Jornal Peregrino

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JORNAL DA ASSOCIAÇÃO PACHAMAMA – ANO IV / NÚMERO 11 / MAIO a AGOSTO 2010 P achamama é uma velha gorda bondosa! Velha como a vida, pois são o mesmo, essa existência provando e aprendendo de si mesma... e ela somos nós... Ela vive em nós, em cada respiração, em cada célula nutrida de pra- na (energia sutil contida no ar) ou em cada articula- ção endurecida pelas resistências e pelo tempo não usado com sabedoria, seja para praticar exercícios físicos, seja para aprofundar no mistério de ser hu- mano, como indica o artigo da página 4. Gorda, escandalosamente gorda... abundante! Em constante reinventar-se, recriar-se, gerando vida, dando de comer a uns enquanto encerra os ciclos vi- tais de outros e assim, sem medo de transformar-se, faz-se amanheceres, entardeceres, noites quentes ou longas, com a sempre renovada promessa de auroras innitas. Por suas sendas, podemos esco- lher andar conscientes, acordados mesmo ao fazer a feira (dicas na página 7), desfrutando dos sabores, das cores, das polaridades que dão o tom, o colorido, conforme o testemunho da página 6, enquanto lapi- damos o ser interno, aprendendo dos desaos conti- dos em cada relação, contrato, desao de liderança (entrevista da página 3). Bondosa, como a mãezinha mais querida, a melhor de nossas avozinhas. Tão bondosa que parece precisar de nós para dar um jeito na bagun- ça que nós seres humanos estamos deixando nos rios, mares, morros e baixadas. Façamos a nossa parte, cuidemos de tudo o que somos (ver matéria da página 5), sendo o mais puro ar ao respirar e co- municar, cuidando de cada palavra e ato, para que seja reexo de nossa parte mais sábia e amorosa; sendo a mais cristalina água em nossas relações e emoções; sendo o chão mais formoso e acolhe- dor aos nossos irmãos e cuidando do fogo que nos anima de dentro para fora, sendo a chispa divina neste agora. Todos podemos ser uma luzinha neste mundo. Ela se acende desde dentro. Procuremos ser o melhor presente para nós mesmos e para os outros... e a paz e a alegria da Divina Mãe poderá habitar entre nós! Prática dos 21 DIAS - O mestre Lucidor Flores aborda a comunhão com a Grande Mãe - Página 5 O melhor presente EDITORIAL VIOLETA MOLINA/GERMANA DE OLIVEIRA MORAES Peregrino_Agosto_2010.indd 1 Peregrino_Agosto_2010.indd 1 24/7/2010 13:15:27 24/7/2010 13:15:27

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edição de Agosto 2010

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JORNAL DA ASSOCIAÇÃO PACHAMAMA – ANO IV / NÚMERO 11 / MAIO a AGOSTO 2010

Pachamama é uma velha gorda bondosa! Velha como a vida, pois são o mesmo, essa existência provando e aprendendo de si mesma... e ela somos nós... Ela vive em nós,

em cada respiração, em cada célula nutrida de pra-na (energia sutil contida no ar) ou em cada articula-ção endurecida pelas resistências e pelo tempo não usado com sabedoria, seja para praticar exercícios físicos, seja para aprofundar no mistério de ser hu-mano, como indica o artigo da página 4.

Gorda, escandalosamente gorda... abundante! Em constante reinventar-se, recriar-se, gerando vida, dando de comer a uns enquanto encerra os ciclos vi-tais de outros e assim, sem medo de transformar-se,

faz-se amanheceres, entardeceres, noites quentes ou longas, com a sempre renovada promessa de auroras infi nitas. Por suas sendas, podemos esco-lher andar conscientes, acordados mesmo ao fazer a feira (dicas na página 7), desfrutando dos sabores, das cores, das polaridades que dão o tom, o colorido, conforme o testemunho da página 6, enquanto lapi-damos o ser interno, aprendendo dos desafi os conti-dos em cada relação, contrato, desafi o de liderança (entrevista da página 3).

Bondosa, como a mãezinha mais querida, a melhor de nossas avozinhas. Tão bondosa que parece precisar de nós para dar um jeito na bagun-ça que nós seres humanos estamos deixando nos

rios, mares, morros e baixadas. Façamos a nossa parte, cuidemos de tudo o que somos (ver matéria da página 5), sendo o mais puro ar ao respirar e co-municar, cuidando de cada palavra e ato, para que seja refl exo de nossa parte mais sábia e amorosa; sendo a mais cristalina água em nossas relações e emoções; sendo o chão mais formoso e acolhe-dor aos nossos irmãos e cuidando do fogo que nos anima de dentro para fora, sendo a chispa divina neste agora. Todos podemos ser uma luzinha neste mundo. Ela se acende desde dentro. Procuremos ser o melhor presente para nós mesmos e para os outros... e a paz e a alegria da Divina Mãe poderá habitar entre nós!

