (AESintra) em parceria com a con-sultora Kgest e o Millennium BCP. Pretende-se distinguir as três melho-res ideias de negócio, potencial de mercado e viabilidade técnica e eco-nómica do projecto. As candidaturas podem ser apresentadas até 15 de março. Mais informação, através do site www-aesintra.com da AESintra.

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11Pub.Março de 2012Jornal OCIDENTEECOSAVE

Sensibilização para a utilização eficiente de electrodomésticos

Os electrodomésticos são responsáveis por 32% do consumo de energia numa habitação. Con-tudo, até que ponto a eficiência garantida pela tecnologia é diminuída pelos hábitos incorrec-tos dos utilizadores?Foi esta questão que serviu como ponto de partida para o Projecto ECOSAVE, que reúne um conjunto de seis Agências de Energia, a Quercus e a Escola Superior de Tecnologia de Setúbal (ESTS).O ECOSAVE surgiu com o objectivo de analisar o real impacte da utilização dos electrodomésticos no consumo de ener-gia, reconhecendo que não basta possuir equipamentos eficientes. É necessário en-sinar os utilizadores a adoptar novos hábi-tos comportamentais de modo a tirar par-tido dos electrodomésticos que possuem

e desta forma potenciar a poupança de energia.A energia eléctrica é a principal fonte de alimentação dos electrodomésticos. Ten-do presente o maior custo que esta re-presentará agora para os consumidores, pelo recente aumento da tarifa e também do IVA, este projecto não poderia surgir numa altura mais oportuna.Frigorífico, Combinado, Arca Congela-dora, Forno, Máquina de Lavar Roupa, Máquina de Secar Roupa e Máquina de Lavar Loiça: todos estes electrodomés-

ticos foram submetidos a um conjunto de ensaios laboratoriais conduzidos pela Escola Superior de Tecnologia de Setú-bal, de forma a simular o efeito que as más práticas na utilização podem ter no consumo dos mesmos, tais como a aber-tura repetida da porta do frigorífico ou o fecho desta de forma brusca.A partir dos resultados obtidos, foi possí-vel construir um simulador e preparar um guia informativo. O simulador encontra-se disponível ao público na Internet, em www.ecosave.org.pt para que todos pos-sam testemunhar por si mesmos a influ-ência da utilização dos equipamentos no consumo de energia. Quanto ao Guia, será distribuído gra-tuitamente em várias lojas de electrodo-mésticos que aceitaram colaborar com o projecto, bem como em alguns locais públicos como juntas de freguesia e bi-

bliotecas situadas nos concelhos abran-gidos pelos parceiros do ECOSAVE (Alcochete, Barreiro, Cascais, Lisboa, Moita, Montijo, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal e Sintra).Os ensaios experimentais realizados pela ESTS foram possíveis graças a uma ofer-ta de equipamentos por parte da WOR-TEN.Este projecto é coordenado pela ENA, Agência de Energia e Ambiente da Ar-rábida, tendo resultado de uma candi-datura ao Plano de Promoção da Efici-ência no Consumo de Energia Eléctrica (PPEC), promovido pela ERSE.Como parceiros de projecto o ECOSAVE conta com a colaboração das Agências de Energia AMES, AMEC, OEINER-GE, S.ENERGIA e AMESEIXAL, da Quercus e da ESTS.

Casa da Baía, dia 13 - Balanço em SetúbalO projecto EcoSave, recorrendo a um conjunto de ensaios, cientificamente validados, conseguiu quantificar com rigor (para um conjunto de electrodomésticos representativos), a influência do nosso comportamento no consumo de energia dos electrodomésticos com maiores consumos (frigorífico, arca congeladora, máquina de lavar roupa, máquina de lavar louça, máquina de secador de roupa e forno eléctrico). Assim no próximo dia 13 de Março, dia 13 de Março, pelas 14h30, na Casa da Baía em Setúbal os resultados serão apre-sentados e debatidos e saber dos últimos desenvolvimentos ao nível da eficiência energética nos electrodomésticos.

