Jornal Poiésis 205

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Literatura, Pensamento & Arte Ano XX- nº 205 - abril de 2013 - Saquarema, Araruama, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis www.jornalpoiesis.com.br Página 7 Gincana de Pintura em Saquarema Curso de Reiki dia 20 em Saquarema Página 2 Arquivo Jornal Poiésis Divulgação Rua 96, nº 2018 - esquina com R. 14 Jaconé - Saquarema - RJ ( (22) 2652-3848 - 9286 -0515 Informe Publicitário Claudia Shoes tem sempre uma novidade para os seus pés! www.facebook.com/claudiashoesjacone O new look que você está procurando está aqui. Além de calçados, você também encontra acessórios e bolsas que irão completar o seu visual. Venha nos fazer uma visita! OS PRIMEIROS NOVENTA DIAS Prefeitos de Araruama e Saquarema avaliam o início de seus governos Camilo Mota 3º Festival da Mulher foi um sucesso Camilo Mota Administrador vitorioso e vivendo um momento de grande ascensão política nos últimos anos, Miguel Jeovani (PR) assumiu a prefeitura de Araruama em janeiro sem saber ao certo a realidade que encontraria pela frente, pois a administração an- terior não colaborou com o governo de transição. Ainda assim, os primei- ros resultados positivos começam a ser vislum- brados, como o trabalho de reforço das equipes de saúde no combate à den- gue e o saneamento das finanças do município, reduzindo o número de secretarias e recuperando boa parte da frotas de ve- ículos públicos, incluindo ambulâncias que já estão em operação nos bairros. Procurando desenvol- ver um trabalho voltado para o cidadão, o prefeito aposta em melhorias nas áreas de saúde, educação e transporte, transfor- mando Araruama num modelo de gestão pública na Região dos Lagos. Página 4. Franciane Motta (PMDB) assumiu a prefeitura de Saquarema em janeiro para seu segundo man- dato. Com uma admi- nistração de sucesso nos primeiros quatro anos de administração nos seto- res de educação e econo- mia, a expectativa agora é em relação à saúde, que aguarda a inauguração do novo hospital de Baca- xá ainda este ano. Tendo como maior aliado seu próprio marido, o depu- tado estadual e presiden- te da Alerj, Paulo Melo (PMDB), a prefeita se or- gulha da parceria com o Governo do Estado, que vem investindo de ma- neira constante no muni- cípio, sendo um dos mais importantes a Escola Téc- nica de Bacaxá, além do asfaltamento das ruas de vários bairros. Entre seus planos para os próximos anos está a construção de um complexo esportivo no bairro Porto da Roça e de um centro cultural onde atualmente se en- contra o Iate Clube. Página 6. Marcelo Figueiredo A diversidade cultural foi o destaque do 3º Festival da Mulher, realizado pelo Jornal Poiésis no dia 23 no auditório da Faetec-Baca- xá. O evento, organizado por Regina Mota, reuniu músicos, atores, bailari- nos e artesãos, dando uma mostra do valor da arte lo- cal, numa homenagem ao Dia Internaicional da Mu- lher, culminando com um desfile de modas no encer- ramento. Página 8. Araruama concede anisa de juros e multas para impostos e taxas Página 3 Economia Política O negavismo do olhar do povo sobre a políca brasileira Página 4 Teatro, música e dança são destaques na agenda cultural de abril Página 7 Cultura

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Edição de abril de 2013.

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Literatura, Pensamento & ArteAno XX- nº 205 - abril de 2013 - Saquarema, Araruama, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis

www.jornalpoiesis.com.br

Página 7

Gincana de Pintura em Saquarema

Curso de Reiki dia 20 em SaquaremaPágina 2

Arq

uivo

Jorn

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oiés

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Div

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ção

Rua 96, nº 2018 - esquina com R. 14Jaconé - Saquarema - RJ

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O new look que você está procurando está aqui. Além de calçados, você também

encontra acessórios e bolsas que irão completar o seu visual.

Venha nos fazer uma visita!

OS PRIMEIROS NOVENTA DIASPrefeitos de Araruama e Saquarema avaliam o início de seus governos

Camilo Mota

3º Festival da Mulher foi um sucessoCamilo Mota

Administrador vitorioso e vivendo um momento de grande ascensão política nos últimos anos, Miguel Jeovani (PR) assumiu a prefeitura de Araruama em janeiro sem saber ao certo a realidade que encontraria pela frente, pois a administração an-terior não colaborou com o governo de transição.

Ainda assim, os primei-ros resultados positivos começam a ser vislum-brados, como o trabalho de reforço das equipes de saúde no combate à den-gue e o saneamento das finanças do município, reduzindo o número de secretarias e recuperando boa parte da frotas de ve-ículos públicos, incluindo

ambulâncias que já estão em operação nos bairros. Procurando desenvol-ver um trabalho voltado para o cidadão, o prefeito aposta em melhorias nas áreas de saúde, educação e transporte, transfor-mando Araruama num modelo de gestão pública na Região dos Lagos.

Página 4.

Franciane Motta (PMDB) assumiu a prefeitura de Saquarema em janeiro para seu segundo man-dato. Com uma admi-nistração de sucesso nos primeiros quatro anos de administração nos seto-res de educação e econo-mia, a expectativa agora é em relação à saúde, que aguarda a inauguração do

novo hospital de Baca-xá ainda este ano. Tendo como maior aliado seu próprio marido, o depu-tado estadual e presiden-te da Alerj, Paulo Melo (PMDB), a prefeita se or-gulha da parceria com o Governo do Estado, que vem investindo de ma-neira constante no muni-cípio, sendo um dos mais

importantes a Escola Téc-nica de Bacaxá, além do asfaltamento das ruas de vários bairros. Entre seus planos para os próximos anos está a construção de um complexo esportivo no bairro Porto da Roça e de um centro cultural onde atualmente se en-contra o Iate Clube.

Página 6.

Marcelo Figueiredo

A diversidade cultural foi o destaque do 3º Festival da Mulher, realizado pelo Jornal Poiésis no dia 23 no auditório da Faetec-Baca-xá. O evento, organizado por Regina Mota, reuniu músicos, atores, bailari-nos e artesãos, dando uma mostra do valor da arte lo-cal, numa homenagem ao Dia Internaicional da Mu-lher, culminando com um desfile de modas no encer-ramento. Página 8.

Araruama concede anistia

de juros e multas para

impostos e taxas

Página 3

Economia Política

O negativismodo olhar do povo sobrea políticabrasileira

Página 4

Teatro, músicae dança sãodestaquesna agenda

cultural de abril

Página 7

Cultura

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SAÚDE

2 nº 205 - abril de 2013

R. 28 de Setembro, 595Sampaio Corrêa (22) 2654-2351

Rua 96, 585 - JaconéCentro Comercial Canarinho

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Uma das estratégias para a conservação da Mata Atlân-tica é a integração das co-munidades do entorno das Unidades de Conservação e o incremento do Uso Público. Usuários de trilhas e comuni-tários devem ser os principais aliados da preservação. O projeto “Caminhos da Ser-ra”, promovido pelo Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO) pretende trazer para as trilhas, hoje utilizadas de forma desordenada ou ile-gal, caminhantes do mundo inteiro que colaborarão com a preservação. Comunidades localizadas entre as trilhas e no entorno das áreas prote-gidas, fornecerão serviços de apoio como camping, trans-porte, restaurantes, pousadas e abrigos e poderão comer-cializar produtos artesanais e manifestações culturais. O início da trilha é no Caminho do Ouro, na Vila Inhomirim, em Magé. Local com muito valor histórico que envolve, além do Caminho do Ouro, empreendimentos do Barão de Langsdorff, a primeira ferrovia e o início da indus-trialização do país. O interes-sado poderá chegar até Vila Inhomirim de trem partindo da estação Central do Brasil ou de automóvel pela BR 116 passando por Piabetá.

