Jornal Poiésis 200

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Literatura, Pensamento & Arte Ano XIX- nº 200 - novembro de 2012 - Saquarema, Araruama, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis www.jornalpoiesis.com.br Página 3 Karatê de Saquarema ganha novas medalhas Defesa Civil tem novo coordenador Página 8 Filosofia Teatro Juan Arias traz novas reflexões sobre Jesus Divulgação Regina Mota A Claudia Shoes apresenta as suas novidades para a nova estação. Beleza e conforto, com pagamento facilitado em cartões de crédito e débito, para você levar para casa os mais lindos sapatos, sandálias, bolsas e acessórios. Venha conhecer os novos modelos. Você ficará muito mais linda neste verão. Promoção: leitor do Jornal Poiésis tem 10% de desconto! Rua 96, nº 2018 - esquina com R. 14 Jaconé - Saquarema - RJ ( (22) 2652-3848 - 9286 -0515 Informe Publicitário Teatro Mario Lago é reformado e divulga nova programação Lagoa de Jacarepiá recebe grande abraço Camilo Mota Regina Mota Prevenção do câncer Música Instrumental no calçadão de Bacaxá Miguel Jeovani fala em rádio como prefeito eleito de Araruama A mensagem de Jesus não é uma simples questão de fé. Mais que isso, trata-se de uma possibilidade de transforma- ção real do ser humano para uma nova espécie, que consiga subjugar seu espírito de violên- cia em favor de uma nova ética. O novo livro de Juan Arias traz uma leitura revolucionária do profeta, redimensionando-o para uma contextualização mais humana e menos mística. Página 4. Literatura Concurso de Poesia comemora centenário de Victorino Carriço Literatura O centenário do “Eu”, de Augusto dos Anjos Juliana Queiroz Regina Mota / 31-07-2012 Teatro adulto e infantil, dança e música. A progra- mação de novembro tem muita variedade, com des- taque para a peça Caixa de Phósphorus. Página 2. Estão abertas até 30 de no- vembro as inscrições para o I Concurso de Poesia Vic- torino Carriço, promovido pela Secretaria de Cultura de Cabo Frio. Página 2. O professor Atahualpa A. P. Filho apresen- ta uma abordagem sobre a vida de Augusto dos Anjos, que publicou apenas um único li- vro, “Eu”, cujo centenário é comemorado em 2012. Página 3. Banda Natus faz show no dia 22 O rock da Banda Natus está de volta ao palco do Te- atro Municipal Mario Lago em Saquarema. O grupo se apresenta no dia 22 de novembro, trazendo no repertório canções próprias e grandes sucessos de bandas como Van Hallen, Survivor, Roxette, entre outros. Página 5. Localizada no bairro de Vilatur, em Saquarema, a Lagoa de Jacarepiá é um importante ponto de referência em relação ao meio ambiente. Carac- terizada por ser a única lagoa de água doce na Região dos Lagos, sua preservação é considera- da fundamental. No final de setembro, foi promo- vido um grande abraço simbólico. Página 5. MAMAS promoveu palestras na Câmara de Saquarema Aproveitando a campanha de prevenção ao câncer de mama durante o Outubro Rosa, o Movimento Articu- lado de Mulheres e Amigas de Saquarema (MAMAS) promoveu palestras de es- clarecimento e prevenção da doença com os doutores Leonardo Ferreira e Fla- viana Reis. A iniciativa do grupo não é isolada e deve ser desenvolvida ao longo do próximo ano junto às comunidades do municí- pio. Página 8. No dia 12 de novembro você tem um encontro marcado com a boa mú- sica. O calçadão de Baca- xá vai ser palco de mais uma edição do Saquá Instrumental, que já tem confirmadas as presen- ças de Neury Nogueira, Renan Amorim, Vaneci dos Santos, Thiago Per- ninha, Lucas Moreira, entre outros. A primeira edição do evento aconte- ceu em julho e teve des- taque pela grande quali- dade das apresentações. Página 3. Eleito em 7 de outubro para ocupar o cargo de prefeito da cidade de Araruama a partir de 2013, o empresário e de- putado estadual Miguel Jeovani (PR) concedeu entrevista à Rádio Costa do Sol AM para agrade- cer e anunciar algumas propostas de seu gover- no. Na foto, com a esposa Márcia, o vice-prefeito eleito Anderson Moura e o jornalista Arlindo Ju- nior. Página 3. Camilo Mota

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Jornal Poiésis nº 200, novembro de 2012

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Literatura, Pensamento & ArteAno XIX- nº 200 - novembro de 2012 - Saquarema, Araruama, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis

www.jornalpoiesis.com.br

Página 3

Karatê de Saquaremaganha novas medalhas

Defesa Civil temnovo coordenadorPágina 8

Filosofia

Teatro

Juan Arias traz novasreflexões sobre Jesus

Div

ulga

ção

Regi

na M

ota

A Claudia Shoes apresenta as suas novidades para

a nova estação. Beleza e conforto, com pagamento

facilitado em cartões de crédito e débito, para você

levar para casa os mais lindos sapatos, sandálias,

bolsas e acessórios. Venha conhecer os novos

modelos. Você ficará muito mais linda neste

verão. Promoção: leitor do Jornal Poiésis tem 10% de

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Rua 96, nº 2018 - esquina com R. 14Jaconé - Saquarema - RJ

( (22) 2652-3848 - 9286 -0515

Informe Publicitário

Teatro Mario Lago é reformadoe divulga nova programação

Lagoa de Jacarepiárecebe grande abraço

Camilo Mota

Regina Mota

Prevenção do câncer

Música Instrumentalno calçadão de Bacaxá

Miguel Jeovani fala em rádio como prefeito

eleito de Araruama

A mensagem de Jesus não é uma simples questão de fé. Mais que isso, trata-se de uma possibilidade de transforma-ção real do ser humano para uma nova espécie, que consiga subjugar seu espírito de violên-cia em favor de uma nova ética. O novo livro de Juan Arias traz uma leitura revolucionária do profeta, redimensionando-o para uma contextualização mais humana e menos mística. Página 4.

LiteraturaConcurso de Poesia comemoracentenário de Victorino Carriço

LiteraturaO centenário do “Eu”, de Augusto dos Anjos

Juliana Queiroz

Regina Mota / 31-07-2012

Teatro adulto e infantil, dança e música. A progra-mação de novembro tem muita variedade, com des-taque para a peça Caixa de Phósphorus. Página 2.

Estão abertas até 30 de no-vembro as inscrições para o I Concurso de Poesia Vic-torino Carriço, promovido pela Secretaria de Cultura de Cabo Frio. Página 2.

O professor Atahualpa A. P. Filho apresen-ta uma abordagem sobre a vida de Augusto dos Anjos, que publicou apenas um único li-vro, “Eu”, cujo centenário é comemorado em 2012. Página 3.

Banda Natus faz show no dia 22

O rock da Banda Natus está de volta ao palco do Te-atro Municipal Mario Lago em Saquarema. O grupo se apresenta no dia 22 de novembro, trazendo no

repertório canções próprias e grandes sucessos de bandas como Van Hallen, Survivor, Roxette, entre outros. Página 5.

Localizada no bairro de Vilatur, em Saquarema, a Lagoa de Jacarepiá é um importante ponto de referência em relação ao meio ambiente. Carac-terizada por ser a única

lagoa de água doce na Região dos Lagos, sua preservação é considera-da fundamental. No final de setembro, foi promo-vido um grande abraço simbólico. Página 5.

MAMAS promoveu palestras na Câmara de Saquarema

Aproveitando a campanha de prevenção ao câncer de mama durante o Outubro Rosa, o Movimento Articu-lado de Mulheres e Amigas de Saquarema (MAMAS) promoveu palestras de es-clarecimento e prevenção

da doença com os doutores Leonardo Ferreira e Fla-viana Reis. A iniciativa do grupo não é isolada e deve ser desenvolvida ao longo do próximo ano junto às comunidades do municí-pio. Página 8.