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12 Empresas & Negócios Março de 2012Jornal OCIDENTE

Empresa de obras e reabilitação urbana chega a Sintra

A MELOM, empresa portugue-sa especializada em obras e re-modelações domésticas conta com 61 unidades operacionais, assumindo-se como uma solu-ção de investimento e de empre-go para os profissionais do sec-tor imobiliário e da construção civil. A crise é encarada como “uma oportunidade” de cresci-mento com resultados positivos.À média de quatro novas aber-turas por mês, a MELOM tem encarado a crise que se abate

sobre o sector como uma nova oportunidade de negócio.“A dificuldade de acesso ao cré-dito para aquisição de casa nova e a procura crescente de opções de arrendamento determinam que os proprietários invistam cada vez mais em obras de re-modelação e de reconversão ga-rantindo a valorização dos seus imóveis, disse à OCIDENTE, rádio/jornal, João Carvalho, Di-rector Geral da MELOM, subli-nhando quer a “nova realidade

abre novas oportunidades de ne-gócio e a empresa MELON de-seja posicionar-se como a mar-ca de referência e de confiança sempre que se pensa em obras em casa ou no prédio”.Para o efeito, “aposta forte” numa relação diferenciada com os seus clientes e na “oferta de uma gama de serviços integra-dos” que vão desde o bricolage à caixilharia, passando pela ca-nalização, carpintaria, casas de banho, climatização, cozinhas, design, divisória, domótica, electricidade, gás, isolamentos, jardins, pavimentos, pintura, re-abilitação, remodelações gerais, serralharia, tectos falsos ou te-lhados. Desta forma, o cliente poderá re-alizar todas as obras necessárias através de uma única empresa e de um único contacto, evitando perdas de tempo e falhas de co-municação.Para se dar a conhecer junto do cliente final, a MELOM está a apostar na interactividade das plataformas digitais, tendo ini-ciado uma campanha de comu-nicação no Google que se irá manter durante todo este ano.

Parceria com Leroy Merlin e aposta em SintraEntretanto a empresa especiali-zada em obras e remodelações domésticas, acaba de anunciar uma nova parceria com a em-presa de materiais de bricolage e construção, Leroy Merlin.No âmbito desta colaboração, a MELOM é nomeada como “instaladora oficial” de todo o material Leroy Merlin e, por sua vez, a empresa recomenda a Le-roy Merlin como fornecedora de materiais de obras e remodela-ções.Na sequência desta parceria, a MELOM passa a integrar dire-

MELOM aposta em Sintratamente na sua rede 11 instala-dores oficiais da Leroy Merlin - que assumem posições de fran-chisados MELOM – passando a

marca de obras e re-modelações a deter um total de 60 unidades.A aposta recente no concelho de Sintra surge na sequência de uma aposta global, ponderada. “Reforça-mos a nossa presença no concelho de Sintra, em seis unidades, para dar resposta a um dos cncelhos mais popu-

losos do país e com muita obra para fazer”, explica João Carva-lho.Facilitar o contacto com os clien-tes e tornar o processo de orça-mentação e execução de obras mais rápido e transparente são também valores diferenciadores da MELOM que, para o efeito, mantém vários canais de con-tacto sempre disponíveis – call center, site e redes sociais.De referir que a marca é a pri-meira do sector a agrupar numa só insígnia várias empresas especializadas em áreas tão dversas como a carpintaria, ser-ralharia, pintura, pavimentos, canalização e vidros, entre ou-tros serviços.

empresas & negócios

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13Empresas & NegóciosMarço de 2012Jornal OCIDENTE

Pingo Doce / Forum Sintra

“O serviço tem de estar à altura da nossa proposta de valor e surpreender pela positiva”

Com 31 anos de existência, o Pingo Doce representa a maior cadeia de supermercados em Portugal, reunindo mais de 370 lojas espalhadas pelo país. O Pingo Doce apresenta-se como uma “excelente opção para as compras do dia a dia”, “sem correrias, sem stress e com toda a comodidade”.A empresa líder, no segmento dos supermercados, afirma-se pela qualidade e inovação da oferta em produtos alimentares, apostando nos perecíveis e na marca própria como factores de diferenciação, e pelos preços es-táveis e competitivos.Em Abril de 2011 o Pingo Doce abriu uma nova loja no Fórum Sintra. Em jeito de balanço, o engº. João Neves, director de Loja Pingo Doce, respondeu-nos a algumas questões.