Caminho do Ouro - Liga-ção entre Rio de Janeiro e Mi-nas Gerais era realizada pelo Porto da Estrela no recôncavo da baía de Guanabara e o Ca-minho Novo que subia a Serra da Estrela. O Caminho Novo substituiu a ligação antes rea-lizada pela Serra da Bocaina que incluía Paraty, passava por Cunha (onde era reali-zada a cunhagem do ouro) e cruzava o rio Paraíba do Sul até Minas. Para alcançarem o Caminho Novo, os tropeiros saíam do Cais dos Mineiros (atual Praça XV) em uma fa-lua, embarcação típica, até o Porto da Estrela. De lá leva-vam três horas de charrete até Raiz da Serra onde iniciava o Caminho Novo.

Barão de Langsdorff e as expedições - O Barão Ge-org Heinrich Von Langsdorff (1774-1852) nasceu na Prús-sia e se naturalizou russo. Ti-nha grande interesse em his-tória natural. Naquela época os naturalistas englobavam uma série de estudos hoje conhecidos como histórica natural, arqueologia, antropo-logia física e social, biologia,

“Caminhos da Serra” resgata relevante história do Brasil

Fazenda da Mandioca, pintura de Rugendas

zoologia, astronomia e geo-grafia. Em 1813 foi nomeado cônsul-geral da Rússia no Rio de Janeiro e decidiu investir em diversas atividades. Em 1820 voltou para a Europa e publicou um livro sobre o Brasil. Em 1821, quando foi nomeado Barão, voltou ao Brasil como embaixador do Czar. Em 1824 organizou ex-pedição por Minas Gerais e chegou até Cuiabá. Realizou relatório detalhado da flora, fauna e sociedade encontrada, colecionando muito material. Sua expedição terminou em 1829 no Pará. Pretendia ficar até a morte no Brasil na Fa-zenda da Mandioca, instalada em Vila Inhomirim, início do Caminhos da Serra. Acabou, entretanto, voltando para a Europa muito doente e fale-ceu em 1852 em Freiburg. A Expedição Langsdorff tinha objetivos comerciais e percor-reu mais de 17 mil Km. Visa-va documentação científica, investigações geográficas e estudo de produtos desconhe-cidos. O pintor Johann Moritz Rugendas acompanhou parte das expedições de Langsdor-ff e realizou documentos da flora, fauna, gente e geogra-fia. Rugendas e Langsdorff não se entendiam muito bem e o pintor acabou rompendo a parceria. Langsdorff queria comprovar a Teoria da Sín-tese – tendência científica da época que influenciou muito Charles Darwin. Seu orien-tador na Universidade de Goettingen, Johann Friedrich Blumenbach, foi criador da Antropologia Física Compa-rada. A ideia era criar uma teoria unificada sobre a vida tendo como base conflito, adaptação e evolução. O Ba-rão via na região da Serra da Estrela um campo excelente para estudar a transformação das espécies. Fato que com-prova que já tinha consciên-

cia da riqueza da biodiversi-dade da Mata Atlântica. Todo o material coletado e estu-dado foi influenciar diversos cientistas ao ser transferido para a Academia de Ciências de São Petersburgo.

Fazenda da Mandioca - Em 1861 Langsdorff se ins-talou na Fazenda da Mandio-ca, bem no início da trilha do Caminhos da Serra, de onde planejava expedições e rea-lizava experiências. Na pro-priedade havia plantações de café, milho, batata e mandio-ca e de espécies desconheci-das no Brasil como o índigo e a noz moscada. O arado e a moagem eram realizados com alta tecnologia da épo-ca. A fazenda tinha uma bi-blioteca, herbário e coleções zoológicas e mineralógicas trazidas das expedições. Von Martius, Spix e Saint-Hilaire descreveram a Fazenda da Mandioca. Em 1820 a Fa-zenda foi desapropriada para a construção da Real Fábrica de Pólvora da Estrela que foi transferida da Lagoa Rodrigo de Freitas (Taulois, 2010).

Ferrovia e indústrias - Em 1854 o Barão de Mauá investiu na região e construiu a primeira ferrovia do Brasil que em 1883 subiu a Serra da Estrela até Petrópolis. O pri-meiro trecho era feito de barco – do Paço Imperial até Guia de Pacobaíba em Magé. O segun-do trecho era realizado de trem até Raiz da Serra. No início D Pedro II, Barão de Mauá e a elite brasileira percorriam o terceiro trecho subindo a serra de charretes pelo Caminho do Ouro. No final do século XIX foi instalada a cremalheira.

Estamos diante de um pro-jeto que promoverá um resgate extremamente importante da história do Brasil e que forne-cerá elementos muito relevan-tes para a proteção do meio ambiente e a inclusão social.

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Curso de Reiki em Saquarema será dia 20 de abrilA busca por uma melhor

qualidade de vida através de uma atitude mental mais serena, o encontro com o seu verdadeiro Eu e uma melhoria qualitativa no estado geral de saúde são alguns dos benefícios que podem ser desenvolvidos a partir da prática do Reiki. A técnica de imposição de mãos não é voltada apenas para aqueles que preten-dem seguir uma carreira terapêutica, mas principal-mente para os indivíduos que desejam despertar em si mesmo forças latentes

de regeneração, harmonia e bem estar. Através de um conjunto de técnicas, que inclui a meditação, e de uma sintonização energé-tica específica, o praticante pode beneficiar a si mesmo e também às pessoas pró-ximas de maneira a contri-buir para a construção de um mundo mais harmonio-so.

Em Saquarema, o tera-peuta holístico Camilo de Lélis M. Mota promoverá o Curso de Reiki nível 1 no próximo dia 20 de abril, no Espaço Elaboração, no

Porto da Roça. “A propos-ta é capacitar as pessoas interessadas para que des-pertem para a existência de uma potência interior

que elas possuem para se-rem canais de transmissão de harmonia, serenidade, equilíbrio, saúde”, informa o terapeuta.

O Reiki pode ser prati-cado por qualquer pessoa, independentemente de sexo, etnia, credo, idade ou formação acadêmica. A partir do nível 1, já é pos-sível praticar a técnica e sentir o benefício de estar em harmonia com as forças criativas da natureza. As inscrições podem ser feitas diretamente no Elaboração ou através do site www.rei-kiadistancia.com.br. É re-comendável que os alunos tenham idade mínima de 16 anos. O curso fornece apostila e certificado e tem

a chancela da Associação Brasileira de Psicanálise Transpessoal (ABPT).

SERVIÇO

O que: Curso de Reiki nível 1Quando: 20/04/2013 de 9h às 17hOnde: Elaboração – Tera-pias e Cursos (Travessa Sig-mund Freud, 1 – esquina com R. James Ward de Car-valho – Porto da Roça – Tel. 2653-3087)Quanto: R$ 160 (opção de parcelamento via cartão de crédito)

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Page 3: Jornal Poiésis 205

3nº 205 - abril de 2013

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de 1ª a 8ª série

Os guardas municipais de Saquarema iniciaram no dia 25 de março o cur-so de socorrista, minis-trado pelo coordenador da Defesa Civil, Cezar Henrique Reis Ferreira. O objetivo das aulas é de prepará-los para de-senvolver atividades de atendimento de suporte básico de vida em even-tos anormais, sejam eles em qualquer lugar e situ-ação.

As matérias programa-das para serem aplicadas

ECONOMIA

Araruama concede anistia de juros e multas para impostos e taxas

O prefeito de Araruama, Miguel Jeovani, encami-nhou uma mensagem ao Poder Legislativo para apre-ciação do Projeto de Lei Nº 18/2013, que concede anis-tia de até 100% dos juros e multas dos valores do Im-posto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviços (ISS) e taxas municipais dos exercícios anteriores a 2013.

O projeto foi aprovado pela maioria dos vereado-

res nesta terça-feira, dia 19 de março, sendo sanciona-do pelo chefe do executivo através da Lei Nº 1706 de 20 de março de 2013.

De acordo com o pre-feito, essa campanha visa aumentar a arrecadação no município e contribuir para que os cidadãos, que se tornaram inadimplentes por algum motivo tenham a oportunidade de renegociar seus tributos, diminuindo consequentemente a dívi-

da ativa no município. Este investimento retorna para população em qualidade de serviços e desenvolvimento para a cidade.

