Jornal OCIDENTE 06

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Obras Segurança Freguesias Cultura Salão histórico de Galamares reabre com imagem renovada. Pág. 5 Cemitério de Rio de Mouro, roubado e vandalizado soma prejuízos. Pág. 6 Director Jorge Tavares Ano 2 | Nº 6 | 1 de julho 2012 | GRATUITO A Plataforma Nacional Contra a Extinção de Freguesias reuniu em Montelavar. Pág. 6 Centro Cultural Recreativo e Desportivo de Belas, arranca com Festival de Folclore “Belas 2012”. Pág. 5 “O Mar” é tema na estreia do MTBA nas marchas populares. Pág. 8 e 9 Escola Matias Aires, premiada no concurso nacional de reciclagem criativa. Pág. 11 “Reflexo da Alma nas minhas cores” é tema de uma exposição obrigatória de Sara Livramento, na pousada D.Maria I, em Queluz. Pág. 15 Poucos são os locais em que a História, tem o rosto do povo. O Alto da Vigia, na Praia das Maçãs, é um desses casos raros. Pág. 13 Viagens na minha terra Inauguração OCIDENTE Jornal www.radioocidente.pt Marchas Educação Exposição / Sara Livramento Sai todos os meses no dia 1 Com um investimento de 1,3 milhões de euros, o Centro Social e Paroquial de São João das Lampas, inaugurou uma creche e berçário. Pág. 12 “O partido não estará no bom caminho, se a opção for excluir uns em detrimento de outros” A Convenção do PSD realizada em Sintra, mar- cou o arranque para a escolha dos candidatos às câmaras da Área Metropolitana de Lisboa, com desafios importantes em Lisboa, Oeiras e Sintra. Marco Almeida deixou a mensagem ao partido e à OCIDENTE, rádio/jornal, reafirmou “disponibilidade” e “vontade” em avançar como candidato. Pág. 4 PSD de Sintra traça “perfil” do candidato ideal • CDS/PP confirma Silvino Rodrigues Biblioteca escolar para daltónicos A primeira “biblioteca inclusiva” do mundo foi criada na EB1 n.º 2 de Mem Martins. Uma escola pio- neira na aplicação de um sistema de identificação de cores a pensar nos alunos daltónicos. Pág. 11 O Museu do Ar, reabre no Dia do Município, com entrada livre até 1 de julho. Pág. 10 Voar Museu do Ar reabre no dia do Município Marco Almeida em discurso directo

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Edição de Julho de 2012 do Jornal OCIDENTE

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Obras

Segurança

Freguesias

Cultura

Salão histórico de Galamares reabre com imagem renovada. Pág. 5

Cemitério de Rio de Mouro, roubado e vandalizado soma prejuízos. Pág. 6

Director Jorge Tavares Ano 2 | Nº 6 | 1 de julho 2012 | GRATUITO

A Plataforma Nacional Contra a Extinção de Freguesias reuniu em Monte lavar. Pág. 6

Centro Cultural R e c r e a t i v o e Desportivo de Belas, arranca com Festival de Folclore “Belas 2012”. Pág. 5

“O Mar” é tema na estreia do MTBA nas marchas populares. Pág. 8 e 9

Escola Matias Aires, premiada no concurso nacional de reciclagem criativa. Pág. 11

“Reflexo da Alma nas minhas cores” é tema de uma exposição obrigatória de Sara Livramento, na pousada D.Maria I, em Queluz. Pág. 15

Poucos são os locais em que a História, tem o rosto do povo. O Alto da Vigia, na Praia das Maçãs, é um desses casos raros. Pág. 13

Viagens na minha terra Inauguração

OCIDENTEJornal www.radioocidente.pt

Marchas

Educação

Exposição / Sara Livramento

Sai todosos meses no dia 1

Com um investimento de 1,3 milhões de euros, o Centro Social e Paroquial de São João das Lampas, inaugurou uma creche e berçário. Pág. 12

“O partido não estará no bom caminho, se a opção for excluir uns

em detrimento de outros”

A Convenção do PSD realizada em Sintra, mar-cou o arranque para a escolha dos candidatos às câmaras da Área Metropolitana de Lisboa, com desafios importantes em Lisboa, Oeiras e Sintra. Marco Almeida deixou a mensagem ao partido e à OCIDENTE, rádio/jornal, reafirmou “disponibilidade” e “vontade” em avançar como candidato. Pág. 4

• PSD de Sintra traça “perfil” do candidato ideal

• CDS/PP confirma Silvino Rodrigues

Biblioteca escolar para daltónicos

A primeira “biblioteca inclusiva” do mun do foi criada na EB1 n.º 2 de Mem Martins. Uma escola pio-neira na aplicação de um sistema de identificação de cores a pensar nos alunos daltónicos. Pág. 11

O Museu do Ar, reabre no Dia do Município, com entrada livre até 1 de julho. Pág. 10

Voar Museu do Ar reabre no dia do Município

Marco Almeida em discurso directo

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2 Local 1 de Julho 2012Jornal OCIDENTE

Editorial

Pedir para pouparJá não é a primera, nem a se-gunda, nem a terceira vez que oiço o Presidente da Repúbli-ca e alguns ministros, pedirem aos portugueses para poupar.

Há nestas palavras, qualquer coisa que me incomoda.

É um pouco estranho que sejam os agentes do estado a pedir-nos para economizar. Já não basta o estado levar-nos em impostos metade do di-nheiro que ganhamos, ainda têm a lata de nos dizer o que fazer à outra metade que nos resta.

Acho que este tipo de pedidos é inútil, contraproducente e até perverso.

Dou comigo a pensar, afinal estão a pedir para poupar a quem? Pedir às pessoas que ganham o ordenado minimo ou pouco mais do que isso, para guardar algum dinheiro, chega a ser insultuoso e o re-sultado é zero. Poupar?! Como?!

Bem, quem é que poderá pou-par? A classe média. Mas a classe média está em extinção, e começar a poupar, vão fechar ainda mais restaurantes, o co-mércio conhecerá dias ainda mais difíceis. Diminuição do consumo, arrefecimento da economia, recessão...

Permitam-me o desabafo.

Não, seria melhor que se pre-ocupassem em gastar bem o dinheiro que nos levam, em vez de tentarem dizer-nos como devemos gastar o que nos resta.

Será que não percebem que devia ser o povo a decidir como o estado gasta o dinhei-ro, e não o contrário.

Pedir para poupar!?

O directorJorge Tavares

DIRETOR: Jorge Tavares [email protected] Telef: 963 964 040 • REDAÇÃO: Ana Marreiros; Nuno Diogo, Rui Camões, Rui Oliveira, Solange Henriques • MORADA: Praceta Progresso Clube, 17 - 2725-110 Algueirão [email protected] Telef: 219 267 367 / 96 66 77 041 • RÁDIO OCIDENTE ONLINE: Artur Barral; Hugo Saraiva; Jorge Lima; Jorge Manuel Cardoso, João Antunes, Marinela Tavares, Miguel Ângelo, Nuno Cachucho, Nuno Diogo, Pedro Esteves • MARKETING & PUBLICIDADE: Ana Maria Rodrigues [email protected] Telf: 219 267 367 / 96 66 77 041 • FOTOGRAFIA: José Correia • CARTOON: Luis Cardoso • DESIGNER GRÁFICO: Vitor Duzieo

JORNAL OCIDENTE: Impressão na Empresa Gráfica Funchalense, SA - Morelena Pêro Pinheiro / Sintra • Tiragem: 10 000 exemplares • Depósito Legal: 332891/11

Ligação Queluz/Amadora

Falta de segurança encerra ligação entre Queluz e Amadora

A circulação rodoviária na ponte que liga Queluz à Amadora, está encerrada pelos menos até Setembro, para obras de recuperação, já que apresenta problemas ao nível da sua estrutura. A solução, passa pela construção e uma nova alternativa, em terrenos milita-res, junto ao local.

“Há mais de dez anos” que Bar-bosa de Oliveira, presidente da Junta de Queluz, chama a aten-ção para a “urgência” de cons-trução de uma via “alternativa”, à velha ponte Filipina do século XVII, que corre o risco de “co-lapsar”.Os bombeiros de Queluz encer-raram por “prevenção” a circu-lação rodoviária no passado dia 2 de junho, devido a um “buraco na estrutura”, numa das faixas de rodagem da ponte, que se si-tua na zona de fronteira, da fre-guesia de Queluz (Sintra) com a freguesia da Venteira (Amado-

ra), junto da Urbanização das Quintelas.As Câmaras de Sintra e Amadora estão reunidas com as Estradas de Portugal “no sentido de re-solver de uma vez por todas esta questão”, disse Barbosa de Oli-veira à poucos dias, sublinhando os “custos de recuperação que a ponte implica, estimando que a intervenção possa demorar al-guns meses.

