Jornal OCIDENTE 09

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TSU | Marco Almeida “Idade Maior” Sintra Moda Programa “Movimentar” Vestígios do Islão Ordem para avançar A Junta de Freguesia de Monte Abraão vai realizar a partir do dia 3 de Outubro, o evento “Saúde na Idade Maior”. (pág. 12) O Olga Cada- val encheu-se de “estrelas” para o des- file do Sintra Moda 2012, para promover o comércio local e de proximidade. (pág.15) O Progresso Clube assinou protocolo com a Junta de Fre- guesia de Algueirão Mem Martins, que permite à popula- ção sénior praticar actividade física, o âmbito do pro- grama “Movimentar”. (pág. 14) Associação Islâmica da Tapada das Mercês, promoveu uma conferência sobre vestígios antigos do Islão, na região de Sintra. (pág. 12) A Câmara de Sintra vai avançar com a construção de uma nova ponte, para ligar Queluz à Amadora. (pág. 11) Director Jorge Tavares Ano 2 | Nº 9 | Outubro 2012 | GRATUITO Seara “troca” Sintra pela Universidade OCIDENTE Jornal www.radioocidente.pt Inesperadamente, Fernando Seara, presidente da Câmara de Sintra, anunciou no decorrer do XX Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), em Santarém, vai regressar à universidade, abandonando “Ignorante é a pessoa que teve a ousa- dia de caracterizar os empresários”, diz Marco Almeida a propósito das declara- ções do consultor do Governo para as privatizações, António Borges. (pág. 9) definitivamente a vida autárquica. Uma saída com “mágoas” e algumas “mágoas dolorosas”. Contudo, reconhece que Sintra, o deixou mais “enriquecido”. “Estou mais rico e estando mais rico estou com maior capacidade para avaliar o Estado.” O nome de Fernando Seara era apontado pelo PSD, para a Câmara de Lisboa, defrontando o socialista António Costa. Na sua intervenção no congresso, o ainda presidente da Câmara de Sintra, deixou críticas à forma como o poder local e o poder central se têm relacionado, numa alusão “aos bons que estão de um lado e aos maus que estão do outro, consoante a perspectiva”. Sem perda de tempo, o presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, defende que Fernando Seara substitua Fernando Ruas [em final de mandato] na presidência da ANMP, caso o PSD mantenha a presidência da maioria das Câmaras nas eleições de Outubro. Fernando Seara ainda não se pronunciou sobre o assunto. Cabo da Roca Torre da discórdia O vereador Pedro Ventura (CDU) criticou o projecto de construção de um posto de vigilância no Cabo da Roca (Colares), com 45 metros de altura, argumentando que a intenção do Ministério da Administração Interna, constitui um “crime ambiental”. (pág. 13) AESintra Escritura assinada A primeira pedra da Casa do Empresário – Centro Clínico e Social, será lançada logo que esteja concluído projecto de construção e abertas as candidaturas dos fundos comunitários. (pág. 9) Monte Abraão Hora da despedida O padre Jacob, foi transferido da Igreja de Nossa Senhora da Fé, em Monte Abraão. A Igreja encheu e emocionou-se para se despedir do pároco “ferido”, vindo do Oriente. (pág. 8) Reforma da Administração Local Autarcas criticam ausência de discussão em Sintra Das vinte freguesias do concelho de Sintra, só três ainda não se pronunciaram so- bre a reforma administrativa. Todas rejeitaram a hipótese de “agregação” prevista na lei. Os vários documentos serão enviados à Assembleia Municipal de Sintra, que já tem agendada para dia 10 de Outubro a sessão extraordinária onde irá ser discutida a pronúncia do município sobre a reforma administrativa. (págs. 2 a 7)

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Edição de Outubro de 2012 do Jornal OCIDENTE

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Page 1: Jornal OCIDENTE 09

TSU | Marco Almeida

“Idade Maior”

Sintra Moda

Programa “Movimentar”

Vestígios do Islão

Ordem para avançar

A Junta de Freguesia de Monte Abraão vai realizar a partir do dia 3 de Outubro, o evento “Saúde na Idade Maior”. (pág. 12)

O O lga Cada-va l encheu-se de “es t re las” p a r a o d e s - f i l e do S in t ra Moda 2012 ,

para p romover o comércio local e de proximidade. (pág.15)

O Progresso Clube assinou protocolo com a Junta de Fre-guesia de Algueirão Mem Martins, que permite à popula-ção sénior praticar actividade física, o âmbito do pro-grama “Movimentar”. (pág. 14)

Associação Islâmica da Tapada das Mercês, promoveu uma conferência sobre vestígios antigos do Islão, na região de Sintra. (pág. 12)

A Câmara de Sintra vai avançar com a construção de uma nova ponte, para ligar Queluz à Amadora. (pág. 11)

Director Jorge Tavares Ano 2 | Nº 9| Outubro 2012 | GRATUITO

Seara “troca” Sintra pela Universidade

OCIDENTEJornal www.radioocidente.pt

Inesperadamente, Fernando Seara, presidente da Câmara de Sintra, anunciou no decorrer do XX Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses(ANMP), em Santarém, vai regressar à universidade, abandonando

“Ignorante é a pessoa que teve a ousa-dia de caracterizar os empresários”, diz Marco Almeida a propósito das declara-ções do consultor do Governo para as privatizações, António Borges. (pág. 9)

definitivamente a vida autárquica. Uma saída com “mágoas” e algumas “mágoas dolorosas”. Contudo, reconhece que Sintra, o deixou mais “enriquecido”. “Estou mais rico e estando mais rico estou com maior capacidade para avaliar o Estado.” O nome de Fernando

Seara era apontado pelo PSD, para a Câmara de Lisboa, defrontando o socialista António Costa. Na sua intervenção no congresso, o ainda presidente da Câmara de Sintra, deixou críticas à forma como o poder local e o poder central se têm relacionado, numa alusão “aos bons que estão de um lado e aos maus que estão do outro, consoante a perspectiva”. Sem

perda de tempo, o presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, defende que Fernando Seara substitua Fernando Ruas [em final de mandato] na presidência da ANMP, caso o PSD mantenha a presidência da maioria das Câmaras nas eleições de Outubro. Fernando Seara ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Cabo da Roca

Torre da discórdiaO vereador Pedro Ventura (CDU) criticou o projecto de construção de um posto de vigilância no Cabo da Roca (Colares), com 45 metros de altura, argumentando que a intenção do Ministério da Administração Interna, constitui um “crime ambiental”. (pág. 13)

AESintra

Escritura assinada

A primeira pedra da Casa do Empresário – Centro Clínico e Social, será lançada logo que esteja concluído projecto

de construção e abertas as candidaturas dos fundos comunitários. (pág. 9)

Monte Abraão

Hora da despedidaO padre Jacob, foi transferido da Igreja de Nossa

Senhora da Fé, em Monte Abraão. A Igreja encheu e emocionou-se para se despedir do pároco

“ferido”, vindo do Oriente. (pág. 8)

Reforma da Administração Local

Autarcas criticam ausência de discussão em Sintra

Das vinte freguesias do concelho de Sintra, só três ainda não se pronunciaram so-bre a reforma administrativa. Todas rejeitaram a hipótese de “agregação” prevista na lei. Os vários documentos serão enviados à Assembleia Municipal de Sintra, que já tem agendada para dia 10 de Outubro a sessão extraordinária onde irá ser discutida a pronúncia do município sobre a reforma administrativa. (págs. 2 a 7)

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2 Freguesias Outubro 2012Jornal OCIDENTE

REACÇÕES

Filipe Santos,Presidente da JF de Rio de Mouro, (PSD)

Começámos pelo fim, com a re-gra matemática de se acabar com as freguesias e perdemos uma oportu-nidade de ouro para fazer a verda-deira reforma.

“ ”Oportunidade de Ouro

Fernando Pereira,Presidente da JF de São Martinho, (PS)

Temos que ter alma e coração e ouvir as pessoas. Não podemos ex-tinguir uma freguesia por mero ca-pricho político.

“”

Alma e coração para ouvir as pessoas

Nuno Anselmo,Presidente da JF de São Marcos, (PSD)

Este processo não foi bem feito, e nós autarcas de Sintra, dos diversos partidos, temos muita responsabili-dade em não nos termos sentado à mesa, nomeadamente as estruturas dos principais partidos, para propo-rem outras soluções.

“ ”Outras Soluções

Silvino Rodrigues,Autarca de Queluz, (CDS-PP)

Agregação não tem o mesmo significado de extinguir, significa conjugar esforços e desenvolver-se. A agregação de freguesia de Queluz é uma mais-valia para a população, território e autarcas que irão exercer funções.

“ ”Agregação é mais-valia

Fernando Cunha,Presidente da JF de São Pedro de Penaferrim, (PSD)

Até hoje nunca fui auscultado para nada, mas isto já devia estar na rua há bastante tempo para ser discutido. Não é normal, porque andamos todos à nora.

“ ”Andamos todos à nora

AgualvaHabitantes: 35824Votação por maioria/Contra Extinção da Freguesia

Algueirão Mem MartinsHabitantes: 62250Votação por maioria/Contra Extinção da Freguesia

Almargem do BispoHabitantes: 8983Votação por unanimidade/Contra Extinção da Freguesia

BelasHabitantes: 26089Votação por maioria/Contra extinção da Freguesia

Reforma da Administração Local

Autarcas criticam “secretismo” e ausência de debate em Sintra

A menos de 15 dias do fim do prazo para uma pronúncia do mu-nicípio, continua a desconhecer-se qual será a proposta da Câma-ra para cumprir a lei da reforma administrativa. O processo teve origem no acordo assinado pelo anterior Governo com a Troika e arrasta-se de forma regular há mais de um ano, desde a apresen-tação pelo actual Governo do Documento Verde da Reforma da Administração Local, seguido por uma lei que impõe para Sintra uma redução de 7 a 9 freguesias.

este período, realizou-se uma inconclusiva Assem-

bleia Municipal para discutir o assunto, organizaram-se debates públicos, assembleias de fregue-sia (ver texto), petições e ma-nifestações frente aos Paços do Concelho, aprovaram-se moções a pedir a suspensão do processo e até houve uma manifestação na-cional convocada pela Associação

Apesar de alguma polémica, as freguesias continuam a dizer não à “extinção por agregação”, decisão ainda sem data para a pronúncia (Foto: Tudo sobre Sintra / www.tudosobresintra.com)

Nacional de Freguesias (ANA-FRE), que juntou 200 mil pessoas em Lisboa. Houve tudo menos o debate de uma proposta concreta junto das populações, ou a consul-ta das freguesias, criticam autar-cas da direita à esquerda.

“Até hoje nunca fui auscultado para nada, mas isto já devia estar na rua há bastante tempo para ser discutido. Não é normal, porque

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3FreguesiasOutubro 2012Jornal OCIDENTE

Fátima Campos,Presidente da JF de Monte Abraão, (PS)

A Câmara e a Assembleia Muni-cipal estão a fazer tudo em segredo, nós nunca fomos ouvidos. Sou das mais antigas presidentes de junta do concelho e ainda não fui ouvida. Não está a ser feito de forma hones-ta, daí a nossa indignação.

“ ”Estão a fazer tudo em segredo

Rui Pinto,Presidente da JF de Mira Sintra, (PSD)

Temos uma identidade própria e um espírito comunitário só por si justifica a manutenção da fregue-sia.

“ ”Espírito comunitário

Rui Pereira,Presidente da concelhia do PS

A Coligação [Mais Sintra] prepa-ra-se para alterar as fronteiras das freguesias nas costas da população, sem consultar as freguesias, num processo completamente inaceitá-vel que não respeita os princípios democráticos.

“ ”Processo inaceitável

Eduardo Casinhas,Presidente da JF de Santa Maria e S. Miguel, (PSD)

Tenho informação de que irá ser apresentada uma proposta para que Sintra possa ficar com 15 ou 16 das actuais 20 freguesias.

“”

Há uma proposta para Sintra

Fernando Seara,Presidente da Câmara de Sintra, (PSD)

Irei ponderar a apresentação de uma proposta. A Câmara tem o tempo suficiente para apresentar o que entender até ao dia 14 de Ou-tubro.

“ ”A Câmara tem tempo

CacémHabitantes: 21289Votação por maioria/Contra Extinção da Freguesia

Casal de CambraHabitantes: 12701Votação por maioria/Contra Extinção da Freguesia

Colares Habitantes: 7628Assembleia de Freguesia reúnedia 9 de Outubro

MassamáHabitantes: 28112Votação por maioria/Contra Extinção da Freguesia

Autarcas criticam “secretismo” e ausência de debate em Sintra

andamos todos à nora. E não me falem em Troika, porque isso já eu tive aqui desde 2005, quando encontrei uma freguesia cheia de dívidas, e resolvi o assunto. Se Sintra andou tantos anos a re-organizar-se, não será uma Troi-ka que nos vem ensinar como se faz”, afirma o social-democrata Fernando Cunha, presidente da junta de freguesia de São Pedro de Penaferrim.