“Ao pagar em dia seus tributos, o cidadão con-tribuinte dá condições ao governo municipal para desenvolver diversos pro-gramas urbanos e sociais na cidade, promovendo o desenvolvimento e quali-dade de vida da sua popu-lação”, disse.

Os contribuintes que pagarem os impostos atra-sados em até três parcelas terão 100% de anistia dos juros e multas. Para ser beneficiado por esta lei, o contribuinte deverá for-mular o pedido até 30 de junho deste ano, mediante a quitação integral do tri-buto ou da primeira par-cela.

Os impostos poderão ser divididos em até 18 parce-las.

ESPORTE

Tour Ciclístico pretende divulgar pontos turísticosA preocupação com o

meio ambiente, o incen-tivo à prática esportiva, a melhoria da qualidade de vida e a valorização do tu-rismo local são pontos con-vergentes que se revertem em grande benefício para a população. Tendo isto em mente, a Prefeitura de Araruama, através das se-cretarias de Esporte e La-zer e de Turismo, promo-verá no dia 1º de maio o 1º Tour Ciclístico, comemo-rativo ao Dia do Trabalha-dor. A concentração está marcada para as 8 horas, na Praça Antônio Raposo, com largada prevista para 8h30, seguindo em dire-ção ao Sítio Arqueológico

dos Índios Tubinambás de Araruama, localizado na Escola Municipal Honori-no Coutinho, no distrito de Morro Grande. O percurso

será de aproximadamente 15 quilômetros

Segundo o secretário de Esporte e Lazer, e interino de Turismo, Rafael Cha-

O Museu Arqueológico de Araruama, em Morro Grande, conta a história da ocupação da região pelos índios Tupinambás e é um dos cenários a

serem visitados pelos ciclistas.

gas, o Tour Ciclístico passa a fazer parte do calendá-rio anual do município, sendo realizado sempre em um feriado ou data comemorativa da cida-de. “Nossa intenção é de proporcionar um passeio prazeroso, como um con-traponto ao estresse co-tidiano, buscando satis-fazer as necessidades dos participantes nos níveis físico, emocional, moral e social”, disse ele.

O projeto deve ser reali-zado a cada três meses, di-vulgando periodicamente outros pontos turísticos do município, como a Restin-ga de Massambaba e a La-goa de Juturnaíba.

TURISMOAmbulantes de Saquarema

recebem identificação

A Prefeitura Municipal de Saquarema, através da Secretaria de Turismo, entregou crachás de iden-tificação e camisetas aos 211 vendedores ambulan-tes que renovaram auto-rizações para continua-rem trabalhando, agora formalmente, nas ruas e bairros da cidade.

A abertura da soleni-dade foi feita pelo secre-tário de Turismo, Edson Botelho, que ressaltou a importância do cadastro e da identificação dos tra-balhadores, uma vez que a cidade é bastante pro-curada por turistas bra-sileiros e estrangeiros, e a identificação facilitará no tratamento dos mes-mos, ampliando o grau de confiabilidade sobre seus produtos.

A turismóloga Simone Salgado enfatizou sobre o papel do ambulante. “Agora vocês são nossos representantes. Que te-nham nos turistas uma forma de multiplicação de suas rendas, pois nos feriados eles são os seus

maiores consumidores e que indicarão seus pro-dutos para outras pesso-as. Essa será uma forma de crescimento dos seus trabalhos. Aos sábados e domingos a Secretaria Municipal de Turismo de Saquarema ficará de portas abertas para quem possa precisar de infor-mações sobre a cidade”, disse ela.

Antes da entrega dos materiais aos ambulantes, uma palestra sobre Em-preendedorismo foi mi-nistrada por Uérito Cruz, do Sebrae de Cabo Frio, que também distribuiu a Cartilha do Empreen-dedor Individual, com o objetivo de incentivar os trabalhadores a saírem da informalidade e a montar sua própria empresa.

Quem perdeu o prazo do recadastramento ainda pode se dirigir à Secreta-ria de Turismo, na Praça dos Pescadores, próximo à Escola Oscar de Mace-do Soares, de segunda à sexta, das 9h às 17 horas. (Regina Mota)

Regina Mota

Os ambulantes receberam as novas autorizações para o exercício formal da profissão, além dos crachás e camisetas

SEGURANÇAGuardas Municipais participam de curso

de socorrista

As aulas são ministradas pelo coordenador da Defesa Civil, Cezar Henrique

envolvem precauções universais, cinemáti-ca do trauma, avaliação das vítimas, respiração, queimadura, afogamen-to, hemorragias, feridas, fraturas e luxação, cho-que elétrico, emergências psiquiátricas, convulsão, inconsciência, história no pré-hospitalar, entre outros. O curso terá a du-ração de três meses e os guardas municipais re-ceberão 13 apostilas para o acompanhamento do mesmo.

Regina Mota

OAB Saquarema empossanova diretoria

DIREITO

A 51ª Subseção da Or-dem dos Advogados do Brasil (OAB) empossou sua nova diretoria em Saquarema em soleni-dade realizada no dia 22 de março. Para o triênio 2013/2015, a entidade tem como presidente Mi-

Regina Mota

guel Saraiva de Souza, sendo a diretoria forma-da por Paulo Cesar Bravo (vice-presidente), Elomir Maurício (secretário ge-ral), Jorge de Sousa Cos-ta (secretário adjunto) e Wellington Mattos Fer-reira (tesoureiro).

Mulheres de Saquarema e Araruama participam de seminário no Rio

DIREITOS HUMANOS

O Movimento Articula-do de Mulheres e Amigas de Saquarema – MAMAS e a secretária municipal da Terceira Idade e De-senvolvimento Humano de Araruama, Lourdes de Almeida Barreto Belchior, estiveram presentes no Se-minário Internacional 10 Anos dos Programas H e M: Diferentes Abordagens de Metodologias Educati-vas em Gênero, promovido pelo Instituto Promundo.

O evento aconteceu dia 20 de março, no Centro Empresarial Mourisco, em Botafogo. Na ocasião vá-rios assuntos foram discu-tidos, como as abordagens

dos meios voltados para a prevenção da explora-ção sexual em contexto de grandes obras para even-tos como a Copa do Mun-do e Olimpíadas e o uso do esporte como metodologia para o envolvimento de homens na promoção da equidade de gênero e pre-venção da violência contra mulheres.

Gary Barker, do Pro-mundo dos Estados Uni-dos, e Tatiana Moura, do Brasil, fizeram a abertura apresentando os progra-mas H e M e relatando como foram os inícios dos trabalhos. “Não é somente a identidade H ou M, mas

trata-se do poder econô-mico e social que são en-volvidos. Como estamos criando nossos filhos? Es-tamos repetindo antigos padrões. Segundo a OMS os homens não têm sequer o costume de procurar um médico ao ficar doente. Os jovens já questionam e estão transformando as normas de gênero”, disse Tatiana.

Representantes do Bra-

sil, México, Chile, Nica-rágua e Estados Unidos falaram sobre os trabalhos desenvolvidos em seus pa-íses acerca das diferentes abordagens de metodolo-gias educativas em gênero, onde promovem reflexões sobre o assunto e conse-guem trabalhar, princi-palmente com os jovens, a questão da igualdade entre o homem e a mulher em vários aspectos.

Regina Mota

Page 4: Jornal Poiésis 205

4 nº 205 - abril de 2013

Gerson Valle

Um sofisma clássico coloca a situação de um ateniense afir-

mando: “todo ateniense é mentiroso”. Ora, se fulano é ateniense, e todo ateniense é mentiroso, logo: fulano é mentiroso. Porém, se fula-no é mentiroso, a sua afir-mação que todo ateniense é mentiroso deve ser uma mentira. E, assim, na ver-dade, “os atenienses não são mentirosos”...

