Jornal paginas abertas agosto de 2009

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páginas PRODUZIDO PELOS ALUNOS DE JORNALISMO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA, COMO ATIVIDADE PRÁTICA DO CURSO. Órgão Informativo da Sociedade Educativa e Cultural Lima Barreto produzido em parceria com os alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Newton Paiva Ano III - n o 9 - Agosto de 2009 Tiragem 5.000 exemplares Colabore com a Sociedade Educativa e Cultural Lima Barreto para que ela possa continuar prestando serviços à comunidade. Você pode fazer qualquer tipo de doação: roupas, brinquedos, dinheiro, alimentos etc. O que vale é contribuir! Entre em contato conosco: 3347.3282 8734.3281 Gripe suína? Que nada, o grande problema ainda é a dengue Que a gripe suína já é uma realidade na socie- dade não há dúvidas. Mas, o problema é que uma enfermidade perigosa como a dengue, que não deveria ser ignorada, ainda é deixada de lado. O número de infectados pelo mosquito cresce, já pas- sam de 8 mil só em Belo Horizonte. Apesar disso, o cuidado só diminui. Página 6 O que fazem as Associações de Bairro Página 4 Cerol: brincadeira que pode matar Página 7 População debate políticas sociais Página 3 Ajudar faz bem e aquece o coração! Em construção da cidadania Sociedade Educativa e Cultural Lima Barreto DAYSE AGUIAR o 3 anos de muita informação Lei Seca ainda não funciona como deveria Página 5

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PRODUZIDO PELOS ALUNOS

DE JORNALISMO DO CENTRO

UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA,

COMO ATIVIDADE PRÁTICA

DO CURSO.

Órgão Informativo da Sociedade Educativa e Cultural Lima Barreto produzido em parceria com

os alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Newton Paiva

Ano III - no 9 - Agosto de 2009Tiragem 5.000 exemplares

Colabore com a Sociedade Educativa e Cultural Lima Barreto

para que ela possa continuar prestando

serviços à comunidade. Você pode fazer qualquer tipo de doação: roupas, brinquedos, dinheiro,

alimentos etc. O que vale é contribuir!

Entre em contato conosco:

3347.32828734.3281

Gripe suína? Que nada, o grandeproblema ainda é a dengue

Que a gripe suína já é uma realidade na socie-dade não há dúvidas. Mas, o problema é que uma enfermidade perigosa como a dengue, que não deveria ser ignorada, ainda é deixada de lado. O

número de infectados pelo mosquito cresce, já pas-sam de 8 mil só em Belo Horizonte. Apesar disso, o cuidado só diminui.Página 6

O que fazem as Associações de BairroPágina 4

Cerol: brincadeira que pode matarPágina 7

População debate políticas sociaisPágina 3

Ajudar faz bem e aquece

o coração!

Em construção da cidadania

Sociedade Educativa e Cultural Lima Barreto

DAYSE AGUIAR

o3anos de muitainformação

Lei Seca ainda não funciona

como deveriaPágina 5

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Em construção da cidadania

Sociedade Educativa e Cultural Lima Barreto

expediente

“Um homem ia pela floresta quando ouviu um rugido terrível. Era um leão. Ele teve muito medo e pôs-se a correr. Mas a floresta era densa e o sol já estava se pondo. Não viu por onde ia e caiu num precipício. No desespero agarrou-se a um galho que se projetava sobre o abismo e lá ficou. Foi quando, olhando para a parede do precipício, viu uma pequena planta que ali crescia. Era um pé de morango. Nela havia um morango verme-lho. Estendeu seu braço e o colheu. E comeu.”