No dia 12 de novembro você tem um encontro marcado com a boa mú-sica. O calçadão de Baca-xá vai ser palco de mais uma edição do Saquá Instrumental, que já tem confirmadas as presen-ças de Neury Nogueira,

Renan Amorim, Vaneci dos Santos, Thiago Per-ninha, Lucas Moreira, entre outros. A primeira edição do evento aconte-ceu em julho e teve des-taque pela grande quali-dade das apresentações. Página 3.

Eleito em 7 de outubro para ocupar o cargo de prefeito da cidade de Araruama a partir de 2013, o empresário e de-putado estadual Miguel Jeovani (PR) concedeu entrevista à Rádio Costa

do Sol AM para agrade-cer e anunciar algumas propostas de seu gover-no. Na foto, com a esposa Márcia, o vice-prefeito eleito Anderson Moura e o jornalista Arlindo Ju-nior. Página 3.

Camilo Mota

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CULTURA

2 nº 200 - novembro de 2012

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O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda.

Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb. Diagramação: Camilo Mota.

CAIXA POSTAL 110.912 BACAXÁ - SAQUAREMA - RJ CEP 28993-970 ( (22) 2653-3597 ( (22) 9201-3349 ( (22) 8818-6164 ( (22) 9982-4039 E-mail: [email protected] Site: www.jornalpoiesis.com.br.

Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Tribuna de Petrópolis.

Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.

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Teatro Mario Lago retoma atividades

Para comemorar a im-portância do poeta Victo-rino Carriço (1912-2003), a Secretaria de Cultura de Cabo Frio está promoven-do o I Concurso de Poesia Victorino Carriço, cujas inscrições podem ser fei-tas até 30 de novembro na na Biblioteca Muni-cipal Walter Nogueira, no centro de Cabo Frio; na Biblioteca Municipal de Tamoios; e no Centro Cultural Gigabyte, no Jar-dim Esperança, sempre das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira.

O Concurso abran-ge as categorias Infantil (de 6 a 10 anos), Juvenil (de 11 a 17 anos) e Adul-to (de 18 anos em diante) e oferece premiação, em cada categoria, para 1º, 2º e 3º colocados com valores respectivos de R$1mil, R$750 e R$500. Mais informações podem ser obtidas no blog www.cabofriominhaterraama-da.com e pelo Facebook: www.facebook.com/Poe-taVictorinoCarrico

LITERATURAConcurso de Poesia

em Cabo Frioinscreve até 30/11

Divulgação / Arquivo de família

Totalmente reforma-do o Teatro Municipal Mario Lago, em Saqua-rema, volta a ter progra-mação regular a partir deste mês. Com novas poltronas, piso e pintu-ra, além da ampliação do camarim e reforma dos banheiros com ins-talações para deficien-tes físicos, o espaço ganhou mais dezessete lugares, somando agora 186 assentos.

A programação é bem variada e o destaque é a peça Caixa de Phos-phorus, espetáculo que faz parte do Circuito Estadual de Artes, que incentiva a formação de plateias e oferece pre-ços populares. A apre-sentação será dia 11 de novembro, a R$ 5.

Para as crianças, a boa pedida é o espe-táculo cover de Patati Patatá. E para os aman-tes do rock e do pop, a Banda Natus faz apre-

Ivan Mendes e Daniela Carvalho vivem os protagonistas de Caixa de Phosphorus, no dia 11

sentação no dia 22 (veja matéria sobre o show na página 5)

No mês de dezembro, o Mário Lago ficará dis-ponível para festas de fim de ano das escolas e cursos de teatro e dan-ça. Em janeiro, o Teatro volta com a programa-ção normal.

Confira a programação:

01/ 11 - A caixa de Pan-dora - 15h e 18h - Educan-dário do Bem (Teatro)03/

Nov. - As aventuras de Pocoyo - 18h - Cia Fazar-te de Teatro

09/11 - Projeto 1º Pas-so - 19h (Dança)

11/11 - Caixa de Phós-phorus - 19h (5ª Etapa do Circuito Estadual das Ar-tes), Elenco: Ivan Men-des e Daniela Carvalho)

17/11 : Patati Patatá Cover - 17h (Teatro in-fantil)

22/11: Banda Natus - 20h (Show de rock)

25/11: Falo Mermo - 19h (Teatro)

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3nº 200 - novembro de 2012

POLÍTICA

Deputado Miguel Jeovani participa do programa “Conversando Com Você”Regina Mota

Regina Mota

O deputado estadual Miguel Jeovani (PR), pre-feito eleito para governar Araruama pelos próximos quatro anos, participou no dia 13 de outubro do pro-grama “Conversando Com Você”, do jornalista Arlin-do Junior, na Rádio Costa do Sol, AM 560 Khz. “Agra-deço a Deus por estar hoje aqui, tendo sido escolhido para governar uma cidade com mais de 120 mil ha-bitantes. Minha vida sem-pre foi pautada no agra-decimento a Deus. Temos que respeitar a opinião do

povo, que é inteligente e está antenado. Quero ser o melhor prefeito, e vou ser”, assim o deputado iniciou sua fala aos milhares de ouvintes.

Miguel fez relatos emo-cionados, relembrando o fato ocorrido no final do ano passado, quando o he-licóptero que o transpor-tava caiu em Praia Seca, onde seria realizada a festa natalina das crianças ca-rentes daquela localidade. “Naquele dia muitos tor-ceram pela minha derrota, mas Deus é comigo”, disse ele.

Os ouvintes participa-

ram do programa através de mensagens pelo celular, redes sociais e telefone-mas. Procurando atender a todos, o deputado continu-ava dando esclarecimen-

tos sobre vários assuntos. “Vou lutar por mais verbas, para melhorias na cidade – continuou ele. Vou bus-car empresas que, dentro da Lei de Incentivo Fiscal,

possam trazer empregos para o município. Quanto ao transporte público, vou regularizá-los e resolver os alternativos.”

Miguel disse ainda que pretende, em seu governo, construir uma usina de as-falto, para pavimentar a ci-dade com custos baixos. A implantação de uma ciclo-via também foi lembrada. A cultura não foi deixada de lado. “Temos que fazer um calendário anual cul-tural de eventos. Ter sem-pre eventos nos feriados para gerar riqueza para a cidade. Vamos resgatar a autoestima dos jovens que

estão saindo para se di-vertir em outras cidades”, afirmou ele.

O deputado Miguel Jeo-vani não conseguiu escon-der a emoção quando a es-posa Marcia, que também participou do programa, leu a mensagem enviada pela filha Mariana, parabe-nizando o pai e falando do orgulho que sente em ser sua filha. Para finalizar ele falou sobre o governo par-ticipativo e transparente que pretende desenvolver. “Tudo que tenho agradeço a Deus e ao povo que me deu esse voto de confian-ça”, encerrou.

ESPORTEKaratecas de Saquarema conquistam ouro e prata

no Maracanãzinho

O karatê de Saquarema garantiu mais duas con-quistas no último final de semana. Nilsiclei da Silva e Luiz Fernando Palermo conquistaram as meda-lhas de ouro e prata, res-pectivamente, em suas categorias, durante a VII Copa Leão de Karate-do, realizado no Maracanãzi-nho. Ao todo, a competi-ção reunião 64 agremia-ções de vários estados do país. Os dois jovens atletas fazem parte da ASK (As-

sociação Saquaremense de Karate-do), cuja equipe contou ainda com a parti-cipação de Edson Coelho e Ana Paula Oliveira. “Mais uma vez o karate saquare-mense mostra sua força, agora é treinar duro e in-tensamente para as finais do campeonato estadual, para o qual temos classi-ficados 24 karatecas, um número recorde “, disse o professor Jorge Velasque, 4º Dan, presidente da ASK.

Karatecas Luiz Fernando Palermo e Ana Paula de Oliveira ladeando a lenda do karate brasileiro Maria Cecíclia - a Ciça

Ataualpa A. P. Filho

Pode o criador carregar o estigma da sua criatura? Até que ponto a ficção pode mudar a realidade?