No Brasil existe uma tra-dição encontradiça em mui-tos meios de se desprezar a nacionalidade, imputan-do, indiscriminadamente à sociedade, certas mazelas relacionadas ao desenvolvi-mento cultural, econômico, político, comportamental de uma forma geral. É comum em determinadas pessoas, revoltadas com certas situ-ações, falarem mal do Bra-sil e dos brasileiros como se fôssemos uma “cambada de salafrários”. Evidente-mente, ao fazer tal pronun-ciamente, a pessoa deve sentir-se um lorde inglês, esquecendo ser também um brasileiro. Pois senão, tal frase seria uma confissão de vigarice, ou o mesmo que di-zer: “Todo brasileiro é sala-frário. Como sou brasileiro, sou salafrário”.

Entretanto, tenho nota-do que esta manifestação abrangente de negatividade é mais uma forma de desa-bafo individual. A pessoa, ao

POLÍTICA

OS AUTODESTRUTIVOS"Dizer que todo político brasileiro é

corrupto é o mesmo que dizer: se eu me tornar político, serei corrupto. Em

outras palavras, é não admitir nenhuma participação pessoal no processo de aperfeiçoamento da sociedade. É se

excluir como sendo a criança mimada que deseja que lhe façam todas as

vontades, não sendo capaz de nenhum esforcinho para colaborar com nada. "

fazê-la, revela um descon-forto próprio com a existên-cia, uma revolta contra cer-tas circunstâncias que lhes são inerentes. Talvez esteja precisando de um psicana-lista, e por isto vá soltando seus depoimentos. Ao falar do gênero a que pertence quer falar de si próprio, mas não percebe a inutilidade que é voltar-se contra uma situação negativa em vez de colaborar para abrandá-la. Em outras palavras, quan-do alguém se revolta contra o grupo a que pertence por existirem diferenças neste grupo não está querendo melhorar a situação do gru-po – e com isto a sua própria situação – mas está entre-gando os pontos, suicidan-do-se.

A insatisfação pode ter origem em questões abor-dadas normalmente na Psicanálise, como o incô-modo edipiano. Por se ba-ter contra o pai, a pessoa acaba se batendo contra a coletividade de onde se ori-gina.

A tomada de posição ne-gativista de alguns brasilei-ros me parece originar-se na divisão da sociedade escra-vocrata em negros escravos e brancos livres. Mais da metade da população não era nem considerada pessoa. Com a abolição, a situação dos libertos encaminhou-os mais à marginalidade que à igualdade social, junto com outros brancos que já pas-savam dificuldade. Com isto

os mais favorecidos come-çaram a se incomodar com o cerco do desespero dos que têm educação diferenciada da sua, sem recursos para sobreviver com dignidade. E foi se firmando a queixa, numa restrita classe bur-guesa, de que os costumes da terra são bárbaros, os homens primitivos, “todos” corruptos!

Curiosamente, isto pode ser considerado também como um derivativo de nos-sa ascendência portugue-sa. Eça de Queiroz coloca muitos de seus personagens que idealizavam, no século XIX, a sofisticação da cul-tura francesa como a ideal, a repetirem que “Portugal é uma choldra”.

De uns tempos para cá, este sofisma do brasilei-ro acusando brasileiros de ladrões, corruptos, igno-rantes, mal-educados, “de

corja”, cresceu com a pos-tura política de uma clas-se insatisfeita com o poder ter sido alcançado por um partido político de origem de esquerda, com um líder carismático de formação operária como o Lula. Os alicerces que estruturam a visão de desenvolvimento nos moldes do liberalismo norteamericano parecem, para essas pessoas, ameaça-dos, distanciando-os do so-nho de viverem a realidade de lá, quando isto pode não ser verdade. O que se tem é o temor pelo nivelamen-to social, crescimento das oportunidades para todo o povo, fechamento das gran-des desigualdades que isola o privilegiado em sua tor-re de marfim, ignorando as outras realidades que não a sua. Não quero com isto de-fender o atual governo nem seu partido, de que, aliás,

não sou estrito seguidor. O que me parece distorcido é o posicionamento de oposição somente por um governo não se enquadrar na vonta-de exclusiva de uma classe. E por esta via se considerar o país inteiro submetido a um rebaixamento moral e cultural que não corres-ponde à inteira verdade, por mais “maracutaias” que sempre houve e haverá, aqui e em toda parte, e dificulda-des nas mudanças de nossa História.

E aí um fenômeno curio-so, que acompanha o refe-rido sofisma: o mundo fora das circunstâncias em que vive o sofista é por ele idea-lizado como sendo perfeito. Os admiradores dos Esta-dos Unidos adorariam que o Brasil tivesse sido coloniza-do por ingleses, que falásse-mos inglês, esquecendo-se que a História de “far-west” conduziu a todos andarem armados, na aberta compe-tição de ver quem atira mais rápido. Porque, em tal men-talidade sofista não há críti-ca para o externo, exterior, estrangeiro. Todas as culpas dos padacimentos do mun-do se revertem para a nação onde ele vive, aprofundando sua mágoa consigo mesmo, suas origens, seu país, seus pais, costumes, maneiras de ser. Ódio a si mesmo!

É claro que a crítica polí-tica e a oposição são benig-nas para a saúde da nação. Mas acompanhadas de luta por se construir. Dizer que

todo político brasileiro é corrupto é o mesmo que di-zer: se eu me tornar político, serei corrupto. Em outras palavras, é não admitir ne-nhuma participação pessoal no processo de aperfeiço-amento da sociedade. É se excluir como sendo a crian-ça mimada que deseja que lhe façam todas as vontades, não sendo capaz de nenhum esforcinho para colaborar com nada. Às vezes, ao con-trário, tendo até o cinismo de afirmar que manda quem pode e obedece quem tem juízo, cada classe se colo-cando em seu lugar. Como no quartel. Por isto que não houve tempo que apreciasse mais que o da ditadura, de que tem saudade. Não era essa “anarquia” em que se sente agora. E que se sente mesmo, pois alguém de uma visão tão mesquinha admira os torturadores que lhe aco-modam no sono de não te-mer a perda da mesmice das injustiças sociais e ignorân-cias do que vai pelo mundo.

Arre, que estou cansado de ouvir essas queixas so-fistas! De agora em diante serei mais objetivo. Cada um que me vier dizer que o Brasil é uma titica, res-ponderei que folgo em sa-ber que o prezado nasceu num galinheiro. E per-guntar-lhe como é que sua mãe cisca.

Gerson Valle é escritor, membro titular da Acade-mia Brasileira de Poesia.

Eleito em 2012 com 33010 vo-tos, Miguel Jeovani represen-ta uma renovação no jeito de fazer política, trazendo para a administração pública toda sua experiência como empre-sário de sucesso. Com o olhar voltado para o cidaão, ele avalia os primeiros 90 dias de seu governo à frente da prefeitura de Araruama.

Poiésis - Com pouco mais de 90 dias à frente da Prefeitura de Araruama, qual o saldo positivo que o senhor considera que já colheu neste curto espaço de tempo?Miguel Jeovani - A convic-ção de que é possível mudar uma cidade com trabalho e responsabilidade com o di-nheiro público. Em menos de cem dias de mandato, não inauguramos prédios públicos, mas resgatamos a autoestima de um povo que acredita numa gestão séria e comprometida com o cida-dão. Estamos economizando no governo para investir no cidadão e esse é o nosso ob-jetivo a frente do Executivo. Vamos valorizar não só o ser-vidor público, como também oferecer um ensino de quali-dade para as nossas crianças e tornar eficiente o sistema de saúde pública municipal, um de nossos maiores desafios no momento. Poiésis - Quais foram os maiores desafios ao as-sumir a Prefeitura e que medidas foram tomadas para vencê-los?Miguel Jeovani - Como não foi viabilizado pelo ex-prefeito o governo de transição, assu-mimos a administração públi-ca no segundo dia do ano e de imediato tivemos que resolver o problema da folha de paga-