Prática dos 21 DIAS - O mestre Lucidor Flores aborda a comunhão com a Grande Mãe - Página 5

O melhor presenteEDITORIAL

VIOLETA MOLINA/GERMANA DE OLIVEIRA MORAES

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Associação Pachamama

a serviço da [email protected]

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AGEN

DA ACONTECEUAtividades daMística Andina

PERSONALIDADE ESPIRITUAL

ISOLDA MOLINA (MARISSOL IGLESIAS BASTOS)

2 - Peregrino - Maio/Junho/Julho/Agosto 2010

Uma iniciação, um novo nomePOR SOFIA IRIARTE CAROLINE DA SILVA

Na senda sagrada Mística Andina, os integrantes se conhecem en-tre si por nomes espirituais, que são dados pelo mestre Lucidor Flores (Gerardo Bastos) e também pelas “mamas” do movimento. A guia e mama jovem Diana Shakti Ma Dédalos (Gabriela Frantz) explica que o nome é dado como uma inspiração, “sentindo o pedido da alma”.

A jovem, que já ministrou cursos sobre personalidade espiritual, afi rma que o nome é um mantra (a ser repetido para ancorar a energia) “que nos chega em um ponto da nossa caminhada espiritual para que se possa equilibrar e harmonizar nosso nome cármico, dado pelos nossos pais, que já está carregado de muitas memórias e emoções que durante toda uma vida alimentamos em meio ao caos”.

Segundo Diana, o nome espiritual é um novo alento, para fl orescer na liberdade e no amor, guiados somente pela consciência e não mais pelos padrões e condicionamentos de uma educação imposta. “Todas as caminhadas iniciáticas trabalham com a troca de nomes, pois ali há a chance de começar de novo, de renascer.” No entanto, a guia responde que se alguém preferir ser chamado pelo seu nome antigo, a escolha é sua, mas é interessante experimentar reforçar a parte luminosa que cada um carrega consigo e dar asas aos sonhos de amor e liberdade.

ENCONTROS ANUAIS:

Setembro/2010 – Encontro de Encer-ramento da Prática dos 21 Dias em Pelotas/RS

Outubro/2010 – Encontro Katmandu de 9 a 12 de outubro em San Marcos Sierras, Argentina

Outubro/novembro/2010 – Viagem iniciática à Índia

MEDITAÇÕES ABERTAS DA MEDITAÇÕES ABERTAS DA MÍSTICA ANDINA... SINTA‐SE MÍSTICA ANDINA... SINTA‐SE CONVIDADO!CONVIDADO!

Brasília (DF), segundas-feiras, às 20h: (61) 8150-9992 com Luz Clarita.

Fortaleza (CE), quintas-feiras, às 19h: (85) 9981-2789 com Arthur ou (85) 8879-5600 com Jazmin.

Curitiba (PR), sábados, às 17h30min: (41) 3049-3660 com Soraya ou (41) 9971-4281 com Rubia.

Florianópolis (SC), sextas-feiras, às 20h: (48) 3223-5747 e 9909-8707 com Ifi gênia.

São Paulo (SP), sábados, às 10h: (11) 8947-8684 com Alice.

Arroio Grande (RS), sábados, às 16h30min: (53) 9122-2993 com Luzclarita ou (53) 8429-0553 com Kahuna.

Guaíba (RS), quartas-feiras, às 20h: (51) 9653-5530 com Sirlei ou (51) 9824-3096 com Durga.

Jaguarão (RS), sábados, às 14h: (53) 9103-9091 com Ifi gênia ou (53) 9993-9453 com Irineo.

Porto Alegre (RS), segundas-feiras, às 20h: (51) 3341-7940 e 9808-2471 com Zulema. Terças-feiras, às 20h15hmin: (51) 9995-2107 com Sarita. Sábados, às 12h30min: (51) 9957-8677 com Alethéia ou (51) 9672-7723 com Aaron.

Pelotas (RS), segundas-feiras, às 17h e às 21h: (53) 9981-5940 com Artemisa. Quartas-feiras, às 20h: (53) 9981-6529 com Caridad ou (53) 9982-3011 com Susana.

Rio Grande (RS), terças-feiras, às 20h: (53) 8407-7833 com Osíris e (53) 9981-5940 com Artemisa.

Santa Maria (RS), terças e sextas-feiras, às 20h: (55) 8134-4015 com José.

São Lourenço do Sul (RS), terças-feiras, às 19h30min: (53) 9125-4471 com Cristal e (53) 9103-3514 com Diana Ma. Sextas-feiras, às 20h: (53) 9104-6553 com Ametista ou (53) 9121-7366 com Magdalena.

POR ARADIA IRIARTEANA RITA BRETANHA SOUZA

Em Pelotas (RS), em maio, a nomeação e posse dos conselheiros representantes da nossa Associação Pachamama no Conselho Municipal de Proteção Ambiental (Compam) – órgão máximo da política ambiental dessa cidade. Assumiu como titular Leila Cheuiche (discípula Úrsula Obelar).

Em São Lourenço (RS), no

mês de junho, a assinatura do Termo de Cooperação e Adoção da Praça de São Lourenço, fi rmado com o prefeito da cidade, a Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente e a Associação Pachamama.

Em Porto Alegre (RS),

no primeiro semestre, a implementação do Projeto da Biblioteca Dionisio Obelar, cujos responsáveis são: Vânia Bernardi (Zulema Obelar) e Marina Lorenza Kiener (Ayka Cruz). A sede funciona em POA, com criação futura de “bibliotecas fi liais” nas cidades onde se desenvolvem as atividades da Associação Pachamama. Em julho, ocorreram diversas iniciativas: Ação de conscientização, na Praça da Alfândega, liderada por Irina Iriarte em protesto à derrubada das árvores; Chega-e-Dá-lhe, que uniu os associados numa ação de serviço devocional aos mais necessitados, oferecendo café e sanduíches a moradores de rua em uma noite de inverno; início do Projeto da Horta Comunitária; edições do Brechó na residência de Zulema Obelar, uma maneira especial de despertar para a importância de se consumir com mais consciência e ainda ajudar na arrecadação de verbas para os projetos sociais da nossa associação.