Assim termina esta estória. E é com base nesta pequena estória Zen que o Páginas Abertas quer levar a você, amigo leitor, grandes reflexões sociais. Você já tomou conhecimento do SUAS — Serviço único de assistência social? Já procurou saber quais os projetos que a Associação do seu bairro vem desenvolvendo ou se “ela” desenvolve algum? Assuntos como estes permeam esta edição do nosso jornal. Nosso objetivo é lhe infor-mar a respeito de seus direitos e deveres apresentando

temas atuais e polêmicos. Assim, o Páginas Aber-tas espera colaborar para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna, pois, em tempos de mudanças a qualquer hora podemos ouvir um terrível rugido e devemos estar atentos e bem informados para os novos desafios e criar forças para superá-los com sucesso.

Queremos ainda que você se alegre conosco, pois, com esta edição, o Páginas Abertas come-mora seu terceiro ano e acreditamos estar no cami-nho certo. E como presente queremos convidá-lo a participar da edição do próximo jornal , mande suas opiniões e sugestões para nossa redação [email protected] para que possa-mos fazer um jornal cada vez melhor.

Agora é com você, boa leitura e até a próxima edição.

Equipe Páginas Abertas

editorial

Palavra Aberta

Órgão Informativo da Sociedade Educativa e Cultural Lima Barreto:RECURSOS HUMANOSCoordenador/professor - Éderson Batista Balbino Pedagoga – Anderson NevesAdvogado – Donata Terezinha BalbinoSecretária – Édson Leão

Av. Américo Vespúcio, 1610, Nova Esperança, Belo Horizonte, Minas [email protected] / seclimabarreto.blogspot.com

Jornal - laboratório do Cen tro Uni ver si tá rio New ton Paiva / Cen tral de Pro du ção Jor na lís tica – CPJ:

Co or de na dora do Curso de Jor na lismo: Profª Ma ri a lice Em bo ava, Editor Responsável: Eustáquio Trindade Netto - MG 02146 MT, Coordenador adjunto

da CPJ: Edwaldo Cordeiro JP 11388 / Projeto Gráfico e Direção de Arte: Helô Costa - MG 00127 DG, co la bo ra ram nesta edi ção es ta giá rios

do curso de Jor na lismo: Lucas Simões e Michael Eudes (Edição e textos), Carla Oliveira, Francisco Teixeira, Frederico Alves, Gabriel Moura,

Lucas Horta e Roberta Andrade (Textos), Dayse Aguiar e Mariana Reis (Fotografia)

Adrielle Lopes, Érica Caetano e Rodrigo Honório (Diagramação)

Cor res pon dên cia: Cen tro Uni ver si tá rio New ton Paiva, Cam pus Car los Luz: Rua Ca tumbi, 546, Cai çara, Belo Ho ri zonte, Minas Gerais, CEP: 31230-600 Te le fone: (31) 3516-2734

cpj.jor na lismo@new ton paiva.br

Endereços e cursos das associaçõesSOCIEDADE EDUCATIVA E CULTURAL LIMA BARRETO

End. Rua Margarida P. Torres, 1460 CEP: 31230-390 TEL: 33473282 / 87343281 / 92774412 PROJETOS EM FUNCIONAMENTO:

SupletivoPré-Vestibular

Pré-EnemClube de Reflexão Política

ASSOCIAÇÃO DO BAIRRO SENHOR BOM JESUS

Dia da reunião: Toda terça-feira de cada mêsRua Terezina, 320Bairro Senhor Bom JesusPRESIDENTE: JOÃO ARAÚJO CEP: 31230-570 – TEL: 34224266

ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES E AMIGOS DO CAIÇARA

Dia de reunião: Todo terceiro sábado de cada mêsRua Nazareno, 65 Bairro CaiçaraPRESIDENTE: WASHINGTONCEP: 30775-130 – TEL: 34157971

ASSOCIAÇÃO DO BAIRRO NOVA ESPERANÇA

Rua Confrade Machado, 21Bairro Nova EsperançaPRESIDENTE: JAIR CAETANOCEP: 31230-530 – TEL: 34283173

ASSOCIAÇÃO VILA SUMARÉ Rua Sumaré, 175Vila SumaréCEP: 31250-820 – TEL: 34282844

ÉDERSON BATISTA BALBINO, DIRETOR

WESLEY FAGUNDES LINO

A lei chegou com toda força e provocou grande polêmica. No início da aprovação, ela reduziu o consumo alcoólico entre os motoristas, grandes responsáveis pelas tragédias no trânsito brasileiro.