ENTREVISTA COM O PREFEITO DE ARARUAMA MIGUEL JEOVANI

“O progresso é impossível sem mudança”Regina Mota

mento de dezembro, já que o antigo gestor só havia pago os funcionários com cargo de confiança (comissionados), sem falar nos cheques assi-nados no dia 31 de dezembro para pagamento de fornece-dores. Reduzimos o número de secretários para 12, enxu-gando dessa forma a folha de pagamento, e ainda encami-nhamos uma mensagem para o Legislativo a fim de diminuir o salário de prefeito, vice-pre-feito e secretários. Essa econo-mia aos cofres públicos possi-bilita o maior investimento no ser humano. Poiésis - O senhor desen-volveu ao longo de sua vida uma carreira empre-sarial de sucesso. O que o levou a entrar para a polí-tica e como o senhor con-cilia dentro de sua reali-dade pessoal essas duas vertentes (a administra-tiva e a política), sem que uma entre em conflito com a outra?Miguel Jeovani - Hoje, em consentimento com a família, os negócios da empresa ficam com a esposa e os filhos. Essa decisão de doar todo meu tempo à administração públi-ca municipal representa sim-plesmente a vontade de fazer a diferença e trabalhar de ver-dade pela transformação polí-tica de nossa cidade, em que o cidadão esteja sempre em pri-meiro lugar. Assumimos com uma responsabilidade muito grande, que é mudar os desti-nos de nossa querida Ararua-ma e a população que acredi-tou em nossa proposta sabe que jamais recuaremos diante dos obstáculos e desafios. Poiésis - Como o senhor avalia o atual quadro político no interior do

Estado? Quais as novas tendências e possibilida-des, inclusive levando em consideração a questão dos royalties que ainda promete uma batalha acirrada na justiça?Miguel Jeovani - Em re-lação aos royalties estamos engajados nesta luta com os prefeitos, deputados e auto-ridades em defesa do estado do Rio e pela manutenção do repasse, já que a nossa cidade também é beneficiada com o equivalente a R$ 10 milhões por ano. Nesse momento, in-dependente de política par-tidária, todos nós temos que unir forças em favor do Rio e aproveitamos essa oportuni-dade para destacar o traba-lho incansável da prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, que hoje é presidente da Or-ganização dos Municípios Produtores de Petróleo (OM-PETRO). Sem falar na repre-sentatividade do deputado federal Garotinho em Brasília, que agora é líder do PR na Câ-mara Federal e anunciou na semana passada a liberação de recursos no valor de R$ 1,5 milhão para o município de Araruama. Esse momento é muito positivo. Poiésis - Na sua avalia-

ção, o que Araruama precisa para um melhor desenvolvimento econô-mico sustentável e que ações deverão ser desen-volvidas nos próximos anos para atingir este ob-jetivo?Miguel Jeovani - Não é de hoje que buscamos um avan-ço econômico no município e a prova disso é a nossa luta em prol dos incentivos fis-cais para as novas empresas e indústrias que se instalarem aqui. Logo no início do man-dato como deputado estadual, apresentamos um projeto de lei na Alerj para incluir a cida-de de Araruama na Lei Rosi-nha. Infelizmente, ficou tra-mitando nas Comissões e não foi colocado em votação pela mesa diretora da Casa. Inclu-sive, essa lei já beneficia diver-sas cidades da nossa região, como o próprio município de Saquarema. O presidente da Assembleia, deputado esta-dual Paulo Melo, que garan-tiu em plenário colocar esse projeto em votação, conhece muito bem a importância dessa lei para a nossa cidade. Queremos um Condomínio Industrial mais forte e vamos estender esse polo para o dis-trito de São Vicente de Paulo, abrindo novas frentes no mer-

cado de trabalho. Precisamos de mão de obra especializada e fortaleceremos o mercado com a abertura de cursos pro-fissionalizantes. Poiésis - Dois setores crí-ticos em qualquer admi-nistração são a Educação e a Saúde. O que a popu-lação araruamense pode esperar para cada um desses setores nos próxi-mos meses de sua admi-nistração?Miguel Jeovani - Uma de nossas prioridades de gover-no é a Saúde. Estamos in-tensificando esse trabalho de prevenção e orientando prin-cipalmente os profissionais que atuam na área de que o cidadão precisa de um aten-dimento eficaz e isso já está além da humanização. Efi-cácia no atendimento. É isso que o paciente espera de um médico ou de um enfermei-ro. Nesse primeiro momento, estamos revendo o piso sala-rial dos médicos, principal-mente aqueles que atuam na UPA 24 horas. Uma de nos-sas metas também é reativar o prédio onde funcionava o Pronto Socorro, com melhor infraestrutura para atender os pacientes. Com saúde não se brinca e nada pode ser feito a longo prazo, mas depende-mos de investimentos e parce-rias para construirmos o mais rápido possível o Hospital da Mulher. Logo no início da ges-tão, colocamos para funcionar a Unidade Intermediária no Hospital Municipal de São Vicente de Paulo, e ainda re-cuperamos diversas ambulân-cias, que já foram entregues aos postos de saúde dos distri-tos de Praia Seca, Iguabinha e Morro Grande. Temos agora no PAM mais de 23 profissio-nais atendendo no departa-

mento de Fisioterapia. Outro desafio foi a área de Educa-ção, já que inúmeras escolas estavam com salas de aula e espaços comprometidos por causa da falta de manutenção da gestão anterior. Montamos uma força tarefa e já inicia-mos o ano letivo em todas as unidades de ensino. Um de nossos projetos é a construção de creches em todos os distri-tos, dando mais qualidade de ensino e segurança aos alunos e atendendo a demanda dos pais que precisam trabalhar para complementar renda em casa. Poiésis - Que mensagem o senhor gostaria de dei-xar para a população neste início de governo?Miguel Jeovani - Já sa-bíamos que não seria fácil administrar uma cidade que durante mais de 12 anos os bairros estavam abandona-dos e que não se fazia regu-larmente a limpeza dos rios. Antes do alerta da Defesa Civil do Estado sobre as en-chentes no período do verão uma de nossas primeiras medidas foi dragar esses rios para impedir os transborda-mentos, como acontecia em anos anteriores. Já estamos recuperando toda a área que servia de lixão e vamos dar uma vida mais digna para os catadores através de coope-rativas. Estamos firmes no propósito de colocarmos a saúde nos trilhos e pedimos a compreensão de toda a po-pulação, porque sozinho não chegaremos a lugar nenhum. Juntos, seremos fortes neste grande desafio e não tenho dúvida que avançaremos na educação, no transporte, na política social e no turismo. O progresso é impossível sem mudança.

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5nº 205 - abril de 2013

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Ciclo de Palestras 2013 A professora Carmem Teresa do Nascimento Elias rea-liza na Casa Claudio de Souza, no dia 17 de abril, às 19 horas, a palestra “Um encontro com Camões”. Apre-sentando uma visão analítica sobre o conteúdo temáti-co dos sonetos do poeta português, ela abordará abor-dará a construção de ideias e temas pelo autor, tendo por ponto de partida as escolhas linguísticas que re-criam, a um só tempo, seu universo poético, simbólico, social e histórico. Esta é a primeira palestra de 2013, promovida pela Academia Brasileira de Poesia. Confira a programação completa para o ano.

15 de maio, quarta-feira, às 19 horasTítulo: “A Arte do Soneto”Palestrante: João Roberto Gullino

19 de junho, quarta-feira, às 19 horasTítulo: “A Poesia Marginal”Palestrante: Ataualpa A. Pereira Filho

17 de julho, quarta-feira, às 19 horasTítulo: “Trovadorísmo em Petrópolis”Palestrante: Roberto Francisco

18 de setembro, quarta-feira, às 19 horasTítulo: “Mário Fonseca”Palestrante: Arnaldo Rippel

23 de outubro, quarta-feira, às 19 horasTítulo: “O humor na Poesia”Palestrante: Oswaldo Lino Soares

13 de novembro, quarta-feira, às 19 horasTítulo: “O Século XXI e a Poesia Holística”Palestrante: Gerson Valle

Abertura do ano acadêmico - A nova diretoria foi empossada no dia 15 de março, marcando o início das comemorações pe-los 30 anos de fundação da Academia.