Em Florianópolis (SC),

também no primeiro semestre, a implementação do Projeto Florescendo Valores junto aos meninos da Casa Lar Emaús, sob a coordenação de Jazmin Obelar (Carolina Aly Rafaeli). Contação de histórias, distribuição e plantio de mudas, passeios recreativos e de educação ambiental, criação de composteira e de uma horta no espaço são algumas das atividades em andamento.

Associação Pachamama adota praça de São Lourenço

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POR SOFIA IRIARTECAROLINE DA SILVA

O polivalente Dom Arthur Molina, discípulo da Mística Andina de Fortale-za, é naquela cidade o geólogo Edmar Villar de Queiroz Ximenes de Farias. Com mestrado em Geologia Ambien-tal, ele tem seu próprio escritório, que presta consultoria em mineração e meio ambiente. Na página 4 do Peregrino, o leitor encontra as áreas de atuação da SETEG, no anúncio que o kuraca urso mantém fi xo a cada edição deste jornal, seja quando for que a edição sairá.

Ele nasceu na capital cearense, mas foi criado no interior do Estado, em uma fazenda de onde saiu aos 10 anos levado para estudar em Fortaleza. Dom Arthur conta que sempre procurou conduzir sua vida fazendo o que gosta e o que lhe dá prazer. Por isso, fez do trabalho um ho-bby, porque tudo que faz, diz o kuraca, lhe dá prazer. São os casos de ir para a fazenda se deliciar com as belezas que a natureza oferece, caminhar no campo, cuidar dos animais e “brincar” de tocar violão. Ele conclui: “Uma praia também me faz muito bem e agora estou me pre-parando para um novo hobby, ser vovô!”. A entrevista a seguir traz aspirações, re-fl exões e aprendizados deste também Compadre do Clã Molina para além de seu grande entusiasmo e das tão carac-terísticas brincadeiras.

Peregrino - Como foi tua entrada

na Mística?Kuraca - Fui convidado por uma

ex-companheira e depois de resistir um certo tempo, porque tinha uma descon-fi ança dos movimentos místicos, acabei cedendo. Daí fui a uma palestra com o mestre aqui em Fortaleza, na abertura dos 21 dias de setembro de 2006 e, no primeiro abraço, senti um carinho e uma sensação que não tem descrição. Ali foi amor à primeira vista, meu coração se entregou e o desejo de me comprome-ter por inteiro foi imediato.

P - Desde quando és o kuraca urso?K - Fui convidado pelo mestre em

2008, sendo iniciado em dezembro no encontro de fi m de ano em Florianópolis.

P - Como recebeste a “nomeação”

de kuraca urso? Quais foram as emo-ções mais signifi cativas?

K - Com muita emoção e alegria.

Na realidade, não esperava o convite do mestre e me chegou como uma gran-de surpresa. Naquele momento, me passou muita coisa pela cabeça, toda a minha história espiritual e simplesmen-te confi ei no mestre e me deixei levar, acreditando que, se ele me confi ou essa missão, deveria abraçá-la e me entregar a este aprendizado.

P - Quais as atribuições de um kuraca? Em quéchua, signifi ca chefe tribal. Na civilização inca, era o líder do ayllu, ao qual cabia uma série de deci-sões importantes. Em algum momen-to, representou um peso para ti?

K - A função do kuraca está conecta-da com a representação do poder solar, tendo uma vertente social, uma vez que cabe a ele cuidar da ordem dentro do ayllu, com o objetivo de construirmos uma fraternidade compassiva. Gosto de desafi os e eles se tornam muito leves quando partem de alguém em quem confi amos sem questionamentos. Se mestre Lucidor me confi ou esta atribui-ção, cabia a mim acatar e estar aberto à aprendizagem, pois, na realidade, o convite era para que eu fosse treinado a atuar como kuraca e esse treinamento ainda hoje persiste e se torna necessário a cada dia. Trabalhar no plano de Deus é um eterno aprendizado e uma grande honra, nunca podemos nos sentir pron-

tos. Este sentimento de estar pronto nos conduz à situação de comodismo e à so-berba, nos desviando do caminho de luz que a senda Mística Andina nos propõe.

P - O posto de Kuraca implicou em comprometimentos com o movimen-to que antes não tinha? O que mudou?

K - Olha, na primeira noite eu não diria que me tirou o sono, mas fui deitar com o coração Molina em chamas, sentia um pulsar forte e vi que a partir dali deve-ria ter sim um maior comprometimento ainda, uma vez que se iniciava mais uma etapa de aprendizado. Desde minha ini-ciação de aspirante, me senti totalmente comprometido com nossa senda. Nada foi um rompante de emoção momentâ-nea, mas uma entrega. Desde o convite, foi levá-lo ao coração e sentir o que ele signifi cava.

P - Quais são os momentos da vida que o Dom Arthur mais valoriza? O que fi ca de relevante da vida de um homem?