O senhor Augusto dos Anjos, a partir da publica-ção do livro “EU”, em 1912, passou a ser visto por meio da imagem produzida atra-vés da interpretação dos seus versos.

Após ler as correspon-dências mantidas com frequência com a mãe, a senhora Córdula de Carva-lho Rodrigues dos Anjos, a Dona Mocinha, a quem ele sobrescrevia Sinhá Moci-nha, posso afirmar que não é justo atribuir à persona-lidade do cidadão Augusto Carvalho Rodrigues dos Anjos, nascido no engenho Pau d’ Arco, Vila do Espíri-to Santo, Paraíba, em 20 de abril de 1884, toda a carga semântica mórbida e mate-rialista contida nos versos que ele criou. Esse fardo se avolumou nestes cem anos que o livro caiu nas mãos dos críticos.

Na revista “Fon-fon” nº 27, de 6 de julho 1912, na página “Momento Literá-rio”, há o seguinte comen-tário:

“‘Eu’ – livro de estreia do poeta Augusto dos Anjos, merece mais do que uma simples nota rápida de impressões e de agradeci-mento.

É um livro estranho, cheio de alto e baixos, com um certo abuso exagera-do na exibição de conheci-mentos científicos, no uso dispensável de termos de ciência. A par disto tudo, entretanto, tem belezas in-tensas e por todo ele vibra uma encantadora nota de originalidade, que dá ao livro uma impressão pró-pria, individual, cousas que andam a faltar em muita produção consagra-da e aplaudida, com fórum de mérito perfeito.

Há nesse “Eu” estranho um modo de sentir e de impressionar bem diverso do comum; não com o in-tuito preconcebido de fazer espanto, de chamar aten-ção, mas por uma neces-sidade do temperamento individual do Poeta, da sua maneira de ver e sentir a vida.”

Em carta enviada à mãe, com data de 27/6/1912, ele comenta sobre a crítica a seus versos:

“Enviei-lhe por intermé-

A vida do “Eu”MÚSICA

Som instrumental volta ao calçadão

de Bacaxá

Boa música e talentos locais fazem a boa com-binação este mês em Sa-quarema. Organizado por Thiago Perninha, o Saquá Instrumental acontece pela segunda vez no Cal-çadão de Bacaxá, próximo à subida do Ciep. O even-

Regina Mota / 31-07-2012

O evento aconteceu pela primeira vez em julho

to acontece no dia 12 de novembro, a partir das 19 horas. Já está confirmada a participação de Neury Nogueira, Renan Amorim, Vaneci dos Santos, Luizi-nho de Tanguá, Lucas Mo-reira, Cosminho do Pan-deiro, entre outros.

LITERATURA

Francisco Pinheiro

dio do Ernesto Monteiro, as primeiras críticas apa-recidas aqui sobre o Eu. Em breve remeter-lhe-ei as outras. Meu livro tem produzido um verdadeiro escândalo nesta terra. Dis-cutiram-no até na Câmara dos Deputados, conforme acabo de ler em um dos nú-meros d’A Tribuna.

A própria Academia Na-cional de Medicina incluiu-o em sua biblioteca, por tratar do haeckelianismo e do evolucionismo spence-riano.

A par desta corrente se-leta e incentivadora, existe uma outra de conspiração manifesta e quase agres-siva contra mim. É a dos irremediavelmente nulos. Deixá-los! O Generino en-tusiasmou-se com os meus versos e escreveu-me uma longa carta que vai ser pu-blicada em breve.”

Em pleno século XXI, com tanto esclarecimento, podemos constatar fatos em que o ator ou a atriz é hostilizado (a) por causa da personagem que inter-preta. É comum atribuir ao (à) intérprete a autoria de letra e da música que canta. Muito da visão in-trospectiva, ensimesmada que é atribuída a Machado de Assis é proveniente da personalidade dos perso-nagens que ele criou, prin-cipalmente de Brás Cubas e Bentinho, o Dom Cas-murro.

Em uma conferência realizada no Instituto Na-cional de Música do Rio

Augusto dos Anjos (1884-1914)

de Janeiro, com o título “A Tristeza dos Poetas Bra-sileiros”, Olavo Bilac fez a seguinte afirmativa: “Os poetas brasileiros são tris-tes, sim! Mas não porque sejam homens tristes. São tristes porque são poetas. São tristes todos os ho-mens que sabem sentir e pensar.”

Augusto dos Anjos pen-sou o seu tempo, marcado por um materialismo exa-gerado, bem criticado por Machado de Assis, através do personagem “O Alienis-ta”. E pelo notável Quincas Borba, autor do Humani-tismo. O Positivismo, o Determinismo, o Evolu-cionismo, que marcaram o século XIX e o início do século XX, deixaram as suas influências em várias manifestações artísticas. E aqui no Brasil, a cha-mada “Escola de Recife”, com Tobias Barreto e Síl-vio Romero, foi responsá-vel pela disseminação do pensamento cientificista. Exatamente no período em que Augusto dos Anjos es-tudava Direito na capital pernambucana. Leia uma das últimas cartas que ele enviou à sua mãe, quando estava na cidade mineira de Leopoldina, onde veio a falecer em 12 de novembro de 1914, de pneumonia:

Leopoldina, 29 de se-tembro de 1914

Prezada Sinhá Mocinha.Recebi com muito prazer

sua cartinha última e pas-so jubilosamente a respon-der-lha.

São os meus votos que Vm.cê, a boa Iaiá, Alexan-dre, Artur e família e todos daí continuem com saúde.

Nós vamos passando regularmente e Ester até aqui não tem sofrido com-plicações em seu estado de saúde, depois do aborto que sofreu, conforme co-muniquei há alguns dias a Vm.cê.

Não sei quando me será dada a satisfação de ir até aí visitar os meus, rever-me na antiga atmosfera de afetos, a cujo influxo devo a formação integral do meu ser.

De sorte que a minha vida aparente, para quem lhe não tem conhecido a substância dolorosa, é a de um indivíduo dotado mui-to parcamente de afetivi-dade, que, aliás, é, ao meu ver, o fundamento precí-puo de toda a existência humana.

Vou destarte acumulan-do as mais ardentes sau-dades e nutrindo-me das mesmas, como um pássaro necrófago, na sua solidão.

Apesar da monotonia desta cidade, quero dizer, em condições melhores do que as que me infelicita-vam dantes, obrigando-me ao deus-dará das mi-sericórdias alheias. Não maldigo, entretanto, a fase angustiosa que pesou so-bre o meu destino. Dada a compreensão, peço licença para dizer, superior, que eu tenho do mundo, foi-me ela mais propicia do que adversa à integração de minha individualida-de moral e até mesmo in-telectual. Aceito hoje em filosofia o finalismo oti-mista de Sócrates, o qual, em termos vulgares, pode ser assim enunciado: tudo quanto sucede é unicamen-te para o bem. É nestas dis-posições de espírito que eu concluo esta carta, pedin-do a bênção de Vm.cê para mim, Ester e as crianças. Um abraço do

Filho e amigo certo – Augusto dos Anjos

Ataualpa A.P. Filho é poeta e professor, membro titu-lar da Academia Brasileira de Poesia – Casa de Raul de Leoni, reside em Petró-polis-RJ. O presente artigo é resultado da palestra re-alizada na Casa Claudio de Souza, no dia 11 de outubro de 2012, em comemoração ao centenário de publica-ção de seu livro “Eu”.