NA LAJE

Agostinho Carvalho

Rimas passageiras, Acordadas, inteiras atividade na laje

Não adianta quererme dar na hora de ir embora , Por que não me dá agora?

Visual, topografia sensual geografia Atividade na laje

Não venha zoar meu plantãopois aqui o mais bobinho se chama cabeção.

Não adianta quererme dar lição de moral “Vamos” pra rua, pra chuva curtir o temporal.Rimas maneirascomplexas e desordeiras... Atividade na laje.

Agostinho Carvalho é poeta e DJ, reside em Saquarema-RJ.

FOLHAS AVANÇAM

Salomão Sousa

Folhas avançame encobrem outrase assim os corposresvalam frutos

Seriam floresse não fossemas vespas na morte fosca

Restos de asascaem no monte de borrasobras do que as aranhas tecem

Somos a cinzado tecido de uma aranhaque soldaas telhas do universo

Salomão Souza é natural de Silvânia-GO (1952), resi-de em Brasília. O poema acima faz parte de seu livro “Vagem de vidro” (Brasília, Thesaurus, 2013)

MIRACULAMIRAGEM

Gerson Valle

Para quê servem as armas?Para ferir e matar.Para quê ter arma em casa,fabricá-las, estocá-las?Provisões de assassinatos,feridas, mutilações...

para ferir e matar, ferir e matar, ferir e matar.Pá pá pá...

A música de Mozart noz traza paz dos encadeamentos oceânicos,convivência da harmonia das camadasdas águas melodiosas ondulando temperamentos.Comunidade de muitas mãos,conforto da comunhão. Se as armas são necessáriasessa música é mentira!

Penso estar ouvindo uns sonsdo encontro de meus anseioscom uma suposta perfeição.MAS, NADA DISTO HÁ.Se o ar propagasse seu sentido eu não ouviria tiros,não haveria ódio, incompreensão.A música de Mozart é um lugar inexistenteentre as nossas agressões.PURA MIRAGEM passada dos olhos aos ouvidos,toques que tornam os sonhos mais distantesde tudo que nos rodeia e despreza,a impossível mágica da música desse mozartinventado pela paz e pelo espírito,que também não existem maisquando o mundo se preparano acúmulo das armaspara ferir e matar.PÁ!

Gerson Valle é membro da Academia Brasileira de Poesia e do conselho editorial do Jornal Poiésis.

VOLTA

Anderson Braga Horta

Se no meu coração apaixonadoinda fervem angústias infinitase a lembrança das horas inauditasque passei, como em sonhos, a teu lado;

se inda um beijo de amor, quando me fitas,aflora nos meus olhos; se o pecadode um desejo falido e renovadovibra nas ilusões que inda hoje habitas,

não recues de mim. Dentro em meu peitomoram inda de antanho as melodias,como os perfumes de um jardim desfeito.

Vem! minha alma sedenta inda te espera!Volta! apaga estas páginas sombrias,e traze-me de novo a primvavera!

Anderson Braga Horta reside em Brasília e é autor de “Soneto antigo” (Thesaurus, 2009), de onde extraímos o poema acima.

O AUSENTE

Thereza Christina Rocque da Motta

És mais belo imóvel,mas se te moves exalas teu odor de carne.Fremese tua mão tocao longo corpo da noite.Logo a manhã irrompeas tênues facesque te distanciamcomo verboausente e dócil.Nada se movee só tu respiras.

Thereza Christina Rocque da Motta é editora, tradutora e poetisa. O poema cima foi extraído da antologia “Rios” (Ibis Libris, 2003).

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6 nº 205 - abril de 2013

O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb.

EXPEDIENTE

CRÔNICA

Almandrade

O personagem mais sin-gular da história do futebol, Mané Garrincha, não era um atleta, talvez um artista, com certeza um craque da humil-dade, virtuoso e estilista, que encontrou no drible uma for-ma de encantar a vida. Mais do que um jogador genial, ele transformou o futebol num espetáculo delirante cujo ob-jetivo principal não era ga-nhar ou perder, e sim o riso. O próprio declara numa en-trevista: “Para ser sincero eu preferia driblar do que fazer gol, mas como a única ma-neira de ganhar os jogos era colocando a bola na rede, de vez em quando eu fazia meus golzinhos”. Quando Garrin-

MANÉ GARRINCHA, UM CRAQUE DO RISOTímidos Rabiscos / Francisco Pinheiro

cha jogava o estádio parecia mais um teatro ou um circo.

Chamou a atenção do mundo com seus dribles

precisos e desconcertantes, improvisados na hora certa de suas pernas tortas que bai-lavam contrariando a anato-

mia, um Charlie Chapin ale-grando multidões. Sempre cordial e imarcável, ingênuo até. Deixava o marcador per-dido, sem saber o que fazer no gramado, era certo sua passagem pela direita, mas ninguém tinha certeza do momento. Para as torcidas que não economizavam gar-galhadas, até mesmo a ad-versária, não interessavam mais o resultado do jogo, e sim contemplar o show do craque. Um “santo do riso”, alegria dos que tiveram o privilégio de assisti-lo. “Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas”, pa-lavras do poeta maior Carlos Drummond de Andrade.

Garrincha foi um caso

aparte, uma exceção. Sua re-lação poética e lúdica com a bola, era de um deus brincan-do com o mundo para diver-tir seus santos. Na elegante crônica do escritor, drama-turgo e jornalista esportivo Nélson Rodrigues, Garrincha não precisava pensar: “Tudo nele se resolve pelo instinto, pelo jato puro e irresistível do instinto. E, por isso mesmo, chega sempre antes, sempre na frente, porque jamais o ra-ciocínio do adversário terá a velocidade genial do seu ins-tinto”. Um bailarino? Desa-fiou, subverteu as concepções do futebol europeu e solici-tou do espectador uma outra atenção e sensibilidade para o jogo. Mané é uma referên-cia inédita para um futebol

“Jogar bola para ele era uma forma de encarar a vida, não importava a partida, fos-se da copa do mundo ou uma pe-lada entre amigos, o

prazer era o mesmo.”

Diagramação: Camilo Mota. CAIXA POSTAL 110.912 SAQUAREMA - RJ CEP 28990-970 ( (22) 2653-3597 ( (22) 9201-3349 ( (22) 8818-6164 ( (22) 9982-4039 E-mail: [email protected] Site: www.jornalpoiesis.com.br. Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Tribuna de Petrópolis.

Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.

que não mais existe.Jogar bola para ele era

uma forma de encarar a vida, não importava a parti-da, fosse da copa do mundo ou uma pelada entre amigos, o prazer era o mesmo. E a vida, é uma brincadeira que passa rápido, como passou a agilidade de suas pernas, vencido pelo cansaço, pela boemia e pelo álcool, a ale-gria foi finalizada pelo apito do tempo. “A tristeza não tem fim, felicidade sim.” diz a indiscutível perfeição da voz de João Gilberto na bri-lhante interpretação da can-ção de Tom e Vinícius.

Almandrade é artista plásti-co, poeta e arquiteto, reside em Salvador-BA

POLÍTICAENTREVISTA COM A PREFEITA DE SAQUAREMA FRANCIANE MOTTA

“É assim que eu quero a minha cidade: tranquila e em paz”

Poiésis - Os primeiros 4 anos de seu governo foram marcados por grande desenvolvimen-to na área de Educação. Que melhorias a popu-lação ainda pode espe-rar neste setor a partir de seu segundo manda-to?Franciane Motta – Nos-so desafio agora é inaugu-rar a grande escola que está sendo construída em Jaco-né e erguer outra de grande porte em Bacaxá. Também estamos trabalhando para conseguir recursos para a construção de um bom gi-násio esportivo, de modo a atender as crianças do mu-nicípio, oferecendo mais es-porte e contribuindo assim para a sua saúde. Crianças, jovens e adultos, todo mun-do precisa de mais lazer, de mais esporte e saúde. Estamos praticamente con-tinuando nosso trabalho. A escola e o ginásio prova-velmente serão erguidos no Porto da Roça e represen-tarão um grande avanço na educação.