O autarca adiantou que o encer-ramento à circulação rodoviária está a prejudicar todos os dias, milhares de condutores que uti-lizam aquela zona para aceder ao IC19, uma vez que se trata de um dos dois acessos de Queluz a esta via.

Projecto na gavetaBarbosa de Oliveira tem chama-do a atenção frequentemente, para a necessidade de constru-ção de uma via alternativa à ve-lha ponte Filipina, situação que até chegou a ser considerada, “com a aprovação de um pro-jecto”, mas que, por razões que desconhece, “nunca foi concre-tizado”, lamenta o presidente da Junta de Queluz.

Segundo o autarca, “existe um projecto de construção” de uma estrada de ligação entre a rua Dom Pedro V e a via da Estra-da Velha de Queluz que liga ao IC19, que implica a construção de um viaduto sobre a ribeira de Carenque. “Há dez anos, o projecto custava 1,5 milhões de euros, mas agora deve rondar os dois ou três mi-lhões de euros”, teme Barbosa de Oliveira, preocupado com o encerramento do acesso à fre-guesia e das suas consequêncas, sobretudo nas horas de maior tráfego.

Amadora confirma projectoEm declarações à OCIDENTE, rádio/jornal, Joaquim Raposo, presidente da Câmara da Ama-dora, reconhece que a ponte “muito resistiu”, com a “uma “carga, permanente de tráfego”, acreditanto que a ponte históri-ca “será recuperada”, mas “leva-rá tempo”, já que aquele tipo de intervenção obriga necessária-mente à realização de estudos.Para Joaquim Raposo, a “solu-ção alternativa” podia estar re-solvida, a quando das obras de alargamento da estrada velha de Queluz e da ligação entre a zona do Lido e o Hospital Amadora-Sintra.“Na altura apresenta-mos [Ama-dora] um projecto, que tinha de ser concretizado em conjunto entre os municípios da Amado-ra e Sintra, mas que, por razões que não são nossas, não avan-çou”, recorda o autarca.“Espero que desta vez o pro-jecto possa avançar, porque é preciso resolver esta situação de uma vez por todas, independen-temente da ponte Filipina ser ou não intervencionada”, sublinha Joaquim Raposo.

Quatro quintos da velha ponte Fiipina do Século XVII, encon-tra-se no concelho de Sintra e o restante no concelho da Amado-ra, o que significa que ambos os municípios vão financiar a sua recuperação.

A velha ponte Filipina do século XVII, que corre o risco de “colapsar”

Imagem superior e inferior do “buraco” provocado pela queda de uma pedra, que pode colapsar toda a estrutura da ponte

“Há mais de dez anos” que Bar-bosa de Oliveira, presidente da Junta de Queluz, chama a aten-ção para a “urgência” de cons-trução de uma via “alternativa”

(...) “É preciso resolver esta situ-ação de uma vez por todas”, re-fere Joaquim Raposo, presidente da Câmara da Amadora

Falta de segurança encerra ligação entre Queluz e Amadora

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4 Política 1 de Julho 2012Jornal OCIDENTE

Autárquicas 2013 / Câmara de Sintra

Concelhia “laranja” traça perfil do

candidato a Sintra

Sem avançar com nomes, a Comissão Política Concelhia de Sintra do PSD, aprovou com apenas quatro abstenções, as linhas estratégi-cas com o “perfil dos candidatos às eleições autárquicas de 2013”, à Câmara de Sintra.

“Para alcançar tal desígnio, importa sistematizar um con-junto de princípios que nor-teiem a escolha dos candidatos aos diferentes órgãos autár-quicos”, refere o documento, aprovado em assembleia de militantes, realizado no dia 29 de maio.Apesar da escolha de candi-datos ser da responsabilidade exclusiva da Comissão Políti-ca Distrital de Lisboa, a Co-missão Política Concelhia de Sintra do PSD, faz questão de marca a sua posição, avançan-do com um conjunto de seis “critérios” que no seu conjun-to “constituem uma opção” para um futura decisão.

Perfil do CandidatoDesde logo, “reconhecimento do percurso profissional ali-çerçado no valor do trabalho, da honestidade e do mérito”; ainda “conhecimento da re-alidade económica, social e associativa do território”, bem como, “capacidade de mobi-lização das forças cívicas em torno do projecto a apresen-tar”.“Militância no PSD ou identi-ficação com o seu ideário pro-gramático”, “reconhecimento da capacidade de dedicação, rigor e competência no exe-rício de funções públicas” e “valorização da experiência autárquica”, são os “critérios” que aquele órgão político con-sidera importante valorizar, no “perfil” do candidato à Câma-ra de Sintra.

Discurso Directo / Marco Almeida

A reunião magna do partido “laranja” da Área Metropolitana de Lisboa, que contou com Mi-guel Relvas, ministro adjunto que tem a tutela das autarquias, e do primeiro vice-presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva, realizou-se em Sintra. A Convenção marca o arranque para a es-colha dos candidatos do PSD às 18 câmaras da Área Metropolitana de Lisboa, com desafios im-portantes em Lisboa, Oeiras e Sintra.

“Notei uma grande adesão por parte dos militantes e dos autar-cas. Tive a oportunidade na in-tervenção que fiz, de pedir que, quem tem responsabilidade po-litica e partidária, quer a nível nacional, quer distrital, perceba que o partido tem de estar sin-tonizado com as preocupações das pessoas. Em primeiro lugar tem de saber ouvir os nossos autarcas, estabe-lecer pontes para o associativis-mo e o pior que pode acontecer ao PSD é achar que não deve contar com alguns. O desafio de 2013 é muito importante para se excluirem alguns militantes e senti algum lamento e tristeza, de não ver aquele que para mim é a maior referência autárquica no distrito de Lisboa, que é o engº. Ministro dos Santos, pre-sidente da Câmara de Mafra e autarca há 28 anos. Fiquei triste de não o ver. Acho que o partido não estará no bom caminho, se a opção for excluir uns em detri-mento de outros”.

Relativamente à sua disponiblidade para avançar como candidato à Câmara de Sintra, mantêm essa vontade?“Aquilo que disse mantenho. Estou disponível para ser can-didato e tenho quase a certeza que o serei à Câmara de Sintra. A ligação que tenho à socieda-de civil, os apelos que me são feitos diáriamente, ‘empurram-me’ também para que avance, porque para mim é um sentido de responsabilidade e de cor-responder também à expectativa das associações e das escolas e pessoas com quem lido diaria-mente. Acho que uma candida-tura minha à Câmara de Sintra é mais do que natural. Estarei com 12 anos na Câmara de Sintra ao lado de Fernando Serara, fui oito anos autarca, numa Assembleia e Junta de Fregueia em Agualva Cacém, desempenhei vários cargos no partido, mas acima de tudo

aquilo que melhor entendo que são as condições que tenho para ser candidato é de facto a ligação que tenho à sociedade civil.”

O PSD está disponível para reconhecer e apoiar esse trabalho? “Cada coisa a seu tempo. Acho que não há candidaturas sem vontade pessoal. Quem for ‘em-purrado’ para uma candidatura é sinal de que não está empenha-do e que o sucesso dessa can-didatura, é limitado e está con-denado ao fracasso. Eu tenho disponibilidade de como quero ser candidato. Acho que o parti-do só tem que aproveitar um mi-litante, que é de base e que tem trabalho feito e reconhecido”.

O presidente Fernando Seara está consigo, nesse desejo?“Tenho do professor Fernan-do Seara, um reconhecimento. Durante três eleições à Câmara de Sintra, foi sempre o nº. 2, o que não significa que me fosse delegada a vice-presidência. A delegação do cargo da vice-pre-sidente é um acto de confiança do presidente.

Acho que essa é a maior força e a maior manifestação que te-nho de solidariedade e de em-penho da parte do presidente da Câmara, naquilo que será uma candidatura minha à Câmara de Sintra. Alguem que confia no seu nº. 2 para ser vice-presidente durante 12 anos, não tem con-dições depois, para achar que o seu nº. 2, não tem condições para ser candidato à Câmara de Sintra! Acho eu!”

O PSD de Sintra, traçou o “perfil” ideal daquele que deverá ser um bom candidato no munícipio e de certa forma, podemos dizer que drº Marco Almeida “encaixa” naquela linha estratética?“Fico satisfeito que a Concelhia, tenha construído um perfil, onde o vice-presidente da Câmara se enquadra perfeitamente, naqui-lo que são os objectivos e os cri-térios traçados. Acho que é um processo natural, numa Concelhia que se revê nos seus autarcas.”