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Ó Filho do Homem!Nem sequer sussurres os pecados alheios enquanto tu próprio fores pecador. Fosses tu transgredir este manda-mento, maldito serias, e disso dou testemunho.Bahá’u’lláh“A Palavras Ocultas”

4 nº 200 - novembro de 2012

LIVROS

Entre a utopia e o pessimismoUma leitura de “O grande segredo de Jesus” de Juan Arias

Camilo Mota

Vivemos dias em que os paradigmas estão sendo colocados à prova. No seio da Ciência, há clamores convocando a uma revisão da preponderância do ma-terialismo em detrimento da espiritualidade, como as teorias propostas por Amit Goswami. De outro lado, ateístas como Richard Da-wkins fazem campanhas quase religiosas para pro-varem suas convicções da inexistência de um Deus criado e recriado ao longo das eras pela humanida-de. Em meio a essa crise, assistimos estarrecidos à desconstrução do velho mundo: temas que pare-ciam sepultados emergem com nova força (naciona-lismo e conflitos étnicos), a estruturação da família passa por uma transfor-mação cujas consequên-cias só poderão ser avalia-das daqui a muito tempo, a violência segue numa escala crescente sob o foco das mídias que aprovei-tam para explorar cada vez mais os nossos horrores pessoais (afinal, quem em sã consciência gosta de ad-mitir que é mau?).

Regina Mota

Juan Arias traz a mensagem de Jesus para uma dimensão mais humana, apostando na possibilidade de um salto quântico que possibilite o

surgimento de uma nova espécie, apoiada no abandono da violência.

Diante de um quadro tão tenebroso, como permane-cer fiel a uma utopia e não se deixar levar pelo pessi-mismo em relação à raça humana? O questiona-mento se refaz em mim a partir da leitura do recém-lançado “O grande segredo de Jesus: uma leitura re-volucionária dos Evange-lhos”, de Juan Arias (Rio de Janeiro, Objetiva, 2012, trad. Cristina Cavalcanti). O autor traz na bagagem 14 anos de experiência como correspondente do jornal El País no Vaticano, acom-panhando os papas Paulo VI e João Paulo II, além de ter estudado teologia na Universidade de Roma. O tema do cristianismo é recorrente em seu traba-lho, tendo já lançado no Brasil os títulos “A Bíblia e seus segredos”, “Jesus, esse grande desconhecido” e “Madalena”, entre ou-tros. Mas é sua experiência como jornalista que parece sobressair nessa verdadei-ra investigação sobre a real função de Jesus para a hu-manidade.

Baseado tanto na leitu-ra dos Evangelhos canôni-cos quanto nos Gnósticos, Juan Arias nos leva a um

redimensionamento do ar-quétipo representado por Jesus. Sem se deixar levar pelo misticismo peculiar ao tema, o autor envereda numa rede de questiona-mentos e análises sobre a vida do profeta, traduzindo sua mensagem em termos humanistas. A mensagem de Jesus, nesse contexto, então, é dirigida a uma hu-manidade que ainda não existe. Segundo Arias, a humanidade “é muito mais egoísta do que muitos ma-míferos considerados infe-riores e só mudará quando, paradoxalmente, deixar de ser humana” (p. 15). A contradição proposta pelo

autor é aparente. E ele vai além: “Não é uma questão de melhorar a humanidade atual, especialmente nos aspectos éticos e morais, mas de uma transforma-ção em uma nova espécie inteligente que não seja fundada nos pressupos-tos da violência pessoal e coletiva” (p. 16). Ainda que Juan Arias demonstre em alguns momentos seu pessimismo em relação à humanidade atual (e para-doxalmente alimentando a esperança de uma trans-formação da espécie hu-mana a partir de uma mu-dança genética ou de um salto quântico), através de

seu livro sentimo-nos mo-tivados pela compreensão de uma mensagem cristã que permeia suas páginas no sentido mais amplo. Jesus não escreveu para o seu tempo. Terá escrito para o nosso? Para o autor, certamente que não. Será uma semente para uma raça futura. Mas nós, aqui e agora, também somos responsáveis.

Entre estas sementes estão questões fundamen-tais como a construção de um mundo sem violência, livre do egoísmo, pauta-do na solidariedade e no conhecimento. “A miseri-córdia termina por se con-verter numa ação a favor do outro. Vai além da jus-tiça, pois inclina a balança a favor da debilidade e do desamparo alheios com os quais nos identificamos, pois todos somos fracos e precisamos da solidarieda-de e do amor dos outros” (p. 51).

“O grande segredo de Jesus” é uma leitura atual e fascinante, além de ser uma abordagem necessária que merece atenção tanto de religiosos quanto de ir-religiosos, de materialistas e de espiritualistas, pois,

antes de mais nada, antes dos rótulos, das máscaras e personas, somos hu-manos, demasiadamente humanos, para ficarmos alheios ao conhecimento. Como bem afirma Arias, “a ignorância é escuridão que cega”.

Acredito, pois, que es-tejamos vivendo este in-tervalo entre a utopia e o pessimismo, alimentan-do possibilidades de uma nova espécie, livre da vio-lência e unificada sob a luz de novos conhecimentos, que consigam harmonizar os importantes ganhos ad-vindos do desenvolvimen-to científico com a signi-ficativa importância que deve ser dada à Espiritua-lidade. O salto quântico é bem vindo.

Camilo Mota é jornalista, editor do Jornal Poiésis, psicoterapeuta holístico, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise Integrativa (SBPI), sócio fundador da Associação Brasileira de Psicanálise Transpessoal e membro titular da Academia Bra-sileira de Poesia – Casa de Raul de Leoni.

CRÔNICA

Mais diálogo entre as religiõesMarcio Paschoal

Um filme anti-islâmico vem provocando ondas de protestos em países mu-çulmanos, abrindo o prece-dente para uma discussão polêmica: quais seriam os limites da liberdade de ex-pressão e de religião?

Hoje muito se discute o poder e a vocação de toda liberdade de expressão. Proibir a manifestação do pensamento é pretender uma unanimidade autoritá-ria, arbitrária e irreal.

Vivemos um tempo em que os limites são discu-tidos, um tempo de po-liticamente corretos, pa-trulhamentos ideológicos, revanchismos e fortes doses de falta de bom senso.

Contudo, é necessário um mínimo de ordem, de se delimitar para onde de-vemos ou podemos ir. Isso é fato. No entanto, não deve-mos esquecer que só a liber-dade de pensamento pos-sibilita a exteriorização dos conceitos. Assim aconteceu com a crença religiosa dos indivíduos, já que antes a pessoa era proibida de exte-riorizar o seu pensar e mais ainda de divulgar a sua fé.

Nesse sentido procura-se entender por que as religi-ões, de uma maneira geral,

Divulgação / Paula Giolito

permanecem num enfren-tamento sem sentido, como se deuses fossem únicos e antagônicos, até com os que os aceitam como uma fraude, já que a liberdade de religião inclui ainda a liber-dade de não seguir qualquer religião, ou mesmo de não ter opinião sobre a existên-cia divina (agnosticismo e ateísmo).

Por isso ganha importân-cia o que aconteceu no dia 11 de outubro, quando alunos dos colégios Liessin e Santo Inácio, no Rio de Janeiro, deram um exemplo de con-vivência pacífica e inteligen-te. Vinte estudantes do ensi-no médio da escola católica aprenderam um pouco so-bre a história de Israel e so-bre o Holocausto. O objetivo desse intercâmbio é que um

grupo ganhe uma viagem para a Marcha da Vida, que passa por Israel e campos de concentração poloneses.

Em um momento no qual assistimos a uma divi-são de povos irmãos através de guerras religiosas, nada mais oportuno e bem-vin-do. Conhecer a origem e o histórico de uma nova reli-gião é abrir a mente para se poder compreender a nossa própria crença. No caso do judaísmo e o cristianismo, então, a relação é ainda mais fundamentada: uma permite o melhor entendi-mento da outra.

Mas nem só de paren-tescos históricos falamos. Todas as demais religiões fornecem subsídios para que possamos compreender os mecanismos da fé. A má-

xima de que só ouvindo o outro lado, sem querer que este outro nos seja igual, atesta a liberdade de uma crença e permite que ela seja confirmada nos nossos corações. Mais que tolerân-cia, reafirma-se a inteligên-cia, o saber. Nenhuma reli-gião prega a força bruta ou a violência.

Portanto, ainda há es-perança enquanto os jo-vens procurarem o conhe-cimento em outras searas e tradições. Fica a torcida para que novas empreita-das iguais a desses alunos se multipliquem, mesmo não chamando tanto a atenção da mídia como o filminho anti-islâmico. Há uma certa tendência para que notícias malévolas tenham mais transparência e notorieda-de.