Poiésis -A cultura e as artes são fatores que ajudam na promoção da qualidade de vida e da autoestima das pes-soas. Que caminhos estão sendo pensados pela senhora para dar voz e vez aos artistas de nosso município e incentivar os jovens no

aprendizado e no culti-vo das artes?Franciane Motta – Nos-sos recursos financeiros são limitados, mas com a cria-ção da Subsecretaria de Cul-tura tenho a expectativa de que consigamos atrair mais recursos para o setor. É bom lembrar que todo o avan-ço econômico conquistado pelo município nos últimos anos não foi obtido com re-cursos próprios, mas graças à intervenção e influência do deputado Paulo Melo. Temos conseguido recur-sos para obras e asfalto, por exemplo, e assim contribuí-mos para levar mais saúde, saneamento, água encana-da, melhorando a qualidade de vida da população. Com a Subsecretaria de Cultura, que pode vir a se tornar uma Secretaria no futuro, esta-remos em busca de novos recursos. Já estamos finali-zando a desapropriação do Iate Clube para a constru-ção de um grande comple-xo cultural, que inclui um novo teatro, que vai atender a uma importante deman-da da população. Creio que podemos dar oportunidade para as pessoas exporem seus trabalhos. Já estamos nos organizando para reto-marmos o projeto de aulas de teatro, de maneira que não fique restrito às escolas, como era realizado anterior-mente.

Poiésis - Saquarema

tem uma forte vocação turística. A senhora en-tende que houve algu-ma melhora neste se-tor nos últimos anos? Quais suas perspectivas de investimentos para o setor?Franciane Motta – Esta é uma questão muito comple-xa, porque se você for à rua e perguntar, muita gente vai dizer que não há turismo em Saquarema porque não temos realizado grandes shows. No entanto, turis-mo não é só show na praça. Eu sei que isso também é importante, que as pessoas gostam, só que é um inves-timento muito alto para o município. Para trazer um show de um grande cantor, é muito caro para a Prefei-tura, e se ganha se lotar-mos a cidade por um dia? Saquarema está avançando, estimulando a criação de melhores restaurantes, re-cebendo melhor o turista e o visitante, tendo maiores investimentos na área hote-leira. Estamos também tra-balhando pelo selo Bandeira Azul, o que atrairá pessoas que estejam em busca de uma praia com qualidade. O selo é garantia de que nossa praia é limpa, sem qualquer resquício de poluição. Ain-da é preciso fazer algumas obras para tornar este selo uma realidade. Pouquíssi-

mas cidades no mundo têm o selo e nós estamos traba-lhando firmes para conquis-tá-lo.

Poiésis - O carnaval da família dividiu opini-ões, com elogios aca-lorados de um lado, e críticas de outro. Como a senhora avalia a medi-da que tomou e os resul-tados obtidos?Franciane Motta - Eu sei que é difícil agradar a todos. Não tenho essa pretensão. Mas como chefe do Poder Executivo, tenho que zelar pela maioria. Eu acho que foi um ponto muito favorá-vel, foi muito positivo para toda a cidade. No primeiro momento alguns falaram que não haveria Carnaval, que eu tinha proibido Car-naval na cidade. Não é isso, de jeito nenhum. Eu não poderia fazer uma coisa dessas, afinal de contas eu também gosto de Carna-val. Mas as medidas toma-das este ano nos levaram a economizar em vários as-pectos, principalmente no que se refere ao sofrimento humano, economizamos vidas, porque qualquer le-vantamento que se faça re-lativo aos anos anteriores, poderá se verificar a grande diminuição que houve em atendimentos médicos, em acidentes, etc. Portanto, ti-

vemos, sim, Carnaval em Saquarema, as pessoas se divertiram. E tenho até hoje recebido muitos elogios. As famílias puderam andar nas ruas com mais tranquilida-de, e isso é muito bom. É assim que eu quero a minha cidade: tranquila e em paz.

Poiésis - O que está acontecendo em rela-ção à lona cultural? O local ficou abandonado durante todo o verão...Franciane Motta – A Prefeitura está limpando a área onde fica a lona cultu-ral. Precisamos ainda fazer uma obra para melhorar a entrada e saída de água na-tural da piscina que se en-contra no local. Temos tam-bém a intenção de fazer um trabalho de paisagismo ali. Nós vamos trabalhar para tornar aquele espaço um lu-gar mais agradável para os nossos turistas e munícipes.

Poiésis - O incentivo ao crescimento econômi-co é uma das marcas de seu primeiro governo, com a instalação de vá-rias indústrias no mu-nicípio. Como conciliar crescimento econômico com qualidade de vida e sustentabilidade am-biental?Franciane Motta - To-mando todas as medidas possíveis. Quando uma indústria se mostra inte-ressada em se instalar no município, a Prefeitura analisa sua atividade para que tenhamos menor im-pacto ambiental possível. Precisamos de novas in-dústrias para a geração de emprego e renda para nos-sos munícipes, mas tam-bém precisamos pensar na qualidade de vida como um todo. A Secretaria de Meio Ambiente está sem-pre muito atuante. O cus-to-benefício tem que ser avaliado com cuidado. O problema da falta de mão de obra qualificada já está começando a ser superado

Regina Motagraças à Faetec de Bacaxá.

Poiésis - Além do novo hospital que deve ser inaugurado ainda este ano, que outras medi-das na área de saúde a Prefeitura pretende implementar nos próxi-mos anos?Franciane Motta – Esta-mos prestes a entregar para a população o Posto de Saú-de de Saquarema, que foi todo reformado e ampliado. O prédio já está pronto, só faltando mesmo equipá-lo, o que está sendo feito atra-vés de uma emenda parla-mentar para a captação dos recursos. Nossa intenção é de fazer a inauguração em maio.

Poiésis - Que mensa-gem a senhora gostaria de deixar para nossos leitores neste início de segundo mandato?Franciane Motta - Da nossa parte, vamos traba-lhar da melhor maneira possível, sem pensar que as coisas possam ser muito di-fíceis. A questão dos Royal-ties pode prejudicar muitos municípios do Estado do Rio, e nós estamos incluí-dos. Saquarema não ganha muita quantidade desse di-nheiro, mas o Estado perdeu consideravelmente, e nosso maior parceiro é o Governo Estadual. Com a perda de recursos, haverá dificuldade de investimentos em nossa cidade. Mas vamos traba-lhar com afinco, como já trabalhamos nos primeiros quatro anos de mandato. Nossa meta é o crescimento de Saquarema e a melhor qualidade de vida dos nos-sos munícipes. Esse é meu recado. O maior dever do prefeito é zelar pela lei, pela ordem, pela segurança de todos os munícipes, então eu acho que o ponto foi esse, eu fiquei satisfeita. Podem contar comigo que a gente vai trabalhar para ter uma Saquarema cada vez me-lhor.

Com o primeiro mandato marcado por grandes avan-ços nas áreas de Educação e Economia, a prefeita Fran-ciane Motta (PMDB) chega aos primeiros 90 dias de sua nova gestão. Mantendo o viés econômico como ponto forte, graças à grande proximidade com o Governo do Estado e com as intervenções diretas do deputado esta-dual Paulo Melo, ainda há muito a se conquistar para o município. Com uma importante escola técnica já em funcionamento e um novo hospital em vias de ser inau-gurado, a cidade apresenta vários avanços, mas ainda não vê com clareza nenhuma perspectiva concreta nos setores de cultura e turismo a curto prazo. A expecta-tiva é de que novos recursos possam ser alcançados a partir do trabalho da recém criada Subsecretaria de Cultura. Segundo a prefeita, sua prioridade é resolver questões básicas em setores essenciais como o da saúde, antes de pensar em grandes shows.