As críticas são reiteradas em São Marcos por outro social-de-mocrata. “O processo não foi bem feito e nós, autarcas de Sintra, te-mos muita responsabilidade em não nos termos sentado à mesa, nomeadamente as estruturas dos principais partidos, para propo-

rem outras soluções”, lamenta o presidente da junta Nuno Ansel-mo.

Na freguesia de Santa Maria e São Miguel, o presidente Eduar-do Casinhas, igualmente do PSD, também não esconde o descon-tentamento. “Tudo devia ter sido já discutido, e já tive oportunidade de manifestar nos sítios próprios que não fiquei nada satisfeito com o PSD, que não promoveu a discussão junto das populações”.

Socialistas exigem assembleia municipal extraordinária

Fartos de “conversa fiada”, há até autarcas que propõem outras formas e luta. “Este Governo é

teimoso e por mais documentos que apresentemos, já está mais do que decidido, e a única forma que temos é boicotar as eleições autárquicas”, sugere a socialista Fátima Campos, que repete que a queixas. “A Câmara e a Assem-bleia Municipal estão a fazer tudo em segredo, nós nunca fomos ouvidos. Não está a ser feito de forma honesta, daí a nossa indig-nação”.

Perante o esgotar do prazo para uma pronúncia da Câmara, os deputados municipais do PS pediram a realização de uma ses-são extraordinária da Assembleia Municipal no próximo dia 10 de Outubro.

“Acho surpreendente que a Coligação Mais Sintra e a Câma-ra não tenham tido a decência, a lealdade e o respeito para com as pessoas, e não tenham torna-do pública uma proposta. Aliás, a Coligação prepara-se para al-terar as freguesias nas costas da população, num processo com-pletamente inaceitável que não respeita os princípios democráti-cos”, justifica Rui Pereira, líder da concelhia socialista.

O autarca recorda que aquando da análise do “Livro Verde’, o PS desafiou os partidos da Coligação a procurar um entendimento, mas apenas o CDS-PP terá compareci-do a um almoço de trabalho. “De-safiei o presidente da Câmara, que inicialmente mostrou entusiasmo

A freguesia de São Martinho, surpreendeu pelo número de pessoas presentes e pela de participação no debate (Foto: Tudo sobre Sintra / www.tudosobresintra.com)

e disse que iríamos aqui fazer um trabalho a exemplo de Lisboa, e depois nada aconteceu”.

Quanto ao futuro mapa de fre-guesias, o PS teme que a decisão final ocorra ao nível político na Unidade Técnica prevista na lei. “O Governo está de tal maneira aflito e esta lei é uma trapalhada tão grande, tão irracional e absur-

da, que tudo é possível e não vai ser só em Sintra”, avisa.

Câmara diz que “tem tempo para apresentar o que entender”

O desfecho do processo tam-bém é visto com algum cepticis-mo pelo social-democrata Rui Pinto, presidente da junta de Mira Sintra e membro da direcção na-cional da ANAFRE. “O processo vai ser complicado com tantas as-sembleias municipais a votarem contra a extinção de qualquer freguesia, ou a não se pronuncia-rem. Poderá eventualmente haver alguma flexibilidade a partir do momento em que haja o mínimo de consenso ou um pronuncia-mento das Assembleias Munici-pais, mas isso são dados incertos. Vamos ver o que vai acontecer, não descurando o facto de termos eleições autárquicas dentro de um ano”.

Em Sintra, o autarca espera que se possa ainda gerar algum tipo de consenso na sessão extraordi-

No final, feitas as contas, Sintra pode perder 9 das 20 freguesias (Foto: Tudo sobre Sintra / www.tudosobresintra.com)

A “Plataforma Freguesias SIMtra” teve um papel importante nas “agregação” de iniciativas, contra a proposta governamental de extinção de freguesias, integrando várias forças partidárias e cidadãos independentes (Foto: OCIDENTE, rádio/jornal www.radioocidente.pt)

nária. “Penso que haverá alguma vontade de resolver a questão. Defendo que o pronunciamen-to deve ser feito na assembleia, porque tenho receio que depois venha uma Unidade Técnica que simplesmente aplique a percenta-gem e diminua para 11 freguesias sem ter em conta a nossa opinião, o que é muito mais gravoso. Con-

seguimos um consenso em Mira Sintra, pode ser que na Assem-bleia Municipal se criem também alguns consensos relativamente a algum redesenhar de territórios do nosso concelho”.

Apesar de desconhecerem a proposta definitiva, alguns autar-cas avançam que a Câmara espera não ter de extinguir muito menos que nove freguesias.

“Tenho informação recente de que irá ser apresentada propos-ta para o número de freguesias a extinguir seja inferior às nove que decorrem dos critérios da lei, pelo que Sintra pode ficar com 15 ou 16 das actuais 20 freguesias”, revela Eduardo Casinhas.

Questionado à saída da última reunião do executivo, o presiden-te da Câmara disse apenas que irá ponderar a apresentação de uma proposta. “A Câmara tem o tem-po suficiente para apresentar o que entender até ao dia 14 de Ou-tubro”, afirma Fernando Seara.

Luís Galrão

O que diz a Lei 22/2012?Nos municípios de nível 1, como Sin-tra, é obrigatória “uma redução global do respectivo número de freguesias correspondente a, no mínimo, 55% do número de freguesias cujo territó-rio se situe, total ou parcialmente, no mesmo lugar urbano ou em lugares urbanos sucessivamente contíguos, e 35 % do número das outras fregue-sias”. A Assembleia Municipal terá, no entanto, “uma margem de flexibilida-de que lhe permite, em casos devida-mente fundamentados, propor uma redução do número de freguesias até 20 % inferior ao número global a re-duzir resultante da aplicação das per-centagens previstas”.

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4 Freguesias Outubro 2012Jornal OCIDENTE

Mira-SintraHabitantes: 5280Votação por maioria/Contra Extinção da Freguesia

Monte AbraãoHabitantes: 20809Votação por maioria/Contra Extinção da Freguesia

MontelavarHabitantes: 3559Votação por maioria/Contra Extinção da Freguesia

Pêro PinheiroHabitantes: 4246Votação por maioria/Contra Extinção da Freguesia

Reforma da Administração Local

Maioria das freguesias de Sintra diz não à extinção Das 17 assem-

bleias freguesias que já reuniram para a aprovar o parecer so-bre a reforma admi-nistrativa territorial autárquica, apenas uma não rejeitou a agregação, fusão ou extinção da fregue-sia. Em Santa Maria e S. Miguel, a Coli-gação Mais Sintra, maioritária, disse não ao parecer que recusava “a extinção por agregação”, tor-nando-se o “patinho feio” das freguesias, nas palavras da ban-cada socialista.

as restantes assembleias, a Coligação Mais Sintra

(PSD, CDS-PP, PPM e MPT) op-tou ora por votar contra, perden-do, ora por abster-se, viabilizando a aprovação do parecer, ou mesmo por apresentar propostas próprias contra a agregação das fregue-sias.

Foram os casos de Pêro Pinhei-ro e de Mira Sintra, onde foram aprovadas as propostas da maio-ria, embora no primeiro caso o

documento tenha contado com a abstenção do PS, e no segundo tenha sido aprovado por unanimi-dade.

Em Massamá, Queluz, Monte Abraão, Casal de Cambra, Cacém, Belas e Algueirão-Mem Martins, a maioria dos eleitos da Coligação Mais Sintra votou contra os pare-ceres propostos pela Plataforma Freguesias SIMtra, um movimen-to de autarcas que integra elemen-tos do PS, CDU, BE e indepen-

dentes, mas os votos da esquerda foram suficientes para aprovar os documentos.

As excepções foram Montelavar, onde dois vogais da Mais Sintra votaram a favor do parecer e outro absteve-se, e Agualva, São Pedro de Sintra e S. Martinho, onde hou-ve a abstenção da Coligação Mais Sintra (em S. Pedro houve também a abstenção do BE).

Outra excepção foi o Cacém, onde o parecer proposto pelo PS

e pela CDU passou à tangente com o voto do secretário da mesa, membro do PSD.

Unanimidade em quatro freguesias

Houve ainda quatro freguesias onde a rejeição da “extinção por agregação” conseguiu o pleno das várias bancadas. Além de Mira Sintra, onde PS e CDU desistiram de propostas próprias em prol de um documento consensual, os autarcas de Almargem do Bispo, Terrugem e São Marcos também rejeitaram por unanimidade esta reforma administrativa.

Em Almargem do Bispo e São Marcos foram mesmos elaborados de raiz pareceres aceites por todas as bancadas.

Nos próximos dias serão tam-bém realizadas assembleias de fre-guesia em

Rio de Mouro (dia 3), São João das Lampas (dia 8) e Colares (dia 9).

Os vários documentos serão en-viados à Assembleia Municipal de Sintra, que já tem agendada para dia 10 de Outubro a sessão extra-ordinária onde irá ser discutida a pronúncia do município sobre a reforma administrativa.

Luís Galrão

N

Parecer da Assembleia de Freguesia de Sintra –São Martinho

sobre a reorganização administrativa territorial autárquica noMunicípio de Sintra, elaborado nos termos e para os efeitosprevistos no número 4 do artigo 11º da Lei nº 22/2012, de 30 de Maio

Considerando que a aprovação da Lei nº 22/2012, de 30 de Maio, votada na Assembleia da República apenas com os votos favoráveis dos Grupos Parlamentares do PSD e CDS, aponta para a extinção de centenas de Freguesias e representa um grave atentado contra o Poder Local democrático, os interes-ses das populações e o desenvolvimento local;

Considerando que o poder local, expressão e conquista de Abril, é parte integrante do regime democrático, cujos princípios essenciais estão contemplados na Constituição da República Portuguesa, nomeadamente o princípio da subsidiariedade, o da descentralização administrativa, o da autonomia administra-tiva financeira e o poder regulamentar;

Considerando que as autarquias locais desenvolvem um im-portante papel junto da administração central, nomeadamente ao assumirem, a transferência de atribuições e competências da administração central para a administração local;

Considerando a sua dimensão democrática, plural e colegial, através da participação popular, representativa dos interesses e aspirações das populações;

Considerando que a afirmação do poder local e as profundas transformações sociais operadas pela sua intervenção na me-lhoria das condições de vida da população e na superação de enormes carências, são inseparáveis das características pro-fundamente democráticas e da sua dinâmica popular;

Considerando que as Freguesias não representam um peso financeiro com significado, em termos de Orçamento do Esta-do – (apenas 0,1% do total) - , e em nada contribuindo, quer para a despesa pública, quer para a divida nacional, devem ser, tal como os municípios, entidades a preservar e arredadas de intervenções marginais impostas;

Considerando que a reorganização administrativa do território tem de ser, objectivamente, suportada em fundamentos técni-cos, sociais, demográficos, económicos e históricos e não por meras razões de conveniência orçamental;

Considerando que a freguesia de Sintra – São Martinho pos-sui um importante valor histórico, patrimonial e cultural, assim como uma actividade económica, social e cultural essencial para a vida e desenvolvimento da sua população;

Considerando que a Freguesia de Sintra – São Martinho possui um conjunto de equipamentos e serviços que lhe dão bastante autonomia e vida própria e que estão próximos da população;

Considerando que a Freguesia de Sintra – São Martinho tem

um movimento associativo com uma importante actividade cul-tural, social e desportiva;

Considerando que por todas estas razões a realidade com que somos confrontados leva a que não nos possamos calar face à denominada Reorganização Administrativa da Administração Local, porque esta é baseada em critérios artificialmente cria-dos, em interesses meramente economicistas, e ignora a histó-ria, a vivência e a tradição de cada local, negando à população séculos de história da sua existência.

Assim, a Assembleia de Freguesia de Sintra – São Martinho, reunida em sessão extraordinária no dia 12 de Setembro de 2012, emite o seu parecer sobre a reorganização administrati-va territorial autárquica, o que faz nos termos e para os efeitos do nº 4 do artigo 11º da Lei nº 22/2012, de 30 de Maio, nos seguintes termos:

1. Manifestar a sua oposição à extinção por agregação da Fre-guesia de Sintra – São Martinho a qualquer outra Freguesia do Município de Sintra, por aquilo que representa e pela sua importância para a população;

2. Manifestar a sua oposição à agregação de outras freguesias à Freguesia de Sintra – São Martinho;

3. Manifestar a sua oposição à agregação ao território da Fre-guesia da Sintra – São Martinho, de parte ou partes de territó-rios de outras Freguesias do Município de Sintra;

4. Apelar à Câmara e Assembleia Municipal de Sintra para que se pronuncie contra a extinção de freguesias, recusando ser cúmplices neste processo de liquidação de freguesias.

5. Reclamar das forças político partidárias com assento na As-sembleia da República, que rejeitem com o seu voto, os projec-tos que em concreto visem a liquidação de freguesias, defen-dendo assim a identidade local, a proximidade às populações, o desenvolvimento e a coesão territorial.

6. Apelar a todos os autarcas, aos trabalhadores das autar-quias, ao movimento associativo e à população, para a defesa intransigente das freguesias e do poder local democrático.

7. A ser aprovado o presente parecer o mesmo será obrigato-riamente, divulgado à população, mediante a sua publicação em jornal nacional de grande circulação, na Freguesia, em jor-nal local e no sítio da Internet da Junta de Freguesia de Sintra – São Martinho, no prazo de cinco dias a contar da presente data.