JT

“O partido não estará no bom caminho, se a opção for excluir uns em detrimento de outros” - adverte, Marco Almeida

Concelhia de Sintra do CDS/PP

Silvino Rodrigues reeleito

Silvino Rodrigues foi re-eleito presidente da Con-celhia de Sintra do CDS/PP, regisando a maior participação de sempre de militantes em eleições locais, no dia em que Por-tugal eliminou a Repúbli-ca Checa do Euro2012.Feitas as contas, votaram 254 militantes, número que “é bem demonstrativo da dinâmica e da afirmação do CDS-PP em Sintra”, disse em comunica-do Silvino Rodrigues e Telmo Correia que foram reeleitos, respectivamente, como presi-

dentes da Concelhia de Sintra e da Distrital de Lisboa do CDS-PP, que apresentaram “equipas renovadas, preparadas para en-frentar os próximos desafios po-líticos, nomeadamente as próxi-mas eleições autárquicas”.Em declarações à OCIDEN-TE, rádio/jornal e a propósito de um eventual acordo de coli-gação com o PSD à Câmara de Sintra, Silvino Rodrigues disse que “ainda não discutimos o assunto” e “estamos livres de qualquer compromisso, mas disponíveis para falar para acer-tar o futuro”.Quanto a uma provável coliga-ção com o PSD as próximas au-tárquicas, “não há absolutamen-te compromisso algum. Cada partido está a trilhar o seu cami-nho. Estamos disponíveis para falar, temos vindo a falar, mas nada significa que possa haver

coligação”, sublinhou.“Para já é assim. Aparente-mente tem sido demonstrada disponibilidade do CDS para que se mantenha a coligação e do PSD também encontro o mesmo sentimento. Agora, temos de trabalhar e esquema-tizar, em que condições é que essa coligação pode ser feita. Nada está garantido, neste momento”, disse.Questionado sobre a possibi-lidade do próximo candidato à Câmara e Sintra ser mili-tante do CDS, mantendo-se a coligação entre os dois parti-dos, Silvino Rodrigues vacila: “Não, mas pode ser! O CDS tem pessoas disponíveis e são os melhores. Obviamante, que se houver uma coligação, o PSD e o CDS apresentarão no-mes de pessoas credíveis mas

em conjunto temos de avaliar quem será o melhor para se apresentar ao eleitorado, ga-nhar as eleições e fazer um bom trabalho ao longo do seu mandato. Cada partido está a fazer o seu trabalho de casa”.Sobre a possiblidade de Marco Almeida, merecer o apoio do PSD para uma candidatura à Câmara de Sintra, Silvino Ro-drigues é cauteloso na respos-ta: “Não consigo dar um res-posta neste momento, porque não está garantida qualquer coligação. É prematuro fazer qualquer tipo de consideração sobre o assunto. No entanto, tenho pelo dr. Marco Almeida uma estima pessoal e admira-ção, imensa. Tem feito um tra-balho notável como vice-presi-dente e vereador da Câmara de Sintra”.

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5Local1 de Julho 2012Jornal OCIDENTEGalamares

Terminaram as obras de restau-ro e reabertura do Salão de Gala-mares. Inaugurado em 1916, por iniciativa do Visconde de Mon-serrate, durante décadas ali se re-alizaram récitas, festas e sessões de cinema. Até Viana da Motta aí tocou em 1923, numa iniciativa destinada a obter receitas para a electrificação da estrada de Sintra a Colares.

Com pinturas e murais de An-tónio Graça, Júlio Fonseca e Garibaldi Martins, artesãos ao serviço do visconde, foram re-correntes as peças de teatro onde pontificavam Guilherme Oram ou Eduardo Frutuoso Gaio, o conjunto de saxofones da Sociedade União Sintrense, o “Cynthia Jazz” ou “Os Mexi-canos”.Depois de um período de apaga-mento nos anos 70 e 80, foi sob o impulso de personalidades como Edgar Azevedo e António Jorge Manata que ressurgiu em 1979, tendo nos anos 90 o renascido Grupo Desportivo e Cultural de Galamares (GDCG) realce no ci-clismo e atletismo, destacando-

se, por exemplo, a conquista da I Maratona Popular de Badajoz, em 1996 e a organização de di-versos prémios de atletismo.Mercê do esforço da população, desde então se veio a reabilitar na traça original o dito salão, devolvendo-lhe o brilho perdi-do, tendo contribuído para essa tarefa a colaboração inestimável da Escola Profissional de Recu-peração do Património de Sin-tra, pelo que, alguns anos e mais de duzentos mil euros depois, e mercê do muito trabalho volun-tário da população, finalmente reabriu em prol da cultura e as-sociativismo locais, propondo-se dinamizar a cultura e lazer, além da continuação das activi-

dades da secção de pesca, criada em 2003.

Na cerimónia, a que se seguiu um beberete e uma festa popu-lar, e a que assistiram entre ou-tros, o antigo presidente da Fun-dação Calouste Gulbenkian, Dr. Rui Vilar e a ex-ministra Isabel Alçada, usaram da palavra An-tónio Jorge Manata, presidente da Assembleia Geral do GDCG, Fernando Morais Gomes, que fez a resenha histórica de Gala-mares e do salão, e o presidente da Junta de Freguesia de S. Mar-tinho, Fernando Pereira.

Grupo Desportivo Cultural de Galamares

Salão de Galamares reabre com imagem renovada

Centro Cultural Recreativo e Desportivo de Belas

XXXVIII Festival de Folclore “Belas 2012”O Centro Cultural Re-creativo e Desportivo de Belas, vai realizar mais uma edição do Festival de Folclore “Belas 2012”, iniciativa que se intega nas comemorações do 39º. aniversário do Gru-po Folclórico de Belas entrre 29 de junho e 8 de Julho.As comemorações de aniversário do Grupo Folclórico de Belas, realizam-se nos dias 29 e 30 de Junho, 6, 7 e 8 de Julho na sede da colectividade. Esta sexta-feira dia 29 de Ju-nho a partir das 21h30 destaque para a actuação do conjunto “4ª Audição”, que irá abrilhantar a noite de baile. No sábado 30 de Junho a partir das 21h30, o destaque vai para a actuação da Banda “Fragmento”. No dia 6 de Julho a noite será animada com a actuação da “Banda Tropical” e no dia 7 de Julho, o momento alto das co-memorações, com a realização do XXXVIII Festival de Folclore “Belas 2012”, com a participação

dos Grupos Folclóricos, Rancho Etnográfico “Os Ferreiros” de Carvalhais; Rancho Tipico de Alvorge; Rancho Folclórico de Pedreiras e o Grupo Folclórico de Belas. Logo a seguir, sobe ao palco o organista “Fernando”.No Domingo 8 de Julho a partir das 1700, realiza-se o Festival de Folclore “Infantil” com a pre-sença dos Ranchos Folclórico de Alenquer, Folclórico S.Miguel do Milharado e o Grupo Folcló-rico de Belas – Infantil. Às 21h00 realiza-se um baile abrilhantado pelo organista “Domingos”.A entrada é gratuita para todos os interesados que dispôem de um serviço de bar, cervejaria, pão com chouriço, quermesse e artesanato.

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6 Local 1 de Julho 2012Jornal OCIDENTE

Sintra Celebra S.Pedro

O Concelho de Sintra vai es-tar em festa no próximo fim de semana por altura dos festejos de S.Pedro, padroeiro do mu-nicípio. Música, arraiais, ani-mações de rua não vão faltar. As ruas de Sintra e os espaços culturais vão encher-se de cor e movimento, e todos podem participar nos vários eventos culturais e lúdicos.

O dia 29 de Junho, dia de S.Pedro e feriado municipal em Sintra, inicia-se com o has-tear da bandeira nos Paços do Concelho, pelas 10h00. Uma hora depois é inaugurada a Exposição de Escultura Ao Ar Livre - Sintra Arte Pública IX, com o tema “Os Mitos e a Mitologia”. Esta exposição está patente na Volta do Du-che, uma das mais belas ruas da Vila de Sintra.