A única vocação dos alu-nos do Liessin e do Santo Inácio foi a busca pelo co-nhecimento e, a partir dele, da tolerância e da paz.

Já faz tempo que Kant preconizava: deixar-se guiar por mitos ou pelo pensa-mento de outrem, é abdi-car da sua liberdade e viver num mundo de sombras.

Marcio Paschoal é economista e escritor

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Page 5: Jornal Poiésis 200

5nº 200 - novembro de 2012

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Banda Natus leva o rock para o teatroA Banda Natus está

de volta ao Teatro Mario Lago. O grupo de rock se apresenta no dia 22 de novembro, às 20h30, trazendo no repertório composições próprias, além de interpretações de grandes sucessos de bandas consagra-das como Van Hallen, Europe, Survivor, Ste-ppenwolf, Roxette, Led Zeppelin, entre outros.

Formada por Lorraine Pitaluga (voz e guitarra), Daiane Pitaluga (guitar-ra solo), Zadak Vicente (baixo), Denilson Canno (teclado) e Jonatas Bra-sil (bateria), a Natus tem alcançado grande reco-nhecimento do públi-co. Participando do site Oi Novo Som, já obteve cerca de 22 mil acessos.

Recentemente conquis-tou o primeiro lugar pelo júri técnico na décima eliminatória do Festival de Bandas Independen-tes 2012 (FBI), no Rio de Janeiro. Agora é a vez de Saquarema voltar a em-polgar com o ritmo ro-queiro do grupo.

Os ingressos antecipa-dos (R$ 10) podem ser adquiridos na Livraria Templar (Bacaxá), na Tabacaria (Lake’s Shop-ping), banca de jornal da pista de skate (Centro) e Claudia Shoes (Jaconé).

SERVIÇO

Banda NatusTeatro Mario LagoDia 22/11/201220h30Ingresso: R$ 10

Camilo Mota

Flavio Itaúna

A Lagoa de Jacarepiá, localizada no bairro de Vilatur, em Saquare-ma, recebeu um grande abraço ecológico no dia 29 de setembro. A ação contou com apoio da Associação Defensores da Terra, Polícia Militar Florestal e de Meio Am-biente, além de repre-sentantes da Colônia de Pesca de São Pedro da Aldeia, blog Saquarema Real, Petrobrás, Inea, moradores e comer-ciantes locais, e cerca de 50 crianças da esco-linha de futebol manti-da pela Associação dos Amigos da Lagoa de Ja-carepiá (AMILA).

A Polícia Militar Flo-restal realizou uma pa-lestra explicando sobre as armadilhas e armas usadas por caçadores para caçar animais sil-vestres, esclarecendo ainda sobre as implica-ções legais das mesmas. Uma exposição de fo-tos foi montada, apre-sentando os trabalhos realizados na Lagoa desde 2000, incluindo os abraços ecológicos realizados em 2004 e 2005, sempre apoiados pelos Defensores da Terra.

As crianças e adul-tos participaram do plantio de mudas de árvores nativas doadas pelo Inea. J. R. Arena, integrante da AMILA, apresentou ao público presente seu projeto de

MEIO AMBIENTE

Lagoa em Vilatur recebe abraço ecológico

construção de uma ci-clovia em torno de toda Lagoa, que além de ser uma atração turística para o local contribuirá significativamente para a preservação da mes-ma formando um cintu-rão em torno da Lagoa de Jacarépia.

Para acompanhar o trabalho da AMILA e saber mais sobre a Lagoa de Jacarepiá, basta acessar o site www.amilajacarepia.org.br

Fotos: Flavio Itaúna

José Reinoso é precursor da luta pela preservação

ambiental da lagoa

A Polícia Florestal apresentou palestra sobre armas e armadilhae a implicação legal de seu uso.

O abraço reuniu moradores e membros de várias entidades

EDUCAÇÃO

Agradeço ao povo de Saquarema pela oportunidade de representá-lo

na Câmara Municipal.

Sinto-me honrado com a votação que obtive e reitero o compromisso de lutar pelo

engrandecimento de nossa querida cidade.

Chico PeresVereador Eleito

Inscrições para cursos técnicos na Faetec podem ser feitas até 11 de novembro

A Fundação de Apoio à Es-cola Técnica (Faetec), vin-culada à Secretaria de Esta-do de Ciência e Tecnologia, oferece 9.319 vagas em todo o Estado em cursos de En-sino Fundamental, Infantil, Técnicos de Nível Médio, e Tecnólogos (Nível Supe-rior), todas para ingresso em 2013. Os interessados podem se inscrever pelo site da Fundação (www.fa-etec.rj.gov.br), até o dia 11 de novembro. A unidade de Bacaxá oferece cursos nas áreas de turismo, meio ambiente, construção civil e petróleo e gás.Quem estiver interessado em participar dessa sele-ção pode se cadastrar no site da Faetec. Os candida-tos que não tiverem acesso à internet poderão se diri-gir a uma das 89 unidades

da Faetec Digital, que dis-ponibilizam gratuitamen-te o serviço de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h. Para o cadastro é obrigató-rio levar o CPF. O processo seletivo dos candidatos será feito por meio de provas objetivas, sendo 24 questões de Lín-gua Portuguesa, 24 de Ma-temática e, para algumas modalidades, também ha-verá Conhecimentos Es-

pecíficos (24 questões) e/ou Redação, todas no dia 2 de dezembro (domingo), a fim de avaliar a compre-ensão e interpretação de textos, a argumentação, o raciocínio intuitivo e indu-tivo, e as estratégias para a resolução de problemas. O resultado do concurso será divulgado entre os dias 26 de dezembro e 4 de janei-ro. E a matrícula deverá ser feita de 7 a 18 de janeiro.

Camilo Mota

Page 6: Jornal Poiésis 200

6 nº 200 - novembro de 2012

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OS MÚSICOS DO “TITANIC”Gerson Valle

Foi em 1912. Por conse-guinte, neste ano de 2012 completam-se cem anos que o “Titanic” afundou. Vivia-se então uma época marca-da de tal forma pela beleza, e domínio da cultura france-sa, que passou para a Histó-ria como a “Belle Époque”. Por que “bela”? Porque nela (e pela rima se percebe que o tema inspira Poesia) ha-via uma impressão de se ter atingido um ápice civiliza-tório, onde a modernidade das máquinas causava uma grande modificação dos usos e costumes do passa-do, e a racionalidade ten-tava explicar tudo. Vivia-se ainda nos padrões morais cristãos tradicionais, sem, contudo, dado o avanço do materialismo na sociedade, se implicar com as diversões com nossas próprias imper-feições, como se fazia nos “vaudevilles” teatrais, cujas tramas tocavam a irrespon-sabilidade e imoralidade, fa-zendo graça, mas com finais obedientes aos costumes... Bela, sobretudo, pelos tra-ços fugidios no colorido dos impressionistas, refletindo as diversões das danças nas casas noturnas, conversas prolongadas pelos brin-des festivos nos bares, uma constante busca da diversão em muitos boêmios a par de comportamentos mais rígi-dos, religiosos e/ou dentro da estrutura familiar tradi-cional. Tudo parecia em seu devido lugar. Cada qual atu-ando conforme os conceitos que se tinham das possi-bilidades sociais. Como se jamais nada fosse mudar. E as guerras não se adentra-vam pelas grandes cidades ocidentais, nem geravam a possibilidade de uma heca-tombe final. A decoração em “art nouveau” parecia in-dicar um refinamento má-ximo, do qual a civilização não regrediria.

O transatlântico batizado dando referência aos Titãs, como a clamar seu gigan-tismo, bem simbolizava a capacidade humana de ar-mar um transporte tão vigo-roso. Dentro dele, todos os hábitos da “Belle Époque” fechados sobre o movimen-to das ondas. Muitos trajes, refeições e ambientes ricos! Além da parte baixa, onde os ratos conviviam com a

terceira classe. Tudo ajus-tado em seu devido lugar. Sem briga.