Sintra, 12 de Setembro de 2012.

Numa das mais concorridas de sempre, realizou-se no dia 12-09-2012 pelas 21h a Assembleia Extraordinária com ponto único,

“DISCUSSÃO DE PARECER SOBRE UMA POSSÍVEL EXTINÇÃO DA NOSSA FREGUESIA”

Cerca de uma centena de fre-gueses, demonstrando tam-bém eles a sua indignação, estando por isso solidários com as medidas a tomar para travar esta enorme injustiça. Importa salientar que uma das exigên-cias constante de todos os pre-sentes é que efectivamente os vogais desta Junta de Fregue-sia votassem favoravelmente o perecer contra a eventual extin-ção da mesma, apelando que os mesmos não baixassem os braços e lutassem junto das respectivas instâncias para a manutenção da Freguesia de Sintra - São Martinho.

Num reconhecimento cabal do quanto é importante a proximi-

dade do poder local com seus eleitores, visto que é à primeira porta de quem eles batem para os socorrer disto ou daquilo, como Presidente estou amplamente solidário com eles e afirmo, que este executivo tem tido um papel preponderante na defesa intransigente para a manuten-ção desta Freguesia, reconhecendo também cabalmente, o quão têm sido essenciais os múltiplos serviços junto desta população.

Saliento que dos muitos serviços prestados à população, o Gabinete de Acção Social tem tido um papel preponderante junto da população mais carenciada, inclusivamente muitos deles não tendo disponibilida-des financeiras para se deslocar a um local tão perto, como a Vila de Sintra por exemplo, muitas vezes são por nós transportados, para não falar das acções promovidas junto dos idosos e das crianças; No caso dos idosos, “arrancando-os” ao isolamento proporcionando-lhes gran-des momentos afectivos e de lazer.

Às crianças, proporcionando-lhes um estilo de vida saudável e uma me-lhor ocupação dos tempos livres.

O Presidente da Junta de Freguesia de São MartinhoFernando Pereira

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5FreguesiasOutubro 2012Jornal OCIDENTE

QueluzHabitantes: 26248Votação por maioria/Contra Extinção da Freguesia

Rio de MouroHabitantes: 47311Assembleia de Freguesia reúnedia 3 de Outubro

Sintra/Santa Maria e S.MiguelHabitantes: 9364Votação por maioria/Contra Extinção da Freguesia

São João das LampasHabitantes: 11392Assembleia de Freguesia reúnedia 8 de Outubro

Reforma da Administração Local

Freguesias divididas sobre o futuro do centro histórico As freguesias de São Pedro e de São Martinho rejeitam uma eventual agre-

gação com uma ou mais freguesias do centro histórico de Sintra, mas a maio-ria dos autarcas de Santa Maria e S. Miguel admite uma agregação.

m São Martinho ninguém quer ouvir falar da hipóte-

se de extinção. Na assembleia de freguesia realizada a 12 de Setem-bro, a maioria dos vogais aprovou um parecer contra a “extinção por agregação” ou contra qualquer ou-tro tipo de alteração territorial no âmbito da reforma administrativa. O documento conjunto PS/CDU contou com sete votos favoráveis destas duas forças partidárias e com três abstenções da Coligação Mais Sintra (PSD/CDS-PP), em-bora um dos vogais do CDS-PP tenha também rejeitado o fim da freguesia.

O mesmo sentimento prevale-ceu na assembleia realizada dias depois em São Pedro de Pena-ferrim, que também aprovou um parecer contra “a extinção por agregação”, com seis votos a fa-vor (PS/CDU) e seis abstenções

Apesar de entender que a lei aponta no sentido da união das três freguesias do centro histórico, Eduardo Casinhas discorda desse cenário, embora admita a possibilidade de agregação (Foto: OCIDENTE, rádio/jornal)

(PSD/CDS-PP e BE), um resul-tado que deixou satisfeito o presi-dente Fernando Cunha.

“Lutei, luto e lutarei pela não extinção das freguesias, porque considero que o concelho está bem dividido”, disse o autarca so-cial-democrata, que rejeita a fusão das freguesias do centro histórico. “Não posso conceber que haja uma agregação e que fiquemos com cerca de 80 km2, do Barrun-chal a Janas, se for avante a ideia da ‘freguesia de Todos os Santos’. As coisas não devem ser feitas a régua e esquadro”.

Santa Maria e S. Miguel admite agregação

O cenário inverteu-se a 27 de Se-tembro, com a Assembleia de Fre-guesia de Santa Maria e S. Miguel,

a chumbar por maioria o parecer contra a “extinção por agrega-ção”. O documento apresentado pelo PS, contou apenas com os seis votos dos socialistas, da CDU e do BE, sendo rejeitado com os sete votos da bancada da Coliga-ção Mais Sintra.

A decisão foi criticada pelo PS, que lembrou que todas as 14 as-sembleias de freguesias já reali-zadas aprovaram pareceres que rejeitam agregações ou fusões. “Vamos fazer o papel de patinho feio”, avisou Paulo Marques, líder da bancada socialista.

Do lado da Coligação Mais Sin-tra, o presidente da mesa disse ser “um patinho feio de consciência completamente tranquila”. “O parecer vai de encontro ao que a Lei permite e não vai ajudar a fre-guesia. Os vários cenários possí-veis podem ser favoráveis ou des-

favoráveis, mas em consciência só posso voltar algo que conheça”, disse José Pires.

Desafiado a informar a assem-bleia sobre uma eventual proposta da Câmara, o presidente da junta não soube precisar qual o futuro previsto para a freguesia. “Não sei se seria extinta num cenário em que sejam extintas nove. Sei que está a ser trabalhada uma pro-posta que há-de ser apresentada à Assembleia Municipal. Nesta fase prefiro que haja uma proposta, porque a Lei tem de ser aplicada e antes [extinguir] quatro ou cin-co do que nove para que seja tão

penalizador e não crie tanta con-vulsão social”.

Apesar de entender que a lei aponta no sentido da união das três freguesias do centro históri-co, Eduardo Casinhas discorda desse cenário, embora admita a possibilidade de agregação. “Não concordo que se anexem as três, mas irei votar numa proposta que seja coerente com a não extinção de nove freguesias. Se me bater na minha, paciência”, disse o autar-ca, que também lamentou a falta de participação das populações neste processo.

Luís Galrão

E

Parecer da Assembleia de Freguesia de QueluzSobre a reorganização administrativa

territorial autárquica no Município de Sintra, elaborado nos termos e para os efeitos previstos

no número 4 do artigo 11º da Lei nº 22/2012, de 30 de Maio

Considerando que a aprovação da Lei nº 22/2012, de 30 de Maio, votada na Assembleia da República apenas com os votos favoráveis dos Grupos Parlamentares do PSD e CDS, aponta para a extinção de centenas de Freguesias e repre-senta um grave atentado contra o Poder Local democrático, os interesses das populações e o desenvolvimento local;

Considerando que o poder local, expressão e conquista de Abril, é parte integrante do regime democrático, cujos princípios essenciais estão contemplados na Constituição da República Portuguesa, nomeadamente o princípio da subsidiariedade, o da descentralização administrativa, o da autonomia administrativa financeira e o poder regulamen-tar;

Considerando que as autarquias locais desenvolvem um importante papel junto da administração central, nome-adamente ao assumirem, a transferência de atribuições e competências da administração central para a administra-ção local;

Considerando a sua dimensão democrática, plural e cole-gial, através da participação popular, representativa dos in-teresses e aspirações das populações;

Considerando que a afirmação do poder local e as profun-das transformações sociais operadas pela sua intervenção na melhoria das condições de vida da população e na su-peração de enormes carências, são inseparáveis das carac-terísticas profundamente democráticas e da sua dinâmica popular;

Considerando que as Freguesias não representam um peso financeiro com significado, em termos de Orçamento do Estado – (apenas 0,1% do total) - , e em nada contribuindo, quer para a despesa pública, quer para a divida nacional, devem ser, tal como os municípios, entidades a preservar e arredadas de intervenções marginais impostas;

Considerando que a reorganização administrativa do terri-tório tem de ser, objectivamente, suportada em fundamen-tos técnicos, sociais, demográficos, económicos e históricos e não por meras razões de conveniência orçamental;

Considerando que a freguesia de Queluz possui um im-portante valor histórico, patrimonial e cultural, assim como uma actividade económica, social e cultural essencial para a vida e desenvolvimento da sua população;

Considerando que a Freguesia de Queluz possui um con-junto de equipamentos e serviços que lhe dão bastante au-tonomia e vida própria e que estão próximos da popula-ção;

Considerando que a Freguesia de Queluz tem um movi-mento associativo com uma importante actividade cultural, social e desportiva;

Considerando que por todas estas razões a realidade com que somos confrontados leva a que não nos possamos calar face à denominada Reorganização Administrativa da Ad-ministração Local, porque esta é baseada em critérios arti-ficialmente criados, em interesses meramente economicis-tas, e ignora a história, a vivência e a tradição de cada local, negando à população séculos de história da sua existência.

Assim, a Assembleia de Freguesia de Queluz, reunida em sessão extraordinária no dia 11 de Setembro de 2012, emite o seu parecer sobre a reorganização administrativa territo-rial autárquica, o que faz nos termos e para os efeitos do nº 4 do artigo 11º da Lei nº 22/2012, de 30 de Maio, nos seguintes termos:

1. Manifestar a sua oposição à extinção por agregação da Freguesia de Queluz a qualquer outra Freguesia do Muni-cípio de Sintra, por aquilo que representa e pela sua impor-tância para a população;

2. Manifestar a sua oposição à agregação de outras fregue-sias à Freguesia de Queluz;

3. Manifestar a sua oposição à agregação ao território da Freguesia Queluz, de parte ou partes de territórios de ou-tras Freguesias do Município de Sintra;

4. Apelar à Câmara e Assembleia Municipal de Sintra para que se pronuncie contra a extinção de freguesias, recusan-do ser cúmplices neste processo de liquidação de fregue-sias.

5. Reclamar das forças político partidárias com assento na Assembleia da República, que rejeitem com o seu voto, os projectos que em concreto visem a liquidação de fregue-sias, defendendo assim a identidade local, a proximidade às populações, o desenvolvimento e a coesão territorial.

6. Apelar a todos os autarcas, aos trabalhadores das au-tarquias, ao movimento associativo e à população, para a defesa intransigente das freguesias e do poder local demo-crático.

7. A ser aprovado o presente parecer o mesmo será obri-gatoriamente, divulgado à população, mediante a sua pu-blicação em jornal nacional de grande circulação, na Fre-guesia, em jornal local e no sítio da Internet da Junta de Freguesia de Queluz, no prazo de cinco dias a contar da presente data.

Queluz, 11 de Setembro de 2012.

Page 6: Jornal OCIDENTE 09

6 Freguesias Outubro 2012Jornal OCIDENTE

São MarcosHabitantes: 17412Votação por unanimidade/Contra Extinção da Freguesia

Sintra/São MartinhoHabitantes: 6226Votação por maioria/Contra Extinção da Freguesia

Sintra/São Pedro PenaferrimHabitantes: 14001Votação por maioria/Contra Extinção da Freguesia

TerrugemHabitantes: 5113Votação por maioria/Contra Extinção da Freguesia

Reorganização Administrativa Local

Fátima Campos apela ao “boicote” nas eleições autárquicas A presidente da Junta de

Freguesia de Monte Abraão, defende “uma greve às elei-ções autárquicas” em 2013, no âmbito do processo de reorganização administrati-va territorial autárquica, que propõe a agregação/extinção de centenas de juntas fregue-sia no país. “Farta de conver-sa fiada” a autarca vai propor a acção de protesto nacional, no próximo Congresso da As-sociação Nacional de Fregue-sias (ANAFRE), que se reali-za este mês, no Açores.

A cidade de Queluz é constituída pelas freguesias de Massamá, Monte Abraão e Queluz (Foto: Tudo sobre Sintra / www.tudosobresintra.com)

or mais documentos que sejam apresentados a decisão já está

tomada” disse Fátima Campos, adian-tando que “a única forma que temos, é boicotar as eleições autárquicas”, desa-bafo a autarca socialista, na Assembleia de Freguesia de Monte Abraão, que reu-niu para discutir o parecer da Freguesia, apresentado pelo PS, e aprovado por maioria com 7 votos a favor (PS), 1 voto a favor (BE), 1 voto a favor (CDU) e 4 votos contra, da Coligação Mais Sintra.

O documento rejeita a “extinção por agregação” da freguesia de Monte Abraão “a qualquer outra freguesia do município de Sintra, por aquilo que representa e pela sua importância para a população”. Entre outros, pontos o documento apela à Câmara de Sintra para que se “pronun-cie contra a extinção de freguesias, recu-sando ser cúmplices neste processo de liquidação de freguesias”.

Aliás a este propósito, a presidente da Junta de Monte Abraão, que se diz “can-sada de conversa fiada” criticou a Câmara e a Assembleia Municipal de Sintra pela forma como o processo está a ser gerido. “Estão a fazer tudo em segredo, nós nun-ca fomos ouvidos. Sou das mais antigas presidentes de junta do concelho e ainda não fui ouvida, e não serei, seguramente. Não está a ser feito de forma honesta, daí a nossa indignação”.