K - Certamente, os momentos em família. Você viver a paz que teu lar lhe dá não tem preço e o que mais marca a vida de um homem é ele olhar para trás ou ver um fi lme de sua vida e não se en-vergonhar de nada que fez. O que fi ca da vida de um homem são os rastros de luz que deixa na vida, os amigos que faz.

P - Como seria a vida ideal do kura-ca? Em que lugar, com quem, fazendo o que, em que situação?

K - A vida ideal de um homem é a que ele construiu com honestidade e dignidade. Hoje estou reconstruindo mi-nha vida pessoal ao lado da Alondra Mo-lina seguindo os aprendizados da senda e vejo que refazer uma família, meu lar, e poder viver nele com dignidade e amor, acreditando que o melhor está por vir, é a situação ideal.

P - O que dizer para quem se sente simpatizado pela Mística, mas pensa que sua profi ssão, família ou cidade não lhe permite participar?

K - Aprendi uma grande lição com mestre Lucidor e isso tem feito a diferen-ça na minha vida: não trabalho para ter dinheiro e construir uma vida sólida para poder ter tempo para a espiritualidade. Hoje vivo a espiritualidade para ter cons-ciência do que fazer com o trabalho para que possa ter uma vida digna e dedicada a Deus. Sou pura gratidão à Pachamama e aos anjos que me cuidam por ter coloca-do essa senda na minha vida. Se coloca-ram nas suas vidas também, não percam esta oportunidade, se entreguem com disciplina e devoção. Não deixem que as pegadinhas da mente, tal qual cascas de banana para um andarilho desatento, te excluam deste caminho de luz.

PERF

IL Dom Arthur Molina: urso criado no calor cearense

Peregrino - Maio/Junho/Julho/Agosto 2010 - 3

Kuraca Arthur Molina entre os discípulos

Osíris e Afrodite ObelarDURGA CRUZ/MARILANE CURTINAZ

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VIDA SAUDÁVEL4 - Peregrino - Maio/Junho/Julho/Agosto

POR AFRODITE MENDIZABAL RENATA BERNARDI

Todos os seres que estão em um caminho espiritual já tomaram consci-ência, de alguma maneira, de que não somos feitos apenas de matéria, somos um conjunto de emoções, pensamen-tos e de energia. Para que estejamos bem e possamos evoluir como seres de luz, temos que buscar um equilíbrio entre corpo, mente e espírito.

Na Mística Andina aprendemos a meditar, aprendemos diversas téc-nicas para equilibrar nossa energia, sempre buscando que nosso ser evo-lua como um todo.

Você sabia que sua postura in-fl uencia no fl uxo de energia no seu cor-po? Pois é, a coluna vertebral é o eixo do nosso corpo e ali estão localizados os nossos principais chacras. Pela co-luna fl ui a nossa energia vital (também chamada de kundalini), portanto ter uma boa postura, manter nossa colu-na com um bom alinhamento permite um melhor fl uxo dessa energia.

Melhorar a nossa postura também é importante na hora de meditar, de fazer nossas práticas energéticas, pois se não temos uma boa fl exibilidade e força muscular, não conseguimos manter nossa coluna alinhada e nosso corpo confortável durante a medita-ção. Então, começamos a cansar, a sentir dores e isso nos faz perder a con-centração. Quanto mais confortáveis estivermos, melhor o fl uxo de energia, o que nos permite aprofundar muito mais na meditação. Portanto, cuidar do nosso corpo físico, que é nossa fer-

ramenta para interagir com os outros seres e estarmos desfrutando desta vida é tão importante como cuidar da alma. Nosso corpo nos permite sermos peregrinos, ir para muitos lu-gares, conhecer inúmeras “paisagens humanas”, espalhar sementes de luz e amor. Temos que cuidar do nosso cor-po para que ele esteja saudável.

É recomendável fazer uma ativi-dade física, alongamentos, caminha-das, respirar com tranquilidade absor-vendo prana (energia sutil contida no ar e absorvida por meio da respiração) e também adquirir bons hábitos pos-turais no nosso dia a dia. São coisas simples que fazem diferença. Sendo assim, aqui vão algumas dicas:

• Fazer alongamentos diariamente.• Quando deitado, virar o corpo de

lado e levantar com o auxílio dos braços para não fazer força na co-luna.

• Ao se abaixar, fl exionar os joelhos e não a coluna.

• Quando sentar, procurar apoiar toda a coluna. Se precisar, use uma almo-fada.

• No computador, procurar apoiar os braços para relaxamento dos om-bros e posicionar o monitor logo abaixo da linha dos olhos.

• Para meditar, colocar uma almofada abaixo da pelve para melhorar o ali-nhamento da coluna.

• Se possível, antes de meditar, fazer alguns alongamentos, pois deixa o corpo mais confortável e melhora a concentração. Pode ser ioga, passo do puma, tai chi, etc.

A postura corporal e o fl uxo de energia

Somos seres de luz, que é expres-sa também por nosso corpo. Então, sejamos diligentes, pois nosso corpo é um presente divino, que se não for cui-dado com carinho, deixa de estar sau-dável. Como diz nosso querido mestre Lucidor Flores, “estou consciente de estar consciente”. Cuidemos com ca-rinho do nosso corpo e da nossa alma para que possamos cumprir com nos-so propósito de guerreiros da luz.