A sociedade brasileira, através de seus repre-sentantes políticos, tomou medidas rígidas contra as tragédias ocorridas no trânsito. O objetivo era diminuir o número de vidas perdidas. Muitos motoristas, com receio de perderem suas cartei-ras de habilitação, reduziram, ou mesmo passa-ram a se abster do álcool, pelo menos quando tiverem que conduzir veículos.

Antes de vigorar a lei seca, era permitido o consumo de bebidas até 8,0 decigramas de (álcool) por litro de sangue. Esta quantidade, ainda que dentro da legalidade, favorecia grande violência por todo o país. O terrível número de

mortes girava em torno de 40.000 anuais.Nos Estados Unidos, ainda é permitido con-

sumir 8,0 decigramas de álcool por litro de san-gue, mas lá, as estradas e a educação para o trân-sito estão muito longe da realidade brasileira.

A lei deve ser utilizada como instrumento benéfico e controlador dos índices de acidentes. Sua aplicação visa reduzir as mortes e o grande número de pessoas com deficiência causadas pelo trânsito. A aplicação da Lei seca trará mais segu-rança para todos, condutores de veículos, passa-geiros e pedestres. Reduzirá as despesas com hospitais, fisioterapias, indenizações e tanto sofrimento que os acidentes provocam. Como sociedade, devemos cobrar de nossas autoridades o cumprimento dessa lei e não deixar que seja burlada e que o caos retorne.

O efeito da lei seca

DAYSE AGUIAR

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Em construção da cidadania

Sociedade Educativa e Cultural Lima Barreto

Exame de vista com os melhores especialistas de Belo Horizonte.

Todos os sábados.

Ligue e marque seu exame.

LUCAS SIMÕES

O artigo 5º da Constituição Federal do Brasil deixa claro: “todos são iguais perante a lei”. Mesmo assim, muitos grupos sociais ainda travam lutas para que a lei seja cumprida. Diante disso, a 8ª Conferência de Assuntos Sociais, realizada entre os dias 17 e 18 de julho no colégio Municipal Marconi, propiciou aos cidadãos presentes uma discussão sobre novas propostas de políticas de assistência social.

A Conferência, que acontece de dois em dois anos, teve como tema desta edição o programa Sistema Único de Assistência Social (SUAS), res-ponsável por assegurar direitos de igualdade social, direito à renda, direito de proteção social e muitos outros. As propostas que definiram os temas para novas políticas sociais foram votadas em uma pré-conferência, e contou com a partici-pação da população, em cada uma das nove regio-nais de Belo Horizonte.

Presente na abertura do evento o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, apontou a Con-ferência como boa forma de a população partici-par das políticas do município. “Aqui, podemos aprofundar o trabalho da gestão participativa, com o cidadão participando ativamente”, disse. O ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, também presente, defen-deu o acesso aos direitos de todos. “O objetivo é que os pobres não recebam benéficos assisten-ciais, mas que eles tenham, efetivamente, acesso a seus direitos”.

Mas não são todos que têm seus direitos asse-gurados ainda. É o caso do representante dos Moradores de Rua de Belo Horizonte, Carlos Levi Corsino. Ele ficou indignado porque a proposta de melhoraria das ações sociais para a população de rua não foi analisada pela Conferência. “Eu vim,

estou participando como espectador, me interes-sei. Mas o que era importante para a gente eles não votaram, nem foi escolhida a proposta”.