Jornal OCIDENTE: Sendo uma loja nova, num espaço de exce-

lência no concelho de Sintra, que balanço faz da rectividade do publico consumidor, desta nova aposta, num novo espaço?

João Neves: Fazemos um balan-ço muito positivo. Sintra mere-cia um local assim, capaz de oferecer soluções alimentares de qualidade a preços muito com-petitivos e oferecer também um espaço de alimentação com uma excelente oferta, preços baixos e muita variedade.Os consumidores gostam e par-ticipam na vida da loja, com su-gestões e ideias de melhoria que tentamos implementar. É uma loja para as pessoas se sentirem bem e voltarem. É também uma loja para a familia e isso nota-se na forma como ela é utilizada.JO: Em tempo de crise, como está o Pingo Doce a responder à perda do poder de compra das famílias portuguesas? JN: O Pingo Doce responde com

soluções práticas, muito simples e fáceis de explicar. Deixo como exemplo o Menú Refeição por cinco euros. Os nossos consu-midores pediram uma solução e deram-nos sugestões que fo-ram possíveis implementar de imediato. As propostas Cabaz família são outra das soluções que os nossos clientes valorizam muito.JO: Como conseguem o modo de manter uma relação duradoura e de confiança com os clientes?JN: Fazer do Pingo Doce o seu local de compras e de refeição e acreditar no conceito de preços baixos sempre, em serviço e em qualidade dos nossos frescos e da nossa Marca Própria. Naturalmente que o serviço tem de estar à altura da nossa proposta de valor e tem de po-der surpreender pela positiva. É neste serviço que a aposta se faz notar, na formação e na dedica-ção de quem todos os dias faz acontecer.JO: O Pingo Doce apresenta-se como uma referência de quali-dade e inovação no mercado da distribuição moderna, especial-mente no que respeita aos pro-dutos frescos e à marca própria. Que balanço faz?JN: É o que sabemos fazer bem. Temos desde sempre uma qua-lidade de frescos reconhecida e uma Marca Própria de grande qualidade a preços realmente muito atractivos.O balanço é muito posítivo e inspira-nos para trabalhar mais e melhor, no desenvolvimento e na melhoria dos nossos produtos e na relação duradoura e vence-dora com os nossos parceiros e clientes.

JO: Mais do que fazer as com-pras de bens essenciais para a casa, que opções pode um con-sumidor encontrar, no Pingo Doce no Fórum?

JN: O Pingo Doce do Forum Sin-tra é um espaço de alimentação, mas apesar da sua enorme praça de frescos e da sua restauração, não deixamos por mãos alheias o espaço de saúde, o espaço de beleza ou o espaço de leitura.É uma loja a pensar em consu-midores exigentes e preparada para receber bem, sempre com a imagem que já a caracteriza, que é fazer parte do dia a dia dos nossos clientes.Temos clientes que visitam a loja entre 2 a 3 vezes por dia, que fazem aqui parte das suas refei-ções, as suas festas de aniver-sário e aqui se encontram com amigos paa tomar um café ou apenas conversar.

JO: Temos cada vez menos tem-po, também para cozinhar? O Pingo Doce no Fórum Sintra, apresenta-se com um ponto de passagem obrigatório, para al-moçar e jantar. Que balanço faz do serviço de Take Away?JN: O take away ou até mesmo o Restaurante são duas soluções muito interessantes para os nos-sos clientes. Aqui podem comer ou até encomendar as suas refeições para levar para casa com grande qua-lidade e um preço muito equilibrado.O facto de vender-mos take away a frio premite ainda eliminar o risco de alteração das co-midas e dos seus sabores, assim como aquecer os pratos apenas uma única vez, em casa, na hora de os con-sumir.