Afrodite Mendizabal é o nome espiritual de Renata Rangel

Bernardi, discípula da Mística Andina e comadre do Clã

Mendizabal. É fisioterapeuta em Porto Alegre (RS). Especialista em RPG e fisioterapia estética

e pós-operatória. Contato: (51) 9999- 8940 e email:

[email protected].

FABIAN NICK, WWW.SXC.HU

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Peregrino - Maio/Junho/Julho/Agosto 2010 - 5

POR LUCIDOR FLORES

Passaram-se muitas gerações até que novamente voltássemos ao centro de nossa vida, à terra, seu cuidado, aos valores relativos ao sentir a vida e cui-dar dos seres vivos. Um novo dia está chegando, a esperança toma conta dos corações e as montanhas, os rios e as aves estão sendo considerados irmãos e irmãs. Sem fronteiras, a vida está tornando-se novamente vida na men-te humana, que, por muitas gerações, fi losofou demasiado alto, buscando ser deus ou alcançar os deuses do céu, os deuses da mente. Mas agora chegou o tempo de Wirakocha (Senhor do Mundo), em que novamente o homem reconhece humildemente que é um irmão deste jardim primitivo e harmo-nioso que é Pachamama – a mãe-terra; um ser humano – que beleza, irmão, irmã! Em humilde companhia de ou-tros homens e mulheres, todos juntos em irmandade, sem fronteiras, unidos a animais, a rios, ventos, morros, fl o-res, todos recebemos a carícia amoro-sa e energética de Inti, o sol, e da fértil vida de Pachamama, com amor, com devoção.

Dança o coração como um pas-sarinho pequeninho. Ao começar a escrever estes 21 dias, o sangue ri com amor, substituindo a nostalgia do paraíso perdido. Agora, amados, encontramos o paraíso, está aqui, em Pachamama, se baixas à mãe terra, ao irmão vento, ao avô fogo, e à sagrada aguinha! Cantemos, dancemos, pois os tempos de Pachamama e Wiraco-cha estão chegando, agora!

Somos homens de esperança, os devotos da Grande Mãe, somos homens pacífi cos, somos mulheres de viva inteligência nestes tempos, somos a música de Pachamama. As-sim, vamos alcançando a paz, assim, vamos sendo o perfume de Pacha-mama, levando consciência humilde e servidora a todos os seres.

Abre tua mente à ternura viva da Mãe Divina, entrega teu coração aba-tido e febril a receber o colo da amada Pachamama! Queridos, sintam, per-cebam sem conceitos prévios, somos parte de um todo cósmico, cuja fonte é o feminino. Saímos do ventre de nos-sa mãe física, mas viemos da fonte es-piritual da grande silenciosa cósmica, dessa Cósmica Mãe, que nos dá vida, consciência e amor. Recebe esse con-

HU

PRÁTICA ESPIRITUAL DOS 21 DIAS

Comunhão silenciosa:Vivendo no colo de Pachamama

vite, sente os sons andinos chegando a Pachamama, e aceita, dize sim! Va-mos, em uma aventura de 21 dias, até o coração da Grande Mãe, a curar nos-so excesso de yang (energia masculina do ser humano presente em homens e mulheres) orgulhoso, a limpar toda dor de nosso coração pela ignorância da separatividade.

Nestes 21 dias, aprofundaremos, em nosso sentir amoroso, à Grande Mãe. Dela saímos e nosso ser está louco de nostalgia. No entanto, não esperes que um homem ou uma mu-lher te complete; espera, sim, que te abrir ao romance com a vida una seja a chave de abertura da porta íntima

para nascer novamente no colo de Pachamama, da Grande Mãe Divina, Nossa Senhora que nos dá agora este alento, esta consciência grata do alen-to, este ritmo que surge das entranhas do coração.

Isto não é um email, um folder, isto é um convite a dançar com os duendes compassivos da água, da ter-ra, do fogo, do vento e dos papachos e mamachas (papais e mamães andinos) ameríndias que solidariamente nos ajudam na senda da devoção à Mãe Divina! Como? Não acreditas que tu podes? Aceita tua herança divina: és, somos fi lhos da Mãe Divina e do Pai Sol, feitos por pequenos raios de Luz e fi bras ternas de Pachamamita. Não achas que já é tempo de arrumar o que está ferido, de apagar tua solidão, de terminar com essa ansiedade que não te levará a nada?!

Há um intenso perfume de rosas, jasmins, de liberdade, cerimônias medicinais andinas chegando agora a este que escreve. Os dedinhos dan-çam sobre o teclado, mas o coração está unido à totalidade feminina da

vida, Pachamama, Nossa Senhora Amada, Maria, Gaia, Luz da Vida... Obrigado, obrigado, por chegar a este teu povo, obrigado, dizem os ventos, os arroios, as montanhas, os índios, as onças, os cachorrinhos, os gatinhos, porque tudo é teu, amada mãe, e so-mos gratos por teu cuidado!

Faço este convite a vocês, em nome da mais amada, mais doce MÃE, MAMÃE... Saiam da Babilônia, e venham ao caminho, à senda que nos leva ao coração de Pachamama!

Lucidor Flores é o nome espiritual de Gerardo Bastos, Mestre e Guia do Movimento da Mística Andina. Autor da Prática Espiritual dos 21

dias em sua 15ª Edição. A Prática é realizada por cada pessoa em sua

casa, com o apoio de uma apostila e um CD de cantos devocionais,

em diversas cidades do Brasil, da França, Índia, Peru, Portugal,

Argentina e Espanha. É autor também do livro Andanças de um

Puma Desperto.