O líder comunitário do bairro Coqueiros, região noroeste de Belo Horizonte, Fernando de Lacerda, participou pela primeira vez do encon-tro. Fernando acredita na informação da comuni-dade para que políticas sociais possam ser implantadas de forma mais eficiente. “Tem mui-tas coisas que a comunidade não tem acesso e é de direito, e aqui a gente fica bem informado. Após essa Conferência, muitos líderes comunitários vão informar às pessoas o direito delas”, afirmou.

Mesmo com elogios e críticas, a importância da Conferência foi fazer com que a população se envolvesse mais com as políticas sociais implan-tadas nos municípios.

Debate

Sociedade quer maior participação nas decisões políticas

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Prefeito Márcio Lacerda quer participação social

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FOTOS DAYSE AGUIAR

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Em construção da cidadania

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“20 Anos de Tradição”

LUCAS HORTA E ROBERTA ANDRADE

“Trabalhar pela comunidade e pelo seu bem estar”, assim João Araújo, presidente da Associa-ção de Bairro Senhor Bom Jesus, define o traba-lho dessas associações. É nessa linha de pensa-mento que o presidente da Associação dos Mora-dores e Amigos do Caiçara, Washington Guedes, explica o papel desse tipo de organização. “A Asso-ciação é constituída para reivindicar melhorias para a comunidade”, ressalta.

Na presidência da Associação, João já con-quistou várias melhorias para o bairro: expansão do itinerário do ônibus, reforma e retomada das obras do Centro de Saúde, troca de postes danifi-cados e a implantação de 5ª a 8ª série na Escola Estadual Tomás Brandão.

A associação ainda administra a Quadra de Esportes Senhor Bom Jesus, em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, onde funcionam projetos como, Talentos da Bola e Esporte For-mando Cidadania, que estimulam atividades físi-cas de crianças e idosos. No espaço também são realizadas as festas da comunidade. Segundo João Araújo, uma das metas da associação é a construção de uma rampa para o acesso de defi-cientes. Ele adverte — Se não tiver boa vontade, a pessoa não dá conta desse trabalho.

Segundo Washington, a associação do bairro Caiçara obteve sucesso em obras como a reforma do Parque do Caiçara, que anteriormente carecia de estrutura e hoje é um espaço com quadras poliesportivas, pista de caminhada, além de uma área propícia para o lazer de crianças. De acordo com a professora do Instituto Sagrada Família Pollyana Bauer, o local “é um parque da família e virou um ponto de recreação da comunidade”. Outra conquista da associação foi a instalação do semáforo no cruzamento das ruas Conselheiro Barbosa com Dom Braz Baltazar.

Mas o trabalho das associações de bairro nem sempre é conhecido pelos moradores. Segundo João

Araújo, “muitas vezes as pessoas veem as obras e não sabem que foi um pedido da associação”, e ainda revela que “os vereadores do bairro levam o crédito de muitas das obras que a associação conse-gue”. Para ele, uma das maiores dificuldades de uma associação são os interesses particulares. “Algumas vezes o morador precisa de uma obra em sua rua, daí ele entra na associação e depois que a obra é feita nunca mais ele aparece”, reconhece.

Washington Guedes ressalta um ponto impor-tante no dia-a-dia das Associações, que é a falta de estrutura. A Associação dos Moradores e Amigos do Caiçara não possui sede própria. Um terreno para a construção da sede está em estudo junto com a Pre-feitura de Belo Horizonte. Ele diz que “o objetivo é ter uma sede com estrutura para receber a população, as crianças e abrigar projetos para a comunidade”.

Cooperação

Força que vem do bairroFOTOS DAYSE AGUIAR

João Araújo afirma que boa vontade é fundamental para presidir e ajudar as associação de bairro

Reforma do Parque do Caiçara beneficia moradores

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baús e caixas de natal.