JO: Fazer entre-gas de compras em casa é cada vez mais uma opção, sobretudo para quem não tem tempo. Qual tem sido a recetividade e a tendência desta forma de fazer compras?

JN: Temos muitos clientes que apreciam ou até que precisam deste serviço. Torna-se cómodo e na maioria das vezes ajuda a

planear as compras em diferen-tes locais. A adesão é boa e acre-ditamos que ainda tem espaço para crescimento.

JO: Cultivar uma relação de con-fiança e duradoura com os seus clientes e preços baixos o ano inteiro, vai continuar a ser um dos cartões de visita da marca?

JN: Claro que sim. É esta apos-ta na confiança e numa relação de continuidade que nos moti-va a garantir estabilidade o ano inteiro. Os nossos clientes con-tam connosco e mesmo valori-zando uma campanha ou uma oportunidade, querem sempre saber com o que contam e não esperam que no final dessa cam-panha os preços sejam uma sur-presa desagradável.

JO: Uma boa razão para fazer compras no Pingo Doce, no Fo-rum Sintra?

JN: Várias! O espaço, a oferta de produtos frescos, o sushi bar, o bar de tapas, o nosso restauran-te e o nosso take away. A sim-

patia dos nossos colaboradores e a energia que dedicam a cada cliente.A frescura e toda a mistura de cores e sabores que podemos encontrar num espaço muito es-pecial. Visitem-nos. Vão ver que vão gostar.J.T.

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14 Cultura Março de 2012Jornal OCIDENTEObras de restauração

Palácio da Pena com projetos de restauro “aberto para obras”

A Parques de Sintra deu recentemente início a várias obras de conservação e restauro no Palácio Nacional da Pena, com o propósio de recuperar diversas áreas-chave do Monumento.

Os meses de menor afluência de visitantes foram os escolhidos para o avançar de 6 importantes projetos em simultâneo, man-tendo-se a política da empresa de “aberto para obras”, permi-tindo assim aos visitantes obser-var os trabalhos de restauro, que tanta curiosidade despertam, e dialogar com os técnicos.As obras são da responsabilida-de da Parques de Sintra, uma empresa pública que procura salvaguardar e valorizar a paisa-gem cultural da vila, tendo a seu cargo a gestão das principais propriedades na região. Ao todo, são seis os projetos de restauro que serão desenvolvidos.Entre os projetos em curso des-taque para a reparação das cé-lebres cúpulas de azulejos dou-rados, um dos elementos mais emblemáticos do Palácio, já que muitos se encontram partidos ou danificados devido a condi-ções atmosféricas adversas.

Das cúpulas às pinturas murais Assim, o Palácio entrou numa fase de alguma movimentação,

com o início de projetos que estavam em preparação, e que simultaneamente representam uma mais-valia para os visitan-tes, que procuram sempre saber mais sobre os “bastidores” e as várias formas de manter e recu-perar Património.Os trabalhos em curso incluem o restauro das famosas Cúpulas de azulejos dourados. As cúpulas consistem num dos elementos mais emblemáticos do Palácio, com as suas flechas de crescente lunar que remetem para o “Mon-te da Lua” sintrense e, simulta-neamente, para uma evocação do exotismo mourisco. O restauro dos azulejos que, em alguns casos, se encontram par-tidos ou sem vidrado devido ao impacto das intempéries, permi-tirá a correção desta situação e o evitar de infiltrações no Palácio. Outro dos projetos prende-se com o mobiliário do Salão No-bre, que será restaurado no lo-cal, evitando a sua deslocação e potenciais estragos, o que tor-nará possível, aos visitantes, ob-servarem a “oficina de restauro” in loco. Também a famosa janela neo-

manuelina, inspirada na jane-la do Convento de Cristo, em Tomar, verá os seus caixilhos de madeira restaurados. Este é igualmente um dos elementos mais importantes do Palácio Nacional da Pena, na medida em que concretiza o revivalismo do séc. XIX.A escada das Cabaças será tam-bém alvo de recuperação, dado que a sua pintura mural, estava bastante degradada. Esta esca-da consistia no acesso princi-pal ao Palácio Novo e ao Salão Nobre, para os convidados não terem de passar pela zona resi-dencial íntima da Família Real, organizada em torno do claustro manuelino.