Quanto à proposta de boicote às elei-ções autárquicas em 2012, será apresen-tada durante a realização do próximo congresso da ANAFRE que se realiza em Novembro, nos Açores. Pensativa, “a for-ça está nas freguesias, não no governo. Se todas as freguesias se unissem e fizessem uma greve ao acto eleitoral, garanto que o governo, pensava duas vezes”.

Em jeito de recado, “já se fala muito em unir Monte Abraão a Queluz, e já está [pintado] no IC19 e no chão da freguesia de Queluz, ‘Queluz sempre’, e o facto de

nos terem retirado as placas também não é assim tão inocente”, desabafa a presidente da Junta de Monte Abraão.

Sintonia A Coligação “Mais Sintra” votou contra

o parecer, embora tenha reafirmado que é “peremptoriamente contra a agregação das freguesias”. Ana Maria Peixeiro, justifica que a Coligação já se tinha pronunciado numa moção aprovada por unanimidade, e considera que “o parecer não tem validade” porque a lei trata as freguesias “como pa-rentes pobres dos órgãos autárquicos”.

A líder de bancada da Coligação, con-sidera que é um diploma “extremamente ambíguo e que dá pano para mangas para fazer o que se queira”, apelando à Câmara de Sintra para que se “pronuncie contra a agregação da freguesia” de Monte Abraão.

Ainda assim, e no caso da Monte Abraão ser “obrigada por força da Lei a agregar-se a qualquer outra” freguesia, a autarca faz por força da Lei a agregar-se a qualquer outra” freguesia, a autarca faz saber que “a solução mais realista e defensora dos interesses dos fregueses de Monte Abraão, consistirá na agregação da freguesia com a de Massamá, por serem contemporâneos e consideramos com convicções que as van-tagens serão maiores que os prejuízos para os fregueses de ambas as freguesias”, justi-ficou a autarca.

Queluz e MassamáEm Queluz acabou o consenso que em

abril permitiu a aprovação unânime de uma moção que exigia a suspensão do proces-so de reorganização administrativa. Na assembleia extraordinária convocada ex-pressamente para discutir a Reforma Ad-ministrativa na Freguesia, a Coligação Mais Sintra votou contra a moção subscrita pelo PS, CDU e BE, que recusa a agregação ou extinção da freguesia.

A Assembleia de Freguesia de Massamá aprovou um parecer contra a extinção da freguesia no âmbito da reorganização ad-ministrativa territorial autárquica. O docu-mento, subscrito pelo PS, CDU e BE, con-tou com os votos contra da Coligação Mais Sintra (PSD/CDS-PP).

“P

PROPOSTA DE PARECER DA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA

DE MASSAMÁ DA BANCADA DA COLIGAÇÃO MAIS SINTRA

Sobre a reorganização administrativa territo-rial autárquica, elaborado nos termos e para os efeitos previstos no nº 4 do artigo 11º da Lei nº 22/2012, de 30 de Maio.

Considerando que a Assembleia da Repú-blica, há pouco mais de 15 anos, pela Lei nº 36/97, de 12 de Julho, criou as freguesias de Massamá e Monte Abraão a partir da desa-gregação territorial da freguesia de Queluz que, em 1991, tinha 60.370 habitantes e era a freguesia mais populosa do concelho de Sintra;

Considerando que esta Lei, muito embora tenha feito justiça na correção dos grandes desequilíbrios populacionais nesta área do município, que se refletia gravosamente na qualidade de vida dos seus habitantes, pela compreensível incapacidade da parte dos au-tarcas de freguesia em responder às neces-sidades e anseios das populações cada vez em maior número, por ter sido feita a “régua e esquadro” e sem respeito pela identidade histórica do lugar de Massamá, esquartejou-o de uma parte significativa do “seu” território que sempre teve o seu limite, a nascente, na ribeira das Forcadas;

Considerando, noutra dimensão e à luz da Lei nº 22/2012, de 30 de Maio, nomeadamente dos nºs 3 e 4 do artº 5º, que a freguesia de Massamá, para além do crescimento demo-gráfico que registou – hoje com 28,112 habi-tantes é a 4ª mais populosa do concelho e a 2ª maior em densidade populacional (15.341 hab/km2) – constituiu-se como um grande centro de comércio e serviços, públicos e pri-vados, e, nessa medida, um importante pólo de fixação e de atracão.

Considerando e atribuindo devido destaque à espontânea e livre vontade das populações das áreas circunvizinhas do lugar de Casal da Barôta (vulgo “Massamá Norte”), da freguesia de Belas, do núcleo residencial do “Serrado da Bica”, da freguesia de Agualva, e da Ur-banização Cidade Desportiva, da freguesia de Monte Abraão, expressas por públicas e sistemáticas manifestações de interesse em pertencer à freguesia de Massamá;

Considerando, por fim, que a Lei nº 22/2012, de 30 de Maio, pelos objetivos e pelos princí-pios que estabelece, pela liberdade de expres-são que confere às assembleias de freguesia para emissão de parecer, pela amplitude de critérios que estabelece para tipificação dos lugares urbanos e, por último, ao permitir, no quadro da pronúncia da assembleia munici-pal, a delimitação dos limites das respetivas freguesias, oferece uma oportunidade sobe-rana para corrigir deficiências funcionais dos atuais territórios. A Assembleia de Freguesia de Massamá, reu-nida em sessão extraordinária do dia 6 de Se-tembro de 2012, emite nos termos e para os efeitos previstos no nº 4 do artigo 11º da Lei nº 22/2012, de 30 de maio, o seu parecer sobre a reorganização administrativa territorial au-tárquica, o que faz nos seguintes termos:

1. A freguesia de Massamá, para efeito de aplicação do nº 1 do artigo 6º da Lei nº 22/2012, de 30 de Maio, deve ser conside-rada como não situada em lugar urbano. NOTA: Massamá, de acordo com a lista de lu-gares urbanos anexa à citada Lei, situa-se no lugar Queluz, restringindo as possibilidades para se individualizar como freguesia.2. A freguesia de Massamá não deve ser agregada a qualquer outra freguesia do concelho de Sintra, mantendo, assim, a sua identidade e individualidade;3. Os limites da freguesia de Massamá, a norte, nascente e poente, devem ser rede-finidos, respetivamente, pela Estrada da Barôta e Rua D. Mafalda, pela Ribeira das Forcadas e pela linha de cota mais elevada do Casal de Rocanes (Colaride).

(ESTA PROPOSTA FOI REJEITADA PELA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA, COM OS VOTOS CONTRA DAS BANCADAS DO PS, DA CDU E DO BE)

Page 7: Jornal OCIDENTE 09

7FreguesiasOutubro 2012Jornal OCIDENTEReforma Administrativa Local

oucas ciências serão tão an-tigas quanto a Geografia,

pois já foi definida pelos antigos pensadores, e sobretudo usada pelos antigos viajantes. Apesar da prática milenar, tal como em outras áreas científicas, só no sé-culo XIX e pela mão e cabeça do francês Vidal de la Blache, se criou os fundamentos e método siste-mático de classificação aplicáveis tanto à Geografia Física como à Geografia Humana, Económica e Político-Administrativa.

Contudo, a Geografia no item Político-Administrativo, continua a ser permeável a um certo empi-rismo fundado nos meandros de interesses vários, no contraponto dos poderes locais e nacionais. Esta é uma realidade Humana que não podemos nem devemos ignorar, muito menos, passar ao lado sem que se faça uma obser-vação criteriosa e objectiva.

Ora, quando nos debruçamos sobre a evolução geográfica-ad-ministrativa do concelho de Sin-tra constatamos que, Pós-Recon-quista Cristã de 1147, este tinha um vasto território que incluía o actual concelho de Cascais, que se autonomizou em 1364, e uma faixa significativa de terras do ac-tual concelho de Mafra (Alcaínça), que foram sendo desanexadas em contextos de reformas paroquiais de forma descontínua.

Nessa época e durante séculos, a administração paroquial tinha en-tão quatro Paróquias/Freguesias, a saber: de Santa Maria; de São Miguel; São Pedro de Canaferrim; São Martinho. Todas elas tinham e têm a sua sede no perímetro urba-no da Vila, sendo que a Paróquia de São Pedro, inicialmente, a sua sede foi mesmo no perímetro de-fensivo do Castelo de Sintra. Eram paróquias com um grandes terri-

tórios, pois a densidade demográ-fica era bastante baixa, os meios económicos escassos, só com um termo relativamente extenso se conseguia garantir a subsistência das mesmas.

Porém, na actividade humana, nada é imutável. O crescimento demográfico, os crescentes po-deres senhoriais, as mudanças de critérios político-administrativos, impõem mudanças que aconte-cem por “patamares” cronoló-gicos bem definidos. Assim, no século XIV, a Paróquia/Freguesia de São Pedro de Canaferrim, per-de termo e fiéis para o novo conce-lho de Cascais; no Século XV a Pa-róquia de Santa Maria perde fieis, e posteriormente termo, com a criação, em 1426, da Capelania da Terrugem; São Miguel de Sintra perde fieis e termo, em 1496 para a Capelania e futura paróquia de Montelavar.

No século XVI a reorganização Paroquial/Freguesia em Sintra, continua. Santa Maria de Sintra perde fiéis e termo, em 1550, para a Igreja Nova e a Capelania da Terrugem passa a Paróquia; São Martinho de Sintra perde fiéis e termo, em 1559, para Colares, Paróquia e Concelho Senhorial, e perde para São João das Lampas, em 1567; São Pedro de Canaferrim perde para Almargem do Bispo, em 1554, Fieis e termo, perde tam-bém para Rio de Mouro, em 1563.

No século XIX, em 1855, é ane-xado o antigo Concelho de Belas, com estatuto de Freguesia e Paró-quia de Nossa Senhora da Mise-ricórdia, que até meados do sécu-lo XVI era denominada de Santa Maria de Belas. Do mesmo modo o Concelho de Colares é extinto e passa a Freguesia.

Já no século XX voltamos a en-contrar duas reorganizações polí-

tico-administrativas no concelho de Sintra. A mais antiga, em 1925, separa-se da Freguesia e Paróquia de Belas, a localidade de Queluz; em 1953, é criada a Freguesia e Paróquia da Agualva-Cacém, que ganha fiéis e termo das Freguesias de Belas e de Rio de Mouro; Em 1962 é criada a Freguesia e paró-quia de Algueirão Mem Martins, que ganha fiéis e termo das Fre-guesias e Paróquias de São Pedro de Canaferrim e de Rio de Mou-ro.

A partir da década de oitenta, do século XX, a reorganização político-administrativa, foi sem-pre constante, reflectindo a explo-são demográfica do Concelho de Sintra. Em 1988, Pêro Pinheiro, separa-se de Montelavar, incor-pora termo e fiéis de Montelavar e parcelas dedo dos termos de freguesias limítrofes. Em 1996, A freguesia/Paróquia de Queluz, é partilha o seu termo e paroquia-nos para duas novas Freguesias/paróquias, Monte Abraão e Mas-samá. Em 1997, Casal de Cambra torna-se Freguesia e Paróquia desligando-se de Belas.

Finalmente, já no século XXI a Antiga Freguesia/Paróquia da Agualva-Cacém é reorganizada em quatro Freguesias/ Paroquias is, Mira Sintra; Agualva; Cacém e São Marcos, partilhando o termo e os fiéis, que detinha a anterior freguesia de Agualva-Cacém.

Rui Oliveira

P

O crescimento demográfico, os crescen-tes poderes senhoriais, as mudanças de critérios político-administrativos, impõem mudanças que acontecem por “patama-res” cronológicos bem definidos, ao longo dos séculos.

Evolução geográfica

e administrat iva

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE MONTE ABRAÃO

CONCELHO DE SINTRA Parecer da Assembleia de Freguesia

de Monte Abraão

sobre a reorganização administrativa territorial autárquica no Município de Sintra, elaborado nos termos e para os efeitos previstos no nú-mero 4 do artigo 11º da Lei nº 22/2012, de 30 de Maio.