À tarde, às 17h00, são inaugu-radas as novas instalações do Canil Municipal de Sintra (si-tuadas na Av. Almirante Gago Coutinho) e duas horas depois (às 19h00) é descerrada uma placa evocativa ao Dr. João Bénard da Costa (na rua Gago Coutinho, na Vila de Sintra).Destaque para a Feira do Li-vro de Queluz, que decorre no Parque Felício Loureiro, até 1 de Julho. Uma boa oportu-nidade para adquirir livros a preços mais reduzidos. Mas há mais: ilustrações, horas do conto, lançamento de livros, debates, artesanato, ateliês e espaços de degustação são algumas das ofertas com que pode contar nesta edição da Feira do Livro, do Artesanato e da Gastronomia. Também os museus munici-pais se aliam a estes festejos, com animação, actividades destinadas aos mais peque-nos e conferências. Tudo com participação gratuita. Desta-que ainda para o tradicional arraial no largo de S. Pedro de Sintra, com muita animação, tendinhas e música.

Rio de Mouro

O cemitério de Rio de Mouro roubado e vandalizado

Setenta gavetões do cemitério de Rio de Mouro (Sintra) foram vandalizados no início do mês, tendo sido roubadas de-zenas de floreiras e chapas com nomes, disse Filipe Santos, presidente da junta desta freguesia.“É a segunda vez que vandali-zam o cemitério. Agora foram setenta gavetões, partiram vinte e tal pedras e roubaram as flo-reiras e chapas com os nomes”, no total de 130 campas, disse à agência Lusa o presidente da Junta de Rio de Mouro, Filipe Santos.De acordo com o autarca, em fe-vereiro, um grupo de suspeitos entrou no cemitério e “roubou tudo o que era alumínio e pe-quenos adereços” tendo partido várias “santas e cruzes” que se encontravam nas campas.Filipe Santos disse que a junta vai apenas suportar as despesas com a recuperação das pedras partidas.Fonte da PSP acrescentou que a

O cemitério de Rio de Mouro roubado e vandalizado

polícia ainda não tem qualquer pista sobre os suspeitos deste crime que estará relacionado com o roubo de metais.Apesar de haver um aumento do número de casos de furto de metais, “não é normal” esses furtos ocorrerem em cemité-rios, disse a fonte policial.

“Levaram tudo o que eram componentes metálicas dos ga-vetões do cemitério. Não temos tido registos de atos semelhan-tes nesses locais. O crime mais comum relacionado com o fur-to de metais é o furto de fio de cobre, que mais tarde é vendido e fundido”, explicou.

Jornal OCIDENTE com Lusa

Numa semana, um grupo de assaltantes roubou metais, como cobre e alumínio, vandalizando cento e trinta campas e setenta gavetões

Escola de Recuperação do Património

“A escola sai à rua”

A Escola Profissional de Recuperação do Património de Sintra realiza, no espaço ex-terior da entrada do Museu de Arte Moder-na em Sintra, até 1 de Julho, uma “Oficina de Restauro”.Os alunos do curso de Conser-vação e Restauro estão, acompa-nhados por professores, proceder a intervenções de conservação e restauro em peças representa-tivas das seis áreas ministradas neste curso – azulejaria, canta-rias, estuques, madeiras, metais e pintura mural.A ideia da iniciativa visa pro-porcionar aos transeuntes uma experiência de conhecimento da actividade que esta escola de-senvolve, há quase 25 anos, onde se formam técnicos de nível IV, altamente qualificados para o mercado de trabalho, que têm ao

longo destes anos contribuído activa e directamente na conser-vação e recuperação do patrimó-nio do concelho de Sintra e um pouco por todo o Pais.Paralelamente, tem como pro-pósito cumprir outro desígnio, o de sensibilizar a população para a importância da preservação do nosso Património. No local estão presentes técnicos da escola para informar e prestar todos os esclarecimentos sobre os cursos, como funcionam e como se podem candidatar os interessados a esta formação para o próximo ano lectivo.

“São Marcos com Coração 2012”

Caminhantes da freguesia de São Marcos (Sintra), dão “corda aos sapatos” e percor-rem dez quilómetros em marcha e obstá-culos, sem perder de vista o Oceano Atlân-tico. Uma iniciativa para repetir.No passado dia 17 de junho, re-alizou-se mais uma caminhada, com destino à Ericeira, inicia-tiva no âmbito do projecto “São Marcos com Coração 2012”, do Centro Municipal de Marcha e Corrida de São Marcos.O Centro Carlos Paredes - Lú-dico Cultural e Desportivo foi o ponto de encontro para mais de 60 caminhantes da freguesia de São Marcos que se deslocaram de autocarro até à Praia da Foz do Lizandro, no concelho de Ma-fra.A caminhada foi iniciada no mi-radouro junta a Praia da Foz do Lizandro, com um percurso que se desenrolou ao longo da zona costeira, passando pela Vila da Ericeira, pelo areal da Praia de

Ribeira de Ilhas, um paraíso para os amantes do surf, seguindo até a Praia dos Coxos, terminado a digressão em Ribamar, sempre acompanhados pelo belo Ocea-no Atlântico.O percurso teve a distância de 10 quilómetros, com dificulda-de média, apresentando alguns obstáculos que foram facilmente superado, sem nunca desanimar os caminhantes, tendo todos chegado ao fim da digressão.Mais uma vez foi constante o ambiente de convívio e boa dis-posição, promovendo na popu-lação hábitos de vida saudável procurando o seu bem-estar físi-co e psicológico.

Paulo Velez

Caminhada

Reunião em Montelavar

A Plataforma Nacional Contra a Extinção de Freguesias esteve reunida na freguesia de Monte-lavar, em Sintra e decidiu pro-mover um encontro nacional de autarcas e criar uma plataforma distrital com a nova Lei da Re-forma Administrativa. Esta de-cisão, surge na sequência da quinta reunião do movimen-to, realizada no passado dia

23 de junho. Entretanto e devido às férias ju-diciais, o prazo para os municí-pios cumprirem a nova Lei, con-ta com mais 45 dias para uma tomada de posição. Entretanto a Assembleia Municipal de Sintra, reunida no dia 26 de junho para debater a Reforma Administra-tiva, decidiu, discutir o assunto, em Setembro.

Freguesias formam plataforma distrital

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8 Local 1 de Julho 2012Jornal OCIDENTE

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MTBA estreia marcha popular “Da oportunidade nasce o sonho”

O Grupo Desportivo e Recreativo do MTBA apresentou ao público, a sua marcha popu-lar. A estreia encheu de orgulho o pavilhão da colectividade, que envolve as quatro al-deias da freguesia de São João das Lampas (Magoito, Tojeira, Bolembre e Arneiro dos Marinheiros) no concelho de Sintra, com o desfile dos 48 marchantes que, sob orien-tação de José Vitorino, apresentaram “O Mar” como tema, desta primeira edição.

O Pavilhão do MTBA encheu para a “estreia mundial” da pri-meira marcha do clube, anun-ciou “orgulhoso” Henrique Gairifo, presidente da direção do MTBA Clube que surge pela união de quatro aldeias: Magoi-to, Tojeira, Bolembre e Arneiro dos Marinheiros. O resultado ultrapassou e sur-preendeu expectativas, pela positiva, com a tão esperada ac-tuação da Marcha do MTBA. A dinâmica e empenhamento da comissão organizadora, o envol-vimento da direção do Clube e a capacidade de mobilização de todos, foi a chave do sucesso.“Não é só o futebol, o carna-val e o rancho folclórico, tudo isto faz com que o ecletismo do MTBA seja cada vez mais forte e, um projecto destes não pode-ria deixar de ser apoiado”, dis-se à OCIDENTE, rádio/jornal Henrique Gairifo.“Discutimos, ponderamos e de-cidimos”, adianta o presidente da direção do MTBA, preocupa-do com os “custos” da iniciativa, mas sublinhando que “não po-deria a direção deixar de encarar

positivamente mais um projecto aglutinador do povo das quatro Aldeias a que se associa, como sempre, a freguesia e toda uma vasta zona do concelho de Sin-tra”.Helena Catarino e Sónia Nunes integram a Comissão das Mar-chas, constituída por oito ele-mentos, e falam também de um “grande desafio”, sobretudo nos tempos que correm. “Oito pes-soas reuniram e apresentaram à direção do MTBA o projecto, que foi aceite” e “tudo correu na perfeição”, refere Sónia Nu-nes, acrescentando que “o nosso maior inimigo, foi a questão do tempo”, já que a ideia e decisão só surgir no mês de Março.“Tivemos alguma dificuldade”, sublinha Helena Catarino, mas “todos acreditaram e consegui-mos reunir todas as pessoas, para a marcha”.A Marcha Popular do MTBA é composta por 48 marcantes, (24 homens e 24 mulheres), quatro figuras representativas das qua-tro Aldeias (Magoito, Tojeira, Bolembre e Arneiro dos Mari-nheiros) e ainda o Porta-Estan-