Outras obrasOutro projeto, em curso, envolve a Sala de Estar da Família Real que, em tempos, apresentava uma pintura mural sofisticada. A queda parcial do revestimento da abóbada, em 1991, foi preen-chida a branco mas sem o repin-

te necessário e colada, nas pare-des e teto, seda verde, forrando toda a sala para encobrir o esta-do incompleto da pintura mural. Agora, será retirado o tecido de forro, para permitir projetar e realizar o restauro da pintura original.Na Capela do Palácio decorre o projeto de restauro da histórica janela de pau-santo e dos vitrais, sendo também necessário repa-rar os azulejos que a contornam. Será criada uma estrutura leve e resistente para encaixilhar os vitrais, sendo a janela posterior-mente recolocada. Estes projetos envolvem parce-rias entre os técnicos da Parques de Sintra e o Instituto dos Mu-seus e Conservação, e a com-plexidade de alguns justificou inclusivamente a parceria com universidades, como é o caso do restauro dos vitrais da Capela, que contou com o apoio do De-partamento de Conservação e Restauro da Universidade Nova de Lisboa.

Rio de Mouro / acto de vandalismo

“Graça Moraisnão merecia”

O ex-deputado do PS na Assem-bleia Municipal de Sintra, Cor-tês Fernandes, no seu blogue “Tudo de novo a Ocidente”, denúncia aquilo que classifica como “um acto de vandalismo” a propósito de uma interven-ção pouco sensível, no painel de azulejos da pintora, Graça Morais na estação ferroviária de Rio de Mouro (Sintra).A colocação de “luminação numa das componentes da obra de arte” patente nas paredes do viaduto do caminho de ferro, “obrigou” à instalação de tubos e cabos eléc-tricos, caixas e braçadeiras de fi-xação, directamente sobre os azu-leijos do painel, “vandalizando” a obra de Graça Morais.“Não há palavras para tamanho atentado à cultura. Quem tem culpa?”, questiona-se Cortês Fer-nandes “indignado”, que não per-deu tempo e denunciou caso em sede da Assembleia Municipal de Sintra.

Mira SintraCasa da Cultura com novo serviço

A necessidade de um espaço de estudo e pesquisa levou à criação de um serviço de leitu-ra na Casa de Cultura de Mira Sintra, com o objectivo de con-tribuir para a promoção do li-vro e da leitura junto da comu-nidade local.O serviço de leitura, vem enri-quecer o contributo deste equipa-mento municipal para a divulga-ção e dinamização junto de todos os frequentadores, bem como de mais público que decerto será atraído por mais esta oferta cultu-ral, sublinhou na ocasião, Marco Almeida, vice-presidente da Câ-mara de Sintra.A Casa da Cultura é uma referên-cia cultural na freguesia de Mira Sintra, na cidade do Cacém e no próprio concelho. Além de todas as valências que tem para ofere-cer à população local e concelhia, aquele equipamento é residência de três associações culturais: Sin-tra Estúdio de Ópera, Associação Cultural teatromosca e Sociedade Filarmónica de Mira Sintra.

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15DesportoMarço de 2012Jornal OCIDENTECampo Sintético

Mem Martins concretiza sonho

Depois de muitos anos de ansiedade, espe-rança e expectativas goradas, o Mem Martins Sport Clube (MMSC) já joga em piso sintéti-co. Um sonho de muitos anos, que não deixou ninguém indiferente. “Fogo, nem parece o mesmo campo”, disse um dos adeptos emo-cionado, momentos antes do jogo estreia, com o Operário de Lisboa.