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Em construção da cidadania

Sociedade Educativa e Cultural Lima Barreto

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Multa de R$ 957,70, retenção do veículo, perda da carteira de motorista e detenção de seis meses a três anos de prisão. Apesar do rigor da “Lei Seca”, fica a pergunta: em um ano de existência ela conseguiu diminuir o número de acidentes causados por motoristas alcoolizados?

Levantamento feito pela Polícia Rodoviá-ria Federal revela que o número de acidentes no País aumentou após a Lei entrar em vigor. No período de 20 de junho de 2008 (quando a Lei passou a vigorar) a 16 de Junho de 2009, ocorreram 138.226 acidentes nas Rodovias Federais, contra 127.683 no mesmo período do biênio 2007-2008. Entretanto, houve redu-ção no número de mortes: 6.729 para 6.614, durante a vigência da Lei.

A comerciante Renata Borges se mostra desiludida com a situação. “A lei não funciona,

pois não há estrutura suficiente para fiscali-zar. É preciso cobrar mais, ter mais rigor no trânsito e reavaliar os critérios para autuar uma pessoa”, diz.

Para o taxista Eustáquio Vieira da Silva, a rigidez das leis não é a única ferramenta necessária para promover a redução dos aci-

dentes de trânsito. Para ele, a educação é essencial. “Não se deve deixar tudo por conta das escolas e autoridades. Nós também temos que fazer a nossa parte”, frisa.

O comandante do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar de Minas Gerais, Roberto Lemos, diz que em Belo Horizonte, “em com-paração com o mesmo período do ano passado, houve redução de 1.785 ocorrências sem víti-mas e decréscimo de 267 casos em que as pessoas se machucaram sem gravidade”.

Segundo o comandante, em conjunto com melhorias estruturais no trânsito, é necessário investir em campanhas educacionais perma-nentes. “A conscientização, às vezes, é mais importante que a aplicação de uma lei rígida.”, ressalta Lemos.

O oficial destaca que o número de oficiais será aumentado de 270 para 435 homens em BH. O governo federal também vai distribuir 10.000 bafômetros em todo o país.

Desconfiança

Lei Seca enfrenta descrença da população

ROBERTA ANDRADE

No dia 17 de abril, o governo federal anunciou a redução do Imposto sobre Produto Industriali-zado (IPI), para os produtos da chamada linha branca. Mas o que realmente significa isso? Signi-fica que geladeiras, fogões e máquinas de lavar ficaram mais baratas para o consumidor. Essa medida foi tomada para reaquecer a economia, depois da Crise Financeira Mundial.

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o IPI das geladeiras caiu de 15% para 5%, o de fogões, de 5% para zero, o de máquinas de lavar, de 20% para 10% e o de tanquinhos, de 10% para zero.

Para comprovar se os preços dos produtos real-

mente diminuíram, o Movimento das Donas de Casa e Consumidores de Minas Gerais (MDC-MG) realizou pesquisas com os consumidores nas princi-pais lojas de eletrodomésticos de BH. Segundo Tere-zinha Furst, diretora de pesquisa do MDC-MG, os preços diminuíram, em média, 6%.

De acordo com a pesquisa, os preços dos produ-tos apresentaram variação de até 54%. Segundo o gerente de uma das lojas Ricardo Eletro, Denilson Barbosa, após o anúncio da redução do IPI, as vendas aumentaram 22%. Em uma das lojas Casas Bahia, o aumento foi de 20%, segundo o gerente David Alves.

Hoje, a maior dúvida que ronda o consumidor é se o momento é bom para comprar. Segundo Terezinha, “quem tem comprado eletrodomésti-

cos, tem percebido que os preços baixaram mesmo”. No entanto, ela acredita que ainda é um momento de ter cautela. “Para quem tem condi-ções de comprar é um bom momento, mas não é bom se endividar”, analisa.

Segundo a economista Joseane de Souza, o governo vem buscando adotar medidas para faci-litar o acesso ao crédito. Ela acredita que o momento é propício para a compra, mas é preciso tomar alguns cuidados. Joseane diz que, “é importante pesquisar preços entre os concorren-tes e se informar sobre as taxas de juros cobradas na realização das compras a prazo”.