da ao Mar”. Assim, aconteceu e no dia 24 de Junho o resultado do trabalho e envolvimento, foi apresentado ao público.Um forte e sentido aplauso mar-cou desde logo a entrada da marcha no pavilhão do MTBA. Ninguém ficou indiferente. As mulheres trajam uma saia rodada azul mar decorada com estrelas-do-mar debruadas com areia da praia e uma blusa azul céu que através de um folho dá a imagem das ondas do mar. Pen-

teados elegantes e onde a praia é a cor dos adereços.Os homens trajam com calça e camisa unidas por uma faixa. Todos os figurinos têm o azul como cor base, variando a sua tonalidade em cada peça.Os arcos foram desenhados por José Vitorino, Ensaiador e Core-ógrafo, pretendem retratar dois momentos que pela sua beleza natural simbolizam o tema da marcha: “O sol brilhante sob o azul do mar e o brilho da lua sob

o mar, iluminando nas duas si-tuações, os barcos que pelo mar passeiam.Aos arcos foi dado o nome das quatro aldeias que o MTBA re-presenta [Magoito, Tojeira, Bo-lembre e Arneiro dos Marinhei-ros], mas também da freguesia de São João das Lampas, dos santos homenageados, e do con-celho de Sintra.

“Projecto desafiante”Numa zona do concelho de Sintra, onde a população local não dispõe de uma grande ofer-ta cultural, que “defendam os usos e costumes da zona litoral saloia, o projecto da Marcha Po-pular MTBA, vem preencher um vazio existente, que a população saberá valorizar”, acredita Hen-rique Gairifo. “Na freguesia de São João das Lampas, onde felizmente há poetas, onde há músicos, onde há coreógrafos e gente com von-tade de participar, também as marchas populares assumiram um papel de grande relevo no panorama cultural da freguesia e do concelho. Nos últimos anos e obedecendo a diferentes temas da nossa tradição, conseguiu-se realizar excelentes actuações que ombrearam com o que de melhor se faz no país. E isso deixa-nos orgulhosos”, consi-dera Guilherme Ponce de Leão, presidente da Junta de Fregue-sia de São João das Lampas O autarca, deixou palavras de estímulo e incentivo à continui-dade da iniciativa, assegurando que a junta de Freguesia, “in-dependentemente da colectivi-dade que a organiza, competirá sempre dar todo o apoio possí-vel, para incentivar e estimular quem se propõe, de forma vo-luntária e graciosa, enfrentando a responsabilidade de organizar as Marchas Populares no nosso território”, geográfico.A marcha vem para ficar, até porque “o projecto é desafiante e julgo com capacidade de tra-balho e a união de todos é possí-vel ser um projecto para o futu-ro, apesar das marchas ser algo ‘desprotegido’ a nível da cultura no concelho de Sintra”, admite o Henrique Gairifo, acrescentan-do que só foi possível concreti-zar o projecto, através de apoios do comércio local e outros, des-tacando a Junta de Freguesia de São João das Lampas e a Câma-ra de Sintra, que cedeu material e equipamento necessário, para a realização da iniciativa.

Figurinos e arcosO tema da marcha do MTBA é “O Mar”. A Comissão organi-zadora considera que sendo a zona, banhada pelo mar, uma das atrações locais, “O Mar” deveria ser considerado como temática, permitindo “invocar não só a localidade onde esta-mos inseridos enquanto grupo, mas igualmente o Concelho de uma forma geral, pela sua ex-tensão de praias e história liga-

darte. Tem como tema “O mar”, algo que identifica e distingue a zona.A Comissão da Marcha integra elementos de várias idades e de diferentes profissões das quatro aldeias e de outras localidades do concelho de Sintra e é cons-tituída por Amélia Lageiro, Ana-bela Viana, Elsa Cavalheiro, He-lena Catarino, Helena Leitão, Isilda Alves, Sónia Nunes e João Paulo.

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José Vitorino“Momentos de partilha, crescimento e uma experiencia que recordarei”José Vitorino, Ensaísta e Coreografo, é no concelho de Sintra, um dos poucos que mais sabe sobre organização e dinamização de uma marcha. Tem uma experiência de muitos anos. Afável, bem disposto, mas exigente, José Vitorino, foi um dos pilares fundamentais na dinamização e sucesso da marcha, no MTBA.“Quando vieram ter comigo a pedir-me ajuda, abracei desde logo este projeto. Os olha-res determinados dos vários elementos da comissão que me apresentaram o projeto que tinham desenhado motivaram-me para também eu “olhar” e acreditar que apesar do pouco tempo e outras condicionantes, era possível”, refere José Vitorino, admitindo que no início, “as dúvidas eram muitas, as ideias brotavam, as inseguranças cresciam”. Ain-da assim, “ter um grupo novo a ensaiar e dirigir, tudo isto fez-me acreditar e abraçar aquele que passou a ser o ‘meu projeto de Marcha’ para o ano 2012”.A escolha das músicas, as coreografias “para um grupo de marchantes muito heterogé-nio” e pouco experiente foi um “desafio” de todos os dias.Pensativo, “este projeto, vive e viveu desde a sua génese na base da partilha, de um cres-

cimento constante, de uma vontade individual de cada um que depois no conjunto ia trazendo frutos para tudo o que se ia planeando, para responder a todas as necessidades e solicitações”, refere José Vitorino. Quanto ao tema “O Mar” o Ensaiador e Coreógrafo reconhece que era “trabalhoso” mas “desafiante”, explicando que as “coreografias tinham que ser desenhadas de forma a não confundir com pesca, não poderiam ser muito rebuscadas pelas características do grupo, e ainda o outro fator que desde o início foi aquele com que mais me debati e que mais desafiante foi: o tempo”.Na verdade a decisão foi tomada no final do mês de Março. Era preciso começar do nada e “o tempo era pouco para tanto”, refere. Se-gundo José Vitorino, as marchas MTBA 2012 foram uma “luta contra o tempo” mas a carolice, o empenho e o envolvimento”, que ainda caracteriza tantas das nossas colectividades e associações de recreio, apoiadas em “toda uma equipa”, acabou por ser “a arma secreta” deste projeto, que a todos dignificou: O MTBA, a freguesia, mas também o concelho e a região. “Momentos de partilha, crescimento e uma experiencia que recordarei”, diz orgulhoso José Vitorino.

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Próximas atuações Depois da primeira actuação a 12 de Junho, noite de São João Padroeiro da Freguesia de São João das Lampas, com a aber-tura de um arraial e apresenta-ção da Marcha antecedida pela apresentação da Marcha do Grupo Unidos de Stº. Isidoro, há um conjunto de realizações e iniciativas para a atuação da Marcha do MTBA 2012, não só em Sintra, como nos concelhos vizinhos.Assim, na noite de 28 de Junho, o dia de São Pedro, padroeiro do Concelho de Sintra, o Marcha do MTBA, actuará de novo no pavilhão do MTBA, no âmbito de um projecto dinamizado pela Associação de Pais das Escolas EB1 nª1 de Belas e EB1/JI Má-rio Cunha Brito, iniciativa que conta também com a participa-ção da marcha “Aqueduto das Águas Livres”. Dia 29 de Junho, está presente no último arraial em Cabriz e Fontanelas.

Marchas populares regressam a AgualvaAs marchas populares regressaram à freguesia de Agualva (Sintra), no âmbito da Agenda 21, iniciativa que conquistou “miúdos” e “graúdos”, numa tarde participada e animada que assinalou o Dia de Santo António. A avenida dos bons amigos, até pareceu pequena, proporcionando um bom momento de lazer, cultura e recreativo, que não deixou ninguém indiferente. “Tivemos uma participação elevada, sobretudo por parte das escolas”, disse à OCIDENTE, rádio/jornal, Felisbela Bernardo, vogal da Junta de Freguesia de Agualva, “satisfeita” com o “desempenho e envolvimento dos participantes”, no caso, a Escola EB nº3 de Agualva (que venceu o concurso), o ATL da Escola EB/JI de Colaride, e do Colégio “Colinho das Tias, bem como o Grupo Sénior da Junta de Freguesia de Agualva, com participação extra-concurso e que abriu o desfile. Rui Castelhano, presidente da Junta de Freguesia, destacou os objetivos da iniciativa, que passam por “uma maior dinamização das várias comunidades associativas e escolares, em prol do dinamismo cultural da nossa freguesia”.