Considerando que a aprovação da Lei nº 22/2012, de 30 de Maio, votada na Assembleia da Repúbli-ca apenas com os votos favoráveis dos Grupos Parlamentares do PSD e CDS, aponta para a ex-tinção de centenas de Freguesias e representa um grave atentado contra o Poder Local demo-crático, os interesses das populações e o desen-volvimento local;

Considerando que o poder local, expressão e conquista de Abril, é parte integrante do regime democrático, cujos princípios essenciais estão contemplados na Constituição da República Portuguesa, nomeadamente o princípio da sub-sidiariedade, da descentralização administrati-va, da autonomia administrativa e financeira e o poder regulamentar;

Considerando que as autarquias locais desen-volvem um importante papel junto da adminis-tração central, nomeadamente ao assumirem a transferência de atribuições e competências da administração central para a administração lo-cal;

Considerando a sua dimensão democrática, plu-ral e colegial, através da participação popular, representativa dos interesses e aspirações das populações;

Considerando que a afirmação do poder local e as profundas transformações sociais operadas pela sua intervenção na melhoria das condições de vida da população e na superação de enor-

mes carências, são inseparáveis das caracte-rísticas profundamente democráticas e da sua dinâmica popular;

Considerando que as Freguesias não represen-tam um peso financeiro com significado, em termos do Orçamento do Estado - (apenas 0,1% do total) -, e em nada contribuindo, quer para a despesa pública, quer para a divida nacional, devem ser, tal como os municípios, entidades a preservar e arredadas de intervenções margi-nais impostas;

Considerando que a reorganização administra-tiva do território tem de ser, objectivamente, su-portada em fundamentos técnicos, sociais, de-mográficos, económicos e históricos e não por meras razões de conveniência orçamental;

Considerando que a Freguesia de Monte Abraão possui um importante valor histórico, patrimo-nial e cultural, assim como uma actividade eco-nómica, social e cultural essencial para a vida e desenvolvimento da sua população;

Considerando que a Freguesia de Monte Abraão possui um conjunto de equipamentos e serviços que lhe dão bastante autonomia e vida própria e que estão próximos da população;

Considerando que a Freguesia de Monte Abraão tem um movimento associativo com uma impor-tante actividade cultural, social e desportiva;

Considerando que por todas estas razões a realidade com que somos confrontados leva a que não nos possamos calar face à denominada Reorganização Administrativa da Administração Local, porque esta é baseada em critérios arti-ficialmente criados, em interesses meramente economicistas, e ignora a história, a vivência e a tradição de cada local, negando à população séculos de história da sua existência.

Assim, a Assembleia de Freguesia de Monte Abraão, reunida em sessão ordinária no dia 20 de Setembro de 2012, emite o seu parecer sobre a reorganização administrativa territorial autár-quica, o que faz nos termos e para os efeitos do nº 4 do artigo 11º da Lei nº 22/2012, de 30 de Maio, nos seguintes termos:

1. Manifestar a sua oposição à extinção por agregação da Freguesia de Monte Abraão a qual-quer outra Freguesia do Município de Sintra, por aquilo que representa e pela sua importância para a população.

2. Manifestar a sua oposição à agregação de ou-tras freguesias à Freguesia de Monte Abraão ;

3. Manifestar a sua oposição à agregação ao ter-ritório da Freguesia de Monte Abraão, de parte ou partes de territórios e outras Freguesias do Município de Sintra;

4. Apelar à Câmara e Assembleia Municipal de Sintra para que se pronuncie contra a extinção de freguesias, recusando ser cúmplices neste processo de liquidação de freguesias.

5. Reclamar das forças político partidárias com assento na Assembleia da República, que rejei-tem com o seu voto, os projectos que em con-creto visem a liquidação de freguesias, defen-dendo assim a identidade local, a proximidade às populações, o desenvolvimento e a coesão territorial.

6. Apelar a todos os autarcas, aos trabalhadores das autarquias, ao movimento associativo e à população, para a defesa intransigente das fre-guesias e do poder local democrático.

7. A ser aprovado, o presente parecer será, obri-gatoriamente, divulgado à população num jornal regional e no sítio da Internet da Junta de Fre-guesia de Monte Abraão, no prazo de cinco dias a contar da presente data.

Monte Abraão, 20 de Setembro de 2012.

Aprovado por maioria.Partido Socialista – 7 votos a favorBloco de Esquerda – 1 voto a favorCDU – 1 voto a favorColigação Mais Sintra – 4 votos contra (declara-ção de voto anexa)

Declaração de Voto da Bancada da Coligação Mais Sintra da Assembleia

de Freguesia de Monte Abraão

1º A Lei 22/2012 de 30 de Maio, decorreu da assina-tura do Memorando de Entendimento pelo anterior Governo da República Portuguesa e os representan-tes dos financiadores do Programa de Assistência Financeira externa em curso.Nela, foram estabelecidos os objectivos, princípios e parâmetros para a nova Reorganização Administrati-va Territorial Autárquica, que terá como consequên-cia a agregação de centenas de freguesias.

2º A bancada da Coligação Mais Sintra, não esque-

ceu e relembra a todos os membros com assento na Assembleia de Freguesia de Monte Abraão, que foi aprovado por unanimidade, um documento, onde frontalmente manifestamos o nosso desacordo com a eventual agregação da Freguesia de Monte Abraão.

3º O apelo que se faz à Câmara Municipal de Sintra para que pronuncie contra a agregação de freguesias demonstra uma preocupante visão corporativa da questão, com consequências gravosas para os fre-gueses de Monte Abraão.Com a Eventual hipótese da Assembleia Municipal de Sintra recusar deliberar sobre a nova Reorganização Administrativa Autárquica das Freguesias do Conce-lho, respeitando os parâmetros de agregação e em consonância com os princípios transcritos na Lei;Com a demissão das responsabilidades do órgão autárquico como o nosso, com a ausência de com-petências para poder intervir no processo em curso, transitará o mesmo de imediato para a Unidade Téc-nica, entretanto criada, que decidirá cegamente so-bre o nosso futuro colectivo;Deste modo, esta bancada não se demitirá de assu-mir a sua responsabilidade, perante o eleitorado que a elegeu e votará CONTRA a proposta documentada e apresentada pela Mesa da Assembleia de Freguesia.

4º Face ao que atrás ficou exposto, defendemos a tese que no caso de esta Freguesia for obrigada por força da Lei, a agregar-se a qualquer outra, a solução mais realista e defensora dos interesses dos fregue-ses de Monte Abraão, consistirá na agregação da Fre-guesia de Monte Abraão com a de Massamá, por ser contemporânea da nossa, e por considerarmos com convicção que as vantagens serão maiores que os prejuízos para os fregueses de ambas as freguesias.Entendemos, face a uma eventual agregação, que a Presidência seja rotativa.Entendemos que as instalações da actual Junta de Freguesia de Monte Abraão, se mantenham bem como a prestação dos actuais serviços à população.

Monte Abraão, 20 de Setembro de 2012

Bancada da Coligação Mais Sintra

Notas Finais:a) Esta declaração de voto deverá ficar anexa à Acta da presente sessão da Assembleia de Freguesia.b) Que este documento seja tornado público no site da Junta de Freguesia e nos órgãos de comunicação social, de maior tiragem, do Concelho de Sintra.c) Que este documento seja enviado para as seguin-tes entidades:Presidente da Câmara Municipal de SintraPresidente da Assembleia Municipal de SintraLíderes das Bancadas da Assembleia Municipal de SintraGrupos Parlamentares da Assembleia da República

Page 8: Jornal OCIDENTE 09

8 Local Outubro 2012Jornal OCIDENTEMonte Abraão

A hora da despedida do padre Jacob

Depois de cinco anos de trabalho espiritual e físico realizando obra, o carismático e simpático padre Jacob, deixou por transferência, a Igreja de Nossa Senhora da Fé, em Monte Abraão, “ferido” com a ausência de respostas às suas missivas, junto do Patriar-cado de Lisboa. Pela última vez, a Igreja encheu e emocionou-se para se despedir do seu pároco, vindo do Oriente, e que aqui fez obra, amigos e deixa saudade.

a Igreja não há estrangei-ros, e exemplo disso é o

padre Jacob Puthiyaparampil, que trocou a Índia por Portugal, e era actualmente o pároco da Igreja de Nossa Senhora da Fé, em Monte Abraão. Sendo um homem de pa-lavra, fazer-se entender, foi uma batalha difícil, de muitos dias e meses para aprender a língua de

Quem é o Padre Jacob O padre Jacob Puthiyaparampil, nasceu em Palai, na Índia a 6 de Novembro de 1968. Foi ordenado padre a 4 de Abril de 1994. Estudo em seminários desde os 15 anos de idade e licenciou-se em filosofia. No seminário, St. Joseph Pon-tifical, recebeu licenciatura em teologia e durante o tempo de estudo, ganhou o cinto preto em artes marciais. Esteve em formação 11 anos até à sua ordenação de pres-bítero, em 1994. Após a ordenação, foi nomeado Vigário Paroquial durante sete anos em quatro Paróquias. Foi direc-tor social de Diocese. Veio para Portugal em 23 de Agosto de 2006, ficando no Seminário dos Olivais onde aprendeu português. Esteve dois meses na Igreja de São Francisco Xavier e aca-bou como Pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Fé em Monte Abraão.

Luís de Camões, mas que não condicionou o trabalho e as obri-gações de todos os dias, na Igreja e na comunidade.

“Era como se fosse surdo e mudo, não conseguia falar nem perceber as conversas. Falava com gestos”, diz a sorrir o Padre Jacob. “Quando cheguei aqui, [Igreja de Nossa Senhora a Fé] encontrei vários grupos e vários interesses. Agora temos um só grupo, uma só paróquia. Todos estamos uni-dos. É a melhor obra que fiz e agradeço por isso”.

Na hora da despedida, orgulha-se do trabalho com jovens e de ter contado com “um enorme grupo de escoteiros”, que tem vindo a crescer todos os anos. Contudo o espaço cedido pela igreja, que parecia grande, ficou pequeno e com poucas condições para fun-cionar. “Todos os grupos estão a crescer e a Igreja precisa de es-

paço e um dia quando ali entrei, fiquei chocado, porque não tem condições de funcionamento”, recorda o padre Jacob, adiantan-do que “a única solução, era usar um outro espaço atrás do palco”, pouco utilizado por um dos gru-pos da Igreja.

“Eles quase não reúnem, estão sempre fechados” e pouco parti-cipativos na vida e na actividade da Igreja, “que precisa daquele espaço”, [explica], porque não pode “reduzir o crescimento dos grupos” de jovens e de todos

aqueles que ajudam a crescer a Igreja todos os dias, explicou na homília.

Sentindo-se desautorizado com a realização de uma obra no refe-rido espaço, “sem permissão do pároco” e na ausência de resposta às missivas enviadas ao Patriar-cado de Lisboa sobre o assunto, desde Junho de 2011, a solução encontrada, depois de anos de espera por uma resposta, passou pela transferência do padre Jacob, para a Paróquia de Castanheira do Ribatejo, onde já se encontra.

“Como pároco não posso ficar calado. Eu quero viver aqui com dignidade. Senão posso viver com dignidade, [pensativo] eu quero sair daqui”, justificou emociona-do o padre Jacob, na hora da des-pedida.

Palavras de confortoDurante a homília, Fátima

Campos presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão, dei-xou uma mensagem de agrade-cimento e elogio ao Padre Jacob, destacando as “longas horas a ajudar quem mais precisa ou a conversar para que encontrásse-mos soluções para os problemas mais bicudos. Uma situação de emergência social era sinónima de contacto para o Padre Jacob Puthiyaparampil e, da sua parte, fosse a que horas fossem, a certe-za de uma disponibilidade mental e física para a respetiva resolu-ção.”

Fátima Campos usou ainda pa-lavras como “inesquecível”, “in-comparável”, “inconfundível” e

“Como pároco não posso ficar calado. Eu quero viver aqui com dignidade. Senão posso viver com dignidade, [pensativo] eu quero sair daqui”, justificou emocionado o padre Jacob, na hora da despedida (Foto: OCIDENTE, rádio/jornal)

Marco Almeida, destacou “a boa disposição e sorriso largo”, do padre Jacob, “mesmo hoje que parte para outra paróquia” (foto: OCIDENTE, rádio/jornal)

“ímpar” para melhor caracterizar a personalidade e perfil do padre Jacob, considerando-o “um exem-plo cívico, humano e, igualmente, de exercício do sacerdócio”.

A vereadora Paula Simões e o vice-presidente da Câmara de

Fátima Campos, considera o padre Jacob, “um exemplo cívico, humano e, igualmente, de exercício do sacerdócio” (Foto: OCIDENTE, rádio/jornal)

N

Sintra, Marco Almeida, em repre-sentação da autarquia também estiveram presentes na homília que viria a terminar com a inau-guração de uma rampa de acesso à Igreja, para pessoas com pro-blemas de locomoção.

”Há momento que devemos saudar, registar e celebrar pela po-sitiva. Nestes onze anos de exer-cício de funções na Câmara de Sintra, o Padre Jacob, na relação que tenho com as diferentes Paró-quias, marca também pelo exem-plo de dedicação, de empenho e de amor aos seus paroquianos”, disse de voz embargada, Marco Almeida, destacando a “imagem de entrega, dedicação e persistên-

A presidente da Junta de Monte Abraão, inaugurou de uma rampa de acesso à Igre-ja, para pessoas com problemas de locomo-ção (Foto: OCIDENTE, rádio/jornal)

cia, muitas vezes esbarrando com a resistência que o padre Jacob nos ensinou”, notando também, “a sua boa disposição e sorriso largo, mesmo hoje que parte para outra paróquia”.

Jorge Tavares

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9LocalOutubro 2012Jornal OCIDENTEAESintra | Terrugem

Casa do Empresário assina escritura

A primeira pedra da Casa do Empresário – Centro Clínico e So-cial, será lançada logo que esteja concluído projecto de constru-ção e abertas as candidaturas dos fundos comunitários, anunciou Manuel Cabo, durante o almoço comemorativo do 69º. aniversá-rio da AESintra, na Terrugem, cujo ponto alto, foi a assinatura da Escritura Notarial de cedência do terreno.

presidente da Associação Comercial do Concelho de

Sintra (AESintra), congratulou-se com a cedência de um terreno municipal, no Carrascal, entre a Vázea de Sintra e Morelinho, equipamento há muito desejado, pelos empresários e sobretudo com a assinatura da Escritura No-tarial de cedência do terreno, que confirma essa pretensão antiga.