A redução do IPI para a linha branca foi prorro-gada até o dia 31 de outubro.

Economia

Redução do IPI: bom momento para comprar ou não?

Carteira de EstudanteUNEI Graffite

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Em construção da cidadania

Sociedade Educativa e Cultural Lima Barreto

FREDERICO ALVES

Os ministérios da Saúde e da Educação uni-ram forças e criaram o projeto “Saúde na Escola”. O programa consiste em um trabalho conjunto de escolas públicas e dos funcionários dos postos de saúde, para melhorar o aproveitamento de recur-sos que as instituições dispõem e desenvolver o atendimento às crianças e adolescentes.

A ideia do programa é uma abordagem ampla em todos os aspectos da vida dos alunos, para aumentar o rendimento dentro e fora da sala de aula. Para isso, a integração do posto de saúde, da escola e dos pais dos alunos é muito importante.

A coordenadora do projeto pelo lado da educação no município, Mirian Cunha de Oliveira, fala da importância do projeto: “É importante que a saúde e

a educação se unam para garantir que todos os direi-tos das crianças e adolescentes sejam respeitados”.

O funcionamento do projeto é simples, pri-meiro há uma conversa entre o gerente da uni-dade básica de saúde e o corpo docente da escola. Então, de acordo com as necessidades, são defini-

das medidas e programas para suprir as principais carências dos estudantes.

Para Mirian a maior dificuldade da iniciativa, que funciona desde junho de 2008, é conseguir que dois serviços consigam trabalhar em harmonia em prol de um bem comum, e desta forma os alunos tirarem o máximo de proveito possível.

DESEMPENHOA importância do projeto é clara. Um aluno que

esteja, por exemplo, com dor de dente, terá seu desempenho dentro da sala de aula comprometido. É importante também que o estudante saiba que tem direito aos serviços médicos básicos, essa é a intenção do “Saúde na Escola”, que a educação e a saúde caminhem juntos para ajudar no desenvolvi-mento dos jovens na construção da cidadania.

GABRIEL MOURA

Até agora foram confirmados 133 casos de gripe suína (vírus H1N1) em Minas Gerais. Enquanto todos estão preocupados com o avanço da nova gripe, a dengue já atingiu 8.025 pessoas só em Belo Horizonte, segundo dados apurados pela Secretaria Municipal de saúde. “A dengue é muito mais peri-gosa, pois ela pode causar complicações, enquanto a gripe suína é muito parecida com a gripe comum”, compara o pediatra Amaury de Castro. Ele ressalta que “a dengue deve ser evitada dentro de casa, impedindo a proliferação dos focos”.

As associações de moradores dos bairros da Região Noroeste estão fazendo campanhas de conscientização. João Araújo, presidente da Asso-ciação do Bairro Bom Jesus, em duas de suas ações, distribui panfletos e afixa cartazes alertando sobre os perigos da dengue no quadro de avisos da Qua-dra de Esportes, Senhor Bom Jesus.

Na Associação dos Moradores e Amigos do Cai-çara o presidente, Washington Guedes, promove a conscientização junto às igrejas do bairro. Além disso, a Associação, em parceria com o Núcleo Cas-

catinha, realiza o dia do meio-ambiente, no Parque do Caiçara. Nesse evento ocorrem campanhas de preservação ecológica, além da manutenção de caixas d’águas e recolhimento de pneus.

A Associação também conta com o apoio de escoteiros, que mobilizam os alunos das escolas do bairro a evitarem a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Washington conta que é muito bom ter a ajuda dos escoteiros, “pois eles sabem como direcionar os trabalhos com as crianças”, e acrescenta: “a mobilização tem que vir da gente”.