A música tomaria con-ta dos salões. Valsas, ma-zurcas, ragtimes, polcas, marchas como fundo de conversas, danças, “flirts”, tragadas tranquilas de cha-rutos e cigarros no conforto de “chaises longues”...

Os músicos, dentro do ajuste da sociedade em que cada parte ocupava seu lugar indiscutível e perene, ser-viam aos viajantes com seus sons, como os garçons trans-portavam pratos e faxineiras ajeitavam os quartos.

As coisas, no entanto, deixaram de estar em seu lugar estático na noite de 14 para 15 de abril. Era ainda a primeira viagem do navio, que saíra da Inglaterra e se dirigia aos Estados Unidos. Esbarrou num monte de gelo, rasgando seu casco, aos poucos adernando.

Em cada canto onde as águas afundavam a embar-cação, um grito lastimável parecia surgir do outro lado da vida, extinguindo a es-perança da chegada a qual-quer porto.

Em meio à agitação si-nistra, os músicos pararam de tocar, se entreolharam e compreenderam de ime-diato que não lhes atingia o destino da mesma for-ma que a toda aquela gen-te. Eles não pagaram para chegar a nenhum lugar. Ao contrário. Foram pagos para lhes fornecer prazer, conforto de ritmos e melo-dias que toquem o interior das pessoas, não a exteriori-dade conflitante dos impre-vistos do destino. A música cria uma representatividade consoladora, de uma espiri-tualidade em que, naquele tempo, quando ainda tudo estava em seu lugar, era bem prezada! E continuam suas polcas, ragtimes, can-ções e melodias de operetas, que transportavam o espíri-to para longe do horror da-quele desastre!

Quando as águas alcan-çavam o salão e não havia mais nenhum passageiro entre eles, subiram para o deck dos botes de salva-mento. Ali estava a fila onde podiam entrar na tentativa de sobrevivência. Tocados, no entanto, pelos sentimen-tos animados de seus sons, continuaram a função de

entrega espiritual de quem não pode deixar de servir. A música, de tal forma res-peita normas fixas para se realizar, que vêm desde os estudos continuados na in-fância, regras de leituras de seus códigos próprios, aten-ção interior para os ritmos, respeito aos compassos, alturas, tempos, para de tudo transmitir um esta-do de espírito nem sempre definível por palavras, que acaba por formar uma inti-midade própria, se não in-teiramente, mas ao menos bem próxima daquilo que convencionamos chamar de espírito. O lado espiritual se desenvolve com o aprendi-zado da humildade, e esta se consolida no respeito às regras teóricas essenciais para o sentido da Música. O músico consciente não trata de matéria comercial deste mundo. Seu diálogo é com a interioridade. E foi a espi-ritualidade fomentada pelo trato com a música que pre-valeceu sobre a adversida-de, voltando-se à formação religiosa de um tempo ainda reverente, de coerência com os sermões sempre acom-panhados, olhos baixos, meditativos, nas igrejas que se frequentava. Não preci-savam mais de salvação na Terra, espiritualidade ir-manada da música com os conceitos religiosos de que eram crentes. Sentiam, no interior absorvido por anos de estudos e prática de obe-diência às regras musicais, e intenções de compartilhar seu estado emocional, a evi-dência do campo maior do espírito que de todas as ma-terialidades. Só almejavam, num momento extremo de um desastre daqueles, a su-

bida aos céus como salvação de tudo. No cumprimento de suas missões, tocavam música para elevar com eles o espírito de todos os infe-lizes precipitados à frieza das águas em torno do “ice-berg”. Caminharem juntos à salvação celeste!

Narrou um sobrevivente do “Titanic”, que, descendo num bote, ouviu ainda os músicos tocarem um hino adventista. No momento da identidade dos ensina-mentos religiosos de suas crenças com a prática saída do interior de suas técnicas e intenções emotivas, não podiam deixar de atingir o próprio domínio da música religiosa. E ficaram a repetir a singela melodia de “Nearer my God, to Thee”, de Sara Flower Adams, contando o sonho de Jacó em Betel. Os símbolos aí se sucederam na lógica da esperança surgida em momento escatológico. Uma imensa escada sobe aos céus, por onde peram-bulam anjos, e, no alto, o próprio Jeová promete a Jacó proteger toda sua des-cendência. O hino conforta os desesperos, resignação perante a morte, como se dali daquele deck a escada sonhada por Jacó subisse à redenção de nossos erros, e a morte inexorável fosse cantada na fé de um futuro glorioso para nosso legado sobre a Terra. A música faz todos sonharem. Encontro com a eternidade. Os passa-geiros por morrer sentiram o tênue e doce alívio que o transporte musical acarre-ta em nosso interior. E os músicos, entregues às notas esvoaçantes sobre o nau-frágio, caminhando para a morte por afogamento,

mantinham o espírito de pé, erguido por ondas formadas nas melodias de seus hori-zontes. Cumpriam sua mis-são, independente da so-brevivência. O importante, como músicos – e este, todo o sentido da Música –, fran-ciscanamente, é consolar mais do que ser consolado.

Os músicos do “Titanic” morreram afogados. O cor-po do maestro do conjunto, Wallace Hartley, foi encon-trado e enterrado solene-mente em sua cidade natal. Um dos grandes composi-tores ingleses de então, sir Edward Elgar, promoveu um concerto de 500 músi-cos de 7 orquestras (a maior até então), no Royal Albert Hall, em homenagem aos músicos mártires que se deixaram morrer no afun-damento do “Titanic” para transmitirem um consolo, com sua música, aos náu-fragos desesperados.

A tragédia do “Titanic” estava sendo um presságio funesto para a mudança de uma época que tiraria as coisas de seus lugares, criando situações ambíguas onde servidores não se dei-xariam mais conduzir pela estabilidade das situações estabelecidas sem brigas, e as palavras da espiritualida-de se tornariam criticáveis pelas nossas necessidades agressivamente imediatis-tas. Dois anos depois, a pri-meira guerra mundial faria todas as disputas se fixarem para o resto do século XX, dando por finda a “Belle Époque”. Mas, o hino toca-do pelos músicos do “Tita-nic” nos chega, em sua tran-quilidade, cem anos depois, como a esperança de que após tempos tão bárbaros e ameaças de extinção por guerras, poluições, revoltas da própria Terra pelos maus tratos recebidos, podere-mos ainda, na esperança do toque de alguma melodia flutuante, deixar doze tri-bos herdeiras da bênção do Senhor, nas certezas perdi-das que podem estar dentro de nós. E de dentro de nós, como Música disciplinada e emotiva, refaça a Vida!

Gerson Valle é membro do conselho editorial do Jornal Poiésis e membro titular da Academia Brasileira de Po-esia.

No filme de 1997, James Cameron retratou a história dos músicos da orquestra que tocaram até o último instante do naufrágio

Reprodução

Pesquisa revelanovidade

sobre biografiade Teixeira e

SousaA pesquisadora Rose

Fernandes, depois de mui-to trabalho, dedicação e in-teresse, descobriu, através de um documento encon-trado no Arquivo da Ar-quidiocese de Niterói, que a data do nascimento de Teixeira e Sousa, primeiro romancista brasileiro a pu-blicar um livro, “O Filho do Pescador”, não é dia 28 de março de 1812 e sim dia 30 de março do mesmo ano. Além disso, Teixeira e Sou-sa, segundo o documento, não era filho de pai portu-guês, mas sim de pais, am-bos, pardos forros (livres).

A pesquisadora desco-briu esses dados no regis-tro de batismo de Teixei-ra e Sousa (9 de abril de 1812), que equivalia, à épo-ca, à certidão de nascimen-to. O padrinho do escritor foi Antonio de Souza, do qual recebeu o nome, um costume muito comum na época. O padrinho não es-teve presente à cerimônia, mas foi representado por procuração e foi batizado pelo padre coadjutor Cae-tano Pires Gameiro.