A marcha da Escola EB nº3 de Agualva, ven-ceu venceu o concurso

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10 Local 1 de Julho 2012Jornal OCIDENTE

Base Aérea de Sintra

Museu do Ar reabre no dia do Município

A tão aguardada reabertura do Museu do Ar acontece a 29 de ju-nho, dia do Município de Sintra, com entrada livre até 1 de julho, inclusive. Depois das obras de requalificação, o Museu apre-senta-se agora como um espaço remodelado e renovado, de ele-vado valor patrimonial e históri-co, novas atrações e peças únicas no mundo da aviação.

A reabertura do Museu que se integra també no âmbito das comemorações do 60º aniversá-rio da Força Aérea Portuguesa, apresenta-se aos entusiastas da aviação e à população em geral, com um novo visual. O novo es-paço museológico pretende ser a memória da aviação militar e ci-vil portuguesa e conta, por isso, com duas novas salas. A Sala dos Pioneiros que apre-sentará objetos sobre os primei-ros e mais importantes aviadores portugueses, nomeadamente, os aviadores do primeiro curso de pilotos militares formado em Portugal, em Vila Nova da Rai-nha, em 1917, os aviadores do CEP que estiveram na I Guerra Mundial e os participantes nas viagens aéreas, até ao fi nal dos

Com esta expansão, o museu a passa a apresentar ao público, 42 aeronaves em áreas visitáveis inter-nas e externas, e tem inventariado 9560 objetos e conta com 5000 livros numa biblioteca que refl ete a história da aviação com muitas edições do início do Séc. XX.

anos 30 do século passado. Destaque para os primeiros avia-dores condecorados da Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, – a mais alta condecoração em Portugal – e os objetos relativos a Sacadura Ca-bral e Gago Coutinho, nomeada-mente, a hélice da aeronave que os transportou ao Brasil. Esta foi a única peça que sobreviveu ao afundamento do segundo avião usado para essa travessia.

Câmara de Sintra apoia Sala de ProjeçãoA Sala de Projeção, apoiada pela Câmara de Sintra, consiste num auditório dotado de um ecrã pa-norâmico, com capacidade para 50 lugares e bancos de um an-tigo Boeing reutilizados. Esta-rá englobada na sala educativa, onde miúdos e graúdos poderão entrar e experimentar algumas aeronaves.Desde a sua criação, em 1968, o Museu do Ar tem vindo a re-cuperar e a inventariar muito do património da Aviação em Portugal, tanto com atividades de restauro e recuperação de ae-ronaves e objetos aeronáuticos, bem como, narecolha de testemunhos impor-tantes documentais e outros,

Museu do Ar reabre no dia do Município

que permitam salvaguardar a memória da aviação portuguesa, da qual o Museu do Ar pretende ser um dos herdeiros.Uma outra sala, composta por objetos que já existiam no mu-seu, será dedicada, apenas, às aeronaves que voaram durante a

guerra do Ultramar.Haverá também um pequeno espaço dedicado a uma exposi-ção religiosa que contará, entre outros, com altares “portáteis” usados no Ultramar ou a cadei-ra da aeronave usada pelo Papa aquando da sua última visita.

Parque Felício Loureiro em Queluz

Festival de Sintra

“Troféu de Sintra em BTT”

Livros, palavras, ilustrações, horas do conto, lançamento de livros, debates, artesanato, ateliês e espaços de degusta-ção são algumas das ofertas com que pode contar nesta edição da Feira do Livro, do Artesanato e da Gastronomia, de 22 de junho a 1 de julho, no Parque Urbano Felício Lourei-ro, em Queluz. Todos os dias com animação musical e, este ano, com uma programação específica para toda a família. A entrada é livre!

De 22 de junho a 8 de julho decorre a 47ª edição do Festi-val de Sintra. Como habitual-mente, Sintra acolherá alguns dos melhores artistas inter-nacionais e jovens revelações nos seus locais históricos, re-pletos de carisma e tradição, tais como os palácios de Sintra e de Queluz, a Quinta da Re-galeira e a Quinta da Piedade, além do habitual Centro Cul-tural Olga Cadaval.

Colares recebe a quarta e últi-ma prova da edição de 2012 do “Troféu de Sintra em BTT”, iniciativa aberta à participação de todos os interessados, no próximo dia 8 de julho, pelas 09h00. É uma organização do Sport União Colarense em colaboração com a Câmara de Sintra, Junta de Freguesia de Colares, Associação de Ciclis-mo de Lisboa e Federação Por-tuguesa de Ciclismo. No dia 21 de julho tem lugar a entrega de prémios na Casa da Juventude, na Tapada das Mercês.

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11Local1 de Julho 2012Jornal OCIDENTEEducação

Intitulada ‘Terra do Faz-de-Con-ta’, a biblioteca onde os livros estão organizados de forma a cada tema corresponder a uma cor transformou-se, no final des-te ano lectivo, “numa biblioteca para todos, através de um siste-ma que permite aos daltónicos encontrarem autonomamente os livros que procuram”, afirmou o mentor do projecto, Sílvio Mal-tez.A biblioteca, que dispõe de cen-tenas de recursos em diferentes tipos de suporte (livros, CD-ROM, CD-Áudio, DVD, vídeos), organizava o espólio de acordo com a CDU (Classificação De-cimal Universal), com as obras

agrupadas por assuntos e asso-ciando uma cor a cada tema.“Não conseguindo os daltónicos distinguir as cores, esses alunos viam reduzida a sua autonomia, precisando de ajuda para encon-trar os livros que procuravam”, explicou o professor bibliotecá-rio, natural da Nazaré e respon-sável pela biblioteca escolar há seis anos. A dificuldade levou o professor a adoptar o sistema ColorADD, criado pelo designer português Miguel Neiva, e que permite identificar a cor através de um código gráfico, replican-do o conceito a partir das cores primárias e nos tons branco e preto.

EB1 de Mem Martins cria biblioteca escolar para daltónicos

A primeira “biblioteca inclusiva” do mun-do foi criada na EB1 n.º 2 de Mem Martins (Sintra), uma escola pioneira na aplicação de um sistema de identificação de cores que proporciona autonomia aos alunos daltónicos no acesso aos livros.

Sílvio Maltez e com prefácio de Miguel Neiva, o criador do có-digo de identificação de cores ColorADD, conta já com o apoio institucional do Ministério da Educação e da Rede de Bibliote-cas Escolares e deverá em breve ser editado em papel.

Escola exemplarO exemplo da EB1 n.º2 de Mem Martins já suscitou o interesse de “duas outras escolas do con-celho, que solicitaram a dispo-nibilização dos símbolos para aplicarem nas suas próprias bi-bliotecas”, afirmou Silvo Maltez, sublinhando a importância de alargar “este método inclusivo”.

A simples colocação dos sím-bolos gráficos que caracterizam

este sistema “permitirá a possí-veis alunos daltónicos, uma mais fácil integração social na biblio-teca escolar” e “a minimização do sentimento de perda gerada pela deficiência, com o conse-quente aumento de bem-estar e autoconfiança”, reforça.

O sistema, que já estava a ser usado em instituições como o Metro do Porto ou a Fundação Champalimaud, foi igualmente aplicado pela Viarco em colec-ções de lápis de cor ostentando os respectivos símbolos e algu-mas “marcas de vestuário estão igualmente a usar símbolos nas etiquetas, facilitando aos daltó-nicos escolher sem ajuda as suas combinações de roupa”, adian-tou o professor.

Biblioteca Color ADDDepois de duas semanas de tra-balho intensivo, prateleiras e livros, passaram a contar com “uma etiqueta com um símbo-lo correspondente a cada cor”, através da qual “os alunos dal-tónicos autonomamente encon-tram aquilo que procuram como qualquer outro aluno”, precisou.A mudança entrou em vigor a 25 de Maio, num dia dedicado “às leituras inclusivas”, durante o qual os alunos foram surpreen-didos com a visita de dois alunos invisuais, que fizeram a leitura de livros em braille, e a divulgação, em primeira mão, do livro digital ‘A Biblioteca ColorADD – Uma História Inclusiva’.O conto original, da autoria de

“Sim, Vamos Criar uma Árvore” Matias Aires premiada no concurso

nacional de reciclagem criativa

Os alunos da Escola Secundá-ria com 3º CEB de Matias Ai-res, em Agualva (Sintra), foram os terceiros classificados do 3º

escalão do concurso “Sim, Va-mos Criar uma Árvore” promo-vido pela Tetra Pak em parceria com a Associação bandeira Azul

e as Eco-Escolas.Como prémio por terem apre-sentado a concurso a árvore mais original feita apenas com embalagens de cartão da Tetra Pak, os alunos deslocaram-se a Lisboa onde participaram na ce-rimónia de entrega de prémios e exibiram a árvore vencedora. A escola irá receber 250 Euros em material destinado a melho-rar o seu perfil ambiental.Durante o evento, que teve lugar no jardim do Centro Colombo, os alunos puderam ainda assistir a um concerto de Filipe Pinto, vencedor da 3º edição do con-curso “Ídolos”, e conviver com cerca de 200 alunos e professores provenientes de vários pontos do país.