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7nº 205 - abril de 2013

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Saquarema terá uma programação cultural bas-tante diversificada no mês de abril. O Teatro Mario Lago mais uma vez será palco para uma boa comé-dia stand up com o ator global Wagner Trindade, o Gabriel do Zorra Total, que apresentará no dia 20, a partir das 21 horas, a peça Comédia Show, que pro-mete arrancar muita gar-galhada do público.

No dia 21, às 18h, será a vez da Cia Fazarte de Te-atro, que encenará os três esquilos cantores, Alvin, Theodore e Simon, em “Al-vin e os Esquilos”. Muito talentosos, eles acabam conhecendo Dave, um pro-dutor fracassado que vê neles uma forma de reali-zar seu sonho de produzir um grupo, tendo a certeza de um futuro promissor.

Já no dia 27, às 19h, acontecerá o 2º Dança em Dia, realizada pela Faces Cia de Dança, sob a dire-ção de Pedro Paulo Bravo. Será um espetáculo em homenagem ao Dia Inter-nacional da Dança, come-morado dia 29 de abril. O evento é também uma con-fraternização entre diver-sos grupos de várias cida-des da Região dos Lagos, entre as quais Saquarema, Araruama, Iguaba Grande e Cabo Frio. Jazz, sapatea-do, balé clássico, moderno, contemporâneo, danças urbanas e do ventre serão os atrativos principais do espetáculo.

Para encerrar o mês, dia 28 de abril, haverá a fina-lização do mês Espírita, a partir das 14h.

AGENDA

Teatro e dança em Saquarema

Villa-Lobos, Debussy, Chopin e Ernesto Nazare-th estão no repertório da apresentação do pianista Marco de Cecília no dia 22 de abril, às 20 horas, na Casa de Cultura de Ara-ruama. O evento é uma realização da Prefeitura, através das secretarias de Educação e Cultura.

Mestre em Musicologia Histórica pela UFRJ, Mar-co de Cecília é professor da rede municipal de ensino de Araruama e rege atual-mente o Coral Schola Can-torum da Paróquia de São Sebastião de Quintino e o Coral Arquidiocesano de Niterói.

A Casa de Cultura fica na Praça São Sebastião, 148, no Centro. A entrada é franca.

Araruama teráconcerto

de piano dia 22Divulgação

Wagner Trindade apresenta stand up dia 20

ARTES PLÁSTICAS

Gincana de Pintura de Saquarema em maioRegina Mota

Arquivo / Jornal Poiésis

A 3ª edição da gincana Pinte Saquarema será rea-lizada no dia 4 de maio. As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas até o dia 15/04 na Casa de Cultura Walmir Ayala, na Rua Co-ronel Madureira, 88, em frente à Prefeitura Muni-cipal. O evento tem como finalidade retratar Saqua-rema de “Encantos e Re-cantos” sob a perspectiva das artes plásticas, reve-lando os múltiplos olhares e ângulos da cidade.

Essa é mais uma ini-ciativa da Secretaria Mu-nicipal de Educação e Cultura de Saquarema, através da Subsecretaria de Cultura, que informa que os artistas plásticos poderão procurar o local de inscrição de segunda

a sexta, das 9h às 16h, ou enviar e-mail para: [email protected] ou ainda para [email protected].

br. Maiores informações também podem ser obti-das através do site da pre-feitura: www.saquarema.rj.gov.br

Os alunos da Casa Escola Corujinha fizeram uma festa bastante diferente esse ano em homenagem ao Dia inter-nacional da Mulher. Três garis foram escolhidas para rece-berem o carinho e a atenção das crianças do ensino funda-mental que apresentaram poesias feitas por elas mesmas e tocaram músicas na companhia da banda marcial da escola.

Após os números artísticos, Edna, Eliane e Joanizia foram convidadas a se sentarem à mesa, onde foram servidas pe-los alunos com um café da manhã feito especialmente para elas. Segundo a diretora Maria José Alves de Melo, “o ato foi mais uma ação de cidadania, cuja iniciativa levou os alunos à reflexão de que se deve cuidar bem da cidade e do bairro onde cada um mora, valorizando o trabalho das garis.”

Corujinha homenageia mulheres

Page 8: Jornal Poiésis 205

8 nº 205 - abril de 2013

3º Festival da Mulher do Jornal PoiésisFoi em clima de grande alegria que aconteceu no dia 23 de março

o 3º Festival da Mulher, realizado pelo Jornal Poiésis e que conseguiu reunir cerca de 200 pessoas no auditório da Faetec de Bacaxá.

A união de forças, tanto da parte de todos os que estavam presen-tes, além de bailarinos, músicos, poetas, empresários, palestrantes e atores, como do comércio local que colaborou doando brindes que foram sorteados nos intervalos das apresentações, e do apoio recebido de algumas empresas locais, somaram para o sucesso do evento, preparado com muita dedicação por Regina Mota.

A música ficou por conta do cantor Tobhé di Castro, do Maestro Moisés de Oliveira e o Coral Vozes de Saquarema, e da pequena Letícia Grabriely que emocionou a todos com o hino “Conquistan-do o Impossível”. A dança foi muito bem representada pela Daumas Academia, Heloisa Helena Ferreira, Luna Raja e alunas, Pedro Pau-lo Bravo acompanhado pelo amigo Walker Medina no violão, Stu-

dio Litoral de Dança e Marilizia Azeredo (Layla). Raphael Tavares fez comédia com fatos reais e arrancou muita gargalhada da plateia que também interagiu com a esquete.

A dentista Renata Pinheiro fez breve e esclarecedora palestra so-bre Odontologia Para Gestante. Já a advogada Telma Guedes abor-dou o tema sobre a Violência Doméstica. Cartilhas da Lei Maria da Penha foram distribuídas, bem como preservativos femininos e masculinos. O curso Destake, de Araruama, participou com equipe de massoterapeutas e aferição de pressão arterial. O Boticário e a Yes Cosmetics, ambas de Bacaxá, ofereceram maquiagens grátis e demonstraram seus produtos. E o Entre Nós expôs toda a criati-vidade de seu artesanato num estande bastante colorido, além de distribuir brindes às participantes. Um desfile de modas encerrou o festival com roupas da loja Yes e calçados da Claudia Shoes, ambas de Jaconé.

A OAB/Saquarema foi representada pelo advogado Gilvando de Araújo Aguiar. Também esteve presente o vereador Bruno Pinheiro, o qual teceu elogios ao Festival da Mulher na reunião da Câmara dos Vereadores no dia 26 de março.

O evento contou com apoio de Valoriza, Rio Lagos, Casa e Granito, Kariocão Rações, Cláudia Shoes, Igui Saquarema, Guets, Ju e Nu, Água Saquá, Céia Festas, RE Salgados, Chico Peres, Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Saquare-ma, Mamas, O Queijão, Colorgil.

Foram sorteados brindes oferecidos pelas lojas Look Modas, Tegs, Indian House, Shuri Acessórios, Nalin Shopping, Belíssi-ma, Itapuã Calçados, ATX, Yes Modas, Planeta Info, Liliputi, Malizia, Excelência Modas, Taco, Decolle, Segredo dos Aromas, Mi Casa Tu Casa, Yes Cosmetics, O Boticário, Restaurante Per-fetto, Ponezza, Sensação e Daumas Academia.

Fotos e vídeo no site www.novasaquarema.com.br

Telma Guedes

Luna Raja Layla Luna Raja e alunas

Tobhé di CastroRaphael TavaresDaumas Academia (coreografia One billion rising)

Walker Medina e Pedro Paulo Bravo Letícia Gabriely Curso Destake

Yes CosmeticsO Boticário

Studio Litoral de Dança Coral Vozes de Saquarema

Ingrid Oliveira da Daumas Academia

Erivelto de Oliveira

Renata Pinheiro

Erivelto de Oliveira

Erivelto de Oliveira

Erivelto de Oliveira

Camilo Mota

Camilo Mota Camilo Mota Camilo Mota

Camilo Mota Camilo Mota

Camilo Mota Camilo Mota Camilo Mota

Camilo Mota

Regina Mota organizou e apresentou o Festival

Camilo Mota

Camilo MotaCamilo Mota