Ao fazer tal descoberta, Rose encaminhou ao se-cretário de Cultura, José Correia, uma cópia do do-cumento transcrito para que fosse publicado:

- Teixeira e Sousa é hoje para Cabo Frio um ícone que além de ser reconheci-do pela sua obra literária, foi um homem de conhe-cimento e cultura, tendo o privilegio de ocupar o car-go de escrivão da Primeira Vara de Juiz do Comércio da Corte, em 1855, aos 43 anos, pois ser escrivão, à época, era um dos cargos mais almejados e melhor remunerado, normalmen-te ocupado pelos brancos. Ele conquistou esse lugar graças à sua capacidade intelectual sim, mas tam-bém por influência de ca-bofrienses com certa in-fluência política na Corte. A busca deste documento começou em 2010 e so-mente há uns 15 dias, con-segui dar minha parcela de contribuição para as come-morações dos 200 anos de Teixeira e Sousa – afirma Rose.

(Viviane Rocha / PMCF)

Page 7: Jornal Poiésis 200

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O POETA E A MADRUGADA

Catarina Maul

Os poetas insones traçam versos pela madrugada.Nos olhos, areia...O frio da noite arrepia os pelos e a memória.

Os poetas insones na madrugada arrumam casaEnquanto ordenam pensamentos, papeis e sentidos.Enquanto selecionam sonhos permitidosE preparam um café.

Os poetas insones descongelam geladeiraNa madrugada de segunda-feiraEnquanto congelam amoresNo frigobar da ilusão.

Os poetas insones conversam com os seres sombriosQue aparecem na cozinha, vez ou outra,Na extensão do medo.Os poetas insones colecionam segredos!

Os ruídos da noite fazem trilha...Cães latem, ladram, entoam canções.Seus sinais misturam-se aos assovios dos trabalhadoresQue aguardam as lotações.

Os poetas insones traçam versos pela madrugadaNos olhos, interrogação!

Catarina Maul reside em Petrópolis, é membro titular da Aca-demia Brasileira de Poesia – Casa de Raul de Leoni.

CILADA

Tanussi Cardoso O amor não é a luailuminando o arco-írisnem a estrela-guiamirando o oceano O amor não é o vinhoembebedando lençóisnem o beijo loucona boca úmida do dia O amor não é a angústiade se encontrar o sorrisonem o vermelhodo coração dos pombos O amor não é a vitóriados navios e dos barcosnem a paz cavalgandocavalos alados O amor é, sobretudoa faca no laço do laçadorO amor é, exatamenteo tiro no peito do matador

Tanussi Cardoso é autor de “Viagem em Torno de” (Rio de Janeiro, Sette Letras, 2000), de onde extraímos o presente poema.

BASTA UM DOMINGO

Iacyr Anderson Freitas

basta um domingo qualquere a mentira se descarnafeito um par de luvasna fruteira

basta um domingopara que vejamos

que nenhuma viagemnos tirará desse lugarque toda geografiaé um erroque todas as ruassão sempre a mesma ruaa mesma horada tarde ou da noiteque os dicionários todosescondem apenas uma palavrauma palavra tão clara e tão limpaque jamais será dita

que é sempre possívelentrar mil vezesno mesmo rioque nunca houve outro rioa não ser este

e que todos os dias da semananão valem a soma de um domingo

que de si mesmosem notíciavai lentamente se despedindo

Iacyr Anderson Freitas mora em Juiz de Fora-MG. O poema acima faz parte de sua antologia poética “Terra Além Mar” (Lisboa, Ardósia, 2005).

O MUNDO

Roseana Murray

Aqui o mundo não entracom seu carregamento de mortos,nesta pequena casa,escondida dentro da mata.

Acordo e já me envolveuma sinfonia de pássaros.

Acendo o fogo,o sol tenta espraiaras nuvens.

Mas hoje arrumoas roupas para a partidae em todos os gestoshá um cheiro de último dia.

O rumor do rio invisívelme dizque suas águas continuarãoa fabricar música na minhaausência,continuarão a hipnotizara casae de longe ouvireiseu encantamento.(11.03.2011)

Roseana Murray é natural do Rio de Janeiro (1950) e mora em Saquare-ma. O poema acima faz parte do re-cém lançado “Diário da Montanha” (Rio de Janeiro, Manati, 2012).

ARQUÉTIPO NÚMERO 4

Camilo Mota

O boi muge no campo.Não sabe que seu grito de mortevale mais que o grito dos homensque não têm mais terra para viver.O boi muge inocente.Sob o arado, rios de dinheiroplantam dívidas para o mundo futuro.A fome, essa menina má, não cessa.O boi muge e os homens matam:herdeiros do assassinato primordial.

23/10/12

Camilo Mota é poeta, editor do Jornal Poiésis, membro da Academia Brasileira de Poesia.

ASSEMBLEIA GERAL - A presidente da ABP, Vera Abad, convocou Assembleia Geral a ser realizada no dia 10 de no-vembro de 2012, às 10h30, para discutir o novo Estatuto da entidade. Mesmo aqueles que porventura não possam estar presentes na data estão convidados a participar da discussão através de correspondência ou e-mail. Os comentários e su-gestões podem ser encaminhados para a secretaria da ABP até 5 dias antes da assembleia. O estatuto foi enviado a todos os membros titulares através dos correios.

MESA REDONDA - “Caminhos da poesia contemporâ-nea” é o tema da mesa redonda que acontecerá na sede da ABP no dia 22/11, às 19 horas. Participam do debate Mar-celo Fernandes (mediação), Sylvio Adalberto, Camilo Mota e Thereza Christina Rocque da Motta. A entrada é franca.

CHÁ ACADÊMICO - O chá de convivência acadêmica acontece todas as últimas sextas-feiras do mês, na Casa de Cláudio de Souza, a partir das 15 horas. Na programação, roda de poesia e muita conversa regada a chá e acompanha-mentos. Os acadêmicos podem levar convidados desde que avisem com antecedência.

NOSSOS ACADÊMICOS - Arnaldo Rippel

Médico ortopedista, Arnaldo Rippel é titular da cadeira nº 4 (patrono Álvaro Machado) e fundador do Clube de Poesia do Petropolitano F.C. Poeta, cronista e compositor é também membro titular da Academia Petropolitana de Letras.

ANUÊNCIAPouco a pouco ressurjo do nadaignorando a velha letargia,companheira eterna do dia-a-dia,espanando o pó... Vejo a obra acabada...

Ancorando, enfim, os meus sonhos,enterro de vez o passadoE aos meus doces olhos risonhostenho certeza de que o inferno é fechado.

Na tela-janela o desejo maiorassumir minha vida com satisfação,vontade antiga que conheço de cor,Amor que chegou sem cheque ou cifrão...

Modelando meus sonhos primeiros,encontro você, poderosa princesaque mostra-me mares, montanhas, outeiros,resgatando vontades, momentos, certezas...

Desacelero o ritmo, preparo a alma,tenho você, o mar, a lua,desatropelo o dia, recupero a calma,e vem a certeza... Minha estrada é sua.

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Camilo de Lélis M. MotaTerapeuta Holístico, CRT 42617

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FOGO-FÁTUO

César Garcia Lima

Finados não é diade esquartejar amoreso eco vaporoso do passadofogo-fátuosubterfúgiolatejar memória

E o que rumoreja exibecentrifugada noite anteriora dourar o ócioindiferente aos túmulosà lembrançaque cacareja pungente risonhaesgarçada do presente.

Cesar Garcia Lima é professor convidado da Especialização em Jornalismo Cultural na UERJ. O poema acima foi publicado em sua obra “Este livro não é objeto” (Edição do Autor, 2006)

A MARIO FAUSTINO

Fernando Py

Nunca antes vistoo pontal e sua sombra;nunca antes lidoo poeta e sua hora;antes não encontradoo cerne da palavra.