Na regional Noroeste estão confirmados 714 casos da doença, sendo 709 do tipo clássico e cinco com complicações. Para evitar a proliferação da doença, a prefeitura faz campanhas de alerta que vão desde filmes publicitários até panfletos. Além disso, foram feitos mutirões semanais, uma ação conjunta da Zoonose e a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), que tiraram 760 tonela-das de lixo das áreas de risco da cidade.

Mobilização

Educação

Dengue deveria preocupar mais do que a gripe suína

Saúde e educação se unem em prol da cidadania

DAYSE AGUIAR

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GUIAR

Todos os anos a dengue volta por falta de cuidados

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Eunice Gomes

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Em construção da cidadania

Sociedade Educativa e Cultural Lima Barreto

MICHAEL EUDES

“Olha o mandado!”; “Dá linha!”; “Descar-rega!”. Essas são expressões comuns para quem colore o céu com papagaios de plástico e de seda. No entanto, nesta época do ano, esta aparente brincadeira inocente traz um grande perigo: a linha com cerol.

Os fortes ventos aliado à época de férias escola-res enchem as lajes e as ruas de jovens, que usam a mistura de vidro moído e cola nas linhas para cor-tar a linha de outros papagaios. Esse efeito cortante é um perigo para quem utiliza motocicleta, espe-cialmente os motoboys. O contato da linha com a rede elétrica também é risco para quem empina os papagaios.

Segundo Lídio Fernandes Costa, presidente da Associação de Motoqueiros de Belo Horizonte, foram 44 motoqueiros vítimas do cerol este ano, com uma morte. Ainda segundo o presidente, o número de acidentes reduziu graças ao uso da antena retrátil, pelos motociclistas. “Não tinha o hábito de usar a antena, mas ela ajuda muito. Inclusive uso duas”, diz Costa. O custo da antena é

por volta de R$ 16,00.O uso do cerol é considerado crime penal capi-

tulado nos artigos 129, 132 e 278 do Código Penal Brasileiro, além do artigo 37 da Lei das Contraven-ções Penais. No caso de uso por criança ou adoles-cente, estes são apreendidos e encaminhados à autoridade competente. O adulto que também utilizar será conduzido, juntamente com o mate-rial até a autoridade judiciária, podendo até per-manecer preso. Em Minas Gerais, a Lei Estadual n° 14.349/02 de 15/07/02 prevê multa para os infratores.

Apesar da punição, muitos ainda continuam se divertindo dessa forma. Cabe à Polícia Militar fis-calizar e apreender as linhas com cerol, mas não há uma fiscalização ostensiva devido a outras necessi-dades. “Sempre quando surgem denúncias, a PM averigua e apreende o material”, afirma o Sargento Vale, do 34° Batalhão da PMMG. As denúncias podem ser feitas por meio do telefone 190.

Campanhas educativas são realizadas na ten-tativa de coibir essa atividade. Um exemplo é a “Não use cerol” promovida desde 1999 pela Asso-ciação dos Motoqueiros da capital.

LUCAS HORTA

Ser responsável por uma criança dá bastante tra-balho aos pais, avós etc. Mas esse trabalho não se res-tringe apenas à alimentação, estudo e higiene. Outro ponto fundamental são os cuidados para que elas não sofram acidentes dentro do lar e, com isso, evitar uma tragédia que pode causar danos irreversíveis.

Os utensílios domésticos podem virar verda-deiras armas. Objetos pequenos que podem ser engolidos, remédios, produtos químicos e tóxicos são exemplos disso. Deixar as crianças longe do fogão também evita o risco delas se queimarem, seja com a própria chama ou com água quente. Detalhes que exigem atenção máxima dos pais.

Segundo a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG), o número de acidentes domésticos envolvendo queimadura entre crianças de 0 a 12 anos em 2008 foi de 563. Já os casos envol-vendo intoxicação, no mesmo período, foram de 928; de ingestão de objetos estranhos — peças de brinquedos, parafusos, moedas foram de 2.554.