Domingo, 26 de fevereiro, um dia que ficará para a história do Mem Martins Sport Clube (MMSC) depois de muitos anos à espera de um sonho que se tornou antigo. “Está garantido, vamos ter relva sintética”, disse à poucos meses à OCIDENTE, rádio/jonal, orgulhoso, António Augusto, presidente do Clube, elogiando o empenhamento de Marco Almeida, vice-presidente da Câmara de Sintra na “concre-tização de um sonho que parecia impossível” de concretizar no Complexo Municipal da Quinta do Recanto, em Mem Martins.Em dia de emoções à flor da pele, António Augusto, acompa-nhdo por Marco Almeida e sem-pre muito solicitado por adeptos e amigos do clube, disse ser um “homem feliz”, neste virar de página na vida do clube.Em ano de anivérsário a festa para a inauguração do sintético, promete voltar a encher as ban-cadas da Quinta do Recanto. O processo de construção do Campo Sintético, foi desbloque-ado, no âmbito de um Contrato Programa proposto pelo pelouro do Desporto do vereador Marco Almeida, que permitiu a este e outros clubes do concelho, com a cumplicidade de uma institui-ção bancária, disponibilizar a verba necessária para a constru-ção deste tipo de equipamento.No caso do MMSC, depois de alguns atrasos no arranque e no ritmo das obras, que provoca-ram alguma ansiedade junto dos

adeptos, dirigentes e jogadores, a verdade é que o sonho acabou por se concretizar.Em entrevista recente à OCI-DENTE, rádio/jornal, Antó-nio Augusto falava de “um mo-mento com significado futuro” e também de um “grande salto qualitativo que o Mem Martins precisava de dar”, quanto mais não seja “até pelo reconheci-mento do nosso trabalho”, disse emocionado, António Augusto.Recorde-se que desde o iní-cio do campeonato, em 2011, a equipa de Sénior de Futebol do Mem Martins, que milita na 1ª divisão da Associação de Fute-bol de Lisboa (AFL), não jogava em casa, por imperativos da lei que obriga que todas as equipas de futebol deste escalão, joguem em campos relvados ou sintéti-cos.Em declarações à OCIDENTE, rádio/jornal o presidente da AFL, disse que “é uma alegria para as gentes de Mem Martins, para o clube e para a Associação de Futebol de Lisboa”, confir-mando o parecer positivo da en-tidade que preside. “O Campo está homulgado pela Associção de Futebol de Lisboa e o Mem Martins já tem casa nova pronta para estrear”.Recorde-se que Nuno Lobo presidiu, durante três anos, ao Conselho de Disciplina da AFL e foi recentemente eleito presi-dente da Associação de Futebol de Lisboa.

Recreios Desportivos do Algueirão

Les Enfants Terribles

A equipa dos Recreios Deportivos do Algueirão (RDA) soma e segue, com vitórias e goleadas. A jogar na 2ª divisão do Campeonato Distrital, de Juniores C, série 4 da AFL, é a equipa que mais golos marca em todos os campeonatos de futebol em Portugal. São uma espécie de Les Enfants Terribles para os adversários. A marca dos 100 golos foi ultrapassada.“E se marcássemos metade das oportunidades que criámos tí-nhamos muitos mais golos”, disse à OCIDENTE, rádio/jornal, Nelson Santos, jovem treinador com talento e paixão pela mais nobre arte do futebol. “Gosto de ensinar os mais no-vos”, confidência o técnico que se diz “feliz” e “muito bem no Algueirão”. Com um sorriso, “quantos mais golos marcarmos por jogo, maior a felicidade. Mas o nosso objec-tivo é a subida de divisão”, ad-mite Nelson Santos, que conta com 19 miúdos “talentosos” de Rio de Mouro, Mercês e Alguei-rão, que integram uma “equipa onde todos marcam e se sentem bem”.Apesar das goleadas, a lideran-ça está segura por apenas um ponto, em relação aos segundos classificados [CD Belas e Os Montelavarenses] e quatro pon-tos sobre o terceiro classificado [Mucifal]. “Qualquer deslize pode ser fatal”, adverte o Nel-son Santos, “mas o estado de es-pírito é elevado”, diz o técnico, confiante.