“Este acto representa para nós um importante desafio e abre um horizonte do qual nos empenha-mos desde alguns anos e que hoje teve o seu momento alto”, disse Manuel Cabo, que fala de “um desafio, mas também com a cer-teza que a Casa do Empresário será construída, com a ajuda e co-laboração de todos”.

Contudo, reconhece que “não vai ser fácil” devido à situação

Manuel Cabo, que fala de “um desafio, mas também com a certeza que a Casa do Empresário será construída, com a ajuda e colabo-ração de todos” (Foto: OCIDENTE, rádio/jornal)

Marco Almeida

“Ignorante é a pessoa que teve a ousadia de caracterizar os empresários”

As recentes declarações do consultor do Governo para as privati-zações, António Borges, ao defender que as alterações que o Go-verno queria fazer à Taxa Social Única (TSU) eram uma medida “inteligente”, acusando os empresários que a criticaram de serem “ignorantes”, mereceram resposta de Marco Almeida, vice-presi-dente da Câmara de Sintra, durante o almoço comemorativo do 69º aniversário da AESintra.Aproveitando a presença dos empresários, Marco Almeida, “la-mentou” as declarações do responsável político para as privati-zações, que “vieram pôr em causa os sacrifícios feitos por parte de todos nós”, acrescentando que “não é admissível que um res-ponsável público, pago com dinheiros públicos, ponha em causa, o empenho dos trabalhadores e a mais-valia que os empresários constituem no país”.Indignado, “ignorante é apenas a pessoa que teve a ousadia, com uma postura de arrogância, [aplausos na sala] caracterizar os em-presários, disse o vice-presidente da Câmara de Sintra.Mais calmo, deixou palavras de estímulo aos empresários de Sin-tra, destacando o esforço de “empresas de referência a nível na-cional e internacional “, onde tem encontrado “uma atitude pró-activa e disponível para ultrapassar as dificuldades”, sublinhando a “atitude de responsabilidade social” de muitos dos empresários, do concelho.

Autarquia com redução de receitas“Dentro da Câmara de Sintra, temos obrigatoriamente que pen-sar o que queremos para o futuro”, prosseguiu o vice-presidente, considerando que a autarquia “ é um agente e deve ser um pivot entre o tecido social e empresarial. A Câmara tem que saber adap-tar, aquelas que são as suas estruturas às necessidades do conce-lho”, disse Marco Almeida.Em jeito de exemplo, na área do Departamento de Urbanismo (DU), “o volume de trabalho de há 15 anos, não é o mesmo que de hoje, explicando que “a emissão de licenças, rendia para as receitas municipais, perto de 4 milhões de euros. Curiosamente no ano de 2011, fruto da crise que vivemos, rendeu apenas para os cofres municipais, perto de 400 mil euros”, notou Marco Almei-da, apontando ainda a dívida por cobrar, que “permitia financiar vários projectos e se calhar, reduzir a carga fiscal através dos im-postos municipais”.Pensativo, “se é certo que o país atravessa momentos difíceis, também nós em Sintra os vamos sentindo, com uma redução sig-nificativa de receitas na Câmara de Sintra, as juntas de freguesia a fazer um esforço de compensação junto daqueles que são os nossos parceiros sociais, as famílias a viver com dificuldade e as empresas também as sentem”, terminou Marco almeida, muito aplaudido e saudado pelos empresários.

JT

económica do país, “que está na situação que todos conhecem”, mas Manuel Cabo acredita que o sonho, “vai começar a ser uma re-alidade nos próximos três anos”, com o arranque das obras, que te-rão que estar concluídas no praxo máximo de cinco anos.

“A atribuição do terreno nesta data, condiciona a concretização

do projecto, uma vez que não es-tão abertas as candidaturas desti-nadas à construção deste tipo de infra-estruturas”, lembrou o pre-sidente da AESintra, explicando que o Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES), “foi retirado”, mas, “as-sim que houver abertura, iremos apresentar a nossa candidatura, que terá uma comparticipação de 80%”.

Desta vez, “o lançamento da

primeira pedra será realizado já com o projecto aprovado o que deverá acontecer no máximo den-tro de três anos”, estima Manuel Cabo, que fala de “um momento histórico, importante para os em-presários, comerciantes e indus-triais do concelho de Sintra”.

Casa do EmpresárioA Casa do Empresário será um

centro social, sendo dotado de uma zona social e residencial com 45 quartos e ainda de uma zona clínica. Tem como fins, a protec-ção dos sócios e dos seus fami-liares na velhice e invalidez, mas também a realização dos interes-ses sociais e de lazer e prestação de cuidados de saúde.

O Centro Clínico e Social, pre-tende ser um espaço polivalente no qual os empresários possam beneficiar de actividades de apoio social, de prestação de cuidados de saúde e de serviços de aloja-mento temporário e permanente.

O

Terá as valência de Lar, Centro de Dia e Apoio Domiciliário.

O almoço, que teve lugar nas instalações da Petrosintra, no dia 30 de Setembro, contou com a presença de empresários do con-celho de Sintra, das mais diversas áreas de actividade, com destaque

para o comendador João Justino, mas também o Vice-presidente da Câmara de Sintra, Marco Al-meida, a vereadora Paula Simões e o presidente da Junta de Cola-res, Rui Santos, convidados e as-sociados.

Jorge Tavares

presidente da Associação Comercial do Concelho de Sintra (AESintra), congratulou-se com a cedência de um terreno municipal, no Carrascal.

Page 10: Jornal OCIDENTE 09

10 Opinião Outubro 2012Jornal OCIDENTEEducação

Autarquia distribuiu gratuitamente manuais escolares

A Câmara de Sintra, pelouro da Educação, já gastou desde 2002 cerca de 2,5 milhões de euros na distribuição gratuita de manu-ais escolares a alunos do primeiro ciclo, numa iniciativa que visa diminuir encargos das famílias com a educação, disse Marco Al-meida, vice-presidente da Câmara de Sintra.

vereador responsável pelo pelouro da Educação, Mar-

co Almeida, disse durante na Es-cola Básica Mestre Domingos Sa-raiva, que desde que o município deu início a esta iniciativa, já for-

Distribuição gratuita de manuais escolares, iniciativa que contou com a presença de Marco Almeida, vice-presidente da Câmara de Sintra e Fátima Morais, directora do Agrupamento de Escolas do Algueirão

neceu manuais escolares a 120 mil crianças. De acordo com o autar-ca, neste ano lectivo, que agora se iniciou, a câmara gastou cerca de 350 mil euros, oferecendo manu-ais escolares a todos os alunos que

este ano vão frequentar o primeiro ciclo, cerca de 14 500 alunos.

Marco Almeida explicou que esta é uma forma de o município ajudar as famílias, independente-mente das condições financeiras

de cada uma delas.“Acreditamos que nesta altura

de crise esta medida é ainda mais importante. Sabemos que a fórmu-la como se calculam os rendimen-tos por vezes não é a mais justa e esta iniciativa tem um princípio de equidade, pois é igual para todas as crianças e famílias”, disse.

Em 2011 a câmara deu manuais escolares a um total de 15 300 es-tudantes (370 mil euros) e em 2010 foram entregues manuais a 17 mil alunos, num total de 390 mil euros suportados pela autarquia.

Num ano lectivo que arrancou em tempo de crise, são poucos os municípios que oferecem os manuais a todos os alunos do pri-meiro ciclo do ensino público. Na grande maioria, as câmaras optam por apoios aos estudantes mais carenciados.

Refira-se a título de curiosida-de, que 200 municípios consulta-dos pela agência Lusa, apenas 26 disseram oferecer os livros obri-gatórios à frequência do primeiro ciclo a todos os estudantes des-te nível de ensino no ano lectivo 2012/2013. Muitos estão localiza-dos fora dos centros urbanos de maiores dimensões.

O

Linhó inaugurou Jardim de Infância

Fernando Seara e Marco Al-meida, respectivamente presi-dente e vice-presidente da Câ-mara de Sintra inauguraram, o Jardim-de-infância da EB Li-nhó nº1, equipamento com ca-pacidade para 75 crianças, com idades entre os 3 e os 5 anos.

A entrada em funcionamento deste equipamento educativo, a 7 de Setembro, vai permitir o aumento de três salas de pré-escolar da rede pública de Sin-tra. O novo edifício substituiu o jardim-de-infância existente, que funcionava na antiga escola primária, que já reunia as con-dições ideais para o ensino.

As novas instalações são com-postas por uma sala polivalente, duas salas para desenvolvimen-to de actividades de tempos li-vres, três salas de pré-escolar, um ginásio, um recreio em ter-raço com cerca de 200 metros quadrados e ainda uma sala de trabalho para as Educadoras.

De referir que o novo equipa-mento conta ainda com diver-sas áreas de apoio que incluem arrecadações, vestiários e ins-talações sanitárias para alunos, educadoras de infância e pesso-al não docente. A obra teve um custo total na ordem dos 626 mil euros.

Câmara de Sintra, inaugurou Jardim de Infância da EB do Linhó (Foto: CMS)

Linhó

Belas

Pais reclamam por condições de recreio escolarAlguns pais descontentes com as más con-dições do espaço de recreio da Escola nº. 1 de Belas, tentaram fechar a cadeado o estabelecimento de ensino. Só que a PSP antecipou-se e travou as intenções do um grupo de pais, que pretendiam chamar a atenção para a falta de condições do espa-ço de recreio escolar.

Descontentes e fartos de espe-rar por respostas às suas preocu-pações, um grupo de pais resolve-ram fechar a cadeado a escola nº 1 de Belas, no concelho de Sintra. O objectivo era chamar a atenção, para a falta de condições do espa-ço de recreio quer da Escola Nº 1 de Belas quer da Escola Mário Brito Cunha, estabelecimentos de

Grupo de pais protesta pela falta de condições de recreio escolar (Foto: OCIDENTE, rádio/jornal)

ensino que funcionam no mesmo espaço.

Só que a PSP teve conhecimen-to da intenção do grupo de pais e chegou primeiro à escola, perden-do-se a oportunidade de trancar a escola a cadeado. Mesmo assim, os pais conseguiram chamar a atenção da comunidade, para as “más condições do recreio”.

“São crianças a brincar num re-cinto enorme e sem condições. Há muitas pedras, árvores que foram cortadas e estão acima da terra com troncos, lixo, ervas e declives acentuados”, disse à OCIDEN-TE, rádio/jornal, Maria João uma “avó preocupada”, pelo estado de abandono e degradação em que se encontra o espaço de recreio.

“O meu filho partiu a cabeça o ano passado”, queixa-se Susana Silva, criticando também a “falta

de condições de todo o recreio”.Luís Batista, presidente da As-

sociação de Pais, disse que “fe-char a escola a cadeado, não é a solução”, mas compreende e par-tilha da “indignação” dos encarre-gados de educação.

“O protesto tem razão de ser, porque a escola não tem as condi-ções necessárias para as crianças estarem em segurança nos seus tempos livres. O espaço exterior está por arranjar, falta limpeza,

as escadas não têm rampas. Fal-ta um polidesportivo,” disse Luís Batista, reconhecendo, contudo, algum “esforço da Divisão de Educação” da Câmara de Sin-tra, “no entanto insuficiente”, razão que explica a atitude e “a necessidade dos pais alertarem a comunidade”, explica o presi-dente da Associação de Pais que vai procurar sensibilizar a Câma-ra de Sintra, para a resolução do problema.

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11LocalOutubro 2012Jornal OCIDENTEQUELUZ / Ponte Filipina

Câmara de Sintra vai construir nova ponte entre Queluz e Amadora

e acordo com o presidente da Câmara de Sintra, Fer-

nando Seara, o município deixou cair a hipótese de instalar uma ponte provisória naquele local, como estava previsto, uma vez que os custos seriam superiores aos que representam uma cons-trução definitiva, a qual será feita por ajuste direto.

Na última sessão da Assembleia Municipal de Sintra (AMS) e na sequência de uma dúvida apresen-

tada pelo munícipe Miguel Couto, sobre o encerramento da referi-da ponte filipina, Fernando Seara anunciou que a Câmara de Sintra vai avançar com obras de constru-ção de uma nova ponte alternativa, e que implica um investimento na ordem dos 600 mil euros.

Segundo o autarca, a ponte será construída com carácter definiti-vo, em vez de uma solução provi-sória, uma vez que o “custo diário seria insuportável para a Câmara

de Sintra e para os munícipes”, adiantando que “foram feitos to-dos os procedimentos”, desde o levantamento topográfico, articu-lação com o exército e reuniões com a Câmara da Amadora, “com delimitação de obra que cabe a Sintra e à Amadora, porque im-plica uma redefinição do acesso à Amadora”, explica Fernando Seara.