Pago: oferenda a Pachamama, Peru, 2010

ISOLDA MOLINA/MARISSOL IGLESIAS BASTOS

Participe conosco desta aventura sagrada de primeiro a 21 de setembro. Informações e inscrições:[email protected]

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PELAS SENDAS DE PACHAMAMAVIOLETA MOLINA/GERMANA DE OLIVEIRA MORAES

6 - Peregrino - Maio/Junho/Julho/Agosto

POR VIOLETA MOLINAGERMANA DE OLIVEIRA MORAES

Dentre as belas lembranças de Seul, da Coreia sulina, lá naquelas bandas orientais de nossa querida Pachama-ma (mãe-terra), onde é noite, quando aqui entre nós brilha o sol, guardo, no coração, a gentileza e a onipresença de Kwan Yin, a deusa da compaixão.

Ao lá aportar, estranha-se aquela distante cidade, horizontal e vertical-mente ampla, onde se alinham no hori-zonte, a perder de vista, prédios e mais prédios cinzas de concreto, arranhando os céus com suas letras indecifráveis para nós do Ocidente. E entre eles, insi-nuam-se largas avenidas onde desfi lam disputando status pelas cores, carros e mais carros, modernos e velozes, milha-res, milhões de carros, sem que se ouça o barulho de uma buzina sequer.

Seja qual for a interação humana, de um simples “bom dia”, ao complexo trânsito de veículos, respira-se no ar sul-coreano a gentileza. Gentileza, que se percebe no silêncio dos carros, gentileza que embevece nos sorrisos afáveis, que se sente na solicitude do cuidado com o outro e que encanta com o gesto reve-rencial de leve inclinação do corpo du-rante o cumprimento.

Lembro também que no meio da-quele deserto cinzento de concreto, de vez em quando despontam oásis: multi-

coloridos templos budistas, anunciados ao longe por suas belíssimas lanternas de lótus, de cores vibrantes, penduradas nos fi os entre os postes, balançando ao vento como se estivessem Paralda (rei do elemento ar) a saudar.

E de lá, trago no braço do coração, com carinho, a lembrança de um casal de vendedores budistas, que me pre-senteou feliz e gentilmente com uma pulseirinha, ao ouvir-me entoar o man-tra universal OM MANE PADME HUM – na tentativa que fi z de ultrapassar a barreira da diferença de nossas línguas, para que pudessem eles confi rmarem que aquela linda imagem à minha frente era mesmo a de Kwan Yin.

Kwan Yin, em imagem e em gen-tileza, que reencontrei, num daqueles suntuosos e bonitos templos de Seul, em majestosa estátua, à beira de uma fonte, tão serena, como se estivesse a irradiar amor e a acolher e a amparar compassivamente quem dela se apro-ximasse com oferendas banhando-a em águas, águas puras e sagradas (que ela gentilmente a todos devolve em graças a gotejar).

Que as águas puras e sagradas de Kwan Yin borbulhem sempre em nossos corações, para que eles possam onde quer que estejam e por onde passem, banhar, irrigar e abençoar os mundos – do Oriente ao Ocidente, com as graças amorosas da gentileza.

Pachamama POR AMRITA IRIARTE VERA LUCIA STRADA

As água de Kwan Yin e a gentileza em Seul

DICA DE FILME

O documentário Pachamama – expressão que, na tradição andina e no antigo idioma aymara, signifi -ca mãe-terra – é fruto da viagem de Eryk Rocha (fi lho de Glauber) por 14 mil km, a partir da Amazônia à cultu-ra quéchua. O fi lme foi-se fazendo no caminho, no próprio processo da via-gem, assim como a vida – avisa o cine-asta – e retrata uma odisseia de 30 dias pela realidade andina. Que continente é este, pergunta o diretor, empunhan-do a própria câmera. A paisagem pas-sando rápido, o barulho da chuva e do limpador de para-brisa, transmissões de rádio e TV, música e discursos in-fl amados de políticos e da população das ruas (onde o cineasta circula para colher testemunhos, desabafos, ou apenas para documentar a expressão facial das pessoas comuns. E que ex-pressão!).

Num mergulho para dentro do coração de um continente, a câmera interessa-se pelo humano e pelo po-lítico. “Se la queres, defendela”, diz a bandeira no meio da multidão mobili-

zada em Santa Cruz de la Sierra, pro-víncia de tendência separatista. O que vai se revelando no decorrer do fi lme é um continente em ebulição, emba-lado pela cultura milenar andina, a política feita desde a terra, desde uma experiência ancestral, como explica o diretor no site www.pachamamao-fi lme.com.br/depoisViagem: “Isto me marcou muito: entender como a terra está fertilizando a política. Os homens que reivindicam a terra e as suas riquezas. Mas não reivindicam porque ela lhes “pertence” e sim por-que, antes, eles é que “pertencem” à terra. Isso é um fenômeno novo, ori-ginal. E também pode ser um grande estímulo para pensar o Brasil, acho muito importante que busquemos nossas matrizes, nossas fontes.”.