Os alunos da Escola Secundária com 3º CEB de Matias Aires, em Agualva foram os terceiros classificados do 3º escalão do concurso “Sim, Vamos Criar uma Árvore”

Pequenos agentes “ajudam” PSP

A Divisão de Sintra da PSP co-memorou o primeiro ano da Esquadra Infantil, instalada no Floresta Center, na Tapada das Mercês. O projecto é um suces-so, sobretudo junto das escolas, de tal forma, que a força de se-gurança anunciou a abertura, para breve, de uma segunda esquadra, no Centro Comercial

PSP de Sintra vai abrir segunda Esquadra Infantil o Forum Sintra

Forum Sintra, disse à OCIDEN-TE, rádio/jornal, Hugo Palma, comandante da Divisão. “O balanço é positivo” e só nes-te primeiro ano, a iniciativa en-volveu “mais de um milhar de crianças”, que participaram nas mais diversas actividades da PSP, como aconteceu no Dia Mundial da Criança.

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12 Local 1 de Julho 2012Jornal OCIDENTE

VIII Passeio BTT Terrugem

Foi apresentado no dia 21 de junho nas instalações da Junta de Fregue-sia da Terrugem (Sintra) a 8ª edição do “BTT Terrugem - BTT com Cau-sas”. A iniciativa vai ter lugar no dia 9 de Setembrp e contempla três per-cursos: 15 km (guiados), 35 km e 60 km. Neste momento estão abertas inscrições. Mais informações atra-vés do site www.bttt-terrugem.com Na ocasião foram apresentados os novos equipamentos da equipa BTT Terrugem, iniciativa que con-tou com a presença dos atletas Bru-no Saraiva, Aires Barros, Andreia Lopes, João Oliveira, do presidente da Junta de Freguesia, José António Paço, do vice-presidente da Câmara de Sintra, Marco Almeida e do vice-presidente da Associação de Ciclis-mo de Lisboa, Vitor Branquinho.

São João das Lampas

Centro Social inaugura Creche e BerçárioO Centro Social e Paroquial de São João das Lampas, inaugurou no dia 24 de junho, uma creche e berçário, num novo equipamento que corresponde a um investimento de 1,3 milhões de euros, verba suportada pela Instituição, mas também com ajudas importantes da Segurança So-cial e da Câmara de Sintra.“

“Com capacidade para 66 crianças entre os três meses e os quatros anos este inves-timento vai permitir a riação de 25 novos postos de trabalho”, disse à OCIDEN-TE, rádio/jornal, José António Parente vice-Presidente e director da Instituição. “Há 56 anos que sonhávamos com um berçário e creche e hoje, foi o concretizar de um sonho que já tardava”, sublinhou o responsável.Outra boa notícia, é que “em Setembro vai ser possvel abrir as portas”, porque a Direcção Regional de Segurança Social, anunciou a assinatura de um “Protoclo de Cooperação”, que permitirá à Insti-tuição “passar a receber as compaticipa-ções” financeiras necessárias, sobretudo as famílias mais carentes têm dificuldade

em pagar as mensalidades, explicou José António Parente.De referir que o Centro Social e Paroquial de S.João das Lampas, tem valências para o 1º Ciclo, ATL e apoio à Terceia Idade, passando a ter agora a contar com uma Creche e Berçário. “Significa que passamos a ter em São João das Lampas, através de uma IPSS a

oferta de apoio em todas as actividades, desde os três meses de idade, através de uma instituição, ligada à Igreja e que tem tido capacidade para dinamizar e inves-tir”, regozijou-se Marco Almeida, vice-presidente da Câmara de Sintra, que aju-dou na construção do equipamento com cerca de 200 mil euros.

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13Local1 de Julho 2012Jornal OCIDENTEPraia das Maçãs / Alto da Vigia

Poucos são os locais em que a História, tem o rosto do povo. O Alto da Vigia, na Praia das Maçãs, é um desses casos raros. Neste local podemos “viajar” de uma forma sedu-tora, ao encontro do que foram as populações antanhas de Sintra, em sentido lato, e de Colares, em particular.Na Rádio e Jornal Ocidente sempre tivemos grande paixão pelo lugar. Amor antigo, nutrido pelo fascínio da beleza, ostenta-tiva, do recorte da costa oceâni-ca sintrense. A realidade é que, a percepção do finis terrae, a Ocidente, propicia viagens ao profundo do imaginário colec-tivo das populações, antigas e actuais, da simpática Freguesia de Colares, que já foi concelho Senhorial.O local é referenciado desde há muito. Alcançamos as pri-meiras notícias com Valentim Fernandes, conhecido como o Morávio, corria o Ano da Graça de 1505; um pouco mais tarde em 1541, outro grande vulto da cultura portuguesa, Francisco d’Olanda, deixa um registo em desenho desse mesmo local; na esteira de Francisco d’Olanda, André de Resende, em 1593, re-ferencia e estuda inscrições lati-nas provenientes do local. A atenção destes três grandes vultos da cultura, estava centra-da na presença de um templo romano consagrado a Soli et Lu-nae. Templo grandioso, sempre referido nostalgicamente, mas

com origem e sustentação nos altos dignatários locais, repre-sentantes de Roma, e dos se-nhores da terra e dos povos. Era, assim, um santuário oficial dos poderosos.A Arqueologia, outra das nos-sas paixões, acabaria por revelar outra História para o mesmo local; sobreposto ao templo ro-mano, no Tempo e no Modo, um Ribat, pequeno cenóbio is-lâmico - marca um espaço de reflexão contemplativa, de vida frugal e ascética. Foi construí-

do com materiais provenientes dos despojos do antigo templo romano. A simples descoberta deste Ribat, dá-nos a dimensão de outros homens, de uma outra cultura, que também é a nossa e nos transporta ao tempo do grande Mestre Sufista Ibn QasÎ. A verdade do ponto de vista an-tropológico, tanto cultural como físico, é que um dos “elos” prin-cipais da génese saloia foram os escravos mouros, ou os mouros forros (livres), isentos da jurisdi-ção do município de Lisboa por

A vida do Povo feita História

Viagens na minha terra...

Plano geral das ruínas, com o casario da Praia das Maçãs em fundo

Sala do RIBAT, vista do tradicional MIRHAB com orientação a Su-deste, virtualmente virado para MECA

Uma das paredes do RIBAT, na qual foram retiradas várias inscri-ções Latinas

Fonte de Melides, em Colares. Topónimo com história e lenda. Ligada às populações Mouras e Moçarabes

carta fidelitatis et firmitudinis, do nosso primeiro Rei, mas ser-vidores, protegidos e tributários da Coroa, confinados aos re-guengos, sujeitos ao alcaide dos mouros ou alcaide do arrabalde, ou dependentes de instituições eclesiásticas.

Laços de sangue, laços culturais, que explicam não só a presença do Ribat, como das lendas de mouras e mouros que povoam o nosso imaginário colectivo. E, que dizer da Lenda da Nossa Senhora de Melides: ”… ide que

mil ides”! Milagre que possibili-tou que vinte Cavaleiros Cristãos levassem de vencida uma multi-dão de mouros. Seguramente a mesma população moura que, mais tarde, trabalhavam nas vi-nhas do Rei, no Reguengo de Colares.Desta simbiose histórica, quase milenar, nos fala o Folclore, a Toponímia e também a Arqueo-logia. Contudo o Alto da Vigia, não impressiona só pela paisa-gem soberba do mar oceânico. Impressiona, sobretudo, pela persistência milenar da presen-

ça Humana. Sempre em torno de algo que é “sagrado”, seja no espaço físico, na vista des-lumbrante ou na mera função de segurança.

Rui Oliveira

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14 Local 1 de Julho 2012Jornal OCIDENTE

www.zoo.pt

Um bilhete,um Planeta .

2.000 animais e muita diversãoesperam por si no

Jardim Zoológico. Apareça!

Progresso Clube / sarau

Confiança no futuroEm ano comemorativo dos 70 anos, o sarau que decorreu no pas-sado dia 23 de Junho, “é um clara demonstração” da vitalidade do Progresso Clube, que juntou mais de 200 atletas, num espectácu-lo de luz e cor, aberto a toda a comunidade, disse Dalila Viegas, presidente do Clube.