Mário Faustino — o infinitoguarda-lhe o grito e o retrato.(1966)

Fernando Py (1935) é poeta, tradutor e crítico literário. O poema acima consta na obra “Confissão Geral” (Ibis Libris, 2010)

Page 8: Jornal Poiésis 200

8 nº 200 - novembro de 2012

Em Fococom Regina Mota

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Defesa Civil de Saquarema sob nova coordenação

Palestra na Faetec - A prefeita reeleita de Saquarema, Fran-ciane Motta, prestigiou a palestra proferida pelo mastolo-gista Leonardo Ferreira (à direita) sobre Câncer de Mama. O médico é filho do Secretário de Saúde do município, Amilcar Ferreira (à esquerda), e fez pose para a foto ao lado da mãe Cléia. Também esteve presente no evento a secretária de políticas públicas para Mulher, Rosângela Mendonça.

1ª Festa da Faetec - Festa das Torcidas. Assim se intitulou a animada reunião dos funcionários da Faetec de Bacaxá, rea-lizada na Cinéia House Fest dia 21 de outubro. Foi mais uma oportunidade de aproximação e harmonização entre os pro-fissionais da educação. O Jornal Poiésis estava presente. A co-bertura fotográfica completa está no site Nova Saquarema.

Ordem Rosacruz Amorc - O dia 27 de outubro ficará mar-cado na história. O evento “Movimento Rosacruz, quem somos, o que buscamos” contou com palestras do Grande Conselheiro da Região RJ3, Alberto Serravale, e do professor da UENF João Almeida, além de apresentações culturais. O Grupo de Divulgação AMORC de Saquarema já prepara ou-tras reuniões ainda este ano, abertas ao público em geral.

Primeiro Passo - O grupo de dança que funciona na Colônia de Pescadores de Saquarema fez uma belíssima apresen-tação no encerramento do “Movimento Rosacruz”, even-to realizado no Teatro Mario Lago no dia 27/10. O Projeto Primeiro Passo continua sua trajetória de sucesso, tendo conquistado em outubro três prêmios no Festival Nacional Aprendendo com Ballet da Beija-Flor de Nilópolis, nas ca-tegorias jazz grupo infantil (3º lugar), jazz grupo juvenil (2º lugar) e dança de salão grupo juvenil (2º lugar).

Diploma da ABD - A Associação Brasileira de Desenho e Artes Visuais (ABD) e o Círculo Artístico e Cultural de Saquarema (CACS) realizaram em outubro um belo salão de artes plásti-cas e literatura. No encerramento, várias personalidades da cultura saquaremense receberam homenagens. Na foto, a presidente do CACS, Telma Cavalcanti, me entregando o di-ploma em reconhecimento ao trabalho de divulgação que te-mos feito através do Jornal Poiésis.

Aniversário de Patricia - A professora Patricia Pedrosa come-morou seu aniversário na Igreja Batista Nova Unção, de Rio d’Areia, em Saquarema, no dia 27 de outubro. Foi uma noi-te de princesa, onde as mulheres, em sua maioria trajando vestido longo, louvaram e glorificaram a Deus. A festa fugiu do tradicional. Foi uma noite de muitas surpresas e de apre-sentações artísticas. A alegria contagiante da aniversariante fez com que todos os presentes se emocionassem durante o ritual que foi dirigido somente por pastoras. Parabéns, que-rida amiga! Quem dera existissem muitas iguais a você.

Renascer na música - Sob a batuta do maestro Gilmar Costa, as crianças do projeto, que acontece em Jaconé (Saquarema) se apresentaram na 1ª Igreja Batista de Bacaxá no dia 13 de outubro. Eles foram acompanhados ainda pelos renomados músicosPaulo Bosisio e Suray Soren. O pastor Mar-celo Macedo Cardoso abriu as portas para a música erudita. Parabéns!

A Defesa Civil de Saqua-rema conta desde outubro com novo coordenador. César Henrique Reis Fer-reira, 35, assumiu a nova pasta no início do mês. Com 11 anos dedicados à instituição, ele também já havia trabalhado como instrutor da Defesa Civil de Cabo Frio, onde ficou por dois anos.

Conhecido por realizar o Encontro de Conscien-tização às Vítimas de Aci-dentes de Moto, que esse ano aconteceu pela segun-da vez, César já faz planos para 2013, quando preten-de buscar parcerias com o Salvamar no monitora-mento da orla com veículo operacional composto de um agente da Defesa Civil e dois guarda-vidas.

Vários projetos já estão sendo estruturados para que os atendimentos a ví-timas de acidentes possam ser mais bem sucedidos e com mais rapidez, como, por exemplo, a criação de NUDECS (Núcleo de Defe-sa Civil) em cada distrito, o que facilitará a comunica-ção entre a comunidade e o órgão.

Ações comunitárias também estão previstas, bem como a vistoria de

SEGURANÇA

Regina Mota

todas as casas noturnas, verificando o uso de equi-pamento de incêndio das mesmas, a saída de emer-gência e o alvará de auto-rização da prefeitura e do Corpo de Bombeiros.

Palestras deverão ser realizadas nos bairros, alertando a população com relação a acidentes domésticos. O novo co-ordenador pretende tam-bém fazer o mapeamento de todas as áreas de risco do município, estendendo o cuidado para o período de tempestades, criando um sistema de alerta de chuvas, como já ocorre em cidades serranas do esta-do do Rio.

Com a chegada do ve-

rão a atenção é redobrada com os banhistas. Como Saquarema é uma das ci-dades mais procuradas na Região dos Lagos pe-los turistas, é bem maior o número de pessoas nas praias. “Solicitamos que todos fiquem mais aler-tas e tomem cuidado na ingestão de bebidas al-coólicas antes do banho de mar. Esse é o maior motivo para os acidentes nesse período. Após bebe-rem, muitos tentam pegar onda e acabam pegando um valão no mar, depois bate o cansaço físico e a pessoa acaba passando mal dentro da água”, fi-nalizou César Henrique. (Regina Mota)

César Ferreira faz planos para 2013, promovendo mais integração com a comunidade

Regina Mota

O Movimento Arti-culado de Mulheres e Amigas de Saquarema – MAMAS realizou no dia 26 de outubro o I Encontro Fortalecendo Laços Para Prevenção do Câncer de Mama, na Câmara de Vereadores, com palestras direcio-nadas também para os homens.

“O que é câncer? Uma conversa sobre ‘aquela doença’, foi ministrada pela doutora Flaviana Reis, MSc e PhD, pes-quisadora bolsista do Instituto Nacional de Câncer (INCA). O médi-co mastologista da Santa Casa de Misericórdia do Rio e de Saquarema, Le-onardo Faria Ferreira, falou sobre “Prevenção do Câncer de Mama”.

As duas palestras fo-ram bem instrutivas e esclarecedoras, deta-lhando com minuscio-sidade a doença que, se-gundo estudos, tem sido uma das que mais mata no mundo, fazendo víti-mas por hereditariedade e por vários outros fato-res, como por exemplo, o alcoolismo e o tabaco.

SAÚDE

Palestras reforçam importânciada prevenção ao câncer de mama

Flaviana Reis e Leonardo Ferreira apresentaram importantes informações técnicas, além de orientações práticas, respondendo

a várias perguntas dos participantes

Regina Mota

O público pôde parti-cipar com perguntas, sa-nando assim as dúvidas frequentes. Os índices que relatam os números aproximados de casos de câncer no país são alarmantes. Só para se ter uma idéia, a estima-tiva para 2012 é de cerca de 53 mil pessoas, sen-do que os homens tam-bém já entraram para as estatísticas, tendo um caso diagnosticado em Saquarema.

As orientações dadas pelos palestrantes resu-mem-se em alguns atos que podem ser seguidos como dieta alimentar, a prática de exercício fí-sico, abolir o tabagismo

e o álcool, consultar-se regularmente e fazer a mamografia anualmen-te. A mamografia é indi-cada para pessoas com mais de 40 anos, mas se há incidência na famí-lia, há a necessidade de adiantar a idade para os 35 anos.

O MAMAS pretende seguir com os trabalhos voltados à comunidade mais carente. Palestras instrutivas deverão ser proferidas nos bairros, sempre com o objetivo de auxiliar e orientar aqueles que mais preci-sam e que muitas vezes não têm oportunidade de obter tais benefí-cios.