Filmado em janeiro e fevereiro de 2007 no Brasil (Porto Velho, Abunã, Rio Branco e Assis Brasil), Peru (Iña-pari, Puerto Maldonado, Mazuko, Cactcca, Ocongate e Cuzco) e Bolívia (El Alto, La Paz, Potosí e Santa Cruz de la Sierra), é imperdível.

Estátua de Kwan Yin: gentileza e compaixão

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POR RADHA DÉDALOSMARIA CRISTINA MARQUES

Em diversos meios de comunica-ção, temos visto o alarde da utilização de agrotóxicos no Brasil. É o País cam-peão no uso desses produtos químicos. Apesar de haver estudos sobre a peri-culosidade de alguns deles, por pressão política, são permitidos aqui os mesmos que estão banidos no exterior.

Deixar vegetais de molho não eli-mina agrotóxicos. Agrotóxicos causam problemas neurológicos, reprodutivos, de desregulação hormonal e até câncer. Enfi m, cotidianamente, estamos sendo bombardeados por diversas informa-ções sobre problemas sócio-ambientais e fi camos sem entender porque a hu-manidade não prioriza o bem-estar da natureza e da saúde.

Para entendermos melhor o pre-sente é preciso refl etir sobre o processo histórico. Os países coloniais serviam de exploração intensa pelos países conquistadores, que levavam “descara-damente” nossas riquezas vegetais, mi-nerais e animais. Após este período, os imigrantes vieram e se depararam com imensa quantidade de terras, das quais foram retirados os moradores para fi ca-rem à disposição aos novos habitantes.

Como o mercado nacional era pe-queno, o País se desenvolveu à custa do mercado externo, que oferecia capital para os agricultores. Dependendo de vender o produto para fora, ao preço di-tado pelo mercado internacional, houve exploração desenfreada primando pela quantidade ao invés da qualidade.

Passaram-se os anos, veio a “re-volução verde” – que apesar do nome parecer ambientalista, foi um progra-ma para aumentar a produção agrícola no mundo, crescendo a utilização de agrotóxicos e de sementes industriais geneticamente modifi cadas. Seria uma maneira de explorar a natureza Brasil, assim como aconteceu na época de sua colonização? Não mais escravos, nos achamos os donos da nossa terra, do

nosso próprio nariz. Será mesmo?Atualmente, deparamo-nos com

esses dados alarmantes, mas será que o brasileiro tem orgulho disso? Será que não somos manipulados feito marione-tes na nossa maneira de agir e principal-mente de tocar a própria vida? Como estás cuidando do teu próprio corpo? Da saúde do teu fi lho? A água que bebe-mos não é tratada contra agrotóxicos. Os produtos químicos e metais pesa-dos não são retirados em seu processo de preparação para o consumo. O que estamos tomando? O que estamos co-mendo? Será que tem volta? Como faço as minhas escolhas?

Refl etindo sobre o que nos rodeia no cotidiano, surgem indagações: se não sou agricultor, não posso escolher como plantar sem a utilização de venenos? Te-mos mais poder do que imaginamos.

Nem tudo está perdido. Felizmen-

te, estamos vivendo em um período em que se expõe as atitudes que prejudicam a vida no planeta e percebemos um de-sabrochar de discussões sócio-ambien-tais e atitudes de valorização da vida. Está mais fácil encontrar os chamados produtos orgânicos, que são tecnica-mente viáveis, ecologicamente corretos e socialmente justos. O sistema agroe-cológico promove o equilíbrio do ecos-sistema, a saúde do solo e da água.

No Brasil, somente os produtos or-gânicos vendidos para o mercado inter-nacional corresponde a 4,9 mil hectares, País em oitavo lugar na produção de área orgânica. Você já foi ver se há alguma feira ecológica na sua cidade? Se você possui um pátio ou uma sacada, uma boa dica é ensinar ao seu fi lho o contato com a terra, plantando pequenas horta-liças, temperos, ervas, uma brincadeira de aprendizado, educativa e que acaba tirando a sua família das horas gastas na frente da televisão. Aproveite melhor o seu tempo, ele é único.

Na sua vida pessoal, escolher ali-mentos orgânicos valoriza a saúde da sua família. Pessoas mais saudáveis vivem e sentem-se melhor, difi cilmen-te fi cam doentes. Na vida social, ao escolher produtos orgânicos estamos

contribuindo para que milhares de famí-lias não saiam do campo e tenham seu sustento. Você sabia que os produtores orgânicos não ganham mais e nem tem subsídios e recursos fi nanceiros estatais ou privados por produzirem alimentos saudáveis? Sinta gratidão e orgulho des-sa gente. Por Pachamama, a mãe-terra, que nos dá tanto, todos os dias, a cada despertar: abundância de paisagens, seres, cheiros, arte, poesia, amigos, abraços, trabalho, lago, ar, água, lareira, fl ores, comida. Como cuidamos da nos-sa casa, da nossa mãe? O que estamos fazendo por nossos rios, nossas matas, nosso bairro? O que eu posso fazer?

Faça a sua escolha! E não a faça sim-plesmente por ser o certinho, o politica-mente correto, mas a faça por amor, por amor a cada instante, por amor a estar vivo, pois você e somente você pode es-colher o rumo das suas ações.

Radha Dédalos é o nome espiritual de Maria Cristina Treptow Marques,

discípula da senda da Mística Andina, bióloga, Mestre em

Educação Ambiental e Técnica em Assuntos Educacionais no Instituto

Federal Sul-rio-grandense.