A construção da nova estrutura, será realizada por ajuste directo

e vai decorrer em terrenos muni-cipais, cedidos pelos militares e bombeiros de Queluz, e se tudo correr conforme previsto, Fernan-do Seara acredita que a obra estará concluída ao final do ano.

À OCIDENTE, rádio/jornal, presidente da Junta de Queluz, Barbosa de Oliveira mostrou “pre-ocupado” com a falta de soluções alternativas para resolver ao fluxo diário de trânsito, “até porque a zona norte do concelho, vem toda para Queluz”. Contudo o autarca diz-se “satisfeito” pelo empenho da autarquia e na possibilidade da

ponte ser “construída de raiz e em definitivo”.

O autarca, que tem acompanha-do todo este processo, acredita que até final do ano, tudo deverá estar resolvido, e com o lançamen-to da obra no terreno.

Recorde-se que a ponte do sé-culo XVI que liga Queluz à cidade da Amadora foi encerrada em ju-nho deste ano, por apresentar da-nos na sua estrutura, prejudicando sobretudo milhares de moradores de Queluz e Monte Abraão, que se vêem impedidos de aceder ao IC19 através daquele acesso.

D

A Câmara de Sintra vai avançar com a construção de uma nova ponte para ligar Queluz à Amadora, obra que terá um custo de 600 mil euros, pondo fim às dificuldades dos moradores no acesso ao IC19, anunciou o presidente da edilidade.

Page 12: Jornal OCIDENTE 09

12 Local Outubro 2012Jornal OCIDENTE

DIRETOR: Jorge Tavares [email protected] Telef: 963 964 040 • REDAÇÃO: Ana Marreiros; Nuno Diogo, Rui Camões, Rui Oliveira, Solange Henriques • MORADA: Praceta Progresso Clube, 17 - 2725-110 Algueirão [email protected] Telef: 219 267 367 / 96 66 77 041 • RÁDIO OCIDENTE ONLINE: Artur Barral; Hugo Saraiva; Jorge Lima; Jorge Manuel Cardoso, João Antunes, Marinela Tavares, Miguel Ângelo, Nuno Cachucho, Nuno Diogo, Pedro Esteves • MARKETING & PUBLICIDADE: Ana Maria Rodrigues [email protected] Telf: 219 267 367 / 96 66 77 041 • FOTOGRAFIA: José Correia • CARTOON: Luis Cardoso • DESIGNER GRÁFICO: Victor Duziteo

JORNAL OCIDENTE: Impressão na Empresa Gráfica Funchalense, SA - Morelena Pêro Pinheiro / Sintra • Tiragem: 10 000 exemplares • Depósito Legal: 332891/11

Tapada das Mercês

“Vestígios do Islão na região saloia”

A Associação Islâmica da Tapada das Mercês, decorreu uma conferência que procurou reflectir sobre a importância de vestí-gios antigos do Islão, na região de Sintra.

iniciativa teve como con-ferencista, Rui Oliveira

especialista OCIDENTE, rádio/jornal na matéria, que abordou o tema em duas freguesias impor-tantes do concelho de Sintra, res-pectivamente Colares e Algueirão Mem Martins.

A abordagem do tema centrou-se, naturalmente, na forte influên-cia islâmica, presente na cultura, sincrética, tradicional Saloia. In-fluência testemunhada por ves-tígios arqueológicos de grande importância histórica, como seja o “ribat” da Praia das Maçãs, patri-mónio arqueológico que o Jornal OCIDENTE noticiou, na sua edi-ção de Agosto. Quer ainda, pela tradição oral, pela citação dos geó-grafos Árabes antigos, por poetas, pela Toponímia e por conjunto de documentação escrita Medieval e Tardo-Medieval alusiva ao ter-ritório da Freguesia de Algueirão Mem Martins que, também nesse campo, teve ou tem interessantes vestígios arqueológicos do perío-

A Associação Islâmica da Tapada das Mercês, promoveu uma conferência que procurou reflectir sobre a importância de vestígios antigos do Islão, na região de Sintra (Foto: OCIDENTE, rádio/jornal)

do islâmico.A sala da Associação Islâmica da

Tapada das Mercês, esteve repleta de participantes e interessados no tema, a maioria da própria comu-nidade, com uma interessante e proveitosa interacção entre todos.

Afinal o que importa nestas sec-ções é conhecer, aprender e res-peitar as diferenças culturais das diferentes comunidades da Tapa-da das Mercês que já se contabi-lizam em mais de quarenta nacio-nalidades diferentes.

Neste facto reside, afinal, a enorme mais-valia para a Fregue-sia do Algueirão Mem Martins, em termos demográficos, econó-micos e culturais.

De referir que durante todo o mês de Setembro decorre-ram diversas actividades, como workshops, exposições, artesa-nato, gastronomia, dança, etc., que se integraram no Dia do Imi-grante, iniciativa promovida pela Câmara de Sintra, durante todo o mês de Setembro, objectivo que pretendeu reforçar o intercâmbio e o convívio fraterno entre as di-versas comunidades migrantes em presença e as comunidades locais de acolhimento.

A

A Junta de Freguesia de S. Marcos abriu inscrições para au-las de “Hip Hop” no âmbito do projecto “Oficinas no CCP”. De um modo geral, as oficinas em curso no CCP, visam promover o convívio e ocupação dos tempos livres das crianças e jovens e a aprendizagem sobre linguagens e modos de ser multiculturais, através de expressões como a dança, música, teatro e leitura.

As aulas são destinadas a crianças e jovens (rapazes e ra-parigas) a partir dos 6 anos e realizam-se nas instalações do Centro Carlos Paredes – Lúdi-co, Cultural e Desportivo de São Marcos.

As aulas de “Hip Hop”, acon-tecem à quinta-feira, entre as 18h00 às 19h00 e ao sábado das 11h30 às 12h30 nas instalações do Centro Carlos Paredes - Lú-dico, Cultural e Desportivo de São Marcos.

“Hip Pop” no Centro Lúdico

São MarcosPalácio de Queluz

Sintra distingue Conservatório da MúsicaA Câmara de Sintra atribui, a

medalha de Mérito Municipal – Grau Ouro e cede novas instala-ções ao Conservatório de Música de Sintra. O município pretendeu distinguir e reconhecer a “exce-lência do mérito do trabalho rea-lizado até ao momento” por uma Instituição que colabora diaria-mente para o “prestígio do con-celho de Sintra, particularmente na área da educação musical”.

No decorrer da cerimónia, que decorreu no Palácio de Queluz, foi celebrada a escritura de ce-dência de um edifício e terreno

municipal, em direito de super-fície, para a construção de ins-talações definitivas do Conser-vatório de Música, no âmbito das quais alargará a sua área de intervenção, com a criação de uma escola de ensino integrado de música.

O Conservatório de Música de Sintra, Associação de Música e Dança, é uma associação sem fins lucrativos e de utilidade pú-blica que iniciou a sua activida-de em 1975, vendo os seus cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação em 1982.

Monte Abraão

Saúde na Idade MaiorA Junta de Freguesia de Monte

Abraão vai realizar pelo 8.º ano consecutivo o evento “Saúde na Idade Maior”.

A iniciativa dedicada à promo-ção do bem-estar físico e psíqui-co da população, que se inscreve este ano nas comemorações do Mês do Idoso, irá proporcionar diversos rastreios gratuitos à po-pulação, no espaço físico do salão paroquial da Igreja de Nossa Se-nhora da Fé, em Monte Abraão, dia 3 de Outubro, entre as 10h e as 12h e entre as 14h e as 17h30.

Associaram-se à iniciativa a Far-

mácia Portela, a Unidade de Cui-dados na Comunidade Abraçar Queluz (Agrupamento de Cen-tros de Saúde X Cacém/ Queluz), a Altavisão Monte Abraão, a Clí-nica Especial Dente, a Acústica Médica, as Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus e, o Consultório de Saúde Natural “Espaço Saúde em Branco”.

No dia 4 de Outubro, o salão paroquial servirá de palco a uma aula prática sénior de defesa pes-soal. A iniciativa é aberta à co-munidade em geral e decorrerá entre as 11h00 e as 12h30.

“Contra o sofrimento dos animais”

Cerca de duas dezenas de pes-soas manifestarem-se, em frente aos Paços do concelho em Sintra, contra a realização de touradas no

Duas dezenas de pessoas manifestarem-se, contra a realização de touradas no concelho (Foto: OCIDENTE, rádio/jornal)

concelho, quando em Montelavar decorria uma corrida de touros, no âmbito das festas de Nossa Se-nhora da Nazaré.

Sintra | Protesto

A manifestação que contou com o apoio da associação Animal, motivou ao envio de uma carta a Fernando Seara, presidente da Câ-mara de Sintra, solicitando o “ime-diato cancelamento” da referida tourada em Montelavar, exigindo também a proibição “definitiva-mente de Sintra, sem excepções” deste tipo de “espectáculo”, que

classificam de “horrendo e degra-dante”.

“Somos contra qualquer tipo de sofrimento dos animais, e não sendo Sintra uma zona com tradi-ção em touradas, não percebemos porque motivo se está a realizar um evento desses”, disse aos jor-nalistas Helena Capeto, da orga-nização.

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13LocalOutubro 2012Jornal OCIDENTESessão de Câmara

Torre no Cabo da Roca gera polémica A CDU de Sintra criticou o projecto de construção de um posto de vigi-lância no Cabo da Roca (Colares), com 45 metros de altura, considerando que essa intenção do Ministério da Ad-ministração Interna constitui um “crime ambiental”.

Ministério da Administra-ção Interna quer instalar

uma torre de 45 metros no Cabo da Roca, em Sintra, para destinada à deteção e combater ameaças no âmbito das missões da sua Unida-de de Controlo Costeiro.

A denúncia foi feita pelo verea-dor Pedro Ventura (CDU) na últi-ma sessão de Câmara. O autarca disse à edição online do Notícia Grande Lisboa (NGL) ter tido acesso a um projeto em que o Mi-

Imagem Google Earth / Notícias Grande Lisboa (NGL)

nistério da Administração Interna, através do Comando Operacional da GNR, pretende instalar um posto de observação inserido no Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo da costa por-tuguesa (SIVICC).

O autarca acrescenta que o pro-jeto terá tido já um parecer ne-gativo por parte do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB). O presi-dente da Câmara, Fernando Sea-ra, revelou durante a reunião que

Ovai procurar esclarecimentos so-bre esta situação.

“Crime Ambiental”O projecto de construção de

um posto de vigilância da costa no Cabo da Roca, com 45 metros de altura está a ser fortemente cri-ticado. O vereador comunista na Câmara de Sintra, Pedro Ventura, considera que a estrutura a erguer pelo Ministério da Administração Interna constitui um “crime am-

biental”.Durante a reunião pública do

executivo da câmara, o vereador da CDU questionou o presidente do município, Fernando Seara, sobre a intenção do Ministério da Administração Interna de instalar um posto de vigilância naquele lo-cal, inserido na área protegida do Parque Natural Sintra - Cascais.

“Fui informado via Ministério da Administração Interna que a GNR pretende instalar uma torre metálica de controlo e vigilância no Cabo da Roca”, disse o vere-ador, adiantando que “uma enti-dade ligada ao ambiente” já terá dado um parecer negativo ao pro-jecto.

Câmara desconheceNo final da reunião, depois de

o presidente da câmara, Fernando Seara, ter afirmado desconhecer este assunto, Pedro Ventura disse à agência Lusa que “é estranho que se decida a implantação de um equipamento desta dimensão sem que seja dado conhecimento à câ-mara”, podendo tratar-se de “um

crime ambiental” dada a sensibili-dade da zona.

O “projecto devia ser alvo de um estudo de impacte ambiental dada a grande sensibilidade da zona, que é parque natural, que tem o Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Lisboa e Vale do Tejo. Há vários planos ali que consideram restri-ções e esses planos não podem ser ignorados e daí a Câmara ter que se pronunciar”, disse.

De acordo com um documen-to, enviado em abril pela Direcção Geral de Infraestruturas e Equipa-mentos do MAI a solicitar um pa-recer ao Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversida-de (ICNB) para a construção do posto este projecto está inserido num projecto de âmbito nacional, designado Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo (SIVICC).

Segundo o documento, este sis-tema destina-se a assegurar uma vigilância efectiva da costa maríti-ma portuguesa e é constituído por um conjunto de postos de obser-vação a instalar ao longo de toda a costa nacional.

Forum Sintra

“Regresso às Aulas em Segurança”

A Divisão de Sintra da PSP, no âmbito do programa Integrado de Policiamento de Proximida-de – Escola Segura, realizou um evento de abertura de ano lecti-vo, direccionado para os alunos do 1º ciclo das escolas de Queluz, Monte Abraão, Massamá, Belas, Cacém, Agualva, São Marcos, Mira Sintra, Casal de Cambra, Rio de Mouro e Mem Martins.

A acção teve lugar, no espa-ço comercial, Forum Sintra. Os alunos tiveram a oportunidade de ser “Polícias por um dia”, interagindo com os comercian-

Os alunos tiveram a oportunidade de ser “Polícias por um dia”

tes e com os visitantes daquele espaço, assim como no exterior, através de uma intervenção junto dos condutores, sensibilizando-os para o cumprimento das re-gras de trânsito.