Golo 100 e melhor marcadorLoiro, cabelo solto e olhar aten-to e vivo, David Domingos foi o autor do golo 100 dos RDA. “Foi um cruzamento do Sérgio do lado esquerdo, dominei a bola e rematei para o golo”, recorda a sorrir o jovem que “não estava à espera. Fiquei muito emocio-nado!”.Pensativo, “somos um bom gru-po, jogamos bem em equipa e o treinador é excelente. Exige

trabalho, esforço, dedicação e os resultados estão à vista”, diz o jovem que não tem dúvida que o seu futuro pode passar por ser “futebolista” a tempo inteiro, afinal “é a minha paixão”.João Fonseca, também tem o mesmo brilho nos olhos, quan-do o assunto é futebol. Ele é o melhor marcador, com 21 golos apontados. Satisfeito com o seu “desempenho” mas preocupa-do com uma “lesão” arreliado-ra que o impossíbilita de jogar nos próximos jogos, é humilde o suficiente, para reconhecer que o seu feito só se explica porque “a equipa também me ajudou a concretizar estes golos”.Questionado sobre o seu “se-gredo”, a resposta é pronta: “acreditamos uns nos outros e sobretudo no treinador”. E para que não fiquem dúvidas, “temos uma excelente equipa, onde to-dos se dão bem. É uma equipa exemplar, trocamos bem a bola e fazemos boas jogadas”. O João não vai poder jogar nos próximos tempos, mas está con-fiante no valor da equipa e na subida de divisão, o grande ob-jectivo para a época. “Se for com goleadas, melhor”, diz a sorrir o jovem.

Este domingo, 11 de março, o RDA joga em casa do Mucifal, quarto classificado com 41 pon-tos e um dos favoritos à subida de divisão. “Vamos dar o máxi-mo para conquistar os três pon-tos para continuar na liderança do campeonato”, garante Nel-son Santos. A conversa acabou, começaram os treinos!

Progresso Clube/KickBoxing

Ana Roxo é vice campeã

do mundoFoi por muito pouco que Ana Roxo, atleta do Progresso Clube, no Algueirão (Sintra) não conquistou o tí-tulo mundial de Kick-Boxing, frente à actual campeã, Lynne O’Shea. O factor casa foi deci-sivo. Mas o nome de Portugal saiu dignifi-cado da Irlanda.As expectativas eram grandes, quanto à conquista do titulo do mundo. Ana Roxo, atleta do Progresso Clube (Sintra) defrontou na cidade de Water-ford na Irlanda. a actual cam-peã do Mundo WKA, Lynne O’Shea na disputa do cintu-rão mundial na categoria de -45Kg.Concentrada, Ana Roxo con-quistou de imediato o públi-co irlandês, ao solicitar como música de entrada, um tema tradicional irlandês.Já no ringue a atleta portu-guesa, respondeu aos ataques da adversária com seguran-ça, efectuando um combate pautado pelo rigor tático e de equilíbrio constante, dificul-tando a tarefa dos juízes que se viram obrigados a entregar a vitória a Lynne O’Shea, pela margem mínima e depois de oito assaltos.“Não ganhou o título, mas está no nosso coração e todos sabemos que é a melhor ins-trutora do Mundo e que nós, no Progresso Clube, gosta-mos muito dela”, disse à OCI-DENTE , rádio/jornal, João Paulo Teixeira, presidente do Progresso Clube.Na verdade, foi determinan-te o factor casa e o facto de Lynne ser a actual detentora do ceptro mundial. Parabéns, Ana!