Você já foi ver se há alguma feira ecológica em sua cidade? Se possuir um

pátio ou uma sacada, uma boa dica é ensinar ao seu fi lho o contato com a terra.

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A Uso de agrotóxicos e os produtos orgânicos

Peregrino - Maio/Junho/Julho/Agosto 2010 - 7

Abóboras cultivadas sem agrotóxicos

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EXPEDIENTE O PEREGRINO é um informativo do Movimento Mística Andina e um projeto de expansão de consciência da AssociaçãoPachamama. Circula onde o vento o levar, sem constituir sociedade, seita, nem instituição. É organizado por voluntários. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.CONSELHO EDITORIAL: Lucidor Flores (Gerardo Bastos), Isolda Molina (Marissol Iglesias Bastos), Melusina Iriarte(Rosângela Maria da Silva), Radha Dédalos (Maria Cristina Marques), Susana Sandoval (Sonia Motoyama) e Violeta Molina (Germana de Oliveira Moraes)EDITORA-CHEFE: Melusina IriarteDIRETOR DE PROJETOS DA ASSOCIAÇÃO PACHAMAMA: Israel Mendizabal (Gustavo Almeida)COLABORADORES: Afrodite Mendizabal (Renata Bernardi), Amankay Sandoval (Michele Berneira da Silva), Amrita Iriarte (Vera Lucia Strada), Aradia Iriarte (Ana Rita Bretanha Souza), Lucidor Flores, Radha Dédalos, Sofia Iriarte (Caroline da Silva), Violeta MolinaFOTOGRAFIA: Afrodite Obelar (Isabel Paap Martins), Arthur Molina (Edmar Ximenes), Durga Cruz (Marilane Curtinaz), Isolda Molina, Radha Dédalos e Violeta MolinaJORNALISTA RESPONSÁVEL: Caroline da Silva (DRT/RS: 12.752)PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Aluísio Pinheiro ([email protected])CIRCULAÇÃO: Aletheia Iriarte (Luisa Pilau)FOTOLITOS E IMPRESSÃO: Gráfica Editora Pallotti - Santa Maria/RSENDEREÇO ELETRÔNICO: [email protected]: 3.000 exemplares

PeregrininhoV Edição

8 - Peregrino - Maio/Junho/Julho/Agosto

POR AMANKAY SANDOVAL MICHELE BERNEIRA DA SILVA

Olá, pessoal! Na edição passada falamos sobre a palavrinha mágica: “GENTILEZA.” Agora queremos falar sobre uma “LUZINHA” que todos temos no peito. Uma luz dentro do meu peito!

Eu tenho algo muito especial dentro de mim. As pessoas não conseguem enxergar, mas sentem um calorzinho quando chego perto. É como se uma luzinha acendesse e brilhasse ao mesmo tempo. Isso acontece, pois é ela que causa meus sentimentos.

Quando ela está acesa, sentimentos bons saem de mim. Sou mais alegre, carinhoso e vejo tudo com os olhos do amor. Às vezes, ela pisca ou apaga e sentimentos tristes saem de mim. Parece que o dia fi ca nublado, feio e até dolorido; deixo que o medo fi que dentro do meu peito. Meus pensamentos é que orientam minha luzinha. Ela sai por todo o meu corpo fazendo com que eu queira abraçar, beijar e fazer tudo no capricho. Dá vontade de rir por qualquer coisa.

EU SOU UM PEREGRININHO MUITO FELIZ QUANDO ELA ESTÁ ACESA!

Sabes quem me ensinou sobre essa luzinha? Minha vovó! Ela era uma mulher muito sábia, amorosa e pensava muito em fazer os outros felizes.

Fazia pão, doces, comida e até roupas para as crianças pobres. E quando as entregava, sua luzinha brilhava através dos seus olhos. Hoje ela não está mais aqui, mas nunca deixo de lembrar nas coisas que ela me ensinou.

E quando divido um lanche, digo obrigada ou com licença, brinco, faço carinho no meu cachorro, molho as plantinhas, junto o lixo do chão, como uma comida gostosa, sei que a minha luzinha está brilhante. Peregrininho, agora já sabes que temos uma luzinha no peito. Que tal contar para teus pais e assim todos manterem a luzinha brilhando no peito?

Assim, vamos espalhar muito amor onde estivermos e, o mais importante, para todos. Mais uma vez te pedimos que repitas várias vezes ao dia a seguinte frase: “EU SOU UM PEREGRININHO

Amankay Sandoval é o nome espiritual de Michele Berneira da Silva discípula da senda

da Mística Andina e diretora administrativa da Associação Pachamama, com formação em

Pedagogia e Practitioner em PNL(Programação Neurolinguistica); atuando como professora

nas séries iniciais, bem como atendimentos á crianças com dificuldades de aprendizagem e/ou

necessidades especiais em Porto Alegre.

FELIZ E IRRADIO MUITA LUZ.” Já podes fazer isso enquanto se diverte enchendo de cor nosso amigo e descobrindo o que ele carrega bem no lugar onde sua luzinha brilha...

Um abraço e até a próxima edição!“BABA NAM KEVALAM”, que quer dizer

“Tudo é amor”.

ARTH

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ENES

ILUSTRAÇÃO PEREGRININHO: LEANDRO BIERHALS BEZERRA (HALS)

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