A iniciativa contou também com a animação de duas mas-cotes conhecidas do mundo in-fantil. Os “mini-polícias”, aderi-ram ainda à Aventura Magnética - “Fixelândia”, exposta naquele espaço comercial, criando um peixe por escola e ainda tiveram tempo, para assistirem a uma ex-posição dos meios Policiais.

Parque da Pena

Parques de Sintra membro do Forest Stewardship Council

A Parques de Sintra assinou a sua filiação como membro do Fo-rest Stewardship Council (FSC) marcando assim também o início do processo de certificação junto deste organismo internacional, num projeto que irá envolver a adaptação e melhoria das práticas de gestão florestal da empresa.

O FSC é uma organização in-ternacional que certifica florestas por todo o mundo, com standards de atuação que garantem que, ao ver o seu logótipo num produto, o consumidor sabe que a sua pro-dução respeitou a correta gestão das florestas. É reconhecido pela relação com a gestão e proteção ambiental, sob cujas normas se regem as empresas mundiais com preocupações a este nível.

A filiação no FSC “revela-se

Parques de Sintra membro do Forest Stewardship Council (Foto: PSML)

portanto de grande importância para a gestão florestal de Sintra, nomeadamente das áreas sob tu-tela da Parques de Sintra, dado que vai permitir uma operaciona-lidade ainda mais responsável, sal-

vaguardando as funções económi-cas, ambientais e sociais das áreas florestais e servir de referência a outros proprietários e instituições que também atuam na zona” refe-re em comunicado a entidade.

Ladrão de cobre detido pela GNR

A GNR de Sintra prendeu, em flagrante delito, um homem de 37 anos que estava a furtar cobre e ou-tros metais das bases das antenas das operadoras de telecomunica-ções, na zona de Colares.

A detenção foi possível graças a vigilâncias feitas pela GNR na zona, após denúncias das operado-ras que reportaram inúmeras per-turbações na rede de telemóvel em todo o concelho de Sintra. A nota

adianta que o homem “é suspei-to de ter cometido pelo menos 16 crimes de furto de metais não pre-ciosos, nos últimos quatro meses, num total de cem mil euros”.

O detido, residente no Alguei-rão, confessou a autoria de mais de uma dezena de furtos nas úl-timas semanas. Foi apanhado na posse de vários quilos de cobre, 62 baterias, e ferramentas mecâ-nicas.

Medalha de Mérito Municipal - Grau Ouro

Como forma de reconheci-mento pelo trabalho realizado em prol do desenvolvimento da re-gião, Fernando Seara, presiden-te da Câmara de Sintra, atribuiu ao empresário André Jordan, a Medalha de Mérito Municipal – Grau Ouro.

“Uma forma simbólica de re-alçar o empenho do empresário na dinamização do concelho, actuando em áreas tão relevan-

tes como o turis-mo, o imobiliário, o desporto, a cul-tura, promovendo concomitantemente activas políticas de responsabilidade social e ambiental”, destacou o autarca.

A cerimónia, que decorreu no Clubhouse do Belas Clube de Campo, contou com a presença

Colares

de várias entidades que desta for-ma quiseram homenagear André Jordan neste dia especial em que também se comemorava o seu aniversário.

André Jordan distinguido

André Jordan distinguido pelo Município de Sintra

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14 Local Outubro 2012Jornal OCIDENTE

Tapada das Mercês

A Assembleia Municipal de Sintra (AMS) aprovou por una-nimidade a cedência de Terreno para a construção de uma Mes-quita, destinada à Comunidade

Comunidade Islâmica vai ter MesquitaIslâmica da Tapada das Mercês. O edifício será construído num terreno camarário, que já esteve destinado para a construção de um Centro de Saúde na freguesia.

Manuel Cabo, presidente da Jun-ta de Freguesia de Algueirão Mem

Martins, regozijou-se com a “de-cisão unânime”, considerando que “este é um equipamento importante para a freguesia e em particular para a comunidade is-lâmica”, que premeia também o trabalho e dedicação da comuni-dade Islâmica, na freguesia e no concelho de Sintra.

Algueirão

Ginástica Sénior no Progresso Clube O Progresso Clu-

be assinou um pro-tocolo com a Junta de Freguesia de Al-gueirão Mem Mar-tins, que permite à população sénior praticar actividade física, o âmbito do programa “Movi-mentar”.

om o passar do tempo as capacidades físicas como

a coordenação, o equilíbrio, a força, a flexibilidade, a velo-cidade, a resistência e a agili-dade, tornam-se mais débeis, por isso, é importante trabalhar para garantir uma melhor qua-lidade de vida.

É a pensar na população sé-nior que se iniciaram as au-las de ginástica no Progresso Clube, no Algueirão. “Reflexo da nossa sociedade as pessoas com mais idade estão fechadas em casa, tantas vezes sozinhas

e com pouca actividade física. Aqui, vão encontrar, pessoas da mesma idade, com quem podem conversar e começar a mexer-se e retomar alguns mo-vimentos, mantendo os que já conseguem fazer”, diz Dalila Viegas, presidente do Clube, explicando que através do Pro-grama “Movimentar” promovi-do pela Junta de Freguesia de Algueirão Mem Martins, o Pro-gresso Clube, criou a classe de Ginástica Sénior, onde podem participar todas as pessoas com mais de 60 anos, “com as me-

lhores condições para a prática de actividade física controlada por um técnico especializado”.

As aulas são acompanhadas por música com ritmo alegre sendo os exercícios variados e com um aumento progressivo da dificuldade ao longo do ano de forma a melhorar a qualida-de de vida dos nossos atletas seniores, enfatizar o carácter lúdico e recreativo, minimizar os efeitos do envelhecimento no organismo, melhorar a con-dição física em geral e evitar o isolamento social.

As aulas realizam-se todas as terças e quintas entre as 10h e 11h, num espaço adequado e de amizade, com o único propósi-to de melhorar a qualidade de vida, através da adopção de um comportamento mais activo.

Estágio Internacional de BujutsuNuma organização da Federação Portu-

guesa de Bu Jutsu decorreu n Progresso Clube, no Algueirão, o Estágio Interna-cional 2012 da modalidade, iniciativa que contou com a presença de Patrice Ligneul (tasshi) e Fredéric Garcia /shushi). Na ocasião, quatro professores do Progresso Clube foram graduados, pelo presidente da Federação Francesa de Bu Jutsu. Em Portugal o Progresso Clube é considerado uma referência da modalidade, reunindo mais alunos e com a Mestre mais graduada na área. O Encontro, “foi muito importan-te para os alunos e professores de Bu Jut-su de Portugal e sem dúvida uma grande honra e muito gratificante para todos”, su-blinhou Dalila Viegas, orgulhosa pelo Clu-be constar como “referência europeia” na modalidade.

C

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15LocalOutubro 2012Jornal OCIDENTESintra Moda 2012

O Centro Cultural Olga Cadaval encheu-se a semana passada, para o desfile do Sin-tra Moda 2012, iniciativa da Associação Co-mercial Empresarial de Sintra (AESintra), cujo objectivo é promover o comércio local e de proximidade.

oram muitas a personalidades e celebridades que estiveram

presentes no evento, cativando o público a passar uma noite dife-rente. Desde logo, apresentadora da TVI e do evento, Cristina Fer-reira, - eleita recentemente como a mulher mais sexy do ano -, mas também os manequins David Car-reira, Sofia Arruda, Laura Figuei-redo, entre muitos outros.

O evento ficou também marca-do pela homenagem aos 30 anos da marca, Ana Salazar e pelos 40 anos de carreira da estilista.

Manuel Cabo, presidente da

AESintra, destacou a importân-cia da iniciativa, “um espectácu-lo deslumbrante” com o desfile dos melhores modelos nacionais e este ano com a particularidade de prestar homenagem a Ana Sa-

lazar, mulher ímpar no mundo da moda e de “referência do mundo da moda” em Portugal.

O evento teve um “custo sim-bólico” de três euros, receita que reverteu a favor da construção da

Casa do Empresário – Centro Clí-nico e Social do Concelho de Sin-tra, cuja escritura da escritura da cedência do Terreno, foi assinada no dia 30 de Setembro, durante um almoço comemorativo, do 69º. aniversário da AESintra, na Terru-gem, em Sintra.

A noite foi ainda enriquecida com as actuações de FF e Dora. Não faltou o comentador da TVI, Joaquim Sousa Martins e o antigo árbitro Pedro Henriques. Marco Almeida (na foto), vice-presidente da Câmara de Sintra também este-ve presente.

Estrelas brilham no “Sintra Moda”

“Um espectáculo deslumbrante”, com o desfile dos melhores modelos nacionais e, este ano, com a particularidade de prestar homenagem a Ana Salazar, sublinhou, Manuel Cabo, presidente da AESintra (Foto: SM7)

F

Forum Sintra

À descoberta de mini-modelos

O Forum Sintra prove um casting para os mais jovens com o intuito de descobrir no-vos talentos. Os vencedores terão a oportunidade de desfilar num grande evento de moda organizado pelo centro, o FO-RUM SINTRA STYLE AF-TER HOURS.

O casting para crianças, en-tre os 3 e os 12 anos de idade, decorre desde do dia 15, e vai manter-se até ao dia 23 setem-bro, no Forum Sintra.

O júri do casting composto por um representante da agên-cia de comunicação do Forum Sintra, um responsável da Fo-toSport, e um elemento da pro-dutora de eventos de moda, já elegeu as melhores fotografias e daí saíram 20 semi-finalistas. Na fase de selecção, foram es-colhidas 12 crianças finalistas.

Os vencedores do casting participarão no desfile de moda, aquando da realização do FORUM SINTRA STYLE AFTER HOURS, dia 4 de Ou-tubro.

Este evento contará com mais dois momentos de passarelle de moda, muitas promoções e ani-mação garantida.

São João das Lampas

António Sousa e Anabela Gomes vencem Meia Maratona

O veterano António Sousa do GARMIN CO Oeiras (1h12m15s) e Anabela Gomes do GDR Arru-fense (1h26m26s), foram os gran-des vencedores, da 36ª edição da Meia Maratona de São João das Lampas, no concelho de Sintra, uma das provas de atletismo mais antigas do país. A iniciativa orga-nizada pelo “Meia Maratona de S. João das Lampas – Grupo de Dinamização Desportiva”, teve o

apoio da Câmara de Sin-tra e Junta de Freguesia de S. João das Lampas, e conseguiu reuniu mais de 600 atletas, para per-correrem os 21 097 me-tros, uma prova difícil, de promoção e divulga-ção do atletismo, com organização de Fernan-do Andrade.

Em simultâneo com a 36ª Meia Maratona, re-alizou-se também uma

prova de atletismo não competi-tiva, a 9ª “Mini-Meia”, prova com uma extensão de 5 600 metros, e que tem com o objectivo, incen-tivar a população a participar em maratonas. Marco Almeida, vice-presidente da Câmara de Sintra, e Guilherme Ponce Leão, presiden-te da Junta de Freguesia de São João das Lampas, participaram na cerimónia de entrega de prémios aos atletas.

Montelavar

Nossa Senhora da Nazaré

Dezassete anos depois, Mon-telavar recebeu a Imagem de Nossa Senhora da Nazaré numa grande festa popular. Os festejos arrancam com a entrada do cí-rio em Montelavar, proveniente de povoação de Santo Isidoro, durante a noite, como manda a tradição.

A procissão encheu Monte-lavar de milhares de pessoas, numa enorme manifestação de fé e devoção. Proveniente de Santo Isidoro, no concelho de

Mafra a imagem foi transportada num veículo especial da Confraria de Nossa Senhora da Nazaré, uma berlinda, percorrendo os 17 quiló-metros que separam Santo Isidoro de Montelavar, “a passo de cavalo”, com o Charanga da GNR, a abrir caminho, e com paragens à entra-da das localidades.

A tradição setecentista, do rico cortejo deste Círio, por essa ra-zão conhecido pelo Círio da Prata Grande, pela sua pompa e circuns-tância, foi cumprido no rigor com

a entrega da Senhora da Nazaré, por parte da Freguesia e Paró-quia de Santo Isidoro, no conce-lho de Mafra, a Montelavar paró-quia e Freguesia do concelho de Sintra. Espectáculo da Fé e da tradição, sempre concorrida pe-las populações por onde o Círio passa. Entoando-se Loas, repi-cando sinos, elevando as preces á Senhora que passa, sempre ma-jestosa na sua berlinda. Chega sempre ao cair da noite! Tradição antiga do tempo das Invasões Napoleónicas, quando o Prior do Santuário da Nazaré fugiu com a Imagem, os haveres e Alfaias Li-túrgicas Sagradas, em direcção a Lisboa, para que não fossem pi-lhados pela soldadesca. Milagre, dizia-se de tal façanha. Essa é a razão porque, Queluz e o Pendão estão muito ligados a este Círio, embora na actualidade quase já não exista essa memória.

A Senhora está agora em Mon-telavar. Durante o próximo ano intercederá por esta Freguesia, com cinco séculos e uma Histó-ria importante. O povo de Mon-telavar acredita que assim será, pois a Fé remove montanhas.

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