O pediatra Amaury de Castro recomenda os primeiros socorros específicos para cada tipo de acidente. “Em caso de queimaduras, compressas de pano úmido deverão ser colocadas imediata-mente no local atingido, já no caso de intoxicação ou ingestão de objetos estranhos o paciente deverá forçar o vomito”, aconselha.

Ele completa: “Na ocorrência de queda, o cor-reto a se fazer é imobilizar o acidentado e chamar socorro médico imediatamente’’. O médico tam-bém diz que o melhor a se fazer é a prevenção, para que esses acidentes não ocorram. “A vigília dos pais ou responsáveis é fundamental para manter as crianças a salvo desses perigos e evitar transtornos maiores no futuro’’, ressalta.

Perigo

Acidentes Domésticos

Uma linha entre a vida e a morte

Médico alerta sobre acidentes no lar

DAYSE AGUIAR

DAYS

E AGU

IAR

Vigilância dos pais pode evitar acidentes

A mistura de vidro moído e cola usada nas linhas se torna uma arma mortal – principalmente para motoqueiros

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Em construção da cidadania

Sociedade Educativa e Cultural Lima Barreto

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FOTOS DAYSE AGUIAR

CARLA OLIVEIRA

Há três anos nascia o jornal Páginas Abertas. Tudo começou porque havia grande necessi-dade de levar informação às pessoas sobre even-tos culturais que aconteciam na Região Noro-este de Belo Horizonte, local de circulação do veículo, e também sobre notícias do Pré-Vestibu-lar Lima Barreto, mantenedor do Jornal.

Naquela época, a direção do Pré-Vestibular procurou a Newton Paiva para estabelecer uma parceria. A combinação de esforços produziu um veículo altamente prestigiado pelos morado-res da Região, pelo caráter informativo, e que serve de voz a todos do local.

O Jornal consegue levar informação e cul-tura às pessoas de forma simples e com quali-dade. “A partir do momento em que o Páginas Abertas começou a ser divulgado, nós pudemos observar mudanças de comportamento”, afir-mou Éderson Batista Balbino, diretor do Jornal. Segundo ele, a aceitação foi tanta que muitos moradores exigem as novas edições.

Como mediador cultural, o veículo não anun-cia somente uma agenda, ele também denuncia problemas da Região que as autoridades não per-

cebem. Éderson conta que havia um aterro sani-tário em condições deploráveis atrás do Pré-Ves-tibular, e que após a reportagem do Jornal, a pre-feitura começou a fazer a limpeza do terreno.

Após três anos em circulação, o Páginas Abertas deverá crescer. Éderson afirma que a ampliação da distribuição do Jornal é um dos planos para o crescimento e a visibilidade do veículo. Ele garante ainda que a participação dos leitores será de grande importância nesse projeto. “Descobrimos qual a finalidade de levar cultura para as pessoas. Quando nós descobrir-mos a forma do leitor participar do jornal, ele terá outra cara”, disse convicto.

PERSISTÊNCIAResponsável pela distribuição do Jornal pela

Região, Orlando Barnabé de Souza sabe do potencial e do valor de sua entrega. “Eu levo um e volto no lugar novamente”, conta. Sempre sor-ridente e bem-humorado ‘Seu Barnabé’, como é conhecido, não poupa elogios ao Jornal, e aposta na competência de toda equipe de produção. “Ele é um Jornal cultural e instrutivo, e nenhum outro tem o que nós temos, que é a nossa humil-dade e capacidade de trabalhar”, ressalta.

Aniversário

Páginas Abertas, três anos de perseverança

“O Jornal é uma forma

de colocar as pessoas

em sintonia com o que

acontece aqui.Ӄderson Batista Balbino

“O Páginas tem o poder de conscientizar as pessoas. Se nós trabalharmos juntos, nós vamos crescer.”Orlando Barnabé de Souza

AGUIAR

3anos de muitainformação