“Este sarau é uma demonstra-ção do trabalho que os atletas fizeram durante todo um ano. Os sócios ajudam a preparar o sarau, obviamente com o apoio e coordenação da direção e seus funcionários. Todos ajudam e no final mostram a toda a comuni-dade o que cada um conseguiu fazer e os resultados alcançados ao longo de um ano de prática desportiva”, sublinhou Dalila Viegas.Sempre muito solicitada, porque o espectáculo já decorria, “temos a sala cheia, com a participação de mais de 200 atletas, desde o teatro às artes marciais, à ginás-tica, judo, num total de mais de 20 modalidades representadas aqui”, participação que Dalila Viegas interpreta como “uma clara demonstração da força e dinâmica do clube nas mais di-

versas áreas”.“Este ano, aliás como tem acon-tecido sempre, tivemos o apoio da Panrico que nos ajudou com um pequeno lanche a todos os atletas e praticantes”, fez ques-tão de sublinha a presidente.

Apoio sentidoUma vez mais, Marco Almeida, vice-presidente da Câmara de Sintra, fez questão de estar pre-sente, e mostrou-se, “sensibili-zado” e “agradado” com a dinâ-mica e envolvimento do clube e sócios, pelo clube, que a quem foi atribuída este ano, por pro-posta sua, a atribuição da meda-lha de ouro do município pelos 70 anos de actividade.“O concelho de Sintra tem 1400 parceiros, que diariamente pro-movem actividades, desde as es-

colas, às associações desportivas e juvenis, o movimento associa-tivo de pais, as Juntas de Fre-guesia, os corpos de Bombeiros. Há uma vida o concelho que é fantástica e mexe connosco to-dos os dias e que não me deixa indiferente”, sublinhou Marco Almeida.Para Dalila Viegas, a presença de Marco Almeida, “nas nossas ini-ciativas é sempre uma honra. É reconfortante saber e sentir que existe algum tipo de apoio e só espero que gostem do nosso es-pectáculo. Todos os dias damos o nosso melhor, e sinceramente em dois meses de mandato, acho que muito trabalho tem sido fei-to, o que significa “um balanço muito positivo” para início de mandato.Uma nota final para o “interes-se” também “manifestado” pela Junta de Freguesia de Algueirão Mem Martins. “É importante que reconheçam que este é um

espaço que disponibiliza boas condições, com excelentes pro-fessores e espaço para a prática das modalidades, num clube que se orgulha de prestar um serviço à comunidade”, afinal “somos também um clube de utilidade pública”, aberto à comunidade.

Clube abre em Agosto com piscinaEste ano e pela primeira vez, “o Progresso Clube, não vai fechar em Agosto”, anunciou Dalila Viegas, decisão que vai ao en-contro dos “muitos pedidos dos nossos atletas”, que vão ter a oportunidade de “manter a sua boa forma física” em horário, ex-pressa criado para aquele mês. Por outro lado, “se assim não fosse, corríamos o risco de per-

der muitos atletas, sobretudo nesta altura”, do ano, explica a presidente.Outra das novidades, é que a par-tir de Agosto o Progresso Clube vai disponibilizar aos seus asso-ciados, aulas de natação. Uma ambição antiga, que só agora foi concretizada e que vem aumen-

tar a oferta do clube junto da po-pulação onde se insere. “Era um desejo antigo, que con-seguimos concretizar. Finalmen-te o nosso clube disponibiliza aos seus associados a prática da natação”, refere Dalila Viegas, remetendo toda a informação no serviço de Secretaria do Clube, durante toda a semana.

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15Local1 de Julho 2012Jornal OCIDENTE

Palestras na Vila AldaA Vila Alda vai ser palco do lançamento do livro “Chuva no Deserto”, no próximo dia 30 de junho (16h00) a cargo de João-Maria Nabais, mé-dico, historiador e poeta e de uma palestra sobre diabetes, no dia 3 de julho(15h00) com Carla Pereira, do departa-mento Médico da Pfizer e por Ana Luisa, médica de Famí-lia e membro da Associação Portuguesa dos Diabéticos de Portugal. Ambas as inicia-tivas com entrada livre.

Turismo dintingue Sintra

O prémio “Novo Projecto Público” foi atribuído ao “Chalet e Jardim da Condes-sa d’Edla - novo polo turísti-co na Paisagem Cultural de Sintra”, da responsabilidade Parques de Sintra - Monte da Lua. O projeto de recupe-ração é constituído por um edifício (Chalet) com uma forte carga cénica e por um jardim de estilo romântico, que mantem uma expressiva relação visual com o Palácio da Pena.

Exposição / Sara Livramento

“Reflexo da Alma nas minhas cores”Na pousada D.Maria I em Queluz, está pa-tente uma exposição de Sara Livramento, que pode ser visitada até 30 de Junho. Qua-dros com expressão, cor e de leitura fácil de uma jovem talen-tosa, que luta pela di-ferença e direito à fe-licidade.Sara Livramento tem 31 anos de idade, e alguns problemas ao nível de locomoção e expressão oral. O seu percurso na pintura começou em 1995, num projecto criado pela associação que na al-tura frequentava.Trabalhou com Victor Pi, artis-ta com quem “deu os primeiros passos nesta arte” ganhando “amor e paixão pela pintura”, reconhece.“O desejo de aprender tudo, cresceu dentro de mim, por isso tento colocar nos meus trabalhos a minha alegria, a minha triste-

za, ou seja, os meus sentimentos. Acreditei, que tornar-me pinto-ra, poderia ser uma realidade e a partir desse momento, não passo um dia, sem pintar ou sem estu-dar esta linda arte”, refere.Sara Livramento, tem privado de perto com pintores, recebendo concelhos e “ensinamentos im-portantes” para a sua carreira, caso de Chichorro, José Guima-rães, João Francela, José Bahia e até do Mestre Manuel Cargaleiro “que decidiu apadrinhar uma ex-posição minha no Governo Civil

de Lisboa”.Quadros com expressão, muita cor e de leitura fácil são a sua marca, que tem registado ao longo dos anos, novos amigos e admiradores, como Barbosa de Oliveira, presidente da Junta de Freguesia de Queluz.“Há muitos anos que temos conhecimento da existência de Sara Livramento, e da sua evo-lução. Ela hoje, já consegue ca-minhar, falar e exprimir-se não só a nível oratório, mas também ao nível da expressão artística, o

que não acontecia há 15 anos”, disse emocionado Barbosa de Oliveira, acrescentando que a “junta de Freguesia tem procu-rado divulgar a sua obra, dispo-nibilizando espaços de exposi-ção, a uma jovem que precisa de ser apoiada, através do reconhe-cimento do seu trabalho”. Pensativo, “gosto da sua pintura e a verdade é que a sua evolução me surpreende”, refere Barbosa de Oliveira, que não tem dúvidas “que está a nascer aqui, uma po-tencial pintora”.

Serra de Sintra

Casa dos cantoneiros na rota de percursos pedestres

A Parques de Sintra inaugurou, na estrada entre S. Pedro e o Centro Histórico de Sintra, a casa que foi recupera-da para prestação de informação e apoio aos visitantes que pretendam saber mais sobre os percursos pedestres na área Património da Humanidade em Sintra. Este edifício, antiga casa da ex-Junta Autónoma de Estradas, que se encon-trava em ruína, foi recuperado e adap-tado para Centro de Apoio a Percursos Pedestres na Serra de Sintra, tendo em conta a boa localização em termos vi-ários e pedonais, que a torna um local privilegiado. A recuperação, obrigou a um investi-mento na ordem dos 170 mil euros, “res-peitou a volumetria, características e ele-mentos decorativos do imóvel, de modo a preservar a sua imagem original”, refe-re em comunicado a Parques de Sintra.Foi também beneficiada a área envol-vente, incluindo arranjos exteriores da parcela de terreno, a reativação do siste-ma de águas, a criação de acessos pedo-

nais, a recuperação do muro existente e a delimitação da propriedade.No local será possível encontrar mapas sobre os percursos pedestres, bem como assistir a uma projeção sobre as várias opções aconselhadas, adquirir bilhetes para as áreas sob tutela da Parques de Sintra, ou simplesmente obter mais in-formações sobre a Paisagem Cultural de Sintra.No âmbito do projeto Bio+Sintra (co-fi-nanciado pelo programa Life+ da União Europeia) a Parques de Sintra colocou sinalética de madeira gravada ao longo dos percursos pedestres aconselhados, no sentido de facilitar o percurso sem, no entanto, interferir demasiado com a paisagem.

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